suzanne james - [perigoso amor] - soberano da paixão (jessica 148.2).doc

70
8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 1/70 Soberano da Paixão The Master of Highbridge Manor Suzanne James Quando atravessou os portões do solar Highbridge, Ria não pode conter os arrepios que percorreram sua espinha. Ela estava ansiosa para comear seu novo trabalho e dei!ar para tr"s um passado, que a atormentava. Entretanto, em seu primeiro contato com o dono da casa, #asper Trent, logo percebeu que o perigo a rondava. $eu chefe esban%ava bele&a, charme e um olhar demon'aco que a dei!ava insegura a cada ve& em que o encontrava. (alente e orgulhosa Ria mantinha a cabea erguida enquanto e!ecutava suas tarefas. )or*m, o rubor em sua face denunciava o que de verdade passava em seu coraão+ Digitalização: Ana Cris Revisão: Cassia

Upload: tucabellllll

Post on 02-Jun-2018

230 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 1/70

Soberano da PaixãoThe Master of Highbridge Manor

Suzanne James

Quando atravessou os portões do solar Highbridge, Ria não pode conter os arrepios que percorreram sua espinha. Ela estava ansiosa para come ar seu novo trabalho e dei!ar para tr"s um

passado, que a atormentava. Entretanto, em seu primeiro contato com o dono da casa, #asper Trent,logo percebeu que o perigo a rondava. $eu chefe esban%ava bele&a, charme e um olhar demon'acoque a dei!ava insegura a cada ve& em que o encontrava. (alente e orgulhosa Ria mantinha a cabe aerguida enquanto e!ecutava suas tarefas. )or*m, o rubor em sua face denunciava o que de verdade passava em seu cora ão+

Digitalização: Ana CrisRevisão: Cassia

Page 2: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 2/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Tradu ão Vera Vasconcelos

)23456789 $93 769R89 69M H7R4EQ25: E:TER)R5$E$ 55 3.(;$.<.r.-.

Todos os direitos reservados.)roibidos a reprodu ão, o arma&enamento ou a transmissão, no todo ou em parte.Todos os personagens desta obra são fict'cios.

Qualquer semelhan a com pessoas vivas ou mortas * mera coincid=ncia.

T'tulo original> 5::96E:T (5R?5:, @548 $2RRE:8ER 6opAright B 0C-C bA 7rme Mather

9riginalmente publicado em 0C-C por Mills D 3oon Modern Romance

T'tulo original> THE M7$TER 9 H5?H3R58?E M7:9R 6opAright B 0C-C bA $usanne #ames

9riginalmente publicado em 0C-C por Mills D 3oon Modern Romance

7rte final de capa> nFcleo designers associadosEditora ão EletrGnica>73RE2 $ $I$TEM

Tel.> JKK LL 0- 000C1NOK ; 0K0 1/CNP

5mpressão>RR 89::E44EI

Tel.> JKK LL -- 0- /1NKCC.rrdonnelleA.com.br

8istribui ão e!clusiva para bancas de %ornal e revistas de todo o 3rasil>ernando 6hinaglia 8istribuidora $;7

Rua Teodoro da $ilva, CP?ra%aF, Rio de #aneiro, R# S 0CKON1 CC

)ara solicitar edi ões antigas, entre em contato com o8 5$ 37:67$> JKK LL -- 0- K1N-/O;0- K1N-/K;0- K1N-/0

Editora HR 4tda.Rua 7rgentina, -P-, o andar

$ão 6ristUvão, Rio de #aneiro, R# S 0C 0-1N/C

6orrespond=ncia para> 6ai!a )ostal /K-ORio de #aneiro, R# S 0C00C1 P-7os cuidados de (irg'nia Rivera

virginia.riveraVharlequinbooWs.com.br

0

Page 3: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 3/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

CAPÍTU ! U"

8irigia lentamente em dire ão < entrada da enorme resid=ncia vitoriana. 9s pneus do carrovelho rangendo, ao longo do caminho de cascalho. 2m leve sorriso se desenhava em seus l"bios,enquanto assimilava aquele cen"rio. 7quele era o protUtipo do local de ensino intimidador, pensou,imaginando a quantidade de crian as de rosto p"lido que teriam chegado <quele 5nternato pela primeira ve&, sentindo o estGmago embrulhado e a boca seca. 7lgo com que podia facilmente seidentificar.

7 escola era uma grandiosa constru ão de dois andares, composta de dois setores, separados pela torre do sino, e embora estivesse obviamente h" cem anos ou mais plantada naquela "rearemota da &ona rural de Hampshire, parecia bem conservada e tratada.

9 gramado que ladeava o caminho estava limpo e impecavelmente aparado, com pedras brancas dispostas em espa os regulares ao longo do tra%eto, para evitar que carros não autori&adosestacionassem. X esquerda ficavam as quatro quadras de t=nis, com as redes erguidas e tremulantesde e!pectativa pela volta dos quatrocentos meninos para o in'cio do per'odo de verão.

7 familiaridade atingiu Ria, enquanto estacionava no pequeno caminho um pouco afastado daentrada de pilares de pedra e sa'a do carro. )assara muito tempo de sua infYncia em um internato eembora ainda não tivesse colocado os p*s dentro de $olar Highbridge, sabia que não encontrarianada de novo. 9 aroma dos produtos de limpe&a e da madeira polida, o caracter'stico cheiro demofo dos livros e pap*is e, em algum lugar mais adiante, o inconfund'vel odor de vegetais co&idos.

:ão que esperasse alguma atividade na co&inha aquele dia, pensou, enquanto subia os degraus para tocar a campainha. 9s estudantes não estavam sendo esperados antes da prU!ima semana.

Quando a porta maci a se abriu, Ria se deparou com um par de astutos olhos a&uis de umasenhora elegante, tra%ando uma saia cin&a e um su*ter, os Uculos de leitura pu!ados sobre os cabeloscastanhos levemente tingidos de um tom grisalho. 5nstintivamente, Ria concluiu que a mulher

tivesse por volta de cinqZenta anos. 7 atitude segura demonstrava grande familiaridade com aquelelugar. S 7h... Ria 8avidson[9 sorriso da mulher era estranhamente cauteloso e Ria se apressou em responder. S $im. S Tenho hora marcada com o $r. Trent <s -ChNC.$eguiu1se uma pausa. S :Us a est"vamos esperando. S )or favor, entre. 7 mulher gesticulou para que Ria

entrasse. S $ou Helen 3ro n, a secret"ria da escola S acrescentou.6laro que *, pensou Ria. :ão poderia ser outra coisa. Em sua e!peri=ncia, as secret"rias

escolares eram de uma esp*cie Fnica> competentes, possessivas e... 7ssustadoras.

Ria seguiu Helen pelo corredor at* uma sala pequena que dava vista para as quadras de t=nis. S Este * meu canto, meu escritUrio S informou Helen. S )or favor, sente1se por uminstante. S (ou avisar o $r. Trent de que est" aqui.

7 secret"ria pegou o telefone e discou um ramal interno. S 7 $rta. 8avidson chegou S murmurou. S 8evo lev"1la at* a' agora[ S Então> S 9h,

sim, est" bem. S Estaremos com voc= dentro de dois minutos.Relanceando o olhar ao pequeno relUgio na parede, Ria contatou que eram apenas -Ch0C.6hegara muito cedo. 9 $r. Trent estava claramente se atendo ao combinado, pensou ela.7final -ChNC eram -ChNC, e não -Ch0C+ $uspirou em sil=ncio. Ele seria um daqueles homens

que fa&iam questão de cumprir com os m'nimos detalhes.Helen recolocou o fone no gancho. S Ele est" reunido com o &elador neste momento. S Mas não vai demorar muito.Ria recostou1se, satisfeita com a breve oportunidade para descobrir algumas coisas. S 7 ag=ncia me contatou ontem para me oferecer este cargo S ela come ou a falar, ao que

N

Page 4: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 4/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Helen a interrompeu. S Eu sei. S oi uma verdadeira afli ão. e& uma pausa. S 2m de nossos professores de

ingl=s partiu inesperadamente um pouco antes do fim do Fltimo per'odo, o que foi um transtorno,mas francamente...

7 secret"ria bai!ou o tom de vo& para não correr o risco de que algu*m a ouvisse. S oi um mal que veio para o bem. S :enhuma l"grima foi derramada, posso lhe garantir.

E!alou um suspiro. S Entrevistamos tr=s candidatas, mas apenas uma tinha o perfil ideal. S )or*m, não aceitoua vaga+ S )ortanto, voc= est" mais ou menos como uma Fltima op ão no momento.

S $im, percebi que voc=s tinham urg=ncia. S Ria sorriu. S 8e qualquer forma, * apenas um cargo tempor"rio at* o f im do ano letivo, como voc= %"

deve estar ciente, tenho certe&a S continuou Helen. S 8eve ser mais f"cil procurar algu*m permanente para setembro.

S Est" aqui h" muito tempo[ S Questionou Ria.7 mulher sorriu, estudando as unhas impecavelmente pintadas por um instante. S H" quase -K anos S respondeu. S )ortanto, sinto1me como se fosse parte desta escola+ S )elo que entendi, sempre foi uma escola particular S disse Ria. S 9h, sim... )ertence e * dirigida com muito sucesso pela fam'lia Trent desde sua

inaugura ão S e!plicou Helen. S 9 que considero um recorde de continuidade, certo[5nstantes depois, Helen se ergueu. S 7cho que podemos ir agora S disse, olhando para o relUgio.Eram e!atamente -Ch0/.6aminharam lado a lado pela longa e!tensão do corredor de piso lustroso, at* uma porta ao

final, onde havia uma placa com a palavra \8iretor\ em negrito. Helen bateu timidamente eaguardou. 7pUs um instante, ouviu1se uma vo& encorpada.

S Entre.Enquanto transpunha a porta atr"s de Helen, Ria teve de semicerrar os olhos devido < intensa

claridade provocada pela lu& do sol que incidia no aposento atrav*s das %anelas. 7ssim queconseguiu a%ustar a visão, seus olhos sofreram novo golpe, pela apar=ncia estonteante do $r. #asper Trent. 9 diretor era novo o não um senhor, como imaginara Ria. )rovavelmente no final da casa dosNC anos. 8evia medir pelo menos l, Cm, os ombros eram largos e o corpo bem definido.

Tra%ava1se de maneira formal, com um terno escuro e gravata. 9s cabelos negros tinham umcorte moderno e as fei ões m"sculas eram dominados pelos mais perspica&es olhos negros que Ria %amais vira. Minha nossa, pensou ela. :ão devia haver nenhum problema de disciplina naquelaescola+ 7lgu*m gostaria de discutir com o $r. Trent.

Quando ele falou, o tom de vo& claro e autorit"rio respondeu sua pergunta+ S $rta. 8avidson[ S )or favor, entre e sente1se S convidou o diretor.7s fei ões austeras se suavi&aram em um breve sorriso, enquanto ele se apro!imava de Ria.

Estendeu a mão para cumpriment"1la, com um aperto forte. S 9brigado, Helen. S Eu * que agrade o $r. Trent S respondeu a secret"ria, com defer=ncia na vo&, antes de sair

e fechar suavemente a porta.Tentando desesperadamente controlar a palpita ão que sentia, Ria acomodou1se na ampla

cadeira de couro giratUria que lhe foi indicada, enquanto o $r. Trent tomava seu lugar atr"s da mesae estudava a Fltima candidata ao cargo em aberto, com um olhar f i!o que quase a enfeiti ava.

8ois pensamentos vieram de imediato < mente de #asper Trent, enquanto a observava.9 primeiro era o ineg"vel encantamento, seguido de perto por uma irrita ão intensa. 7quela

mulher não era em nada como imaginara e o pensamento o fe& fran&ir a testa, dirigindo o olhar aos pap*is em sua frente.

S 8esculpe1me ter de come ar mencionando a sua idade, $rta. 8avidson S come ou ele,com vo& fria. S Mas entendi que a senhorita tivesse... Humm... 6inqZenta e cinco anos.

Page 5: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 5/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Trent fe& uma pausa. S 9 que obviamente não * verdade.Ria não pGde conter um sorriso. 7mbos haviam se equivocado naquela manhã. S :ão S concordou ela. S Tenho 0K anos. S 3em, isso * algo que esclarecemos imediatamente S disse o $r. Trent de modo conciso e,

percebendo a e!pressão desencora%adora no belo rosto.

Ria apertou as mãos nos bra os da cadeira em um gesto autom"tico para controlar o tremor.$empre odiara entrevistas e aquela não era e!ce ão. 7lgu*m devia t=1la prevenido sobre oque... $obre quem... $obre quem esperar+ )or que pensara que ele seria uma figura gentil e paternade cabelos grisalhos e Uculos, mostrando sinais de desgaste e cansa o f'sico[

S Então... S )rosseguiu ele. S 7 $rta. 8avidson tem 0K anos e de acordo com o curr'culoque me foi enviado por e1mail ontem, graduou1se em 4'ngua 5nglesa, tem tr=s anos de e!peri=nciaem doc=ncia, al*m de ter trabalhado como professora substituta e e!plicadora particular...[

S 6orreto S disse Ria. S E est" ciente de que, se nUs acharmos adequados, o cargo se estender" apenas at* o fim do

ano letivo corrente[7 mente de Trent trabalhava apressada, como sempre. Talve& o emprego se estendesse por

mais tempo do que isso, caso ela provasse ser a candidata perfeita, mas todos os seus instintos lhedi&iam que não devia considerar tal possibilidade. 7 $rta. Ria 8avidson não era somente %ovem,mas tamb*m estonteante. 5maculadamente tra%ada com um terninho creme de linho, os cabelosruivos atados no topo da cabe a com uma presilha de casco de tartaruga e a pele alva perfeitaemolduravam um par de olhos grandes e amendoados. 9 tipo e!ato de mulher que não queria alinaquela escola. )or v"rias ra&ões. 7maldi oou em sil=ncio a incompet=ncia da ag=ncia de empregosque lhe passara os detalhes errados.

S $im, estou S ela respondeu a pergunta anterior. S E * conveniente para meus planosfuturos... $e nUs acharmos adequados S acrescentou Ria, em tom solene.

Trent ergueu uma das sobrancelhas. S )osso saber quais são seus planos[ S Ele perguntou e Ria deu de ombros. S 9h, acho que não são muito originais S respondeu. S ] que desde os quatro anos de

idade estou envolvida com a vida escolar e, de repente, senti necessidade de me af astar, )ortanto...e& uma pausa.

S Em setembro pretendo via%ar para o maior nFmero de lugares e!Uticos que conseguir. S Tenho economi&ado o suficiente para me sustentar durante um ano, mas estou certa de que

serei capa& de encontrar algum trabalho como professora durante esse tempo... $e me sentir desesperada. Ria se calou por instantes. S :ão quero postergar mais ou perderei a coragem.

S 5r" so&inha[ S )erguntou o $r. Trent, relanceando o olhar levemente <s pernas longas,cru&adas de maneira elegante < sua frente.

S $im. S 5nfeli&mente nenhum de meus amigos pode tirar uma folga por tanto tempo assim

S %ustificou Ria. S )ortanto, terei de reunir coragem e ir so&inha. S 8e qualquer forma, esperoencontrar muitas pessoas cora%osas como eu pelo caminho, fa&endo o mesmo.7lgum tempo se passou durante o qual Trent parecia absorto em pensamentos, antes de falar. S $er" destinada < turma dos meninos mais novos S disse ele. S E ter" de completar o

curso programado para eles. S 9 diretor do departamento, Tim Robbinson, lhe dar" todo o apoio,naturalmente.

$ustentando1lhe o olhar com firme&a, Ria tinha a impressão de que o cargo %" era^ dela... $e oquisesse. E não podia negar que o queria+

S $e nossa proposta salarial não lhe agradasse, presumo que não estaria aqui ho%e S disseTrent, bai!ando o olhar e me!endo em alguns pap*is sobre a mesa.

Ria sentia1se dolorosamente ciente das fortes mãos morenas dos dedos longos e sens'veis.

S :ão... Quero di&er, sim. S $ua proposta *... 7ceit"vel S acrescentou ela, rapidamente.Houve outra longa pausa. Em seguida> S Então, fico feli& em lhe oferecer o cargo, $rta. 8avidson S come ou ele, em tom

K

Page 6: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 6/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

vagaroso, pousando a caneta que estivera segurando e se recostando para tr"s na cadeira. S E caso aceite, eu suponho que tenha algumas perguntas a fa&er.Ria sentiu uma onda de alegria a envolver. Ela conseguira+ E, mesmo sendo um emprego

muito tempor"rio, não alterava o fato de que tivera =!ito. _!ito em convencer o diretor da escola deque era uma profissional competente. )ela primeira ve& durante aquela entrevista, Ria se permitiurela!ar e o presenteou com um de seus sorrisos estonteantes.

S 9brigada... E fico feli& em aceitar S retrucou Ria em tom leve. S 7 ag=ncia me forneceuum de seus folhetos S acrescentou. S )ortanto, acho que não serão necess"rias perguntas... :omomento S teve o cuidado de emendar.

7gora que fora aprovada, dedicaria mais tempo < leitura sobre aquela escola bem conceituada.Trent se ergueu obviamente aliviado por aquele assunto estar resolvido. S ] melhor lhe mostrar suas acomoda ões S disse ele. S 9 &elador se esfor ou para que

correspondam <s e!pectativas.9 que mais atra'ra Ria para aquele emprego era o fato de ter direito < moradia, %" que no

momento não tinha nenhum lugar para morar. 9 contrato de aluguel do apartamento que dividiacom $ara e!pirara e a amiga se casaria em breve. )ortanto, no momento, o Fnico endere o oficial deRia era a casa do pai no norte de 4ondres. Embora tivesse seu lugar garantido caso quisesse semudar para l", aquela casa nunca lhe parecera um lar. E por que deveria[ )assara tão pouco temponaquela resid=ncia. E agora com 8iana, a segunda mulher do pai, no controle, parecia1lhe aindamenos um lar.

9 $r. Trent abriu a porta, esperando que ela seguisse < frente e os dois dei!aram a sala,caminhando lado a lado ao longo do corredor. Ele olhou para Ria, percebendo como os raios do solemprestavam refle!os dourados aos cabelos ruivos brilhantes.

S :aturalmente, * bem calmo quando as crian as estão de f*rias S comentou, tentandoignorar o formigamento que lhe percorria o corpo com a pro!imidade daquela mulher.

S Mas procuro tirar o m"!imo de proveito disso, porque o e!cesso de barulho fa& parte dotrabalho, acho eu. S :a semana que vem ser" bem diferente.

Ele a guiou por uma curva ao final do e!tenso corredor e come aram a subir uma amplaescadaria de pedra.

S 7cho que qualquer pessoa que se dedique ao ensino, mesmo por cinco minutos, torna1seimune ao barulho e < desordem S disse Ria. S Mas nunca trabalhei em um internato sU demeninos, portanto acho que terei de pedir algum conselho de ve& em quando.

Ergueu o olhar para descobri1lo a observ"1la, pensativo, e corou. Esperava que aquilo não ativesse feito parecer pat*tica, engoliu em seco.

S Mas estou certa de que em breve irei me adaptar... S 7crescentou.Trent concordou com um gesto de cabe a. S Todos precisam de conselhos de ve& em quando S disse ele. :ada mais foi dito e, momentos depois, o $r. Trent destrancou uma porta ao final de uma

fileira delas e entrou. Ria olhou ao redor não conseguindo acreditar na prUpria sorte. 7quele quartoera um simples quarto. Era um pequeno apartamento bem mobiliado+ $eguiu o $r. Trent, enquantoele lhe mostrava a pequena sala de estar, composta de duas poltronas, uma mesa de centro, umaescrivaninha, uma estante de livros e um aparelho de televisão. Em um dos cantos, fora constru'doalgo que se passava por uma co&inha, com uma minFscula pia, um refrigerador organi&ado, umachaleira, uma torradeira e um forno de micro1ondas. )erfeito para preparar refei ões frugais paraapenas uma pessoa, pensou Ria, percebendo que %" se sentia em casa, ali. 9 banheiro da compactasu'te ad%acente ao quarto de dormir era o toque final. E teria aquele lugar sU para si+ 9 que maisalgu*m poderia dese%ar[ Ergueu o olhar, agradecida.

S ] encantador S disse Ria. S Muito melhor do que eu esperava S acrescentou comsinceridade e Trent deu de ombros.

S ] importante que nossos colaboradores se sintam confort"veis enquanto trabalham aqui S disse ele. S 7 propUsito, em geral, nossa equipe costuma fa&er a principal refei ão noturna na sala de

O

Page 7: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 7/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

%antar, mas fica " seu crit*rio. S Eventualmente, poder" ter de concluir algum trabalho e preferir"fa&er a refei ão so&inha, em seu apartamento. S )or isso, mantemos os equipamentos b"sicos emcada acomoda ão.

S Todos os colaboradores moram aqui[ S 5ndagou Riu, olhando al*m da %anela para admirar a paisagem tranqZila.

S :ão... 7penas metade deles, suponho. S 9 restante vive perto o suficiente para reali&ar

com facilidade a viagem de casa para o trabalho.)ouco depois, retornaram ao primeiro andar e o $r. Trent a acompanhou at* a porta deentrada, no mesmo instante em que Helen emergia de sua sala.

S 7h, Helen... 7 $rta. 8avidson assumir" o cargo na semana que vem S disse ele, ao que amulher e!ibiu um sorriso amarelo.

S 9h, que bom+ S E!clamou a secret"ria.Ria dirigiu o olhar para ela. :ão sabia como definir Helen 3ro n. $eria amig"vel... 9u

hostil[ Era muito cedo para saber, pensou. S 7certarei todos os detalhes formais com a ag=ncia S acrescentou ela de modo eficiente,

antes de retornar < sala.8o lado de fora, um agrad"vel calor os envolveu, enquanto os dois se encaminhavam ao carro

de Ria. Ela dirigiu um olhar dese%oso <s quadras de t=nis. 7doraria %ogar uma partida agora, pensou#ogar um pouco de ar para dentro dos pulmões e clarear a mente, que se sentia levemente

&on&a desde que conhecera o $r. Trent. S Mora muito longe[ S 7cho que não me informaram onde voc= mora... S )erguntou ele,

mantendo a porta do carro aberta para ela. S :a verdade, estou sem teto no momento S respondeu Ria em tom de vo& leve. S Mas

uma amiga me hospedou em sua casa em $alisburA por alguns dias S acrescentou, sorrindo. S 7cho que ficar" feli& em saber que arran%ei um lugar para morar por um tempo.Ergueu o olhar, indecisa. 9 $r. Trent não parecia ter pressa de retornar < escola. )ermanecia

parado l", com o bra o apoiado sobre a porta aberta do ve'culo e com a outra mão enfiadacasualmente, no bolso da cal a.

S Então... S disse ele. S 5r" direto para $alisburA[ S Humm... :ão sei. S 7inda não decidi S retrucou Ria. :ão pensara em nada al*m da entrevista daquela manhã. S 3em, talve& pud*ssemos almo ar %untos S sugeriu Trent. S H" bons restaurantes aqui por

perto e voc= precisa conhecer a região.7quele era o mais inesperado convite que recebia em muito tempo+ Quando estava a ponto de

recusar graciosamente, afinal aquele homem seria seu patrão e ela não queria ficar muito 'ntima,algo a fe& mudar de id*ia.

S 3em... 9brigada S respondeu simplesmente. S ] muito... ?entil de sua parte. S 9brigada S repetiu.

Trent afastou1se, então. S Então, saia do carro S disse ele, sucinto. S 5remos^ no meu carro.Ria obedeceu, fechando e trancando a porta do ve'culo, antes de segui1lo, em dire ão < lateral

do pr*dio, onde o diretor obviamente dei!ava o carro estacionado. S 7ntes que me esque a S come ou Trent, bai!ando o olhar em dire ão a Ria. S $empre

nos chamamos pelos nomes de batismo aqui na escola, quando não estamos na presen a dascrian as. S $ou #asper, como imagino que deva saber.

Ria lhe sustentou o olhar. S E, como voc= %" sabe, sou Ria S retrucou1a em tom de vo& leve.Enquanto caminhavam em sil=ncio, #asper Trent suspirou em seu 'ntimo. Esperava encontrar

uma mulher madura, r'gida e eficiente nesta manhã, não aquela esp*cie atraente de mulher.

8e repente, se viu desesperado para sumir dali, passar o bastão de volta ao irmão e reassumir sua prUpria profissão. Quando 6arl lhe pedira aquele inesperado favor, tentara atinar eram todos ostipos de ra&ões pelas quais deveria recusar. 2ma delas era a dFvida se iria se adaptar <quele tipo de

P

Page 8: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 8/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

trabalho. 6arl era um e!celente diretor e #asper temia se revelar um substituto med'ocre, mesmoque por pouco tempo. Mas, por fim, o senso de %usti a o fi&era aceitar. 6arl sempre fora o filhoe!emplar, comprometido. Merecia algum tempo para rela!ar. Embora a gradua ão em 6i=ncias pela2niversidade de 6ambridge de #asper o qualificasse perfeitamente para o ensino e para a dire ão daescola, sempre e!pressara a vontade de seguir outra profissão, para o profundo desapontamento do pai, que esperava ver os dois filhos seguindo o mesmo caminho. )ara ele, tradi ão era tudo. )or*m,

como #asper alegara em mais de uma ocasião, toda a fam'lia possu'a uma ovelha negra, um rebelde,e ele ficava muito feli& em ocupar a vaga.9bservando os dois desaparecerem de vista, Helen 3ro n torceu os l"bios, pensativa, e

depois deu de ombros. 3em, ele que arque com as conseqZ=ncias, pensou.

CAPÍTU ! D!#S

$entada ao lado dele, com as mãos unidas sobre o colo, Ria não pGde dei!ar de comparar ocarro em que estava sentada com o propriet"rio. ?rande, lustroso e potente. 8irigiu o olhar a Trent, percebendo pela primeira ve&, agora que se encontravam fisicamente prU!imos, uma suave, por*mvis'vel cicatri&, que se estendia do canto da vista esquerda at* um pouco acima do l"bio.

9bviamente havia sofrido algum tipo de acidente, pensou Ria, mas a nature&a se encarregarade reparar o estrago, %" que a marca em nada lhe pre%udicava a bele&a. :a verdade, parecia enfati&ara apar=ncia viril, que tinha at* mesmo um tra o de crueldade, embora Ria descartasse tal possibilidade de imediato. 7t* o momento, nada em #asper Trent sugeria indelicade&a ou aspere&a.

8e qualquer forma, em breve descobriria como ele realmente era, embora não achasse que ocaminho dos dois se cru&aria com freqZ=ncia durante a rotina de trabalho. )rovavelmente, aquelehomem devia gostar do isolamento de seu cargo naquela sala de diretor para l" de austera.

Estar novamente na companhia de um belo homem, fe& os pensamentos de Ria se voltar a

$eth. $er" que algum dia seria capa& de bani1lo completamente de suas lembran as[ Mas como poderia esquecer o tempo que passara com ele, se seu cora ão fora e!tirpado do peito[ 6omo sefosse um pequeno acidente de percurso que pudesse ser esquecido[ $eria o homem sentado ao seulado outro da mesma esp*cie[ $eria e!acerbadamente autoconfiante, seguro de si e deslumbradocom sua poderosa masculinidade[ $eria #asper Trent o tipo do homem que sU conseguia ter olhos para sua prUpria vida, esperan as e sonhos sem se importar com mais ningu*m[

Ria voltou " aten ão para o cen"rio ao redor e dei!ou escapar um longo suspiro. :ão haviadFvidas de que #asper Trent estava < frente da escola por um bom nFmero de anos, dirigindo1a comimpec"vel autoridade. Mas o que faria em sua vida pessoal[ :ão lhe parecia do tipo casado, comum punhado de filhos em casa, portanto como passaria seu tempo livre[ 9 que faria para rela!ar[

Repreendeu a si mesma. 9 que aquele homem fa&ia ou dei!ava de fa&er não era de sua conta.

Trent lhe relanceou o olhar. S 8eve ter reparado no estacionamento quando fomos pegar meu carro S disse ele. S Quem sabe não ter" sorte de conseguir uma vaga coberta de ve& em quando.Ria sorriu. S 9h, meu carro nunca se deu ao lu!o de ficar estacionado em vagas cobertas. S 7l*m

disso, eu o venderei em alguns meses, antes de via%ar.e& uma pausa.

S E, quem sabe... Talve& não volte mais. S 8e repente, posso descobrir que a grama l" fora* realmente mais verde do que na 5nglaterra.

S $U h" uma forma de descobrir S retrucou #asper, no mesmo tom de vo& leve, mantendo oolhar cravado na estrada.

S 7cho que me far" bem colocar o p* em "guas estrangeiras e ver se consigo lidar com odesconhecido sem me despeda ar S disse Ria.

:ão queria admitir que temesse o momento da partida e que, <s ve&es, dese%ava nunca ter

/

Page 9: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 9/70

Page 10: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 10/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

$im, mas o que ele fa&ia em $omerset[ Ria imaginou, sem, no entanto, ter coragem de perguntar. icou sem falar qualquer outra coisa tamb*m por algum tempo.

S 8isse1me que não tem moradia no momento S comentou #asper, de maneira casual. S 3em, não * e!atamente isso S esclareceu Ria. S 7 casa da minha fam'lia fica no norte de

4ondres, mas mal morei por l". S Embora, naturalmente, passasse alguns feriados escolares ali. S Mas a casa est" quase sempre va&ia, porque meu pai trabalha para o Minist*rio de

Rela ões E!teriores. S Ele e minha madrasta estão constantemente via%ando. S )ortanto, at* doismeses atr"s, dividia um apartamento com uma amiga, mas os planos dela mudaram e nãorenovamos o contrato de aluguel. S Estou em uma esp*cie de v"cuo no momento. S Ria sorriu.

