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1 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos GUIA TÉCNICO ORIENTATIVO PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS ORIENTADOS DE REVISÃO, ANÁLISE E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS (MONOGRAFIAS) PARA PLANTAS MEDICINAIS. Brasília 2014

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

GUIA TÉCNICO ORIENTATIVO PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS

ORIENTADOS DE REVISÃO, ANÁLISE E SISTEMATIZAÇÃO DAS

INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS (MONOGRAFIAS) PARA PLANTAS

MEDICINAIS.

Brasília

2014

2

© 2008 Ministério da Saúde

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde

que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área

técnica.

A coleção interinstitucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na

Biblioteca virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

O conteúdo desta obra e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser

acessado na página: http://www.saude.gov.br/editora

Série B. Textos Básicos da Saúde

Tiragem: 1ª edição – 2012 – X exemplares – Indicar número de exemplares

Elaboração, distribuição e informações

Ministério da Saúde

Secretaria de Ciência, tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 8º andar, gabinete

CEP 70058-900, Brasília – DF

Tels (61) 3410 – 4191 / 3410 – 4173

e-mails: [email protected] / [email protected]

Revisão técnica do Texto:

Revisor(es) – Indicar nomes do(s) revisor(es)

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha catalográfica

Deve conter a ficha catalográfica, conforme o Código de catalogação Anglo-Americano

-AACR2 vigente (consultar o bibliotecário para elaboração desta ficha).

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora

MS - XXXXX

Títulos para indexação:

Em Inglês: indicar

Em espanhol: indicar

Editoração

Incluir dados da editora

3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 5 1. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ............... 7 2. ESTRUTURA E FORMATO DAS MONOGRAFIAS ............................................................ 7 2.1 Elementos pré-textuais ........................................................................................................... 7

2.1.1 Capa ...................................................................................................................... 7 2.1.2 Ficha de catalogação ........................................................................................... 11 2.1.3 Lista(s) ................................................................................................................ 13 2.1.3.1 Lista de ilustrações .......................................................................................... 13 2.1.3.2 Lista de tabelas................................................................................................ 15 2.1.4 Abreviaturas ........................................................................................................ 17 2.1.5 Sumário ............................................................................................................... 17

2.2 Elementos textuais ................................................................................................................ 19

2.2.1 Conteúdo das Monografias ................................................................................. 19 2.2.2 Formatação do Texto ......................................................................................................... 21

2.2.2.1 Formatação da Página ...................................................................................... 21 2.2.2.2 Formatação do texto ........................................................................................ 22 2.2.2.3 Títulos .............................................................................................................. 22

2.2.2.3.1 Títulos sem indicação numérica ................................................................................... 23 2.2.2.4 Paginação ........................................................................................................ 23

2.3 Elementos pós-textuais .......................................................................................................... 24

2.3.1 Referências .......................................................................................................... 24 2.3.2 Glossário ............................................................................................................. 24 2.3.3 Apêndice ............................................................................................................. 24 2.3.4 Anexos ................................................................................................................. 24

3. APRESENTAÇÃO, AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO .......................................................... 25 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 25

AVALIAÇÃO ............................................................................................................................. 25

APROVAÇÃO ................................................................................................................................ 25

4. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ............................................................................ 26 FASE 1 – Levantamento de literatura científica em banco de dados .......................................... 26

I - Definição das estratégias e realização das buscas nas bases de dados. ................... 26 II - Análise dos resultados de busca ............................................................................. 27 III - Relatório inicial .................................................................................................... 33

FASE 2 – Sistematização das informações em planilhas ............................................................ 33

FASES 3 - Elaboração da versão preliminar das monografias para a(s) espécie(s) vegetal(is),

conforme roteiro padronizado ..................................................................................................... 35

FASE 4 - Consulta Pública ............................................................................................................ 35

FASE 5 - Elaboração da versão final das monografias para a(s) espécie(s) vegetal(is), conforme

roteiro padronizado ..................................................................................................................... 35

5. CONTEÚDO/ORIENTAÇÕES GERAIS ............................................................................... 35 5.1 Capítulo I – Identificação ...................................................................................................... 35

5.1.1 Identificação da espécie vegetal .......................................................................... 35

4

5.1.2 Identificação da droga vegetal ............................................................................ 37 5.2 Capítulo II – Informações botânicas ..................................................................................... 38

5.3 Capítulo III – Informações sobre controle de qualidade, segurança e eficácia ..................... 38

5.3.1 Controle de qualidade ......................................................................................... 38 5.3.2 Segurança e eficácia ............................................................................................ 42 5.3.2.1 Usos populares/tradicionais ........................................................................ 43 5.3.2.2 Estudos pré-clínicos e clínicos ...................................................................... 44 5.3.2.2.1 Ensaios pré-clínicos ....................................................................................... 44 5.3.2.2.2 Ensaios clínicos .............................................................................................. 46 5.3.3 Revisões .............................................................................................................. 49

5.4 Capítulo IV – Resumo das ações e indicações por derivado de droga estudado .................. 49

5.5 Capítulo V – Informações gerais............................................................................................ 50

5.6 Considerações finais .............................................................................................................. 52

5.7 Referências ............................................................................................................................ 53

6. REDAÇÃO E LINGUAGEM DOS TEXTOS ........................................................................ 53 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 57 GLOSSÁRIO .................................................................................................................................. 60 ANEXOS ....................................................................................................................................... 62

5

APRESENTAÇÃO

Em 2006, duas importantes políticas que dizem respeito a Plantas Medicinais e

Fitoterápicos foram publicadas - Política Nacional de Práticas Integrativas e

Complementares no SUS (1), que prevê a inserção de serviços relacionados às Plantas

Medicinais e Fitoterapia, Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, e

Termalismo Social, e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2), cujo

objetivo é garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas

medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o

desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.

Com a finalidade de definir as ações, os prazos, os recursos e os respectivos

ministérios e órgãos gestores e envolvidos, previstos na Política Nacional de Plantas

Medicinais e Fitoterápicos, foi elaborado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterápicos, aprovado em 10 de dezembro de 2008, por meio da Portaria

Interministerial nº 2.960 (3).

Dentre as responsabilidades do Gestor Federal, inseridas nessas políticas, tem-se:

Elaboração e revisão periódica da Relação Nacional de Plantas Medicinais com

Potencial de Utilização no SUS

Elaboração e revisão de monografias de plantas medicinais, priorizando as

espécies medicinais nativas, e

Inserção do uso de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS, em consonância

com a Política Nacional de Saúde, a Política Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterápicos, Política Nacional de Assistência Farmacêutica e a Política Nacional

de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.

Em 2009 o Ministério da Saúde por meio do DAF divulgou uma relação 71

espécies vegetais, que apresentam potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e

de gerar produtos de interesse ao SUS. Essa relação passou a constituir a Relação

Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS – RENISUS (anexo 1).

A finalidade da RENISUS é subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia

produtiva, inclusive nas ações que serão desenvolvidas também pelos outros ministérios

participantes do Programa, relacionadas à regulamentação, cultivo/manejo, produção,

6

comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos. Terá também a

função de orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar o desenvolvimento e a

inovação na área de plantas medicinais e fitoterápicos.

Considerando que a RENISUS apresenta espécies vegetais medicinais de interesse

ao SUS, que são amplamente utilizadas pela população para os mais variados fins e

estão em estágios diferentes de estudos, a elaboração de estudos orientados tem como

objetivo identificar todas as publicações relativas à espécie de interesse, como artigos,

teses, dissertações, monografias, livros e compêndios oficiais e não-oficiais, de modo a

conhecer o que se tem pesquisado e direcionar futuras pesquisas para estabelecer a sua

seleção, cultivo-coleta-colheita, desenvolvimento farmacotécnico, controle de

qualidade, pesquisa e regulação tanto como planta fresca, produtos intermediários,

quanto como produto acabado.

A publicação de monografias das espécies vegetais de interesse ao SUS facilitará

o registro e fortalecerá pesquisas com plantas nativas brasileiras, como também

contribuirá com a assistência farmacêutica em plantas medicinais, atuando na promoção

da segurança e eficácia das espécies vegetais usadas na atenção básica em saúde.

O presente guia é de caráter informativo e busca orientar os profissionais

envolvidos no trabalho de elaboração de estudos orientados de revisão, análise e

sistematização das informações científicas (monografias) para plantas medicinais. A

proposta deste guia é padronizar informações e procedimentos, de forma que os

resultados possam ser homogêneos e facilmente comparáveis.

7

1. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO

TRABALHO

- conhecer as etapas de desenvolvimento de um fitoterápico;

- conhecer as normas para regulação de medicamentos fitoterápicos;

- avaliar publicações – realizar análises críticas/ relatar limitações dos estudos;

- seguir a metodologia proposta;

- contar com equipe multidisciplinar para execução do trabalho;

- comprometimento com o trabalho, visando alcançar a meta diária de leitura e revisão

(4 horas a 8 horas diárias).

2. ESTRUTURA E FORMATO DAS MONOGRAFIAS

A estrutura para monografias está dividida por três elementos fundamentais: pré-

textuais, textuais e pós-textuais.

2.1 Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são os que antecedem o texto, contendo as

informações que identificam o trabalho.

2.1.1 Capa

Elemento obrigatório. Considerando as margens das normas da ABNT - 3 cm

esquerda e superior e 2 cm direita e inferior. O texto deve ser digitado na cor preta com

fonte Times New Roman, espaçamento entre linhas de 1,5 e alinhamento centralizado

em toda a página. O título do trabalho e nome dos autores devem estar em caixa alta. Os

tamanhos da fonte variam conforme especificado abaixo.

Esta folha não é contada para fins de paginação e deve conter as seguintes

informações:

Ministério da Saúde (tamanho 14)

Título do trabalho, contendo o nome da espécie e o principal nome

popular (tamanho 16);

8

Organização (tamanho 12);

Fonte do Recurso (tamanho 12);

Elaboração: grupo responsável pela elaboração dos estudos (autores)

bem como as instituições as quais os mesmos representam (tamanho 12);

Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado (tamanho 14), e

Ano da entrega do trabalho (tamanho 14).

O nome Ministério da Saúde deve ficar a dois espaços entre linhas de 1,5 cm da

borda da página. O título do trabalho deve ficar a sete espaços entre linhas de 1,5 cm do

nome do texto que o precede e sucede.

O ano deve ficar a dois espaços entre linhas de 1,5 cm da borda da página.

A borda da página deve ter a seguinte formatação:

9

10

MINISTÉRIO DA SAÚDE

MONOGRAFIA DA ESPÉCIE YYYYY (NOME POPULAR)

Organização: Ministério da Saúde e Anvisa

Fonte do Recurso: Ação 20K5 (DAF/ SCTIE/ MS)/2012

Elaboração: ___________1,___________2

1,2 Universidade Federal de XX

Brasília

2013

Figura 1 – Formato da Capa

11

2.1.2 Ficha de catalogação

Elemento obrigatório. As monografias deverão conter linha de referência

bibliográfica, perfil do autor (com formação e função na instituição) e palavras-chave de

acordo com os termos DeCS/MeSH (até seis palavras, separadas por hífens, e iniciadas

em letra maiúscula).

O texto deve ser digitado na cor preta com fonte Times New Roman, tamanho

12, espaçamento entre linhas de 1,5 e alinhamento justificado.

Os nomes dos autores, título, ano e número de folhas deve ficar no final da

página a dois espaços entre linhas de 1,5 cm do perfil dos autores e a três espaços entre

linhas de 1,5 cm das palavras chaves que devem ficar a dois espaços entre linhas de 1,5

cm da margem inferior da página.

12

Autores, título, ano, n° folhas.

