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MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde

1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – 1ª CNVS

CONFERÊNCIA LIVRE DOS PROFISSIONAIS DA SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM

SAÚDE

Tema Central da Conferência: “Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e Defesa de

um SUS Público de Qualidade”.

Relatório Final

Brasília, DF

Agosto de 2017

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Ministro da Saúde

Ricardo Barros

Secretário de Vigilância em Saúde

Adeilson Loureiro Cavalcante

Coordenação da Conferência Livre dos Profissionais da Secretaria de Vigilância em

Saúde

Daniela Buosi Rohlfs – Comissão Executiva Nacional da 1ª CNVS

Sônia Maria Feitosa Brito – Comissão de Organização Nacional da 1ª CNVS

Organização

Lucely de Oliveira Goncalves

Maria Terezinha Villela De Almeida

Martanair Maria da Silva

Moderadores

Fernando Alves Nunes

Jorge Luiz Sayde de Azevedo

Luiz Belino Ferreira Sales

Noely Fabiana Oliveira de Moura

Regina Coeli Pimenta de Mello

Roberta Corrêa Araujo Amorim

Relatores

Christiane Maria Costa Santos

Gabriela Chagas Dornelles

Gerson Fernando Mendes Pereira

Jeann Marie da Rocha Marcelino

Márcia Turcato

Tatiane Fernandes Portal de Lima

Relatoria Geral

Aide de Souza Campagna

André Peres Barbosa de Castro

Mariana Nogueira de Resende Sousa

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APRESENTAÇÃO

Em 16 de agosto de 2017, profissionais da Secretaria de Vigilância em Saúde

(SVS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estiveram reunidos no

auditório do Edifício PO700, para a Conferência Livre dos Profissionais da Secretaria

de Vigilância em Saúde (CLPSVS), debatendo o tema central da 1ª Conferência

Nacional de Vigilância em Saúde: Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e Defesa

de um SUS Público de Qualidade. Essas 106 trabalhadoras e trabalhadores

debateram o tema e deram a sua contribuição com a construção de propostas para

o fortalecimento das políticas de Vigilância em Saúde do país.

A abertura do evento contou com a participação, representando o Sr.

Adeilson Loureiro Cavalcante, Secretário de Vigilância em Saúde, da Dra. Sônia

Maria Feitosa Brito, que abriu a conferência falando sobre sua importância e da

satisfação da SVS em realizá-la. Em seguida o Dr. Jarbas Barbosa da Silva Júnior,

Diretor-Presidente da ANVISA relatou o processo histórico da formação da vigilância

em saúde no país e dos desafios que se apresentam para a vigilância em saúde no

país. A mesa contou com a participação do Sr. Ronald Ferreira dos Santos,

Presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que explicitou a importância da 1ª

CNVS para o fortalecimento da vigilância em saúde e sua atuação na construção de

um SUS público e de qualidade.

Após a abertura, os presentes participaram de uma Mesa de Debate com o

tema: A 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde – Reflexões dos profissionais

de Vigilância em Saúde para a construção da Política Nacional de Vigilância em

Saúde, sob coordenação da Dra. Daniela Buosi Rohlfs e contando com a

participação do Sr. Ivo Brito, membro da Comissão de Formulação e Relatoria da 1ª

CNVS, Raphael Andrade de Castro, Gerente-Geral de Coordenação e

Fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária da ANVISA e Sr. Ronald

Ferreira dos Santos.

Com satisfação, apresentamos o Relatório Final da Conferência Livre dos

Profissionais da Secretaria de Vigilância em Saúde, fruto de trabalho intenso de

preparação, de qualificada participação e do amplo debate, sintetizados em 12

propostas que representam a contribuição dos trabalhadores de vigilância em

saúde para a 1ª CNVS.