S )or sorte, a amiga em $alisburA insistiu para que ficasse com ela at* via%ar em setembro. S Mas agora, gra as < $olar Highbridge, terei um canto sU meu por um tempo.Trent a estivera observando de perto enquanto ela falava, adorando as mudan as de e!pressão

que se operavam no rosto oval. Todos os instintos o alertavam para não se empolgar, não se dei!ar afetar por aquela linda, calorosa e atraente mulher. Mas os instintos racionais de #asper Trent foramsuperados pelos hormGnios, impedindo1o de desviar o olhar de Ria.

Empurrando a cadeira suavemente para tr"s, ele olhou ao redor. S )odemos pedir o caf*[ S ?ostaria de tomar um.7ntes que Ria pudesse concordar ou não, ele se ergueu e se encaminhou ao bar. Ela o

observou falar rapidamente com o balconista. #asper Trent era tão e!cessivamente belo+ 6ertamenteteria alguma mulher em sua vida. 6omo seria poss'vel evitar[ 7inda assim, nada que dissera at* omomento indicava a presen a de uma mulher na vida dele. $empre usava a primeira pessoa dosingular. E então, a e!pressão de Ria se fechou por um breve instante. )rovavelmente, não,certamente era um homem que apreciava relacionamentos casuais. 8evia ser isso. 6om seusatributos f'sicos, ele podia escolher qualquer uma de qualquer grupo com o qual por acaso estivessereunido, desfrutar o momento e passar para a prU!ima. Ria mordeu o l"bio inferior. )are com isso,repreendeu1se com veem=ncia, pare de rotular o pobre su%eito. :ão sabe nada sobre a vida pessoaldele. )are de dedu&ir coisas.

Momentos depois, Trent retornou < mesa carregando uma bande%a com duas canecas de caf*,um a ucareiro e um pequeno pote de creme. Ela o observou, enquanto #asper colocava a bande%asobre a mesa.

S 8eve ter adivinhado como gosto do caf* S murmurou Ria, servindo1se do a Fcar edei!ando uma generosa por ão de creme transbordar da colher.

S 3em, achei que provavelmente não se agradaria do modo como gosto do meu S eleretrucou descontra'do, levando aos l"bios a caneca de caf* puro e sem a Fcar.

S E como não conhe o seus gostos, eu optei por cobrir todas as possibilidades.Ria sorriu, antes de sorver um gole do caf*. S E acertou.9s olhos negros suavi&aram, enquanto continuavam a observ"1la. Mas Trent não estava

so&inho naquela fascina ão. Ele percebera claramente os olhares de admira ão dos outros homensno restaurante, bem como o do rapa& atr"s do balcão, que conhecia muito bem os residentes de$olar Highbridge e que fora direto o suficiente para perguntar quem ela era.

S ?arota nova no peda o[ S )erguntou o balconista em tom sugestivo, erguendo os olhos para apreci"1la.

#asper optara por responder de modo casual, como se estivesse surpreso com a pergunta. S 9h, sim, mas por pouco tempo. S Est" de passagem S acrescentou, dando1lhe as costas

com a bande%a de bebidas.#asper consultou o relUgio de pulso. S 8esculpe1me apress"1la, mas tenho uma entrevista marcada com um treinador esportivo

tempor"rio <s -Kh.

Ria se ergueu imediatamente. S 6laro, eu tamb*m tenho que ir S respondeu ela. S )rometi a Hannah que voltaria cedo. S 5nclinou1se para pegar a bolsa.

-C

Page 11: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 11/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S Ela fa& anivers"rio^ ho%e S acrescentou. S E vamos sair mais tarde para comemorar.Ria ergueu o olhar para encar"1lo, enquanto ele se afastava para dei!"1la passar. S $er" uma comemora ão dupla, %" que consegui um emprego e uma moradia ao mesmo

tempo.Muito tempo depois, apUs concluir os compromissos, #asper desligou o computador e retirou

o terno do espaldar da cadeira. oi um Utimo dia, pensou. Todos os preparativos para seu Fltimo

per'odo estavam conclu'dos. 9 %ovem treinador esportivo que entrevistara pareceu1lhe capa& eentusiasmado e fora um grande al'vio encontrar algu*m que preenchesse temporariamente o cargono departamento de 4'ngua 5nglesa. Estacou por um instante, antes de sair da sala, com a testalevemente fran&ida. Esperava ter tomado a decisão correta em contratar Ria 8avidson. :ão queestivesse preocupado com sua compet=ncia profissional e sabia que os alunos iriam se apai!onar por ela < primeira vista, mas seria Ria capa& de disciplin"1los[ Manter " lei e a ordem em classe[

6ontudo, algo lhe di&ia que ela iria saber lidar muito bem com aquela situa ão. 8e qualquer forma, iria se encarregar pessoalmente para que os rapa&es não tirassem vantagem dela.

)ossu'a a assustadora reputa ão de aparecer repentinamente no meio das aulas, para verificar como estava " disciplina, e nada lhe escapava do olhar. $entia pra&er em manter a ordem com mãode ferro e seria de seu interesse guiar a $rta. 8avidson por quaisquer "guas revoltas durante o curto per'odo em que ela estivesse na escola.

)or alguma ra&ão, #asper sentia1se estranhamente inquieto. Talve& fosse para casa naquelanoite, em ve& de esperar pelo final de semana como pretendia anteriormente. 9 lindo e antigo chal*no campo freqZentemente o atra'a de volta. E aquele era um dos dias nos quais se sentia inclinado arev=1lo. 7l*m disso, talve& não conseguisse voltar para casa com muita freqZ=ncia durante oconturbado per'odo de verão que se estendia adiante, com os e!ames de final de ano e a conclusãode seu mandato. Haveria um dia de discurso, as partidas finais de cr'quete e o torneio de t=nis para preparar. $em falar nos eventos dos formandos. Tudo isso se somava em uma massa de coisas aorgani&ar que deveria ser administrada por ele. Era Ubvio que não disporia de muito tempo para simesmo. )ortanto, era melhor aproveitar a chance e escapar por alguns dias agora, quando ainda podia fa&=1lo.

7pUs avisar o &elador de que estava partindo, caminhou at* o estacionamento. $e o tr"fego lhe permitisse, talve& conseguisse chegar na hora do %antar. Telefonara para 8ebra e a informara queestava chegando. $abia que ela não gostava quando se ausentava por um longo per'odo de tempo.

Ria e Hannah^ dei!aram a aconchegante casa de massas onde passaram a noite e caminharam pelas ruas da cidade, observando as iluminadas vitrines das lo%as.

S 7cho que tive muita sorte de conseguir esse emprego S disse Ria. S )reciso do dinheiro para refor ar minhas economias para o prU!imo ano. S $em mencionar o fato de ter onde morar+

S :ão podia ser mais conveniente. S 7cho que eles * que t=m sorte de t=1la como professora S retrucou Hannah. S E não se

esque a... $empre ser" bem1vinda em minha casa se as coisas não derem certo. Embora... S

7crescentou maliciosa. S 7 %ulgar pela descri ão que fe& do $enhor diretor, duvido que abra mãodaquele emprego... 9u dele... Tão cedo. S 6ertamente não tenho interesse em abrir mão S afirmou Ria com firme&a. S :ão importa

o quanto "s coisas se tornem dif'ceis ou não. S 8e qualquer forma, ser" apenas por pouco tempo.Esperaram que alguns carros passassem para atravessar a rua. S E, por falar nisso, Hannah, por favor, não dei!e sua imagina ão romYntica voar alto. S $abe como me sinto em rela ão aos romances.7 amiga estacou e lhe segurou o bra o por um breve instante. S Quando se permitir" dar um desconto para si^ mesma e voltar ao normal[ S )erguntou em

tom de vo& s*rio. S 5sso não est" certo. S Tem de come ar a acreditar em voc= outra ve& e selivrar dessa culpa que carrega. S Merece encontrar a felicidade ao lado de outro homem.

S $e voc= acha S replicou Ria, indiferente. S Mas no momento tudo que preciso e com queme importo * com um emprego e um canto sU meu para ficar. S E, gra as ao $r. #asper Trent, euconsegui os dois.

--

Page 12: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 12/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

CAPÍTU ! TR$S

:a Tarde da ter a1feira seguinte, Ria se encontrava parada no meio de seu novo quarto,olhando ao redor. 6om seu prUprio edredom e travesseiros dispostos de maneira aconchegante na

cama e sua maquiagem, o relUgio despertador e demais ob%etos pessoais arrumados sobre o criadomudo, estava quase se sentindo em casa.Ria sempre via%ava com pouca bagagem. 6om as roupas arrumadas em duas malas e mais

duas bagagens maiores para os itens mais pesados, não demorou muito para colocar tudo em seulugar. 9 Fnico guarda1roupa e a cGmoda eram o suficiente para guardar a modesta quantidade deroupas que trou!era com ela, a maioria adequada para o ambiente de sala de aula.

Encaminhando1se ao banheiro, lavou o rosto e as mãos e soltou os cabelos do rabo1de1cavalo,sentindo necessidade de rela!ar por algum tempo. :ão seria nada mal tirar um cochilo, pensoue!austa. Ela e Hannah tinham ido dormir tarde na noite anterior, conversando, mas fora isso, Rianão conseguia se livrar da apreensão que costumava e!perimentar sempre que se via em face deuma nova situa ão. 7quela altura, %" devia ter superado tal problema, repreendeu a si mesma.

Mordeu os l"bios, pensando novamente. 9 ano que passaria via%ando certamente iria livr"1ladaquela sensa ão de uma ve& por todas, decidiu.8o lado de fora do apartamento, #asper Trent hesitou por alguns segundos antes de bater <

porta. Haviam lhe comunicado a chegada de Ria, mas deliberadamente decidira não procur"1la oufa&er questão em lhe dar as boas1vindas. 8e qualquer forma, Helen tomara conta dela e de todas as provid=ncias.

8esde que contratara Ria, perguntava1se freqZentemente que diabos o motivara a tomar taldecisão. Mas tamb*m %" estava desesperado em preencher a vaga, racionali&ou, e ela oimpressionara... 8e muitas maneiras. Embora fosse muito mais %ovem do que a candidata que pretendia para aquele cargo, era direta e sem rodeios. Tinha um pressentimento de que Ria iriareali&ar seu trabalho sem dificuldades. Era o tipo de mulher que sabia tomar conta de si^ mesma.

Tinha de ser, pensou ele, se pretendia via%ar so&inha em um futuro prU!imo. #asper deu deombros. 7quilo não era de sua conta. $ua Fnica responsabilidade era verificar se ela ia iria cumprir bem a fun ão para a qual estava sendo paga... E garantir que se comportasse. 7 e!pressão de #asper endureceu. 7prendera uma grande li ão naquele ano. 7 duras penas. icaria aliviado quando 6arlassumisse seu cargo outra ve&. 7s dificuldades do mundo dos negUcios podiam ser bastantetrai oeiras, mas, dirigir um grande internato era algo ainda mais comple!o.

8eu duas r"pidas batidas < porta do apartamento de Ria. 7pUs alguns segundos, ela abriu1a ese af astou para o lado para lhe dar passagem.

S 9l" S cumprimentou ele em tom de vo& casual, olhando rapidamente ao redor. S Estouapenas verificando se est" aqui e se est" tudo bem.

Ria sorriu rapidamente para ele. S $im, estou e tudo est" perfeitamente bem S respondeu animada.Trent estava formalmente tra%ado como o vira antes, mas parecia ainda mais alto dentro

daquele pequeno apartamento, estava perfeitamente ciente do olhar apreciador com que ele aobservava.

S Helen me deu as chaves S disse Ria. S E tamb*m me apresentou a Tim Robbinson. S 7h, sim, Utimo. S Tim * um diretor de departamento muito competente. S Estou certo de

que voc=s se darão muito bem. S E se houver algum problema, não hesite em consult"1lo.#asper fe& uma pausa. S 9u em consultar a mim S acrescentou como uma refle!ão tardia. S :ão quero dei!ar qualquer pend=ncia para meu irmão resolver quando retornar e

naturalmente conto com todo o corpo de funcion"rios para me a%udar nesse sentido.6alou1se por alguns instantes. S :ão posso resolver o que desconhe o S concluiu.)or um momento, Ria sentiu1se levemente confusa.

-0

Page 13: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 13/70

Page 14: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 14/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

%antar. 7pUs tomar uma ducha r"pida, selecionou uma saia %usta na cor preta at* a altura dos %oelhoe uma blusa de renda na cor creme, antes de prender os cabelos em uma longa tran a. :ão havianecessidade de aplicar muita maquiagem, pensou contrariada, %" que suas faces se encontravamrosadas pela ansiedade que sentia em sociali&ar1se com um grupo de estranhos que %" se conheciamentre si.

Eram cerca de - h K e uma discreta batida < porta fe& o cora ão de Ria saltar... )ara seu

aborrecimento.#asper Trent estava sem dFvidas se apresentando para acompanh"1la " sala de %antar, pensouobservando rapidamente seu refle!o no espelho antes de se encaminhar < porta. Talve& tivesse maisalgumas instru ões para lhe dar+

Mas era Helen, não #asper, quem encontrava parada do lado de fora da porta. S Est" tudo bem[ S 7comodou1se bem[ S 5ndagou a secret"ria e, sem esperar resposta,

acrescentou> S (im busc"1la porque pensei que talve& gostasse de companhia em sua primeiranoite. S (ou f icar para o %antar.

Helen não se deu ao trabalho de mencionar que estava seguindo ordens de #asper ao vir busc"1la.

2ma onda de gratidão envolveu Ria. $entia1se intimidada em entrar na sala de %antar repletade gente.

S 9h, obrigada. S oi muito atencioso de sua parte S agradeceu ela, pegando a bolsa. S Estou pronta. S :em sempre fico para o %antar S comentou Helen, enquanto desciam a ampla escada. S )orque preciso voltar para casa. S (ivo com minha mãe, que freqZentemente não est" em

condi ões de co&inhar. S Mas ho%e ela não est" se sentindo muito mal, portanto não haver" problema se eu chegar a casa tarde.

S 7 comida * boa em $olar Highbridge[ S 5ndagou Ria, em tom de vo& leve, enquantocaminhavam %untas.

S 6om'vel[ S Espere para ver S respondeu Helen, ao mesmo tempo em que transpunham a porta da sala de %antar, onde se ouvia uma animada conversa ão.

S $andA * uma chef fant"stica e tudo que posso lhe di&er * que metade dos funcion"rios est"acima do peso.

Enquanto entravam, Ria observou que tr=s longas mesas montadas sobre cavaletes seencontravam postas para a refei ão, mas todos pareciam estar de p*, reunidos em grupos,conversando e tomando seus drinques.

Quase imediatamente, #asper apareceu ao lado delas. S $enhoras S disse em tom de vo& formal. S 9 que gostariam de beber[ S Helen, voc=

gosta de vinho tinto, certo[ S Ria o que posso lhe oferecer[Embora tentada a responder que queria apenas um copo de "gua, Ria imaginou que soaria

entediante e, por f im, decidiu acompanhar a secret"ria.

S (inho tinto tamb*m, por favor.8entro de instantes, #asper estava de volta com as bebidas das duas mulheres e Ria lhe dirigiuum r"pido olhar. Estava tra%ado com uma cal a comprida na cor cin&a de corte perfeito e umacamisa com o colarinho aberto, que revelava o pesco o largo e musculoso. Ria percebera que eleera um dos homens mais altos, se não o mais alto, presente na sala. 7 figura imponente pro%etavauma aura de ascend=ncia sobre os demais, na apar=ncia e na vo&. 7 mesma vo& que não abandonaraa mente de Ria durante toda a semana e que sU poderia ser descrita como uma vo& imperiosa, que seelevava acima do burburinho na sala de %antar.

Helen se afastou para conversar com algu*m por um instante, dei!ando Ria em companhia de#asper. 8esviando o olhar, ela tomou um gole do vinho tinto e olhou ao redor, tentando se inteirar do ambiente que a cercava. Havia no m'nimo C membros da equipe presentes percebeu a maioria

composta por homens, e Ria tentou não se intimidar com os olhares lan ados a ela por v"rios deles,sem responder ao interesse descarado que lhe era dirigido. :a outra e!tremidade da sala, viu umlongo balcão, onde a comida obviamente seria servida.

-

Page 15: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 15/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

#asper lhe seguiu o olhar. S :Us mesmos temos de nos servir S e!plicou ele. S 9 servi o de gar ons foi dispensado

h" muito tempo.9s olhos observadores semicerraram1se por uma fra ão de segundo. Ria 8avidson sabia se

apresentar muito bem, o pensou. 9 tra%e que usava era simples, por*m, ela conseguia dei!"1loestonteante. #asper e!ibiu um sorriso franco que a desarmou e ela o retribuiu, dei!ando que uma

onda de pra&er a envolvesse por um momento. Ele era um homem agrad"vel, pensouinstintivamente. 9 comportamento de horas atr"s fora uma e!ce ão... 3em, pelo menos assimesperava.

S :ão estou acostumada a ser servida S respondeu Ria. S E prefiro escolher o que querocomer.

:aquele instante, algu*m fe& soar um gongo prU!imo ao balcão e todos come aram acaminhar naquela dire ão. #asper tocou levemente o bra o de Ria para que ela seguisse na suafrente.

S Esse gongo est" mais ou menos em uso constante desde o primeiro dia de aula da escola.Ria lhe dirigiu um olhar repleto de curiosidade. S ] verdade[ S 9 mesmo gongo[ S 5ndagou ansiosa. S 5sso * maravilho, * histUrico.9s dois tomaram seus lugares na fila e Ria prosseguiu> S Tenho quase uma obsessão por estabilidade, por tradi ão, por manter as coisas como são.

S e& uma pausa. S 7cho que não gosto de mudan as, * isso, e <s ve&es dese%o \parar todos osrelUgios\. S 6onhece o poema de 7uden[ S \)arem todos os relUgios, desliguem os telefones,evitem o latido do cachorro com seu osso suculento, silenciem os pianos e com tambores lentos...\

S 9h, e por a' vai S disse Ria, em tom de desculpa. S Mas estou me referindo a não ser capa& de se agarrar a algo que se est" gostando, de valori&ar os bons momentos em geral, suponho.

S Quero di&er... 9 contentamento em rela ão a qualquer situa ão parece nos escapar entre osdedos, antes que se tenha a chance de apreci"1lo.

Ria ergueu o olhar para encar"1lo e sentiu as faces enrubescerem ao encontrar os olhos de#asper, encolhendo1se em seu interior, por segundos. 9 que a fi&era divagar daquela forma[ 9 queele pensaria a seu respeito[

S `s ve&es, acho que seria bom se tudo apenas parasse... 7penas por pouco tempo S acrescentou com a vo& falha.

#asper não se apressou em responder, apreciando as palavras de Ria. )ercebera o potencialdaquela mulher no primeiro encontro, lembrou a si mesmo. 7l*m de moderna e elegante, Ria eramuito mais comple!a do que a apar=ncia sugeria. 7l*m disso, havia nela uma encantadora atitudeatenciosa que instigava seus dese%os masculinos de uma forma familiar.

S Entendo o que quer di&er S respondeu ele, por fim. S E concordo totalmente com seu ponto de vista. S :a verdade, ve%o minha casa em $omerset como um santu"rio, onde posso medesligar de todas as mudan as do progresso e do estresse a que est" se referindo. S 7 vida parece

pausar <s ve&es, quando estou l".Ria lhe dirigiu um olhar agradecido, aliviada por #asper não a %ulgar louca.6hegou " ve& de os dois escolherem a comida e Ria se viu impressionada com a variedade dos

pratos oferecidos. Havia frangos apetitosos com suave cobertura de mel, carne de porco recheadacom cebolas, fatias generosas de presunto co&ido ao molho de p=ssego, uma alternativa vegetarianasaborosa, al*m de diversos legumes e saladas que acompanhariam bem qualquer escolha. Mais umave&, ela dirigiu o olhar a #asper.

S 6omo posso escolher dentre tantas del'cias[ S 5ndagou impotente. S 9 menu no dia em que retornamos * sempre caprichado S admitiu1o. S Mas devemos

aproveit"1lo. S 7manhã, provavelmente, ser" bem mais simples+Helen estava parada logo atr"s deles e e!clamou>

S Entende o que quis di&er, Ria[ S :ão preciso de muita persuasão para ficar para o %antar de ve& em quando.7parentemente, não havia lugares marcados <s mesas. Todos se sentavam onde queriam.

-K

Page 16: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 16/70

Page 17: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 17/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

$ocorro pensou Ria. 6omo ele descobriu onde eu estava[ E por que me seguiu[ Teria derecobrar a compostura e agir com normalidade.

Encontrou um len o de papel e limpou os olhos. S Estava admirando^ a bele&a deste lugar. S Ria fungou. S Espero que os meninos tenham

consci=ncia da sorte que possuem por freqZentarem esta escola. S 9h, duvido S retrucou #asper. S 7lgum de nUs apreciava a vida na %uventude[ S 9s

%ovens t=m como norma acharem que tudo de bom que possuem fa& parte de um conte!toobrigatUrio.3em, uma vida f"cil e abastada sempre fora norma para ele e 6arl, concluiu #asper, sentindo1

se envergonhado ao comparar tudo o que tinham < vida de alguns dos garotos que freqZentavamaquela escola. 9s meninos Trent tiveram pais amorosos e dedicados, cu%o Fnico ob%etivo eragarantir a felicidade e o bem1estar dos filhos e de todas as crian as que passaram pelo col*gio dafam'lia.

2m sil=ncio se instaurou por instantes. S Todas estas terras pertencem < escola[ S )erguntou Ria, por fim. S $im. S Tudo fa& parte do col*gio. S 9s fa&endeiros locais as tomam emprestadas de ve&

em quando para alimentar o gado.e& uma pausa.

S 9bservar aqueles animais pastando, principalmente no pGr do sol, pode ser bastanteterap=utico S concluiu, e!pressando de maneira e!ata os sentimentos de Ria, que lhe dirigiu oolhar.

#asper estava parado muito prU!imo, de modo que quase se tocavam e, por um rid'culomomento, Ria teve vontade de se recostar nele, sentir o calor do corpo forte misturado ao dela.

$entir1se confortada, amada. 8everia ser maravilhoso ser a mulher da vida daquele homem, pensou. 7final, tinha de e!istir uma. Tinha de e!istir uma bela mulher, em algum lugar, esperando por este homem lindo, forte e confi"vel. )ara seu desespero, Ria pensou que come aria a chorar outra ve&. )or*m, não podia se permitir sentir pena de si mesma naquele momento. 7fastando1seligeiramente, Ria limpou o nari&.

S :ão se sentir" triste por ter de dei!ar tudo isto quando seu irmão voltar[ S )erguntou ela. S 9h... 2m pouco... $uponho S respondeu #asper, reservado. S Mas 6arl * o irmão talhado

para este tipo de trabalho, não eu. S Ele * o diretor escolar por e!cel=ncia.7lgo na leve ironia que modulava a vo& de #asper a fe& fran&ir a testa por um instante. :ão

tinha dFvidas de que #asper cumprira suas obriga ões com perfei ão durante o tempo em quesubstitu'a o irmão. :a verdade, fora o que Tim lhe dissera mais cedo.

S #asper tem sido um diretor magn'fico S dissera o diretor de seu departamento. S E *maravilhoso trabalhar com ele, desde que nos comportemos bem. S Ele não tolera pessoas obtusas.

S 7cho que * por isso que obt*m tanto sucesso na f"brica que possui em $omerset S acrescentara. S Todos certamente sabem o que esperar dele.

Embora não estivesse nem um pouco disposta a abandonar o local onde se encontrava, mas percebendo que estava ficando muito tarde, Ria virou1se para partir. S 7cho que * melhor eu voltar e ter uma boa noite de sono S disse ela, erguendo o olhar e

for ando um breve sorriso, enquanto #asper se punha ao seu lado.#asper a observou, pensativo. 7ssim que se apro!imara de Ria, minutos atr"s, tivera certe&a de

que ela estava aborrecida com alguma coisa e que as l"grimas nada tinham a ver com a febre dofeno. 7inda não estava na *poca em que esse mal acometia as pessoas. :ão, Ria 8avidson era bemmais sens'vel do que queria parecer. Talve& aquilo se devesse em parte ao fato de ter passado amaior parte da infYncia longe da fam'lia. Ela tamb*m mencionara a madrasta de passagem. Talve&não se dessem bem e Ria ainda acalentasse lembran as desagrad"veis. Mas nada daquilo parecia ser a causa do aborrecimento que sentia naquela noite, racionali&ou #asper. Esperava que não estivesse

arrependida de ter aceitado o cargo e de estar ali. Mas no fundo, ele sabia que aquele não era o caso.Ria se mostrara claramente agradecida pelo fato de ter um lugar para morar e receber odinheiro que iria a%ud"1la a come ar a via%ar. E durante o %antar, estivera empolgada e demonstrara

-P

Page 18: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 18/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

bastante alegria.#asper deu de ombros em seu 'ntimo. Manter seus colaboradores satisfeitos e resolver seus

problemas de ordem pr"tica e emocional de ve& em quando foi alguns dos aspectos mais dif'ceisdaquele trabalho e estava feli& por 6arl voltar a assumi1lo.

6aminharam %untos em surpreendente, por*m confort"vel sil=ncio, e agora, a noite haviaquase se instalado. )or*m, as lu&es do sistema de seguran a eram mais que suficientes para iluminar

o caminho por onde passavam, para retornar < escola. S (ou sU pegar algo que esqueci no meu carro S disse ela. S Tamb*m esqueci uma coisa. S #asper a encarou, e!ibindo um breve sorriso.9s dois caminharam em dire ão ao outro lado mais distante do pr*dio, onde ficava o

estacionamento. Ria esfregou os bra os descobertos, porque apesar do calor do dia, soprava umafria brisa noturna. 8estrancando a porta do carro, ela abriu o^ porta luvas, onde dei!ara o romanceque estava lendo atualmente. 9 livro era de um de seus autores preferidos e Ria estava contento por ter se lembrado de que o dei!ara no carro. 7 leitura de alguns cap'tulos a rela!ariam para o queesperava ser uma boa noite de sono.

Quando Ria retornou, caminhando lentamente, #asper estava batendo a porta do carro e lhedirigiu o olhar.

S Esqueci meu livro S disse ela, tentando escond=1lo debai!o do bra o, por imaginar queaquele tipo de leitura não seria aprovado pelo diretor+

S E eu, meu casaco S observou ele, pendurando1o casualmente sobre um dos ombros. S ?ostaria de ter me lembrado de tra&er o meu, porque o verão ainda não se instalou

completamente, certo[ S 8isse Ria, mas antes que pudesse pensar ou di&er qualquer outra palavra,sentiu seus ombros sendo cobertos com o casaco de #asper, enquanto ele a envolvia na pe a deroupa.

S 7' est". S 8eve ter sido esta a ra&ão pela qual o esqueci mais cedo S disse ele, enquantotodo o corpo de Ria estremecia <quele toque.

Estremecia de qu=[ 5ndagou a si mesma, desesperada. 6ertamente não por dese%o+ $entiu a boca ressecar. 7t* onde sabia, não havia banido o dese%o de sua vida para sempre[ E se nãoestivesse banido, dei!aria que aquele sentimento a pusesse em risco outra ve&[ Ria apressou o passo, passando < frente dele por um momento, dese%ando colocar alguma distYncia entre os dois.

S 3em, a sorte foi minha S comentou, precisando urgentemente retornar < seguran a e privacidade de seu apartamento.

S 9brigada... #asper.Estaria ele percebendo o tremor em sua vo&[ Retornaram ao pr*dio e #asper estacou por um

instante, dirigindo1lhe o olhar. S 3em... 7s aulas come am na manhã de quinta1feira S comentou1o. S Tim a orientar". S $im, obrigada. S Ele %" conversou comigo sobre o restante do curso que terei de ministrar

S respondeu Ria, girando para partir. S 3oa noite, então...

S 3oa noite, Ria S retrucou #asper, em tom de vo& vagaroso. S Est" esquecendo... S 6ome ou, calando1se quando ela lhe dirigiu um olhar questionador. S 7h... Meu casaco S concluiu, com a vo& suave.

Ria ofegou e retirou o casaco dos ombros. S 6laro+ S 8esculpe1me... Esqueci completamente. S Estava tão... 7conchegante

S %ustificou1a corando.6omo poderia ter esquecido que vestia algo mais ou menos de& ve&es maior do que o seu

tamanho[7o lhe entregar o casaco, o livro de Ria caiu no chão e ele se abai!ou imediatamente para

peg"1lo. Relanceou o olhar < capa, antes de devolv=1lo sem coment"rios. 9 cora ão de Ria parou de bater. )or que aquele não era seu e!emplar de ?uerra e )a&, em ve& do romance piegas que estava

adorando[9s dois se separaram e, apUs cumprir a costumeira ronda noturna e falar com o &elador, #asper se encaminhou ao apartamento que ocupava na escola. icava a quatro acomoda ões de distYncia do

-/

Page 19: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 19/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

apartamento que Ria estava ocupando. Enquanto passava pela porta dela, imaginou1a tirando aroupa, talve& %" ensaboando aquele corpo de curvas perfeitas sob o chuveiro e dei!ando que a "gualhe acariciasse a pele envolvente...

Quando entrou em seu apartamento e bateu a porta com forca desnecess"ria, !ingou a simesmo. Ele era um caso perdido. $abia que estava em risco de se envolver emocionalmente outrave&. 8esfrutara da companhia de belas mulheres durante toda sua vida, pretendendo escolher

calmamente a mulher que seria sua esposa. E que escolha fi&era+ )or que não era mais parecido com6arl, que parecia não precisar de mulher alguma[9 irmão parecia feli& e satisfeito focando1se inteiramente na carreira profissional, nesta

escola, e na manuten ão de seu prest'gio e sucesso.#asper fitou o prUprio refle!o no espelho, mal humorado. 9s olhos faiscando intensamente e

os pensamentos em turbilhão. Então, girou resoluto.7 mulher que estava me!endo no momento com seus hormGnios masculinos sairia de sua vida

para sempre em questão de meses e, at* l", iria se certificar de manter a maior distYnciahumanamente poss'vel de sua pessoa. Era imperativo, vital, manter sua mente e pensamentosfocados na responsabilidade que lhe e!igia aten ão nessa reta final. 6ertamente iria conseguir fa&er isso.