Perfil dos Autores: pós-graduação, graduação. Função na instituição

PALAVRAS CHAVES: XXXXX – XXXXX – XXXXX

XXXXX – XXXXX – XXXXX

Figura 2 – Formato da Ficha de Catalogação

13

2.1.3 Lista(s)

As listas de tabelas e ilustrações são elaboradas de acordo com a sequência com

que se apresentam no texto, acompanhadas do respectivo número da página. As folhas

referentes às listas não devem ser contadas, mas devem ser numeradas em romanos.

O sumário das listas deve ser digitado na cor preta com fonte Times New

Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5 e alinhamento justificado. O título

deve estar a um espaço entre linhas de 1,5 cm da margem superior da página e separado

do texto que o sucede por um espaço entre linhas de 1,5 cm, em caixa alta, centralizado.

2.1.3.1 Lista de ilustrações

A identificação das ilustrações (imagens, desenhos, fluxogramas, fotografias,

gráficos, mapas, organogramas, planos, quadros e outros) deverá aparecer na parte

inferior, precedida da palavra designativa (ex.: Figura) e seguida de seu número de

ordem, de travessão, do título e/ou legenda explicativa e da fonte, se necessário.

Separar em quadros, figuras (esquemas, organogramas, fotografias) e gráficos.

Entretanto, deve constar no sumário apenas a expressão “Lista de ilustrações”

relacionadas de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por

seu nome, acompanhadas do seu respectivo número da página.

A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere

e ficar centralizada na página.

A legenda deve aparecer na parte inferior da ilustração, o texto deve ter tamanho

10, negrito, centralizado, espaço simples entre linhas.

14

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 10

Figura 2 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 10

Figura 3 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 10

Figura 4 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 10

Quadro 1 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Quadro 2 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Quadro 3 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Figura 3 – Formato de Lista de ilustrações

15

2.1.3.2 Lista de tabelas

A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado

numérico se destaca como informação central, ou seja, apresentam informações tratadas

estatisticamente. A identificação/ título das tabelas deverá ser colocada na parte

superior, seguido de seu número de ordem.

Cabe salientar a diferença entre QUADRO e TABELA. O quadro é um elemento

que contém informações textuais agrupadas em colunas, seguindo as regras da

ilustração. A estrutura da tabela, constituída de traços, é delimitada por linhas.

Diferentemente do quadro, não se deve delimitar (ou fechar) por traços verticais os

extremos da tabela, à direita e à esquerda. Deve-se separar o cabeçalho do conteúdo por

linhas simples.

O título ‘’Tabela’’ é colocado na parte superior, seguido de seu número de

ordem. Para quadros, por tratar-se de ilustração, o título ‘’Quadro’’ é colocado na parte

inferior, também seguido de seu número de ordem.

Tabelas e quadros devem ser centrados na página e, caso não caibam em uma

página, devem ser continuados na página seguinte, sendo o título e o cabeçalho sempre

repetidos na folha seguinte e considerando-se que, nesse caso, não devem ser

delimitados por traço horizontal na parte inferior, a não ser na última página.

16

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Tabela 2 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Tabela 3 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Tabela 4 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Tabela 5 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Tabela 6 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Tabela 7 – Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

10

Figura 4 – Formato de Lista de Tabelas

17

2.1.4 Abreviaturas

Deverá ser incluída uma lista de abreviaturas utilizadas na monografia. Ao longo

do texto, as mesmas quando citadas pela primeira vez deverão ser inseridas por extenso

com a abreviação entre parênteses.

2.1.5 Sumário

Elemento obrigatório. Deve ser o último elemento pré-textual.

É a enumeração das divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma

ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.

Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário (resumos, listas, etc.)

O texto do sumário deve ser digitado na cor preta com fonte Times New Roman,

tamanho 12, espaçamento simples entre linhas e alinhamento esquerdo.

O título deve estar a um espaço simples entre linhas da margem superior da

página e separado do texto que o sucede por dois espaços simples entre linhas, em caixa

alta, sem numeração, negrito e centralizado na página.

Não utilizar ponto ao final da numeração dos tópicos (nem no sumário, nem ao

longo do texto). Exemplo: o certo é 5.3.1 e não 5.3.1. (4).

18

SUMÁRIO

Figura 5 – Modelo de Sumário

19

2.2 Elementos textuais

2.2.1 Conteúdo das Monografias

A sistematização das informações científicas (monografias) consiste de 5 (cinco)

seções conforme abaixo.

1 IDENTIFICAÇÃO

1.1 NOMENCLATURA BOTÂNICA

1.2 SINONÍMIA BOTÂNICA

1.3 FAMÍLIA

1.4 FOTO DA PLANTA

1.5 NOMENCLATURA POPULAR

1.6 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

1.7 OUTRAS ESPÉCIES CORRELATAS DO GÊNERO, NATIVAS OU EXÓTICAS

ADAPTADAS

2 INFORMAÇOES BOTÂNICAS

2.1 PARTE UTILIZADA / ÓRGÃO VEGETAL

2.2 DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DA PARTE DA PLANTA UTILIZADA

2.3 DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA PARTE DA PLANTA UTILIZADA

2.4 INFORMAÇÕES SOBRE POSSÍVEIS ESPÉCIES VEGETAIS SIMILARES QUE

POSSAM SER UTILIZADAS COMO ADULTERANTES

3 INFORMAÇÕES DE CONTROLE DE QUALIDADE

3.1 ESPÉCIE VEGETAL / DROGA VEGETAL

3.1.1 Caracteres organolépticos

3.1.2 Requisitos de pureza

3.1.2.1 Perfil de contaminantes comuns

3.1.2.2 Microbiológico

3.1.2.3 Teor de umidade

3.1.2.4 Metal pesado

3.1.2.5 Resíduos químicos

3.1.2.6 Cinzas

3.1.3 Granulometria

3.1.4 Prospecção fitoquímica

3.1.5 Testes físico-químicos

3.1.6 Testes de identificação

3.1.7 Testes de quantificação

3.1.7.1 Componentes químicos e suas concentrações: descritos e majoritários, ativos ou

não

3.1.8 Outras informações úteis para o controle de qualidade

3.2 DERIVADO VEGETAL

3.2.1 Descrição

3.2.2 Método de obtenção

3.2.3 Caracteres organolépticos

3.2.4 Requisitos de pureza

20

3.2.4.1 Perfil de contaminantes comuns

3.2.4.2 Microbiológico

3.2.4.3 Teor de umidade

3.2.4.4 Metal pesado

3.2.4.5 Resíduos químicos

3.2.5 Testes físico-químicos

3.2.6 Prospecção fitoquímica

3.2.7 Testes de identificação

3.2.8 Testes de quantificação

3.2.8.1 Componentes químicos e suas concentrações: descritos e majoritários, ativos ou

não

3.3 PRODUTO FINAL

3.3.1 Forma farmacêutica

3.3.2 Testes específicos por forma farmacêutica

3.3.3 Requisitos de pureza

3.3.4 Resíduos químicos

3.3.5 Prospecção fitoquímica

3.3.6 Testes de identificação

3.3.7 Testes de quantificação

3.3.7.1 Componentes químicos e suas concentrações: descritos e majoritários, ativos ou

não

4 INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA E EFICÁCIA

4.1 USOS POPULARES / TRADICIONAIS

4.2 PRESENÇA NA NOTIFICAÇÃO DE DROGAS VEGETAIS

4.3 ESTUDOS NÃO-CLÍNICOS

4.3.1 Estudos toxicológicos

4.3.1.1 Toxicidade aguda

4.3.1.2 Toxicidade subcrônica

4.3.1.3 Toxicidade crônica

4.3.1.4 Genotoxicidade

4.3.1.5 Sensibilização dérmica

4.3.1.6 Irritação cutânea

4.3.1.7 Irritação ocular

4.3.2 Estudos farmacológicos

4.3.2.1 Ensaios in vitro

4.3.2.2 Ensaios in vivo

4.3.2.3 Ensaios ex vivo

4.4 ESTUDOS CLÍNICOS

4.4.1 Fase I

4.4.2 Fase II

4.4.3 Fase III

4.4.4 Fase IV

4.4.5 Estudos observacionais

21

4.5 RESUMO DAS AÇÕES E INDICAÇÕES POR DERIVADO DE DROGA

ESTUDADO

4.5.1 Vias de Administração

4.5.2 Dose Diária

4.5.3 Posologia (Dose e Intervalo)

4.5.4 Período de Utilização

4.5.5 Contra Indicações

4.5.6 Grupos de Risco

4.5.7 Precauções de Uso

4.5.8 Efeitos Adversos Relatados

4.5.9 Interações Medicamentosas

4.5.9.1 Descritas

4.5.9.2 Potenciais

4.5.10 Informações de Superdosagem

4.5.10.1 Descrição do quadro clínico

4.5.10.2 Ações a serem tomadas

5 INFORMAÇÕES GERAIS

5.1 FORMAS FARMACÊUTICAS /FORMULAÇÕES DESCRITAS NA

LITERATURA

5.2 PRODUTOS REGISTRADOS NA ANVISA E OUTRAS AGÊNCIAS

REGULADORAS

5.3 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

5.4 ROTULAGEM

5.5 MONOGRAFIAS EM COMPÊNDIOS OFICIAIS E NÃO OFICIAIS

5.6 PATENTES SOLICITADAS PARA A ESPÉCIE VEGETAL

5.7 DIVERSOS

2.2.2 Formatação do Texto

2.2.2.1 Formatação da Página

Recomenda-se papel branco ou reciclado A4 (210 x 297 mm), texto digitado na

cor preta com fonte 12, e tamanho menor para citações de mais linhas, notas de rodapé,

paginação e legendas das ilustrações e tabelas.

Para citações de mais de três linhas, observar ainda o recuo de 4 cm da margem

esquerda.

Para que as margens permitam a encadernação adequada, devem apresentar as

seguintes medidas:

Esquerda e superior: 3 cm

Direita e inferior: 2 cm

22

Se o texto for digitado frente e verso da folha, as margens devem ser para o

verso da folha, direita superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm, sendo que os

elementos pré-textuais deverão iniciar somente no anverso da folha.

2.2.2.2 Formatação do texto

O texto deve ser digitado com fonte na cor preta, podendo-se utilizar outras

cores somente para as ilustrações. A fonte a ser utilizada em todo o trabalho deve ser

Times New Roman, tamanho da fonte para todo o texto é 12, alinhamento justificado,

com margem de início de parágrafo com 1,25 da margem esquerda e espaçamento entre

linhas de 1,5.

As citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legenda das

ilustrações e das tabelas devem ser digitadas em tamanho menor e uniforme, tamanho

10, justificado. Para citações com mais de três linhas, deve-se observar também um

recuo de 4 cm da margem esquerda, com espaçamento simples entre linhas.

Os títulos das seções primárias devem começar na margem superior da folha

separados do texto que os sucede por um espaço entre linhas de 1,5 cm e, da mesma

forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede, ou que os

sucede, por um espaço de 1,5 cm.

2.2.2.3 Títulos

O conteúdo do trabalho deve receber numeração progressiva para as seções do

texto.

As seções devem ser digitadas com fonte Times New Roman, tamanho 12,

alinhamento esquerdo, espaçamento entre linhas de 1,5 e destacadas conforme abaixo:

1 SEÇÃO PRIMÁRIA (CAPÍTULO)

1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA

1.1.1 Seção Terciária

1.1.1.1 Seção Quaternária

1.1.1.1.1 Seção Quinária

23

Seção Primária – letras todas em maiúsculo e negrito.

