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MINISTMINISTÉÉRIO DA SARIO DA SAÚÚDEDESecretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos EstratSecretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos EstratéégicosgicosDepartamento do Complexo Industrial e InovaDepartamento do Complexo Industrial e Inovaçção em Saão em SaúúdedeCoordenaCoordenaçção Geral de Assuntos Regulatão Geral de Assuntos Regulatóóriosrios

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia::InternalizaInternalizaçção no âmbito do ão no âmbito do

CGEN e o papel da saCGEN e o papel da saúúdede

Pedro C. Binsfeld Pedro C. Binsfeld (PhD)Titular do MS no CGEN Titular do MS no CGEN

[email protected]@saude.gov.br

Plano de apresentaPlano de apresentaççãoão

-- Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia

-- Autoridade Nacional Autoridade Nacional –– CGENCGEN

-- LegislaLegislaçção Nacional sobre ABSão Nacional sobre ABS

-- Papel da SaPapel da Saúúdede

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

ImplicaImplicaçções das ões das

45 decisões 45 decisões

tomadas na tomadas na

COPCOP--10 para o 10 para o

Brasil no perBrasil no perííodo odo

de 2011de 2011--20202020

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

Fonte: IPV, CDB, 2010Fonte: IPV, CDB, 2010

O O ÍÍndice Planeta Vivo global (IPV), ndice Planeta Vivo global (IPV), mostrado aqui pela linha mmostrado aqui pela linha méédia, dia, caiu em mais de 30% desde 1970, caiu em mais de 30% desde 1970, sugerindo que, em msugerindo que, em méédia, as dia, as populapopulaçções de vertebrados ões de vertebrados diminudiminuííram quase um terram quase um terçço durante o durante esse peresse perííodo. O IPV Tropical (linha odo. O IPV Tropical (linha inferior) mostra uma queda mais inferior) mostra uma queda mais acentuada, de quase 60%. O IPV acentuada, de quase 60%. O IPV Temperado mostrou um aumento de Temperado mostrou um aumento de 15%, refletindo a recupera15%, refletindo a recuperaçção das ão das populapopulaçções de algumas espões de algumas espéécies cies em regiões temperadas, depois de em regiões temperadas, depois de decldeclíínios substanciais num passado nios substanciais num passado mais distante.mais distante.

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

A saA saúúde deve se orientar por de deve se orientar por

uma luma lóógica ambientalgica ambiental

(...) Não (...) Não éé real somente a realidade real somente a realidade que conhecemos, mas tambque conhecemos, mas tambéém a de m a de que necessitamos (...) que necessitamos (...)

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia::

Trata do Trata do AcessAcess & & BenefitBenefit SharingSharing (ABS), ou seja do (ABS), ou seja do

Acesso aos recursos genAcesso aos recursos genééticos e conhecimentos ticos e conhecimentos

tradicionais e repartitradicionais e repartiçção justa e equitativa dos benefão justa e equitativa dos benefíícios;cios;

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

Objetivo do Protocolo de Objetivo do Protocolo de NagoiaNagoia::

RepartiRepartiçção justa e equitativa dos benefão justa e equitativa dos benefíícios, oriundos cios, oriundos

do acesso do acesso àà biodiversidade e aos conhecimentos biodiversidade e aos conhecimentos

tradicionais associados tradicionais associados àà sua conservasua conservaçção e uso ão e uso

sustentsustentáável, que vel, que éé um dos três objetivos da CDB, um dos três objetivos da CDB, como como

medida de combate medida de combate àà evasão e erosão dos RG e CTAevasão e erosão dos RG e CTA..

Reconhecimento da Reconhecimento da soberania soberania dos pados paííses e dos ses e dos

conhecimentos locais sobre seus RG. conhecimentos locais sobre seus RG.

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

Segundo o Protocolo de Segundo o Protocolo de NagoiaNagoia::

Todo o acesso a recursos genTodo o acesso a recursos genééticos e ao conhecimento ticos e ao conhecimento

tradicional associado, deve passar por um consentimento tradicional associado, deve passar por um consentimento

prpréévio dos pavio dos paííses, ses, segundo sua legislasegundo sua legislaçção ão

nacionalnacional..

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Protocolo de NagoiaNagoia -- ABSABS

Art. 15 Art. 15 -- CDB: CDB: -- Acesso e RepartiAcesso e Repartiçção de Benefão de Benefíícios cios

•• Reconhece direito soberano e a autoridade dos Estados para Reconhece direito soberano e a autoridade dos Estados para determinar o acesso a recursos gendeterminar o acesso a recursos genééticos pertence aos governos ticos pertence aos governos nacionais e estnacionais e estáá sujeita sujeita àà legislalegislaçção nacional.ão nacional.

