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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA CARTOGRÁFICA VIVIANE DE OLIVEIRA TOSTES A COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA APLICADA À REPRESENTAÇÃO DE AGRAVOS ENDÊMICOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro 2006

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA CARTOGRÁFICA

VIVIANE DE OLIVEIRA TOSTES

A COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA APLICADA À REPRESENTAÇÃO DE AGRAVOS ENDÊMICOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro 2006

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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

VIVIANE DE OLIVEIRA TOSTES

A COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA APLICADA À REPRESENTAÇÃO DE AGRAVOS ENDÊMICOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia Cartográfica.

Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira - D.E.

Rio de Janeiro

2006

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C2006

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha

Rio de Janeiro - RJ CEP: 22290-270

Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá

incluí-lo em base de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar

qualquer forma de arquivamento.

É permitida a menção, reprodução parcial ou integral e a transmissão entre

bibliotecas deste trabalho, sem modificação de seu texto, em qualquer meio que

esteja ou venha a ser fixado, para pesquisa acadêmica, comentários e citações,

desde que sem finalidade comercial e que seja feita a referência bibliográfica

completa.

Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do(s) autor(es) e

do(s) orientador(es).

T716c Tostes, Viviane de Oliveira.

A Comunicação Cartográfica Aplicada à Representação de Agravos Endêmicos na Cidade do Rio de Janeiro / Viviane de Oliveira Tostes. - Rio de Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 2006.

147p.: il., tab.

Dissertação (mestrado) - Instituto Militar de Engenharia – Rio de Janeiro, 2006.

1. Comunicação Cartográfica. 2. Representação

Agravos Endêmicos. 3. Cartografia Aplicada a Saúde.

CDD 526

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Ao meu adorado pai (in memorian) e ao meu mais que amado Leo – o marido

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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

VIVIANE DE OLIVEIRA TOSTES

A COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA APLICADA À REPRESENTAÇÃO DE

AGRAVOS ENDÊMICOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia

Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a

obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia Cartográfica.

Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira - D.E.

Aprovada em 19 de setembro de 2006 pela seguinte Banca Examinadora:

_______________________________________________________________

Prof. Leonardo Castro de Oliveira – D.E. – Presidente

_______________________________________________________________

Ana Maria Jansen – D.C da FIOCRUZ / IOC

_______________________________________________________________

Prof. Luiz Felipe Coutinho Ferreira da Silva – D.E. do IME

Rio de Janeiro

2006

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AGRADECIMENTOS

Para começar não poderia ser diferente, tenho que agradecer à minha família,

meu pai, minha mãe e minha irmã, eu sou eles. Meu pai, pelo homem de caráter e

honestíssimo que sempre foi, que sempre me ensinou as coisas mais importantes

da vida: honestidade, caráter e responsabilidade. À minha mãe, que sempre será um

exemplo de mãe e de mulher para mim, um coração tão bom, raro de se encontrar.

E à minha irmã, simplesmente por ser irmã nos momento que sempre precisei. Por

todas as vezes que me fiz ausente e ainda assim recebia o incentivo de vocês.

Desculpe Mamãezinha por deixá-la com tanta saudade;

Agradecer ao meu marido Leo é pouco, na verdade não existem palavras, já que

o que você representa na minha vida só pode ser definido como A COISA MAIS

MARAVILHOSA QUE PODERIA TER ACONTECIDO. Essa dissertação também é

sua, não só por tê-la digitado completamente, por ter corrigido o texto, por ter dado

sugestões, por ter me incentivado, por ter me aturado nos dias em que eu estava

uma pilha, por ter se tornado um ermitão por minha causa, por ter me acompanhado

durante esses dois anos e meio, nunca saindo do meu lado, nunca deixando de me

dar apoio, ufa!!!! Mas o que faz sua essa dissertação é que se não fosse por seu

incentivo eu não teria me inscrito naquele outubro de 2003. Você foi a pessoa

decisiva para que eu me inscrevesse e por isso foi a primeira a receber a ótima

notícia da seleção. Você que é tão bom que às vezes chega ser ingênuo. Te amo

mais que tudo nessa vida, muito obrigada;

Ao Tibúrcio e Bia, pela alegria constante e momentos de felicidade;

Ao meu orientador Leonardo, que sempre, absolutamente sempre, esteve pronto

a me atender, a dar sugestões, tirar dúvidas, indicar leituras. Também pelos papos

e, por que não dizer, pelo amigo que se tornou;

À minha chefe, Cecília Nicolai por ter me liberado para assistir as aulas e pelo

respeito profissional;

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À Bia, que leu todo o capítulo de epidemio, e que sempre me deu muito apoio,

me emprestando todos os livros de epidemio e ainda indicando artigos;

À Renatinha, que me avisou da inscrição do mestrado me incentivando a fazê-lo;

Às Meninas – minhas amigas Vanessa, Lulu Maria, Renatinha, Wânia Maria,

Márcia Maria, Shirlei Maria e Elisângela pelos muitos “Não posso, tenho que

estudar” ouvidos e tendo como resposta a compreensão e o incentivo de vocês;

À minha afilhada Letícia e minha amiga Lu, mais um pedido de desculpas pelo

quanto fiquei afasta. Agora, Lê, você pode dormir aqui em casa;

Às minhas amigas de mestrado Evânia e Dani, pela parceria, companheirismo e

pela amizade gostosa que se formou entre a gente;

Às minhas duas novas famílias os Moutinhos e os Botelhos. À todos, Rita minha

sogra, Mariano meu sogro, Quica minha cunhada, Ricardo, Samira, Laura, Madá,

Tia Irene, Vó Therezinha, Vó Stella, Susana, primos e primas. Nem sei como

agradecer aos corações abertos com que fui recebida nessas duas famílias e que

sempre, todos, acreditaram muito em mim e me incentivaram no mestrado;

Ao IME, mais precisamente a Seção de Ensino de Engenharia Cartográfica, por

ter me dado a honra de estudar nessa instituição;

Ao professores do curso, que despertaram em mim um respeito pela ciência, e

me mostraram como é legal fazer ciência – Só dá um pouquinho de trabalho;

Ao professor Felipe Ferreira que aceitou participar da minha banca, pelas dicas,

pelas tiradas de dúvidas, pelo incentivo;

À professora Ana Jansen por ter aceitado participar da banca contribuindo para

o engrandecimento desta pesquisa;

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Aos meus colegas de turma Rossato, Bruninho, Fabiana, Pires, João, Roberto

Gomes e Coutinho, por terem tornado o período de créditos um prazer;

Aos meus amigos de trabalho que torceram por mim durante todo este

mestrado;

Também a todos aqueles que participaram e participam da minha vida e que

foram tão importantes nesta conquista, mesmo que não citados, saibam que moram

em meu coração;

Por fim, a Deus, por ter feito da minha vida até este momento uma experiência

maravilhosa cercada de pessoas incríveis, obrigada.

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“I keep six honest serving men,

(they taught me all I knew).

Their names are What, Why, and When

and How and Where and Who.”

Rudyard Kipling

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SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................... 12

LISTA DE TABELAS ............................................................................................. 15

LISTA DE SIGLAS ................................................................................................. 16

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 19

1.1 Justificativa do Trabalho .............................................................................. 21

1.2 Objetivo do Estudo ...................................................................................... 22

1.3 Organização do Texto ................................................................................. 22

2 A CARTOGRAFIA E A ARTE DE COMUNICAR ....................................... 25

2.1 A Pré-História da Cartografia ...................................................................... 25

2.2 Contexto Histórico da Cartografia ............................................................... 26

2.3 A Comunicação Cartográfica e o Processo de Comunicação .................... 28

2.4 A Cartografia Temática ............................................................................... 34

2.5 Semiologia Gráfica ..................................................................................... 39

2.6 A Percepção Humana ................................................................................. 42

2.6.1 Os Cinco Sentidos ...................................................................................... 44

2.6.2 A Visão Humana ......................................................................................... 46

2.6.3 A Cor e as Sensações ................................................................................ 47

3 A EPIDEMIOLOGIA ................................................................................... 54

3.1 A Contribuição Cartográfica na Epidemiologia ........................................... 54

3.2 Raízes da Epidemiologia ............................................................................ 56

3.3 Epidemia, Endemia e Pandemia ................................................................ 58

3.4 Índices, Taxas e Coeficientes Numéricos em Epidemiologia ..................... 60

3.5 A Vigilância Epidemiológica ........................................................................ 61

3.6 A Vigilância Epidemiológica no Brasil ......................................................... 63

3.7 O SINAN e a Vigilância Epidemiológica na Cidade do Rio de Janeiro ....... 65

3.8 Doenças e Período Selecionados .............................................................. 67

3.8.1 Dengue ........................................................................................................ 68

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3.8.2 Hepatite Viral - Tipo A ................................................................................. 69

3.8.3 Leptospirose ............................................................................................... 69

3.8.4 Meningite .................................................................................................... 70

3.8.5 Período ........................................................................................................ 71

4 CONSTRUÇÃO DOS MAPAS E TESTE DAS CORES ............................. 72

4.1 Materiais Utilizados ..................................................................................... 72

4.2 Apresentação da Área de Estudo ............................................................... 73

4.3 Metodologia ................................................................................................ 75

4.4 Depuração dos Bancos de Dados .............................................................. 76

4.5 Geração dos Mapas ................................................................................... 86

4.5.1 Mapa de Cores para Representar Taxa de Incidência ............................... 87

4.5.2 Intervalos de Classe ................................................................................... 89

4.6 Teste dos Modelos Estatísticos .................................................................. 89

4.6.1 Método Equal Area ..................................................................................... 90

4.6.2 Método Equal Interval ................................................................................. 91

4.6.3 Método Natural Breaks ............................................................................... 92

4.6.4 Método Quantile ......................................................................................... 93

4.6.5 Método Standard Deviation ........................................................................ 94

4.7 Testes de Cores .......................................................................................... 95

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............ 98

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 101

7 APÊNDICE .................................................................................................. 107

7.1 Descrição dos Parâmetros de Extração dos Dados do SINAN .................. 108

7.2 Dengue – Mapas e Tabela ......................................................................... 110

7.3 Hepatite A - Mapas e Tabela ...................................................................... 115

7.4 Leptospirose - Mapas e Tabela .................................................................. 120

7.5 Meningite - Tabela ...................................................................................... 125

7.6 Questionário Aplicado ................................................................................. 127

7.7 Figuras Constantes no Questionário Aplicado ............................................ 128

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8 ANEXOS .................................................................................................... 136

8.1 Índices e Coeficientes utilizados em Saúde Pública ................................... 137

8.2 Boletim de Notificação ................................................................................ 138

8.3 Ficha de Investigação de Dengue .............................................................. 139

8.4 Ficha de Investigação de Hepatite ............................................................. 141

8.5 Ficha de Investigação de Meningite ........................................................... 143

8.6 Ficha de Investigação de Leptospirose ...................................................... 145

8.7 Nota Técnica para o cálculo populacional dos anos de 2001, 2002, 2003 e

2004 ............................................................................................................ 147

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIG. 2.1 Mapa de Ga-Sur ................................................................................ 26

FIG. 2.2 Mapa Mundi com a Projeção de Mercator ......................................... 28

FIG. 2.3 Processo de seleção de informações na construção de um mapa .... 30

FIG. 2.4 Processo de comunicação ................................................................. 31

FIG. 2.5 Modelo de sistema de comunicação generalizado ............................ 32

FIG. 2.6 Modelo de comunicação cartográfica ................................................ 32

FIG. 2.7 Modelo dos ingredientes da comunicação ......................................... 34

FIG. 2.8 Primitivas gráficas .............................................................................. 37

FIG. 2.9 Variáveis visuais propostas por BERTIN ........................................... 39

FIG. 2.10 Variáveis visuais primárias propostas por ROBINSON ...................... 41

FIG. 2.11 Variáveis visuais secundárias propostas por ROBINSON ................. 41

FIG. 2.12 Construção da realidade ..................................................................... 42

FIG. 2.13 O espectro eletromagnético ................................................................ 45

FIG. 2.14 O olho humano ................................................................................... 46

FIG. 2.15 Percepção da cor ................................................................................ 48

FIG. 2.16 Primárias aditivas e subtrativas .......................................................... 49

FIG. 2.17 Dimensões da cor ............................................................................... 50

FIG. 2.18 Espectro eletromagnético visível ........................................................ 52

FIG. 3.1 Mapa dos casos de cólera na Londres de 1859 de John Snow .......... 55

FIG. 3.2 Fórmula do Coeficiente de Incidência ................................................. 61

FIG. 3.3 Estrutura atual de notificação da GVE do Rio de Janeiro.................... 65

FIG. 3.4 Divisão de RA utilizada pela SMS ....................................................... 66

FIG. 3.5 Fluxo de remessa dos dados do SINAN ............................................. 67

FIG. 4.1 Mapa de Bairros ................................................................................. 74

FIG. 4.2 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados do

Dengue a partir do SINAN DOS ......................................................... 77

FIG. 4.3 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados do

Dengue a partir do SINANW .............................................................. 77

FIG. 4.4 Parte de um banco de dados com descrição caso a caso .................. 79

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FIG. 4.5 Parte de um banco de dados com número de casos por bairro ......... 79

FIG. 4.6 Exemplo de Duplicidades ................................................................... 81

FIG. 4.7 Bancos trabalhados e duplicidades encontradas ................................ 82

FIG. 4.8 Tabela de População do IPP .............................................................. 83

FIG. 4.9 Tabela preparada para o cálculo de taxa de incidência ...................... 84

FIG. 4.10 Distribuição dos bairros por faixa populacional ................................... 85

FIG. 4.11 Exemplo de tabela com taxa de incidência ......................................... 86

FIG. 4.12 Mapa de Incidência ............................................................................. 87

FIG. 4.13 Mapa de taxa utilizando-se hachuras ................................................. 88

FIG. 4.14 Mapa de Meningite – Método Equal Área ........................................... 90

FIG. 4.15 Mapa de Meningite – Método Equal Interval ...................................... 91

FIG. 4.16 Mapa de Meningite – Método Natural Breaks ..................................... 92

FIG. 4.17 Mapa de Meningite – Método Quantile ............................................... 93

FIG. 4.18 Mapa de Meningite – Método Standard Deviation .............................. 94

FIG. 4.19 Mapa de Meningite, com pontos de quebra definidos pelo elaborador

do Mapa ............................................................................................. 97

FIG. 7.1 Descrição dos paramêtros de extração do banco de dados de Hepa-

tite A a partir do SINANDOS ............................................................... 108

FIG. 7.2 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados de Hepa-

tite A partir do SINANW ...................................................................... 108

FIG. 7.3 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados de Lep-

tospirose partir do SINAN DOS .......................................................... 109

FIG. 7.4 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados de Lep-

tospirose partir do SINANW ................................................................ 109

FIG. 7.5 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados de Menin-

gite partir do SINAN DOS .................................................................. 109

FIG. 7.6 Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados de Menin-

gite partir do SINANW ........................................................................ 109

FIG. 7.7 Mapa de Dengue – Método Equal Area .............................................. 110

FIG.7.8 Mapa de Dengue – Método Equal Interval ......................................... 111

FIG.7.9 Mapa de Dengue – Método Natural Breaks ........................................ 111

FIG.7.10 Mapa de Dengue – Método Quantile .................................................. 112

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FIG.7.11 Mapa de Dengue – Método Standard Deviation ................................. 112

FIG.7.12 Mapa de Hepatite A – Método Equal Area ......................................... 115

FIG.7.13 Mapa de Hepatite A – Método Equal Interval ..................................... 115

FIG.7.14 Mapa de Hepatite A – Método Natural Breaks .................................... 116

FIG.7.15 Mapa de Hepatite A – Método Quantile .............................................. 116

FIG.7.16 Mapa de Hepatite A – Método Standard Deviation ............................. 117

FIG.7.17 Mapa de Leptospirose – Método Equal Area ...................................... 120

FIG.7.18 Mapa de Leptospirose – Método Equal Interval ................................. 120

FIG.7.18 Mapa de Leptospirose – Método Natural Breaks ................................ 121