Seção Secundária – letras todas em maiúsculo

Seção Terciária – letras em minúsculo e negrito

Seção Quaternária – letras em minúsculo e itálico

Seção Quinária – letras em minúsculo

O título das seções (primarias, secundárias, etc.) deve ser colocado após sua

numeração e dele separado por um espaço. O texto deve iniciar-se em outra linha.

Os títulos das seções primárias (capítulos) devem iniciar em uma nova folha

(topo da folha) e ser separados dos textos que os sucedem por dois espaços 1,5 entre as

linhas.

Todas as seções devem conter um texto relacionado com elas.

2.2.2.3.1 Títulos sem indicação numérica

De acordo com a ABNT NBR 6024-2013, os títulos sem indicativo numérico

devem ser centralizados, em caixa alta e negrito, com tamanho de fonte 12. São eles

a) lista de ilustrações

b) lista de abreviaturas e siglas

c) lista de símbolos

d) resumos

e) sumário

f) referências

g) glossário

h) apêndice(s)

i) anexo(s)

2.2.2.4 Paginação

A numeração é colocada em algarismos arábicos, com exceção dos elementos

pré-textuais, no canto superiro direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o

último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.

24

2.3 Elementos pós-textuais

São elementos que devem constar para complementar o trabalho. Incluem-se as

referências bibliográficas por ordem alfabética, a bibliografia, o glossário de termos

(opcional) e os apêndices.

2.3.1 Referências

Elemento obrigatório. Devem ser elaboradas conforme as normas de Vancouver.

O título é todo em caixa alta, sem numeração, centralizado na página, negrito e

deve começar na margem superior da folha separados do texto que os sucede por dois

espaços entre linhas de 1,5 cm.

Para o texto deve ser utilizado tamanho 12, espaço simples entre linhas e

separadas entre si por dois espaços simples e alinhamento à esquerda.

2.3.2 Glossário

Lista de expressões e termos em ordem alfabética, que ajudem o leitor no

entendimento do trabalho.

Para o texto, deve-se utilizar tamanho 12, espaço simples entre linhas e

separadas entre si por dois espaços simples e alinhamento à esquerda.

2.3.3 Apêndice

Este item serve apenas para complementar a argumentação. Deve ser

identificado por letras maiúsculas consecutivas destacadas em negrito, seguido por

travessão e pelo respectivo título. Ex: APÊNDICE A - Protocolo de pesquisa.

2.3.4 Anexos

Este item serve para anexar um texto ou um documento, não elaborado pelo

autor, que serve de fundamentação, ilustração ou comprovação de argumentos

utilizados. Devem ser identificados da mesma forma descrita para apêndices.

25

3. APRESENTAÇÃO, AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO

APRESENTAÇÃO

O trabalho deverá obedecer à estruturação, conforme item 2, em consonância

com as orientações contidas neste guia.

AVALIAÇÃO

Todo o trabalho (relatório, planilhas e versões da monografia) deverá ser encaminhado

via e-mail ([email protected] ou [email protected]) para análise.

Caso seja recomendado/solicitado alterações ou ajustes ao trabalho, o mesmo retornará

ao autor, via e-mail, para atendimento às recomendações/solicitações.

Após atendimento às recomendações/solicitações, o autor reenviará o trabalho

modificado via e-mail ([email protected] ou [email protected]) para

uma nova avaliação. A aprovação do trabalho será informada ao autor por e-mail

([email protected] ou [email protected]) pela equipe técnica

responsável.

APROVAÇÃO

O produto aprovado deverá ser enviado via correio (preferencialmente como SEDEX)

ou entregue pessoalmente pelo autor na forma impressa em 02 (duas) vias e em CD,

juntamente com uma carta de encaminhamento contendo data e assinatura, para o

seguinte endereço:

Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Esplanada dos Ministérios, bloco G, Edifício Sede, sala 859

Brasília/DF, CEP: 70058-900

26

4. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

Para o desenvolvimento dos estudos orientados de revisão, análise e

sistematização das informações científicas (monografias), recomenda-se que seja

seguida a metodologia proposta para cada fase. As planilhas e tabelas referenciadas ao

longo do texto, que servem de exemplo, estão em anexo.

FASE 1 – Levantamento de literatura científica em banco de dados

Consiste na definição das estratégias de buscas, execução das buscas, seleção

dos resumos, e relatório contendo todo o processo de trabalho e as planilhas referentes

às estratégias de busca (Planilha 1) e as referências selecionadas (Planilha 2).

I - Definição das estratégias e realização das buscas nas bases de dados.

Ia) Identificar/ Definir as palavras-chaves para a busca dos artigos relacionados à espécie

vegetal

O desenvolvimento de um trabalho com qualidade compatível ao esperado requer a

confirmação dos nomes científicos, nomes populares, famílias e sinonímias botânicas

aceitas.

Para confirmação dos dados acima, deve-se utilizar o banco de dados Flora do Brasil

(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/), MOBOT (http://www.tropicos.org/) ou The

International Plant Names Index (IPNI). Os dois primeiros bancos de dados citados

também servem para confirmar a distribuição geográfica e ocorrência da espécie

vegetal.

Estes dados são importantes para definição ou confirmação dos descritores que serão

utilizados na elaboração das estratégias de buscas e que, posteriormente, também serão

utilizados na seleção dos resumos, uma vez que nas buscas poderão aparecer estudos

referenciando sinonímias. Ex.: São sinônimos: Apuleia ferrea e Caesalpinia ferrea. Ao

analisar os resultados da busca na base de dados Lilacs, observou-se que dos 30

27

resumos, 5 constavam o termo Apuleia ferrea e 2 Caesalpinia ferrea. Esse dado

também é importante para definir/confirmar a espécie devido aos vários nomes

populares nas diversas regiões.

Uma vez realizada a confirmação do nome científico, é necessária a definição da

estratégia de busca. Uma das formas de se definir a estratégia de busca é através da

utilização dos descritores DECS e MeSH. Acesse: http://decs.bvs.br/ (página de busca

de descritores DeCS) e http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh (página de busca de

descritores MeSH).

A busca dos descritores deverá ser realizada pelos nomes aceitos ou sinonímias

encontradas nos bancos de dados botânicos, ou ainda pelo gênero da planta.

Ib) Levantar informações científicas, relativas à espécie de interesse, em artigos, teses,

dissertações, monografias, livros e compêndios oficiais e não-oficiais.

Deverão ser consultadas as seguintes bases de dados:

- COCHRANE

- DARE

- MEDLINE via PUBMED

- EMBASE

- SCIELO

- LILACS

- SCOPUS

- PERIODICOS CAPES

- Depósito de patentes

- Outros (citar)

Os resultados deverão ser salvos em arquivo word (extensão .doc ou docx) e, após a

análise dos resultados, deverá ser preenchida a planilha 1 (anexo 2).

II - Análise dos resultados de busca

Deverão ser analisados os arquivos word (extensão .doc ou docx) contendo as buscas.

Para esta análise, sugere-se a seguinte sinalização:

Fonte vermelha – ao identificar as espécies vegetais citadas nos resumos

28

Realce amarelo – resumos selecionados para leitura do artigo completo

Tachado duplo – resumos não selecionados

Identificação da área – inserida à frente do título

Ao final, para facilitar o andamento do trabalho, sugere-se colocar na parte superior dos

arquivos o número total de artigos resultantes da busca para aquele banco de dados,

livro ou compêndio oficial e não-oficial e o número de artigos, teses, dissertações e

monografias selecionados. Isso facilitará o preenchimento da planilha 1.

IIa) Critérios de inclusão e exclusão de estudos.

Para a identificação da espécie vegetal, após confirmação dos nomes científicos,

famílias e sinonímias botânicas da espécie vegetal, deverão ser incluídos apenas os

estudos que se referem à espécie selecionada e a suas sinonímias botânicas. Ex.: Após a

confirmação nas bases de dados específicas (Missouri Botanical Garden (MOBOT), The

International Plant Names Index (IPNI) e Lista de Espécies – Flora Brasil 2010)

verificou-se que Apuleia ferrea e Caesalpinia ferrea são sinonímias, portanto todos os

estudos que citarem um ou ambos os termos serão incluídos.

Em relação às informações botânicas, deverão ser selecionados todos os estudos que

descrevem a espécie vegetal e/ou a parte utilizada. A parte do vegetal de interesse

deverá ser descrita conforme os artigos avaliados, sendo a mesma utilizada na

elaboração dos fitoterápicos. Assim, esse item deverá ser preenchido após a análise de

todas as referências.

Para o controle da qualidade, deverão ser selecionados todos os estudos encontrados

para a espécie vegetal, incluindo a droga vegetal, derivado vegetal e medicamento

fitoterápico obtidos de qualquer parte da planta, que contenham informações sobre

constituintes químicos, requisitos de pureza, técnicas de identificação e metodologias de

análise.

Dentre os artigos de segurança e eficácia, deverão ser selecionadas as referências que

incluam todos os derivados vegetais obtidos de qualquer parte da planta. Deverão ser

selecionados todos os ensaios encontrados, pré-clínicos (in vitro, in vivo e ex vivo) e

29

clínicos, que avaliem os efeitos de qualquer estágio de desenvolvimento de

fitoterápicos: droga vegetal, derivado e produto final, o fitoterápico, em qualquer

atividade terapêutica.

Os estudos em duplicata deverão ser excluídos, enquanto que os estudos que não

deixem claro qual a espécie vegetal utilizada devem ser referenciados, porém informar

nas limitações essa informação.

Estudos com associação de espécies vegetais e estudos com composto químico isolado

devem ser incluídos quando trouxerem informações importantes sobre a espécie vegetal

de interesse, por exemplo, um estudo que demonstrou que determinada substância

isolada da espécie que está sendo estudada possui a mesma atividade terapêutica do

fitocomplexo, devendo ter relação com a atividade terapêutica da espécie. Da mesma

forma, um trabalho que demonstre que determinada substância isolada não apresenta o

mesmo efeito do fitocomplexo. No caso de associações, devem ser inseridos dados de

sinergismo, antagonismo ou reações adversas advindas do uso concomitante da espécie

vegetal com medicamentos sintéticos ou outros produtos naturais. Porém, cuidados

devem ser tomados em relação a dados correlacionados com o uso isolado da espécie.

Ainda, se houverem estudos de interação com alimentos, estes também devem ser

incluídos.

IIb) Classificação de acordo com as áreas de aplicação

Os trabalhos devem ser selecionados e classificados de acordo com o foco/ resultado

principal do trabalho. Abaixo segue uma relação das áreas:

Biotecnologia

Segundo a ONU, define-se biotecnologia como ‘’qualquer aplicação tecnológica que

utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, a fim de fabricar ou

modificar produtos ou processos para utilização específica’’. Portanto, serão

classificados e inclusos os artigos cuja tecnologia descrita seja baseada na biologia,

especialmente quando usada na agricultura, ciência dos alimentos e medicina,

referenciando a produção/ utilização de um produto tecnológico originado a partir da

espécie vegetal em estudo (5).

30

Farmacotécnica

Devem ser classificados como artigos de farmacotécnica todo estudo que descrever

formulações desenvolvidas e características de produtos derivados de plantas do ponto

de vista tecnológico e físico-químico (6).

Etnofarmacologia/ Etnobotânica

O termo etnofarmacologia está inserido no contexto de etnobotânica. Assim, todos os

artigos que relatam o estudo do conhecimento popular das ações, usos ou aplicações

tradicionais da espécie/droga vegetal por determinado grupo étnico ou social devem ser

classificados e selecionados como etnofarmacologia (7, 8, 9).

Agronomia

Sabendo-se que o termo agronomia é um conjunto de conhecimentos de diversas áreas

(10) aplicado na agricultura, serão classificados e selecionados os artigos cujo foco do

estudo seja o manejo da cultura, a influência das condições

metereológicas/ambientais/de cultivo nos produtos do metabolismo da espécie vegetal,

pestes comuns que atingem a espécie em estudo durante o seu cultivo, efeitos

simbióticos com outras espécies vegetais, aplicação de agrotóxicos ou produtos

fitossanitários, entre outros.