Quando pendurou o casaco, a residual fragrYncia do perfume de Ria, que ainda pairava notecido, lhe atingiu as narinas e o fe& estalar a l'ngua, aborrecido. 7quilo não a%udava em nada+

:a prU!ima ve&, ou talve& em toda ve&, que ele o usasse, Ria estaria colada em seu corpo,tentando1o, provocando1o, sem ao menos saber disso.

CAPÍTU ! %UATR!

a&ia quase quatro semanas que chegara ao col*gio e Ria raramente encontrava #asper.

Ele nunca comparecia <s reuniões matinais e apenas em duas ocasiões o vira a distYncia,cercado por um grupo de garotos mais velhos. )or*m, a vo& peculiar podia ser ouvida acima do burburinho dos alunos e ficara claro que ele estava fa&endo algum coment"rio importante naquelassitua ões+ :unca restaram dFvidas na mente de Ria sobre quem estava no comando daquela escolae o fato de que ele era muito pouco visto, dei!ando o ensino do dia a dia a cargo dos professores, sUfa&ia enriquecer sua aura dominante.

Ria sentira1se aliviada por ter transposto aqueles primeiros dias sem ser incomodada ouavaliada. 7t* então, foram1lhe designados apenas os meninos na fai!a et"ria de -0 anos e os acharacooperativos e bem1comportados. Embora se sentisse esgotada ao final do e!pediente, <s -OhNC, eratomada por um cansa o repleto de felicidade e satisfa ão. 7chava que estava conseguindo se sair bem. Tim assistira apenas duas de suas aulas e quando se cru&aram no corredor mais tarde, o diretor

do departamento lhe fi&era o sinal de positivo com o polegar. Ela tinha a impressão de receber aconfian a de que faria seu trabalho adequadamente, sem sofrer interfer=ncias desnecess"rias.7 Fnica ocasião social parecia ser o %antar, que se assemelhava mais ao buf= de um

restaurante, com pessoas entrando e saindo em hor"rios diferentes. )or*m, dava1lhe a chance deencontrar outros membros da escola e conversar por algum tempo.

#asper certamente não fora visto na sala de %antar desde aquela primeira ter a1feira. Então, Riaimaginou que ele descia para comer bem mais tarde ou simplesmente nem descia. Talve& preferisse %antar so&inho em seu apartamento ou no restaurante em que haviam almo ado %untos. 8e qualquer forma, aquilo não lhe interessava. Estava feli& por não encontr"1lo. Estava gostando da vida quelevava at* agora, e uma das melhores partes era fechar sua porta < noite e se isolar em um lugar sUseu, fa&er um cha&inho e, por ve&es, assistir < T( at* de madrugada.

Em uma manhã, um bilhete digitado foi colocado sob sua porta. :ele estava escrito>\Haver" uma reunião geral na sala do diretor <s -PhNC. )or favor, fa a o poss'vel para estar

-

Page 20: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 20/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

presente.\Era obviamente uma circular, entregue por Helen, e provavelmente era um evento rotineiro,

pensou Ria ao reler o aviso. #asper Trent segurando o leme com mão firme, mantendo todos sobcontrole.

7pUs concluir as aulas do dia, Ria se encaminhou a seu apartamento. $elecionou uma blusaleve no arm"rio e se encaminhou ao toalete para uma ducha r"pida, antes de descer para a reunião.

:ão haveria tempo de lavar os cabelos, porque demoravam muito para secar. )ortanto, teriaque dei!"1los presos por enquanto, pensou.8entro de pouco tempo, descia a escada %unto com v"rios outros colegas de trabalho, em

dire ão < sala de #asper, cu%a porta %" se encontrava aberta. Ele estava sentado atr"s da mesa, comHelen sentada ao seu lado, de caderno e caneta em punhos. 6umprimentou a todos de modo casual,enquanto se acomodavam em duas fileiras de cadeiras dispostas em um semic'rculo de frente para#asper.

Ria escolheu de propUsito um lugar onde ficava fora da linha de visão do diretor. )or*m,quase que de imediato o viu girar a cabe a naquela dire ão e os olhares dos dois se encontraram por uma fra ão de segundo. 2m momento que pareceu se eterni&ar, enquanto aqueles olhosintensamente pensativos a mantinham ref*m. :o mesmo instante, apesar de todas as suas melhoresinten ões, Ria sentiu um tremor lhe varar o corpo, tra&endo todas as suas termina ões nervosas <vida, fa&endo1a engolir em seco. Esta era a primeira ve& em que se achava perto de seu patrão desdeo dia em que chegara < escola, e mesmo nesta sala cheia de gente, sentia seu pulso acelerar quandoseus olhos se desviavam para ele.

#asper estava bem vestido, como de costume, os cabelos bastos caindo levemente sobre a testalarga e os l"bios desenhados em uma linha firme. )or*m, era a personalidade envolvente, a auraimponente daquele homem que a atra'a. E não era isso que ela queria. 7 Fltima coisa que Riadese%ava era ser sedu&ida outra ve& por um macho alfa e!cessivamente autoconf iante. Esperava poder contar com a prUpria vo& se fosse solicitada durante a reunião e ser capa& de di&er algointeligente.

9s assuntos discutidos eram rotineiros e, <s - h, #asper concluiu a reunião. Ela se ergueu,aliviada por nada lhe ter sido perguntado.

Mas de sFbito #asper estava chamando seu nome e Ria girou a cabe a para encar"1lo. S Ria, pode permanecer por mais um momento, por favor[ S 9 indagou, embora não se

tratasse de um pedido.Ria estacou insegura, suspendendo a bolsa pelas al as e imaginando por que estava sendo

requisitada. )ouco tempo depois, quando as cadeiras foram devolvidas aos lugares e todos haviamdei!ado a sala, #asper gesticulou para que ela se sentasse no assento oposto ao dele.

S ?ostaria de saber... S come ou ele, encarando1a. S 6omo estão indo as coisas para voc=[ S 7chei que não se sentiria < vontade em verbali&ar nenhum problema em pFblico. S )ortanto, se tiver algum, pode di&er.

Embora a e!pressão do belo rosto fosse s*ria, a vo& era suave e Ria se sentiu rela!ar. Emseguida, sorriu e deu de ombros. S 3em, na verdade, at* agora não tive problema algum. S :ão que eu saiba S acrescentou. S 7s aulas estão transcorrendo tranqZilamente e acho que consegui despertar o interesse de

meus alunos... :a maior parte do tempo. S 2m sorriso lhe curvou os l"bios outra ve&. S 7t* agora não tive de acordar nenhum deles.#asper concordou com um gesto lento de cabe a, relembrando a Fltima ve& em que ela se

sentara naquela cadeira e como parecera maravilhosa. E aquele dia não era diferente, concluiu. 7cal a comprida na cor preta e %usta e a blusa branca de tecido leve lhe emprestavam uma apar=nciatranqZila e eficiente. 9s cabelos sedosos, um pouco fora de lugar ho%e, dei!ando mechas soltas a lhero ar as faces, apenas " dei!avam ainda mais sedutora. #asper segurou uma caneta, tentando não

fi!ar o olhar na mulher diante de si. S Tim me disse que nunca viu a turma Tr=s tão bem comportada ou demonstrando tantointeresse.

0C

Page 21: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 21/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Ele fe& uma pausa relembrando o entusiasmo do diretor de departamento. S )ortanto... S Ergueu o olhar e sorriu, revelando o contraste entre os dentes brancos e a

pele morena. S Est" de parab*ns S murmurou. S )arece ter se adaptado muito bem... 6omo eu previa S acrescentou.

Ria sentia1se verdadeiramente e!tasiada ao ouvir aquelas palavras. :ão podia se lembrar dealgu*m se dando ao trabalho de elogi"1la no trabalho antes e de fato tinha sentido uma profunda

empatia com a classe para a qual fora designada. S 3em, obrigada S respondeu Ria, simplesmente. S Estou gostando de ensinar aquelascrian as mais do que qualquer outra classe em que lecionei at* agora. S Espero que consiga manter o ritmo.

2m sil=ncio momentYneo se seguiu. S :a verdade, h" um pequeno detalhe que est" me incomodando S come ou Ria em um tom

de vo& lento, e o viu erguer as sobrancelhas. S Tem rela ão com #osh... S #oshua Mills[ S 5nterrompeu #asper. S :osso novo aluno[Ria hesitou antes de prosseguir. :ão queria aumentar o problema dando vo& a ele. S 7cho que ele est"... 5nfeli&... :o momento.#asper concordou, balan ando a cabe a positivamente. S :ão estou realmente surpreso S disse ele. S ] claro que não costumamos aceitar novos

estudantes a essa altura do ano letivo, mas seus pais estão tendo s*rios problemas pessoais eaparentemente não lhes * conveniente ter o filho em casa no momento. S #oshua não era esperadoaqui antes de setembro.

7s fei ões viris se tornaram sombrias de insatisfa ão, conforme ele prosseguia. S Em minha opinião, crian as vulner"veis não são ob%etos que se guardam dentro de cai!as

convenientes em dados momentos.#asper fe& uma pausa, inclinando1se para tr"s na cadeira. S Mas depois de pensar muito sobre o assunto, decidi que estar aqui talve& fosse " melhor

op ão para #oshua. S E o pai e sua amante estão cientes do problema particular do menino. S 3em, isso provavelmente e!plica muita coisa S retrucou Ria. S Tamb*m não a%uda em

nada o fato de ele ser bem menor do que as outras crian as de sua idade. :ão confessaria que ao ver #osh, olhando para ela com os olhos castanhos ocultos por tr"s das

grossas lentes dos Uculos, tinha 'mpetos de tom"1lo nos bra os e confort"1lo. S 9s outros alunos não o estão provocando, certo[ S 5ndagou #asper repentinamente. S :enhum bullAing eu espero. S :ão que eu tivesse visto S respondeu Ria, hesitando por um momento antes de continuar. S Embora tenha algo que o est" aborrecendo muito. e& uma pausa. S Tem a ver com o

torneio de t=nis. S 9 que tem isso[ S 7lguns meninos lhe disseram que quem se recusa a %ogar * severamente punido.

S 3obagem S rebateu #asper. S ] verdade que incentivamos todos a participarem porqueisso fortalece o esp'rito de equipe, com escola versus escola, e como institui ão escolar, acreditamosque a competi ão revela talentos e gera e!cel=ncia.

$ua boca contorceu1se de leve, enquanto se recordava das batalhas, disfar adas de %ogos det=nis, as quais ele e 6arl haviam travado em sua %uventude, enfrentando um ao outro, ponto a ponto,cada um mortalmente s*rio e determinado a vencer. Ele olhou para Ria.

S Mas punir os que não querem tomar parte * pura fic ão.Ria se sentiu aliviada. S :ão acreditei no que eles disseram, mas #osh, sim. S 7gora poderei acalm"1lo quanto a

isso, pelo menos.#asper a observou, pensativo.

S Est" claro que ganhou a confian a dele rapidamente. S 3em, ele tem por h"bito permanecer em classe apUs a aula e costumamos conversar S admitiu1a. S #osh me contou que nunca apreciou nada que se relacionasse a esportes, para a

0-

Page 22: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 22/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

triste&a e decep ão do pai, ao que parece.#asper inclinou a cabe a para o lado, por um momento. S #oshua * de certo uma crian a bastante acad=mica. S $eu desempenho em Matem"tica *

brilhante, em minha opinião. S )rovavelmente, prefere lidar com teores mais comple!os a lan ar bolas sobre redes ou sobre qualquer outro lugar.

S Ele me disse que freqZentemente era obrigado a %ogar t=nis durante longas horas e

detestava cada minuto. Ela prosseguiu> S Ele não via sentido em fa&er aquilo. S )or conseguinte,seu desempenho era sempre um fiasco, nas palavras dele.Ria sorriu, parando de falar por um tempo. S 7cho que ele teme parecer fraco diante dos colegas se fi&er %ogadas erradas ou, pior, se

pedir dispensa do esporte.#asper semicerrou os olhos, meditativo. Em seguida, declarou> S Humm... 3em... 7cho que posso resolver isso facilmente.5nclinou1se para frente e anotou algo em um bloco sobre a mesa. S #oshua poder" ser um dos "rbitros. S )elo menos nas primeiras partidas. S 9bviamente

sabe todas as regras do %ogo, portanto não haver" perigo em errar o placar.2m sorriso repentino apareceu em seus l"bios. S 7cho que ir" se sentir bastante superior sentado acima de todos os outros. S Essa * uma

fun ão normalmente designada aos estudantes mais velhos, mas essa regra pode ser alterada. S #oshua pode ter a chance de fa&er as honras desta ve&+Que diretor inteligente+ )ensou Ria. $entira1se quase tão preocupada quanto " prUpria crian a

em rela ão <quele problema, mas #asper Trent logo encontrara uma solu ão. Era perfeita e ela sabiaque #osh se sentiria^ aliviado.

S ] uma e!celente id*ia, #asper S disse ela, com os olhos faiscando de alegria.)arte dela esperava um discurso do tipo \todos precisam fa&er coisas das quais gostariam de

se livrar de ve& em quando, e t=m de encarar seus prUprios demGnios para aperfei oar o car"ter\.Mas em ve& disso, ele resolvera o problema daquela crian a em um piscar de olhos. )oderia

abra "1lo. S )ara di&er a verdade... S )rosseguiu ela. S 5dentifiquei1me de imediato com o problema

pelo qual #osh est" passando assim que ele desabafou comigo, porque tive uma ansiedade similar...E que nunca foi sanada S acrescentou, lentamente.

S $obre... T=nis[ S 5ndagou #asper, curioso. S :ão, não. S Minha fobia era a nata ão. S Em "guas profundas para ser mais e!ata S

admitiu Ria, desviando o olhar, pensativa, por um instante. S Meus longos anos em internato foram ra&oavelmente agrad"veis, de forma geral S ela

seguiu cautelosa. S Mas em uma das escolas, fui e!clu'da nas aulas de nata ão como umacompleta covarde, porque tinha pavor do evento de gala anual. S Morria de medo de me afogar etodos, absolutamente todos, eram obrigados a participar. S 2ma das treinadoras achou que a forma

de curar meus medos seria implicando comigo e me obrigando a fa&er o que eu detestava>submergir totalmente, a fim de pegar um ti%olo no fundo da piscina. S Ria estremeceu diante dalembran a. S Quase paralisava de medo quando a "gua cobria minha cabe a e eu não conseguiarespirar nem ver nada. S 7t* ho%e tenho pesadelos com o som da "gua passando por meus ouvidos.

Ria sorriu de repente, percebendo que nunca havia confessado aquele trauma para ningu*m. S $empre adoecia dias antes do evento S admitiu1a. S E tinha pesadelos depois dele.8eu de ombros, com uma risada curta. S Mas apesar de meus piores temores, consegui sobreviver para contar a histUria... 6omo

pode ver.7 e!pressão de #asper se tornava cada ve& mais s*ria, na medida em que ela falava. S :unca contou a ningu*m como se sentia[ S 6ertamente seus pais sabiam de seu medo.

S 9h, nunca ficava na companhia de meus pais tempo suficiente para conversar sobre essesassuntos. S 7l*m disso... S prosseguiu Ria em um tom de vo& casual. S oi na *poca em que

00

Page 23: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 23/70

Page 24: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 24/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Era #asper, e Ria quase paralisou ao v=1lo. Que embara oso ser surpreendida naquele estado+Em seguida, sentiu1se irritada. 7final, tinha direito de estar < vontade <quela hora do dia.$orriu, tentando fingir despreocupa ão.Houve um breve sil=ncio. S 8esculpe incomod"1la S disse ele, casualmente. S Mas esqueci completamente de lhe

entregar isto mais cedo. S Tim pediu1me que chegasse <s suas mãos ho%e, sem falta. S Ele não

estava na reunião, como pGde constatar, porque %" tinha um compromisso.9 olhar de #asper a percorreu dos p*s < cabe a. 9 tra%e de dormir de tecido fino não conseguiaesconder o corpo tentador que cobria e a enorme toalha branca envolta na cabe a como um turbanteservia para real ar o brilho dos olhos enormes. Ela estava me!endo com ele de novo, pensou,limpando a garganta desnecessariamente.

S 8esculpe1me por aparecer em momento tão inconveniente... S Mas tenho de enfati&ar alguns pontos deste... S ?esticulou com os documentos na mão.

Ria se afastou para que ele entrasse de repente não se importando com a prUpria apar=ncia.7final, e da'[ :ão era culpa sua, e sim dele, se fora surpreendida naqueles tra%es, que ao que

tudo indicava, não o intimidaram. Ele apenas ficou l" parado, com uma sobrancelha erguida demaneira inquisitiva. 8ando de ombros em seu 'ntimo, Ria foi invadida pela imprud=ncia edescontra ão. ?ra as, sem dFvida, ao copo de vinho maravilhoso que tomara.

S )or favor, entre S convidou ela.#asper sorriu e entrou imediatamente, fechando a porta. S 4evar" apenas alguns segundos S disse ele, seguindo1a em dire ão < sala de visitas. S Haver" uma pequena altera ão no plane%amento para o primeiro tempo de aula de amanhã.$em esperar ser convidado, ele se sentou em uma das cadeiras diante da pequena mesa, e Ria

tomou o assento oposto ao dele. :os minutos que se seguiram, #asper esclareceu os pontos que Timsolicitara.

8e repente, Ria se inclinou para frente, a fim de ler o que estava escrito no papel e a toalha sedesenrolou, caindo sobre a mesa entre eles. 9s cabelos Fmidos cascatearam sobre ela, cobrindo1lhea face por um segundo.

S 9h... 8esculpe S ofegou ela, suspendendo a toalha com uma das mãos e afastando oscabelos do rosto com a outra.

3ai!ando depressa o olhar aos pap*is, percebeu que a tinta borrou em alguns pontos dasanota ões que Tim fi&era, para determinar as mudan as dese%adas. (iu1se desconcertada.

S 8esculpe1me por isso S repetiu.Mas em seguida, os dois soltaram uma gargalhada ao mesmo tempo e, pela primeira ve&

desde que chegara a $olar Highbridge, Ria percebeu que muita coisa mudara entre ela e seuempregador. 7dmitia que costumasse levar um tempo para se adaptar a uma nova situa ão, parasentir1se rela!ada entre os colegas e superiores. E at* então, não se sentira inteiramente < vontadecom #asper Trent. :ão que ela o visse muito, tampouco. Embora fosse agrad"vel, não conseguia se

livrar da impressão de que ele estava constantemente fa&endo anota ões mentais sobre seucomportamento. E de uma distYncia segura bastante segura e superior. 9s olhares enigm"ticos esombrios que #asper lhe dirigia ve& ou outra sU tornavam tudo ainda pior.

S 7cho melhor dar um %eito em minha apar=ncia S disse ela, erguendo1se rapidamente e seencaminhando ao lavatUrio.

)or sorte, o e!cesso de "gua secara e Ria conseguiu pentear as ondas largas, desembara ando1as com longas escovadas, sem dificuldades para tornar1se mais apresent"vel. $uspirou, observandoo refle!o que o espelho lhe devolvia, vendo seu nari& e face destacados. Toda a maquiagem haviasido cuidadosamente removida. 8epois, deu de ombros. 7final, se importava com sua apar=nciadiante de #asper Trent[ :ão responda a essa pergunta, disse a si mesma.

Quando retornou, ele se encontrava sentado no mesmo lugar e Ria imaginou se #asper dissera

tudo que pretendia. 8e repente, lembrou algo que queria perguntar a Tim, e %" que o diretor estava bem ali, poderia perguntar diretamente para ele. $entou1se de novo em frente a ele. S Estive pensando... Tem alguma ob%e ão a fa&er se eu incluir a inicia ão < poesia no

0

Page 25: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 25/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

programa[ S 5ndagou. S $ei que não fa& parte do cronograma atual, cu%o conteFdo eu certamenteconcluirei, mas acho que haver" tempo para incluir a mat*ria.

e& uma pausa, esperando não estar sendo ousada. S 7 questão * que durante uma discussão no final das aulas outro dia, tive a impressão de

que os meninos iriam gostar... 3em, alguns deles.Hesitou outra ve&.

S ] um assunto que domino bem S acrescentou ansiosa. S ique < vontade S respondeu #asper, praticamente sem hesitar. S 7penas leve seu pro%etoao conhecimento de Tim.

9s olhos dele não se desviaram dela enquanto falava. Ria tinha a apar=ncia ridiculamenteinfantil vestida com sua roupa de dormir, pensou #asper, sentindo1se compelido a se apro!imar,quando as pregas do tra%e de Ria se abriram ligeiramente na parte da frente, revelando a co!a firmee a perna esguia por uma fra ão de segundo.

$entindo uma tensão nova gravitando na atmosfera, Ria resolveu tomar o controle daquelasitua ão totalmente bi&arra. Estava na hora de seu patrão se retirar.

S 9u a S come ou ela. S 8e repente, estou me sentindo faminta... 6alou1se, meioconstrangida. S 3em... ?ostaria de me acompanhar em um peda o de pão fresco e quei%o[ S indagou, sabendo que #asper perceberia a indireta e se retiraria.

Mas ele não recusou, o que a fe& quase cair da cadeira ao ouvi1lo di&er> S 9brigado. S )or que não[7pUs se recobrar da estupefa ão, demoraram apenas alguns minutos para que Ria dispusesse a

refei ão frugal < mesa e desse um sorriso, ao olhar na dire ão de #asper. S 7cho que * tudo que posso lhe oferecer, al*m de uma ta a de vinho branco S disse ela. S :ão tenho u'sque ou outras bebidas alcoUlicas...#asper estava parado em frente < %anela e teve de girar para encar"1la. S 7penas caf* ser" suficiente, obrigado S disse ele. S 6olocarei a chaleira no fogo S acrescentou encaminhando1se < co&inha e indo encher o

recipiente com "gua da torneira.Quando acabaram de comer o pão, dois dos tomates e as por ões de quei%o, Ria foi buscar os

p=ssegos e os fatiou, dispondo um deles em um prato e o entregando a #asper. S Temos de agradecer a 6laudia por esta refei ão S comentou1a colocando uma das fatias

de p=ssego na boca e levando a mão em concha ao quei!o para aparar o sumo que escorria da fruta. S Est" sempre me mimando. S :unca sei o que ela dei!ar" da prU!ima ve&.#asper fi!ou o olhar nos l"bios Fmidos, sentindo a prUpria boca encher de "gua. Ele ergueu os

olhos. S 3em, ela nunca leva nada para mim a não ser que lhe pe a S retrucou1o. S (oc= *

obviamente uma das preferidas de 6laudia. S Tem de me di&er qual * seu segredo.Quase uma hora %" havia se passado desde que #asper chegara inesperadamente e Ria

percebeu, com uma boa dose de surpresa, como o tempo passara r"pido. 8e repente, pareciam doisamigos. )essoas que se conheciam h" anos^ pensou ela, enquanto bebiam os Fltimos goles de caf*.)ouco tempo depois, ele se ergueu para partir e o celular de Ria tocou. ran&indo a testa, pois

%" era muito tarde para que $ara, Hannah ou qualquer outra pessoa estivesse telefonando paraconversar, ela se dirigiu ao quarto para atender e se surpreendeu ao ouvir a vo& do pai do outro ladoda linha. a&ia meses que não ligava para ela.

S )apai[ S 8isse insegura. S 7lgo errado[ S :ão, Ria S respondeu o pai. S ] que eu e 8iana estaremos em Taunton amanhã. S Tenho uma reunião pela manhã e imaginamos se não gostaria de %antar conosco. S Esqueci onde voc= est" no momento... :ão est" mais em 4ondres, certo[ S 7cho que

disse que saiu de seu emprego l" e que ficaria com uma amiga em $alisburA por um tempo. S $e

ainda est" a', não ser" dif'cil encontrar1se conosco em Taunton, não *[ S :ão, claro que não ser" S Ria se apressou em responder. Era tão bom ouvir a vo& do paidepois de tanto tempo.

0K

Page 26: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 26/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S 7t* porque agora estou dando aulas em uma escola de Hampshire, então creio que posso ir at* l". S Termino meu e!pediente entre -OhNC e -Ph, portanto sU conseguirei chegar a Taunton bemmais tarde...

S 9h, não tem importYncia S interrompeu o pai. S )assaremos a noite l" e estou certo deque encontraremos algum lugar para %antar.

e& uma pausa.

S $eria Utimo rev=1la e me inteirar de suas novidades. S )rincipalmente porque parece quevia%aremos para o e!terior outra ve& neste fim de semana e não sei quando retornaremos. S 8ianainsistiu que entrasse em contato para nos reunirmos. S Ela est" ansiosa para encontr"1la.

7 imagem da ador"vel madrasta loira e linda, com metade da idade do pai, se formou namente de Ria. Embora não tivessem uma conviv=ncia constante, havia simpati&ado uma com a outradesde o in'cio.

S $er" Utimo ver voc=s S disse Ria. S Estou certa de que encontrarei o hotel. S )odemoscombinar entre 0Ch e 0ChNC[

Ria finali&ou o telefonema e voltou < co&inha para encontrar #asper lavando a modestaquantidade de lou a que haviam su%ado. Estacou, observando1o e ele a fitou de relance.

S 7lgum problema[ S 5ndagou #asper em tom de vo& casual, dobrando o pano de prato queestivera usando e colocando1o de volta em seu lugar.

S :ão, nada de errado S replicou Ria no mesmo tom. S Era o meu pai.e& uma pausa em seu discurso.

S :ão nos falamos h" um bom tempo e ele quer que eu v" at* Taunton amanhã para %antar com ele e minha madrasta. S 7visei que sU posso chegar tarde, mas eles vão via%ar para o e!terior neste final de semana, então não devo dei!ar passar esta oportunidade, certo[

Ela come ou a guardar os pratos. S :unca estive em Taunton antes... S )ensou em vo& alta. S Mas estou certa de que

conseguirei chegar l".#asper se encaminhou < porta e girou para encar"1la. S Est" com sorte S disse conciso. S )orque amanhã terei de ir para casa, que não fica longe

de Taunton. S )osso dei!"1la l" antes, onde quer que voc= v" ficar, e busc"1la depois. S Que talmeia1noite[ S Est" bom para voc=[

Ria sentiu uma onda de al'vio. 8etestava dirigir por lugares que desconhecia especialmente se precisasse passar por incont"veis rotatUrias e ruas de mão Fnica, o que indubitavelmente seria ocaso.

S 9h, perfeito+ S E!clamou ela. S $e estiver certo de que isso não atrapalhar" seus planos S acrescentou.

S 3em, fui eu quem ofereceu S lembrou1o, simp"tico. :ão iria lhe di&er que na verdade tinha planos de dormir em seu chal* e sU voltar no final da

se!ta1feira. )ercebia que era muito importante para Ria rever a fam'lia. )ara ele, essa rela ão dela

com os entes queridos necessitavam de um pouco de cuidado e aten ão. E ao oferecer1se para lev"1la estava apenas cumprindo seu dever de diretor, facilitando ao m"!imo a vida de um dos membrosde seu grupo de colaboradores, disse a si mesmo.

CAPÍTU ! C#&C!

:a noite seguinte, Ria observava, carinhosamente, o pai sentado na cadeira do lado oposto damesa, balan ando o conhaque em seu copo, satisfeito. $empre fora um homem bonito, e a idade nãoo pre%udicaram admitiu1a. Mal possu'a fios acin&entados nos cabelos negros e tampouco adquiriragordura corporal com o passar do tempo. 9s olhares que trocava com a esposa dei!avam claro queera um casal que se amava. E não se importava que os outros soubessem disso. 7quela noite, 8ianaestava ainda mais encantadora, tra%ada em um vestido branco simples, com decote canoa.

0O

Page 27: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 27/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

9s cabelos loiros naturais, bem mais longos do que Ria se recordava, ondulando sobre osombros. 7 Fnica %Uia que ostentava era o caro diamante solit"rio, %unto com a alian a de ouro emseu dedo.

9s tr=s apreciaram a e!celente refei ão e a conversa agrad"vel. Ria lamentava1se pelo fato denão poderem se encontrar com mais freqZ=ncia. 7 conversa girou quase que totalmente em torno desua carreira, particularmente seu novo emprego em $olar Highbridge, e dos compromissos do pai

no e!terior. 8iana ficava atenta a cada palavra do marido. S :unca se importou de abrir mão de sua carreira para acompanhar meu pai[ S 5ndagouRia, em um impulso, < madrasta.

7ntes de se casarem, era uma terapeuta psiqui"trica muito bem1sucedida, que trabalhava emum eminente hospital universit"rio.

8iana sorriu. S :unca, nem por um segundo S respondeu. S Estou feli& com cada momento de minha

vida. :aquele instante, um gar om apareceu com uma imensa garrafa do melhor champanhe imerso

em um^ balde de gelo e Ria ergueu o olhar, surpresa. #" tinham apreciado um bom vinho durante arefei ão. )or*m, a ra&ão para a bebida logo foi revelada, apUs o pai inclinar1se para entregar umata a cheia a cada uma das mulheres < mesa.

S Est"vamos imaginando quem de nUs dois deveria lhe dar a e!celente not'cia S disse ele. S E por fim, 8iana insistiu para que fosse eu.9 pai virou para o lado, trocando olhares com a esposa por um segundo, ao que Ria sentiu seu

cora ão estremecer. S Espero que não se%a um grande choque para voc= S continuou ele. S Temos o enorme pra&er de lhe comunicar que minha esposa espera me tornar um

orgulhoso pai antes do final do ano.`s 0NHNC, no toalete feminino do hotel, Ria se encontrava parada com a cabe a apoiada no

espelho, tentando recobrar o controle das prUprias emo ões. $abia que se inspirasse longa ecalculadamente, por v"rias ve&es, poderia acalmar as batidas descompassadas do cora ão, fa&endo1as voltarem a um estado prU!imo do normal. 7fastou1se e encarou a imagem que o espelho lhedevolvia. 9s olhos enormes banhados pelas l"grimas contidas. 3alan ou a cabe a brevemente.