•• O acesso aos RG deve ser com consentimento prO acesso aos RG deve ser com consentimento préévio informado da vio informado da Parte Contratante provedora desses recursos (Parte Contratante provedora desses recursos (……).).

•• Cada Parte Contratante deve adotar medidas legislativas, Cada Parte Contratante deve adotar medidas legislativas, administrativas ou poladministrativas ou polííticas, conforme o caso (ticas, conforme o caso (……) para compartilhar de ) para compartilhar de forma justa e eqforma justa e eqüüitativa os resultados da pesquisa e do itativa os resultados da pesquisa e do desenvolvimento de RG e os benefdesenvolvimento de RG e os benefíícios derivados da utilizacios derivados da utilizaçção ão comercial e de outra natureza com a Parte Contratante provedora comercial e de outra natureza com a Parte Contratante provedora desses recursos. desses recursos. Essa partilha deve darEssa partilha deve dar--se de comum acordose de comum acordo..

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Autoridade NacionalAutoridade Nacional

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

BRASIL: BRASIL: Que participa de forma ativa na Que participa de forma ativa na construconstruçção do mecanismo multilateralão do mecanismo multilateral

1)1) Possui LegislaPossui Legislaçção Nacionalão Nacional

2)2) Autoridade NacionalAutoridade NacionalConselho de Gestão do Patrimônio GenConselho de Gestão do Patrimônio Genéético tico ––CGENCGEN

Autoridade NacionalAutoridade Nacional

CF 1988 art. 225CF 1988 art. 225

MP 2.186MP 2.186--16/0116/01Decretos

CGENCGENMMAMMA

PNGPGPNGPG

OEFOEFOEF

UsuáriosUsuários

IAAIAA

CDBCDBCDB TIRFAATIRFAATIRFAA

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Autoridade NacionalAutoridade Nacional

CGENCGEN1)1) Guardião da legislaGuardião da legislaçção nacionalão nacional

2)2) Tem carTem carááter:ter:a) Normativoa) Normativob) Deliberativob) Deliberativoc) Consultivoc) Consultivod) Recursald) Recursal

3)3) Composto por 19 Composto por 19 óórgãos do Governo Federalrgãos do Governo Federal

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

LegislaLegislaçção Nacional sobre ABSão Nacional sobre ABS

•• MP 2.186MP 2.186--16/200116/2001

Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genDispõe sobre o acesso ao patrimônio genéético, a tico, a

proteproteçção e o acesso ao conhecimento tradicional ão e o acesso ao conhecimento tradicional

associado, a repartiassociado, a repartiçção de benefão de benefíícios para sua cios para sua

conservaconservaçção e utilizaão e utilizaçção, e dão, e dáá outras providências.outras providências.

•• Criou o CGEN Criou o CGEN –– Conselho de Gestão do Patrimônio Conselho de Gestão do Patrimônio GenGenéético,tico,

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LegislaLegislaçção Nacional sobre ABSão Nacional sobre ABS

•• CTACTABrasil reconhece que os conhecimentos tradicionais Brasil reconhece que os conhecimentos tradicionais

associados fazem parte de patrimônio cultural associados fazem parte de patrimônio cultural brasileiro.brasileiro.

A implementaA implementaçção do artigo 8j da CDB tem se dado ão do artigo 8j da CDB tem se dado

pela aplicapela aplicaçção da legislaão da legislaçção em vigor.ão em vigor.

Art. 8 e 9 da MP tratam dos direitos sobre quem Art. 8 e 9 da MP tratam dos direitos sobre quem

detdetéém CTA e o acesso não autorizado como ilegal. m CTA e o acesso não autorizado como ilegal.

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

LegislaLegislaçção Nacional sobre ABSão Nacional sobre ABS

•• RepartiRepartiçção de benefão de benefíícioscios

A MP no A MP no artsarts. 24 e 25, define a necessidade de . 24 e 25, define a necessidade de

repartir benefrepartir benefíícios.cios.

Reconhece que os RG e CTA são riquezas Reconhece que os RG e CTA são riquezas

estratestratéégicasgicas

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

LegislaLegislaçção Nacional sobre ABSão Nacional sobre ABS

•• Artigos 15 e 8j da CDBArtigos 15 e 8j da CDB

Os compromissos do Brasil com a implementaOs compromissos do Brasil com a implementaçção ão

do do ArtArt 15 e 8j vem sendo alcan15 e 8j vem sendo alcanççados pelas iniciativas:ados pelas iniciativas:

a)a) DefiniDefiniçção de legislaão de legislaçção nacionalão nacional

b)b) ConstituiConstituiçção de autoridade nacionalão de autoridade nacional

c)c) ConstruConstruçção de capacidades em acesso e repartião de capacidades em acesso e repartiçção ão

de benefde benefíícios.cios.