FIG.7.19 Mapa de Leptospirose – Método Quantile .......................................... 121

FIG.7.20 Mapa de Leptospirose – Método Standard Deviation ......................... 122

FIG. 7.21 Vermelho ............................................................................................ 128

FIG. 7.22 Laranja ................................................................................................ 128

FIG. 7.23 Amarelo .............................................................................................. 129

FIG. 7.24 Verde Claro ......................................................................................... 129

FIG. 7.25 Verde Escuro ...................................................................................... 130

FIG. 7.26 Verde-Azulado .................................................................................... 130

FIG. 7.27 Ciano .................................................................................................. 131

FIG. 7.28 Azul Escuro ......................................................................................... 131

FIG. 7.29 Púrpura ............................................................................................... 132

FIG. 7.30 Magenta .............................................................................................. 132

FIG. 7.31 Amarelo-Vermelho .............................................................................. 133

FIG. 7.32 Marrom ............................................................................................... 133

FIG. 7.33 Amarelo-Verde-Azul ........................................................................... 134

FIG. 7.34 Paleta de cores sem a cor branca ...................................................... 134

FIG. 7.35 Paleta de cores com o uso da cor branca .......................................... 135

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LISTA DE TABELAS

TAB. 2.1 Categorias dos mapas ...................................................................... 35

TAB. 7.1 Dengue - Taxa de Incidência do Ano de 2000 .................................. 113

TAB. 7.2 Hepatite A - Taxa de Incidência do Ano de 2000 .............................. 118

TAB. 7.3 Leptospirose - Taxa de Incidência do Ano de 2000 .......................... 123

TAB. 7.4 Meningite - Taxa de Incidência do Ano de 2000................................ 125

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LISTA DE SIGLAS

a.C. antes de Cristo

AP Área de Planejamento

CENEPI Centro Nacional de Epidemiologia

CMY Cyan, Magenta, Yellow

CMYK Cyan, Magenta, Yellow, Black

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

FUNASA Fundação Nacional de Saúde

GVE Gerência de Vigilância Epidemiológica da Cidade do Rio de Janeiro

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IME Instituto Militar de Engenharia

IPP Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos

MS Ministério da Saúde

RA Região Administrativa da Cidade do Rio de Janeiro

RGB Red, Green, Blue

SE Serviço de Epidemiologia da Cidade do Rio de Janeiro

SES-SC Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Santa Catarina

SINAN Sistema Nacional de Agravos de Notificação

SINAN DOS Sistema Nacional de Agravos de Notificação - versão DOS

SINANW Sistema Nacional de Agravos de Notificação - versão Windows

SMS-RJ Secretaria Municipal de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro

SNVE Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

SUS Sistema Único de Saúde

SVS Secretaria de Vigilância em Saúde

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RESUMO

A epidemiologia já empregava a cartografia em seus estudos de dispersão espacial de doenças, mesmo antes dela, epidemiologia, ser reconhecida como ciência. Com o advento do SIG (Sistema de Informações Geográficas), tornou-se cada vez mais fácil para profissionais, que não cartógrafos/geógrafos, produzir os mais variados mapas temáticos. Porém, esta facilidade na elaboração de mapas a partir de softwares de SIG apresenta vantagens e desvantagens. Como vantagens, entre outras, pode-se falar da já citada facilidade de elaboração de mapas. E como desvantagens, pode ser citado, entre outros fatores, o não conhecimento das técnicas de comunicação cartográfica por muitos profissionais de outras áreas do conhecimento. Nesta pesquisa buscou-se associar o conhecimento epidemiológico com técnicas de comunicação cartográfica, visando representar taxas de incidência de quatro doenças endêmicas da cidade do Rio de Janeiro, a saber, dengue, hepatite tipo A, leptospirose e meningite, em mapas de classes com a utilização de cores. Os dados para a pesquisa foram cedidos pela Gerência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Dada a importância das classes e das cores na representação da informação, e o quanto estas podem influenciar no momento de interpretação da informação, fez-se um estudo comparativo dos cinco modelos estatísticos utilizados para geração de classes oferecidos pelo software ArcView, buscando aquele que mais se adequava à representação de taxas de incidência. Também foram feitos testes com diversas cores a fim de avaliar as sensações provocadas no ser humano por cada uma delas. Os resultados indicaram que nenhum dos modelos estatístico oferecidos pelo software foram adequados para a representação da taxa, sendo sugerido que o elaborador do mapa defina, a partir da análise do banco de dados, os pontos de corte das classes a serem representadas. Definiu-se, a partir da bibliografia consultada, que o número máximo de classes com a utilização de cores deve ser de sete classes, visto que a partir deste número a informação encontra barreiras na própria percepção humana. Também foi identificado que, para valores iguais a zero, recomenda-se a utilização da cor branca. Já cores como ciano e verde claro transmitem tranqüilidade, enquanto a combinação do amarelo com o vermelho despertou maior interesse pela informação representada.

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ABSTRACT

The epidemiology already used the cartography in its studies of space dispersion of illnesses, even before it, the epidemiology, was recognized as a science. With the advent of the GIS (Geographic Information System), it became easier for non-cartographers professionals to produce the most varied thematic maps. However, this easiness in the elaboration of maps using softwares of GIS presents advantages and disadvantages. As advantages, among others, it can be cited the already mentioned easiness in the elaboration of maps. As disadvantages, among other factors, it can be cited the lack of knowledge of techniques of cartographic communication by many professionals of different areas. In this research it was expected to associate the epidemiological knowledge with techniques of cartographic communication to represent the rates of incidence of four endemic illnesses of the city of Rio de Janeiro in maps of classes with the use of colors. They are dengue, hepatitis type A, leptospirosis and meningitis. The data for the research had been yielded by the Gerência de Vigilância Epidemiológica from the Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Given the importance of the classes and the colors in the representation of the information, and how much these can influence at the moment of the interpretation of the information, a comparative study of the five statistical models offered by the software ArcView used for the generation of classes, searching for the one that was best fit to the representation of rates of incidence. Besides that, tests with many colors had been made in order to evaluate the sensations provoked in the human being by each one of them. The results had indicated that none of the models offered by the software had a good adjustment for the representation of the rates, being suggested that the elaborator of the map defines, from an analysis of the data base, the points of cut of the classes to be represented. It was defined, from the bibliography that was consulted, that the maximum number of classes with the use of colors must be of seven classes, once from this number the information finds barriers in the human perception. It was also identified that for values equals to zero, it is recommended to use the white color. And colors such as cyan and clear green, transmit tranquility while the combination of yellow with red had brought bigger interest for the represented information.

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1 INTRODUÇÃO

A multidisciplinaridade faz, atualmente, parte do universo das ciências e a

cartografia encontra-se neste contexto, ou seja, ela ao mesmo tempo busca e é

requisitada por outros ramos do conhecimento com o intuito de contribuir ainda mais

para o desenvolvimento da ciência como um todo.

A disseminação da tecnologia SIG (Sistema de Informações Geográficas) veio

facilitar ainda mais a inserção da cartografia neste novo momento vivido pelas

ciências. Novo porque a ciência vive um momento de intensa troca de conhecimento

entre os seus diversos ramos. O SIG, a partir de um banco de dados

georeferenciado, permite ao usuário realizar análises complexas, como correlação

espacial, geoestatística, entre outras, integrando dados de diversas fontes numa

base digital (CÂMARA & DAVIS, 2004). A ampla comercialização de softwares de

SIG também influenciou neste processo de disseminação da cartografia, pois ficou

muito mais fácil para leigos desenvolverem mapas temáticos. Por leigos entendam-

se profissionais das mais diversas áreas do conhecimento em que o saber do

espaço não se faz, à princípio, essencial. Entretanto, os mapas temáticos

produzidos por essas diversas áreas da ciência nem sempre obedecem aos padrões

de comunicação cartográfica.

Neste ambiente de multidisciplinaridade, o IME (Instituto Militar de Engenharia)

se faz presente e mais precisamente a Seção de Ensino de Engenharia

Cartográfica, que desde 2001 vem desenvolvendo estudos com a Fundação

Oswaldo Cruz (FioCruz) envolvendo Cartografia e Saúde. Três pesquisas já foram

realizadas nesta parceria. A primeira, de autoria de XAVIER (2003) buscou, a partir

do desenvolvimento de um SIG, avaliar de maneira preditiva o risco epidemiológico

de dispersão da espécie do Trypanosoma cruzi, fornecendo informações para o

controle da Doença de Chagas. A segunda, de autoria de ROCHA (2004), realizada

nesta mesma linha, desenvolveu um modelo espacial para identificação de variáveis

que influenciavam ou não na dispersão do inseto conhecido como barbeiro, principal

vetor de transmissão da Doença de Chagas. A terceira, de COUTINHO (2006),

oferece uma metodologia para a identificação semi-automática (aplicando

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classificação orientada a objeto em imagens IKONOS) de aspectos propícios à

transmissão da leptospirose em área urbana. À estas pesquisas virá somar-se ao

IME a Secretaria Municipal de Saúde, representada pela Gerência de Vigilância

Epidemiológica.

A elaboração de mapas temáticos nunca ficou restrita a uma única área do

conhecimento e hoje têm sido produzidos através das mais diversas áreas. Por

exemplo, são comuns mapas de anatomia vegetal, de histologia, de botânica, de

dermatologia, de história, de desenvolvimento humano, de fitoplânctons, de

economia, entre outros. A área da saúde vem se beneficiando deste produto

cartográfico há muito tempo. Há registros de que, já no século XVIII, a cartografia

era utilizada pela epidemiologia, quando James Lind publicou um trabalho sobre a

distribuição geográfica das doenças (CARVALHO, 1997 apud XAVIER, 2003).

A cartografia tem grande importância na epidemiologia, pois a análise espacial é

uma das principais fontes de informação desta ciência, principalmente no estudo de

taxas de incidência, foco de estudo desta dissertação. Segundo ASSUNÇÃO et al

(1998), a utilização de mapas nas análises de dispersão espacial de uma doença

terá três objetivos principais:

- Descritivo: simples visualização da distribuição espacial da doença;

- Exploratório: a partir de investigação, identificando locais e fatores etiológicos

que possam estar influenciando na disseminação da doença;

- Apontamento: apontando associações entre fontes potenciais de contaminação

e áreas de elevado risco.

A cartografia tem muito a contribuir com o estudo da saúde no Brasil, pois a

representação das ocorrências, ou até mesmo dos fatores que proporcionam o

desenvolvimento de uma determinada doença, quando representados

espacialmente, são de suma importância para a identificação de focos e padrões de

distribuição espacial, facilitando assim as ações de combate e prevenção, além da

obtenção de informações preditivas acerca das doenças.

Mesmo com o advento do SIG e, conseqüentemente, a fácil elaboração de

mapas por profissionais não cartógrafos/geógrafos, o conhecimento de conceitos

cartográficos se faz essencial. Muitos mapas produzidos na área da saúde não

obedecem a estes conceitos, não se apresentando de forma clara – por exemplo,

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através da aplicação incorreta de cores ou dimensão das letras, da ausência de

escala, entre outros erros mais comuns, interferindo no processo de comunicação do

mapa. A construção de um mapa temático muitas vezes é feita de forma automática

e as categorias nele representadas são escolhidas de forma aleatória ou arbitrária,

sem a adequada fundamentação cartográfica. Entender o porquê das categorias, ou

o porquê desta ou daquela forma de representação, passa pelo entendimento dos

conceitos e das definições que estão embutidos naquela representação ou no que

está sendo representado. Por isso, este intercâmbio entre saúde e cartografia se faz

importante. A adequação de conceitos cartográficos aos conceitos de epidemiologia

será importante para a representação de doenças, assim como a correta aplicação

de conceitos cartográficos serão essenciais para uma comunicação eficaz.

Nesse contexto, serão produzidos neste estudo mapas temáticos. Por mapas

temáticos entende-se uma carta, um mapa, ou uma planta que tenha um tema

específico, com o objetivo de representar informações e/ou apoiar atividades

(GASPAR, 2000).

Isto posto, a construção de mapas temáticos sobre doenças endêmicas na

Cidade do Rio de Janeiro visa apresentar uma sistemática para a representação

dessas doenças, considerando as características que sejam relevantes em seu

estudo. Estas informações serão representadas a partir de mapas temáticos de

taxas de incidência, que é apenas uma das possibilidades da linguagem /

comunicação cartográfica aplicado à área da saúde.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO

A não existência de uma padronização para a representação cartográfica de

taxas de incidência das doenças selecionadas para o estudo (Leptospirose,

Meningite, Hepatite tipo A e Dengue) foi o maior estímulo pra o desenvolvimento

desta pesquisa.

Conforme já citado, a análise espacial de uma doença é uma das principais

fontes de informação da epidemiologia, sendo o mapa seu veículo de informação por

excelência. Porém, para que essa informação seja transmitida da maneira mais

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eficiente possível, se faz necessário o estudo de conceitos cartográficos para

comunicação, assim como de conceitos epidemiológicos. Espera-se que,

conjugando esses conceitos, se consiga transmitir a informação para o leitor do

mapa de maneira eficiente, com a menor perda de informação e a maior rapidez na

assimilação do conteúdo do mapa.

Outro fator relevante diz respeito à necessidade de continuidade às pesquisas

iniciadas entre as áreas de cartografia e saúde, onde se espera que o suporte

cartográfico possa auxiliar no combate às doenças endêmicas na cidade do Rio de

Janeiro.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

O objetivo da presente dissertação é propor uma metodologia para a construção

de mapas temáticos de taxas de incidência de doenças endêmicas a partir de

intervalos de classes e com a utilização de cores.

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

A fim de alcançar o objetivo proposto, esta dissertação foi estruturada em 5

capítulos, conforme descrição a seguir.

No capítulo 1 é apresentado o posicionamento do trabalho, a justificativa, o

objetivo e a organização da pesquisa.

O capítulo 2 trata de uma revisão conceitual acerca da cartografia, além de fazer

uma breve descrição de sua história. Constam também neste capítulo o processo de

comunicação, a cartografia temática e a percepção humana.

No capítulo 3 são abordados conceitos, definições e retrospectiva histórica da

epidemiologia. Também é apresentada a estrutura desta área da saúde coletiva na

cidade do Rio de Janeiro. São ainda apresentadas neste capítulo as doenças

selecionadas para esta pesquisa.

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O capítulo 4 apresenta os materiais e metodologia utilizados no desenvolvimento

da pesquisa, assim como softwares e bancos de dados trabalhados, além dos

resultados dos testes efetuados.

Por fim, no capítulo 5 são apresentadas as conclusões geradas pela pesquisa e

apontadas sugestões para o aprimoramento e desenvolvimento do tema.

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Adaptado Do Desenho de Rino Alberterelli (MUNARI, 1968)

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2 A CARTOGRAFIA E A ARTE DE COMUNICAR

Neste capítulo será apresentado um breve histórico da cartografia e como ela se

apresenta hodiernamente, com o objetivo apenas de contextualizar a maneira como

o homem vem representando o espaço em que vive. Será trabalhada a questão da

percepção humana e como esta influencia nos momentos da construção e da leitura

dos mapas. Também serão trabalhadas as relações de cor, forma, tamanho e outras

variáveis que os símbolos possam apresentar e como essas variáveis, quando

combinadas, participam da chamada Comunicação Cartográfica.

2.1 A PRÉ-HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA

A capacidade do homem de desenhar é tão nata quanto a fala. Pode-se afirmar

que todo ser humano é capaz de desenhar, uns com mais talento, outros de maneira

mais modesta, contudo, todos têm a capacidade de abstrair parte da realidade do

mundo. Prova disto é que antes mesmo de desenvolver um sistema de escrita, o

homem pré-histórico já deixava suas marcas nas paredes das cavernas espalhadas

pelo mundo, as conhecidas pinturas rupestres.