Botânica

No contexto do projeto de estudos orientados sobre plantas medicinais, pode-se definir a

botânica como sendo um ramo da biologia que consiste no estudo científico da vida das

plantas (9). Portanto, serão classificados e inclusos neste item todos os estudos de

taxonomia e morfologia vegetal, incluindo caracterizações macro e microscópicas que

possam contribuir para a identificação da espécie vegetal.

Controle de qualidade

Serão classificados e selecionados todos os artigos cujo tema central da pesquisa seja o

controle de qualidade da matéria-prima vegetal, da droga vegetal ou produto

fitoterápico, demonstrando-se técnicas/ procedimentos com objetivo de verificar a

conformidade das preparações com as especificações estabelecidas. Assim, esse

31

conjunto de operações é necessário para a melhoria e controle das diversas atividades-

chave e processos desenvolvidos (10,11).

Química/ Fitoquímica

Neste item, serão classificados e selecionados como fitoquímica todos os artigos

relacionados à química dos produtos naturais, ou seja, preparo do material vegetal,

processos de extração e fracionamentos bioguiados, identificação de constituintes

químicos/ grupos de constituintes presentes na espécie vegetal, isolamento e purificação

de substâncias, elucidação estrutural, caracterização das propriedades físico-químicas,

ou síntese de análogos a partir de determinado constituinte vegetal (9).

Epidemiologia/ Farmacoepidemiologia

Os artigos cujo foco do estudo seja a distribuição dos fenômenos de saúde/doença e

seus fatores condicionantes e determinantes na população humana, assim como a

avaliação da eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública, estudo do

uso e dos efeitos adversos da droga vegetal/produto fitoterápico nos indivíduos serão

classificados e selecionados.

Farmacologia pré-clínica

Serão classificados e selecionados como tal todos os estudos relacionados aos ensaios

farmacodinâmicos (estudos que evidenciem a atividade biológica e estudem o

mecanismo de ação através de ensaios in vitro, in vivo e ex vivo) em animais de

laboratório, correlacionando os efeitos às doses, e que ao final determinem a eficácia do

fármaco/produto (12). De preferência, os estudos selecionados devem apresentar a

aprovação do comitê de ética animal ou, caso não apresente essa informação, este dado

deve ser informado no item limitações do estudo.

Farmacocinética

Serão classificados e selecionados todas as publicações que avaliem as etapas que a

droga vegetal/fitoterápico sofre desde a administração até a sua excreção, ou seja, as

etapas de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação da droga

vegetal/fitoterápico (9, 12)

Farmacologia clínica

32

A fim de comprovar o potencial terapêutico da espécie vegetal/ fitoterápico na espécie

humana, serão classificados e selecionados os estudos que envolvam testes de

mecanismo de ação e que comprovem os efeitos do fármaco/produto na prática clínica

(em seres humanos) (12). Assim, são inclusos os estudos de fase I, fase II, fase III e fase

IV. Estudos publicados após a Resolução 196/96 devem apresentar a aprovação do

comitê de ética. Em casos que não houver a aprovação do comitê, relatar o estudo e

informar esta falta de informação em limitações do estudo.

Toxicologia pré-clínica

Serão classificados e selecionados os trabalhos baseados em estudos dos medicamentos

fitoterápicos/ produtos através de testes in vivo e testes in vitro para avaliação do

potencial risco à saúde humana, além da avaliação de risco ambiental (9). Inclui-se a

avaliação da toxicidade aguda, a toxicidade crônica, a toxicidade sub-crônica, a

genotoxicidade, a sensibilização dérmica, a irritação cutânea e a irritação ocular. Estes

estudos necessitam a apresentação da aprovação do comitê de ética.

Toxicologia clínica

Estudos que considerem o efeito da droga vegetal/fitoterápico no organismo, cujo

objetivo seja a investigação de efeitos adversos e tóxicos (13), fornecendo informações

a respeito da segurança desta espécie vegetal.

Interações

Serão classificados e selecionados todos os estudos que relatam um evento clínico em

que os efeitos da droga vegetal/fitoterápico são alterados pela presença de outro

fármaco, alimento ou algum agente químico, e ocasiona efeitos adversos indesejáveis ou

efeitos benéficos (12).

Farmacologia molecular/ Biologia molecular

Estudos da sequência de eventos químicos e biológicos resultantes da interação

fármaco-receptor, procurando explicar os efeitos farmacológicos de compostos

biologicamente ativos ao nível molecular, isto é, baseado nas interações moleculares e

em termos de estruturas moleculares e propriedades físico-químicas.

Revisão

33

São estudos que fazem uma revisão de tudo que já há publicado sobre o assunto/ espécie

vegetal.

Caso um artigo tenha mais de uma classificação (área de aplicação), todas as áreas

devem ser relacionadas. Ex: Botânica/ Agronomia

III - Relatório inicial

O relatório deverá descrever de forma mais esclarecedora e detalhada possível todo o

trabalho realizado, pensando-se em pessoas que poderão repetir o que está relatado e

chegarão aos mesmos resultados. Deve possuir uma linguagem objetiva e de perfeita

compreensão.

Considerando a importância do trabalho a ser realizado e o fato de que todos os estudos

disponíveis sobre a espécie vegetal devem constar do documento final (monografia), é

necessário constar no relatório:

1 – Os nomes científicos (completos) e famílias botânicas;

2 – As bases de dados e o período consultado para levantamento dos resumos;

3 – Os termos utilizados (estratégia de busca) e o número de referências encontradas em

cada base;

4 – Os critérios de inclusão e exclusão utilizados na seleção dos artigos;

5-– Preenchimento das planilhas 1 e 2

6 – Observações sobre análises e resultados;

7 – Considerações finais.

FASE 2 – Sistematização das informações em planilhas

Visando criar um banco de dados das informações encontradas na literatura científica, e

disponibiliza-lo posteriormente a toda sociedade, foi criada uma planilha, a qual

contempla todas as áreas de interesse do projeto. A planilha é dividida ao todo em 20

abas. São elas:

34

1) Geral

2) CQ droga vegetal

3) CQ derivado

4) CQ fitoterápico

5) Usos populares tradicionais

6) Tóxico aguda

7) Tóxico subcrônica

8) Tóxico crônica

9) Genotoxicidade

10) Sensibilidade dérmica

11) Irritação cutânea

12) Irritação ocular

13) Toxicologia in vitro

14) Farmacologia in vitro

15) Farmacologia in vivo

16) Farmacologia ex vivo

17) Ensaios clínicos fase I

18) Ensaios clínicos fase II

19) Ensaios clínicos fase III

20) Ensaios clínicos fase IV

Este modelo procura reunir as informações necessárias para produção, controle de

qualidade e comprovação de segurança e eficácia/efetividade de fitoterápicos. Sendo

assim, todas as informações solicitadas no roteiro e não encontradas na literatura

científica consultada devem ser informadas, como N.D., de modo que se verifiquem

facilmente quais estudos ainda precisam ser realizados.

Ainda, para complementar a planilha, deve ser inserida na parte inicial, como primeira

aba, a planilha 2 da fase I, dando-se a ela o nome ‘’referências’’. Essa aba servirá de

monitoramento dos artigos trabalhados na fase 2 do projeto.

Orienta-se também a inclusão de hiperlinks nas planilhas para haver conecção das

informações apresentadas.

35

FASES 3 - Elaboração da versão preliminar das monografias para a(s) espécie(s)

vegetal(is), conforme roteiro padronizado

Como já informado previamente, essa parte consiste na elaboração e entrega de

uma versão preliminar da monografia da espécie vegetal selecionada. Deve-se seguir o

guia orientativo.

FASE 4 - Consulta Pública

Nesta fase, as monografias preliminares elaboradas serão avaliadas e validadas

por meio de consultas públicas, a fim de disponibiliza-las posteriormente para toda a

sociedade.

FASE 5 - Elaboração da versão final das monografias para a(s) espécie(s) vegetal(is),

conforme roteiro padronizado

As contribuições, sugestões e críticas obtidas por meio de consulta pública serão

avaliadas e deverão ser aceitas ou rejeitadas por meio de justificativa técnica. Assim, as

alterações necessárias na versão preliminar da monografia deverão ser realizadas nesta

etapa, finalizando a monografia.

5. CONTEÚDO/ORIENTAÇÕES GERAIS

5.1 Capítulo I – Identificação

5.1.1 Identificação da espécie vegetal

Consiste em informações de identificação da espécie, como a nomenclatura

botânica completa, sinonímias botânicas conhecidas, família, nomenclatura popular,

distribuição geográfica, foto da planta e, ainda, outras espécies do gênero nativas ou

exóticas adaptadas.

36

A) Nomenclatura botânica: Item importante na garantia da qualidade, considerando

que os nomes populares podem variar dependendo da região em que a espécie vegetal é

utilizada. Deve ser informada a nomenclatura botânica completa da espécie estudada

com o gênero, epíteto específico, descritor e variedades, atualizados de acordo com as

revisões mais recentes. (14) FBRAS

Para confirmação dos dados acima, deve-se utilizar o banco de dados Flora do Brasil

(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/), MOBOT (http://www.tropicos.org/). Em caso de

dúvida, especialistas nas famílias botânicas deverão ser consultados - (14) FBRAS

Informações com relação a atualizações na nomenclatura da espécie, quando houver,

também deverão ser apresentadas.

B) Família: Deve ser informada a família a que pertence a espécie estudada.

C) Sinonímia botânica: Todas as sinonímias botânicas encontradas nos sites sugeridos

e literatura pesquisada devem ser informadas, desde que tenham importância, seja pelo

amplo uso ou por constarem em monografias farmacopeicas (14).

Exemplo:

Conforme pesquisa realizada no site Flora do Brasil, o nome científico aceito e correto

para JUCÁ é Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz e tem como sinônimo

relevante Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul.

D) Nomenclatura popular: Devem ser informados todos os nomes populares pelos

quais a espécie é conhecida, se possível, o local onde esse nome é utilizado.

E) Distribuição geográfica: Deve ser informada a distribuição geográfica da espécie

vegetal. Essa informação é importante, em âmbito nacional, na medida em que deverão

ser selecionados prioritariamente medicamentos obtidos de espécies nativas ou exóticas

adaptadas. Essa medida se dá no sentido de diminuir a importação de matérias-primas e,

ao mesmo tempo, por favorecer a produção nacional.

37

F) Foto da planta: deve incluir uma foto da espécie vegetal, com referência a fonte da

mesma, para auxiliar na sua identificação.

G) Outras espécies do gênero nativas ou exóticas adaptadas: Devem ser dadas

informações sobre espécies correlatas, ou seja, diferentes espécies que sejam similares à

estudada. Deve-se informar a existência de outras espécies do gênero utilizadas

popularmente como sendo a mesma espécie e estudos sobre as mesmas que abarquem

essa informação, como, por exemplo, a Maytenus ilicifolia e a aquifolium, que são

usadas popularmente de forma indistinta, inclusive em alguns estudos científicos.

Essa é uma informação importante a ser buscada, pois a população utiliza

indistintamente diversas espécies vegetais conhecidas popularmente pelo mesmo nome,

porém, a legislação sanitária brasileira não permite essa variação, exigindo que todos os

estudos sejam apresentados para a espécie específica que vai ser utilizada na produção

do fitoterápico (16).