Comissão Organizadora

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Sumário

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 4

1 Introdução ................................................................................................................ 6

2 Metodologia ............................................................................................................. 9

3 Propostas ................................................................................................................. 13

3.1 Eixo Principal - Política Nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento do

SUS como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo Brasileiro ..................... 13

3.2 Subeixo 1 - O lugar da vigilância em saúde no SUS ........................................... 15

3.3 Subeixo 2 - Responsabilidades do Estado e dos governos com a Vigilância em

Saúde 15

3.4 Subeixo 3 - Saberes, práticas, processos de trabalhos e tecnologias na

vigilância em saúde. ..................................................................................................... 15

3.5 Subeixo 4 - Vigilância em Saúde participativa e democrática para

enfrentamento das iniquidades sociais em saúde ....................................................... 16

4 Eleição dos indicados .............................................................................................. 17

Anexo .............................................................................................................................. 18

A - Programação da Conferência Livre dos Profissionais da Secretaria de Vigilância

em Saúde ..................................................................................................................... 18

B – Registro Fotográfico ............................................................................................. 19

C – Lista de Presença ................................................................................................. 20

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1 Introdução

Nas décadas de 1950 e 1960, em razão de um predomínio da população rural

no país, a vigilância em saúde estava focada no acompanhamento sistemático de

eventos adversos (doença) à saúde na comunidade, com o propósito de aprimorar

as medidas de controle.

A partir dos anos de 1970, a intensa urbanização cria um novo ciclo de

industrialização, e faz emergir as chamadas transições epidemiológicas e

demográficas e a necessidade de, além das medidas de controle, fortalecer também

as medidas de prevenção de doenças e agravos e de promoção da saúde.

Em 1975, a V Conferência Nacional de Saúde propôs a criação do Sistema

Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), sendo criados também o Sistema

Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e o Programa Nacional de Imunização (PNI).

Na década de 1990, com a criação do SUS, cria-se na Fundação Nacional de

Saúde (FUNASA), o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI) e a ANVISA. Em

2003, é criada no Ministério da Saúde a Secretaria de Vigilância em Saúde.

No processo de construção da vigilância em saúde, podem-se identificar

alguns pilares: a) o TERRITÓRIO, compreendido como o local sobre o qual se

concentra o agir da vigilância em saúde, b) a atuação sobre PROBLEMAS DE SAÚDE

que demandam atenção e acompanhamento de forma contínua, adotando

conceitos como o risco e a vulnerabilidade e c) a INTERSETORIALIDADE das ações

de saúde, uma vez que é preciso articular ações, sejam elas de controle, promoção,

prevenção, e ou reabilitação para a resolução de problemas de saúde.

Ao longo dos anos, a Vigilância em Saúde foi sendo repensada e aprimorada,

e atualmente, com a publicação da Portaria GM/MS nº 1.378, de 9 de julho de 2013, a

vigilância em saúde é definida como um processo contínuo e sistemático de coleta,

consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde,

visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a

regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para

a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos,

agravos e doenças.

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Para alcançar os objetivos previstos na Portaria GM/MS nº 1.378/2013, outros

desafios são colocados para a vigilância em saúde como ampliar o objeto da

vigilância, a capacidade de predição e a integração entre as áreas de vigilância em

saúde e as de assistência à saúde, ao mesmo tempo em que é preciso fortalecer a

capacidade de atuar nos “antigos” objetos como a vigilância de doenças

transmissíveis nesse novo cenário epidemiológico, consolidar os “novos” objetos

como a vigilância de doenças e agravos não transmissíveis, vigilância ambiental em

saúde e a análise de situação de saúde e fortalecer a participação e controle

popular.

A partir desses desafios, a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde a

ser realizada em Brasília, no período de 21 a 24 de novembro de 2017, foi convocada

por meio da Portaria GM/MS nº 1.017, de 11 de maio de 2016 e teve seu regimento

aprovado pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde por meio da Resolução CNS

nº 535, de 19 de agosto de 2016.