)oderia ter esperan a de se sentir normal, realmente normal, outra ve&[ )erguntou a simesma.

6onseguira reagir com entusiasmo < not'cia da gravide&, abra ando 8iana^ apertado. S 5sso * fant"stico+ S 8isse. S )arab*ns+6laro que era algo maravilhoso, mas como nunca aventara tal possibilidade, recebera um

choque. 2m choque f'sico.8ecidiu telefonar para o celular de #asper. Havia trocado os nFmeros de telefone para o caso

de uma emerg=ncia ou de uma mudan a de planos. 2ma discreta sensa ão de pra&er a atingiu ao

ouvir a vo& dele. S 9l" S disse ele. S 7 que devo o pra&er[ S ] que estou pronta para partir S respondeu Ria. S E imaginei se seria conveniente para

voc= me buscar antes do hor"rio combinado. S $im, claro S concordou #asper. S Estou sentado em um bar mais acima na estrada.Houve uma pausa. S 8entro de dois minutos, então[ S timo obrigado S respondeu Ria e algo em seu tom de vo& o fe& fran&ir levemente a testa.Ele esperava que o encontro com a fam'lia tivesse corrido bem. S Esperarei na entrada do hotel S e!plicou ela antes de encerrar a liga ão.Em seguida, retornou ao saguão para se %untar aos outros.

S 7 pessoa que vai me dar carona me telefonou para perguntar se poderia^ vir me buscar mais cedo S mentiu Ria. S )ortanto, temo ter de dei!"1los. Ria deu um largo sorriso para o casal. S oi... timo... (er voc=s novamente.

0P

Page 28: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 28/70

Page 29: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 29/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

7pesar do turbilhão de emo ões que lhe agitava o 'ntimo, Ria sabia que devia ser educada a ponto de manter uma conversa ão. 7final, #asper fi&era o grande favor de lhe dar carona e se sentia profundamente agradecida. $e tivesse que dirigir ela mesma no retorno < escola, não sabia se seriacapa&, pois tudo o que tinha vontade de fa&er no momento era encolher1se em algum canto escuro.

8irigiu o olhar a ele e sorriu. S E quanto <s provid=ncias que tinha de tomar, saiu tudo como plane%ado[ S )erguntou,

referindo1se aos assuntos que #asper dissera ter de resolver em seu chal*. S 9h, sim, obrigado S respondeu ele. S Tive apenas de aprovar um mobili"rio novo queest"vamos querendo adquirir antes de encomend"1lo, sU isso.

Então, pensou Ria, havia uma mulher na vida dele. )rovavelmente, não uma esposa, mas umaamante residente que, ao que parecia, não tinha a autoridade de tomar importantes decisõesso&inhas. Mas Ria tamb*m podia imaginar a opinião de #asper sendo absoluta em todos os assuntos.

)or alguma ra&ão, o que ele acabara de di&er a dei!ou ainda mais para bai!o. :ão pelo fato de#asper e sua amante estarem comprando novos ob%etos decorativos para seu lar, mas porque #asper Trent não era um homem livre, afinal. E por que aquele pensamento a afetava, mesmo queremotamente[ 6laro que não importava, garantiu a si mesma. :em um pouco. Estava apenas sesentindo infeli& no momento, aquilo era tudo. Mordeu os l"bios com for a para impedi1los detremer. Encontrar1se com a fam'lia aquela noite não lhe fi&era muito bem, no final das contas.

8e alguma forma, conseguiu se desviar do caos mental em que se encontrava e pensar emcoisas para di&er < sua companhia. Ela dirigiu o olhar a #asper. 7 cicatri& que lhe cortava a face parecia mais evidente naquela noite. $em pensar e atingida por uma incomum impulsividade,esticou a mão e tra ou a linha que se estendia do olho ao l"bio com a ponta de um dedo.

S 9 que aconteceu, #asper[ S )erguntou.7o toque de Ria, o corpo do diretor se enri%eceu. 9 %eans de grife parecia v"rios tamanhos^

menor. Ele lhe relanceou o olhar apressadamente. S 9h... 5sso aconteceu muito tempo atr"s, nos meus dias de Highbridge S e!plicou #asper. S 2ma bota de rFgbi nada amig"vel me pegou desprevenido... Mas ganhamos a partida S

acrescentou, com um breve sorriso.Ria %untou as mãos outra ve&, ciente de como sentira a pulsa ão acelerar quando o tocou por

um ou dois segundos. 6omo era firme e dese%"vel a pele que sentira sob os dedos. 6omo seus seiosreagiram com a sensibilidade que %ulgara esquecida. Engolindo em seco e entrando em desespero,conseguiu recobrar o controle.

S :ão tenho visto Helen S comentou, lan ando mão da primeira coisa que lhe veio < mente. S 8esde aquela primeira noite. S Est" sempre muito ocupada e a mãe dela não est" bem S respondeu #asper.9lhou de relance para o lado, sabendo que navegava em "guas perigosas quando muito

prU!imo de Ria 8avidson. 6laro que sempre apreciaria admirar e ter a companhia de belasmulheres, isso nunca iria mudar, mas olhar para uma delas e dese%ar toc"1la, sentir1lhe a pele quente

sob as car'cias de suas mãos, era completamente diferente. E em um futuro prU!imo, certamentefora de seus planos, disse a si mesmo.Quase que imediatamente, a conversa ão se limitou a assuntos de trabalho e o carro potente

rapidamente engoliu os quilGmetros que cobriam a distYncia at* a escola.#asper sabia que para ela a noite não havia sido muito agrad"vel. 7 sua perspic"cia captara as

vibra ões no ar. E, em alguns momentos, sentira1se irritado com ela. 6laro que Ria não possu'a um passado familiar particularmente feli&, mas aquele era o problema de muita gente e de muitascrian as. $e algum dia tivesse filhos, o que era bastante improv"vel, sempre os colocaria em primeiro lugar e os amaria incondicionalmente. :unca os ignoraria, afastaria ou permitiria queoutros os criassem.

Mas a situa ão de Ria 8avidson não era e!atamente prec"ria, pensou. Tinha muito a seu

favor. )ossu'a uma educa ão sUlida, era e!tremamente inteligente... E era linda, para completar. 9que era uma grande vantagem para qualquer mulher. )recisava^ ser grata " seus pais por isso. $emdFvidas, ela era uma das melhores obras da nature&a. Talve& estivesse na hora de valori&ar o que

0

Page 30: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 30/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

tinha de bom e impedir que velhos ressentimentos se interpusessem no caminho de sua felicidade.8e repente, teve vontade de sacudi1la.Mas o dese%o sU perdurou at* o momento em que lhe dirigiu mais uma ve& o olhar e se sentiu

derreter. 9 que realmente queria era envolv=1la em seus bra os. $entir os contornos do corpofeminino se fundir aos dele. Lingou em sil=ncio. Que diabos^ estava acontecendo com ele[ )araonde teriam ido suas boas inten ões[ )ermitiu1se um sorriso que lhe curvou levemente os cantos

dos l"bios. 7o menos a presen a daquela mulher por um breve tempo em sua vida servira para lhe provar algo^ de e!trema importYncia> não estava tão entorpecido emocionalmente como imaginara.Essa percep ão lhe trou!e contentamento. 7 sua Fnica e!peri=ncia de confiar em uma mulher

o convencera de que nunca mais incorreria naquele mesmo erro. elicitA fora seu grande erro enunca o repetiria. ora uma grande ferida e ainda não estava curada.

#asper se inclinou para frente e me!eu, a esmo, em alguma coisa no painel do carro. 7pesar deRia estar inegavelmente cumprindo com e!cel=ncia a fun ão para a qual ele a contratara, o de estar agindo da maneira mais apropriada poss'vel com os alunos, precisava v=1la fora de sua vida oquanto antes.

Mas at* que aquilo fosse poss'vel, teria de sobreviver convivendo com ela por mais doismeses, no m'nimo. E, de algum modo, tentar manter a mente focada.

Mais tarde quando chegaram < escola. 9s dois se dirigiram silenciosamente < porta lateral,que servia de acesso aos funcion"rios depois que a escola estivesse fechada.

Ria ergueu o olhar para encar"1lo, enquanto ele procurava a chave certa, em meio a tantasoutras que carregava.

S Estou muito agradecida pelo que fe& por mim esta noite S come ou ela. S Teria problemas em achar o caminho quando dei!asse a rodovia.

e& uma pausa. S 7l*m do fato de seu carro ser bem mais confort"vel do que o meu. S E mais r"pido S

acrescentou.#asper parou o que estava fa&endo para lhe retribuir o olhar. S 6onhe o bem o caminho, como deve imaginar S disse ele. S E a cada ve& me parece que

a viagem fica mais r"pida. S 8e todo modo, eu fico feli& em ter podido a%ud"1la.Entraram no pr*dio e subiram a escada em dire ão <s acomoda ões da equipe, enquanto Ria

disfar ava um boce%o. S 9h, 8eus+ S $ussurrou ela. S Estou come ando a me sentir realmente e!austa. S :ão * de se admirar S retrucou #asper. S 8epois de um dia inteiro de trabalho, passou

v"rias horas conversando com sua fam'lia e via%ar * sempre cansativo. S )rovavelmente apagar"quando encostar a cabe a no travesseiro.

Mas Ria não estava se sentindo cansada. Tudo que dese%ava no momento era entrar em seuapartamento e ficar so&inha.

7o menos se congratulava pelo fato de ter conseguido manter o controle diante de #asper.

6onseguira refrear as emo ões e não se lamuriar sobre coisas que mais tarde se arrependeriade di&er. )orque aquele era o tipo de homem com quem facilmente uma pessoa poderia desabafar senão tomasse cuidado. Em quem se podia confiar e que nunca trairia tal confian a. :ão que pretendesse revelar1lhe certa parte de seu passado. )or algum motivo, pensava que #asper nãoentenderia.

Quando se apro!imaram do apartamento de Ria, ela procurou pelas chaves que pareciamsempre se perder dentro da bolsa, enquanto #asper aguardava pacientemente.

Ela declarou, mantendo a vo& bai!a> S 8eve confiar muito em seus colaboradores.Ele lhe contara sobre a f"brica de equipamentos m*dicos que possu'a prU!ima < cidade de

3ath.

S Quero di&er, parece tão comprometido com a escola. S :ão * dif'cil controlar as duasatividades[

NC

Page 31: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 31/70

Page 32: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 32/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

por parte dele, durante a infYncia. :ão obstante a ra&ão, o efeito que aquela situa ão provocou nele foi o dese%o de despi1la e se

deitar com ela na cama. 6obrir1lhe o corpo de bei%os e car'cias... )ossu'1la.#asper se inclinou vagarosamente e lhe tomou as mãos, erguendo1a gentilmente. S oi um dia longo... 9 que posso fa&er para a%ud"1la[ S 8eve haver alguma coisa.$abia que não podia simplesmente dei!"1la ali, entregue aquele sofrimento. $e%a qual fosse o

motivo, ela estava tão... Triste, pensou ele, impotente.Então, devagar e com um leve temor de liberta ão, de al'vio, ela caiu sobre ele, queimediatamente a envolveu nos bra os. Em seguida, ergueu1lhe o quei!o com delicade&a e lhe cobriuos l"bios com os dele. )ara Ria, era como um sonho. 9 inacredit"vel bei%o que trocavam era lento,molhado e sensual, enquanto sentia a rigide& da resposta do corpo de #asper, as batidas aceleradasdo cora ão dele contra seus seios. Ria percebeu que nunca antes sentira dese%o tão e!acerbado.

:unca, em momento algum. 7quela era uma e!peri=ncia que acontecia apenas uma ve& navida. Toda aquela noite lhe parecera surreal e a inimagin"vel parte dela que estava vivendo agoraera ainda mais surpreendente... E erUtica.

Ria não poderia precisar por quanto tempo permaneceu colada a ele. )or quantas ve&es permitira que ele lhe bei%asse os l"bios, o pesco o, os olhos ainda Fmidos de l"grimas at* que seacalmasse.

E então, percebendo com satisfa ão que era seguro dei!"1la so&inha, #asper havia soltado1a deseus bra os, virado as costas abruptamente e dei!ado o apartamento sem di&er uma palavra.

7gora, e!austa e consumida, Ria se encontrava deitada debai!o do edredom, esperando que osono chegasse e lhe trou!esse sonhos espetaculares, que lhe fariam todas as termina ões nervosasdo corpo se sensibili&arem. 7 mesma sensa ão que e!perimentara nos bra os de #asper Trent.

CAPÍTU ! S'#S

Q27:89 769R892 , no dia seguinte, Ria demorou algum tempo para conseguir abrir osolhos.

Tudo que acontecera no dia anterior possu'a a clare&a de um cristal e repassava como umfilme em sua mente. 7 lu& do dia foi com profundo choque que lembrou como se rendera prontamente ao bei%o de #asper e o e!citamento que e!perimentara. 7 intensa masculinidadedaquele homem a tomara de surpresa e tinha plena consci=ncia de que se apoderara de seu corpo,levada pela mar* de urg=ncia do calor que percorria suas veias, impotente e tr=mula. E quando elefinalmente a libertou, pGde ver refletido nos olhos masculinos sua prUpria estupefa ão.

8e repente, deitada na cama, revivendo aqueles momentos inesquec'veis, Ria congelou. 9que acontecera entre eles na noite anterior afetaria sua carreira em $olar Highbridge[ )erguntou a si

mesma. Qual seria a opinião dele sobre o que acontecera[ $obre o que acontecera com ela[ Talve&considerasse aquele bei%o apenas um incidente e %" o houvesse esquecido.Ria mordeu os l"bios. 8ese%ava não ter aberto a porta para que ele entrasse na noite anterior.5ria se sentir p*ssima quando ficassem cara a cara.8e repente, %ogou o edredom para o lado e se sentou na cama. Tinha de esquecer

completamente o dia anterior e colocar sua vida novamente em perspectiva. Quando soubera donen*m esperado por 8iana, conseguira compartilhar da empolga ão e alegria do casal, e ficara feli& por eles, de verdade. Mas seria duro confessar a algu*m porque essa not'cia tinha sido recebida emum choque doloroso por ela.

Encaminhando1se ao toalete, pegou a escova de dente e come ou a escov"1los vigorosamente.8e repente estacou, quando uma cena de seus sonhos da noite anterior lhe veio < mente. Ela

tra ando com o dedo a cicatri& no rosto de #asper e ele lhe tomando a mão e lhe bei%ando os dedosum por um, bem devagar, com muita gentile&a. 7inda guardava a sensa ão erUtica da l'ngua maciade #asper contra sua pele, embora tentasse organi&ar seus pensamentos. 7pressadamente,

N0

Page 33: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 33/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

recome ou a escovar os dentes. :ão podia continuar assim. $implesmente não podia.7pUs tomar uma ducha e se vestir, encaminhou1se < %anela e abriu as cortinas. 7 curta

distYncia podia ver que os alunos internos %" estavam em plena atividade. $uspirou, percebendo queaquele seria apenas mais um dia de trabalho. 9 dia anterior era passado e agora as aulas deveriamser seu Fnico foco.

ran&indo a testa, lembrou outro pequeno detalhe que temporariamente havia lhe escapado.

#asper era comprometido, certo[ 9 que estaria pensando da noite anterior[ :aqueles instantesem que a segurara nos bra os, certamente não estivera pensando na mulher que dei!ara em$omerset+ 6omo permitira que ele a bei%asse[ )erguntou1se Ria. 9 que mais a aborrecia era saber que ele se arrependera logo depois, o que ficara Ubvio pelo modo como ele partira abruptamente.

7fastando1se da %anela, encaminhou1se < co&inha e pGs a chaleira com "gua no fogo. 8esdesua chegada, tomara caf* da manhã no refeitUrio apenas umas tr=s ve&es. )referia fa&=1lo so&inha,embora o des%e%um fosse servido diariamente <s Ph da manhã. 7l*m do mais, ch" com torradas era aFnica refei ão que conseguiria fa&er e engolir naquela manhã.

`s /hNC, tra%ando cal a comprida na cor cin&a de alfaiataria, uma camiseta branca e com oscabelos presos como de costume, Ria se encaminhou ao saguão, onde os meninos %" se encontravamsentados em seus lugares, silenciosos, aguardando o vice1diretor, que sempre presidia o ritual di"rio.

Quando uma campainha soou em algum lugar l" fora, precisamente <s /hNC, todos seergueram. )or*m, naquele dia, pela primeira ve& desde que Ria chegara ao col*gio, foi #asper quemse encaminhou ao corredor principal e subiu no tablado. Encontrava1se impecavelmente tra%adocomo sempre. 7 presen a imponente refletindo toda sua autoridade. 7pesar da repreensão que fi&eraa si mesma, minutos atr"s, Ria sentiu o cora ão bater na garganta, enquanto erguia o olhar e ofi!ava nele. )or que o destino fora tão cruel dei!ando que aquele homem lhe cru&asse o caminhonaquela fase de sua vida[ )ensou. Ela não queria seus sentimentos, suas emo ões, seus dese%os,sendo revolvidos dentro dela de novo. )ara seu desgosto, sentiu uma onda de n"usea crescer dentrodela por um segundo.

8esfrutando de uma visão privilegiada do lugar onde se encontrava, o olhar de #asper sefocou em Ria imediatamente. 2m mFsculo no pesco o se contraiu diante da visão dela. :otara queela estava calmamente sentada, composta, o rosto neutro. Quase derretera observando1a. )or*m, oque acontecera entre eles na noite anterior fora inesperado e dram"tico, e #asper estivera seamaldi oando pelo que fi&era desde então. 9 que Ria estaria pensando a seu respeito[ )erguntou asi mesmo. 6olocara1a em uma posi ão constrangedora, invadindo o apartamento dela daquelamaneira, e!igindo saber o que estava se passando. ora uma atitude imperdo"vel. 9nde fora parar sua filosofia rigorosa de nunca misturar negUcios com pra&er[ Ria 8avidson era um membrovulner"vel de sua equipe de funcion"rios e ele sabia que ultrapassara os limites. Embora estivesseciente de que ela se mostrara permissiva e at* dese%osa de seus avan os, a ra&ão que a levara a agir daquela maneira era Ubvia. Encontrava1se vulner"vel com a not'cia que recebera da fam'lia e tudode que precisava era conforto e compreensão. E!atamente o que lhe oferecera. Mas não devia ter

ido tão longe. :ão seria bom para nenhum dos dois.7pesar do turbilhão emocional que lhe agitava o 'ntimo, a pauta daquele dia fora discutida e,apUs alguns minutos, #asper encerrou a sessão. Em seguida, caminhou pelo corredor principalnovamente e quando passou pela fileira de cadeiras onde se encontrava Ria, relanceou1lhe o olhar.

S )oderia me dar dois minutos, $rta. 8avidson[ S 5ndagou e seguiu em frente enquantotodos tamb*m se dispersavam, dirigindo1se aos seus compromissos.

Quando Ria transpunha a soleira da porta, Tim veio a seu encontro. S Est" tudo bem[ S perguntou. S Est" se sentindo bem[ S 9 diretor de departamento

percebera a palide& estampada no rosto de Ria. S $im, estou bem S respondeu ela rapidamente, sorrindo. S ui dormir tarde ontem, sU

isso. 7proveitando o ense%o, Ria mencionou1lhe> S 7 propUsito, estava querendo falar com voc=.

S Teria algum problema se eu desse uma ou duas aulas de inicia ão < poesia, apUs finali&ar oconteFdo obrigatUrio, naturalmente[ S 7lguns meninos da Turma e!pressaram interesse no tema.Tim sorriu para ela.

NN

Page 34: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 34/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S :ão ve%o motivo para não fa&=1lo. S 7li"s, fa& tempo que não tratamos do assunto emsala. S Talve& possamos pensar em inclu'1lo no programa do prU!imo ano.

7 rea ão do diretor de departamento a dei!ou encantada, embora soubesse que não estariamais ali no ano seguinte.

Quando alcan ou o escritUrio de #asper, encontrou a porta aberta. Ele estava parado prU!imo < %anela, falando ao telefone. Tão logo lhe percebeu a presen a, gesticulou para que entrasse. Ria

obedeceu, fechando a porta em seguida.)or fim, #asper encerrou a liga ão e lhe dirigiu o olhar. S $ente1se, por favor S convidou ele.Ria estava ciente das batidas desenfreadas do prUprio cora ão e da quentura constrangedora

que lhe subia <s faces. E como poderia evitar tal rea ão[ Rever #asper apUs o episUdio da noiteanterior não era apenas embara oso, mas tamb*m torturante.

$entou1se na beirada da cadeira, ergueu o olhar para encar"1lo e, como esperava, ele foi diretoao ponto.

S ?ostaria de me desculpar por meu comportamento ontem < noite.e& uma pausa, como se procurasse as palavras certas.

S 7gi daquela forma por que detestei v=1la tão... Tão transtornada S prosseguiu. S ] aFnica %ustificativa que posso lhe dar. #asper engoliu em seco. S Mas prometo1lhe que isso nuncamais voltar" a acontecer e espero que se%a capa& de esquecer tudo o mais r"pido poss'vel.

Ele não precisava ter feito tanta questão de enfati&ar o seu ponto de vista. 7s palavras pareciam punhaladas no cora ão de Ria. 7final, uma 'nfima parte de seu ser gostaria que ele ativesse bei%ado por ach"1la dese%"vel, porque naquele momento no sil=ncio de seu quarto, isso era oque ele realmente queria fa&er. )or*m, #asper não lhe dei!ava dFvidas sobre a realidade dos fatos.

Havia sido um acidente infeli& na opinião dele. E por que deveria estar realmente surpresa[)odia facilmente compreender o quanto estava arrependido.Recuperando o autocontrole e o dom'nio da situa ão, Ria concordou com um gesto lento de

cabe a. S :a verdade... S 6ome ou em um tom de vo& frio. S :ão pensei mais no que aconteceu. S )ortanto, não h" necessidade de se preocupar.6omo podia mentir tão convincentemente[ )erguntou Ria a si mesma. E como poderia algum

dia esquecer a sensa ão daquele corpo colado ao dela[ 8os l"bios magn*ticos se apossando dosseus[

S Mas talve& tamb*m tenha de me desculpar S prosseguiu com formalidade na vo&. S )or ter causado uma situa ão que nos pegou desprevenidos a ambos S disse ela. S 7 verdade * que mee!cedi na bebida e o "lcool sempre me fa& chorar. S Talve& a not'cia que recebi e o fato de ter acompanhado a anima ão e o contentamento do meu pai e da mulher dele com a gravide& tenhamme feito perder a no ão da realidade, sU isso.

Ria se ergueu, endireitando os ombros.

S Mas estou bem ho%e S disse, for ando um tom alegre e esperando que ele acreditasse. S 9ntem * passado. S Est" tudo esquecido e agora tenho de voltar a minha classe e meconcentrar no que mais gosto de fa&er.

#asper continuava a encar"1la e, a despeito de tudo o que dissera o dese%o de tom"1la nos bra os mais uma ve& era quase insuport"vel. 4impou a garganta.

S Estive pensando em... 6omo seria se... Tirasse uma licen a[ S 8isse ele, de sFbito. S 9que acha de talve&, ir para a casa de sua amiga por alguns dias[

S )or qu=[ S Questionou ela, corando outra ve&. S Meu trabalho... Est" dei!ando adese%ar[

S 6laro que não S respondeu ele. Hesitou. S Est" aqui h" pouco mais de um m=s e temdado tudo de si, eu sei disso. S Tim est" muito satisfeito com seu trabalho, mas talve& se afastar

alguns dias da escola poder" lhe fa&er bem.$eria bom para ele tamb*m, pensou #asper. Tinha de colocar alguma distYncia entre os doisat* que recuperasse o controle de sua vida pessoal.

N

Page 35: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 35/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S `s ve&es, fa& falta dar um tempo de tudo. S :ão, obrigada S respondeu Ria. S :ão preciso descansar... Estou me sentindo bem. S 7penas um pouco cansada esta manhã, como %" lhe disse. S 5sso * tudo.#asper concordou, balan ando positivamente a cabe a. S 3em, voc= * quem sabe. S 7 oferta foi feita. :ão poderia lhe di&er que era Ubvio que algo importante a perturbava no momento, não

importava o quanto quisesse culpar o champanhe. E acreditava sinceramente que alguns dias aolado de sua amiga lhe fariam bem.#asper deu de ombros. S 8e qualquer modo, * se!ta1feira, um dia sempre movimentado, mas ao menos ter" o final

de semana para descansar um pouco.Ria preparou1se para partir, sentindo1se constrangida. $eria aquele o primeiro passo para se

livrar dela antes que terminasse o contrato[ S 3em, de qualquer maneira, obrigada por sua preocupa ão. S 7gradeceu vacilante. S Mas

estou muito bem S acrescentou, dese%ando do fundo do cora ão que aquilo fosse verdade.$e Ria não se retirasse naquele instante, ele faria algo do qual iria se arrepender de novo.#asper a acompanhou at* a porta no mesmo instante em que Helen entrava com algumas

pastas debai!o do bra o. S 7h, Helen, meu irmão acabou de telefonar di&endo que pretende vir para c" neste final de

semana S disse ele. S 7o que parece, reservou um quarto em um hotel prU!imo, mas est" pensando em voltar ao

trabalho e, obviamente, quer se inteirar de v"rios assuntos.e& uma pausa.

S )oderia providenciar para que o tesoureiro este%a dispon'vel por algumas horas amanhã ouno domingo[

Helen sorriu. S Espero que esse retorno não represente um choque cultural para ele S disse a secret"ria,

em tom de vo& leve. S 7final, ficou fora por muito tempo. S Mas nUs mantivemos a bola em %ogo^certo[

9 olhar de Ria se suavi&ou ao pensar na vida daquela mulher. Tão plena no aspecto profissional, pois obviamente considerava a escola como sua fam'lia, e tão va&ia no pessoal. 7ssimcomo na prUpria vida. Haveria algu*m no mundo que pudesse ter sido[ 7lgu*m que tivesse umaesperan a realista de se estabelecer, de encontrar a verdadeira e eterna felicidade[

2m pouco antes do meio1dia, 6arl chegou < escola e entrou no escritUrio de Helen. Quandoela o viu, surpreendeu1se ao constatar que o patrão estava completamente diferente. )arecia ter re%uvenescido uns de& anos. 9s cabelos antes < escovinha, agora se encontravam %ovialmente soltos,caindo sobre as orelhas, e a pele possu'a firme&a e bron&e. Todos deviam tirar uma folga, pensouela. 8e repente, percebeu outra coisa> 6arl não usava mais Uculos. 9s olhos intensos e escuros

estavam destacados. Engolindo em seco, Helen se ergueu depressa. S 6arl... Que bom rev=1lo+ S 8isse, oferecendo1lhe a mão, mas quase trope ando, quandoele a segurou pelos ombros e a abra ou.

7quela era a primeira ve& em -K anos que era tocada pelo patrão... 8aquela forma+ S ] bom rev=1la tamb*m, Helen S disse 6arl, soltando1a. S Telefonei para meu irmão mais

cedo. S Ele est" livre esta manhã[ S 6laro. S Est" esperando por voc= S retrucou1a. S 3em, não h" necessidade de que voc= me guie at* a minha prUpria sala S disse ele,

sorrindo, antes de se retirar para seguir pelo corredor.8epois que ele partiu, Helen se deu conta de que estava abalada. 7lgo aconteceu a 6arl Trent,

pensou. )arecia ser um novo homem. Muito mais rela!ado+

$em se incomodar em bater, 6arl abriu> a porta do escritUrio e adentrou a sala. #asper seergueu rapidamente e cru&ou o aposento para cumprimentar o irmão, com um vigoroso aperto demão.

NK

Page 36: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 36/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S9 que * isso[ S 9nde estão seus Uculos[ S )erguntou logo.6arl parecia tão diferente+ S 7h... 3em, fui persuadido por alguns amigos a corrigir meu problema de miopia com uma

cirurgia a laser. S culos atrapalham certas atividades como nata ão e esqui. S Então, acordei emuma manhã e pensei> por que não[ S 8isse 6arl sorrindo, e pela primeira ve& em sua vida, #asper viu algo de si mesmo refletido no olhar do irmão, na e!pressão que e!ibia.

S icou bem melhor S elogiou1o. 7pUs uma pausa, prosseguiu> S Essas f*rias lhe fi&erammuito bem. S (oc= parece Utimo. S Espero que este%a disposto a reassumir seu cargo apUs overão.

S 6laro que sim S retrucou 6arl. S E depois que me passar todas as coordenadas, tudo oque tem ocorrido, estarei apto a qualquer coisa S concluiu, sentando1se em sua cadeira e esticandoos bra os por sobre a cabe a. S Helen continua ador"vel como sempre. S :ão mudou em nadadesde que a contratamos. S 7inda * eficiente, certo[

S $em dFvida S respondeu #asper, sem precisar pensar. S acilitou muito as coisas paramim.

)elas prU!imas duas horas os dois irmãos discutiram importantes detalhes sobre a 5nstitui ão,antes de partirem para uma inspe ão no departamento de 6i=ncias, que fora reformadorecentemente, parando esporadicamente para conversar com um ou outro funcion"rio, que por ventura passasse por eles.

8e repente, #asper verificou as horas no relUgio de pulso. S 8esculpe1me, mas não me dei conta da hora e acho que perdemos o almo o. S 3em, por que não vamos at* o The 4amb comer alguma coisa[ S $ugeriu 6arl. S ]

melhor eu voltar < rotina de uma ve&+#asper olhou de relance para seu irmão. 8i&er que ele parecia estar muito mais leve era pouco+Eram quase -Ph quando dei!aram o restaurante, partindo no carro de #asper para retornar <

escola. )oucos metros adiante, dirigindo devagar, ele avistou Ria saindo da lo%inha de uma fa&enda. :o mesmo instante, parou o ve'culo e bai!ou o vidro do carro. S 7ceita uma carona[ S )erguntou, observando as duas grandes sacolas que ela carregava.Ria se voltou na dire ão do chamado. S :ão * necess"rio, obrigada S respondeu. S 7cho que me far" bem esticar as pernas e

respirar um pouco de ar fresco.Mas no instante em que #asper acelerava o carro para seguir em frente, um dos sacos de papel

que ela segurava rasgou e v"rias frutas se espalharam pelo chão. :o mesmo instante, ele desceu do automUvel para a%ud"1la a recolher as amei!as que

comprara. S 7cho melhor mudar de id*ia e entrar no carro S disse ele lhe dirigindo o olhar. S 6ertamente não dese%a dei!ar um rastro das suas compras pelo caminho.e& uma pausa.