5.1.2 Identificação da droga vegetal

Deve descrever e/ou estabelecer a parte da planta utilizada como matéria-prima

na produção do fitoterápico e sua apresentação (inteira, dessecada, fresca, etc.), assim

como os teores percentuais para os marcadores químicos (substância ou grupo de

substâncias). Caso existam estudos de interesse sobre diferentes partes da mesma

espécie, estes também devem ser buscados.

Dados sobre espécies conhecidas como contaminantes da matéria-prima vegetal

de interesse devem ser informados, uma vez que são importantes no controle da

qualidade por auxiliarem na identificação de inconformidades e na rejeição de matérias-

primas que não atendem às especificações.

Exemplo:

A droga vegetal é constituída dos folíolos dessecados contendo, no mínimo, 2,5% de

derivados hidroxiantracênicos expressos em senosídeo B, e 0,6% de senosídeo B

(C42H38O20; 862,74) e 0,5% de senosídeo A (C42H38O20; 862,74). Não deve ser utilizada

antes de um ano após a colheita (14).

38

5.2 Capítulo II – Informações botânicas

As informações botânicas estão presentes em monografias existentes na

Farmacopeia Brasileira (FB) (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeia/index.htm)

e nas farmacopeias internacionais reconhecidas, descritas na Resolução de Diretoria

Colegiada (RDC) 37/09, que são: Alemã, Americana e seu Formulário nacional,

Argentina, Britânica, Europeia, Francesa, Internacional, Japonesa, Mexicana e

Portuguesa. Além das descrições farmacopeicas, encontram-se artigos científicos das

espécies vegetais que devem ser citados nas monografias (14,15).

Devem ser incluídas as informações de:

Parte utilizada/órgão vegetal

Descrição macroscópica da parte da planta utilizada

Descrição microscópica da parte da planta utilizada

Informações sobre possíveis espécies vegetais similares que possam ser

utilizadas como adulterantes

5.3 Capítulo III – Informações sobre controle de qualidade, segurança e eficácia

Refere-se a informações sobre controle de qualidade, assim como todas as

possibilidades de comprovação de segurança e eficácia da espécie vegetal.

5.3.1 Controle de qualidade

A maioria dessas informações encontram-se descritas nas monografias da FB e

nas farmacopeias internacionais reconhecidas (15) (RDC 37/2009). As farmacopeias

internacionais reconhecidas devem ser consultadas sobre a presença de monografia para

a espécie vegetal, devendo ser descritos os testes e especificações, caso existam.

Considerando que a FB encontra-se disponível on line, esta deve ser obrigatoriamente

consultada (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeia/index.htm).

Além das metodologias farmacopeicas, diversos estudos científicos propõem

metodologias de controle de qualidade para espécies vegetais. Ainda que estas

metodologias apresentem validade científica, não são consideradas oficiais. Assim,

devem ser descritas em detalhes para que garantam uma reprodutibilidade do método

39

em questão. Todas as metodologias e especificações encontradas, em farmacopeias ou

artigos da literatura científica, devem ser citadas na monografia.

Na FB constam métodos gerais aplicados a formas farmacêuticas e monografias

de plantas medicinais específicas. Nos métodos gerais constam as metodologias para

realização de testes microbiológicos, determinação de metais pesados, com os

respectivos limites permitidos, além dos testes a serem exigidos para cada fórmula

farmacêutica.

Monografias específicas para espécies vegetais contêm metodologias para

determinação de caracteres organolépticos, testes de identificação, material estranho,

umidade, cinzas e testes de quantificação (16).

Informações sobre contaminantes como praguicidas, inseticidas e formicidas

devem ser fornecidas caso existam na literatura. No Brasil, praguicidas, inseticidas e

formicidas não têm sua utilização permitida em plantas medicinais. Assim, as

legislações exigem a avaliação desses contaminantes e a informação dos limites

permitidos deve estar disponível. Deve ser fornecida a informação de limites específicos

para a espécie, caso existam na literatura, ou, se não, limites inespecíficos estabelecidos

internacionalmente.

Grande auxílio nesse sentido pode ser obtido nos guias da Organização Mundial

da Saúde (OMS) sobre controle de qualidade que trazem metodologias e especificações

para alguns testes, principalmente para contaminantes. As mesmas podem ser obtidas

através dos seguintes links: Geral para todas as publicações de fitoterápicos:

http://apps.who.int/medicinedocs/en/cl/CL6.1.1.8.32/clmd,50.html#hlCL6_1_1_8_32;

Guia sobre contaminantes: http://apps.who.int/medicinedocs/en/m/abstract/Js14878e/.

Todas as informações devem ser coletadas para a espécie vegetal, esteja ela seca,

na forma de droga vegetal, ou fresca, para os derivados e para o produto final (o

fitoterápico), conforme determinam as normas para registro de medicamentos

fitoterápicos, ou seja, RDC 14/2010 (17). Para diferenciar essas etapas, têm-se os

exemplos:

Droga vegetal - caso o estudo se refira a uma metodologia de controle de folhas secas

de boldo.

Derivado vegetal – caso o estudo se refira a uma metodologia de controle de extrato de

boldo.

40

Produto final (fitoterápico) - estudos sobre formulações farmacêuticas prontas, como

xaropes, comprimidos.

Para essas três formas devem ser informadas, caso haja na literatura, os seguintes dados:

ESPÉCIE VEGETAL / DROGA VEGETAL

Granulometria

Caracteres organolépticos

Requisitos de pureza:

Perfil de contaminantes comuns (Materiais estranhos)

Cinzas

Umidade

Metal pesado

Resíduos químicos

Microbiológicos

Prospecção fitoquímica

Testes de identificação

Análise quantitativa (Testes de quantificação – componentes químicos e suas

concentrações) Descritos / Majoritários ou ativos*

*Devem ser fornecidas informações sobre os componentes químicos já descritos,

separando por grupo fitoquímico, incluindo os característicos da espécie e aqueles

considerados marcadores.

Para desenhar as estruturas químicas, pode-se utilizar o software ChemSketch 12.0

ou versão superior disponível em:

http://www.acdlabs.com/resources/freeware/chemsketch/ (é necessário registrar-se).

DERIVADO VEGETAL

Descrição

Métodos de obtenção

Caracteres organolépticos

Extratos

fluidos

Resíduo seco

pH

Teor alcóolico

Densidade

Extratos secos

Umidade/perda por dessecação

Solubilidade

Densidade aparente

Óleos essenciais

Densidade

Índice de refração

Rotação óptica

Óleos fixos

Índice de acidez

Éster

Iodo

Testes de identificação

41

Testes de quantificação

Prospecção fitoquímica

Outras considerações relacionadas ao Controle de qualidade

Devem ser informados os métodos de obtenção do derivado de droga vegetal, ou

seja, o tipo de solvente utilizado, relação matéria-prima: derivado (quantidade de

matéria-prima utilizada para a obtenção dos extratos) e forma de extração, caso haja

esses dados na literatura.

Se for utilizado mais de um derivado da espécie vegetal, ou seja, um extrato

aquoso e outro etanólico da raiz, ou até mesmo dois extratos aquosos da mesma espécie

vegetal obtidos de partes diferentes da planta (um da raiz e outro das folhas, por

exemplo), os mesmos devem ser especificados como diferentes derivados vegetais.

Devem ser dadas as informações referentes aos principais derivados estudados na

literatura.

PRODUTO FINAL (FITOTERÁPICO)

Formas farmacêuticas

Testes específicos para cada forma farmacêutica

Devem ser informadas as metodologias e especificações dos testes para a(s)

forma(s) farmacêutica(s) específica(s) disponível na literatura (18) (RE nº 1/05).

Para toda a forma farmacêutica sólida, a empresa deve acrescentar as seguintes

informações ou justificativa técnica de ausência:

- Aparência (cor, odor, forma, tamanho e textura);

- Dissolução;

- Dureza.

Para as formas farmacêuticas líquidas e semi-sólidas, a empresa deve acrescentar

as seguintes informações ou justificativa técnica de ausência:

- Aparência;

- pH;

- Sedimentação pós-agitação em suspensões;

- Claridade em soluções;

- Separação de fase em emulsões e cremes;

42

- Perda de peso em produtos de base aquosa.

Segundo os testes descritos pela Farmacopeia Brasileira 5 ed., há ainda os

seguintes testes:

Para sólidos: dureza, desintegração, uniformidade de peso, dissolução, conteúdo de

água, friabilidade;

Para líquidos e semi-sólidos: viscosidade.

5.3.2 Segurança e eficácia

As informações sobre segurança e eficácia de medicamentos fitoterápicos podem ser

comprovadas por meio de:

Tradicionalidade do uso;

Ensaios pré-clínicos e clínicos;

Presença na lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado

conforme IN 5/08 (17), ou sua atualização;

Sistema de pontuação conforme a IN 5/10 (18), ou sua atualização.

Recentemente, a Anvisa criou uma nova classe de fitoterápicos: os produtos

tradicionais fitoterápicos. Dessa forma, várias legislações aqui citadas estão em

processo de mudança e tendem a ser revogadas.

Hoje existem no Brasil duas principais categorias de fitoterápicos: os

medicamentos fitoterápicos e os produtos tradicionais fitoterápicos.

Para medicamentos fitoterápicos, as informações sobre segurança e eficácia

passarão a ser comprovadas por meio de ensaios não-clínicos e clínicos de segurança e

eficácia ou registro simplificado. Este último deverá ser comprovado por presença na

lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado (a ser publicado pela

Anvisa) ou presença nas monografias de fitoterápicos de uso bem estabelecido da

Comunidade Europeia (EMA).

43

Para produtos tradicionais fitoterápicos, as informações de segurança e

efetividade passarão a ser comprovadas por meio da tradicionalidade do uso ou por

registro simplificado. Este último deverá ser comprovado por presença na lista de

produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado (a ser publicado pela Anvisa)

ou presença nas monografias de fitoterápicos de uso tradicional da Comunidade

Europeia (EMA).

5.3.2.1 Usos populares/tradicionais

A possibilidade de comprovação de segurança e eficácia da espécie vegetal pelo uso

popular e/ou tradicional prevê a apresentação dos seguintes itens:

Ausência de grupos ou substâncias químicas tóxicas, ou presentes dentro de

limites comprovadamente seguros;

Comprovação de continuidade de uso seguro por período igual ou superior a 20

anos.

Comprovação de uso tradicional na padronização indicada, ou seja, a dosagem, a

via de administração recomendada e o método de preparação sejam semelhantes

àquela tradicionalmente utilizada;

Indicação de uso esporádico;

Indicação de uso isenta de prescrição médica;

Indicado para tratamento sintomático de doenças de baixa gravidade.

Não oferecer risco tóxico ao usuário na posologia recomendada.

Caso seja necessária alguma alteração no extrato, deve ser apresentada uma correlação,

química ou farmacológica, do perfil do produto obtido pelo uso tradicional e do extrato

que se quer registrar/renovar.

Se houver comprovação de segurança e eficácia da espécie vegetal pelo uso popular

e/ou tradicional, pode-se sugerir que a espécie vegetal seja incluída, caso ainda não

esteja presente, na lista de drogas vegetais notificadas (19). Nesse caso, deve-se

preencher o quadro 1 (anexo 4) extraído da RDC 10/10 (20), ou sua atualização.

44

5.3.2.2 Estudos pré-clínicos e clínicos

Devem ser preenchidas informações conforme modelo prevalente utilizado no

desenvolvimento de medicamentos, a partir de estudos pré-clínicos e clínicos.

As informações quanto aos testes realizados com os derivados das espécies e produtos

finais estão organizadas conforme as diferentes etapas de estudos exigidos pela

legislação (21,17,22,23,24):

Resolução Específica (RE) 90/04 (Guia de estudos pré-clínicos de medicamentos

fitoterápicos),

RDC 14/10 (registro de medicamentos fitoterápicos),

RDC 39/08 (Guia de Boas Práticas Clínicas)

Resolução 196/96 (Pesquisa clínica), e

Resolução 251/97 (Normas de pesquisa envolvendo seres humanos).