Essa conferência tem como tema Central a “Vigilância em Saúde: Direito,

Conquistas e Defesa de um SUS Público de Qualidade”, apontando para a

oportunidade de um debate amplo, convergindo para a construção da Política

Nacional de Vigilância em Saúde.

A CNVS tem como eixo principal a “Política Nacional de Vigilância em Saúde

e o fortalecimento do SUS como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo

Brasileiro” sendo dividida em 4 subeixos temáticos: 1) Lugar da Vigilância em Saúde

no SUS; 2) Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância em saúde; 3)

Saberes, práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância em saúde; e 4)

Vigilância em saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades

sociais em saúde.

Para fortalecer a participação e o controle social e estimular a discussão

sobre o tema entre categorias específicas, tendo em vista a previsão no artigo 12 da

Resolução CNS nº 535/2016, que estabelece a possibilidade de organização das

conferências livres, pelos movimentos sociais e entidades, o CNS aprovou a

Resolução nº 547, de 09 de junho 2017 com as regras de realização das Conferências

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Livres para a Etapa Nacional da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, cujo

objetivo é apresentar sugestões pelos eixos temáticos debatidos à CNVS.

A SVS, entendendo a importância das Conferências Livres, organizou a sua

Conferência Livre dos Profissionais da Secretaria de Vigilância em Saúde, que

aconteceu no dia 16 de agosto de 2017 contando com a participação dos técnicos,

gestores e convidados que enriqueceram o debate em torno dos temas e eixos

propostos pela CNVS, e ajudaram a construir propostas que podem ajudar na

concretização dos objetivos da vigilância em saúde.

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2 Metodologia

Para subsidiar as discussões e apoiar a elaboração das propostas a serem

encaminhadas à Comissão de Organização Nacional da 1ª CNVS, o documento

orientador foi encaminhado a todos os participantes da Conferência Livre dos

profissionais da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Os participantes foram organizados em 6 grupos, sendo que cada grupo foi

estimulado a discutir tanto o eixo principal, quanto um dos subeixos temáticos,

conforme tabela abaixo, contendo, cada grupo, um moderador e um relator.

Grupos Eixos Discutidos

1A Eixo principal; subeixo 1

1B Eixo principal; subeixo 1

2 Eixo principal; subeixo 2

3 Eixo principal; subeixo 3

4A Eixo principal; subeixo 4

4B Eixo principal; subeixo 4

Os temas discutidos e as respectivas perguntas norteadoras foram:

Eixo principal: Política Nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento do

SUS como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo Brasileiro;

o Características da determinação da saúde no território nacional:

O que promove a saúde?

O que ameaça a saúde?

o Problemas de grande impacto à saúde registrados no território

nacional:

Como o impacto se distribui entre os diversos grupos da

população?

Como a sociedade reage?

Como atua a Vigilância em Saúde com os demais setores?

Como atua a Vigilância em Saúde na Rede de Atenção à Saúde?

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Como a Vigilância em Saúde interage com a Sociedade?

Subeixo 1: O lugar da vigilância em saúde no SUS;

o Grupo 1A

Como a vigilância em saúde pode nortear o modelo de atenção

à saúde no seu território?

Quais obstáculos/dificuldades são percebidos para atuação da

vigilância em saúde integrada às demais práticas do cuidado

em saúde?

o Grupo 1B

Que práticas da vigilância em saúde são requeridas para

assegurar a integralidade do cuidado em saúde na Rede de

Atenção à Saúde?

Que estratégias podem ser desenvolvidas no território para

efetivar a ação da vigilância em saúde como parte integrante

do cuidado em saúde?

Subeixo 2: Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância em

saúde;

o Grupo 2

Que práticas da vigilância em saúde são requeridas para

assegurar a integralidade do cuidado em saúde na Rede de

Atenção à Saúde?

Quais são os possíveis mecanismos de participação da

comunidade, gestão participativa e comitês intersetoriais e

formas de governança participativa na vigilância em saúde?