A cartografia se desenvolveu nesse contexto, ou seja, a partir do momento em

que o homem decidiu representar o ambiente onde vivia. Fosse como forma de

conhecimento, fosse como forma de preservação deste conhecimento, ele começou

a fazer cartografia. Assim surgiram os primeiros mapas em diversas partes do

mundo. É evidente que as regras e padrões cartográficos dos dias atuais não

estavam presentes nos mapas antigos, mas, se a cartografia for enxergada como

um meio de comunicação do homem e como forma de conhecimento de uma área,

naquele momento iniciou-se a cartografia.

Nem todos os mapas eram desenhados em paredes de cavernas ou couro de

animais. Para registrar o ambiente em que vivia, o homem se utilizava dos mais

diversos recursos, como presas de marfim, conchas de praia e barro. Com o barro

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foi feito o mapa mais antigo de que se tem notícia. O mapa de Ga-Sur (FIG. 2.1),

encontrado na Mesopotâmia por volta de 2500 a 3000 a.C., é uma prova desta

capacidade de abstração do ser humano (OLIVEIRA, 1993). Outros mapas, como o

de Ga-Sur, podem ser encontrados a qualquer momento e em qualquer lugar do

globo, eventualmente até mais antigos que esse, visto que a capacidade humana de

representação da realidade iniciou-se independentemente em vários povos

espalhados pelo mundo (ESTEIO, 2005).

FIG. 2.1: Mapa de Ga-Sur (HISTORIADOR, 2005)

2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DA CARTOGRAFIA

Apesar de mapas primitivos serem encontrados em todo o globo, foi com os

egípcios, a partir do ano 6000 a.C., e, posteriormente, com os gregos que a

cartografia alcançou um grande desenvolvimento. Os egípcios, com suas grandes

contribuições matemáticas, e os gregos, pelas aplicações matemáticas no estudo da

terra. “Os gregos não só reconheceram a forma esférica da Terra, mas também

estabeleceram o sistema de coordenadas geográficas, que ainda hoje é utilizado, e

desenvolveram as primeiras projeções cartográficas.” (GASPAR, 2000).

Do século V ao século XV, período conhecido como Idade-Média, a Europa

viveu momentos distintos referentes a ciência. Alguns períodos ficaram

caracterizados pelo retrocesso, onde muitos conhecimentos foram esquecidos ou

ignorados, enquanto outros períodos ficaram caracterizados pelo avanço na ciência,

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como um exemplo de retrocesso pode-se citar a negação a esfericidade da Terra.

Na China, apesar disso, o desenvolvimento da cartografia se fazia notável. A agulha

magnética e o papel são exemplos de elementos importantes para o

desenvolvimento da cartografia e já eram utilizados na China no período que, na

Europa, correspondia à Idade-Média. Até uma projeção com características

semelhantes à que seria desenvolvida por Mercator, no século XVI, já era utilizada

na China por volta do ano de 940 (RONAN, 1983 apud GASPAR, 2000). O mundo

árabe também deu sua contribuição para o desenvolvimento da cartografia. Os

árabes resgataram os conhecimentos greco-romanos e os aperfeiçoaram, eles

calcularam o valor do comprimento do grau, estudaram sistemas de projeção,

construíram esferas celestes, organizaram tábuas de latitude e longitude (RIBEIRO

& ANDERSON, 1982) e traduziram a obra Geografia de Cláudio Ptolomeu.

Somente no século XV a cartografia européia voltou a se desenvolver. E um dos

fatores que contribuíram para este renascimento foi a redescoberta da obra

“Geografia”, de Cláudio Ptolomeu de Alexandria (90 – 168 d.C.). Nesta obra se

encontravam os princípios da cartografia, matemática, projeções e observações

astronômicas. Outros fatores importantes para o renascimento da cartografia foram:

a era dos descobrimentos e a intensificação do comércio; a invenção da imprensa; e

a fundação da Escola de Sagres (RIBEIRO & ANDERSON, 1982), vale ressaltar que

a citada Escola, não se constituiu de uma instituição física, construída, e sim no

desenvolvimento de novas idéias para navegação. Neste século predominaram na

cartografia os portugueses e os espanhóis. No século seguinte, século XVI,

começou a se destacar a cartografia holandesa, tendo como seu maior

representante Guerhard Kramer, mais conhecido pelo seu nome latino Mercator. A

grande contribuição de Mercator para a cartografia foi a criação da projeção que leva

seu nome, que tem como base um cilindro (FIG. 2.2). Também foi Mercator o

primeiro a utilizar a palavra atlas para designar uma coleção de mapas (WIKIDÉSIA,

2005). No século XVII surge a Escola Francesa. Assim, enquanto o lado artístico da

cartografia começou a declinar, seu lado científico foi se tornando mais evidente.

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FIG. 2.2: Mapa Mundi com a Projeção de Mercator (DAVIS, 2006)

2.3 A COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA E O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Os mapas, de maneira geral, despertam o interesse no homem não só pela

beleza gráfica, mas também pelo fato de fornecerem um ângulo de visão diferente

daquele que o ser humano está acostumado a ver o mundo ou uma parte dele no

seu dia-a-dia. Quem trabalha com mapas certamente já passou pela experiência de

ter um leigo ao seu lado pedindo que lhe mostre “onde fica minha casa?”, “que rua é

essa?”, “onde está o meu bairro?”. Neste caso, o mapa realiza, em parte, um dos

mais antigos desejos humanos, o de voar (GASPAR, 2000). Contudo, esse interesse

pelos mapas pode ser acentuado ou não, pois assim como é preciso aprender a

manusear determinados equipamentos, é necessário que se aprenda a ler um mapa

e também a se comunicar através dele. Porém, para se construir um mapa se faz

necessário que o mundo real seja abstraído por quem o estiver construindo. Ou seja,

a informação que se deseja representar através do mapa precisa ser codificada de

maneira tal que torne clara esta informação. Muitas vezes essas codificações são

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meramente convencionais, em outros momentos não existe convenção. Entretanto,

GASPAR (2000) afirma que “uma boa simbologia é aquela que é intuitivamente

interpretada sem necessidade de se recorrer a uma legenda”. Desta forma, a

comunicação cartográfica irá influenciar não somente o consumidor do mapa, mas

também seu construtor que, através desta comunicação, deverá tornar seus mapas

atrativos aos olhos do observador.

Os mapas são representações gráficas, ou modelos de realidade e como toda

representação gráfica tem erros, omissões e imperfeições, pois tudo dependerá da

forma como a informação é adquirida por aquele que irá construir o mapa (GASPAR,

2000). Porém esses erros, omissões etc. não fazem do mapa um mapa errado, ou

correto, e sim um mapa adequado ou inadequado para determinados usos. É

importante ter em mente que o mapa é um produto e como todo produto busca

atender as necessidades não somente daqueles que os usam, mas também

daqueles que os produzem pois todo mapa tem um propósito. Segundo MUNARI

(1968), “cada um vê aquilo que sabe”. Portanto, caberá à pessoa que estiver

construindo um mapa abstrair a realidade e selecionar o que deve e o que não deve

conter um mapa (FIG. 2.3), buscando sempre um equilíbrio entre as necessidades e

capacidades de leitura de mapas de seus usuários (FIG. 2.4). MONMONIER (1982)

ratifica essa idéia quando seleciona o autor do mapa como um dos cinco fatores que

irão influenciar no processo de comunicação cartográfica. Os outros fatores nesta

seqüência são: a intenção da mensagem do mapa; a técnica de mapeamento; o

leitor do mapa; e, por fim, a mensagem recebida pelo leitor do mapa. O quarto fator,

o leitor, estará do outro lado do mapa como receptor da informação e também

sofrerá influência do meio na interpretação e interesse por um mapa. Dos fatores

envolvidos no processo de comunicação cartográfica, a variável leitor é a menos

controlável por este processo de comunicação. Entretanto, apresenta-se como a

mais suscetível às técnicas de comunicação. BERLO (1999) caracteriza processo

por algo que apresente uma mudança contínua no tempo, onde não existe um

começo nem um fim.

Ainda no contexto do receptor, MUNARI (1968) vai além e explicita três filtros

por quais a mensagem terá que passar. Estes filtros irão influenciar, ou mesmo

anular, certas mensagens, e que segundo aquele autor fazem parte de um universo

particular em que está inserido o receptor da mensagem. Os três filtros são:

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- sensorial – diz respeito aos aspectos fisiológicos do olho humano;

- operacional – diz respeito às características psico-fisiológicas do receptor; e

- cultural – diz respeito ao ambiente em que o receptor está inserido, o seu

universo conhecido determinará o que será e o que não será reconhecido pelo

receptor.

FIG. 2.3: Processo de seleção de informações na construção de um mapa: o que constar e o que não

constar no mapa? (Fonte: Mapas produzidos a partir da base cartográfica do IPP na escala 1:2.000)

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FIG. 2.4: Processo de comunicação (Proposto por MARTINELLI, 1991)

Analisando a FIG. 2.4, é possível afirmar que o processo de comunicação feito

através do mapa será o resultado da percepção de mundo do autor do mapa

somado a capacidade de leitura do leitor. “Por isso o mapa é um resumo da grande

quantidade de informações oriundas do mundo real.” (BRITO, 1999). Porém, para

que o mapa efetive o processo de comunicação, seu autor precisa estar atento para

que o seu produto se apresente de forma expressiva, legível e com simbologias de

fácil apreensão (QUEIROZ, 2000), pois o mapa será o suporte visual da informação

que se deseja transmitir, ele é que tornará visível a mensagem. Desta maneira, seus

elementos devem ser utilizados com a máxima coerência para que o objetivo da

mensagem seja alcançado, ou seja, que a mensagem seja transmitida.

Uma das maneiras de se estudar a comunicação cartográfica é utilizando a

Teoria da Informação (FIG. 2.5). A Teoria da Informação foi desenvolvida em um

ambiente de engenharia e buscava solucionar problemas técnicos de

telecomunicações relativos à transmissão de informação. Seu objetivo era transmitir

informação o mais economicamente possível. Esta teoria foi sendo adaptada para os

mais diversos ramos da ciência, inclusive a cartografia, onde se buscava um melhor

processo de comunicação entre a fonte da informação e o destino (FIG. 2.6). Na

Teoria da Informação, ruído é a diferença entre a quantidade de informação emitida

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e a recebida (MONMONIER, 1982). E como pode ser observado na FIG. 2.6, este

ruído pode ser produzido em qualquer etapa entre a concepção do mapa e a leitura

final do usuário.

FIG. 2.5: Modelo de sistema de comunicação generalizado (MONMONIER, 1982)

FIG. 2.6: Modelo de comunicação cartográfica (MONMONIER, 1982)

Ainda que muitas teorias tenham sido desenvolvidas sobre o processo de

comunicação, em essência todos trabalharam com os três aspectos já

desenvolvidos por Aristóteles, que são: quem fala; o discurso; e a audiência. BERLO

(1999) afirma que um modelo coerente com o sugerido por Aristóteles é o modelo

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Shannon-Weaver. A FIG. 2.7 apresenta o modelo sugerido por BERLO (1999),

adaptado do modelo de Johnson e Klare.

FIG. 2.7: Modelo dos ingredientes da comunicação (SILVA, 2006 adaptado de BERLO,1999)

Neste modelo podem ser identificados, segundo BERLO (1999), os elementos

que participam do processo de comunicação. São eles:

- a fonte – uma pessoa ou um grupo de pessoas que têm uma razão, um objeto

a comunicar;

- a mensagem – mensagem é a tradução de idéias, objetivos e intenções num

código, num conjunto sistemático de símbolos;

- codificador – responsável por adequar as idéias em um código oral, escrito,

gestual, etc.;

- canal – condutor da mensagem;

- decodificador – traduz e decifra a mensagem recebida;

- receptor – é o alvo da informação.

Comunicar é obter resposta do receptor. Dessa forma, ao se elaborar um mapa,

deve-se ter em mente o público alvo deste mapa para que a seleção dos elementos

soe agradável a quem estiver fazendo a leitura do referido mapa. No caso do

produto desta dissertação, os mapas representando as taxas de incidência por

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bairro tem como público alvo a população em geral, independente de serem

profissionais de saúde ou não. A escolha da população em geral, e não só

profissionais da área saúde, visou alcançar o maior número de pessoas possíveis

que por ventura viessem a desejar analisar, ou conhecer a referida taxa

representada através de mapa de bairros, e com isso estimular a tomada de

iniciativas pela sociedade em seus diversos segmentos.

A comunicação cartográfica estará inserida no universo da comunicação visual,

estando balizada por um sistema de sinais que o homem construiu para se

comunicar. Segundo ANDREWS (1990, apud QUEIROZ, 2000), “a linguagem da

cartografia é geralmente descrita como internacional, mas isso não a faz universal.

Diferentes leitores aplicam diferentes interpretações para a mesma feição do mapa”.

O mesmo vale para diferentes feições que recebem a mesma interpretação. Neste

contexto, pode-se resumir que não apenas o momento da confecção do mapa é

importante para se alcançar eficácia na comunicação cartográfica, mas o usuário e

seu conhecimento do mundo, ou seja, suas experiências vividas, irão influenciar

também na leitura adequada deste mapa.

2.4 A CARTOGRAFIA TEMÁTICA

Para tentar alcançar o seu objetivo, ou seja, atingir o processo de comunicação,

a cartografia foi se especializando para que cada grupo de usuários pudesse ser

atendido de maneira diferenciada. De acordo com IBGE (2005), os mapas foram

divididos em três categorias: gerais, especiais e temáticos (TAB. 2.1). Os mapas

gerais são normalmente elaborados em escala pequena (mapas com escalas a

partir de 1:500.000 e menores), destinado a um número indeterminado e

diversificado de usuários. Mapas especiais destinam-se “à representação de fatos,

dados ou fenômenos específicos, tendo, assim, que se cingir rigidamente, aos

métodos e objetivos do assunto ou atividade a que está ligado” OLIVEIRA (1983). Já

os mapas temáticos são representações sobre fundo básico (topográfico, geográfico

ou hidrográfico), de sínteses de pesquisa e estudos geográficos e de outros temas.

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Segundo MARTINELLI (2003), a cartografia temática é sucessiva à cartografia

topográfica e é resultado da progressiva especialização e diversificação pelas quais

passou a cartografia científica desde o século XVII até o século XIX. Ainda segundo

este autor, esta cartografia está voltada para a representação das propriedades

conhecidas de um objeto, ao contrário da topográfica, focada nas propriedades

vistas do objeto. Desta forma, a cartografia temática estaria voltada mais para

conhecimento abstrato.

Divisão Subdivisão Objetivo Básico Exemplos

Geral - Cadastral - Topográfica - Geográfica

Conhecimento da superfície topográfica, nos seus fatos concretos, os acidentes geográficos naturais e as obras do homem

Plantas de cidades; Cartas de mapeamento sistemático; mapa de países, continentes; mapas-múndi.

Especial

- Aeronáutica - Náutica - Meteorológica - Turística - Geotérmica

Servir exclusivamente a um determinado fim; a uma técnica ou ciência.

Cartas aeronáuticas de vôo; mapas de tempo; mapa de qualidade do subsolo para construção.

Temática - De Notação - Estatística - Síntese

Expressar determinados conhecimentos particulares para uso geral.

Mapa geológico, pedológico, populações, econômicos, epidemiológicos.

TAB. 2.1: Categorias dos mapas (IBGE, 2005)

Não será discutido nesta pesquisa se o nome temático é ou não apropriado para

as representações particulares da superfície terrestre ou dos conhecimentos que

dela são extraídos, sejam naturais, sejam produzidos pelo homem. O que discute-se

são as três categorias de mapas fornecidos pelo IBGE (TAB. 2.1), onde as

categorias “Especial” e Temática” tornam-se redundantes quando analisadas entre si

a partir de suas características básicas apresentadas e quando comparadas com as

características básicas da categoria “Geral”, onde as duas primeiras categorias

possuem um fim determinado que seria o de registrar/informar alguns aspectos

conhecidos da realidade e as duas expressam algum conhecimento a respeito de

algum determinado assunto. Que diferença existe para um leigo entre uma carta

aeronáutica e um mapa geológico? JOLY (1990) argumenta que o desenvolvimento

da cartografia se deu em caráter essencialmente utilitário, onde buscava-se facilitar

o exercício de uma atividade ou de uma autoridade, denominando-os mapas de

especializados.