5.3.2.2.1 Ensaios pré-clínicos

Os ensaios pré-clínicos para fitoterápicos compreendem estudos farmacológicos

(farmacodinâmica e farmacocinética) e toxicológicos, realizados em animais de

laboratório. O objetivo dos estudos farmacológicos é mostrar a eficácia do fitoterápico.

Os estudos toxicológicos somente se justificam quando a efetividade é comprovada

(12).

Estudos de toxicologia pré-clínica

Atualmente, são exigidos ensaios de acordo com o guia de estudos não clínicos

(25), que é complementar a RE 90/04. Os estudos de toxicidade devem ser

conduzidos com amostras padronizadas do medicamento fitoterápico ou do

derivado vegetal a partir do qual é produzido, sendo exigidos os seguintes

estudos:

Medicamentos fitoterápicos de uso oral:

45

Toxicidade aguda

Toxicidade de doses repetidas (longa duração)

o Subcrônica

o Crônica

Genotoxicidade– realizado quando houver indicação de uso contínuo ou

prolongado do medicamento em humanos.

Medicamentos fitoterápicos de uso tópico:

Informar dados de toxicidade de dose única e doses repetidas, caso existam,

na via de administração proposta do produto. Além desses, os estudos de:

Sensibilização dérmica:

Irritação cutânea

Irritação ocular

Orientações sobre testes de farmacologia pré-clínica podem ser obtidas na RE

90/2004 (21) e, de forma complementar a este, no guia de estudos não clínicos

de segurança de medicamentos (25) publicado pela Anvisa que engloba todos os

medicamentos a serem registrados (o Guia não revogou a RE 90/04, sendo essa

prioritária para fitoterápicos). O Guia pode ser obtido por meio do link:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/820d0800419dc0279534bf8b4fca6

d11/GUIA+PARA+A+CONDU%C3%87%C3%83O+DE+ESTUDOS+N%C3%

83O+CL%C3%8DNICOS+DE+SEGURAN%C3%87A+NECESS%C3%81RIO

S+AO+DESENVOLVIMENTO+DE+MEDICAMENTOS.pdf?MOD=AJPERE

S

Estudos de Farmacologia pré-clínica

Devem ser informados os estudos de farmacologia pré-clínica realizados com a

espécie vegetal, separados em diferentes quadros, por tipo de teste realizado (por

exemplo, atividade antioxidante, antiinflamatória, broncodilatadora).

Estudos de farmacodinâmica

Busca-se evidenciar, através dos trabalhos, a comprovação do(s) efeito(s)

farmacológico(s), correlacionando o(s) efeito(s) com diferentes doses (relação

46

dose-efeito) e a um mecanismo de ação. Ao selecionar os trabalhos verificar se

há utilização controles/padrões nos testes (agonistas ou antagonistas bem

conhecidos). Caso não haja controles/padrões, esta informação deve ser inserida

na coluna “limitações do estudo”. Ex.: Não foram utilizados nos testes

experimentais os controles/padrões.

Estudos de farmacocinética

Devem ser buscadas informações sobre velocidade e intensidade de absorção,

distribuição, metabolização e excreção do produto.

5.3.2.2.2 Ensaios clínicos

Define-se como estudo clínico ‘’qualquer investigação em seres humanos,

objetivando verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e/ou

outros efeitos de produto(s) e/ou identificar reações adversas ao produto(s) em

investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia” (26).

Sendo assim, a finalidade de uma pesquisa clínica é avaliar determinada

intervenção em condição clínica específica (na espécie humana). Caso existam,

para a espécie vegetal, as informações são dadas por fase de estudo, I a IV,

incluindo informações sobre farmacocinética e farmacodinâmica, conforme

descrito anteriormente.

Com o objetivo de entender e ter condições de realizar análise crítica desses

estudos deverão ser estudadas, além da legislação, o guia da OMS para

condução de estudos clínicos de fitoterápicos (27), disponível por meio do link:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fitoterapicos.pdf.

De forma simplificada, a ANVISA classifica os estudos clínicos como:

Fase I: Quando o estudo foi realizado com um número pequeno de voluntários

sadios, respondendo a questões de farmacologia, posologia e alterações no local

da aplicação, além de comprovação da toxicidade prevista em testes pré-clínicos.

47

Fase II: É o estudo terapêutico piloto. Também realizado com um número

reduzido, porém com pacientes em tratamento de curta duração, visando

estabelecer a segurança a curto prazo de uso e a efetividade do produto.

Fase III: É o estudo terapêutico ampliado. Quando o estudo é realizado em larga

escala com diferentes populações de pacientes e em tratamentos mais

prolongados, visando estabelecer o perfil terapêutico e respondendo a questões

de segurança a longo prazo do produto.

Fase IV: São pesquisas realizadas após o início da comercialização do produto.

São estudos cruzados e duplo-cegos, realizados com um grande número de

pacientes, comparando o produto em teste com placebo e controle positivo.

Para facilitar a sistematização das informações, foram elaborados quadros para o

preenchimento das informações referentes ao uso popular/tradicional (anexo 4),

Toxicologia pré-clínica (anexo 5), Farmacologia pré-clínica (anexo 6) e Ensaios clínicos

(anexo 7). Sendo assim, após análise dos artigos, o autor deverá preencher as

informações obtidas de acordo conforme orientações abaixo:

Referência: deve-se informar o documento consultado (Ex: Beltrano et al., 2012).

Parte da planta utilizada: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as

substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica.

Tipo e padronização do extrato: informar o tipo de extrato, por exemplo, fluido, mole

ou seco; o tipo de solvente utilizado; se foi avaliado com relação à sua padronização em

marcadores ou se foi avaliada a composição fitoquímica que possa auxiliar em sua

reprodução e avaliação.

Atividade: Item necessário ser apresentado para os estudos de farmacologia (in vitro, in

vivo e ex vivo), onde deverá constar para qual atividade farmacológica foi voltado o

estudo. Ex: atividade anti-inflamatória.

48

Tipo e padronização da forma farmacêutica: informar a forma farmacêutica do

produto administrado (comprimidos, cápsulas, pomada, gel, xarope, etc) e a

concentração da forma farmacêutica (Ex: pomada com 250 mg de extrato seco de XX).

Posologia: deve ser informada a via de administração, dose e frequência de

administração.

Metodologia: nesse item deve ser descrito o tipo de pesquisa (Ex: duplo cego,

randomizado; observacional, transversal, descritivo); o modelo (se in vitro, ex vivo ou in

vivo); o método utilizado (Ex: método de difusão em Agar Muller Hinton); os animais

utilizados (espécie animal e quantidade); o tratamento dos dados. Enfim, é a explicação

do estudo desenvolvido.

Amostras/ Participantes: relatar o grupo utilizado para o estudo (espécie animal ou

população de referência), a idade do grupo e a quantidade por sexo. Ex: 60

camundongos (30 machos e 30 fêmeas).

Resultados: devem constar nesse item os parâmetros observados, o período de

observação e o que foi observado (efeitos/consequências obtidos com a aplicação da

metodologia).

Limitações do estudo: nesse item, deve-se descrever se houve limitações ao estudo.

Ex: não houve a descrição das condições de armazenamento do produto durante o

período de ensaio; não houve avaliação de um grupo controle.

O objetivo de utilizar quadros é facilitar a visualização das principais informações sobre

a planta medicinal e, portanto, devem ser inseridos os dados importantes de forma

resumida.

Ao final de cada quadro, deverá ser descrita uma conclusão geral daquela fase de estudo

para a espécie.

Ex.: Estudos de toxicidade aguda, incluindo DL50

49

Três estudos de toxicologia pré-clínica aguda foram encontrados na literatura

pesquisada. Dois foram realizados com abafados liofilizados utilizando tanto M.

officinalis como M. aquifolium e um com extrato liofilizado do qual não são

dadas maiores informações, por ser objeto de patente de uma indústria

farmacêutica. Os estudos apontam aparente atoxicidade do extrato, mesmo em

doses bem mais altas do que as utilizadas pelo homem. Os dois primeiros

estudos testaram doses progressivas a partir da usualmente utilizada pelo

homem, tentando a extração mais próxima possível da usual.

Realizando-se uma análise crítica desses estudos avaliados, pode-se constatar

que o único que se refere apenas à utilização de extratos de M. officinalis não

informa maiores detalhes da obtenção do extrato, não sendo possível avaliá-lo

em detalhes. Assim, não se conseguiu nesse levantamento uma boa informação

específica sobre toxicidade aguda de M. officinalis, embora em associação com

M. aquifolium, não se observou sinais de toxicidade (16).

5.3.3 Revisões

As informações obtidas a partir de revisões sistemáticas ou de revisões de qualquer

abordagem científica da planta medicinal deverão ser apresentadas no item em que se

julgar mais específico para tal. Caso não haja tal especificidade, o mesmo deverá ser

apresentado no capítulo V ‘’Informações Gerais’’.

5.4 Capítulo IV – Resumo das ações e indicações por derivado de droga estudado

Após a avaliação dos estudos, devem ser inseridas as informações abaixo, caso existam.

1. Vias de administração

2. Dose diária

3. Posologia (dose e intervalo)

4. Período de utilização

5. Contra indicações

6. Grupos de risco

50

7. Precauções de uso

8. Efeitos adversos relatados

9. Interações medicamentosas

i) Descritas

ii) Potenciais

10. Informações de superdosagem

11. Descrição do quadro clínico

12. Ações a serem tomadas

Essas informações são importantes para o uso do fitoterápico, devendo constar na bula

do produto, determinada pela RDC 47/09 (28), ou do folheto informativo da droga

vegetal, descrito na RDC 10/10 (20).

Com base na análise dos dados obtidos e havendo comprovação de segurança e eficácia

por meio de estudos pré-clínicos e clínicos pode-se sugerir que a espécie vegetal seja

incluída, caso já não esteja presente, na lista de espécies vegetais de registro

simplificado.

Os dados apresentados nos estudos devem referir-se à padronização recomendada.

Nesse caso, deve-se preencher o quadro abaixo extraído da IN 5/08 (15).

Nomenclatura botânica

Nome popular

Parte usada

Padronização/Marcador

Derivado de droga vegetal

Indicações/Ações terapêuticas

Dose Diária (somente para produtos de uso

oral/interno)

Concentração da forma farmacêutica (somente

para produtos de uso tópico)

Via de Administração

Restrição de uso

5.5 Capítulo V – Informações gerais

Outras informações relevantes como as citadas abaixo, caso sejam encontradas na

literatura, devem ser relatadas nessa parte.

51

Formas farmacêuticas/formulações e descritas na literatura.

Informar as formas farmacêuticas/formulações descritas na literatura.

Produtos registrados na Anvisa e outras agências reguladoras

Informar a situação regulatória da espécie vegetal nos diferentes países e se há liberação

para uso (registro) na Anvisa e outras agências reguladoras.

Informações sobre registro de medicamentos fitoterápicos no Brasil podem ser obtidas

no sítio eletrônico da Anvisa, por meio do link:

http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/consulta_produto/Medicamentos/frmConsultaMedi

camentos.asp. Podem ser acessados os dados: nome comercial do produto; do princípio

ativo (no caso de plantas medicinais, a nomenclatura botânica); CNPJ da empresa;

número de registro do medicamento procurado; ou o número do seu processo de registro

na Anvisa.