Subeixo 3: Saberes, práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância

em saúde;

o Grupo 3

A partir dos problemas identificados no território, que

estratégias podem gerar ações integradoras das vigilâncias?

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Como assegurar ações intersetoriais, com participação da

comunidade, nas ações de vigilância desenvolvidas no

território?

Subeixo 4: Vigilância em Saúde participativa e democrática para

enfrentamento das iniquidades sociais em saúde.

o Grupo 4A

Em que situações devem-se assegurar a participação ativa da

comunidade e do controle social nas ações e serviços da

vigilância em saúde? Como utilizar a Comunicação em Saúde?

Como desenvolver a estratégia da promoção em saúde e como

lhe dar um alcance intersetorial efetivo, enquanto motor de

formulação de políticas públicas capazes de gerar um novo

padrão de saúde e de qualidade de vida?

o Grupo 4B

Como organizar e integrar as ações de vigilância sanitária ao

conjunto das intervenções do sistema de saúde, para proteger

a qualidade de vida das pessoas e garantir a qualidade dos

produtos, serviços e ambientes, fundamentais para o cuidado

à saúde?

Que estratégias podem ser utilizadas para que a informação da

vigilância em saúde seja um bem público disponível

oportunamente à sociedade, visando à possibilidade de

escolhas de promoção e de proteção à saúde?

As perguntas norteadoras utilizadas para estimular o debate foram extraídas

do documento orientador. Ressalta-se que em cada um dos grupos de discussão o

debate foi muito rico, com ampla participação dos trabalhadores e trabalhadoras da

SVS, que puderam refletir sobre suas práticas de trabalho e oportunidades de

aprimoramento.

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A partir das perguntas norteadoras foram levantadas questões relacionadas

ao tema constante no eixo principal e em cada subeixo, e posteriormente feitas

propostas para a Política Nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento do SUS

como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo Brasileiro.

Após o tempo destinado às discussões em grupo, todos os participantes

voltaram à plenária, onde foram apresentadas todas as propostas sugeridas pelos

grupos, optando-se por delegar aos relatores gerais a responsabilidade de unificar

as propostas relacionadas ao eixo principal e a cada um dos subeixos, feitas no

âmbito de cada grupo, em uma única proposta, que representasse o cerne das

discussões, apresentadas no item 3 - Propostas.

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3 Propostas

3.1 Eixo Principal - Política Nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento do SUS como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo Brasileiro

1. Implementar a vigilância em saúde como política de Estado, a partir da

utilização dos instrumentos da epidemiologia na definição de prioridades,

levando-se em conta os aspectos relacionados ao saneamento básico e

ambiental, para o planejamento e execução das ações e serviços de saúde,

garantindo os sistemas de informação necessários à divulgação oportuna

das análises de situação de saúde, em uma gestão que monitore de forma

regular e avalie a execução das ações, objetivando a eficiência na aplicação

dos recursos. Para tanto, deve ser garantido: investimento na educação em

saúde, que contribua para a ampliação da consciência da população em

relação aos temas da VS, de modo a estimular a participação da população

nas discussões para formulação dos planos de saúde; inserção do conteúdo

relacionado ao campo de atuação da VS na política de educação voltada aos

gestores e profissionais de saúde; investimento em estudos e pesquisa para

ampliar o conhecimento dos fatores de riscos e adoção de novas tecnologias

de intervenção, considerando a necessidade de adequar o setor saúde às

constantes mudanças e fortalecer a promoção da saúde e prevenção de

doenças e acidentes, incluindo aos relacionados ao trabalho e ao meio

ambiente, bem como a prevenção, preparação e resposta às emergências

em saúde pública.

