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2724 MINISTERIO DO AMBIENTE Decr eto Exec utivo n." 302/16 de 30 de .Iunho Tendo em conta a classificacao das empresas aprovadas pela Lei n.? 30/11, de 13 de Se tembr o, das Micro , Pequenas e M edia s Empresas (MPME); Tendo em consideracao que a Avaliacao de Impacte Ambiental e um procedimento de gestae arnbiental preven- tiva que consiste na identificacao e analise previa, quantitativa e qualitativa, dos efeitos ambientais benefices, pemiciosos de uma actividade proposta; Considerando que a Auditoria Ambiental e um proce- dimento que visa a realizacao de monitoria e avaliacoes de estudo s destinados a tom ada de decisao relativa a reducao e a miti gaca o de riscos arnbientais e pennitir 0 controlo per- manente das actividades poluidora s; Reconhecend o a importanc ia do cumpri mento da Legislacao Ambiental sobre Avaliacao de Impa cte Ambienta l, Decreto n.? 51/04, de 23 de Ju lho e 0 De creto n." 1/10, de 13 de Janeiro, sobre Realizacao de Auditorias Ambientais as Acti vidades Publicas ou Pri vadas, susceptiveis de pro vocar danos signi- ficativos ao ambiente; Reconhecendo a necessidade de melhor se enquadrar 0 Decreto Executivo n." 86/12, de 23 de Fevereiro, que aprova o Regu lamento sobre 0 Registo Tecnico das Socie dades de ConsultoriaAmbiental e articulacao com 0 volume dos inves- timentos e services a requerer; Considerando a importancia de se classificar as Empresas de Consultoria que elaboram os Estudos de ImpacteAmbiental e bem como a realizacao de Auditorias Ambientais; Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da Rep ub lica , nos tenno s do artigo 137.° da Constituicao da Rep ub lica de Ang ola, detennino : ARTI GD 1.0 (Aprovacao) E aprovada a Classificacao das Sociedades de Consultorias e de Auditoria Ambientai s, que tem por finalidade a elabo- racao dos Es tudo s de Impacte Ambiental ea rea lizacao de Auditorias Ambientais, anexo ao pre sente Dip loma do qual e parte integrante. ARTIGD 2.· (Duvidas e omlssoes) As duvidas e omissoes resultantes da interpretacao e apli- cacao do presente Dip loma silo re solvida s pelo Ministro do Ambiente. ARTIGD 3.· (Enlrada em ,igor) o presente Decreto Executi vo entra em vi gor na data da sua publica Pub lique- se. Luanda, aos 30 de J1Ulho de 201 6. A Ministra , MIria de Firtillla Alollteiro Jardilll. m ARIo DA REPUBLI CA REGULAMENTO QUE APRO VA A CLASS IFICA<;Ao DAS SOCIEDADES DE CONSULT ORIA E DE AUDITORIAAM BIENTAL CAPITULO I Dtspostcoes Gerais ARTIGD 1.. (Oh] ecto e ambito) o presente Diploma tem como objecto a Classificacao das Sociedades de Consultorias e de AuditoriaAmbiental, que tem por finalidade a elaboracao de Estudos de ImpacteAmbiental e a realizacao de Auditori asAmbientais na Republica de Angola. ARTIGD 2.· (De fnti f oe s) 1. Para efeito do presente Diploma entende-se: a) Avaliaciio de Impocte Atubiental ( AlA) - e um procedimento de ge stae ambiental preventi va que con si ste na identificacao e ana lise pre via qualitativa e quantitativa dos efeitos economicos, socio-ambientais benefices e pemicioso s de uma actividade propo sta; b) Auditoria Ambiental - e a avaliacao, a posterior, dos Impactes Ambientais do projecto, tendo por referencia norm ais de qualidade ambiental, bem como as previsoes, medidas de ge stae e recomen- dacoes resultantes do procedimento de Avaliacao de Impactes Ambienta l; c) Sociedade de Consultoria Ambiental - e pessoa colecti va registada no Ministerio do Ambiente, para o exercicio de actividade de consultoria ambiental; d) Etuidad e Competeme - a classificacao das Socie- dades de Consultorias e de Auditoria Ambiental e da competencia do Mini sterio do Ambiente; e) Auditores A m bie nt ais - silo pe ssoa s fisica s ou juridica s de comprovada capacidade tecnica, com especializacao ou experiencia comprovada em mat eria do ambiente, registada no Mini sterio do Ambiente a titulo de auditor individual ou colecti vo; j) Impacte Ambiental - e qua lquer mudanca do ambiente, que moti ve alteracoes do meio ou da relacao e interdependencia entre 0 ambiente ea accao humana, especialmente com efeito no 31', agua, no solo e subsolo, na biodiversidade, na saude das pessoas e no patrimonio cultural, resultante directa ou indirectamente de actividades humanas e ou alteracao paisagistica humana ou de factores inter-relacionados; g) Estudode IlIIpacte A1Il bie 1l 1aj (EfA) - eo documento elaborado pelo proponente no ambito do proce- dimento de de Impacte Ambiental que contem uma sumaria do Projecto ,a e dos impactes provavei s, positivos e negati vos, que a do projecto podera ter no ambiente;