O número de produtos registrados no Brasil para a mesma espécie é um requisito

importante na avaliação de quais espécies prioritariamente devem receber

financiamento público de compra, de modo que sejam selecionadas espécies que

possuam fitoterápicos registrados por mais de uma empresa.

Informações de embalagem, rotulagem e armazenamento:

Relatar se o fitoterápico precisa de condições especiais de armazenamento e transporte,

como, por exemplo, se deve ser mantido protegido da luz, ou ainda em condições

controladas de temperatura, e informações importantes que devem constar da rotulagem

alegando ou informando alguma particularidade do produto.

Monografias em compêndios oficiais/ não oficiais:

Devem ser relatadas nesse item, tanto monografias farmacopeicas de controle da

qualidade, quanto monografias que abordem informações sobre segurança e eficácia de

fitoterápicos. Exemplos de livro que podem ser avaliados para preencher esse item são

os presentes na IN 5/10. Monografias da Comunidade Europeia podem ser obtidas no

site:

http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/landing/herbal_search.j

52

sp&murl=menus/medicines/medicines.jsp&mid=WC0b01ac058001fa1d. As do Health

Canadá por meio do link: http://webprod.hc-sc.gc.ca/nhpid-

bdipsn/monosReq.do?lang=eng

Patentes solicitadas para a espécie vegetal, derivado vegetal ou fitoterápico:

Informar, casos existam, patentes relacionadas à espécie vegetal, derivado vegetal ou

fitoterápico.

As buscas de depósito de pedidos de patentes devem ser feitas nas bases de dados online

dos escritórios, no âmbito:

Nacional:

Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI):

http://pesquisa.inpi.gov.br/MarcaPatente/jsp/servimg/servimg.jsp?BasePesquisa

=Patentes

Internacional, nos principais escritórios de patentes, como:

World international property organization:

http://www.wipo.int/portal/index.html.en

European patent Office: http://www.epo.org/

Japan patent information organization: http://www.japio.or.jp/english/

Diversos

Devem ser inseridas informações que julgar importante tais como curiosidades a

respeito da espécie vegetal.

5.6 Considerações finais

Todas as normas de fitoterápicos citadas nesse documento podem ser obtidas no

Consolidado de Normas da COFID:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home/medicamentos?cat=Medicamentos+f

itoterapicos&cat1=com.ibm.workplace.wcm.api.WCM_Category%2FMedicamentos+fit

oterapicos%2F688d6f804f6be547af47bfc894994279%2FPUBLISHED&con=com.ibm.

workplace.wcm.api.WCM_Content%2FMedicamentos+fitoterapicos%2F47930180402c

a29db76fb754e035b7cb%2FPUBLISHED&showForm=no&siteArea=Medicamentos&

WCM_GLOBAL_CONTEXT=/wps/wcm/connect/anvisa/Anvisa/Inicio/Medicamentos/

Publicacao+Medicamentos/Medicamentos+fitoterapicos

53

5.7 Referências

São todos os documentos lidos e citados no texto dos estudos orientados

(monografias), assim como outras fontes citadas (vídeo, áudio, internet, etc).

As referências devem ser numeradas e no texto figurar o número correspondente.

Deverão ser apresentadas em Estilo Vancouver.

6. REDAÇÃO E LINGUAGEM DOS TEXTOS

Os textos a serem apresentados devem ter caráter objetivo e impessoal (redigidos em

terceira pessoa). Dessa forma, o texto deve neutralizar a presença do enunciador,

abolindo o emprego de verbos em primeira pessoa (e.g. suponho, achamos). Os

resultados das observações e experiências devem ser expostos no passado, e as

generalidades ou as referências, expostas no presente.

Use adequadamente os termos técnicos e não abuse da linguagem técnica a ponto de

tornar seu texto confuso.

As citações de todas as documentações que servem de base para a pesquisa, assim como

ideias e sugestões alheias inseridas no texto devem ser expressamente indicadas e

documentadas no corpo do trabalho.

Citação Direta

Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Indicar a data e a página.

Ex.: "Deve-se indicar sempre, com método e precisão, toda documentação que serve de

base para a pesquisa, assim como ideias e sugestões alheias inseridas no trabalho."

(CERVO; BERVIAN, 1978, p. 97).

Citação Indireta

54

Texto baseado na obra do autor consultado, consistindo em transcrição não textual da(s)

idéia(s) do autor consultado. Indicar apenas a data, não havendo necessidade de

indicação da página.

Ex.: Barras (1979) ressalta que, apesar da importância da arte de escrever para a ciência,

inúmeros cientistas não têm recebido treinamento neste sentido.

Citação de Citação

Transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original, ou

seja, retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada.

Indicar o autor da citação, seguido da data da obra original, a expressão latina "apud", o

nome do autor consultado, a data da obra consultada e a página onde consta a citação.

Ex.:

"0 homem é precisamente o que ainda não é. O homem não se define pelo que é, mas

pelo que deseja ser." (ORTEGA Y GASSET, 1963, apud SALVADOR, 1977, p. 160).

Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [ . . . ]

APRESENTAÇÃO GRÁFICA

Configurações

Papel: formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), branco.

Margens: superior – 3 cm, inferior – 2 cm, esquerda – 3 cm e direita – 2 cm.

Orientação: retrato

Fonte: Times New Roman, tamanho 12 para o texto e 10 para citações longas e notas de

rodapé.

Parágrafo

Alinhamento: Justificado

Nível de tópico: corpo de texto

Recuo: Nenhum

Espaçamento antes e após as linhas: 6

Espaçamento entrelinhas: 1,5

55

OBS.:

1) As citações longas, notas de rodapé, referências e os resumos em vernáculo e em

língua estrangeira deverão ser digitados em espaço simples e centralizado.

2) O título em negrito deve ser separado do texto que o precede, ou que o sucede, por

uma entrelinha dupla.

Paginação

Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas, mas não

numeradas. A numeração deverá ser colocada a partir da primeira folha da parte textual

em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior. Os

apêndices e anexos devem ter suas folhas numeradas de maneira contínua, seguindo a

paginação do texto principal (conforme as normas da ABNT).

Indicativos de Seção

O indicativo numérico de uma seção precede o título do mesmo, devendo estes serem

alinhados à esquerda e separados um espaço de caractere.

Títulos sem indicativo numérico

Não devem ser apresentados títulos precedidos de indicativo numérico nos seguintes

casos: lista de ilustração, lista tabelas, lista de abreviaturas e siglas, resumos, sumário,

referências, bibliografia, apêndice(s) e anexo(s). Os títulos, em letra maiúscula, devem

ser centralizados e, juntamente com o texto, deve ser apresentado em uma nova folha.

Abreviaturas e siglas

Quando aparece a primeira vez no texto, deve-se colocar todo o nome por extenso e a

abreviatura/ sigla entre parênteses. Posteriormente, utiliza-se apenas a abreviatura/ sigla.

56

Orientações gerais

Os textos devem ser construídos a partir de informações atuais, isentas e cientificamente

fidedignas, provenientes de estudos de grande porte e adequada metodologia, nacionais

e internacionais.

Deverão ser identificadas palavras para compor o índice remissivo. Também, deverá ser

colocado o nome dos autores ao final de cada texto.

57

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. 2006.

2. ______. Presidência da República. Decreto 5.813, de 22 de junho de 2006; Aprova

a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências.

2006.

3. ______. Portaria interministerial 2.960, de 09 de dezembro de 2008. Aprova o

Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de

Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2008.

4. Forte, SHAC. Manual de elaboração de tese, dissertação e monografia Fortaleza:

Universidade de Fortaleza, 2004. 49p. Disponível em:

http://www.servcor.com/npg/NORMAS_Manual_de_elaboracao_de_tese_e_monografi

a.pdf

5. Nações Unidas. Convenção sobre Diversidade Biológica. Artigo 2, utilização de

termos. 1992.

6. Beringhs AO, Souza FM, Campos AM, Ferraz HG, Sonaglio, D. Technological

development of Cecropia glaziovi extract pellets by extrusion-spheronization. Revista

Brasileira de Farmacognosia 23(1): 160-168, 2013.

7. Diegues, 1996 apud: HAVERROTH, M. Etnobotânica: uma revisão teórica. NESSI

– UFSC. Antropologia em Primeira Mão n. 22, 2011.

8. Elisabetsky E. Etnofarmacologia. Cienc. Cult. [online]. 2003, vol.55, n.3, pp. 35-

36.

9. Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, de Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR.

Farmacognosia: da planta ao medicamento. 2. ed. 2000.

10. Goulart LHSD. Dicionário do Agrônomo. Editora Rigel, 1991 apud:

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/agronomia.htm

11. Cardoso, CMZ. Manual de Controle de Qualidade de matérias-primas vegetais para

farmácia magistral. Pharmabooks. São Paulo, SP, 2009.

12. Hardman JG, Limbird LE, Gilman AG. Goodman & Gilman's: As bases

farmacológicas da Terapêutica. 10. ed. 2001.

13. Oga S, Camargo MMA, Batistuzzo JAO. Fundamentos de toxicologia. 3. ed. 2008.

58

14. BRASIL. Farmacopeia Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde. Agência Nacional

de Vigilância Sanitária; 2009 [acesso em 17 dez. 2012]. Disponível em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume2.pdf

15. ______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. IN 05 de

11 de dezembro de 2008. Trata da admissibilidade das Farmacopeias estrangeiras. 2008.

16. Carvalho ACB. Plantas medicinais e fitoterápicos: regulamentação sanitária e

proposta de modelo de monografia para espécies vegetais oficializadas no Brasil. Tese.

Brasília (DF): Universidade de Brasília; 2011. Disponível em:

http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/8720/1/2011_AnaCec%C3%ADliaBezerra

Carvalho.pdf

17. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 14

de 31 de março de 2010. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. 2010.

18. ______.______.______. RE 01 de 29 de julho de 2005. Determina guia para a

realização de estudos de estabilidade. 2005.

19. ______. ______. ______. RDC 37 de 06 de julho de 2009. Dispõe sobre a

notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) e dá outras providências. 2009.

20. ______. ______. ______. RDC 10 de 09 de março de 2010. Dispõe sobre a

notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) e dá outras providências. 2010.

21. ______. ______. ______. RE 90 de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o "Guia

para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos”. 2004.

22. ______. ______. ______. RDC 39 de 05 de junho de 2008. Aprova o regulamento

para a realização de pesquisa clínica. 2008.

23. ______.______. Resolução 196 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre Diretrizes

e Normas Regulamentadoras da Pesquisa envolvendo seres humanos. 1996.

24. ______. ______. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 251 de 07 de agosto de

1997. Aprova normas de pesquisa envolvendo seres humanos para a área temática de

pesquisa com novos fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos. 1997.

25. ______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Guia para a

condução de estudos não clínicos de segurança necessários ao desenvolvimento de

medicamentos. 2010. 37p.

59

26. EUROPEAN MEDICINES AGENCY (EMEA), 1997 apud: Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA). Considerações e definições para Pesquisa Clínica.

Disponível em: http://anvisa.gov.br/medicamentos/pesquisa/def.htm

27. Organização Mundial da Saúde. Instruções operacionais: informações necessárias

para a condução de ensaios clínicos com Fitoterápicos. Brasília, DF, 2008.

28. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 47

de 08 de setembro de 2009. Estabelece regras para elaboração, harmonização,

atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e

para profissionais de saúde. 2009.

29. ______. ______. ______. Resolução RDC nº 14, de 31 de março de 2010. Dispõe

sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União, Poder

Executivo, Brasília, DF, 5 abr. 2010. Seção 1, p. 85. 2010b.

30. ______. ______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução

RDC nº 13, de 13 de março de 2013. Dispõe sobre as boas práticas de fabricação de

produtos tradicionais fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 mar.