2. Promover e institucionalizar, no âmbito da Vigilância em Saúde: práticas

intersetoriais e intrasetoriais, em especial entre a Vigilância em Saúde e a

Atenção Básica, para o enfretamento dos problemas de saúde, incluindo os

relacionados às populações vulneráveis; instrumentos de planejamento e

gestão, de modo a garantir a continuidade das ações programadas;

participação da sociedade civil na elaboração e implementação das políticas

públicas e na construção e avaliação de campanhas publicitárias de

mobilização; apoio técnico das ações de vigilância em saúde aos estados e

municípios, objetivando a aplicação adequada dos recursos, garantindo, para

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tanto, corpo técnico especializado e permanente no nível federal, suporte

laboratorial qualificado e sistemas de informação de interesse da VS que

permitam a disponibilização da informação em momento oportuno, para ser

utilizada no território pelas diferentes áreas do setor saúde de maneira

integrada.

3. Fortalecer o papel da vigilância, de forma participativa e integrada, no

processo de planejamento, definição de prioridades e tomada de decisão

nos três níveis de gestão, em articulação com outros setores, reconhecendo

as especificidades e necessidades de cada território, a fim de contribuir para

a elaboração, implementação e avaliação de políticas que reduzam as

desigualdades e promovam a qualidade de vida da população, interferindo

nos determinantes e condicionantes da saúde.

4. Afirmar a Vigilância em Saúde como setor estratégico do Estado brasileiro,

para tomada de decisão e definição das políticas públicas, por meio de

práticas integradas de gestão intra e intersetorial e da participação da

sociedade, produzindo, para tanto, de forma participativa, comunicação,

informação e conhecimento no âmbito da VS, por meio dos diferentes

instrumentos de comunicação disponíveis.

5. Alinhar as políticas de Saúde existentes para otimizar e fortalecer a Vigilância

em Saúde e criar instância de coordenação que contemple as demais áreas

que têm interface com a VS, de modo que a saúde seja percebida como

componente intrínseco do desenvolvimento econômico e social do país

6. Promover a integralidade do cuidado, a partir de estratégias integradas e

articuladas, que organizem no território as ações de vigilância em saúde em

redes de atuação, a partir da análise adequada da situação de saúde, com o

objetivo de intervir nos problemas de saúde considerando as especificidades

locais, dando especial atenção às populações mais vulneráveis, e incluindo a

participação da comunidade, garantindo, para tanto, o financiamento e

investimento necessários à manutenção das políticas sociais que objetivam o

bem estar da população.

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3.2 Subeixo 1 - O lugar da vigilância em saúde no SUS

7. Qualificar a gestão a partir do envolvimento dos diferentes setores da saúde,

incluindo a Vigilância em Saúde, nos processos de planejamento,

programação, execução, monitoramento e avaliação das ações e serviços de

saúde, partindo da identificação do perfil socioeconômico, ambiental e

epidemiológico para subsidiar as intervenções e programação das ações no

Território.

8. Incorporar a promoção da saúde e prevenção das doenças, na construção

das linhas de cuidados, a partir de uma abordagem interdisciplinar, que

promova e institucionalize práticas de trabalho integradas entre a vigilância

em saúde e a atenção, focando nas doenças de notificação compulsória,

negligenciadas e nas relacionadas ao saneamento ambiental inadequado,

incluindo, na política de educação permanente dos trabalhadores de saúde,

conteúdos e práticas relacionados à atuação integrada e às especificidades

da população local, bem como fortalecendo o Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (SINAN) enquanto sistema de informação oficial para

a vigilância em saúde e garantindo sua integração com os demais sistemas

de informação do SUS.

3.3 Subeixo 2 - Responsabilidades do Estado e dos governos com a Vigilância em Saúde

9. Incorporar a participação da vigilância na formulação, implementação e

avaliação das políticas de saúde a fim de fomentar a articulação com todos

os níveis de atenção, e promover a integralidade do cuidado, fortalecendo

instâncias e mecanismos de participação e controle social.