Assim, MARTINELLI (1991), baseado em JOLY, define categoricamente dois

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ramos, o temático e o topográfico. Com base no exposto, aponta-se como categorias

para mapas:

- mapas gerais ou topográficos: aqueles que tratam dos aspectos conhecidos da

superfície, tanto os materiais como os produzidos pelo homem; e

- mapas temáticos: aqueles que expressam um determinado conhecimento,

tendo como fim o uso restrito a uma determinada gama de pessoas ou

profissionais, ou o uso geral.

Independente de quantas categorias os mapas possam ser divididos, alguns

autores definem que alguns atributos são necessário para que uma representação

cartográfica receba o nome de mapa, sendo eles: escala, projeção e simbolização.

“Todas as vantagens e limitações dos mapas derivam do grau pelo qual os mapas ...

reduzem e generalizam a realidade, comprimem ou expandem formas e distâncias

por projeção e ... apresentam fenômenos selecionados através dos sinais que, sem

necessariamente possuírem semelhanças com a realidade, comunicam as

características visíveis ou invisíveis da paisagem.” (ANDERSON et al, 1982).

Das diferentes categorias de mapa, o temático é o mais difundido em outros

ramos da ciência, sendo utilizado por profissionais nas mais diversas áreas do

conhecimento. Resumindo, os mapas temáticos diferem dos topográficos pois

apresentam “os temas” de maneira analítica, explicativa, enquanto os topográficos

trazem aspectos descritivos e geométricos da realidade retratada (MARTINELLI,

1991).

Ainda segundo este autor, uma representação temática tem por finalidade

registrar, tratar e comunicar informações. Para isso é necessário que o pesquisador

conheça a essência do fenômeno a ser retratado. Desta forma não é exagerado

afirmar que não há limites para a representação temática, pois todo e qualquer

evento que tenha uma relação espacial poderá ser transcrito para um mapa

temático.

A dimensão espacial de um fenômeno irá determinar a forma de sua

representação, ou seja, os fenômenos estarão divididos em pontuais, lineares e de

área, sendo assim representados pelas primitivas gráficas ponto, linha e área,

conforme demonstrado na FIG. 2.8.

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FIG. 2.8: Primitivas gráficas

De acordo com DENT (1999, apud FOSSE, 2004) duas novas categorias podem

ser acrescidas à dimensão espacial de um fenômeno. São elas volume e espaço-

tempo.

Segundo SLOCUM (1999, apud DELAZARI, 2004), os mapas temáticos são

utilizados de três maneiras:

- fornecer informações específicas de localizações particulares;

- fornecer informação geral sobre padrões espaciais; e

- comparar padrões entre dois ou mais mapas.

Devido a gama quase infinita de representações que podem ser feitas com o

auxílio do mapa temático, a cartografia temática não conseguiu, e provavelmente,

não irá conseguir estabelecer símbolos e cores próprias para todos os elementos

representados. Assim sendo, o que esta pesquisa se propõe é oferecer uma

padronização de cor e intervalo de classes para a representação das quatro

doenças endêmicas selecionadas, a saber, dengue, leptospirose, meningite e

hepatite A, conforme será apresentado no capítulo três.

O mapas temáticos ainda são divididos em três tipo, segundo BARBOSA (1967)

apud IBGE (2005):

- Notação: registrando fenômenos e suas distribuições espaciais;

- Estatístico: os elementos representados são originários de técnicas

estatísticas; e,

- Síntese: representam os fenômenos e suas relações externas.

MENEZES (1996) apud GRANHA (2001) refere-se a classificação dos mapas

temáticos como sendo de Inventário, Analítico e Síntese. Entretanto, suas

características correspondem, respectivamente, às características das divisões

sugeridas por BARBOSA.

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Já MARTINELLI (2003), baseado em BERTIN, afirma que o essencial de uma

representação gráfica é transcrever as relações fundamentais entre os fenômenos,

indicadas por ele como sendo diversidade, ordem e proporcionalidade. Tais relações

fundamentais irão balizar a construção dos mapas temáticos, que deverão levar em

conta as características e as formas de manifestações dos fenômenos. Os aspectos

ainda podem ser observados sob dois aspectos: o estático e o dinâmico. Assim,

quatro são as categorias as categorias apontadas pelo autor para construção dos

mapas temáticos.

- Representações Qualitativas: irão responder a questão “o que?”;

- Representações Ordenadas: “em que ordem?”;

- Representações Quantitativas: “quanto?”; e,

- Representações Dinâmicas: “o quê? + quando?”

Em BERTIN (1983) esses métodos recebem o nome de escala de medição e

são classificados da seguinte maneira:

- Qualitativo ou Nominal: “uma componente é qualitativa quando suas categorias

não podem ser ordenadas de um modo universal”, permite assim, distinguir

categorias diferentes;

- Ordinal ou Ordenação/Reordenação: são categorias que podem ser ordenadas

de maneira visualmente reconhecidas; e,

- Quantitativo ou Intervalo/Razão: categorias que podem ser mensuráveis, como:

isso é o dobro, isso é metade, etc. Ou seja, uma série de números é

quantitativa quando seus objetos especificam a variação na distância entre as

categorias.

Os níveis de medidas apresentados por DELAZARI (2004) são os propostos por

DENT e diferem muito pouco das definições de BERTIN. Tal diferença consiste em

apresentar separadamente o intervalo de razão, definindo por:

- Intervalar: quando existe identificação e ordenação e a distância entre as

classes é conhecida, contudo as magnitudes não são absolutas; e,

- Razão: difere da intervalar apenas com relação as medidas absolutas, pois

neste caso existe um ponto inicial absoluto.

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Outras denominações para os níveis de medidas podem ser encontradas em

JOLY (1990).

Todas essas classificações podem ser resumidas nas questões básicas a seguir:

“Como e qual a finalidade do que se quer representar?”; “Como eu vou representar a

informação e para que esta informação está sendo representada em um mapa?”

Essas são questões básicas para quem for elaborar um mapa, lembrando sempre

que deve existir uma relação entre a escala de medição e a primitiva gráfica

utilizada.

2.5 SEMIOLOGIA GRÁFICA

As variações das primitivas gráficas foram apresentadas pela primeira vez por

Jacques Bertin em 1967. No trabalho, o autor define a linguagem cartográfica como

sendo exclusivamente visual e, conseqüentemente, submetida às leis fisiológicas de

percepção das imagens. Desta forma, o referido autor buscou avaliar as vantagens e

os limites das variáveis visuais empregadas na cartografia, formulando regras para

uma utilização racional destes símbolos na linguagem cartográfica (GRANHA, 2001).

FIG. 2.9: Variáveis visuais propostas por BERTIN (Ferreira, 2001)

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Na FIG. 2.9 são apresentadas as variáveis visuais propostas por BERTIN.

- Forma: ideal para diferenças nominais;

- Tamanho: ideal para representar ordem e quantidades;

- Valor: ideal para variações ordinais;

- Textura: pode ser utilizado para representar diferenças ordinais e diferenças

nominais;

- Cor: também chamado de tom, é uma boa variável para distinguir feições; e,

- Orientação: utilizada para mapear diferenças nominais.

As variáveis visuais serão, desta maneira, o que irá concretizar as idéias,

representando as informações cartográficas (SILVA, 2006). Os sinais, quando

adequadamente utilizados, são os portadores da mensagem que se deseja

transmitir, afirma SANCHES (1981, apud Queiroz, 2000), e complementa que signo

deve ser entendido como uma entidade composta por significado e significante

indissociáveis.

Para CASSIER (2001) o signo não é apenas um invólucro fortuito do

pensamento, mas sim algo essencialmente necessário, “ele não serve apenas para

comunicar um conteúdo de pensamento dado e rematado, além disso, ele é um

instrumento, através do qual este próprio conteúdo se desenvolve e adquire

plenitude do seu sentido”.

Para as variáveis visuais, ROBINSON (1995) propõe, além das variáveis

apresentadas por BERTIN, mais 3 variáveis (FIG. 2.10) denominadas de padrão de

arranjo, padrão de textura e padrão de orientação (FIG. 2.11), e uma redefinição

para orientação, apresentadas a seguir:

- Orientação: definido como “um referencial direcional e necessário para definir

orientação de uma marca gráfica;”

- Arranjo: “forma e configuração de componentes que fazem um padrão, sendo

aleatório ou sistemático”;

- Textura: se refere ao tamanho e espaçamento das componentes que produzem

um padrão; e,

- Orientação: se refere ao arranjo direcional de linhas de marcas paralela,

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enquanto elas estão posicionadas com respeito a alguma feição de referência.

FIG. 2.10: Variáveis visuais primárias propostas por ROBINSON (FERREIRA, 2004)

FIG. 2.11: Variáveis visuais secundárias propostas por ROBINSON (FERREIRA, 2004)

Combinando-se as seis variáveis propostas por Bertin, chega-se as variáveis

propostas por Robinson, assim conclui-se que para o estudo das variáveis visuais o

modelo proposto por Bertin ainda é o básico.

Entretanto ao se utilizar as variáveis visuais propostas por BERTIN, ou das de

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ROBINSON, não importa, o que o construtor do mapa temático tem que ter em

mente é que o símbolo usado para representar determinado fenômeno precisa estar

em consonância com as relações fundamentais de ordem, proporcionalidade e

diversidade, para que a informação representada apresente coerência e desperte o

interesse do leitor do mapa.

2.6 A PERCEPÇÃO HUMANA

Mesmo considerando o aspecto científico da cartografia nos dias atuais, o

cartógrafo/geógrafo, ou quem estiver elaborando o mapa, precisa ter um lado lúdico,

artístico, isso porque cor, forma, tamanho e orientação, sem citar todas as variáveis

visuais propostas por BERTIN (1983), quando combinados em um mapa, poderão

despertar ou não o interesse do usuário, ou seja, sensibilizar o usuáriio do mapa.

A percepção humana estará intimamente ligada à percepção do olho humano, e

o que enxerga, por sua vez, passa por diversos caminhos até a construção daquilo

que está sendo visto, caminhos estes sociais, culturais e físicos. A percepção estará

intimamente ligada à experiência, ou seja, a experiência irá determinar as diferentes

maneiras de construção e conhecimento da realidade. “Estas maneiras variam

desde os sentidos mais diretos e passivos como olfato, paladar e tato, até a

percepção visual ativa e a maneira indireta de simbolização” (TUAN, 1983) (FIG.

2.12).

FIG. 2.12: Construção da realidade

(Adaptado de TUAN, 1983)

O homem utilizará o olho como o principal receptor de informação, mas não

basta ser dotado da visão para perceber todas as informações que possam estar

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contidas no mapa. A percepção e a cognição farão parte deste processo de

comunicação. Segundo MONMONIER (1982), a percepção “é o conhecimento

obtido através dos sentidos”, onde o cérebro percebe símbolos e objetos nos mapas,

estando pronto para iniciar a leitura do mapa. A cognição faz parte do

reconhecimento espacial dos símbolos. Isso quer dizer que na cognição o cérebro

associa símbolo à informação e vice-versa, fazendo com que os símbolos adquiram

significados, que podem ser de lugar ou de padrão.

A percepção é uma atividade, um estender-se para o mundo, é trocar, vivenciar

experiências, sem esta simbiose com o mundo a percepção humana seria vazia,

seria como ter olhos e não ver, ter ouvidos e não ouvir.

Na cartografia, as variáveis visuais citadas na seção anterior também sofrerão

influência das relações fundamentais (ordem, proporcionalidade e diversidade). Tais

relações afetarão na percepção de cada variável visual. Desta forma BERTIN (1983)

classificou como sendo quatro as propriedades perceptivas, que também podem ser

encontradas em MARTINELLI (2003), sendo que neste autor as propriedades

perceptivas serão cinco, visto que no seu trabalho a percepção dissociativa é

separada da percepção associativa. A seguir são apresentadas as cinco

propriedades perceptivas segundo MARTINELLI.

- Percepção Dissociativa: a visibilidade é variável, quando afastadas da vista

tamanhos diferentes, somem sucessivamente;

- Percepção Associativa: a visibilidade é constante, as categorias se confundem,

afastando-as da vista não somem;

- Percepção Seletiva: o olho consegue isolar os elementos;

- Percepção Ordenada: as categorias se ordenam espontaneamente; e,

- Percepção Quantitativa: a relação de proporção visual é imediata.

A variável visual cor, um dos focos deste estudo, apresenta-se com

características associativas, apresentando uma visibilidade constante, e é seletiva,

pois é individualizada de maneira espontânea (CARMO, 1997).

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2.6.1 OS CINCO SENTIDOS

Os três aspectos que caracterizam um mapa – escala, projeção e simbolização -

sofrerão influência direta de percepção humana. Duas pessoas não vêem a mesma

realidade, assim como dois grupos culturais não fazem a mesma avaliação do meio

ambiente (TUAN, 1980). Pode-se afirmar que uma mesma pessoa enxerga a mesma

realidade de forma diferente em momentos diferentes da vida. Dessa forma, pode-se

dizer que a percepção humana será individual e cultural. Contudo, apesar da

enorme variedade de valores que as coisas ou as formas possam assumir, o ser

humano está limitado a enxergar as coisas de uma maneira. Isso porque aquilo que

nos permite ver e sentir o mundo serão iguais em todos os seres humanos, as

características físicas. Todos os seres humanos, exceto aqueles que possuem

deficiências físicas, nascem com os cinco sentidos: visão, tato, paladar, olfato e

audição. E serão eles, os sentidos sensoriais, os fatores biológicos responsáveis

pela percepção do mundo (TUAN, 1980).

O homem é um animal predominantemente visual, desta forma de todos os cinco

sentidos, o mais valorizado pelo ser humano será a visão, predominando esta na

relação do homem com o meio. Apesar da visão permitir ao homem enxergar o

mundo, nem sempre ela envolvera emoções de forma profunda, talvez pelo fato de

ser o mais utilizado dos sentidos passe por um processo de banalização do que é

visto.

Dos cincos sentidos, o tato é o único que, quando ausente, impossibilita a

sobrevivência humana, pois “o tato é uma experiência direta da resistência, a

experiência direta do mundo como um sistema de resistências e de pressões que

nos persuadem da existência de uma realidade independente de nossa imaginação”

(TUAN, 1980). Na ausência da visão o tato será o sentido que mais respostas irá

fornecer sobre o mundo, pois através dele o ser humano pode se localizar, identificar

superfícies e ter sensações térmicas.

Dentre os mamíferos, só o homem e alguns primatas desfrutam da visão

colorida, mesmo considerando que o homem enxerga apenas uma pequena faixa do

espectro eletromagnético, conhecida como luz visível ou espectro visível. Entretanto

ver colorido não é privilégio apenas da dos mamíferos, estudos recentes apontam

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que aves, alguns répteis e peixes também podem enxergar colorido e com uma

pequena vantagem sobre o homem, já por exemplo as aves começam a enxergar

cores no quase ultra-violeta (GOLDSMITH, 2006)

O mundo, e certamente a relação do homem com as cores, seria diferente, por

exemplo, se o homem enxergasse o ultravioleta como as abelhas, ou o

infravermelho como outros tipos de insetos o que proporcionaria uma gama diferente

de cores (FIG. 2.13). Isso porque o colorido do mundo seria completamente

diferente do que o homem conhece desde os mais remotos tempos.

FIG. 2.13: O espectro eletromagnético (BENEZ, 2006)

A intensidade com que os sentidos serão utilizados irá variar de cultura para

cultura, mas ainda assim existe entre eles uma predominância da visão. Por

conseguinte, o segundo sentido mais usado irá variar entre os outros quatro

sentidos.

Para a cartografia a visão ainda é o grande receptor sensorial. A partir dela o

mundo será aprendido, codificado, generalizado, transmitido, decodificado e

recebido. Mas algo dos outros sentidos também deverá influenciar na apreensão do

mundo. Na pesquisa feita por ADELINO (2006), é possível ver que a cartografia

começa a buscar uma nova forma de comunicação, onde o tato é o canal de

comunicação entre o emissor e o receptor da mensagem.