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Page 1: MINISTERIO DO AMBIENTE REGULAMENTO QUE APROVA A …extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/ang156767.pdf · e de Auditoria Ambientais, que tem por finalidade a elabo racao dos Estudos de Impacte

2724

MINISTERIO DO AMBIENTE

Decr eto Exec utivo n ." 302/ 16de 30 de .Iunho

Tendo em con ta a classificacao das empresas aprovadas

pela Lei n.? 30/11, de 13 de Setembro, das Micro, Peq uenas

e Media s Empresas (MPME);

Tendo em consideracao que a Avaliacao de Impacte

Ambiental e um procedimento de g estae arnbiental preven­

tiva que consiste na identificacao e analise previa, quantitativa

e qualitativa, dos efeitos ambientais benefices, pemiciosos de

uma actividade proposta;Cons iderando que a Auditoria Ambiental e um proce­

dimento que visa a rea lizacao de m onitoria e ava liacoes de

estudos destinados a tom ada de decisao relativa a reducao e

a mitigacao de risco s arnbientais e pennitir 0 controlo per­

manente das actividades poluidora s;

Reconhecend o a importancia do cumprimento da LegislacaoAmbiental sobre Avaliacao de Impacte Ambienta l, Decreto

n.? 51/04, de 23 de Julho e 0 Decreto n." 1/10, de 13 de Janeiro,

sobre Rea lizacao de Auditorias Ambienta is as Actividades

Pub lica s ou Privadas, susceptiveis de provocar danos signi­

fica tivo s ao ambiente ;

Reconhecendo a necessidade de me lhor se enquadrar 0

Decreto Execut ivo n." 86/12, de 23 de Fevereiro, que aprovao Regulamento sobre 0 Registo T ecn ico das Sociedades de

Consultoria Ambienta l e articulacao com 0 volume dos inves­

timentos e serv ices a requerer;

Considerando a importancia de se classificar as Empresas

de Consultoria que elaboram os Estudos de ImpacteAmbientale bem como a rea lizacao de Auditorias Ambientais;

Em conformidadecom os poderes delegados pelo Presidente

da Rep ub lica , nos tennos do artigo 137.° da Constitu icao da

Rep ub lica de Angola, detennino:

ARTI GD 1.0(Aprovacao)

Eaprovada a Classificacao das Sociedades de Consultoriase de Auditoria Ambientais, que tem por fina lidade a elabo­

racao dos Estudos de Impacte Ambiental e a rea lizacao deAuditorias Ambientais, anexo ao pre sente Dip loma do quale parte integrante.

ARTIGD 2.·(Duvidas e omlssoes)

As duvidas e omissoes resultantes da interpretacao e apli­cacao do presente Dip loma silo resolvida s pelo Ministro doAmbiente.

ARTIGD 3.·(Enlrada em ,igor)

o presente Decreto Executivo entra em vigor na data da

sua pub lica~ ilo .

Pub lique- se.

Luanda, aos 30 de J1Ulho de 201 6.

A Ministra, MIria de Firtillla Alollteiro Jardilll .

mARIo DA REPUBLI CA

R EGULAM ENT O QUE APROVAA CLASS IFICA<;Ao DAS SOCIEDADES

DE CONSULTORIA E DE AUDITORIAAMBIENTAL

CAPITULO IDtsp ostcoes Gerais

ARTIGD 1..(Oh] ecto e ambit o)

o presente Dip loma tem como objecto a Classificacao dasSociedades de Consultorias e de Auditoria Ambiental, que tempor finalidadea elaboracaode Estudos de ImpacteAmbiental ea realizacaode Auditori asAmbientais na Republica de Angola.