S 7l*m disso, h" algu*m dentro do carro que gostaria de conhec=1la.9bediente, Ria entrou no carro e 6arl girou no banco dianteiro para cumpriment"1la, enquanto#asper os apresentava.

S 9uvi di&er que est" nos a%udando no momento S disse 6arl, engolindo em seco, enquantoa encarava.

9bservando a rea ão do irmão, #asper sentiu uma onda de ressentimento o atingir^ em cheio.6arl estava mostrando interesse por Ria+?irou o corpo, percebendo de imediato o quanto Ria estava mais bem disposta do que se

encontrava naquela manhã. 7s atividades em classe certamente a a%udaram a afastar os problemas etudo o mais da mente, pensou.

Enquanto dirigia, #asper dese%ou que o irmão não tivesse escolhido aquele final de semana

para se inteirar de tudo. Restava muito tempo para isso antes que cada um retomasse suas fun ões profissionais costumeiras. :o estado confuso em que se encontrava sua mente, a Fltima coisa quedese%ava era discutir os problemas da escola com 6arl.

NO

Page 37: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 37/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

8e repente, a vo& do irmão o trou!e de volta < realidade. S )ode não estar se lembrando, mas domingo * o anivers"rio de Helen. S 6ostumo lhe

enviar flores, mas como ela foi tão eficiente durante minha aus=ncia, acho que ser" convenientelev"1la a um restaurante, para variar. S 9 chefão restaurante do hotel em que estou hospedado teme!celente reputa ão.

e& uma pausa, relanceando o olhar a Ria.

S )or que não formamos um quarteto[ S $eria mais divertido, certo[#asper mordeu os l"bios, surpreso com a sugestão do irmão. S Helen %" foi informada[ S )erguntou ele. S :ão, mas acho que não vai recusar S retrucou 6arl, despreocupado, girando mais uma ve&

para se dirigir a Ria. S Estar" livre[8irigindo um r"pido olhar a #asper, mas incapa& de formular tão r"pido uma desculpa, Ria

não teve outra escolha e respondeu, vagarosamente> S Humm... 3em... $im... 7cho que sim. S timo. S Então est" combinado. S Reservarei uma mesa para quatro pessoas para as

0Ch.)ouco tempo depois, de volta ao seu apartamento, Ria guardou as compras que fi&era, antes

de se dei!ar afundar em uma cadeira e inclinar a cabe a para tr"s. 6arl não correspondia em nada <imagem que fi&era dele, baseada nas parcas informa ões que lhe deram. Esperara um homemreservado, formal e t'mido, mas sua atitude inicial fora muito mais 'ntima do que ela esperava deum completo estranho e, al*m disso, ele a inclu'ra em um convite para uma refei ão e!travaganteem algum lugar. echou os olhos por um segundo, comparando os dois irmãos. Havia certasemelhan a entre eles, embora #asper fosse mais alto, tivesse os ombros mais largos e fosse mais...$edutor.

Ria abriu os olhos para dispersar o pensamento indese%ado, trincando os dentes e retirando otelefone celular da bolsa. 6omo poderia cumprir o tempo que lhe restava em $olar Highbridge[

Tinha conseguido convencer #asper de sua indiferen a em rela ão ao seu charme masculino,mas como convencer a si mesma[

8iscou o nFmero de Hannah, precisando ouvir sua sabedoria direta de amiga 'ntima. Elaestaria em casa agora, apUs passar uma semana via%ando por conta de um curso.

S Hannah[ S )osso v=1la amanhã, apenas por algumas horas[ S )erguntou ansiosa.$equer houve um momento de hesita ão, antes que Hannah indagasse> S Qual o problema, Ria[ S :ão posso falar por telefone S respondeu, por fim. S Então, venha ho%e < noite. S :ão tenho nenhum compromisso amanhã mesmo.Hannah percebeu de imediato que algo estava acontecendo, distinguiu o tom recorrente da

depressão na vo& de Ria, a depressão que estava amea ando destruir a vida da amiga.

S 9brigada, Hannah S agradeceu ela. 7pUs uma pausa> S ] que fui %antar com meu pai... Ecom 8iana... 9ntem < noite.Engoliu em seco. S E tenho muita coisa para te contar S acrescentou, com suavidade.

CAPÍTU ! S'T'

)ouco depois da meia1noite de domingo, #asper desabotoou a cal a e tirou a camisa, antes dese dirigir ao toalete para ligar o chuveiro.

7 noite fora surreal de certa forma, pensou, observando o prUprio refle!o no espelho, e nãosabia se havia se divertido ou não.

Tinha de admitir que a comida estivesse e!celente e o ambiente do restaurante, muito

NP

Page 38: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 38/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

agrad"vel e acolhedor. :ão se recordava de ele e 6arl terem tido um %antar como aquele e muitomenos na companhia de duas mulheres. :a verdade, at* onde sabia o irmão nunca tivera umrelacionamento s*rio. )or*m, 6arl pareceu aprender rapidamente durante o tempo em que ficaraafastado do ambiente escolar. 8esfi&era1se em charme e aten ão com Ria e Helen durante toda anoite.

#asper parou, limpando o vapor do espelho cuidadosamente, com as costas da mão. $im, as

f*rias fi&eram o irmão mudar, não restava dFvida. 2ma familiar pontada de culpa atingiu #asper.Muito antes de se formar na universidade, declarara cora%osamente que não tinha inten ão dese comprometer com $olar Highbridge e que sU dese%ava habitar o mundo e!terior, o que obrigara6arl, o filho bem mais velho, a preencher a lacuna quando o pai adoecera. 8everia ao menos ter seoferecido para dividir um pouco daquele fardo, para assumir uma parte das obriga ões familiares.

7penas um consolo lhe restava, pensou, enquanto dei!ava a "gua quente do chuveiro escorrer pelos mFsculos bem definidos de seu corpo "gil. 6arl sempre parecera adorar aquela vida e ter seadaptado ao cargo com enorme facilidade. E e!ecutava aquele trabalho com perfei ão. 7 escola parecera continuar a funcionar muito bem, e!atamente como sempre havia sido. Então por queaquele sentimento de culpa[

Enquanto se en!ugava rapidamente e voltava, despido, ao quarto, descobria a resposta <quela pergunta. )or que eram Ubvios os benef'cios que aquele tempo que passara longe da escola lhe proporcionara. $eu irmão vislumbrara a aparente liberdade do mundo l" fora e, durante esse tempo,se recuperara por completo dos problemas de saFde e aprendera com rapide& como tratar asmulheres+

Helen naturalmente sentira1se e!tasiada com o mimo inesperado e tamb*m parecera diferente, pensou #asper. :a escola, estava sempre arrumada e com boa apar=ncia, mas nesta noite, resolverausar um surpreendente vestido floral decotado e manter os cabelos soltos, enfeitados com umgrampo brilhoso em um dos lados. E mostrara1se alegre e rela!ada.

)or*m, fora Ria o centro das aten ões. 7t* mesmo da parte de 6arl, que pareceu ach"1lafascinante. #asper percebeu isso durante a noite toda. Ria optara por um vestido rodado em um tomde caramelo dourado, na altura do %oelho e prendera os cabelos no alto da cabe a, em estilo grego.

)ara ele, ela se assemelhava a um bibelG gracioso que poderia se esfacelar e desaparecer sefosse tratado com descuido. )or*m, eram os e!pressivos olhos castanho1claros emoldurados peloslongos c'lios negros, pareciam prestes a derreter em meio a l"grimas tr=mulas que poderiam %orrar aqualquer momento e que chamavam aten ão imediata, atraindo os olhares masculinos comomariposas em torno da lu&.

:ão havia como negar que Ria tamb*m inflamava os seus instintos masculinos. Mais umave&, pensou ele, enquanto se atirava < cama e cru&ava as mãos atr"s da cabe a, com o olhar cravadono teto. Mal podia acreditar que tivera ciFme por ter de dividi1la com os outros durante o %antar.

)rincipalmente com 6arl. :ão fora apenas o irmão que mudara drasticamente. 7lgo tamb*mse operara nele. 8esde que conhecera Ria, não se sentia o mesmo homem que fora capa& de assumir

o cargo do irmão tão habilmente. 7pesar de suas reservas em rela ão ao se!o feminino, sabia quenecessitava de uma mulher. 2ma mulher para chamar de sua. Mas como pudera se envolver outrave&, depois de tudo que acontecera[ E com uma funcion"ria sua+ $abia que se encontrava em umaenrascada, mas conseguiria se livrar dela, de um %eito ou de outro. 8e alguma forma, tinha de se preparar para dei!ar Ria partir dentro de algumas semanas e nunca mais voltar a v=1la ou pensar nela.

Ergueu1se da cama para se servir de uma dose de u'sque. $abia que aquele Fltimo pensamentoera imposs'vel.

)orque Ria se encai!ava na categoria seleta dos inesquec'veis.)or*m, at* que se passassem as menos de seis semanas que faltavam para o fim do ano letivo

e ela partisse para a viagem ao desconhecido, ele tinha de focar a mente apenas no trabalho, que

estava chegando rapidamente ao seu t*rmino. :unca se envolvera emocionalmente com umafuncion"ria antes, nem na escola nem na sua f"brica. $eus sentimentos nunca foram provocadosdessa forma.

N/

Page 39: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 39/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

$orveu o u'sque todo, de uma sU ve&. Era hora de ser absolutamente racional. :a segunda1feira pela manhã, 6arl voltou < escola para se despedir, antes de retornar a casa

em 4aWe 8istrict, que dividia com alguns amigos nas Fltimas semanas. S :ão devo voltar antes das cerimGnias finais de premia ão, quando voc= encerra suas

atividades S disse 6arl alegremente. S Enquanto isso mantenha o bom trabalho+ S 6oncluiu.7o ver o carro do irmão se afastar, #asper não pGde evitar uma sensa ão de al'vio. :as

prolongadas discussões que tivera com 6arl durante o final de semana, tinha de admitir quehouvesse momentos em que se sentira surpreendentemente irritado. 7 velha competi ão entre eles,ressurgindo. )or*m, o irmão se mostrar" bastante compreensivo quanto ao problema que ocorreracom a antecessora de Ria, ponderando que o mesmo poderia ter se passado com ele prUprio. 6arlconcordara que não * sempre f"cil en!ergar a realidade durante uma entrevista de emprego e quenão restara outra op ão senão demitir a professora. Tamb*m lembrou a #asper que daquela maneiraacabaram por contratar uma e!celente profissional para substitu'1la. 7conselhara1o at* mesmo ausar todo o seu poder de persuasão para manter Ria no quadro permanente de professores, poishavia gostado muito dela e não notara nenhuma empolga ão na vo& da mo a, quando elamencionara seus planos de via%ar, durante o %antar que tiveram^ %untos.

:a se!ta1feira seguinte, apUs terminar a Fltima aula do dia, Ria dei!ou a classe e subiu aescada em dire ão a seu apartamento, cantarolando bai!inho.

$entira1se bem melhor naquela semana, em rela ão a tudo. 7s horas que passara nacompanhia de Hannah no fim de semana anterior, desabafando seus problemas e ouvindo os s"biosconselhos da amiga, fi&eram1lhe muito bem. Hannah nem mesmo a provocara quando contou sobreo inesperado e m"gico bei%o de #asper. 7penas erguera as sobrancelhas e abrira outra garrafa devinho.

Horas antes, introdu&ira a aula de inicia ão < poesia na classe dos meninos de quator&e anos eeles reagiram com bastante entusiasmo. Houve pouco tempo para uma breve discussão do assunto,mas Ria ficou contente em ver que alguns meninos eram capa&es de recitar alguns poemas esonetos, principalmente os mais populares, que tamb*m eram alguns dos favoritos dela. Essadescoberta a dei!ou muito animada. 7final, não eram apenas matem"tica, esportes e inform"ticaque despertavam o interesse de seus pupilos. $ua surpresa foi ainda maior quando os meninos maisvelhos, praticamente homens, afirmaram que gostariam de ter uma aula inteira sobre poesia.

)ensara que a simples id*ia os faria boce%ar. alar sobre o assunto de sua prefer=ncia forarealmente o modo ideal de encerrar uma semana movimentada, pensou Ria, ao destrancar a porta deseu apartamento. ora um verdadeiro tGnico.

)ouco tempo depois, apUs tomar uma ducha e vestir uma cal a %eans e uma camiseta leve,decidiu fa&er um piquenique no pequeno bosque que ficava locali&ado al*m do campo de cr'quete.

Estava uma tarde agradavelmente quente e Ria resolveu levar um ou dois de seus livros de poesia e come ar a plane%ar as aulas da semana seguinte.

7pro!imando1se da %anela, viu as fileiras formadas pelos meninos em dire ão < porta de

entrada, onde os Gnibus os aguardavam para lev"1los a $alisburA para uma e!cursão ao 5catro.Ria sorriu. 7quela noite seria bastante silenciosa. 6om uma pequena pontada de surpresa,refletiu como se adaptara tão perfeitamente <quela escola, como se sentia necess"ria e indispens"velali. E querida.

7fastando1se, sacudiu a cabe a. 5ria sentir falta de tudo aquilo. 8as crian as, da atmosfera, defa&er parte daquela fam'lia.

7vistou duas sacolas sobre o refrigerador que certamente não haviam sido compradas por ela.7brindo1as, deparou1se com dois pães macios, duas suculentas fatias de presunto e um

pequeno pote com salada temperada e mais dois peda os quentinhos de bolo. Mais uma ve&,6laudia bancara a fada madrinha, pensou agradecida. 7s duas tiveram poucas oportunidades detrocar algumas palavras, mas a governanta parecia saber e!atamente o quanto Ria apreciava comer,

sem precisar ser perguntada ou providenciar algo para si prUpria. Era como se a tivesse acolhidodebai!o de suas asas. Quando dei!asse a escola, pensou enquanto arrumava sua sacola de piquenique, iria lhe comprar um belo presente de agradecimento.

N

Page 40: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 40/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Encheu a garrafa t*rmica com caf* fresco e colocou tudo em uma mochila, incluindo seucaderno e uma caneta. Estava tão animada que poderia at* escrever algumas coisas de sua autoriatamb*m.

8e repente, estacou, fitando o va&io. 9correu1lhe que quase não vira #asper desde o %antar nohotel, durante o qual ele lhe dispensara o mesmo tratamento que reservara para Helen. ora educadoe atencioso, mas nada, al*m disso. Em nenhum momento, trocaram nada que pudesse ser descrito

como um olhar ou um gesto 'ntimo. Era como se aquele bei%o nunca tivesse e!istido. 8e qualquer forma, ele %" havia e!plicado claramente o motivo para tal comportamento. Tinha sentido pena dela,sU isso. Ria deu de ombros. Era Ubvio que #asper tinha se esquecido de tudo completamente.

8eu um longo, profundo suspiro. Era Ubvio que concentrar1se em suas aulas havia lhea%udado a superar os Fltimos dias, a levar tudo com normalidade. )or*m, tentar se convencer de queum dia se esqueceria do momento compartilhado com #asper era perda de tempo.

4evou apenas sete ou oito minutos para alcan ar o bosque. 7comodou1se ao lado de umtronco de "rvore tombado, perfeito para repousar suas coisas, onde o chão estava Fmido e nãoencharcado por completo, e os raios do sol se infiltravam entre as plantas, banhando todo oambiente com lu& frou!a. $e não ficasse inspirada para compor ali, não ficaria inspirada emnenhum outro lugar.

8eitando1se de costas, apoiada nos cotovelos, %ogou a cabe a para tr"s e fechou os olhos por alguns segundos, sentindo uma repentina e!austão. :ão tivera um minuto de descanso entre as aulasdaquele dia, mas era um cansa o pra&eroso.

S 5mporta1se se me %untar a voc=[7 vo& de #asper a arrancou dos devaneios. 8urante o pouco tempo que estava ali, cochilara.7brindo os olhos rapidamente, ergueu1os para se deparar com a figura imponente, quase

encobrindo a lu&. Tra%ava %eans e uma camisa pUlo e se encontrava parado com as mãos enfiadasnos bolsos, estudando1a calmamente.

S Estava inspecionando o campo de cr'quete para a competi ão de amanhã e a vicaminhando nesta dire ão.

$entou1se ao lado dela e olhou ao redor. S 9 fim de tarde est" muito agrad"vel para se ficar em casa e estou feli& por não ter me

%untado < e!cursão ao teatro.Ria se sentou ereta. S iquei na dFvida se ia ou não, mas achei que devia aproveitar esse tempo para trabalhar

um pouco. S Muito nobre de sua parte S disse, sorrindo. S 9h, não estou sendo nobre S retrucou1a. S 9 trabalho a que me refiro * puro pra&er.3ateu de leve na mochila contendo os livros de poesia. S ] sobre a aula de poesia que pretendo dar para a Turma Quatro e pensei que trabalhar

durante algumas horas sem ser incomodada seria muito produtivo. )ercebendo o que acabara de

di&er, levou a mão aos l"bios. S 8esculpe, estava me referindo <s crian as... S )rometo ficar em sil=ncio S disse ele, sorrindo. 7quela era a primeira ve& que

conversavam a sUs, apUs o dia em que ele se desculpara por t=1la bei%ado. Estavam sendo bastanteeducados, para uma ocasião informal. :ada na e!pressão de #asper indicava que pensara naquele bei%o desde então. $urpreendeu1a tamb*m a forma como conseguia soar tão casual. :em ao menosestava corando+

)ara encobrir sua confusão mental, Ria revelou que trou!era um piquenique deliciosofornecido por 6laudia, e propGs, tomando coragem primeiro que o dividissem.

S :a verdade, estava pensando em ir %antar no The 4amb mais tarde S disse ele. S E não * %usto que eu fique sempre comendo a sua comida+

Ele sabia que aceitaria sua oferta. Mas se esfor ava em trat"1la como a qualquer outrofuncion"rio, acreditando que esta era a maneira mais sensata de agir, dei!ando as coisas simples,descomplicadas. :unca lhe daria motivos para crer que fosse algu*m especial.

C

Page 41: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 41/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S Mas tem muita comida S argumentou Ria, abrindo a mochila e retirando de l" o lanche. S ] engra ado S prosseguiu em tom de vo& leve, arrumando a comida em uma toalha no

colo. S :ão ia tra&er tudo que 6laudia dei!ou para mim, era comida demais.Ergueu o olhar para encarar #asper. S Mas parecia estar adivinhando que algu*m iria aparecer.7pUs devorarem os presuntos com a salada que Ria acrescentou cuidadosamente com uma

colher de pl"stico, ela pegou a garrafa t*rmica. S 7cho que o caf* que eu trou!e não o agradar". S Est" com a Fcar e leite. S :ão se preocupe. S E pode comer os dois doces, tamb*m. S 7 Fcar não * meu forte S

respondeu ele, esticando as pernas e a observando morder o bolo e bebericar o caf*.Ria era encantadora, pensou. Havia lhe lan ado um feiti o, do qual seria dif'cil se livrar.4impou a garganta. S 6onte1me sobre a aula de poesia S pediu, não conseguindo atinar em mais nada para

di&er. S 9 que tem em mente[ S 3em, para come ar, pedi aos meninos que trou!essem seus te!tos favoritos e fiquei

surpresa com o conhecimento sobre o assunto que alguns deles demonstraram. S 8isse1lhes que podia escolher qualquer coisa> $haWespeare, poetas da *poca da ?uerra, poesia do absurdo... 9 quequer que lhes^ despertasse o interesse e a imagina ão. S E avisei que terão de ler o material quetrou!erem, para que todos possam desfrutar.

Ria guardou as coisas do piquenique e ficou sentada de %oelhos. S E se houver tempo antes do final do ano letivo, veremos se alguns deles conseguem criar

composi ões prUprias. S 7penas quatro linhas ou algo assim, no estilo em que preferirem. S :adamuito e!agerado.

Ela sorriu para #asper, com os olhos brilhando, e ele lhe sorriu de volta, devagar. 6arl tinhara&ão, ela seria um enorme trunfo para a escola, se permanecesse na equipe.

S :ão espere nada de mim. S )oesia nunca foi o meu forte, mas entendo o poder que elatem de nos cativar e intrigar a todos S disse ele por fim. S Quais são seus favoritos[ S ?ostariade saber S completou.

S 9h, tenho uma lista enorme de favoritos, mas Eli&abeth 3arrett 3ro ning a encabe a S ela retrucou, sem precisar parar para pensar.

S )resumo que saiba algumas de cor[ S 7rriscou ele. S 3em, eu as tenho lido e relido durante toda minha vida. $eguiu1se um sil=ncio que foi

quebrado por #asper. S Recite sua favorita para mim. S (amos ver se consigo apreci"1la tamb*m.)elo menos, falar sobre assuntos escolares estava mantendo um clima bom entre eles, pensou

#asper.Ria prendeu a respira ão e desviou o olhar. S 9h, não quero entedi"1lo S disse ela, esperando que ele abandonasse a id*ia.

Mas isso não aconteceu. S )or favor S insistiu ele. S ?ostaria muito de ouvi1la recitar.3em, depois de falar do assunto com tamanha empolga ão, não poderia se recusar a tanto.7final, por que não[ )ensou ela. 5ria gostar de recitar aquelas palavras outra ve&... )ela

milion*sima ve& em sua vida.8e repente, toda a timide& de Ria desapareceu e, em uma vo& bai!a, por*m firme, recitou uma

poesia romYntica que e!plicava as formas como o autor amava o ob%eto de sua pai!ão. 9 tom gentilde Ria acariciava as palavras, e ao chegar perto do final, ela precisou conter sua prUpria emo ão, aoque sua vo& falhou um pouco, ficando embargada.

Quando finalmente concluiu o te!to, seguiu1se um sil=ncio prolongado.Era Ubvio para #asper que aquele poema em particular tinha significado especial na vida de

Ria. Estudando1lhe a face p"lida e ine!pressiva, sem nenhum sinal de l"grimas nos olhos, tevevontade de envolv=1la em seus bra os e se apossar daqueles l"bios umedecidos, com um bei%o profundo. $uspirou internamente. $eus prUprios sentimentos haviam sido tocados de maneira

-

Page 42: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 42/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

surpreendente pela forma como ela pronunciara aquelas frases de amor.#asper foi o primeiro a falar e quando o fe&, a vo& saiu rouca. S Tinha uma vaga lembran a desse poema, mas nunca me impressionou da forma como

conseguiu ao recit"1lo.Ria girou devagar para encar"1lo e ele soube que durante os momentos em que recitava, ela se

encontrava em outro mundo.

)ermaneceram sentados por mais ou menos meia hora, conversando sobre assuntos gerais,mas o humor de Ria mudara significativamente. E #asper sentia que fora ele o culpado. :ão deveriater pedido para que ela recitasse o poema. Havia se intrometido em sua vida particular e sabia quenão tinha o direito de fa&=1lo.

8e repente, tomou uma decisão. S 9u a, sei que arruinei seus planos de trabalhar esta noite S come ou ele. S Mas preciso

de um drinque e vou lev"1la comigo... Ergueu1se, pu!ando1a consigo.)or um segundo, os corpos dos dois se encostaram. 9 calor que dele emanava a envolvendo

completamente, como uma onda de conforto e seguran a. S Est" bem S concordou Ria, como se não tivesse outra escolha. S 8e qualquer %eito, o sol

%" est" sumindo e não estou disposta a trabalhar mais ho%e.#asper sorriu e ela se inclinou para recolher o que espalhara. Quando se levantou, ele pousou a

mão em sua cintura, para a%ud"1la a se equilibrar no terreno desnivelado. S :ão vamos ao The 4amb esta noite S disse ele. S 8eve estar muito cheio em uma se!ta <

noite. S 6onhe o um lugar bem mais tranqZilo.

CAPÍTU ! !#T!

$entada em uma cadeira de vime antiga, prU!ima < %anela, Ria o observou parado no bar,

fa&endo os pedidos para o %antar. $entia1se aliviada pelo fato de a rela ão entre eles ter voltado aoque era antes. )areciam feli&es e confort"veis um com outro, sem preocupa ões recorrentes.9 Three Horseshoes era um restaurante surpreendentemente antiquado, sem decora ões da

moda, nem mFsica ou maquin"rio moderno. 6om seus assentos de carvalho e um ou dois bancosque foram certamente pegos de uma igre%a, a sensa ão era de estar em uma c"psula do tempo.

)or*m, apesar disso, ou por causa disso, havia fregueses o suficiente para darem ao local umar de lugar confort"vel e apreciado. 5nstintivamente, sabia que devia ser o tipo de ambiente queagradava #asper. :ão possu'a frufrus, mas ele lhe garantira que a comida e a cerve%a eram dee!celente qualidade.

#" tendo comido presunto e sobremesas, Ria não estava com fome e optou por uma pequena por ão de camarões empanados e salada, mas era Ubvio que #asper necessitava de algo mais

substancial.)ouco depois, ele trou!e as bebidas e se sentou no banco oposto ao dela. S 2ma das ra&ões pelas quais gosto de vir de ve& em quando aqui * que os alunos não

freqZentam esse restaurante S disse ele, levando o gargalo da garrafa de cerve%a aos l"bios.Ria desviou o olhar, constrangida com a revela ão. Talve& não dese%asse que os vissem %untos.

8evia gostar de manter discri ão sobre o que fa&ia em suas horas de folga. )ara evitar fofocasdesnecess"rias.

Quando ergueu o olhar enquanto bebia seu vinho branco, Ria descobriu1o encarando1a comum olhar estranho, que a fe& desviar os olhos uma ve& mais.

S 6arl ficou muito interessado no que estarei fa&endo dentro de alguns meses S comentouRia em tom de vo& leve. S Ele me deu o nFmero do celular para que eu pudesse contat"1lo no casode precisar de algum conselho ou de esclarecer alguma dFvida. e& uma pausa. S 7o que pareceseu irmão via%ou muito no per'odo em que esteve ausente.

#asper e!perimentou certa irrita ão. 6arl aprendera como ser oportunista, pensou. 9 irmão

0

Page 43: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 43/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

sabia muito bem que se Ria precisasse de algum conselho não precisava se dirigir a mais ningu*mal*m de #asper Trent, que via%ara muito em sua vida, a negUcios e a turismo. 7fastando a garrafa decerve%a para o lado, inclinou1se, com os cotovelos apoiados na mesa.

S :ão se preocupe em fa&er perguntas a 6arl S disse ele abruptamente. S )osso orient"1lasobre qualquer assunto referente ao mundo civili&ado. e& uma pausa. S 7inda... )retende levar adiante o plano de via%ar[ S :ão mudou de id*ia ou reconsiderou[S 5ndagou de modo casual.

S )or que me pergunta[ S 9h, * que se adaptou tão brilhantemente em $olar Highbridge. S )ensei que quisessemais algum tempo para pensar... Talve& adiar a id*ia, pelo menos.

Ria sentiu uma leve palpita ão de pra&er com o que acabara de ouvir. Era sempre bom ser valori&ada... E especialmente por algu*m como #asper Trent.

Ela se inclinou para frente, tamb*m, e os rostos dos dois ficaram tão prU!imos que ela podiasentir a respira ão de #asper em sua face, de leve. )rovavelmente nunca encontraria outro homemcomo aquele, nem que vivesse at* os cem anos de idade.

Era tão belo+ )ensou impotente, de uma forma que mal podia ser descrita. Embora elaestivesse se esfor ando desesperadamente para conter sua imagina ão, ela estar so&inha com ele afa&ia e!perimentar uma emo ão tão intensa que a entontecia. )or que o caminho dos dois secru&ara[ )erguntou a si mesma. :ão queria se sentir daquela forma em rela ão a um homem... 7qualquer homem... :unca mais. Tentara focar a mente em outras coisas, mas estar tão prU!imadaquele e!emplo de masculinidade britYnica tornava aquilo imposs'vel. 9 mais penoso era ter ci=ncia do quanto inve%ava a mulher que vivia com ele, que obviamente era importante e especial para #asper. 6omo a vida era cruel+ $abia que ela nunca poderia ser especial, embora seussentimentos tentassem iludi1la a ponto de pensar o contr"rio.

)egou o copo outra ve&, sabendo que sua mão estava tr=mula e que #asper percebera. S :ão pretendo mudar meus planos... :o momento S respondeu, na defensiva. S Mas * muito gratificante saber que quer que eu continue em $olar Highbridge no prU!imo

ano.#asper ergueu uma sobrancelha. S oi id*ia de 6arl. S )ara mim, não far" diferen a, %" que estarei longe daqui.Ria caiu na real com um estrondo. 9 que a fi&era pensar que #asper se importava com ela[)isara em um terreno familiar para muitas outras mulheres vulner"veis. Entendendo tudo

errado. Esperando pelo imposs'vel. $eus coment"rios se referiam e!clusivamente < nature&a pr"ticade se dirigir uma escola e em momento algum se desviavam para dese%os, prefer=ncias... 9usentimentos.

9 gar om chegou com os pedidos e, embora o prato de camarões e o molho de alho lhe parecessem bastante apetitosos^ Ria percebeu que perdera o pouco do apetite que lhe restara.

Enquanto observava #asper cortar o suculento fil* malpassado que pedira, teve de encarar aintrag"vel realidade> apai!onara1se outra ve&. Era inFtil negar e o pensamento a fe& se sentir va&ia,

preocupada e... 5rritada. $eus planos de via%ar nada tinham a ver com esp'rito aventureiro, mas simcom a necessidade de fugir de sua vida passada e dos problemas sem solu ão. Mas o que a fi&era pensar que aquilo resolveria alguma coisa[ :ão precisara via%ar da Tan&Ynia a TimbuWtu. 3astara perfa&er o curto tra%eto de 4ondres a Hampshire para saber que de nada adiantaria fugir do amor.