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2.6.2 A VISÃO HUMANA

A visão é um instrumento altamente complexo do corpo humano e pode ser

estudada a partir de dois aspectos: o físico-biológico e o sensitivo-emocional. No

primeiro aspecto, o físico-biológico, complexas estruturas de cones, bastonetes e

impulsos elétricos tornam possível a visão. Estas estruturas da visão humana irão

interferir na visão da luz e, conseqüentemente, nas cores percebidas pelo indivíduo.

Já o segundo aspecto, o sensitivo-emocional, terá um certo padrão na percepção

das cores. Por exemplo, a sensação de a cor vermelha ser uma cor quente é quase

unânime em todas as culturas. Contudo, vários aspectos subjetivos irão reforçar ou

minimizar esse efeito, como, por exemplo, aspectos sócio-culturais e experiências

pessoais.

O olho é o órgão destinado à visão e através dele é possível a formação da

imagem no cérebro humano. Os cones e bastonetes, células sensíveis à luz, são

responsáveis por converter as imagens formadas na retina em impulsos nervosos

que são transmitidos ao cérebro pelo nervo óptico (FIG. 2.14). Os cones serão os

responsáveis pela percepção das cores, a conhecida visão central, enquanto os

bastonetes são responsáveis pela visão periférica e não distinguem cores.

FIG. 2.14: O olho humano (HEARN & BAKER (1998) adaptado por FERREIRA, 2001)

No século XIX, Young provou que a superposição de três cores primárias era

responsável pela visão de todas as cores do espectro visível. Isso se devia à

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composição do sistema visual humano e não às características do raio luminoso. As

cores primárias de Young eram vermelho, verde e o azul-violeta. Helmholtz, dando

continuidade às pesquisas, concluiu que o olho humano possuía três tipos de

receptores, cada um com sua sensibilidade para um determinado comprimento de

onda, e que seus pontos máximos referentes à sensibilidade à incidência luminosa

eram diferentes (AZEVEDO, 2003). O mesmo autor ressalta que apesar de toda a

especialização apresentada pelas células do olho humano, este apresenta

limitações para algumas densidades espectrais, ou seja, algumas cores são vistas

pelo olho humano como sendo uma única cor. A cor vermelha corresponde à

freqüência mais baixa do espectro visível, enquanto a violeta corresponde à

freqüência mais alta.

TUAN (1983) afirma que há muito tempo a visão deixou de ser considerada

apenas um estímulo à luz. Ainda segundo este autor, ver é um processo “seletivo e

criativo, em que os estímulos ambientais são organizados em estruturas fluentes”, e

completa dizendo que em algumas culturas o “eu vejo” significa “eu entendo”.

A partir do olhar é possível perceber o mundo. Porém, não se deve confiar

demasiadamente naquilo que o olho vê, pois ele fornece informações limitadas a

respeito do mundo percebido. Só através da combinação da visão com outros

sentidos e fatores sócio-culturais é que se torna possível construir uma visão de

mundo.

2.6.3 A COR E AS SENSAÇÕES

A cor permite focar a atenção do observador e passar emoção. Dessa forma, o

uso da cor torna o processo de comunicação mais eficiente. Segundo AZEVEDO

(2003), “a cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de

construir”.

A cor, como o ser humano conhece, só é possível a partir da luz. Luz é uma

onda eletromagnética que, quando emitida, é absorvida, refletida ou transmitida

pelos materiais. Essa variação do que é absorvido com o que é refletido permite ao

ser humano enxergar o mundo em cores (FIG. 2.15) e a transmissão estará

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relacionada com a transparência do objeto (FOSSE, 2004). De acordo com

ROBINSON et al (1995), a cor é um produto do processamento mental da radiação

eletromagnética detectada pelos olhos humanos. Desta forma, pode-se defini-la

como um fenômeno perceptivo.

FIG. 2.15: Percepção da cor (HEARN & BAKER (1998) adaptado por FERREIRA, 2001)

As cores são classificadas em:

- cores primárias: são as componentes puras, que quando combinadas formam

as demais cores;

- cores secundárias: formadas a partir da mistura de duas cores primárias em

proporções iguais; e

- cores terciárias: mistura de duas ou mais cores primárias em qualquer

proporção.

Segundo AZEVEDO (2003), “não existe um conjunto finito de cores primárias

visíveis que produza realmente todas as cores”. Contudo, as três primárias –

vermelha, verde e azul – que aparecem nas extremidades e no centro (verde) do

espectro luminoso podem, juntas, produzir boa parte das cores que conhecemos.

As cores podem ser obtidas a partir de dois sistemas:

- aditivos: dispositivos que emitem a luz, ocorrendo no olho humano e

percebidos através do estímulo dos cones, células presentes no olho humano;

- subtrativos: dispositivos que refletem a luz, ou seja, esse processo ocorre na

superfície dos corpos.

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Dos aditivos, o mais utilizado é o RGB (Red, Green, Blue), onde o branco

significa todas as cores e o preto a ausência de luz. Do subtrativo, o CMY (Cian,

Magenta, Yellow) é o sistema mais utilizado, sendo o preto todas as cores e o

branco nenhuma cor (FIG. 2.16).

FIG. 2.16: Primárias aditivas e subtrativas (Adaptado de FERREIRA, 2001)

Existem vários sistemas de cores, sendo o RGB e o CMY os mais conhecidos,

mas todos partem de três cores primárias, estando este fato relacionado à estrutura

fisiológica do olho humano que possui três tipos de sensores coloridos diferentes

(cones). Outros sistemas de cores importantes são: HVC (Hue, Value, Chroma),

HSV (Hue, Saturation, Value), HLS (Hue, Lightness, Saturation) e YIQ. O sistema

CMYK nada mais é do que o sistema já mencionado CMY – usado nas impressoras

– agregando a “cor preta”, daí o K – blacK.

Segundo MARTINELLI (2003), as cores possuem três dimensões que vão atuar

conjuntamente. São elas, visualizadas na FIG. 2.17:

- matiz: “é a nuança cromática na seqüência espectral”. É a radiação espectral

pura, correspondendo a um único comprimento de onda;

- saturação: “é a variação que assume um mesmo matiz”, indo do neutro (cinza)

à cor pura;

- valor: “é a quantidade de energia refletida. Uma série de valores pode ser

comparada a uma seqüência de cinzas, que vai desde o branco até o preto,

escalonados em eqüidistância perceptiva, compondo uma ordem visual”.

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FIG. 2.17: Dimensões da cor (Adaptado de CANTARELLI, 2005)

O resultado visual de um sistema para o outro não é igual. Isso quer dizer que,

ao se trabalhar com monitores de vídeo, que funcionam no sistema RGB, e ao se

imprimir esta mesma informação (CMYK), ocorrerá uma variação na cor utilizada, ou

seja, sempre haverá uma diferença entre a cor da tela e a cor da impressão.

A principal função da cor na cartografia e em outros meios é a de comunicar, isto

porque a cor tem um significado próprio, possuindo valor de símbolo. A cor

influenciará na forma como o ser humano irá perceber uma informação, sentindo-se

estimulado nas emoções e no intelecto.

Segundo AZEVEDO (2003), o uso correto das cores poderá resultar numa

rápida e correta assimilação da informação. Porém vale lembrar que a identidade de

uma cor com uma informação sofrerá influência de fatores como ambiente e cultura.

Ainda segundo o autor, o uso das cores em imagens permite:

- mostrar as coisas conforme são vistas na natureza;

- representar associações simbólicas;

- chamar e direcionar a atenção;

- enfatizar alguns aspectos sociais;

- determinar um estado de espírito; e

- tornar uma imagem mais fácil de ser memorizada.

BORGES (2005) acrescenta que:

- identifica estruturas e subdivisões;

- visualiza o tempo e o progresso de uma operação;

- reduz erros de interpretação;

- aumenta a compreensão;

- aumenta a credibilidade e a aparência; e

- cores são mais eficientes no processo de aprendizado do que o preto/branco.

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A cor, por dar uma resposta inconsciente à informação representada por ela,

deve ser trabalhada com cuidado para que resultados inversos ao esperado não

sejam produzidos na mente do leitor da informação, pois, segundo BORGES (2005),

a cor é a primeira informação percebida pelo leitor, antes mesmo que este tenha

consciência do processo de comunicação.

Assim, pode-se perceber que o uso de cores se torna algo delicado, as cores

adicionam impacto e interesse, porém, podem causar também o desinteresse pela

informação que está sendo representada. BORGES (2005) apresenta algumas

dificuldades que podem ser encontradas com o uso da cor, a saber:

- algumas cores podem causar desconforto visual;

- a cor pode contribuir para confusão visual ou criar associações negativas;

- o excesso de cor diminui a acuidade visual, causa mecanismos de acomodação

da vista e altera a adaptação da seleção de cores.

Outros fatores que irão influenciar na comunicação feita através da cor dizem

respeito às particularidades de cada cor, ou seja, as emoções, as sensações que

cada cor ou quando combinadas pode suscitar no receptor da informação. Por isso,

cada cor terá uma sensação. Algumas dessas particularidades podem ser

encontradas em AZEVEDO (2003) e BORGES (2005). Como exemplo, podem ser

citadas as particularidades de algumas cores, conforme evidenciadas a seguir:

- Branco: possui a maior leveza e atrai a atenção em fundo escuro, é também a

melhor para comparação de cores;

- Preto: é estimulante para as outras cores e se harmoniza bem com todas elas;

- Cinza: reduz as conotações emocionais e combina com todas as cores;

- Vermelho: é a cor que tem o maior apelo emocional, significando desde perigo

em algumas culturas a casamento em outras. É também estimulante mental,

sendo a cor preferida quando se deseja chamar a atenção para algo. Contudo, é

uma cor que cansa rapidamente;

- Amarelo: também é um estimulante mental, sendo indicada para situações de

calma e reflexão. Diminui a fadiga visual e está associada à vida e ao calor;

- Verde: está intimamente ligada à natureza, por ser esta a cor predominante na

vegetação. Tem um destacado efeito calmante, apesar disso, o verde em

excesso pode indicar um estado doentio. O verde e o amarelo são as cores mais

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sensíveis aos olhos humanos;

- Azul: tem efeito calmante, podendo seu excesso causar fadiga e depressão. É,

junto com o branco, a cor da paz. Sugere espaço e profundidade por ser a cor

do mar e do céu.

Um maior aprofundamento sobre cores e nuances pode ser encontrado em

PAULI (1997).

Independente das sensações que cada cor pode provocar, elas podem ser

separadas de um modo geral em cores quentes e frias. As quentes são as

luminosas, enquanto as frias são as sombrias. Conforme pode ser notado na FIG.

2.18, observando o espectro visível a partir do amarelo para a esquerda, ou seja,

sentido violeta, as cores compõem uma ordem visual crescente, das mais claras

para as mais escuras, formando o grupo das cores frias. Partindo do amarelo para o

vermelho está a ordem crescente visual das cores quentes (MARTINELLI, 2003).

FIG. 2.18: Espectro eletromagnético visível (BORGES, 2005)

O uso das cores deve ser algo feito com cautela. Não basta querer um mapa

colorido, bonito. É preciso sentir as cores e ter conhecimento das sensações

associadas a elas para se evitar ao máximo os equívocos, ou mesmo a perda da

informação.

Ainda segundo MARTINELLI (2003), as combinações das cores podem ser

contrastantes ou harmônicas. As contrastantes são aquelas em que as cores

combinadas são totalmente diversas entre si e as harmônicas ocorrem quando as

cores possuem partes básicas entre si. Uma combinação contrastante, para efeito

de exemplificação, seria entre as cores verde e laranja avermelhado; já um exemplo

de harmônica seria entre amarelo ouro e laranja.

As cores também podem ser entrantes e profundas, conforme definido por

400 500 600 700

Luz Visível

Ultra Violeta

Infra Vermelho

Viol

eta

Azu

l

Verd

e

Am

arel

o

Lara

nja

Verm

elho

Comprimento de Onda (milimicrons - mµ)

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PAULI (1997): “as cores entrantes são as que parecem sair do plano e vir ao

encontro do observador ... (amarelo, vermelho, laranja) .... Já as cores profundas

(azul, verde, violeta) são as que passam a impressão de estarem se afastando do

seu plano, indo para trás. Esta sensação tem a ver com o local do foco da retina. As

cores quentes se projetam atrás da retina, ao passo que as frias na frente. Isso

explica a sensação de largura que as cores quentes apresentam”.

Por fim, pode-se definir alguns princípios gerais para o uso das cores, tais como:

- Não utilizar mais de cinco cores diferentes quando estas possuírem significado,

pois prejudica a lembrança ou assimilação da informação; e

- O uso de poucas cores (2 a 7) facilita a compreensão da informação.

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3 A EPIDEMIOLOGIA

Nesta seção será feito um breve relato do início da epidemiologia como ciência

até os dias atuais, destacando o desenvolvimento da epidemiologia no Brasil, o elo

desta ciência com a cartografia, incluindo a importância desta para os estudos

epidemiológicos. Por fim, terá foco a epidemiologia no município do Rio de Janeiro,

detalhando como é feita a rotina de coleta de informações, a implantação e

utilização do SINAN – Sistema Nacional de Agravos de Notificação - e o perfil das

doenças selecionadas para o estudo.

3.1 A CONTRIBUIÇÃO CARTOGRÁFICA NA EPIDEMIOLOGIA

Cada vez mais a Cartografia vem sendo utilizada por profissionais das mais

diversas áreas do conhecimento que buscam, entre outras coisas, maneiras de

visualização, representação ou mesmo distribuição espacial dos fenômenos

estudados. Este fato talvez seja reflexo do que hoje é chamado de

multidisciplinaridade, ou seja, a integração de uma determinada área de estudo com

outras áreas do conhecimento, buscando técnicas e mesmo tecnologias para

alcançar um resultado que atenda às exigências para o qual foi produzida a

pesquisa.

A área da saúde, pode-se dizer, é uma das muitas ciências que vêm há muito

tempo se beneficiando dos produtos cartográficos, pois a representação espacial

das doenças já era utilizada antes mesmo do surgimento da epidemiologia enquanto

ciência, com o objetivo de entender a ocorrência e distribuição das doenças nas

coletividades deste ou daquele lugar (SILVA, 1997). Como citado anteriormente, já

no século XVIII James Lind, ao estudar os casos de escorbuto em alguns portos da

Europa, utilizou-se da cartografia para identificar espacialmente as áreas infectadas

com a doença. John Snow, considerado o precursor da epidemiologia, já se fazia

valer de mapas para seus estudos sobre a cólera. Na Londres de 1859, Snow

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utilizou-se de um mapa da cidade onde indicava os casos de cólera e os pontos de

distribuição de água, concluindo que havia uma correlação entre esses fatores.

Rejeitando a teoria de que a cólera era uma doença de caráter miasmático, ou seja,

com a transmissão feita por gases, John Snow provou com o auxilio de um mapa

que esta doença era transmitida pela água contaminada. (FIG. 3.1)

FIG. 3.1: Mapa dos casos de cólera na Londres de 1859 de John Snow (Department of Epidemiology University

of Califórnia, Los Angeles – UCLA)

Dessa forma, o espaço será um importante fator de análise para a

epidemiologia, daí a importância da cartografia para esta ciência. Nele estão

inseridos os personagens que irão participar do processo saúde-doença, e são eles

o homem e o agente transmissor da doença. Não só o espaço natural será

importante, mas o espaço construído também precisa ser analisado, pois será nele

que fatores econômicos, sociais e culturais estarão marcados e influenciando ou não

a proliferação de doenças. Aspectos relacionados ao espaço, como distância e

vizinhança, muitas vezes serão essenciais na explicação do processo saúde-

doença, sendo que este espaço poderá ser fragmentado ou até mesmo ser tomado

como um simples plano geométrico, dependendo do tipo de análise que se necessite

fazer (BARCELLOS, 2000).