3.4 Subeixo 3 - Saberes, práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância em saúde.

10. Garantir financiamento adequado e corpo técnico qualificado para a

execução das ações de vigilância em saúde, bem como aprimorar os

sistemas de Informação da Vigilância em Saúde, garantindo a sua integração

com os demais sistemas de informação do SUS e possibilitando que as

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informações geradas sejam utilizadas no território para o realinhamento das

políticas e programação das ações de saúde.

3.5 Subeixo 4 - Vigilância em Saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde

11. Criar instâncias que promovam a comunicação, a educação e a mobilização

social para o conjunto das ações no âmbito da Vigilância em Saúde, bem

como qualificar os Conselhos de Saúde em relação aos temas da Vigilância.

12. Fortalecer e ampliar as experiências da vigilância participativa, a partir de

redes colaborativas e fóruns de gestão participativa, para o planejamento,

monitoramento e avaliação das ações e programas no âmbito dos diferentes

campos de atuação da vigilância em saúde, de modo integrado, bem como a

partir de mecanismos de comunicação para disseminação da informação de

forma simples, unificada e acessível, para gerar conhecimento, apropriação e

empoderamento da população.

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4 Eleição dos indicados

Conforme o estabelecido pela Resolução do CNS nº 547, de 09 de junho 2017

e após as apresentações das propostas dos grupos, foram eleitas duas pessoas

como candidatas da SVS para participação na 1ª CNVS, na condição de participante

livre, que ocorrerá em novembro: Maria Luiza Lawinsky Lodi e Heloiza Helena

Casagrande Bastos. A plenária também decidiu indicar Gabriela Tavares

Magnabosco e Tatiana Mingote Ferreira de Azara como suplentes no caso de

impossibilidade de participação de alguma das eleitas.

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Anexo

A - Programação da Conferência Livre dos Profissionais da Secretaria de Vigilância

em Saúde

Local: Auditório do Edifício PO700 e salas de reunião da SVS.

Endereço: SRTV 702, Via W 5 Norte – Ed. PO700

Data: 16 de Agosto de 2017 ____________________________________________________________________

8h30 Credenciamento

9h Abertura

Secretário de Vigilância em Saúde /MS- Adeilson Loureiro Cavalcante

Diretor-Presidente da ANVISA – Jarbas Barbosa

Coordenador da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde e Coordenador Adjunto da 1ª CNVS – Fernando Zasso Pigato

9h30 Apresentação sobre a Organização da 1ª CNVS

Comissão Organizadora - Sônia Brito

9h45 Mesa de Debate: - A 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde – Reflexões dos profissionais de Vigilância em Saúde para a construção da Política Nacional de Vigilância em Saúde.

Coordenação da mesa: Daniela Buosi – Comissão Executiva - 1ª CNVS

Ivo Brito – Comissão de Formulação e Relatoria

Raphael Andrade de Castro – Gerente- Geral de Coordenação e Fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária da ANVISA

Fernando Zasso Pigato - Coordenador da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde e Coordenador Adjunto da 1ª CNVS

10h30 Apresentação da metodologia dos Trabalhos de grupo

11h00 Discussão em grupo

12h30 Intervalo para almoço

14h00 Continuação da discussão em grupo

15h00 Apresentação dos resultados dos Grupos

16h00 Debate

16h30 Plenária Final e Avaliação da Conferência Livre

17h00 Eleição do(s) indicado(s) à CNVS via cédula de votação.

17h30 Encerramento

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B – Registro Fotográfico

Foto 1 –Abertura Foto 2 – Mesa de Abertura

Foto 3 – Mesa de Debate Foto 4 – Grupo de Trabalho

Foto 5 – Grupo de Trabalho Foto 6 – Grupo de Trabalho

Foto 7 – Eleição de Representante Foto 8 - Encerramento

Os registros visuais da Conferência Livre dos Profissionais da Secretaria de

Vigilância em Saúde estão disponíveis no link

https://www.flickr.com/photos/expoepi/albums/72157684941918381.

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C – Lista de Presença

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