Ele a alcan aria onde quer que este%a. S 9h, antes que me esque a S come ou ela, segurando um dos camarões entre os dedos e o

mergulhando no molho. S alei com #osh sobre a questão do t=nis e ele ficou muito aliviado emuito agradecido.

Ria sorriu. S oi tão doce+ S $enti como se estivesse lhe dando um presente. S E foi e!atamente isso que aconteceu. S 5mportou1se com o problema dele e buscou uma

solu ão S disse #asper, cortando outro peda o de carne e olhando para ela.)ausou o discurso. S 9 pobre menino não est" acostumado a ser tratado com tanta considera ão. S e& com

N

Page 44: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 44/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

que ele se sentisse querido e valori&ado.Ria ergueu o olhar para encar"1lo, imaginando se #asper estava pronto para falar o que sabia

sobre a vida do menino e resolveu arriscar. S 9 que est" acontecendo com #osh[ S )or que foi enviado para o col*gio interno em uma

*poca tão incomum do ano[#asper hesitou apenas por um segundo. 7 não ser que fosse inevit"vel, não costumava

comentar a vida pessoal de seus alunos. 6onte para um e estar" contando para de&. 7 privacidadedevia ser respeitada. Era essa a visão que cultivava em sua f"brica.Mas com Ria 8avidson era diferente. $implesmente sabia que podia confiar na discri ão dela,

e de alguma forma, achava merecido ela ser informada da situa ão de #osh.Ria ouviu a histUria com crescente desYnimo. S 9h, pobre #osh. S 7gora entendo por que ele gosta de permanecer depois da aula e

conversar. S ] um menino muito sens'vel e parece assimilar tudo que lhe digo. S $im. S E sua atitude contribui para a autoconfian a de #osh. #asper pousou o garfo e a

faca e, em seguida, pegou o copo. S 2ma coisa que aprendi no Fltimo ano * como a vida pode ser dif'cil para algumas crian as. S )enso que se decidimos ter filhos eles devem ser prioridade em nossas vidas. S Eles não

pedem para nascer e sua felicidade precisa vir^ primeiro estar acima de tudo. S )ais ego'stas metiram do s*rio.

Ria desviou o olhar por um instante, pegando seu copo. 7s palavras de #asper lhe causaramum arrepio gelado na espinha. 6omo a %ulgaria se soubesse o que acontecera em seu passado[ Masele nunca saberia. 7quele era um segredo que sempre lhe atormentaria a consci=ncia, não importavao quanto Hannah tentasse persuadi1la a parar de se torturar.

)assado um momento de sil=ncio, #asper olhou para ela e, em seguida, para o seu prato va&io. S 9bviamente não estava com tanto apetite quanto eu. S Mas tamb*m, eu recusei aquele

doce apetitoso.Ria e!ibiu um breve sorriso. S 9s camarões estavam Utimos, mas não consigo comer mais.#asper lhe percebeu o olhar perdido mais uma ve&. 7quela e!pressão sempre o afetava. 8e

repente, tomou uma decisão. S Talve& não saiba, mas no prU!imo final de semana * nossa folga do semestre. S 6ome a

na se!ta e se estende at* segunda.e& uma pausa.

S $e não tiver outro compromisso, por que não vem comigo para $omerset[ S ?osto de ter gente por perto e tenho o h"bito de convidar amigos e colegas de trabalho para o chal* de ve& emquando.

Ria quase engasgou com o convite inesperado e engoliu em seco. S E quanto... 7os alunos[

S 9h, sempre ficam por l". S a&endo o que gostam, mas nada de estudos, a não ser queinsistam e nunca vi nenhum insistir. S 2ma ag=ncia que utili&amos h" anos prepara uma variedadede atividades. S 7s equipes domiciliar e esportiva tamb*m ficam a postos para a%udar. S ] umatradi ão muito antiga na escola e as crian as adoram. S #asper bebeu sua cerve%a e se recostou nacadeira. S H" atividades esportivas, e!ibi ão de filmes, churrasco e discoteca. S :ingu*m ficadeslocado ou entediado.

S E nenhum dos alunos vai para casa[ S :ão encora%amos isso, porque o tempo * curto e eles sairiam do ritmo. S E ningu*m

parece querer ir. S Eles não querem dei!ar de aproveitar nada. S 7l*m do mais, parece que d"uma in%e ão de Ynimo nos meninos e todos voltam bem dispostos para a reta final.

Ele terminou a bebida.

S E então[ S ?ostaria de ir comigo para $omerset[ S 5ndagou, sem mais rodeios.Ria permaneceu calada por um longo instante. :ão sabia se aquela era uma boa id*ia. :ãohavia esclarecido se ele tinha uma companheira em casa.

Page 45: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 45/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S 3em... 5sso não seria incGmodo[#asper fran&iu a testa. S )or qu=[ S 6onvidei dois funcion"rios da f"brica tamb*m. S :ão a teria convidado se

fosse um incGmodo. S 7penas achei que uma mudan a de ares lhe faria bem. S $empre me fa& bem S acrescentou, dando de ombros. S Mas dei!o inteiramente a seu crit*rio.

7nsiosa por não parecer descort=s, Ria e!ibiu um breve sorriso. 8e repente, se lembrou que

Hannah iria visitar os pais que moravam ao :orte então ficaria so&inha durante os quatro dias defolga. 7l*m disso, estava curiosa para conhecer o que sabia ser o deslumbrante chal* de #asper e amulher que morava com ele.

S Eu... 7doraria ir. S Muito obrigada por me convidar. S timo. S )artiremos tão logo as aulas terminem na tarde de quinta1feira.#asper dirigia vagarosamente no tra%eto de volta. :ão queria que a noite terminasse. )or*m,

em sil=ncio se questionava se deveria t=1la convidado para ir ao chal*. 7gira em um impulso, masagora se perguntava se seria para o bem dela, como dissera, ou para seu prUprio bem, emborasoubesse a resposta. 8epois, deu de ombros. :o que di&ia respeito ao se!o oposto, constru'ra umaarmadura que lhe permitia se apro!imar apenas at* o ponto em que pudesse voltar atr"s e desfa&er tudo. E todos os homens eram assim, não eram[

7pUs se despedirem, #asper se voltou para acrescentar> S :o caso de eu ter me esquecido de mencionar, coloque uma roupa de banho na mala. S 8ebra certamente manter" a piscina em temperatura agrad"vel, não importa o tempo que

estiver fa&endo.

CAPÍTU ! &!('

Quando estavam prontos para partir na quinta, passava de - h. #asper relanceou o olhar a Ria,

que a%ustava o cinto de seguran a. S Queria ter partido antes, mas h" sempre detalhes importantes de Fltima hora para resolver S %ustificou1o, não querendo comentar que esperara Helen sair. $uspeitas desnecess"rias nãoa%udavam em nada. :ão o a%udavam em nada.

6omo se estivessem na mesma sintonia, Ria girou para encar"1lo. S Helen me disse que a mãe dela est" se sentindo muito bem ultimamente e, portanto, ela

tamb*m aproveitar" esses dias de folga para via%ar com amigos. S Reservaram um grande chal* emum local de f*rias no )a's de ?ales.

#asper ergueu as sobrancelhas. S 5sso * uma novidade. S Espero que se divirtam. S Helen trabalha^ duro e * essencial em

$olar Highbridge. S Merece um pouco de descanso.

Ria esperou um momento em sil=ncio. S :ão falei para onde eu ia. S 7chei melhor S disse Ria, olhando pela %anela do passageiro.

S $im, est" bem.3om1senso era uma e!celente qualidade e Ria o possu'a de sobra, pensou ele. Ele sabia que

ela ficaria calada. Muito melhor para ambos.Eram 0-hNC quando alcan aram a pequena vila alguns quilGmetros al*m de 3ath, onde ficava

o chal*. 9 cora ão de Ria come ou a bater acelerado diante da perspectiva de conhecer acompanheira de #asper. #" formara uma imagem mental de 8ebra. 7lta, loira, impecavelmentemaquiada, bastante segura de si e sofisticada. Tudo o que ela mesma não era.

S 8ebra far" o %antar... Ela sabe que chegaremos tarde S comentou1o, em tom de vo& casual. S $endo assim, não precisaremos comer em um restaurante esta noite.Quase ao mesmo tempo em que fa&ia o coment"rio, #asper acionou a seta esquerda e guiou o

carro vagarosamente por uma trilha coberta de grama, ao final da qual se encontrava uma Fnica

K

Page 46: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 46/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

casa, sem nenhuma outra moradia por perto. S 3em, aqui estamos S anunciou #asper, estacionando o carro. S 7qui * onde recarrego

minhas baterias.Ria dei!ou escapar um suspiro de puro encantamento, enquanto observava a casa. 9 6hal*

4avanda era uma constru ão sUlida, com teto em ti%olos de pedra e chamin*s, indicando a origemantiga. 7 maci a porta dianteira, pintada em a&ul, possu'a uma Fnica aldrava de bron&e. 7s tr=s

%anelas acima, bem como as duas em cada lateral eram guarnecidas de treli a. 9s gramados queladeavam o pequeno caminho de entrada eram bem cuidados, as margens repletas de arbustos e plantas tradicionais. )ara Ria, era como se o chal* tivesse sido arrancado de algum s*culo passado e plantado ali.

S Que lindo lugar+ S 7 elogiou. S :ão * de se admirar que goste de se refugiar aqui.$altando do carro, ele o contornou para abrir a porta do passageiro, sorrindo, enquanto ela

sa'a. S Tenho de admitir que o este%a conhecendo em uma Utima *poca do ano. S 6ercado por

aquelas colinas, pode parecer um pouco desolador no inverno. S Mas nunca me sinto desoladoaqui.

7 porta da frente se abria diretamente para um elegante saguão, imerso em ilumina ão suavevinda de v"rias lumin"rias de mesa espalhadas pelo aposento. #asper se adiantou para abrir outra porta que dava passagem para o interior da casa.

S 7cho que 8ebra não est". S 7 porta estaria aberta. S Mas não tem problema. S 4ogo elaestar" de volta.

#untos, cru&aram um corredor estreito, penetrando em outra sala, al*m da qual ficava um %ardim de inverno. Ria mal conteve uma e!clama ão de admira ão. Era amplo e as portas duplas seabriam para revelar um %ardim espetacular que condu&ia < piscina. 7 ilumina ão discreta formavasombras que se moviam.

Ria se deteve, observando em sil=ncio, sem querer e!agerar nos coment"rios ou fa&=1los demaneira minguada. $abia que #asper Trent era um homem e!tremamente rico e não devia sesurpreender com aquela propriedade rural. )or*m, a visão da mob'lia cara, da decora ão esmerada eda opul=ncia era quase sufocante. $uspirou consigo mesma, confessando em sil=ncio que adorariamorar ali. Era tudo que qualquer pessoa poderia dese%ar.

S (ou pegar nossa bagagem no carro. S $ente1se ou fa a um tour por a'. S ique <vontade. S (olto em um minuto.

Ria vagou pelo %ardim. 9 ar do in'cio de %unho, ainda quente nesta hora da noite, impregnou1lhe as narinas com o aroma das rosas. 7pUs alguns instantes, sentou1se em uma das cadeiras < beirada piscina, dese%ando congelar aquele momento para sempre.

8e repente, uma vo& soou atr"s dela. S 9l".Erguendo1se rapidamente, Ria se viu frente a frente com uma mulher bai!a, rechonchuda,

com cabelos grisalhos emoldurando uma face agrad"vel e franca. S $ou 8ebra. S E voc=, claro, * Ria. Ela sorriu. S #asper pediu para que me apresentasse avoc=. S Ele acabou de receber um telefonema do escritUrio, portanto demorar" alguns minutos.

Ria retribuiu o sorriso, tentando não se mostrar surpresa. :a verdade, estava atGnita. Maisuma ve& incorrera no erro de formar imagens mentais que se mostravam completamenteequivocadas. )or*m, tinha de admitir que e!perimentasse uma imensa sensa ão de al'vio.

S ] um lindo lugar. S 8eve ser maravilhoso viver aqui.8ebra concordou, cru&ando os bra os, aparentemente pronta para entabular uma conversa. S $im, mas não foi sempre desse %eito. S #asper se encarregou de transformar a moradia em

ru'nas que comprou em um verdadeiro ]den. S Quando adquiriu " propriedade, todos se perguntaram o que faria com ela e como ele seria. S :ão precis"vamos nos preocupar. S ] um

vi&inho e!traordin"rio. S Todos gostam muito dele. 7 mulher sorriu. S 9 povo do campo pode ser bastante insular. S :em sempre acolhe os forasteiros. S Quando ele disse que precisava de algu*m para tomar conta do chal* quando estivesse

O

Page 47: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 47/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

ausente, eu me ofereci satisfeita com a oportunidade. S Meu marido se aposentou cedo, tem problemas de cora ão. S Moramos a apenas poucos minutos daqui, então não h" nenhumadificuldade.

e& uma pausa. S Mas #asper não tem estado presente no Fltimo ano, devido ao trabalho na escola. S (oc=

tamb*m trabalha l", certo[ S 7cho que a partir de agosto se estabelecer" aqui outra ve&, mais ou

menos em definitivo. S )ensei que não houvesse vi&inhos por aqui. S 9 lugar parece tão isolado. S 9h, h" sete ou oito chal*s, algumas casas populares e uma fa&enda. S Mas nenhum pode

ser visto daqui. S 7l*m disso, h" um pequeno restaurante, onde #asper se encontra com os vi&inhosquando pode.

7lguns minutos depois, #asper retornou, desligando o telefone celular. S 8esculpe pela demora. S Era do escritUrio. S 7parentemente um pequeno problema que

e!ige minha aten ão. S )ortanto, terei de ir at* l" amanhã de manhã.e& uma careta.

S Que inoc=ncia a minha pensar que poderia usuf ruir alguns dias de pa&.8ebra alternava o olhar entre os dois, surpresa. #asper apenas lhe dissera que traria um de seus

colaboradores que precisava descansar e, por alguma ra&ão, ela presumira ser um homem, e nãoaquela linda e %ovem mulher. $eu vi&inho sabia escolher, quando se tratava de mulheres bonitas.

)or*m, bele&a não era tudo e esperava que ele fosse mais cuidadoso dessa ve&. Mesmo assim,#asper merecia alguns dias de descanso ao lado de algu*m que obviamente gostava e não restavadFvida de que ele gostava de Ria. 8ebra conhecia todos aqueles sinais. :ão nascera ontem.

S 7rrumei os quartos da frente como me pediu S informou ela.#asper fran&iu levemente a testa. S timo. S 9brigado, 8ebra, mas sU precisaremos de um quarto para Ria. S Havia mais

um motivo para o telefonema. S Martin e Heather não poderão vir para o final de semana. S 7cham que estão ficando gripados.e& uma pausa.

S 7 propUsito, como est" 8ave[ S 9h, est" indo, obrigada. S Ele fica bem, contanto que não pegue no pesado.8ebra girou para partir. S 9 %antar est" posto na mesa da co&inha. S :a geladeira, h" tudo de que precisarão para o

caf* da manhã.8epois que 8ebra se retirou, #asper virou1se para a hUspede e disse> S (enha. S 8ei!e1me lhe mostrar o seu quarto.Muito mais tarde, depois de saborearem as suculentas fatias de presunto e os vegetais co&idos

< perfei ão, colhidos da horta de 8ave, #asper e Ria se sentaram no %ardim, com as portas abertas.8esde que desmanchara o relacionamento com $eth, era a primeira ve& que se sentia

completamente < vontade com algu*m do se!o oposto, mesmo que ele fosse seu chefe. :a verdade,era mais que isso, precisava ser honesta e admitir. $entia1se afortunada por poder desfrutar dacompanhia de algu*m como #asper Trent, assim como qualquer mulher em seu lugar se sentiria. Eraatencioso sem ser ba%ulador e aparentemente apreciava sua opinião sobre todos os assuntos sobre osquais conversavam. 7l*m de trat"1la com o m"!imo respeito, o que sob tais circunstYncias, eragratif icante. :o entanto, logo se deu conta de que ele deveria ser assim com todos que convidava para sua suntuosa resid=ncia. :aturalmente, era um anfitrião por e!cel=ncia.

Encontravam1se sentados em lados opostos, acomodados em poltronas acolchoadas, tomandocaf*. )ouco tempo depois, #asper se inclinou para frente para lhe encher a ta a de vinho, mas elaergueu a mão para impedi1lo.

S 6hega de vinho para mim. S #" e!cedi meu limite e não quero acordar com uma

en!aqueca amanhã. S $orriu, se desculpando.#asper bai!ou a garrafa outra ve&. S )ara mim tamb*m basta. S )retendo tomar um banho de piscina mais tarde.

P

Page 48: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 48/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Recostou1se na poltrona, observando1a. Ela fechara os olhos por alguns instantes. 7indaestava usando a cal a %eans e a tFnica verde com as quais via%ara. Retirara as sand"lias de tiras efle!ionava os dedos, satisfeita. 6ompunha uma visão e!tremamente atraente. 6omo " vida podia ser ine!pressiva sem as mulheres+ )rincipalmente as belas.

9 engra ado refletia^ ele * que sempre pensara em 6arl como algu*m indiferente ao charmefeminino, mas depois de testemunhar a anima ão do irmão naquela noite no hotel, não sabia mais se

estava certo em pensar assim. Talve& eles dois não fossem tão diferentes assim, afinal. ran&iu atesta de leve ao lembrar1se de como 6arl se encantara tão descaradamente por Ria. E o fato de ter dei!ado seu telefone com ela era bastante significativo. Muito at'pico da parte dele. 5nclinando1se para frente, colocou seu copo sobre a mesa lateral, e Ria despertou rapidamente, recompondo1se.

S 9h, desculpe1me. S Quase ca' no sono+ S Que grosseiro de minha parte+ S 8isse ela,sentando1se ereta.

#asper ergueu a sobrancelha. S 2ma das ra&ões pelas quais a trou!e at* aqui foi e!atamente para rela!ar, ainda que por

pouco tempo. S ico feli& que %" este%a conseguindo.Ria deu um profundo suspiro. S Estive pensando... :unca morei em nenhum lugar que pudesse chamar de lar. S 6onsidero a resid=ncia de 4ondres apenas a casa da fam'lia. S Quase não a visito e

ningu*m dorme l" por mais de duas noites seguidas. S :o mais, divido apartamentos com amigas.e& uma careta.

S :ão posso imaginar como seria trancar minha porta e saber que estou em um lugar que me pertence. E!ibiu um breve sorriso. S Mas talve&, dentro de mais ou menos um ano, apUs concluir minha viagem, eu retorne < minha p"tria e comece a procurar por um lugar sU meu. S Embora nãov" ser nada parecido com o seu.

$eguiu1se um sil=ncio prolongado e foi #asper quem o interrompeu. S Tem tido not'cias de sua fam'lia ultimamente[Ria foi pega desprevenida pela pergunta e sua e!pressão mudou de imediato. S $im. S Meu pai respondeu a uma mensagem de te!to que lhe enviei. S )arecem estar

muito feli&es. S 9 que * bom para eles.#asper fitou o va&io por algum tempo. Havia uma pungente dure&a na resposta de Ria. 5sso o

recordou de como ela se aborrecera naquela outra noite. $empre soube que Ria 8avidson era umamulher solit"ria emocionalmente que nunca e!perimentara um verdadeiro la o familiar, mastamb*m era uma mulher adulta e todos precisam seguir em frente, se%am quais forem os seus problemas e complica ões pessoais.

)assava da meia1noite e #asper se inclinou para frente. S (ou nadar. S 7 temperatura da piscina est" perfeita e sentir a "gua varrer o cansa o de

nossos corpos por meia hora ser" maravilhoso.Ele se ergueu e lhe estendeu a mão.

S (amos, Ria, isso fa& parte da terapia.Ria aceitou a mão estendida, relutante, at* que sentiu os dedos de #asper se fecharem comfirme&a nos dela, despertando todas as suas termina ões nervosas. :ão pretendia tomar banho de piscina <quela hora, mas por alguma ra&ão o pensamento lhe pareceu e!citante, de sFbito. 2mconvite para nadar era uma cantada cl"ssica. Ela se levantou depressa e sorriu para ele.

S (ou vestir meu tra%e de banho.Quando retornou < piscina, #asper %" se encontrava dentro d "gua. 6ru&ava toda a e!tensão da

piscina com suas bra adas, como se estivesse treinando para as 9limp'adas. Ria se deteve por instantes, observando os movimentos fluidos at* que ele se ergueu, sacudindo a cabe avigorosamente para dispersar a "gua. Em seguida, com bra adas lentas se apro!imou da borda e avarreu com o olhar.

#asper sempre suspeitara que por bai!o daquelas roupas e!istisse uma silhueta perfeita. E nãose decepcionou. 9 biqu'ni preto lhe real ava as curvas, revelando a cintura diminuta e os quadrisarredondados, pelos quais qualquer mulher daria a vida. 9s cabelos estavam protegidos

/

Page 49: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 49/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

parcialmente por uma fai!a de pano preto que servia para real ar a perfeita estrutura Ussea da facedelicada. #asper trincou os dentes. 7quela mulher viera ao mundo unicamente para tent"1lo, pensou.

E ele que se %ulgava imune < tenta ão+ S Entre. S :ão se arrepender".9h, mas Ria %" estava arrependida+ Estar so&inha com ele, naquela noite bastante m"gica,

seminua, era pedir por confusão+ )or*m, agora era tarde demais para voltar atr"s. E pela primeira

ve& na vida, não se importava com as conseqZ=ncias. 7l*m disso, a "gua parecia convidativa.$entando1se cuidadosamente na beirada da piscina, Ria mergulhou os p*s e os fle!ionou por alguns instantes, antes de imergir graciosamente. #asper tinha ra&ão. 7 piscina estava paradis'aca,rela!ante e complacente, pensou, enquanto dava bra adas ritmadas ao lado dele. Era essa a palavrae!ata> complacente. 7 "gua morna era complacente, compreensiva, fa&ia Ria sentir1se leve,flutuante, carregada por uma nuvem invis'vel.

Estacaram prU!imos um do outro. 9s dentes brancos faiscando a meia lu&, quando ele sorriu. S E então[ S 9 que achou[ S Est" gostoso[ S timo S respondeu ela, devolvendo1lhe o sorriso. S 7cho que poderia assinar minha

demissão na escola e ficar aqui para sempre. S :ão h" a menor possibilidade de sua demissão ser aceita S retrucou1o. S icar" l" at*

que eu diga que pode sair. S 7ssinou um contrato, lembra1se[Haviam alcan ado o e!tremo oposto da piscina e perfa&iam o caminho de volta. 8e repente,

#asper não conseguiu mais resistir. 7tirando a discri ão e o bom senso pela %anela, com bra o firme, pu!ou1a contra o corpo antes que Ria pudesse reagir. Mesmo que ela quisesse. )or*m, a Fltimacoisa que ela dese%ava era det=1lo. 7nsiava por sentir aquele corpo contra o dela, sentir amasculinidade ao seu redor, daquela forma memor"vel de tirar o fGlego.

7gora, enquanto ele a abra ava protetoramente e ela mantinha os bra os em torno do seu pesco o, Ria se sentiu girar com leve&a, balan ando a "gua com seus corpos unidos. E quando a boca de #asper e!igiu a dela, pensou que iria derreter at* desaparecer.

:enhum dos dois falou minutos depois, quando, em um momento e!tremamente erUtico, elerecuou por uma fra ão de segundo para lhe tomar os l"bios uma e outra ve& mais. Ria nunca seencontrara em uma situa ão como aquela, em um ato tão lYnguido de fa&er amor. )or*m, #asper certamente tinha bastante pr"tica. Quanta ve& antes fi&era a mesma coisa com mulheres queconvidava para sua casa[ Mas não pensaria naquilo agora. :ão iria estragar aquele momentoe!tasiante. 5ria aproveitar o presente. $entir a del'cia de ser dese%ada por aquele macho alfa,tentadoramente perigoso.

Ria não saberia di&er por quanto tempo permaneceram l", imersos não sU na "gua, mas um nooutro. $eu Fnico pensamento era que a prote ão que e!perimentava envolta na "gua morna e noc'rculo seguro daqueles bra os de algu*m que se importava somente com ela, era a mesma sensa ãode um beb= dentro do Ftero materno.

)or fim, sem di&er uma palavra, se afastaram relutantes, e nadaram at* a margem lateral da

piscina. #asper impulsionou o corpo para cima e saiu, erguendo1se na beirada e estendendo a mão para a%ud"1la. )or uma fra ão de segundo os corpos se colaram, antes de #asper se afastar para buscar as duas toalhas felpudas que trou!era da casa. Envolveu os ombros de Ria com uma delas.

S 7' est" S disse ele em tom de vo& suave. S 8ormir" como um beb= esta noite. S ?aranto1lhe.7marrou a prUpria toalha em volta da cintura e, %untos, entraram na casa. #asper relanceou o

olhar a ela. Ria havia retirado a fai!a da cabe a e os cabelos cascateavam em ondas Fmidas sobre osombros. 7 face ainda pingava "gua e os olhos brilhavam admir"veis. Ele suspirou em sil=ncio,tentando acalmar as batidas do seu cora ão.

S Tenho de trancar a casa S disse ele, desviando o olhar por um segundo, com a mente emdisparada.

:ão queria pedir desculpas mais uma ve& por t=1la bei%ado, porque não estava arrependido.Queria sentir os l"bios de Ria sob os dele, a maneira calorosa com que ela o correspondia.6omo acabara de correspond=1lo. )or que ele deveria, ou melhor, eles deveriam estar

Page 50: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 50/70

Page 51: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 51/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

precisar.

Ria e!ibiu um pequeno sorriso de felicidade. Teria tempo de colocar os pensamentos em perspectiva sem ele por perto. 7ssim, quando ficassem cara a cara outra ve&, poderia se mostrar completamente indiferente, como se nada tivesse acontecido na noite anterior. E era assim que elairia encarar os fatos. 8eus+ #asper não a arrastara < for a para a cama+ 2m bei%o molhado não tinha

importYncia, tinha[ :a longa mesa de madeira, havia um pão preto e manteiga, cereais e uma tigela de frutasfrescas. 2ma boa !'cara de caf* como acompanhamento seria um e!celente come o para seuferiado no 6hal* 4avanda, pensou Ria, ao encaminhar1se a pia para encher a chaleira.

Enquanto perfa&ia os 0 Wm at* o escritUrio da f"brica, #asper não conseguia evitar oaborrecimento consigo mesmo. Que diabos^ dera1lhe na noite anterior para bei%ar Ria de modo tão'ntimo[ Ela devia estar pensando que tivera segundas inten ões em convid"1la ao chal*, o queestava longe da verdade. 7quilo não teria acontecido de %eito nenhum se seus outros convidadosestivessem presentes.

Enquanto desacelerava para fa&er uma ultrapassagem, um sorriso obl'quo lhe ergueu os cantosdos l"bios ao recordar a rea ão de Ria. Ela não o havia e!atamente repelido. :a verdade, fora ocalor da resposta de Ria que o encora%ara a continuar. Mas talve& estivesse se sentindo na obriga ãode corresponder e o pensamento o fe& se encolher. Mordeu os l"bios. Ela não pedira para vir at*$omerset com ele, era sua convidada em sua casa remota e seria dif'cil para ela fa&er algumaob%e ão sob tais circunstYncias. 8ese%ava poder girar o relUgio ao contr"rio e voltar no tempo para bloquear o impulso que o levara a agir daquela maneira. Mas ainda assim... 7quele fora um dosmelhores momentos de sua vida+

7pUs tomar o caf* da manhã, Ria voltou ao quarto para pegar o livro que estava lendo. 7manhã estava calma e quente, ideal para se deitar em uma das espregui adeiras < beira da piscina.

Esperava que #asper não retornasse tão cedo. 5ria gostar de ficar so&inha naquele lugar maravilhoso.

#asper havia lhe designado o melhor quarto da casa, pensou, enquanto a%eitava os travesseirose o edredom sobre a cama. 8ecorado em tons suaves de lil"s e rosa, com uma bela mob'lia.

8iferente dos demais, distintamente masculini&ados, ao que pudera perceber em seu tour .7quele era o quarto reservado para hUspedes do se!o feminino, pensou. E estrategicamente

prU!imo do que ele ocupava.)or fim, Ria decidiu dar um passeio pelo %ardim. 7o abrir o pequeno portão que o separava do

p"tio, foi surpreendida por uma vastidão de plantas coloridas e gramado. 8eteve1se por algumtempo inspirando a mir'ade de fragrYncias pairando no suntuoso ar matinal.

Quando come ou a subir cautelosamente pelo estreito caminho que cortava a folhagem, umavo& masculina interrompeu sua odiss*ia por esse mini para'so.

S 3om dia S disse o homem.

Tra%ava um macacão e usava um grande chap*u para proteger1se do sol. 7 face bron&eada seabriu em um sorriso ao se apro!imar de Ria. S $ou 8ave, o marido de 8ebra. S 9l" S respondeu ela, depressa. S $ou Ria. S $im, minha esposa me avisou que talve& a encontrasse por aqui.Ria fe& um gesto com a mão que englobava o imenso %ardim. S Estou fascinada com isso tudo. S ] tão diferente, interessante e... Tão lindo+ S ] tudo

resultado de seu trabalho[9 homem negou com um gesto de cabe a. S :ão e!atamente. S $ou eu que fa o a maior parte do trabalho, mas quando não estou me

sentindo bem, #asper chama outros %ardineiros para a%udar. S Ele não me pressiona a nada, mas

sabe que pode confiar o chal* a mim, principalmente quando não est" por perto.Retirou o chap*u e limpou o suor da testa com o dorso da mão, admirando tamb*m o cen"rioao redor.