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3.2 RAÍZES DA EPIDEMIOLOGIA

A epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúde-

doença em uma população ou, em outras palavras, como uma doença está

distribuída na população e quais os fatores que influenciam ou determinam esta

distribuição (GORDIS, 1996). Etimologicamente seu nome confirma esta posição,

onde epi – sobre; demos – povo; logos – estudo, traduzindo-se como “ciência do que

se abate sobre o povo” (FILHO, 1994). Três foram os elementos conceituais que

balizaram a criação da epidemiologia: a clínica – ligada a descrição de sinais e

sintomas das doenças; a estatística – cuja a finalidade era quantificar prognósticos;

e a medicina social – que oferecia uma perspectiva coletiva da saúde. A medicina

social virá oferecer à epidemiologia a visão de uma medicina voltada para a

população, com uma visão para a coletividade e não para casos particulares das

doenças. Esta visão confirmará a importância da visualização espacial das doenças

para os estudos epidemiológicos.

Já na sua gênese, a epidemiologia era uma ciência que apresentava uma

componente política, pois sua finalidade era promover a melhoria da qualidade de

vida da população e não do indivíduo. Neste caso ela não estava preocupada com a

cura do indivíduo, e sim em descobrir os fatores que, naquele meio, estavam

causando a doença. E desta forma seria possível criar estratégias para combatê-los

para que outras pessoas não viessem a adoecer também, buscando assim elevar o

nível de saúde do coletivo através de medidas preventivas. Em qualidade de vida da

população entende-se melhorias como saneamento básico, hospitais, moradias

adequadas, coleta de lixo, entre outras ações (ROUQUAYROL (a), 1994). Quem

ratifica a idéia do viés político é FILHO (1994), quando afirma que “... sem uma

concepção do coletivo, do social, em suma, do político, é impossível pensar a

epidemiologia”. Segundo alguns autores, a cartografia também é uma ciência que

possui seu viés político. De acordo com LACOSTE (1997), sobre uma carta são

colocadas informações necessárias para elaboração de táticas e estratégias, a

confecção de uma carta representa domínio do espaço, assim uma carta acaba se

tornando um mecanismo de controle do estado, pois .as cartas continuam sendo a

melhor forma de se analisar e desenvolver estratégias sobre o espaço.

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Apesar de termos como epidemia e estudos epidêmicos serem conhecidos

desde a Grécia clássica, o status de ciência só foi alcançado na metade do século

XX, quando livros dedicados especialmente ao assunto foram publicados. Desde

então, o foco de estudo da epidemiologia foi sofrendo diversas modificações, pois se

no começo a epidemiologia ficava restrita a estudos epidêmicos de doenças

transmissíveis, hoje abrange praticamente todos os eventos relacionados à saúde

das populações (PEREIRA, 1995).

Uma definição formal para epidemiologia proposta por ROUQUAYROL (a)

(1994) é:

“Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações da saúde”.

Na compreensão da definição, por distribuição entende-se o estudo dos casos

levando em consideração as variáveis ambientais e populacionais analisadas no

contexto tempo e espaço. Assim, estudar distribuição em epidemiologia significa

relacionar espaço-tempo-pessoa. Essas, então, serão as três questões necessárias

para os estudos epidêmicos, espaço-tempo-pessoa, e podem ser traduzidas por

onde, quando e em quem aconteceu tal doença. Das três questões necessárias,

uma apresenta um caráter essencialmente espacial, é ela: onde aconteceu

determinada doença. A variável tempo (quando) pode ser estudada por intervalos

cronológicos ou de períodos. Já a variável lugar (onde), apresenta-se de três formas

não excludentes. São elas: variáveis geopolíticas; variáveis político-administrativas;

e variáveis geográficas. A terceira questão fundamental para epidemiologia é em

quem ocorreu determinado agravo. Com a perspectiva do onde e quando, entende-

se porque a epidemiologia lançará mão da cartografia para o estudo comportamental

das doenças de caráter coletivo.

Devido ao avanço na abrangência dos estudos epidemiológicos, fez-se

necessária uma repartição das áreas de estudos na epidemiologia. Assim, PEREIRA

(1995) apresenta 3 grandes subdivisões:

– doenças infecciosas e as enfermidades carenciais (grupo onde se encontram

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as doenças estudadas nesta dissertação);

– doenças crônico-degenerativas e os outros danos à saúde; e,

– os serviços de saúde.

Contudo, ROUQUAYROL (a) (1994) afirma que, mesmo com subdivisões,

qualquer área da epidemiologia terá como objetivos principais:

– descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas

populações;

– identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades; e,

– proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das

ações de prevenção, controle e tratamento das doenças.

Assim, pode-se ver que a epidemiologia, desde o seu surgimento, esteve voltada

para o estudo das doenças nas coletividades, também se preocupando em dar

embasamento técnico para medidas que visam a melhoria da qualidade de vida das

populações.

3.3 EPIDEMIA, ENDEMIA E PANDEMIA

Apesar de a ciência receber o nome de Epidemiologia, esta não tem como foco

de estudo apenas as doenças epidêmicas, mas também as endêmicas que, em

algum momento, poderão vir a apresentar um surto epidêmico. A diferença básica

entre epidemia e endemia não se dará apenas pelo aspecto quantitativo, mas,

sobretudo, no caso das endemias, no fato de ser peculiar ou não a um determinado

povo, país ou região. A doença endêmica, portanto, será aquela tida como típica de

uma determinada região. Segundo ROUQUAYROL (b) (1994), o nome endemeion

pode ser traduzido como ‘nele residindo de longa data’. Um exemplo poderia ser o

caso da dengue no Brasil, onde pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz tentam

provar que o agente transmissor da doença existe desde a época dos dinossauros.

Já as epidêmicas são aquelas que podem ou não ser típicas de uma localidade, mas

que em algum momento apresentam surtos, ou seja, têm um caráter de

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temporalidade provisório. Ainda segundo a autora, a palavra epidemeion se

apresenta no sentido de visitar. Contudo, deve-se ressaltar que uma doença

epidêmica pode ser uma doença endêmica, assim como uma doença epidêmica

pode não ser endêmica, mas, após a ocorrência de diversas epidemias, pode vir a

se tornar uma doença endêmica. “É possível que essa epidemia tenha vindo para

ficar e que de visitante...passe a residente” (ROUQUAYROL (b), 1994).

Então, dá-se a denominação de endemia à:

“ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém a sua incidência constante” (ROUQUAYROL (b), 1994)

Já uma epidemia irá se caracterizar não somente pelo elevado número de

casos, mas também pela incidência de um determinado agravo em uma

determinada região. Por exemplo, há momentos em que três mil casos de uma

determinada doença endêmica em uma determinada localidade não irão caracterizar

uma epidemia, pois é sabido que as doenças endêmicas apresentam flutuações de

valores que podem ser sazonais. Entretanto, apenas um caso da mesma doença em

uma outra região geográfica de um mesmo país pode ser caracterizado como uma

epidemia. Diferentemente da endemia, a epidemia ocorre em um intervalo de tempo

limitado, tendo marcados um começo e um fim Porém, este tempo pode variar de

horas, dias, passando por meses, anos e até décadas. Contudo, quando a variável

espaço é analisada, tanto endemias quanto epidemias possuem um espaço definido,

mesmo que esse espaço se refira a mais de um país do mundo.

Nesse contexto, epidemia pode ser definida como:

“alteração espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido.” (ROUQUAYROL (b), 1994)

Classificam-se como pandemia as doenças epidêmicas de grande difusão.

Segundo REZENDE (2004), a palavra pandemia tem origem grega e foi utilizada por

Platão em seu Livro das Leis, no sentido genérico, como qualquer acontecimento

que pode alcançar toda a população. Foi Galeno quem utilizou o termo pandemia

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para doenças epidêmicas de grande difusão.

Por pandemia entende-se:

“Epidemias de grandes proporções, que se espalham a vários países e a mais de um continente.” (REZENDE, 2004)

3.4 ÍNDICES, TAXAS E COEFICIENTES NUMÉRICOS EM EPIDEMIOLOGIA

Sendo a Epidemiologia uma ciência preocupada com o estado de saúde-doença

de uma população, ela irá se valer de diferentes cálculos probabilísticos para

determinar o grau de saúde-doença desta população. As principais medidas

utilizadas pela epidemiologia são indicador, índice, proporção, coeficientes,

prevalência, incidência, taxas, razões e chances. Maior aprofundamento sobre

medidas em epidemiologia pode ser encontrado HAMANN et al (2000), BARBOSA

(1994) e PEREIRA (1995), entre outros.

Esta pesquisa trabalhará com o coeficiente de incidência, também conhecido

como taxa de incidência. Este coeficiente pode ser resumido como a relação entre o

número de eventos reais e os que poderiam vir a ocorrer num determinado período

de tempo, seja este período semanal, mensal, trimestral, anual, etc...

HAMANN et al (2000) explica que “o coeficiente calculado representa a

proporção de indivíduos que, no começo do acompanhamento, não tinham

desenvolvido o evento de interesse e que, ao longo dele, mudaram de status ao

desenvolvê-lo.” Por isso KLEINBAUM (1982, apud HAMANN et al, 2000) denomina

este coeficiente de probabilidade condicional, ou seja, “a probabilidade de que

indivíduos sem o evento de interesse (...), desenvolvam tal evento, em um período

de tempo, com a condição de que não venham a morrer devido a uma outra causa

durante o mesmo período.”

Para cada coeficiente que se deseja conhecer existirá um numerador diferente e

um denominador específico para este numerador. Os coeficientes estarão

vinculados à população, assim eles podem ser relativos por exemplo, a 1.000,

10.000 ou 100.000 habitantes. Exemplificando: o coeficiente de incidência será o

número de casos novos em um determinado período e área divididos pela

população exposta ao risco nesse período e nessa mesma área, multiplicado por

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100.000 habitantes (FIG. 3.2). Segundo GORDIS (1996) a escolha do número de

habitantes é arbitrária, sendo neste exemplo, a incidência dada por 100.000

habitantes. Para a construção de mapas, os valores absolutos de casos, assim

como os coeficientes, serão de extrema importância, pois fornecerão as informações

que serão representadas nos mapas temáticos.

nº de casos novos (iniciados) num determinado período numa áreapopulação exposta ao risco neste período, na áreaC.I. = x 100.000

FIG. 3.2 – Fórmula do Coeficiente de Incidência (Adaptado de ROUQUAYROL (b), 1994)

Existem vários tipos diferentes de coeficientes e índices utilizados em saúde

pública para o acompanhamento e avaliação dos agravos e ações de saúde,

conforme relação presente no anexo 8.1 deste trabalho. Não existe um coeficiente

que seja mais importante que outro, o que existe são coeficientes que podem ser

utilizados para vários tipos de agravos, enquanto outros serão específicos, como por

exemplo, o coeficiente de mortalidade materna ou índice de masculinidade.

Contudo, o coeficiente de incidência, ou taxa de incidência, está entre os mais

utilizados pela epidemiologia.

Uma padronização na terminologia das medidas e indicadores epidemiológicos

vem sendo sugerida por alguns autores da área de epidemiologia. E tem por objetivo

igualar os termos utilizados no Brasil com os utilizados na língua espanhola e anglo-

saxã, para que a literatura brasileira deste referido ramo da ciência esteja em

consonância com a literatura internacional. Para efeito deste estudo será utilizada a

nomenclatura sugerida por ROUQUAYROL (b) (1994) e PEREIRA (1995), sendo

desta forma utilizado o termo coeficiente de incidência ou taxa de incidência.

3.5 A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A vigilância epidemiológica é a principal forma de utilização da epidemiologia, e

pode ser dividida em duas formas de atuação: a vigilância de pessoas e a vigilância

de doenças.

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A vigilância de pessoas consiste na observação sistemática de indivíduos que

podem ser acometidos por determinadas infecções ou doenças, enquanto a

vigilância da doença é a que tem por função detectar variações de tendências, traçar

o perfil de doenças e agir em função deste diagnóstico. Segundo PEREIRA (1995),

as principais atividades da vigilância epidemiológica seriam:

- coleta, análise e interpretação de dados de rotina;

- investigação epidemiológica;

- recomendação ou aplicação de medidas de controle; e

- divulgação das informações.

FISHMANN (1994) define vigilância epidemiológica como:

“O conjunto de atividades que proporciona a informação indispensável para conhecer, detectar ou prever qualquer mudança que possa ocorrer nos fatores condicionantes do processo saúde-doença, com a finalidade de recomendar, oportunamente as medidas indicadas que levem a prevenção e ao controle de doenças.”

As principais fontes de dados de vigilância epidemiológica, segundo PEREIRA

(1995), são:

- notificação compulsória de casos;

- prontuários médicos;

- atestados de óbitos e registros de anatomia patológica;

- resultados laboratoriais;

- registro de bancos de sangue;

- investigação de casos e de epidemias;

- inquéritos comunitários;

- distribuição de vetores e reservatórios;

- uso de produtos biológicos;

- notícias veiculadas na imprensa.

Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à

saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão,

para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. A notificação

compulsória de doenças tem sido a principal fonte da vigilância epidemiológica. A

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lista nacional das doenças de notificação vigente está restrita a alguns agravos e

doenças de interesse sanitário para o País, e compõe o Sistema de Doenças e

Agravos de Notificação Compulsória. É facultado aos estados e municípios da

federação adicionarem outros problemas de saúde considerados importantes em

sua região.

A lista nacional de doenças e agravos de notificação é regularmente atualizada,

a fim de atender as mudanças no quadro sanitário do país. A última atualização foi

feita em fevereiro de 2006, sendo constituída por 41 agravos/doenças: Botulismo,

Carbúnculo ou ‘Antraz’, Cólera, Coqueluche, Dengue, Difteria, Doença de

Creutzfeldt – Jacob Doença de Chagas (casos agudos), Doença Meningocócica e

outras Meningites, Esquistossomose (em área não endêmica), Eventos Adversos

Pós-Vacinação, Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental, Febre Maculosa, Febre

Tifóide, Hanseníase, Hantaviroses, Hepatites Virais, Infecção pelo vírus da

imunodeficiência humana – HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de

transmissão vertical, Influenza humana por novo subtipo (pandêmico), Leishmaniose

Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral, Leptospirose, Malária, Meningite por

Haemophilus influenzae, Peste, Poliomielite, Paralisia Flácida Aguda, Raiva

Humana, Rubéola, Síndrome da Rubéola Congênita, Sarampo, Sífilis Congênita,

Sífilis em gestante, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), Síndrome Febril

Íctero-hemorrágica Aguda, Tétano, Tularemia, Tuberculose e Varíola. (BRASIL (a),

2006)

3.6 A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL

A vigilância epidemiológica no Brasil passou por mudanças significativas ao

longo dos tempos. Antes da década de 60 ela era definida como “observação

sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e

de seus contatos” (FUNASA, 2002). Da metade da década de 60 até a década de 90

do século passado, o serviço de epidemiologia ou vigilância epidemiológica foi

recebendo muitas definições, cada vez mais abrangentes. Nesta época a vigilância

epidemiológica era definida como:

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“o conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com a finalidade de recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes que levem a prevenção e ao controle de determinadas doenças.” FUNASA (2002)

Em 1975 foi criado o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica – SNVE –

que buscou integrar as diversas estratégias de intervenção específicas para cada

doença transmissível, que até o momento eram trabalhadas dissociadas umas das

outras.

Em 1990 foi instituído o SUS – Sistema Único de Saúde - e com ele ocorreram

grandes mudanças na vigilância epidemiológica. Neste ano, o conceito de vigilância

epidemiológica é inserido na Lei Orgânica da Saúde (lei 8080/90), sendo definida

como:

“conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (FUNASA, 2002).

Também em 1990 o serviço de epidemiologia foi descentralizado. Passaram os

municípios a ser responsáveis pela coleta, processamento, análise e interpretação

dos dados, recomendação das medidas de controle apropriados, promoção das

ações de controle indicadas, avaliação da eficácia e efetividade das medidas

adotadas e divulgação de informações pertinentes. Em 1996 foi criado o SINAN –

Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O SINAN é um sistema de banco

de dados fornecido pelo Ministério da Saúde a todos os municípios da federação,

padronizando todas as vigilâncias epidemiológicas do país no que diz respeito às

funções citadas anteriormente.