ARTIGD 2.·(De fnti foes)

1. Para efeito do pre sente Dip loma entende-se :

a) Avaliaciio de Impocte Atubiental (AlA) - e um

procedimento de gestae ambienta l pre venti vaque consiste na identificacao e ana lise previa

qua litati va e quantitativa dos efeitos economicos,

soc io-ambien tais benefices e pemiciosos de uma

actividade propo sta;

b) Auditoria Ambiental - e a ava liacao, a posterior,

dos Impactes Ambientai s do projecto, tendo por

referencia norm ais de qua lidade ambienta l, bem

como as previsoes, medidas de gestae e recomen­

dacoes resu ltantes do procedimento de Avaliacaode Impactes Ambiental;

c) Sociedade de Consultoria Ambiental - e pessoa

colectivaregistada no Ministerio do Ambiente, para

o exercicio de actividadede consultoriaambiental;d) Etuidade Competeme - a classificacao das Socie­

dades de Consultorias e de Auditoria Ambiental

e da competencia do Mini sterio do Ambiente;e) Auditores A mbie ntais - silo pe ssoas fisica s ou

ju ridica s de comprovada capacidade tecnica, com

especia lizacao ou experiencia comprovada em

mat eria do ambiente, reg istada no Mini sterio do

Ambiente a titulo de auditor individual ou colectivo;j) Impacte Ambiental - e qua lquer mudanca do

ambiente, que motive alteracoes do meio ou da

relacao e interdependencia entre 0 ambiente e a

accao humana, especialme nte com efeito no 31',

agua, no solo e subsolo, na biodiversidade, na saudedas pessoa s e no patrimonio cultura l, resu ltante

directa ou indirectamente de actividades humanas

e ou alteracao pai sagistica humana ou de factoresinter-re lacionados;

g ) EstudodeIlIIpacteA1Ilbie1l1aj (EfA) - eo documento

elaborado pe lo proponente no ambito do proce­

dimento deAval i a~ ilo de Impacte Ambiental que

contem uma descri~ilo sum ar ia do Projecto, a

identifica~ilo e avalia~ilo dos impactes provavei s,

positivos e negati vos, que a realiza~ ilo do projecto

podera ter no ambiente ;

Page 2: MINISTERIO DO AMBIENTE REGULAMENTO QUE APROVA A …extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/ang156767.pdf · e de Auditoria Ambientais, que tem por finalidade a elabo racao dos Estudos de Impacte

I SERlE - N.o 108 - DE 30 DE JUNHO DE 2016

II) Pre-Avaliaciio - decisao sobre a necessidade ounao de Estudo de Impacte Ambiental, que ajuda afocalizar os recursos para os Projectos com maiorprobabilidade de causal' impactes significativos ouaqueles cujos impactes sao incertos,

CAPiTULO IIClassiflcacao, Valor dos Projectos e Quadro Tecnico

ARTIGO 3.°(Classlflcacao e valor do Projecto)

1. As Sociedades de Consultoria e deAuditoriaAmbientalclassificam-se em GrandeEmpresa, Media Empresa e PequenaEmpresa e distinguem-se pelo seguinte criterio :

a) Pelo mimero de Consultores ouAuditores com for­macae tecnica ou superior na area do ambiente ouareas afins, contratados pela respectivaSociedade.

b) Pelo valor do Proj ecto objecto de urn estudo deimpacte ou de auditoria ambiental.

2. A Classificacao a que se refere 0 n.? 1 do artigo 3.° dopresente Diploma e a seguinte:

a) Grande Bmpresa - e Sociedadecom capacidadetee­nica para elaborarEstudos de ImpactesAmbientaisou realizarAuditoriasAmbientais dos Projectos demontante ao contra valor em Kwanzas equivalenteou superior a USD 10.000.000,00 (dez milhoesde dolares norte-americanos);

b) Media Empresa - e Sociedade com capacidadetecnicapara elaborar Estudos deImpactesAmbien­tais ou realizar Auditoria s Ambientai s dos Pro­jectos de montante ao contra valor em Kwanzasequivalente aUSD 5.000.000 ,00 (cinco milhoesde dolares norte-americanos) e nao excedendoa USD 10.000 .000,00 (dez milhoes de dolaresnorte-americanos);

c) Pequeno Empresa - e Sociedade com capaci­dade tecnica para elaborar Estudos de ImpactesAmbientais ou realizar AuditoriasArnbientais dosProjectos de montante ao contra valor em Kwan­zas equivalente ou inferior a USD 1.000.000 ,00(um milhao de dolare s norte-americanos) e naosuperior a USD 5.000 .000 ,00 (cinco milhoes dedolares norte-americanos).