K-

Page 52: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 52/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S #asper * o c*rebro por tr"s de toda a opera ão. S E não foi nada f"cil, posso lhe di&er. S Ergueu o chal* praticamente do nada. S E trabalhou muito nesse %ardim. S )rovidenciou

uma escavadeira de pequeno porte, nivelou e limpou a terra. S oi incans"vel. S Tem estadoafastado por causa do col*gio, mas retornar" em breve.

Ria não conseguiu conter a surpresa diante das palavras de 8ave. #asper Trent era um homemde muitas facetas, pensou^ todas o levando < perfei ão. Tinha uma visão para o seu lar e trabalhou

nela com afinco. E obviamente era tido em alta conta por 8ebra e 8ave. 9 )r'ncipe Encantado^ pensou ela com amargura.8ave se desculpou, di&endo que tinha muito trabalho e que as plantas precisavam dele,

seguindo para uma pequena parte do %ardim. 7ntes de ir < piscina, Ria decidiu se detiver por instantes em um banco rFstico que vira prU!imo < cerca de arbustos de lavanda. $entando1se,inclinou a cabe a para tr"s, fechou os olhos e dei!ou o perfume floral lhe penetrar as narinas.

E!istiria algum lugar no mundo que se comparasse <quele[ )rovavelmente não... Mas haveriaoutras coisas que tamb*m lhe dariam pra&er. $ua estadia ali era tempor"ria e em breve seria passado, se apagando gradualmente de sua memUria.

8e repente, seus olhos que acabavam de se abrir captaram algo faiscando no solo, por umsegundo. Ria se ergueu do banco, agachou1se e tirou da terra um anel de ouro, e!aminando1o na palma da mão, curiosa. Retirou um len o de papel do bolso e o limpou com delicade&a, dandotamb*m uma leve assoprada sobre a %Uia, at* retirar toda a terra e su%eira que encobria seu brilho.

Reclinada, estudou o ob%eto que segurava. Era a alian a de casamento de algu*m. 2maalian a pesada e cara. ran&iu a testa. 7 quem pertencera[ Talve& a uma mulher sem sorte que perdera esse precioso s'mbolo de afeto h" muito tempo e o procurava at* ho%e[

Erguendo1se, estava a ponto de mostrar o anel para 8ave, quando #asper abriu o portão quedava para o %ardim e se apro!imou. Tra%ava cal a %eans e uma camisa com o colarinho aberto. 9scabelos negros brilhavam como o *bano < lu& do sol. $entindo o cora ão perder uma batida diantedaquela visão e sem pensar no que estava fa&endo, Ria enfiou a alian a no bolso.

$entiu o sangue lhe subir < face. 6omo iria cumprimentar o patrão aquela manhã[ 5ndagou1se,desesperada. 8evia esquecer o que se passara entre os dois na piscina[ 3em, na verdade, sim...)rometera a si mesma que era e!atamente isso o que faria. 7gora que ele se apro!imava, aresolu ão estava se esvaindo.

6om uma das mãos casualmente enfiada no bolso, #asper estacou ao lado dela. S 8esculpe ter de me ausentar. S Mas pensei que se fosse logo, não atrapalharia o resto do

dia.Ria sorriu ao encar"1lo. S :ão tem importYncia. S 9cupei muito bem meu tempo. S 6onseguiu solucionar o...

)roblema[ S 9h, sim, obrigado. S :ão era nada importante, embora e!igisse minha presen a.Ria estava ador"vel naquela manhã, pensou ele, impotente. (estida com cal a comprida de

linho branco, uma camiseta cor de mel e os cabelos soltos caindo sobre um dos ombros. )arecia uml'rio perfeito, combinando naturalmente com os arbustos altos e as rosas de cheiro adocicado. Maisuma ve& a compulsão de inflam"1la de dese%o e a possuir o envolveu. Mas não havia a menor chance de tomar tal iniciativa. :a noite anterior se e!cedera e se precipitara. )erdeu o senso deoportunidade, que normalmente era afiado. $uspirando, tentou manter a e!pressão indiferente eesconder seus sentimentos.

S :ão precisava se preocupar comigo, estive rela!ando, passando o tempo e conversandocom 8ave. S Ele me contou como voc= desenhou este %ardim e trabalhou nele S disse Ria,mantendo um tom descontra'do de vo&.

7pesar de conseguir manter a compostura no e!terior, o cora ão de Ria martelava em sue peito. 6omo conseguiria sobreviver <quele resto de feriado[

)or alguma ra&ão desconhecida, não mencionou que encontrou a alian a. 6ontaria mais tarde,decidiu ela. S (ou trocar algumas palavras com 8ave. S E então, almo aremos. S 8ebra nos dei!ou

K0

Page 53: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 53/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

tudo de que precisamos.$entindo1se quase desfalecer pelas emo ões suprimidas, Ria retornou ao chal*. (ira o frango

assado e a travessa de salada na geladeira horas antes. 9cupar1se colocando a mesa a a%udaria aacalmar os nervos. E foi isso mesmo o que aconteceu. Quando #asper se %untou a ela na co&inha,sentia1se tão fria quanto o pepino que estava fatiando. Ergueu os olhos para encar"1lo.

S Estou < vontade. S 6omo voc= mesmo me aconselhou.

#asper concordou com um breve aceno de cabe a. S ] assim que quero que todos os meus convidados se sintam S retrucou1o.$im, pensou ela. Era e!atamente o que representava ho%e. 2ma convidada. :ão a convidada

especial que sentiu o impacto dos l"bios dele na noite anterior. :aquela manhã, #asper não davasinais de que sequer se recordava do ocorrido.

S )ode preparar o molho da salada[ S 5ndagou Ria, em tom de vo& casual, sem dirigir1lhe oolhar.

#asper ergueu as sobrancelhas, com ares de dFvida. S )rovavelmente, se me orientar. S :ecessitar" de vinagre, a&eite, alho, se tiver algum. S 2m pouco de sal, pimenta do reino,

um pouco de suco de laran%a ou mel.$U então Ria lhe dirigiu o olhar. S Misture todos esses ingredientes S prosseguiu em seu tom mais professoral. S E depois

prove para ver se est" faltando algo.)or de& segundos completos, os dois se mediram com o olhar em sil=ncio, como dois

bo!eadores em um ringue, sem saber o que di&er ou fa&er, na visão de Ria.E então, o momento passou e Ria se encaminhou ao refrigerador. Ele podia não saber muito

sobre a prepara ão de molho para a salada, mas ela tinha certe&a de que ele saberia destrinchar umfrango.

Enquanto desfrutavam da refei ão, pareceu rid'culo para Ria que conseguissem conversar trivialidades. 7pUs um episUdio importante como o da noite anterior era normal que o casal odiscutisse, o analisasse. 7 cada segundo se tornava mais Ubvio que #asper havia esquecidototalmente daquele bei%o. Embora o houvesse surpreendido uma ou duas ve&es encarando1a comaquele rosto formidavelmente lindo, de uma forma que lhe fa&ia as faces arderem.

Enquanto limpavam seus pratos, a uma consider"vel distYncia um do outro, #asper propGslev"1la em um passeio pelas redonde&as, a menos que ela preferisse ficar na piscina.

S ] uma pena que Martin e Heather não tenham podido vir. S 7ssim, ter" que se contentar apenas comigo como companhia.

Ria terminou de limpar a bancada da co&inha com um pano e lhe dirigiu o olhar. S 7doraria caminhar. S ?osto de perambular sem destino esperando descobrir algo

inesperado no caminho.#asper se encaminhou < porta.

S Então vamos apenas perambular. S $ei e!atamente por onde come ar S declarou,casualmente.Mais tarde, quando come aram a caminhar sobre o solo irregular dos caminhos e campos

ad%acentes, Ria repreendeu1se em sil=ncio. Esquecera1se de trocar as sand"lias que estava usando pelos t=nis que sempre utili&ava para aquele tipo de e!erc'cio, mas nada a faria pedir a #asper quevoltassem. )elo menos, as sand"lias não tinham muito salto, então ficaria bem, pensou esperan osa.

6ontanto que o solo não ficasse mais irregular do que %" estava.Estava muito ciente do fato de ela e #asper não terem se tocado desde o episUdio da noite

anterior. :em ao menos esbarrado um no outro. 7quela era a e!peri=ncia mais estranha de toda suavida, pensou, suspirando profundamente. 8e nada adiantava ficar se focando no que acontecera.

Tinha de rela!ar e aproveitar aquele momento, dar uma folga para si mesma.

6aminharam^ lado a lado devagar, em sil=ncio cFmplice, para o al'vio de Ria, at* que #asper resolveu quebr"1lo. S $e transpusermos essa colina, chegaremos a um cUrrego tranqZilo. S 7lgu*m construiu

KN

Page 54: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 54/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

uma esp*cie de ponte sobre ele a partir de um tronco de "rvore. S )ode sentar1se e imergir os p*sna "gua se quiser.

#asper subiu a inclina ão com facilidade e aguardou que ela o seguisse. Quando Ria estava a ponto de completar o percurso, uma das tiras da sand"lia se prendeu em algo, fa&endo1a sedesequilibrar e ir de encontro aos bra os nus estendidos de #asper, que conseguiram evitar a queda.

$egurando1a apertado contra o corpo, ele a ergueu e olhou para os seus p*s.

S (oc= se machucou[ S )erguntou com a vo& repentinamente s*ria. S Est" tudo bem[Ria se sentia tão rid'cula+ 8evia ter voltado para cal ar os t=nis, pensou irritada. S $im, estou bem, obrigada. S Quem sofreu o pre%u'&o foi minha sand"lia S respondeu,

afastando1se.E a Fnica sensa ão que e!perimentava era uma palpita ão por ter sido abra ada mais uma ve&

por seu anfitrião, ainda que houvesse sido em um ato de socorro.6ontinuaram a caminhar e mais adiante ouviram o barulho da "gua do cUrrego. S 7h, Utimo. S Est" deserto. S Temia que encontr"ssemos uma multidão de crian as

brincando na "gua. S Estarão todos aqui nas f*rias escolares.6hegaram < margem e #asper seguiu em frente para testar a firme&a da ponte a que se referira.Em seguida, dirigiu1se a ela, estendendo1lhe a mão. S Est" Utima. S (enha.8ei!ando as sand"lias na margem, Ria se apro!imou cautelosa, permitindo que os dedos

fortes segurassem os dela, enquanto se acomodava ao lado de #asper. 7 "gua estava deliciosamentefria contra seus p*s descal os. Ela inclinou a cabe a para tr"s, em contentamento.

S 5sso *... ant"stico+Estavam sentados bem prU!imos um do outro e Ria podia sentir a musculatura sUlida da co!a

de #asper contra a dela. Engolindo em seco, ela lhe dirigiu o olhar. S :ão vai imergir o p* na "gua[ S 7 indagou, percebendo que #asper não retirara os t=nis. S :ão. S 8epois de considera ão cuidadosa, optei por não fa&=1lo. S )refiro tomar um

banho de piscina mais tarde.7 simples men ão < piscina fe& Ria quase perder o equil'brio. $eria capa& de acompanh"1lo[E!por1se a tamanho perigo[ 8e repente, Ria se lembrou de algo. S 9h, esqueci de lhe mostrar isto S disse, esperando que sua vo& não parecesse tão estranha

a ele quanto soava aos seus ouvidos.Enfiando a mão no bolso, retirou de l" o len o com a alian a S Encontrei no %ardim esta manhã.$em di&er uma palavra, #asper lhe retirou o anel da mão e o segurou entre o dedo indicador e

o polegar, girando1o e o estudando. Ria percebeu a e!pressão dele se tornar sombria. S 7cho que * muito valioso S acrescentou, observando a %Uia na mão de #asper. S E de grande valor sentimental. S 5maginei de quem poderia ser. S 7lgu*m deve estar

arrasado de t=1lo perdido...2m som gutural se formou na garganta de #asper, enquanto ele apertava a alian a na palma damão.

S 9h, não desperdice seus ternos pensamentos com isto S retrucou1o com vo& rude. S :enhuma l"grima foi derramada por causa deste anel.Ria o encarou confusa. S 6omo assim[ S $abe a quem pertenceu[ S 9h, sim, sei S respondeu com cinismo, apUs um segundo de sil=ncio. S oi o anel que

dei < minha esposa no dia do nosso casamento.

CAPÍTU ! !&)'

K

Page 55: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 55/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Ria desviou o olhar, ciente de que não sU trope ara sobre aquele anel como tamb*m sobreuma parte claramente privada de #asper, embora tivesse de admitir a surpresa que sentira em saber que ele fora casado. 6ertamente nunca mencionara ter tido uma esposa e Ria imaginara que ele preferia uma vida sem esse tipo de compromisso.

$uspirou, sentindo1se frustrada. 7 atmosfera leve que os envolvia h" pouco havia se dissipado por completo. Relanceou o olhar a #asper e percebeu a tensão que lhe contra'a a mand'bula.

$eu final de semana de rela!amento estava em vias de se tornar uma e!peri=ncia repleta detraumas emocionais imprevistos. )or*m, um dos dois tinha de se manifestar, pensou, limpando agarganta.

S :ão sabia que foi ca... 6asado S disse, com vo& tr=mula. S :ão * um assunto que valha a pena mencionar. S elicitA foi minha esposa por cem dias. S 6omo 7na 3olena S acrescentou, torcendo os l"bios. S )or acaso não encontrou o anel de noivado que dei a ela[ S :ão, claro que não. S elicitA o trocaria por um punhado de dinheiro, embora não possa entender por que dei!ou

este para tr"s. S :ão * t'pico de ela ter %ulgado mal o seu valor. S Teria lucrado uma grana.#asper fitou a alian a por mais alguns instantes, antes de abrir a mão e ambos observarem o

anel mergulhar nas "guas gorgole%antes. )or alguma ra&ão que lhe fugia ao entendimento, Riadese%ou cair em prantos. Era algo triste de se testemunhar. 9 que poderia ter se passado para queaquele anel, aquele s'mbolo de promessa, acabar na terra e na lama[

7ssistir aquele dram"tico ato de finali&a ão a fe& se sentir e!tremamente constrangida. Elanão queria estar ali+ $abia que #asper não lhe contaria os detalhes de seu passado e ela tamb*m nãodese%ava saber. )or*m, em apenas alguns instantes, todo o clima de companheirismo que haviam partilhado penetrara em um territUrio frio e proibido.

#asper lhe relanceou o olhar. S 7lguma ve& pensou em se casar[ S 7lguma ve& perdeu completamente todo o bom

senso[7 pergunta não lhe fora feita em tom sereno e Ria resolveu responder < altura. S :ão.Mas teria pensado se as coisas tivessem sido diferentes. $e $eth fosse diferente. S 8isse1lhe que pretendo via%ar, e!pandir meus hori&ontes, desfrutar do que o mundo pode

oferecer e * melhor fa&er isso so&inha, sem ningu*m que me impe a. :enhum dos dois falou nos instantes que se seguiram, ambos com o olhar nos movimentos da

"gua, como se estes tivessem o poder de resolver todos os problemas da vida. S )ensei em convidar alguns amigos para %antar e tomar um banho de piscina S disse ele,

por fim. S )edirei a 8ebra que traga o necess"rio para fa&ermos um churrasco. S Ela e 8ave podem

se %untar a nUs, se quiserem.Mais do que nunca, ele sabia que tinha de manter distYncia de Ria 8avidson. :ão sU para o

bem dela, mas tamb*m para o seu prUprio. Estava completamente apai!onado por aquela mulher.6omo permitira que aquilo acontecesse[ )or*m, o destino feli&mente interferira, fa&endo comque Ria encontrasse a alian a. 7quilo o trou!era de volta < realidade. :unca mais se tornariavulner"vel ao charme de uma mulher. 2ma ve& era o suficiente. 8essa ve&, abandonaria o navio,antes que fosse tarde demais.

Ria girou a cabe a lentamente para encar"1lo. 7inda bem que não teriam de ficar so&inhosnaquela noite, pensou. Embora fosse Ubvio que #asper tivesse esquecido completamente que a bei%ara em meio <s sombras da piscina, aquilo não lhe sa'ra da mente nem por um segundo. Ela %amais se esqueceria. Era perigoso estar perto dele, ser tocada por ele, ainda que casualmente.

Engoliu em seco. :o dia seguinte, inventaria uma dor de cabe a e passaria horas em seuquarto. 8epois, sU restaria domingo, antes de fa&erem as malas na segunda1feira pela manhã para

retornarem < escola. Retornarem < seguran a. Retornarem < sanidade.Muito tempo depois, enquanto Ria se preparava para dormir, teve de admitir que o restante dodia fora bastante divertido. 9s amigos de #asper, entre os quais alguns funcion"rios da f"brica e

KK

Page 56: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 56/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

alguns de seus vi&inhos, formaram um grupo animado e estimulante, e!celentes companhias paranadar e conversar < beira da piscina.

#asper se encarregara do churrasco, com a a%uda de 8ave. E a comida comprada por 8ebra,lingZi as e bifes generosos, estava de dar "gua na boca. Ria se surpreendera pela rapide& com querela!ara e dei!ara de se sentir uma estranha no ninho. )or*m, não podia esquecer, que apUs ser apresentada a todos do grupo, ela e #asper não trocaram uma sU palavra durante toda a noite.

Embora não pensasse que ele a estava evitando, percebeu que não lhe dedicara nenhumaaten ão especial. Ria deu de ombros. E por que deveria[ 6ertamente, não queria dar a impressãoerrada sobre o motivo pelo qual ela estava ali. 7presentara1a meramente como uma colega, semmencionar que era sua funcion"ria, o que fora delicado da parte dele. Mas todos saberiam que eleera seu chefe. :ingu*m imaginaria que ela era algu*m especial. Era apenas mais uma em meio <enormidade de suas ami&ades femininas.

9bservando, pensativa, o prUprio refle!o no espelho, recordou1se do momento em que eleestava preparando a comida. 7s labaredas iluminavam os seus belos tra os, fa&endo sua testa largatranspirar. Ele e!alava concentra ão na tarefa. E durante todo o tempo, conversava e fa&ia grace%oscom seus convidados, que gostavam muito dele, como Ria pGde notar.

Mas houve um instante, que não durou mais do que um segundo, em que o olhar de #asper procurara o dela, antes de se desviar. Ela se comportara como uma convidada educada e agradecida,sendo cautelosa em não emitir qualquer rea ão, optando por agir com casualidade.

)or*m, conversara animadamente com os demais convidados, que se mostraram bastantesinteressados em sua carreira e especialmente na viagem que faria dentro de algumas semanas.

S )ara onde voc= pretende ir primeiro[ S 7lgu*m lhe perguntou, assim que #asper seapro!imara, tra&endo mais vinho.

Ela respondeu depressa> S 7inda não tenho certe&a. S (ou falar com agentes de viagem assim que o per'odo letivo

terminar e dei!ar tudo por conta deles. S $ei que saberão o que fa&er com uma andarilhaine!periente como eu S disse, sorrindo, sem olhar para #asper.

Quando um dos convidados lhe perguntara se iria via%ar so&inha e ela respondera que sim,impressionada novamente com a id*ia de que teria coragem para fa&er isso. #asper limpara agarganta e deliberadamente mudara de assunto, indagando sobre o estado de saFde da mãe de umdos funcion"rios que havia sido recentemente submetida a uma cirurgia.

:a manhã seguinte, Ria acordou <s OhNC, como de costume, e permaneceu deitada por algunsinstantes, fitando o teto e imaginando o que #asper plane%ara para aquele dia. 9 final de semana em$omerset estava sendo bem mais divertido do que esperara. $entia1se otimista e revigorada. :ãoqueria mais ficar deitada na cama. 7 id*ia da fict'cia dor de cabe a fora completamente esquecida.

7pUs tomar uma ducha, optou por um vestido de verão cin&a perolado e acinturado de al aslargas, cu%a saia %usta lhe chegava < altura do %oelho, valori&ando1lhe as pernas esbeltas.

6omo era Ubvio que aquele seria outro dia quente, prendeu os cabelos no topo da cabe a com

uma presilha florida. 6al ou sand"lias brilhantes e desceu a escada em sil=ncio.Mal chegou ao sop*, ouviu algu*m mergulhar na piscina. $U poderia ser #asper, pensou,encaminhando1se ao %ardim de inverno e mais adiante ao p"tio.

#asper se encontrava na parte mais funda da piscina, com os bra os esticados < frente do corpoao se preparar para dar impulso. Estava usando uma sunga preta e o corpo bron&eado brilhava " lu&do sol. 9s cabelos negros molhados e grudados < cabe a. Ria observou, fascinada, a estruturamuscular se curvar, quando #asper imergiu em um r"pido mergulho e nadou submerso commovimentos fluidos at* o e!tremo oposto da piscina. Em seguida, girou o corpo ainda sob a "gua eretornou ao lugar onde ela estava erguendo o olhar para encar"1la.

Ria tinha uma apar=ncia divina, pensou ele, impotente diante de tal visão. Tudo que dese%avaera empurr"1la para dentro da piscina, completamente vestida, e tom"1la nos bra os, mas sabia que

aquela não era uma boa id*ia+ S :ão quer se %untar a mim[ S 5ndagou hesitante. S 7 "gua est" perfeita ho%e.Ria sorriu.

KO

Page 57: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 57/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S :ão, ho%e, não.6omo poderia di&er que nunca mais se arriscaria a entrar em uma piscina so&inha com ele,

que queria manter a e!tasiante lembran a da outra noite imperturb"vel[ S Est" bem. S Estou aqui h" algum tempo. S Tamb*m vou sair. e& uma pausa. S Estive

imaginando se não gostaria de passear por 3ath esta manhã. S #" esteve l"[ S 2ma ve&, durante uma e!cursão escolar aos 3anhos Romanos. Ria e!ibiu um sorriso.

S Mas isso foi h" muito tempo e adoraria voltar l" S acrescentou.7pUs tomarem o caf* da manhã, partiram no carro de #asper. Enquanto cru&avam as estradasestreitas, ele lhe dirigiu o olhar.

S H" muita coisa que podemos ver e fa&er l". S )refere um tour histUrico, arquitetGnico, um pregui oso passeio de barco pelo rio ou apenas se sentar para tomar um caf* e ver a vida passar[

Ria sorriu novamente, sem encar"1lo. S Todas as op ões.)or que se preocupara em como transcorreria o restante do final de semana[ 9s pequenos

dramas emocionais de cada um pareciam esquecidos. Era Ubvio que ele esquecera completamente o bei%o que trocaram na piscina, assim como o episUdio da alian a. (oltara a ser apenas sua hUspede e#asper estava simplesmente empenhado em fa&er com que ela aproveitasse ao m"!imo o final desemana rela!ante e agrad"vel que plane%ara para ela. Em breve, retornariam a $olar Highbridge etudo voltaria a ser como antes> as responsabilidades de concluir o ano letivo com sucesso e tamb*ma e!pectativa de #asper em devolver o cargo ao seu irmão.

4ogo alcan aram as estradas de @iltshire que levariam < cidade. Quando passaram por uma placa na qual estava escrito \6hippenham\, #asper a informou de que era l" que estava situada a suaf"brica.

S $er" estranho voltar a trabalhar a' em tempo integral. S 7cho que vai sentir um pouco de falta da escola S aventurou1se Ria em di&er. S $em dFvida, sentirei muita falta. S $empre pensei que o mundo dos negUcios fosse

dif'cil, um pesadelo <s ve&es, mas se responsabili&ar pelo cuidado dos filhos de outras pessoas *algo bastante comple!o. S :ão * de se admirar que 6arl precisasse de um descanso.

Em breve se %untaram ao tr"fego na entrada de 3ath que se encontrava bastante confuso. S $ei que ho%e * s"bado, mas parece que muita gente teve a mesma id*ia que nUs. S (e%a o

flu!o de carros+ S 9bservou Ria. S :ão importa qual * o dia da semana. S ] sempre assim em qualquer cidade tombada pelo

)atrimGnio HistUrico da Humanidade, imagino eu. S Turistas aos montes+ #asper prosseguiu> S Esta * a colina $olsburA. S 5nspirou um de nossos famosos mFsicos a compor a can ão

homGnima. S Ele ainda vive na região, possui um estFdio de grava ão em 3o!, a pequena vila pelaqual passamos h" alguns minutos.

7pesar da lentidão do trYnsito, não demoraram a chegar ao cora ão da cidade. #asper sabiae!atamente aonde ir e não teve dificuldade em encontrar uma vaga para dei!ar o carro na Rua

Henrietta. S Que lindo parque+ S E!clamou Ria, desviando o olhar para o amplo gramado, onde as pessoas passeavam com seus cachorros.

S 9h, sim. S 7qui h" muitos como este S disse #asper. S 3ath não * composta apenas de pr*dios de pedra e asfalto. #asper encostou o ve'culo.

S Temos quatro horas para e!plorar os locais principais. S Est" pronta[Ria pegou sua bolsa do chão. S )ronta+ S Respondeu, com um sorriso.Era quase meio dia e a atmosfera se tornava muito quente. Ria agradeceu o fato de ter optado

por um vestido leve. Enquanto se mesclavam < horda de pessoas que lotava as ruas, sentiu1seridiculamente orgulhosa de estar em companhia de #asper. Ele estava vestido de modo despo%ado,

com uma cal a comprida na cor creme e uma blusa preta aberta no colarinho. 9s cabelos,recentemente lavados apUs seu mergulho na piscina, caiam soltos sobre a testa, desarrumados osuficiente para lhe conferirem um estilo sa'do de uma capa de revista de moda masculina.

KP

Page 58: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 58/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Era imposs'vel ignorar os olhares cobi osos que as mulheres lhe lan avam.6ome aram, então, a subir uma ladeira e #asper falou> S ] melhor lhe mostrar o famoso RoAal 6rescent primeiro. S 6onhe o tamb*m um ou dois

lugares nas ad%ac=ncias, onde podemos tomar um e!celente caf*. S 8epois voltaremos pela RuaMilsom para visitar as lo%as. 8irigiu o olhar < Ria. S Estou certo de que vai se interessar por elastamb*m.

Ria dei!ou escapar um profundo suspiro. Ele não a pressionava de forma alguma. Estavasendo apenas gentil e atencioso, como certamente seria com algu*m como 8ebra ou com qualquer outro amigo. 7t* aquele momento, não haviam se tocado. :em ao menos acidentalmente.

#asper desviou o olhar para as sand"lias de Ria. S Est" preparada para toda essa caminhada[ S 6ertamente, obrigada. S Essas sand"lias são incr'veis S acrescentou, preferindo omitir o

quanto custaram.Quando entraram no olho do furacão, onde dF&ias de vendedores de rua e!ibiam suas

mercadorias, Ria lhe dirigiu o olhar. S ] verdade que pouco me lembro deste lugar, mas não me recordo de nada disso. S 3ath

pareceu um lugar bem mais calmo, at* mesmo sem gra a, aos meus olhos infantis.#asper concordou, balan ando a cabe a. S 9s tempos certamente mudaram. S 3ath * uma mina de dinheiro agora, como qualquer

outra cidade grande no mundo.Quando passaram por uma ag=ncia de viagens que anunciava pacotes com pre os

promocionais, Ria estacou para observar, desli&ando o olhar pela lista. )or onde come aria[)erguntou a si mesma. )or onde algu*m come aria[Quando ergueu o olhar, percebeu que #asper a observava com olhar curioso. S 9 mundo parece ser um lugar muito grande S comentou1a.Houve um sil=ncio, antes da resposta> S 6ertamente. S E então> S ?ostaria de entrar e pedir algumas informa ões que possam

a%ud"1la em seus planos futuros[ S )oderia pegar alguns folhetos para e!aminar depois. S Tenhocerte&a de que eles t=m v"rios prospectos para algu*m que este%a plane%ando enfrentar odesconhecido, so&inha.

9 modo como #asper pronunciou as Fltimas palavras, atraiu depressa o olhar de Ria. 8erepente, ele voltara a ser seu patrão, o diretor do col*gio, com suas t'picas sugestões sensatas, e seutom de vo& beirara a rispide&.

S )osso entrar e fa&er perguntas por voc= se quiser.Ria não falou nada por um momento, sentindo1se desanimada, de sFbito. Ele fi&era parecer

que estava bastante contente por livrar1se dela, agora. 9 que era bobagem, ela sabia, afinal a id*iade ir embora partira dela mesma.

7 vo& de Ria soou fria ao responder.

S :ão se preocupe. S :ão * um assunto para ser resolvido ho%e. S 7l*m disso, não querocarregar prospectos pelo restante do percurso.Xs quatro horas de que dispunham pareceram voar, enquanto #asper lhe proporcionava um

completo tour pela cidade, apontando os locais histUricos e revelando suas liga ões com pessoasilustres do passado. )assaram alguns minutos na magn'fica 5gre%a 7bbeA, antes de ir para 9range?rove e atravessarem a estrada em dire ão aos #ardins )arade. 8e l", observaram as pessoas abai!o,rela!ando em espregui adeiras. 7o avistar pessoas sentadas <s mesas, tomando ch" servido em bules de prata, Ria e!clamou, enquanto ambos se inclinavam sobre o muro para ver mais de perto>

S 5sso não * maravilhoso[ ' )arece uma cena tirada de um livro antigo+6omo que para provar o que Ria di&ia, uma banda se posicionou em um coreto, tocando

can ões populares.

S 9h, tenho vontade de come ar a dan ar+ S 8isse ela. S Me sinto envergonhada por nunca ter me dado ao trabalho de visitar um lugar como esse antes, na minha prUpria terra. :o mesmo instante, #asper se apro!imou, pousando o bra o casualmente sobre os ombros de

K/

Page 59: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 59/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

Ria. S 9lhe aqueles capetinhas S disse em tom brincalhão, apontando para duas crian as

pequenas que estavam se esmurrando. S :ão devem ter mais do que dois ou tr=s anos de idade S acrescentou, sorrindo. S a&em1me lembrar de mim e do meu irmão, quando *ramos crian as.