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3.7 O SINAN E A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NA CIDADE DO RIO DE

JANEIRO

O SINAN foi criado no início da década de 90 com o objetivo principal de coletar,

transmitir e disseminar dados referentes à vigilância epidemiológica nas três esferas

de governo, buscando facilitar, com isso, o acesso à informação e,

conseqüentemente, facilitar a tomada de decisão nos níveis municipal, estadual e

federal (LAGUARDIA et al, 2004).

A primeira versão do aplicativo do SINAN foi gerado no sistema operacional

DOS e, em 1993, teve início o teste piloto em Santa Catarina e Pernambuco. No

começo, a adesão ao programa era voluntária e somente em 1998 este programa foi

regulamentado e sua adesão se tornou obrigatória nas três esferas. Neste momento,

cada esfera de governo teve definido os seus papéis e a Secretaria de Vigilância em

Saúde do Ministério da Saúde (SVS – MS), antiga CENEPI (Centro Nacional de

Epidemiologia), surge como gestora nacional do sistema.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Gerência de Vigilância Epidemiológica (GVE)

funciona da forma mostrada na FIG. 3.2. Por fontes notificadoras entendem-se as

unidades de saúde municipais, estaduais, federais, particulares e beneficentes,

escolas e creches, populares e profissionais de saúde.

FIG. 3.3 – Estrutura atual de notificação da GVE do Rio de Janeiro

Apesar da Cidade do Rio de Janeiro apresentar hoje 33 regiões administrativas,

a Secretaria Municipal de Saúde ainda trabalha com as 23 regiões administrativas

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que existiam no início da década de 90. Assim, existem atualmente vinte e três

Serviços de Epidemiologia – SE – na Cidade do Rio de Janeiro (FIG. 3.3).

FIG. 3.4 – Divisão de RA utilizada pela SMS

Ao Serviço de Epidemiologia cabe a coleta/recebimento/investigação de

informações referentes aos agravos de notificação ocorridos na sua área de

atuação, ou seja, em sua Região Administrativa – RA. As notificações podem ser

feitas por unidades municipais, estaduais e federais de saúde, escolas, creches,

clínicas e hospitais particulares ou beneficentes, profissionais da área de saúde e

populares. Os SEs recebem as notificações por telefone ou por boletim de

ocorrência (cujo modelo encontra-se no anexo 8.2 deste trabalho). As informações

fornecidas por telefone são também passadas para um boletim de ocorrência.

Nestes boletins constam as principais informações que precisam ser coletadas nos

casos de agravos de notificação que, por sua vez, são repassadas ao nível central,

a Gerência de Vigilância Epidemiológica (GVE). Na GVE as informações contidas

nas fichas/boletins são analisadas caso a caso e quando alguma inconsistência é

encontrada, é feita a correção da informação. Após a consolidação das

informações, um novo processo é iniciado. As informações, que até o momento

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estavam em fichas de papel, são digitadas no SINAN. O banco de dados do SINAN

é hoje a principal fonte de informação sobre vigilância epidemiológica no Brasil. A

cada semana essas informações, já em meio digital, são enviadas ao Serviço de

Vigilância Epidemiológica do Estado do Rio de Janeiro, que quinzenalmente

reporta-se ao Ministério da Saúde, também em meio digital (FIG. 3.4).

FIG. 3.5 – Fluxo de remessa dos dados do SINAN

(Adaptado do Manual de Normas e Rotinas versão 5.1 – BRASIL (b), 2004)

3.8 DOENÇAS E PERÍODO SELECIONADOS

De todos os agravos considerados de notificação pelo Ministério da Saúde,

quatro foram os selecionados para este trabalho: Dengue, Hepatite Viral tipo A,

Leptospirose e Meningite, sendo esta de todos os tipos.

O critério para seleção das doenças foi o caráter endêmico das quatro doenças,

ou seja, são doenças típicas desta região do país, mas que ainda não foram

controladas ou que se apresentam re-emergentes. A dengue, que até a década de

80 era considerada uma doença extinta, reapareceu com novos casos e, de lá para

cá, tem apresentado tendência decrescente. Entretanto, têm sido observados

períodos epidêmicos, como nos anos de 1991, 1998 e 2002, tendo sido notificados

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neste último ano pouco mais de 140.000 casos. A hepatite viral do tipo A tem uma

forte correlação espacial, como toda parasitose, pois um dos seus modos de

transmissão está vinculado ao esgotamento sanitário. As meningites,

meningocócicas e por H. influenza, exigem uma ação de resposta rápida no

momento da constatação de casos novos, ou seja, exige uma logística de

emergência que envolve residência, trabalho, escola, transporte ou qualquer outro

meio onde a pessoa infectada tenha tido contato maior e mais próximo com outras

pessoas sadias num período máximo de 48 horas, desde o momento da notificação

de suspeita de um caso. E por fim a Leptospirose, que apesar de apresentar um

baixo número de casos – com média de 100 por ano na cidade – continua sendo

uma doença que apresenta um índice de mortalidade acima de 10% dos infectados

(FUNASA, 2002).

3.8.1 DENGUE

A dengue é uma doença febril aguda que pode ser de caráter benigno ou grave,

e apresenta-se como infecção inaparente, Dengue Clássico, Febre Hemorrágica da

Dengue, ou Síndrome do Choque da Dengue, existindo a possibilidade de evolução

para óbito nos dois últimos casos. O principal vetor de transmissão da doença é o

mosquito Aedes aegypti, que também pode ser transmissor da Febre Amarela

Urbana. A dengue atualmente é um grave problema de saúde pública mundial, pois

existem manifestações da doença em todos os continentes. Apesar da abrangência

mundial, as condições ambientais dos países tropicais, como é o caso do Brasil,

facilitam ainda mais a dispersão do vetor. A transmissão da doença é feita no ciclo

homem - Aedes aegypti - homem, não possuindo características contagiosas. A

proliferação do mosquito transmissor se dará a partir da deposição de ovos do

mosquito transmissor em água parada e limpa (FUNASA, 2002)

A distribuição da dengue pode ser vista analisando-se três variáveis: tempo,

espaço e pessoa. Com relação ao tempo, a doença apresenta características

sazonais, coincidindo o aumento de casos com o verão, estação do ano onde as

chuvas são mais freqüentes e as temperaturas mais altas. Os espaços urbanos são

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69

os que apresentam maior população infectada, isso devido ao maior número de

criadouros para o mosquito, como lajes, depósitos de pneus, entre outros. E por fim,

com relação a pessoa, não existe distinção entre sexo, raça e idade (BRASIL (c),

1996).

3.8.2 HEPATITE VIRAL - TIPO A

A hepatite do tipo A é uma doença infecciosa aguda, com a transmissão do vírus

se dando de forma fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos

contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra, sendo que o homem é o

único reservatório com importância epidemiológica (FUNASA, 2002). A hepatite A

ocorre em todos os países do mundo e sua magnitude varia de região para região,

sendo mais comum onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou

inexistente e entre as pessoas que não obedecem às normas de higiene básicas. A

infecção pela hepatite A confere ao infectado imunidade permanente. Contudo, hoje

já é possível contar com uma vacina para este tipo hepatite. A Hepatite A não

apresenta características temporais como a dengue e não existe nenhum tipo de

predominância por raça, sexo ou idade. Entretanto, a hepatite A tem maior

prevalência entre crianças, principalmente nas áreas menos desenvolvidas

(POTSCH & MARTINS, 2005).

3.8.3 LEPTOSPIROSE

A leptospirose é uma zoonose (doença que se transmite de animal - animal e

animal - homem) que acomete animais e homens e caracteriza-se como uma

doença febril com início abrupto e que pode levar à morte. A leptospirose apresenta

grande preocupação social e econômica, pois o seu tratamento envolve alto custo

hospitalar e sua letalidade pode chegar a 40% nos casos mais graves (FUNASA,

2002). Está distribuída tanto nas áreas urbanas quanto rurais, e só não é encontrada

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nas regiões polares do planeta. No Brasil é uma doença endêmica, sujeita a

epidemias nos períodos chuvosos, ou seja, possui uma característica sazonal, pois o

índice pluviométrico, a temperatura e a umidade relativa do ar influenciam de

maneira decisiva a ocorrência na doença. Sua presença está relacionada à infra-

estrutura sanitária precária e à alta concentração de roedores infectados.

As principais formas de disseminação da doença são as inundações e a alta

persistência do agente causal no ambiente. O principal portador da bactéria

causadora da doença é o Rattus norvegicus, mais conhecido como ratazana, ou rato

de esgoto, mas outros animais como suínos, bovinos, eqüinos, ovinos e caprinos

também são reservatório da bactéria. A contaminação humana se dá a partir do

contato direto ou indireto com a urina do animal infectado, não existindo na

contaminação a predominância de nenhuma raça, sexo ou idade. Entretanto,

pessoas que vivem em áreas sujeitas às inundações e com condições de moradia e

saneamento precários estão mais sujeitas à doença, assim como algumas

profissões: plantadores de arroz, limpadores de esgoto, garis, magaferes entre

outros (FARIAS, 1999).

3.8.4 MENINGITE

A meningite é uma inflamação que ocorre na meninge, membrana que envolve o

cérebro e a medula espinhal, e possui como agentes causadores vários tipos de

germes (vírus, bactérias, fungos). Pela magnitude de suas ocorrências, por ser

altamente contagiosa, e sua patogenicidade, as meningites tidas como infecciosas

(doença meningocócica, meningite tuberculosa, meningites virais, por pneumococos

e por Haemophilus influenzae tipo b) são as mais críticas do ponto de vista

epidemiológico. A doença se caracteriza por febre, cefaléia intensa, vômitos e

rigidez de nuca, todos de forma abrupta (FUNASA, 2002). A transmissão da doença

é feita homem a homem através das vias respiratórias, havendo necessidade do

contato íntimo. Entenda-se por contato íntimo pessoas residentes na mesma casa,

alunos de uma mesma turma, entre outras formas de contato.

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As meningites têm distribuição espacial mundial e ocorrem tanto em áreas

urbanas como rurais. A quantidade de casos varia de região para região, sendo que

os aglomerados urbanos e os fatores climáticos irão influenciar na dispersão da

doença (meningites virais acontecem mais no verão e as bacterianas no inverno)

(SES – SC, 2005). Contudo, a meningite é uma doença que vai se apresentar

durante todo o ano, sendo os casos mais freqüentes no inverno. Todas as pessoas,

de qualquer faixa etária, são suscetíveis a doença, mas pode-se encontrar uma

ligação com fatores econômicos, onde o número de casos é inversamente

proporcional à renda e diretamente proporcional ao número de pessoas residentes

no domicílio.

3.8.5 PERÍODO

Por se tratarem de doenças endêmicas, onde um dos fatores essenciais para o

estudo comportamental dos agravos é o tempo, adotou-se o período de 1996 a

2004. A não inclusão do ano de 2005 se deve apenas a critérios de prazo, visto que

notificações deste referido ano só deixariam de dar entrada na Gerência de

Vigilância Epidemiológica da Cidade do Rio de Janeiro por volta do mês de abril do

ano seguinte, ou seja, abril de 2006. Outro fator importante para a seleção de

período foi que no ano de 1996 entrou em operação o SINAN, sendo o município do

Rio de Janeiro um dos pioneiros na utilização do sistema quando este ainda

apresentava caráter voluntário na adesão. Isso fez com que as informações sobre os

agravos de notificação tenham ficado mais consistentes, pois como dito

anteriormente, o SINAN é hoje no Brasil a principal fonte de informação sobre

vigilância epidemiológica.

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4 CONSTRUÇÃO DOS MAPAS E TESTE DAS CORES

A partir da conjugação de técnicas de comunicação cartográficas com o

embasamento teórico da epidemiologia, ambos apresentados, respectivamente, nos

capítulos dois e três, buscou-se a construção dos mapas temáticos de taxa de

incidência.

Teve-se como objetivo principal avaliar as classes construídas automaticamente

por cinco métodos estatísticos diferentes oferecidos pelo software ArcView e o

impacto das cores na transmissão da informação nos mapas, para este caso foi

aplicado um teste, onde o grupo foi escolhido de maneira aleatória entre pessoas

conhecidas da autora. E além disso, apontar o melhor modelo para a representação

da referida taxa. Dessa forma, serão apresentados neste capítulo os materiais e a

metodologia que foram empregados na construção dos mapas, bem como os

resultados alcançados.

4.1 MATERIAIS UTILIZADOS

Para o desenvolvimento desta pesquisa foram utilizados alguns softwares, uma

base cartográfica e o banco de dados do SINAN da cidade do Rio de Janeiro.

Abaixo seguem listados detalhadamente os materiais utilizados.

- Banco de dados do SINAN DOS, dos anos de 1996 a 1999, fornecidos pela

Gerência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde do Rio

de Janeiro (GVE – SMSRJ);

- Banco de dados do SINAN Windows dos anos de 2000 a 2004, também

fornecidos pela GVE – SMSRJ;

- TabWin - versão 3.4. Programa livre, desenvolvido pelo DataSUS e disponível

para download na página do DataSUS;

- ArcView – versão 3.2, utilizado para gerar os mapas temáticos;

- Microsoft Excel, utilizado para tabular os dados antes que fossem exportados

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para dBase;

- Tabela com dados populacionais, fornecida pela Gerência de Investigação

Epidemiológica da SMSRJ, de autoria do Instituto Municipal de Urbanismo

Pereira Passos – IPP;

- Base cartográfica oficial do Município do Rio de Janeiro na escala 1:10.000.

Fornecida pela GVE – SMSRJ, de autoria do IPP.

4.2 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo desta pesquisa é a cidade do Rio de Janeiro e teve como

unidade mínima de análise os bairros. A Cidade encontra-se dividida em 159 bairros

(Fig. 4.1), contudo, para efeito desta pesquisa, foram utilizados 157 bairros, visto

que os bairros de Vasco da Gama e Parque Colúmbia até os dias de hoje não

apresentam notificações. Os casos ocorridos nestes bairros ainda são notificados

como pertencendo a seus antigos bairros, que são, respectivamente, São Cristóvão

e Pavuna.

O bairro Vasco da Gama foi criado em 8 de setembro de 1998, a partir do

desmembramento do bairro de São Cristóvão. Apesar do bairro já existir há oito

anos, sua identidade ainda não foi incorporada pela população daquela área, que

ainda hoje fornece como bairro de residência o nome do antigo bairro. O bairro

Parque Colúmbia foi criado a partir da subdivisão do bairro da Pavuna no ano de

1999, e passa pelo mesmo processo de identidade apresentado pelo bairro Vasco

da Gama. Desta forma, os casos ocorridos nos bairros de Parque Colúmbia e Vasco

da Gama aparecem sempre com informação zerada, e os casos que ocorreram

nestes bairros fazem parte das taxas dos respectivos bairros que lhes deram origem.

A base cartográfica utilizada na elaboração dos mapas foi a base cartográfica

oficial da cidade do Rio de Janeiro, na escala 1:10.000, desenvolvida pelo IPP.

Foram utilizados os arquivos em formato shapefile, formato este nativo do software

ArcView.

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FIG. 4.1: Mapa de Bairros (Adaptado de RIO DE JANEIRO, 2000)

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4.3 METODOLOGIA

Para o estudo de classes e cores na representação de taxa de incidência na

Cidade do Rio de Janeiro, foram escolhidas as seguintes doenças dengue, hepatite

do tipo A, leptospirose e meningite, já apresentadas no capítulo 3: A construção de

mapas temáticos referentes ao tema da dissertação pressupõem como elementos

fundamentais no processo de comunicação a especificação de classes e cores.

Neste sentido foi aplicada uma metodologia que permitiu a escolha de valores e de

cores

O desenvolvimento da pesquisa ordenou-se da seguinte forma:

1º - Seleção das doenças a serem representadas, apresentadas na seção 3.8 da

presente dissertação;

2º - Seleção do período a ser trabalho, também conforme apresentado na seção

3.8;

3º - Extração das tabelas dos bancos do SINAN DOS e Windows;

4º - Depuração das tabelas de população;

5º - Compatibilização das tabelas extraídas do SINAN com as tabelas de

população;

6º - Geração das Taxas de Incidência por bairro para os nove anos de cada uma

das quatro doenças selecionadas;

7º - Definição da forma de representação das taxas de incidência num mapa

temático de cores;

8º - Elaboração dos mapas com teste dos métodos estatísticos apresentados

pelo software ArcView 3.2;

9º - Teste de cores, feito através de questionário;

10º - Avaliação dos resultados; e

11º - Elaboração dos mapas com base nos teste realizados.