2013. Seção 1, p. 50. 2013a.

31. ______. ______. Portaria nº. 1.555, de 30 de julho de 2013. Dispõe sobre as normas

de financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no

âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jul.

2013. Seção 1, p. 71. 2013c.

60

GLOSSÁRIO

contaminação: a introdução não desejada de impurezas de natureza química ou

microbiológica, ou de matéria estranha, em matéria-prima, produto intermediário e/ou

produto terminado durante as etapas de amostragem, produção, embalagem ou

reembalagem, armazenamento ou transporte (RDC 17/10);

critério de aceitação: critério que estabelece os limites de aceitação de

especificações de matérias-primas, produtos ou processos/sistemas (RDC 17/10);

derivado vegetal: produto da extração da planta medicinal in natura ou da droga

vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil,

cera, exsudato e outros (RDC 14/10);

desvio de qualidade: afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para

um produto ou processo (RDC 17/10);

droga vegetal notificada: drogas vegetais na forma final de comercialização ao

consumidor, notificadas na Anvisa e reguladas conforme o uso tradicional;

droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou

classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta,

estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada,

triturada ou pulverizada (RDC 14/10);

espécie: Gênero + epíteto específico (RDC 14/10);

especificação: documento que descreve em detalhes os requisitos que os materiais

utilizados durante a fabricação, produtos intermediários ou produtos terminados devem

cumprir. As especificações servem como base para a avaliação da qualidade (RDC

17/10);

excipiente: substância adicionada ao medicamento com a finalidade de prevenir

alterações, corrigir e/ou melhorar as características organolépticas, biofarmacotécnicas e

tecnológicas do medicamento (RDC 14/10);

fitoterápico: produto obtido de planta medicinal, ou de seus derivados, exceto

substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa (Brasil, 2009).

fitoterápico manipulado: preparação magistral e oficinal de fitoterápico em

farmácia de manipulação e em Farmácia Viva (Portaria 1.555/13).

marcador: composto ou classe de compostos químicos (ex: alcalóides, flavonóides,

ácidos graxos etc.) presentes na matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo

correlação com o efeito terapêutico, que é utilizado como referência no controle de

61

qualidade da matéria-prima vegetal e dos medicamentos fitoterápicos (RDC 14/10 e

RDC 17/10);

matéria-prima vegetal: compreende a planta medicinal, a droga vegetal ou o

derivado vegetal (RDC 14/10);

matéria-prima: qualquer substância, seja ela ativa ou inativa, com especificação

definida, utilizada na produção de medicamentos. Exclui-se dessa definição os materiais

de embalagem (RDC 17/10);

medicamento fitoterápico: todo medicamento obtido empregando-se

exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da

eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua

qualidade (adaptado da RDC 14/10).

medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com

finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico (RDC 17/10);

nomenclatura botânica completa: espécie, autor do binômio, variedade, quando

aplicável, e família (RDC 14/10);

perfil cromatográfico: padrão cromatográfico de constituintes característicos,

obtido em condições definidas, que possibilite a identificação da espécie vegetal em

estudo e a diferenciação de outras espécies (RDC 14/10);

planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos

terapêuticos (RDC 10/10 e RDC 14/10));

produto tradicional fitoterápico: aquele obtido com emprego exclusivo de

matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança seja baseada por meio da

tradicionalidade de uso e que seja caracterizado pela reprodutibilidade e constância de

sua qualidade (RDC 13/13)

prospecção fitoquímica: testes de triagem, qualitativos ou semi quantitativos, que

utilizam reagentes de detecção específicos para evidenciar a presença de grupos

funcionais característicos na matéria-prima vegetal e que auxiliam na identificação da

espécie vegetal e a diferenciação de outras espécies (RDC 14/10);

relação "droga vegetal: derivado vegetal": expressão que define a relação entre

uma quantidade de droga vegetal e a respectiva quantidade de derivado vegetal obtida.

O valor é dado como um primeiro número fixo ou na forma de um intervalo,

correspondente à quantidade de droga utilizada, seguido de dois pontos (:) e, depois

desses, o número correspondente à quantidade obtida de derivado vegetal (RDC 14/10).

62

ANEXOS

ANEXO 1 – Relação Nacional de Plantas de Interesse ao SUS

ANEXO 2 – Planilha 1, referente a estratégias de busca a serem apresentadas para cada espécie vegetal (modelo exemplificativo) ANEXO 3 – Planilha 2, referente a resumos selecionados ANEXO 4 - Quadro 1, referente a informações de uso popular ANEXO 5 - Quadro 2, referente a informações sobre toxicologia pré-clínica ANEXO 6 - Quadro 3, referente a informações sobre farmacologia pré-clínica ANEXO 7 - Quadro 4, referente a informações sobre ensaios clínicos

63

ANEXO 1

* definir a(s) espécie(s) com cultivo, estudos e indicação de uso

RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS

1 Achillea millefolium

37 Lippia sidoides

2 Allium sativum 38 Malva sylvestris

3 Aloe spp* (A. vera ou A. barbadensis) 39 Maytenus spp* (M. aquifolium ou M. ilicifolia)

4 Alpinia spp* (A. zerumbet ou A. speciosa) 40 Mentha pulegium

5 Anacardium occidentale 41 Mentha spp* (M. crispa, M. piperita ou M. villosa)

6 Ananas comosus 42 Mikania spp* (M. glomerata ou M. laevigata)

7 Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea * 43 Momordica charantia

8 Arrabidaea chica 44 Morus sp*

9 Artemisia absinthium 45 Ocimum gratissimum

10 Baccharis trimera 46 Orbignya speciosa

11 Bauhinia spp* (B. affinis, B. forficata ou B.

variegata) 47 Passiflora spp* (P. alata, P. edulis ou P. incarnata)

12 Bidens pilosa 48 Persea spp* (P. gratissima ou P. americana)

13 Calendula officinalis 49 Petroselinum sativum

14 Carapa guianensis 50 Phyllanthus spp* (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e

P. urinaria)

15 Casearia sylvestris 51 Plantago major

16 Chamomilla recutita = Matricaria chamomilla =

Matricaria recutita 52 Plectranthus barbatus = Coleus barbatus

17 Chenopodium ambrosioides 53 Polygonum spp* (P. acre ou P. hydropiperoides)

18 Copaifera spp* 54 Portulaca pilosa

19 Cordia spp* (C. curassavica ou C. verbenacea)* 55 Psidium guajava

20 Costus spp* (C. scaber ou C. spicatus) 56 Punica granatum

21 Croton spp (C. cajucara ou C. zehntneri) 57 Rhamnus purshiana

22 Curcuma longa 58 Ruta graveolens

23 Cynara scolymus 59 Salix alba

24 Dalbergia subcymosa 60 Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira

25 Eleutherine plicata 61 Solanum paniculatum

26 Equisetum arvense 62 Solidago microglossa

27 Erythrina mulungu 63 Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron

barbatimam

28 Eucalyptus globulus 64 Syzygium spp* (S. jambolanum ou S. cumini)

29 Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana* 65 Tabebuia avellanedeae

30 Foeniculum vulgare 66 Tagetes minuta

31 Glycine max 67 Trifolium pratense

32 Harpagophytum procumbens 68 Uncaria tomentosa

33 Jatropha gossypiifolia 69 Vernonia condensata

34 Justicia pectoralis 70 Vernonia spp* (V. ruficoma ou V. polyanthes)

35 Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum* 71 Zingiber officinale

36 Lamium álbum

64

ANEXO 2

Planilha 1 – Estratégias de busca a serem apresentadas para cada espécie vegetal (modelo exemplificativo).

Na primeira coluna, deve ser inserida a base de dados na qual foi feita determinada pesquisa. Cada linha se destina a uma base de dados.

Na segunda coluna, devem ser inseridos os termos ou descritores utilizados para a busca das referências para a referida base de dados.

Na terceira coluna, deve ser inserido o número total de referências encontradas para a referida espécie vegetal, usando-se aqueles descritores.

Na quarta coluna, deverá ser inserido o número de referências selecionadas, dentro do resultado total de referências, de acordo com critérios de

seleção e exclusão pré-definidos.

Achillea millefolium

Base de

dados

(1)

Termos (2) Resultados (3)

Resumos

selecionados

(4)

Lilacs

LILACS(port)

(Millefolium) or (Achillea millefolium) or (Ex

HP4.018.499.625)

11 8

LILACS(Ingl)

("Achillea"[Mesh]) OR (Achillea) OR (Yarrow) OR

(Achillea millefolium)

15 8

IPA

From 1 [(Millefolium or Achillea millefolium or

Achillea or Yarrow or Achillea millefolium).mp.

[mp=title, subject heading word, registry word, abstract,

trade name/generic name]] keep 1-129

129 125

TOTAL 155 141

65

ANEXO 3

Planilha 2 – Resumos selecionados.

Resumos selecionados

Ordem

(1)

Título do trabalho

(2)

Autor(es)

(3) Revista (4)

Ano de

publicação

(5)

Área (6)

Artigo

disponível

(Sim ou não)

(7)

Deverá ser preenchida corretamente, evitando mesclagem de células como forma de possibilitar a aplicação de filtros.

1 - Inserir a ordem sequencial;

2 - Inserir o título do trabalho;

3 – Inserir o(s) autor(es) do trabalho;

4 – Inserir o título da revista onde o trabalho foi publicado;

5 - Inserir o ano de publicação do artigo;

6 - Inserir a área de aplicação a que se refere o resumo;

7 – Informar a disponibilidade do artigo (sim ou não).

66

ANEXO 4

Quadro 1 – Informações referentes ao uso popular.

Nomenclat

ura

botânica

Nomenclat

ura popular

Parte

utilizada

Forma de

utilização

Posolo

gia

Modo

de usar

Via de

adminis-

tração

Uso (A=

adulto, I=

infantil)

Alegações

*

Contra-

indicações

Efeitos

adversos

Informações

adicionais em

embalagem

Referência

s

*As alegações deverão completar a frase: Usado tradicionalmente no tratamento sintomático de ...

67

ANEXO 5

Quadro 2 – Informações sobre toxicologia pré-clínica.

Ref. Parte

da

planta

Tipo/Padr

onização

do extrato

Tipo/

Padroniza

ção da

forma

farmacêuti

ca

Posologia Metodologia Amostra Resultados Limitações

do estudo

Via Dose Frequência Espécie

animal

Machos Fêmeas Idade Parâmetros

observados

Período de

observação

Observado

68

ANEXO 6

Quadro 3 – Informações sobre farmacologia pré-clínica.

Ref

.

Ativida

de

Parte

da

planta

Tipo/Pad

ronizaçã

o do

extrato

Tipo/

Padronizaçã

o da forma

farmacêutic

a

Posologia Metodologia Amostra Resultados Limitações

do estudo

Via Dose Frequênci

a

Espécie

animal

Macho

s

Fêmeas Idade Parâmet

ros

observad

os

Períod

o de

observ

ação

Observado

69

ANEXO 7

Quadro 4 – Informações referentes a ensaios clínicos.

Ref

.

Parte

da

planta

Tipo/

Padronização

do extrato

Tipo/

Padronização

da forma

farmacêutica

Posologia Metodologi

a

Participantes Resultados Limitaçõ

es do

estudo

via dose frequência Aleatorizaçã

o

Quantidad

e

Parâmetro

s

observados

Período de

observaçã

o

Observado

Intervenção: Intervenção: Interven

ção:

Intervenção

:

Intervenção

:

Controle: Controle: Controle

:

Controle: Controle:

OBS.: É importante que sejam mantidas as planilhas em excel e que estas sejam preenchidas corretamente, evitando mesclagem de células, a fim

de possibilitar a aplicação de filtros.