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LegislaLegislaçção Nacional sobre ABSão Nacional sobre ABS

A legislaA legislaçção nacional permite declarar o patrimônio ão nacional permite declarar o patrimônio gengenéético como de relevante interesse ptico como de relevante interesse púúblicoblico

..........Art.Art. 17.17. Em caso de Em caso de relevante interesse prelevante interesse púúblicoblico, ,

assim caracterizado pelo assim caracterizado pelo CGENCGEN, o ingresso em , o ingresso em áárea rea ppúública ou privada para blica ou privada para acessoacesso a amostra de a amostra de componente do componente do patrimônio genpatrimônio genéético dispensartico dispensarááanuência pranuência préévia dos seus titularesvia dos seus titulares, garantido a estes , garantido a estes o disposto nos o disposto nos artsarts. 24 e 25 desta MP.. 24 e 25 desta MP.

............

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

InserInserçção da Saão da Saúúdede

Dimensão dos RG e CTA para saDimensão dos RG e CTA para saúúde:de:

1) Equil1) Equilííbrio dos ecossistemas;brio dos ecossistemas;

2) Seguran2) Segurançça alimentar e nutricional;a alimentar e nutricional;

3) Esp3) Espéécies vetores de doencies vetores de doençças persistentes, emergentes as persistentes, emergentes e e reemergentesreemergentes;;

4) Medicamentos e Vacinas4) Medicamentos e Vacinas

5) Kits diagn5) Kits diagnóósticos e materiais, etc. sticos e materiais, etc.

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InserInserçção da Saão da Saúúdede

•• PolPolíítica Nacional de Plantas medicinais tica Nacional de Plantas medicinais e Fitotere Fitoteráápicospicos

Decreto presidencial NDecreto presidencial Nºº 5.183/20065.183/2006

•• Programa Nacional de Plantas medicinais e Programa Nacional de Plantas medicinais e FitoterFitoteráápicospicos

Portaria Interministerial nPortaria Interministerial nºº 2.960/20082.960/2008

•• RENISUS RENISUS –– relarelaçção de plantas medicinais de ão de plantas medicinais de interesse do SUS interesse do SUS –– DAF/DECIISDAF/DECIIS

•• PD&I PD&I

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InserInserçção da Saão da Saúúdede

RENISUSRENISUS –– RelaRelaçção Nacional de Plantas Medicinais de ão Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS Interesse ao SUS –– 71 Esp71 Espééciescies

EspEspééciescies NNºº %%

ExExóóticasticas 4545 6363AmericanasAmericanas 77 1010

BrasileirasBrasileiras 1919 2727

Fonte: DAF, MS, 2009.Fonte: DAF, MS, 2009.

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

InserInserçção da Saão da Saúúdede

Desafios Nacionais:Desafios Nacionais:

1) Aprimorar marco regulat1) Aprimorar marco regulatóório;rio;

2) Facilitar acesso para PD&I;2) Facilitar acesso para PD&I;

3) Estabelecer sistema nacional de Gestão PG e CTA;3) Estabelecer sistema nacional de Gestão PG e CTA;

4) Solu4) Soluçção para questões de PI ão para questões de PI

5) Controle da evasão e erosão do RG e CTA, etc. 5) Controle da evasão e erosão do RG e CTA, etc.

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Protocolo de Nagoya e a Saúde: Buscando novos rumos par a sustentabilidade - Brasília, DF – 23 de agosto de 2011

Desafios Desafios -- ABSABS

“Após a MP 2.186/16/2001”

• Biodiversidade como patrimônio do Estado

• Acesso controlado ao Patrimônio genético e CTA

• Implementação do marco regulatório

• Atenuada a erosão da diversidade genética

• Ampliação da Consciência• Controle da biopirataria• Moderada conservação

UsoExploratório

Ainda muito uso exploratório

Proposta de usosustentável

“Antes da CDB”(..... até 1992)

• Biodiversidade como patrimônio da humanidade

• Livre acesso aos recursos genéticos e CTA

• Ausência regulatória

• Erosão da diversidade genética

• Biopirataria

• Baixa conservação

“CDB até MP”entre 1992 a 2000

• Biodiversidade como patrimônio do Estado

• Livre acesso ao patrimônio genético e CTA

• Discussão sobre o marco regulatório

• Erosão da diversidade genética

• Biopirataria

• Baixa conservação

OBRIGADO!OBRIGADO!