S 6ompetindo e discutindo o tempo todo.6ompletamente ciente do calor daquele corpo contra o dela e da forma como ele fechara a

mão de forma possessiva sobre seu ombro, e plenamente atenta ao efeito que isso estava tendosobre ela, Ria não sabia bem o que fa&er. 2m gesto simples por parte de #asper era suficiente paradei!"1la ofegante. 2m tremor de e!cita ão percorria1lhe da cabe a aos p*s, fa&endo com que seus %oelhos amea assem ceder.

)ressentindo instintivamente que Ria se encontrava sob seus encantos, ele desli&ou a mão pelacurva do pesco o delicado e lhe tra ou o contorno do quei!o com um dedo. )or um instante,nenhum dos dois se moveu, apreciando aquele momento de intimidade.

E foi então que #asper Trent soube que para ele tudo estava perdido. :ão era sua culpa, afinalcomo poderia saber que aquela mulher entraria em sua vida[ Ela o conquistara, e não havia nadaque pudesse ser feito a esse respeito. :ão havia nada que ele quisesse fa&er a respeito disso. )orqueamava estar em companhia de Ria, amava olhar para ela, amava observar aqueles olhos cor decaramelos e inteligentes e aqueles doces l"bios. E amava estar em sua cativante presen a. Mas não podia haver um final feli& para eles, pensou, porque em breve, Ria estaria fora de sua vida parasempre. $abia que ela era uma mulher determinada e não mudaria de id*ia facilmente. 7fastou1seum pouco dela.

S 3em, %" que voc= mesma mencionou, h" muitos, muitos outros lugares neste pa's quetalve& voc= deva visitar antes de embarcar em sua grande viagem.

Ria olhou para ele, com os olhos arregalados e confusos. S )or que não adia sua viagem[ S )rosseguiu em um tom de vo& casual. S Trabalhe

conosco por mais um ano, guarde mais dinheiro. S ] %ovem... Tem todo o tempo do mundo.#asper se sentia vil ao di&er aquelas palavras. :ão estava pensando em Ria, e sim em si

mesmo. S Mas por que eu faria isso[ S )erguntou Ria, embora soubesse a resposta.#asper %" dei!ara claro que seria ben*fico para a escola se ela decidisse ficar. Hesitou, antes de

continuar a falar. S 6arl lhe pediu para tentar me convencer a permanecer em $olar Highbridge[ S 6ertamente ter" tempo de encontrar uma substituta adequada.#asper desviou o olhar por um segundo, observando o cen"rio abai!o. Entrevistara duas

candidatas que lhe pareceram se encai!ar no perfil, mas nenhuma o impressionara como Ria o fe&.Ela era a profissional certa para o cargo. Reali&ara um e!celente trabalho e se dera bem com

os alunos, at* mesmo com os mais velhos, que ele temia que pudessem manipul"1la. )or*m, nãoestava pensando na escola ou em 6arl, apenas nele. Ele queria que ela se afastasse centenas ou

milhares de quilGmetros da 5nglaterra... E dele. )recisava ver, se nada mais do que isso, o que odestino plane%ara para ele. Ele precisava de tempo. S $ei que 6arl ficaria muito satisfeito se ficasse S disse #asper em tom de vo& lento,

enquanto ela lhe dirigia um olhar que me!ia com todos os seus sentidos. S E eu tamb*m gostaria que ficasse. S Eu... Humm... Quer di&er, não me agrada a id*ia de

voc= sair pelo mundo^ so&inha. S 7cho que não est" preparada para isso.)or que não lhe di&ia simplesmente a verdade[ Que a dese%ava tão perto dele quanto era

poss'vel dois seres humano estarem[ )or que fa&er rodeios[ )orque temia que ela o re%eitasse[ 9u, por que apesar de ansiar por fa&er amor com Ria, algo que dominara a sua mente quase que durantetodo o fim de semana, o fantasma de elicitA ainda o atormentava[ 9 que queria naquele momentoera um pouco de espa o, para provar a si mesmo que não estava correndo o risco de cometer mais

um enorme erro. 2m erro que poderia dei!"1lo ainda mais ferido e desgastado.7fastando1se dele para pegar um len o de papel na bolsa, Ria evitou propositalmente encar"1lo. :ão queria que aqueles magn*ticos olhos negros penetrassem os dela. Estava tudo muito claro.

K

Page 60: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 60/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

9 fato de #asper lhe pedir para que permanecesse na escola nada tinha a ver com sua preocupa ão com ela, mas sim com dei!ar tudo organi&ado e tranqZilo para o irmão. 4a os desangue sempre prevaleciam.

Mordeu o l"bio, pensativa, por um segundo. $uspeitara de que #asper tivesse algumsentimento, m'nimo que fosse por ela. 7final, o patrão dei!ara aquilo claro o suficiente. Mas issoera um simples resultado de sua rela ão profissional e ela não se lison%eava imaginando que

e!istisse algo al*m. 7ssim que colocasse o p* fora de $olar Highbridge, ele a esqueceria, Ria sabiadisso. 2m homem rico, e!tremamente belo e sedutor como #asper, podia escolher a mulher quequisesse.

)ortanto, não. :ão se dei!aria sedu&ir pelos pedidos dele. #" havia decidido qual seria seu prU!imo passo na vida. 5ria via%ar escapar do passado e da possibilidade de se apro!imar demais doseu patrão. )orque nunca poderia confessar seu passado, especialmente para uma pessoa como#asper Trent. Ela tremia < simples id*ia dele descobrindo o que ocorrera. 6heio de princ'pios,especialmente em rela ão <s crian as, ele nunca seria capa& de compreender.

3em, ele nunca teria a chance de descobrir nada sobre isso. 8entro de tr=s semanas, tudoestaria acabado com $olar Highbridge e com todas as pessoas do col*gio.

CAPÍTU ! D!)'

:o dia seguinte, Ria acordou de fato com dor de cabe a. 9 tempo estivera atipicamentequente durante todo o final de semana, mas sabia que não era apenas aquele o motivo. $entia1seinquieta e confusa, e isso tinha tudo a ver com #asper Trent.

9 dia que passaram em 3ath fora maravilhoso, por*m muito cansativo, pensou, enquanto amente repassava todo o passeio. 7pUs ter permanecido na cidade tempo suficiente para terem um %antar divino, vagaram pelas ruas ainda movimentadas, relutantes em pGr um fim <quele dia. )or*m,

mantiveram claramente certa distYncia f 'sica. #asper não fi&era nenhuma tentativa de lhe segurar amão ou de ficar muito perto dela, e!ceto quando um motoqueiro avan ou o sinal vermelho e quaseos atropelou, enquanto atravessavam a rua, a meio caminho da fai!a de pedestres.

#asper o chamara de idiota e, ao mesmo tempo, em uma fra ão de segundo, enla ara1a pelacintura pu!ando1a contra a lateral do corpo para que ele absorvesse todo o impacto da batida, caso omotoqueiro os tivesse atingido.

Quando, por fim, retornaram ao 6hal* 4avanda, era bem tarde. #asper desistira de tomar o banho de piscina e, ao se despedirem, Ria brincou di&endo que não tinha for as nem para subir asescadas e agradeceu pelo dia e!traordin"rio que tivera.

7rrastando1se para fora da cama, Ria procurou por um analg*sico, antes de se encaminhar ao banheiro para encher um copo com "gua. $eria bom passar algumas horas no quarto ho%e, mas,

primeiro tinha de avisar a #asper que não iria se %untar a ele no caf* da manhã.6onstatou que estava p"lida e abatida, quando analisou seu refle!o no espelho, mas não podiase^ dar ao trabalho de fa&er algo para melhorar a apar=ncia apenas para aparecer na frente de #asper.

Ele teria que encar"1la deste %eito.$em nem ao menos pentear os cabelos, desceu a escada, descal a.#asper estava sentado < mesa da co&inha, sorvendo um gole de caf*. 9s p*s apoiado no

assento oposto ao dele. Quando girou a cabe a na dire ão dela, fran&iu levemente a testa. S 9l"... (oc= est" bem[ S 9 indagou. S Estou com dor de cabe a S disse em tom de desculpas. S )ortanto, não ficarei para o

caf* da manhã S disse ela. S :a verdade, vou ficar em meu quarto por uma ou duas horas, se nãose importar. S 4ogo passar", quando o rem*dio fi&er efeito.

#asper retirou as pernas do banco e se pGs de p*, sorrindo para ela. S $im, fa a isso S disse ele, a e!pressão se suavi&ando ao reparar na apar=ncia abatida de

Ria. S 9 dia de ontem foi maravilhoso, não foi[ S 3em, pelo menos eu achei S acrescentou.

OC

Page 61: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 61/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S oi ador"vel. S E me fe& decidir e!plorar um pouco mais o Reino 2nido. S H" muitoslugares aqui que ainda não conhe o.

#asper se dirigiu < porta. S :a verdade, tenho de fa&er uma visita r"pida ao escritUrio da f"brica. S 7penas por uma

ou duas horas S disse ele. S Quando se recuperar de sua dor de cabe a, provavelmente eu estareide volta.

)ouco tempo depois, deitada na cama, os pensamentos de Ria davam voltas em sua mente,como de costume, chocando1se uns contra os outros, como insetos sem rumo. #asper fora umae!celente companhia no dia anterior, refletiu. Esfor ara1se ao m"!imo para fa&er com que ela sedivertisse durante o passeio.

8epois que dei!aram o carro em um estacionamento 0 horas, dei!aram^ o temposimplesmente passar, parando aqui e ali para descansar e beber algo, e em uma ou duas ocasiões,quando olhara para #asper, se dera conta de algo> 7quele homem se impregnara em sua vida de umaforma que seria e!tremamente doloroso remov=1lo. Mais uma ve& um homem estava tomando contade sua e!ist=ncia, tornando1se indispens"vel para ela. 9 pensamento a fe& abrir os olhosrepentinamente. Embora soubesse com certe&a que #asper tinha muita afei ão por ela, não conheciaa profundidade dos sentimentos dele. $eria apenas mais um homem que colocaria as prUpriasvontades em primeiro lugar[ Essa no ão levou o pensamento de Ria diretamente para $eth e devolta para a realidade. 7lguns homens, bem, homens como $eth, podiam ser tão atenciosos e fa&er parecer que se importam tanto... 7t* que precisassem negar seus prUprios dese%os em nome de outra pessoa. 7final, ele não fora o homem dos seus sonhos[ 2m homem que teria sua lealdade absoluta para o resto da vida[ 7t* que...

E ele tamb*m era bem sucedido nos negUcios, desfrutando dos muitos frutos de seu trabalho.7 compara ão a fe& se sentar na cama em um impulso. Estaria enlouquecendo[ )orque, de

alguma forma, #asper a fe& considerar atrasar seus planos de viagem para lhe satisfa&er os dese%os...9u os dese%os de 6arl. 5mportava de quem fossem[ 9 que importava * que ela come ara a

considerar a possibilidade de mudar os seus prUprios planos pela conveni=ncia de um homem.Ria levou a mão < testa. icar ali remoendo tudo aquilo acabava com qualquer chance de

livrar1se da dor de cabe a. :a verdade, sU a estava piorando. Mas, ao menos, aquelas poucas horasde privacidade, sem distra ões, estavam lhe dando a chance de colocar as coisas em perspectiva.

:ão se dei!e sedu&ir, repreendeu a si mesma. :ão permita que o estonteante #asper Trentinterfira em sua vida. :ão se dei!e levar por seus encantos.

:ão mudaria um detalhe de seus planos apenas para agrad"1lo, ou < sua escola ou ao seuirmão, decidiu. 8essa ve&, colocaria a si mesma, as suas prUprias vontades em primeiro lugar.

6om a cabe a late%ando, decidiu que não adiantava ficar deitada por mais tempo. Talve& um banho frio a%udasse, pensou, enquanto se encaminhava ao toalete.

2ma hora depois, desceu a escada e quase trope ou sobre 8ebra, que entrara pela porta dosfundos.

S 9h... 8ebra... 9l" S disse Ria, genuinamente satisfeita em ver o rosto agrad"vel damulher. S 3om dia, Ria... Humm... Estava subindo para lhe tra&er uma mensagem de #asper S

come ou 8ebra. S 9h... Ele vai se atrasar[ S 5ndagou Ria, imaginando por que o prUprio #asper não lhe

telefonara. S 3em, sim, de fato S retrucou a mulher, seguindo Ria em dire ão ao %ardim de inverno. S #asper me telefonou e pediu para que viesse at* aqui para lhe di&er que ele est" no Hospital

RoAal 2nited. S $ofreu um acidente de carro quando estava a caminho do escritUrio e...7ntes que ela pudesse continuar, Ria lhe segurou o bra o com for a. S 9 que... 9 que aconteceu[ S Ele est" ferido[ S ] muito grave[ S Ria cuspia as palavras.

S 7o que parece, outro carro bateu em sua lateral. S oi tudo o que me disse S 8ebracome ou e Ria a interrompeu, ansiosa. S Mas ele est" gravemente ferido[ S 9 que e!atamente #asper lhe contou[

O-

Page 62: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 62/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S 3em, no momento ele estava sendo e!aminado, querida S disse 8ebra, percebendo a palide& da face de Ria. Ela manteve a vo& calma>

S Mas estava conseguindo falar ao telefone por alguns minutos. S 6ontou1me que recebeuum golpe e est" com algum tipo de ferimento na cabe a...

Ria se dei!ou afundar em uma cadeira, levando a mão < boca, enquanto 8ebra prosseguia> S :ão quis ligar diretamente para voc=, pois achou que pudesse estar dormindo e não queria

acord"1la com uma not'cia dessa nature&a. S 8isse1me que voc= estava com uma forte dor decabe a e que estava descansando.8ebra girou em dire ão < co&inha. S 7gora vou preparar uma boa !'cara de ch" para nUs. S 7cho que estamos precisando de

uma.Mais tarde, sentada no banco traseiro do t"!i que chamara para lev"1la ao hospital, Ria tinha

apenas uma certe&a> o pensamento de que #asper pudesse estar mais gravemente ferido ou ter sidoat* mesmo morto a lan ara em um estado de terror, não apenas por compai!ão humana, mas por queele era o ser humano em particular com quem passara a se importar muito. 9 ser humano pelo qualse apai!onara tão profundamente que parecia at* que iria se afogar. 7quele sentimento, no entanto,não era assustador, como se estivesse se afogando em "guas profundas, era uma sensa ão de estar completamente envolta no calor de um homem que ela sentia que talve& a amasse verdadeiramente,como nunca ningu*m a amara. 7pesar do Ubvio choque pelo acidente que sofrer", sem mencionar ador, tinha se preocupado com ela, re%eitando a id*ia de telefon"1la e perturb"1la.

)orque ela estava com uma dor de cabe a. 2m nU se formou na garganta de Ria.Quando chegou ao $etor de Emerg=ncias e 7cidentes do hospital, foi informada de que #asper

fora encaminhado ao setor de radiografias. $entada na sala de espera, observando enquanto outrosacidentados iam e vinham, Ria uniu as mãos sobre o colo. E se #asper tivesse tido algum danocerebral[ )ensou, aflita. 7t* mesmo um simples galo na cabe a podia ocultar algo mais s*rio.

)or mais estranho que pudesse parecer, sua forte dor de cabe a havia passado por completoagora, ela se deu conta.

S 9l", divertiu1se muito em ?ales[ S 5ndagou a professora.Helen estacou por um instante, balan ando positivamente a cabe a, pensativa.

CAPÍTU ! TR')'

Enquanto permaneciam dentro do carro, a caminho da cidade, Ria disse em tom casual, semdirigir seus olhos aos de #asper>

S 3em, reservei um e!celente hotel em um lugar tranqZilo da costa. S ica mais ou menos aNC Wm daqui. S 6ontratei dois ou tr=s microGnibus para os que quiserem tomar alguns drinques.

?irou a cabe a para encar"1la. S $er" bem divertido, posso garantir, mesmo com um ou dois discursos obrigatUrios na programa ão. S Espero que este%a livre S acrescentou, enquanto acelerava para fa&er umaultrapassagem.

S Quero di&er, espero que possa se programar para estar l".Ria levou alguns instantes para responder. S 9h... Eu espero que possa. S timo. S 7penas avise a Helen que voc= ir". S Ela * a respons"vel por controlar o

nFmero de convidados, reservar^ os lugares e outros detalhes. S 8ei!o tudo isso por conta dela.8epois de alguns instantes, #asper voltou a falar. S $er" estranho para nUs, imagino. S Tanto para mim quanto para 6ar l. S Ele retornando,

eu partindo, em definitivo. S Mas a vida * cheia de t*rminos e recome o, não acha[ S 6arl estar" presente no %antar, certo[ S Questionou Ria. S 9h, sim. S $er" como uma entrega de cargo oficial. S 5rei lhe devolver todas as chaves.

O0

Page 63: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 63/70

Page 64: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 64/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

ele nunca se perdoaria por não ter se empenhado mais.6aso Ria lhe permitisse a%ud"1la, teria ao menos algum tempo a mais ao lado dela, algum

tempo a mais para tentar decifrar aquele relacionamento. )orque eles tinham um relacionamento,disse ele a si mesmo. 8e certo, nenhum dos dois poderia negar tal fato, embora, incrivelmente, otempo que passaram %untos no chal* parecia ter ficado rapidamente esquecido no passado. 6omo senunca tivesse acontecido.

?ra as a 8eus, #asper parecia ter aceitado sua partida de uma ve& por todas, pensou Ria,dirigindo1lhe um sorriso fuga&. S 6laro, seria Utimo. S Talve& possamos pegar alguns prospectos em $alisburA e voc=

poderia me a%udar a entender os %argões.Mais tarde, quando Ria fe& as compras que precisava e tomaram um caf*, os dois voltaram

para pegar o carro. #asper colocou no banco traseiro a grande bolsa com todos os folhetos que pegaram e condu&iu Ria ao assento do carona.

S Esse pequeno material nos tomar" algumas horas para ser analisado S comentou,afivelando o cinto de seguran a.

S 9 que vai fa&er[ S 7pontar para um local no globo como o ponto de partida[ S :ão, vou aceitar que me d= algumas dicas, embora v" inform"1lo sobre os lugares que

sempre tive vontade de conhecer.$eu plano iria funcionar, pensou #asper. 7quele seria um processo demorado. $eriam

necess"rias horas e horas para e!plorar todas as possibilidades. S Que tal ho%e < tarde[ S )erguntou, inocentemente. S Tenho uma ou duas horas livres. S 9h, obrigada, mas Hannah vir" me visitar ho%e. S 9uviu1me falar muito da escola e quer

conhecer meu apartamento. S )rometi1lhe fa&er um %antar, portanto terei de comprar algunssuprimentos ho%e < tarde.

#asper optou propositalmente pelo caminho mais longo at* a escola e durante o tra%eto, aconversa ão flu'a animada. Relanceando o olhar <s fei ões dele, Ria concluiu que %amais gostariade outro homem como gostava de #asper. Em sua mente, ele era o homem perfeito, mas sabia queele nunca poderia ser perfeito para ela. 2m nU de triste&a se formou em sua garganta. )ercebendoque aquele era um momento em que poderia saber mais sobre a vida de #asper, resolveu dar va&ão <curiosidade.

S )or que a alian a de sua esposa foi parar no %ardim[#asper levou alguns segundos para responder. S )or que ela a atirou l" S disse em tom neutro. S 8epois que pus um fim ao nosso curto

casamento.$eguiu1se um longo sil=ncio. Era Ubvio que as recorda ões ainda o feriam. Ria se repreendeu

em seu 'ntimo por ter pu!ado o assunto. 7quilo não era de sua conta. )or*m, instantes depois ele prosseguiu>

S :ão gosto de admitir, mas era completamente apai!onado por elicitA. S :ão sU por sua

bele&a, mas por sua intelig=ncia e pelo que %ulguei ser um senso de negUcios apurado. S Euadmirava tudo nela, por assim di&er. S Ela era dona e gerente de uma ag=ncia de design de modaem 3ath. S 6ostumava via%ar pelo mundo, principalmente para a 7m*rica do :orte a negUcios.

e& nova pausa. S 9 que ela habilmente escondia de mim era que estava com problemas financeiros h"

algum tempo. S 9s negUcios come aram a afundar e elicitA estava a ponto de perder tudo. S )or*m, eu não sabia que ela esperava que eu a financiasse por um futuro prU!imo. S Ela

escondeu tudo de mim at* depois de nosso casamento. S $eu pior erro foi me esconder suasitua ão financeira. S 2ma mentira dessa magnitude não serve como base para nenhum casamentoe se tem algo que não tolero * a mentira. S Quando ela confessou tudo em nossa noite de nFpcias,fiquei sem saber o que di&er.

#asper se calou, por alguns segundos. S Mas se achei a not'cia surpreendente, o pior estava por vir. S ui informado de queelicitA acreditava piamente no amor livre, sem restri ões. S Que achava que o relacionamento

O

Page 65: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 65/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

monogYmico estava fadado ao insucesso e, portanto, dever'amos nos sentir livres para termos casose!tracon%ugais sem nos sentirmos culpados por isso.

Reme!eu1se irritado no banco do carro, ao lembrar1se do que narrava. S oi então que percebi que havia cometido o pior erro de minha vida.Ria se encontrava completamente sem palavras. #asper estava desnudando a alma e se sentia

privilegiada por saber pelo que ele passara. Momentos depois, #asper girou abruptamente o volante,

tomando um atalho que levava a uma colina, da qual se descortinava uma vista deslumbrante. S 7chei que iria gostar deste lugar S disse #asper em tom de vo& casual. S :ão h" por quenos apressarmos em voltar, certo[

S :ão, acho que não S replicou Ria, sem lhe dirigir o olhar. 8e fato, a vista era linda. 2ma&ona tipicamente rural de Hampshire.

#asper se recostou para tr"s no banco e apoiou o cotovelo na porta, desviando os olhos do sol.Então, olhou diretamente para Ria. S 7gora que sabe do meu passado amoroso conturbado, permite1me saber um pouco do seu[8iante do pedido inesperado, o costumeiro rubor se espalhou pelo rosto de Ria e a fe&^ engolir

em seco. 9 fato de ele lhe ter revelado tudo, não %ustificava ter de fa&er o mesmo. Em breve,seguiriam caminhos diferentes. )or que complicar as coisas falando demais[

Mas #asper queria uma resposta. S ] dif'cil de acreditar que ningu*m nunca conseguiu capturar seu cora ão. S 8eve ter um

sistema de defesa impenetr"vel.Ele sorriu brevemente, e ela olhou para ele, por f im. S 6laro que tenho um passado... Todo mundo tem, certo[ S Respondeu Ria. S Mas tive

apenas um relacionamento s*rio que... Que não deu certo no final, antes que qualquer um dos doisestivesse muito envolvido, feli&mente. S Então, não houve dano S acrescentou, engasgando comas palavras.

7quilo era tudo que se permitiria revelar, pensou ela. Era suficiente.#asper tinha curiosidade de saber o que dera errado no passado de Ria, mas sabia que não

conseguiria e!trair nada al*m daquilo. )elo menos, não por enquanto.E então, quebrando a tensão que gravitava em torno deles, o telefone celular de Ria tocou,

dentro da bolsa. S )apai[Ela fran&iu a testa e #asper percebeu, pela e!pressão do rosto de Ria, que algo estava muito

errado, o que confirmou quando a ouviu prosseguir. S 9h, pai, não. S :ão acredito... $into muito.9utra longa pausa se seguiu e ele viu as %untas dos dedos de Ria tensionadas, devido < for a

com que apertava o telefone. S 6laro que irei imediatamente.Quando finali&ou a liga ão, ergueu o olhar a #asper.

S ] o beb=... 8iana perdeu o beb= S disse ela, balan ando lentamente a cabe a em negativa. S Tenho de ir a 4ondres. S 7gora. :o mesmo instante, #asper ligou o motor do carro. S 9 que quer fa&er primeiro[ S (oltar para a escola ou ir direto para $alisburA[Engatou a marcha < r*, manobrou e come ou a descer a colina com certa velocidade. S H" um servi o de trem regular para 4ondres. S Est" preparada para partir agora[ S $im, claro, não h" necessidade de voltar ao col*gio. S 9h, 8eus+ S )obre 8iana+ S Meu

pai est" arrasado S sussurrou Ria. S ] melhor telefonar para sua amiga Hannah e avis"1la de que não poder" v=1la S sugeriu

#asper, a mente trabalhando com a praticidade costumeira.Ria obedeceu de imediato.

S (ou comprar sua passagem de trem, enquanto voc= se a%eita. S Quando chegar l", metelefone para me informar sobre sua volta ho%e ou amanhã. S $e%a quando for, estarei te esperandona esta ão.

OK

Page 66: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 66/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

CAPÍTU ! %UAT!R)'

$entada ao lado do pai na pequena sala da enfermaria do hospital particular, Ria foi invadida por uma mir'ade de emo ões que a fa&ia^ querer se enroscar debai!o da cama e se esconder.

:ão queria a%ud"1la a plane%ar a fuga que a levaria para longe dele. $entia1se como o seu prUprio carrasco.

:aquele instante, ouviu1se uma leve batida < porta. Erguendo as sobrancelhas, Ria se levantou para atender.

S Helen+ S Entre S disse Ria com entusiasmo. S 6hegou bem na hora do caf*.Helen a seguiu at* a pequena "rea da co&inha e não se mostrou surpresa ao ver #asper sentado

l". S 9l" S cumprimentou ela, em tom de vo& casual. S )assei aqui para mostrar a Ria o

assento que ela ocupar" na disposi ão dos lugares < mesa no %antar da semana que vem. S Mas ela pode optar por outro se quiser.

S E #asper est" aqui para me a%udar no plane%amento da minha grande viagem. S informouRia, pensando no quanto a apar=ncia de Helen melhorara nos Fltimos dias.

Ela não parecia tão atarantada como de costume. )rovavelmente %" se encontrava nae!pectativa agrad"vel das f*rias que se apro!imavam, cogitou Ria.

S 7ceita uma !'cara de caf*[ S :ão, obrigada S agradeceu Helen. S Quero mostrar essa lista a todos os convidados,

antes que fique muito tarde. S 8esignei1lhe o lugar entre Timon e 7ngus^ est" vendo[ S #" vi voc=conversando algumas ve&es com 7ngus. S Est" bom para voc=[ S )erguntou, mostrando um papel com o mapa dos assentos.

S 6laro que sim.

S #asper e 6arl ficarão nas duas cabeceiras da mesa, naturalmente, e nUs no meio dos dois. S Tentei colocar as pessoas prU!imas de quem t=m mais afinidade. S e& um e!celente trabalho, Helen S elogiou #asper, dese%ando que ela tivesse colocado

Ria prU!ima a ele. S Então, estou indo. S (e%o1os amanhã S despediu1se Helen, saindo e batendo a porta. S (ou sentir muitas saudades de Helen S disse Ria, sentando1se outra ve&. S :a verdade,

sentirei falta de muita coisa em $olar Highbridge. S `s ve&es penso que não foi uma boa ideia ter vindo para c".

CAPÍTU ! %U#&)'

9 hotel 3E76H69M3ER 3aA, escolhido para abrigar o %antar dos colaboradores de $olar Highbridge, era cl"ssico e sofisticado. 9 tipo e!ato de lugar que agradava a #asper Trent pensouRia, enquanto observava o prUprio refle!o no espelho do refinado toalete feminino.

)ouco depois, os quatro se dirigiram " uma pequena mesa de canto, para desfrutarem de seusdrinques.

S 3em, diverti1me tremendamente nesse tempo em que estive ausente. S 7proveitei aom"!imo.

8irigiu o olhar ao irmão. S E sou muito agradecido a voc=, #a&, por me substituir. S $e não estivesse no controle de

tudo, a histUria seria completamente diferente. S Tenho certe&a disso.Tomou um gole do drinque. S Mas dentro de oito semanas minhas f*rias acabarão e tudo voltar" ao normal.

OO

Page 67: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 67/70

Page 68: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 68/70

Page 69: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 69/70

Page 70: Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

8/10/2019 Suzanne James - [Perigoso Amor] - Soberano da Paixão (Jessica 148.2).doc

http://slidepdf.com/reader/full/suzanne-james-perigoso-amor-soberano-da-paixao-jessica-1482doc 70/70

#essica n - /.0 1 $oberano da )ai!ão 1 $usanne #ames

S 9 que estou pedido * para que se torne minha esposa.Ria não conseguia acreditar que não estava sonhando. 9uvir tudo aquilo do mais belo homem

da face da terra e ainda por cima ser pedida em casamento+ E!tasiada, engoliu em seco. S 7cha poss'vel que possa... 8ar certo[ S 7cha poss'vel que eu possa fa&er dar certo, que

eu tamb*m tenha a chance de um futuro feli&[ S $ussurrou ela. S :Us nos daremos uma chance S retrucou #asper, pousando suavemente uma das mãos

sobre os l"bios de Ria. S 8ei!aremos que nossos sentimentos voem livremente. S $em pressões ou dFvidas. S E para come ar... S acrescentou. S Eu a levarei a qualquer parte do mundo que queira conhecer.

S $er" o in'cio da %ornada de nossas vidas.Ria lhe dirigiu um olhar repleto de amor. S #asper S disse, transbordando de felicidade. S 7cho que, com voc=, cheguei ao final de

minha %ornada antes mesmo de come ar+8irigindo1lhe um sorriso pecaminoso, e sem nenhuma pressa, #asper lhe retirou o biqu'ni,

livrou1se da sunga e dei!ou que as mãos lhe percorressem a macie& do pesco o, ombros, seios etodas as curvas perfeitas do corpo. Em =!tase total, ela inclinou a cabe a para tr"s e fechou osolhos. E então, submersos na "gua da piscina, #asper lhe segurou os quadris antes de desli&ar paradentro dela. 6om movimentos ritmados, ambos se amaram, em sincronia absoluta. Em sua uniãoinebriante e apai!onada, perderam a consci=ncia de tudo o mais que e!istia al*m do enorme dese%oque possu'am um pelo outro.

E dessa forma, selaram para sempre a necessidade mFtua que sentiam a confian a no futuro eno amor eterno.

*im