3. A Classificacao referida no numero anterior e feita noacto de registo ou renovacao do certificado junto do Ministeriodo Ambiente, desde que sej am observadas as disposicoeslegais contida s no Decreto Executivo n.o 86/12 , de 23 deFevereiro, que aprova 0 Regulamento sobre 0 RegistoTecnicodas Sociedades de ConsttltCl'iaAmbiental, e no Decreton.o 1/10,de 13 de Janeiro, sobre Auditoria Ambienta!.

ARTIG04.0(Quadro teCllico dos gJ'UIJO S)

1. Considera-se Grandes Empresas, aquelas Sociedadesque devemempregar dentre outros, 7 (sete) tecnicos supeliorescontratados de diferentes especialidades na Area doAmbienteou afins, para a elaborarrao de um Estudo de ImpacteAmbientalou a realizarriio de uma detenninada Auditoria Ambient'll!.

2. Considera-se Medias Empresas, aquelas Sociedades quedevem empregar dentre outros, 5 (cinco) tecnicos superiores

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contratados de diferentes especialidades na Area doAmbienteou afins, para a elaboracao de umEstudo de ImpacteAmbientalou a realizacao de uma determinada Auditoria Ambiental ,

3. Considera-se Pequena s Empresas, aquelas Sociedadesque devem empregardentre outros, 3 (tres) tecnicos superiorescontratados de diferentes especialidades na Area doAmbienteou afins, para a elaboracao de umEstudo de ImpacteAmbientalou a realizacao de uma determinada Auditoria Ambiental .

ARTIGO 5.°(SuS)Ien sao)

o nao cumprimento dos criteriosestabelecidosnos numerosanteriores do presente artigo, resultara na suspensao do exer­cicio das actividades de Consultoria ou Auditoria Ambientalpelas referidas Sociedades,

ARTIGO 6.°(Entidade competente)

Para efeito de Classificacao das Sociedades de Consultori aAmbiental e deAuditoriaAmbiental, e competente0 Ministeri 0

do Ambiente .

ARTIGO 7.°(Certificarilo do grupo)

A certificacao atribuida a cada grupo e feita por um seloautocolante para a fixacao no estabelecimento das Sociedadesde Consultoria ou Auditoria Ambiental, com 0 respectivoCertificado de Registo.

ARTIGO 8.°(Comissao de Avalia rilo)

A Classificacao a que se refere 0 artigo 4.° e de caracterobrigatorio e e feita por uma Comissao de Avaliacao casuis­ticamente, nomeada pelo Ministro do Ambiente .

CAPiTUL O IIIDos Emohunentos

ARTIGO 9.°(faxa)

1. Pela Class ificacao e a emissao do respecti vo numerode ordem e urn Cert ificado de Registo, e cobrada uma taxanos tennos da legislacao em vigor aplicavel,

2.A taxa referidano numeroanterior e aprovada por DecretoExecutivo Conjunto dos Ministros doAmbiente e das Financese eactualizada anualmente,

A Ministra, Maria de Fatima Monteiro Jarditu.

Despacho n. o 255/16de 30 de JIUlho

Reconhecendo a impOltiincia do Plano Provincial deLimpeza Urbano deLuanda, aprovadopeloDecretoPresidencialn.o 107/16, de 20 de Maio;

Havendonecessidade de se criar um Prognllna de EducarraoAmbiental relaciCllado com 0 Tratamentode Residuos Urbanose com 0 Saneamtnto, em confonnidade com a implementarriiodo Programa de GestiioAmbiental , dirigido aos MlUlicipes;

Em confonnidadecom os poderes delegados pelo Presidenteda Repilblica, nos teJ1110S do mtigo 137.° da Constituirriio daRepilblica de Angola , detennino:

tranchida
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