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4.4 DEPURAÇÃO DOS BANCOS DE DADOS

Os dados referentes aos nove anos de cada doença selecionada, foram

extraídos do SINAN, usado como fonte primária dos dados. O banco de dados

empregado na dissertação deveria ter, como informação básica, o número de casos,

por mês e bairro, para cada ano utilizado na pesquisa. Conforme apresentado

anteriormente, do ano de 1996 a 1999 o SINAN encontrava-se no ambiente DOS e a

partir do ano de 2002 foi implementado o SINAN Windows – SINANW, sendo este

responsável por fornecer as informações para o período de 2000 a 2004. É

importante ressaltar que apesar do SINANW só ter sido implantado no ano de 2002,

foi feita uma migração das bases dos anos de 2000 e 2001 para este novo formato.

Após a extração das informações, foi observado que o ambiente DOS

apresentava uma ligeira diferença em relação ao ambiente Windows devido, entre

outros fatores, à não existência dos bairros Vasco da Gama e Parque Colúmbia, o

que causava uma incompatibilidade de duas linhas entre os bancos de 1996 a 1999

e os bancos do ano de 2000 em diante (vide tabelas no apêndice). Como o nível de

bairro da base cartográfica apresentava esses dois bairros, optou-se por criá-los nas

tabelas dos anos em que eles ainda não existiam e manter um registro no rodapé de

cada mapa explicando esta particularidade.

Para a extração dos dados desejados a partir do SINAN DOS e do SINANW foi

utilizado o programa TabWin. O TabWin é um programa desenvolvido pelo DataSUS

e tem como principal característica ser um tabulador de dados, onde as informações

podem ser lidas e extraídas do formato GDB (formato adotado pelo SINAN para

armazenar seu banco de dados) e DBF, e exportadas para outros formatos como

XLS. A seleção dos dados pode ser feita a partir de quaisquer campos existentes no

banco original do SINAN. O objetivo da extração dos dados era formar o banco de

dados para o desenvolvimento da pesquisa. A seguir são apresentados os

parâmetros utilizados na extração dos casos das doenças selecionadas para esta

pesquisa.

- Dengue: os arquivos deveriam apresentar seus dados em linhas e colunas,

representando, respectivamente, os casos por bairro e mês/ano. Do Banco do

SINAN DOS foram extraídos os casos que tiveram os seguintes diagnósticos:

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dengue clássico, Febre Hemorrágica, Inconclusivo e Ignorados. Para o

SINANW foram considerados os casos com os seguintes diagnósticos:

Ignorados/Branco, Dengue Clássico, Dengue com Complicações, Febre

Hemorrágica do Dengue, Síndrome do Choque do Dengue (FIG.4.2 e

FIG.4.3). Foram trabalhados os diversos diagnósticos de cada doença de

forma agrupada, ou seja, em categorias únicas, e não por diferentes

diagnósticos.

FIG. 4.2: Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados do

Dengue a partir do SINAN DOS

FIG. 4.3: Descrição dos parâmetros de extração do banco de dados do

Dengue a partir do SINANW

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- Hepatite Tipo A: Assim como no bancos de dengue, leptospirose e meningite,

os arquivos deveriam apresentar seus dados em linhas e colunas,

correspondendo, respectivamente, aos casos por bairro e mês/ano. Do Banco

do SINAN DOS foram extraídos os casos que tiveram os seguintes

diagnósticos: cliníco-laboratorial, clínico-epidemiológico, confirmação

laboratorial e inconclusivo, todos com classificação etiológica para vírus tipo A.

Para o SINANW acrescentaram-se os casos de ignorados e em branco (ver

descrição dos parâmetros de extração no apêndice FIG. 7.1 e FIG. 7.2).

- Leptospirose - foram extraídos os casos que tiveram os seguintes diagnósticos:

Confirmados, ignorados e brancos (ver descrição dos parâmetros de extração

no apêndice FIG. 7.3 e FIG. 7.4).

- Meningite - foram extraídos os casos que tiveram os seguintes diagnósticos:

Confirmados, ignorados e brancos (ver descrição dos parâmetros de extração

no apêndice FIG. 7.5 e FIG. 7.6).

A extração dos dados foi feita de duas maneiras distintas, porém

concomitantemente. Além do número de casos por bairro mês a mês, foi solicitado

ao software que ele exportasse para o formato DBF todas as ocorrências que

preenchiam os requisitos desejados. Ao final existiam dois bancos que possuíam a

mesma informação, mas que a forma de apresentá-los era diferente. O primeiro

fornecia quem compunha o banco caso a caso, com a descrição nominal de cada

doente em DBF (FIG. 4.4). O segundo banco apresentava os casos de maneira

numeral, ou seja, quantos casos ocorreram em determinado lugar, num determinado

período, exportado para o formato XLS (FIG. 4.5).

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FIG.4.4: Parte de um banco de dados com descrição caso a caso.

FIG.4.5: Parte de um banco de dados com número de casos por bairro

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O objetivo de se extrair um banco de dados caso a caso foi para verificar o

número de registros duplicados que cada banco poderia conter. Foi considerado

como duplicidade qualquer registro que contivesse mais de uma ocorrência igual de

sua chave identificadora – no caso do SINAN, o campo chamado de Nu_Notific

(Número de Notificação) – e/ou no campo Nm_Pacient (Nome do Paciente). Quando

um Número de Notificação aparecia mais de uma vez no mesmo banco, significava

que havia ocorrido uma duplicidade de número de notificação ou de paciente. No

primeiro caso, quando a duplicidade era só do número de notificação, com pacientes

diferentes, um dos números de notificação era escolhido arbitrariamente e tinha seu

número alterado para um número fictício garantindo que nenhuma notificação

permanecesse com o mesmo número de identificação, neste caso número de

notificação. No segundo caso, o de duplicidade de nomes de pacientes, se fez

necessária a verificação de outros campos do banco, tais como: nome da mãe,

bairro de residência, data dos primeiros sintomas, logradouro de residência etc, para

evitar que casos de pessoas homônimas ou com mais de uma manifestação da

doença ao longo do ano (fato comum nas meningites) fossem consideradas como

duplicidades e, conseqüentemente, excluídas do banco. No caso de constatação da

duplicidade, um dos registros era arbitrariamente apagado do banco.

Optou-se pela depuração dos bancos para que a pesquisa refletisse o quadro

mais próximo possível da realidade, evitando possíveis distorções na produção dos

mapas trazendo apenas valores verdadeiros. Para a limpeza do banco foi utilizado a

função de nome summarize que encontra-se disponível no software ArcView. Esta

função permite fazer o somatório de entidades iguais pertencentes a um mesmo

campo de uma tabela, gerando uma nova tabela resultado (FIG. 4.6), que em

seguida era vinculada à tabela original facilitando o encontro das possíveis

duplicidades. Na FIG. 4.6, por razões de sigilo, os nomes das pessoas doentes

foram ocultados.

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FIG.4.6: Exemplo de possíveis duplicidades encontradas pela função summarize

O inconveniente da limpeza de duplicidades dos bancos passa pelo fato de só

ser possível avaliar a necessidade e validade da limpeza após o final da operação,

pois não existe uma maneira de supor quantas duplicidades podem existir num

banco de posse apenas do seu número total de casos, contudo a limpeza do banco

garante a consistência da informação a ser trabalhada, mesmo que este número de

duplicidades seja pequeno frente ao tamanho total do banco.

Na FIG. 4.7, são apresentados, para todos os anos, os bancos de cada doença

estudada com o registro de casos antes e após a revisão, além do percentual de

duplicidade encontrado.

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FIG.4.7: Bancos trabalhados e duplicidades encontradas

Após a finalização do tratamento dos bancos extraídos do SINAN, foi feita a

formatação da tabela de população do IPP com o objetivo de compatibilizá-la com as

informações do SINAN. Tal compatibilização consistiu na inserção dos bairros de

Vasco da Gama e Parque Colúmbia nas tabelas onde eles não estavam presentes e

no tratamento dos dados com o objetivo de padronização com as tabelas extraídas

do SINAN, visando à consolidação de todas as tabelas em um único formato que,

posteriormente, foram vinculadas com a tabela do shapefile de bairros.

As tabelas de população do IPP forneceram informações populacionais por

bairro para os anos de 1991, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Dessa forma, como

não foi encontrada a estimativa populacional por bairro para o período de 1996 a

1999, e esta era necessária para o cálculo do coeficiente, foram utilizadas no cálculo

de taxa de incidência as informações populacionais por bairro do Censo de 1991. A

variação populacional absoluta medida pelos censos de 1991 e 2000 na cidade do

Rio de Janeiro, neste mesmo período foi de 377.140 pessoas. A nota técnica

explicando o cálculo de estimativa populacional para os anos de 2001, 2002, 2003 e

2004 encontra-se no anexo 8.7 da presente dissertação. Vale ressaltar que até o

ano de 1999 o responsável pelo cálculo de estimativas populacionais era o IBGE,

mas a partir de então, com base na Resolução Conjunta Nº 28 da SMS/SMU, o IPP

passou a ser o responsável pela estimativa populacional da cidade do Rio de

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Janeiro. Também é válido lembrar que o último censo foi feito no ano de 2000.

As tabelas de população para o ano de 1991 e para o período de 2000 a 2004,

também não estavam compatíveis com a tabela do shapefile de bairro, assim elas

também precisaram passar por um processo de compatibilização. As informações

contidas nessas tabelas apresentavam a população separada por APs (Áreas de

Planejamento), RAs e por bairros, além de estarem separadas por faixa etária e

sexo. Abaixo segue um exemplo de como eram originalmente as tabelas de

população e como elas ficaram após a compatibilização para o cálculo do coeficiente

de incidência (FIG. 4.8 e FIG. 4.9).

FIG.4.8: Tabela de População do IPP

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FIG.4.9: Tabela preparada para o cálculo da taxa de incidência

Com a finalização da adequação dos bancos de dados necessários para a

geração das taxas de incidência, deu-se início à construção das mesmas. A taxa de

incidência, como discutido na seção 3.4, é obtida através do número de casos novos

registrados numa área específica, dividido pela população desta área, multiplicado

por um número determinado de habitantes. Assim, o resultado desta relação será o

número de habitantes naquela área específica que possam vir a desenvolver a

doença. O número de habitantes utilizado para se fornecer o resultado é arbitrário,

podendo ser 100, 1.000, 10.000, 100.000, etc. Pode-se desta maneira afirmar que a

taxa de incidência é a probabilidade de uma pessoa vir a adoecer. COSTA NETO

(1974) define probabilidade como sendo a “maior ou menor possibilidade de

ocorrência dos diversos fenômenos”.

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Na bibliografia consultada foi constatado que apesar do coeficiente de

população ser arbitrário, predomina a taxa de incidência por 100.000 habitantes.

Neste estudo foi adotado o padrão de 10.000 habitantes, e tal escolha se justifica

pela análise da distribuição populacional da cidade nos seus 159 bairros. Foi

constatado que o universo populacional era amplo, existindo bairros com população

inferior à 2.500 pessoas, como os bairros da Saúde e da Cidade Universitária, assim

como bairros que ultrapassavam a barreira dos 200.000 habitantes, como Bangu e

Campo Grande. Contudo, o universo populacional apresenta-se concentrado na

faixa até os 40.000, correspondendo a cerca de 70% do total de bairros, como pode

ser notado na FIG. 4.10.

FIG.4.10: Distribuição dos bairros por faixa populacional

Desta forma, optou-se por gerar a taxa de incidência por 10.000 habitantes,

entendendo-se que a mesma facilitaria a leitura do coeficiente e que a proporção

seria a mesma caso o coeficiente de incidência fosse obtido por 10.000 ou 100.000

habitantes. Na FIG. 4.11 pode ser observado exemplo da tabela gerada já com as

taxas de incidência mês a mês e a taxa por ano. No apêndice encontram-se todas

as tabelas geradas com a taxa de incidência de todas as doenças no período

estudado.

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FIG.4.11: Exemplo de tabela com taxa de incidência

4.5 GERAÇÃO DOS MAPAS

De posse das tabelas com as taxas de incidência e a definição da forma de

representação desta informação, deu-se início a construção dos mapas, utilizando-

se para isso o shapefile de bairros da cidade do Rio de Janeiro e o software ArcView

versão 3.2.

Cada um dos 12 mapas foi gerado a partir do cruzamento entre a tabela de

bairro e a tabela de taxa, utilizando-se como campo comum das tabelas a coluna de

nome de bairro. As informações representadas nos mapas foram as taxas de

incidência (FIG. 4.12) referentes aos anos de 1996, 2000 e 2004 de cada doença

estudada. Tais mapas podem ser consultados no apêndice desta dissertação.

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FIG.4.12: Mapa de Incidência

Contudo, antes de finalizar a construção dos mapas foi feito um teste com todos

os modelos estatísticos oferecidos pelo software ArcView para a construção de

classes. Para tal foi escolhido de maneira aleatória o ano de 2000.

4.5.1 MAPA DE CORES PARA REPRESENTAR TAXA DE INCIDÊNCIA

A escolha do mapa de cores para a representação de taxas de incidência foi

proposital, pois, como visto no capítulo 2, as cores são veículos de informação por

natureza. Outro fator para a escolha de cores para a representação das classes foi a

área geográfica que alguns bairros possuem. Caso fosse escolhida a representação

por hachuras, alguns bairros teriam a visualização da informação dificultada em

função do tamanho dos bairros, por exemplo, caso este mapa precisasse ser

impresso num tamanho A4, ou menor como na FIG. 4.13.

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FIG.4.13: Mapa de taxa utilizando-se hachuras

Segundo QUEIROZ (2000), a cartografia temática sempre apresentou

dificuldades de padronização, ou seja, dificuldades no estabelecimento de cores e

símbolos a serem representados, em função da significativa gama de informações

que podem ser representadas por/em um mapa temático. Contudo, deve-se ficar

atento para que a falta de padronização não seja confundida com má comunicação.

Segundo ROSETTE (2005), o mapa temático faz parte da ciência cartográfica e que,

como tal, mantém algumas características desta ciência como precisão e qualidade

da base.

Ficou definido que os mapas teriam como limite sete classes, seguindo os

preceitos sugeridos por MARTINELLI (2003), de que o uso de cores para ordem não

deve ultrapassar sete cores, uma vez que o olho humano começa a se tornar

insensível à variação dos tons a partir deste número de cores.

Taxa de Incidência de Dengue no Ano de 2000no Município do Rio de Janeiro por Bairro

Taxa de Incidênciapor Bairro

00 - 0.570.57 - 1.021.02 - 3.313.31 - 4.964.96 - 38.86

N

4000 0 4000 8000 Meters

A p

artir

da

base

car

togr

áfic

a 1:

10.0

00 d

o IP

P

Fonte: S/SUBASS/SVS/Gerência de Vigilância Epidemiológica

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89

4.5.2 INTERVALOS DE CLASSE

A principal justificativa para a escolha da representação em intervalos de classes

se deu a partir da caracterização deste tipo de classificação. Essas características

são: os intervalos de classes são mutuamente exclusivos, ou seja, um indivíduo não

pertence a dois intervalos ao mesmo tempo, e exaustivo, nenhum indivíduo fica sem

classificação, além disso, apresentam-se como intervalos contínuos

(BERGAMASCHI, 2006). Assim, intervalo de classe pode ser definido como um

conjunto de observações contido entre dois valores limites, o inferior e o superior

(GALARÇA, 2006).

Ainda segundo GALARÇA (2006), o número de intervalos pode ser um problema

já que não existem critérios rígidos para a definição de número de classes, contudo,

sugere-se que o número de classes não seja inferior a seis e nem superior a 15, pois

no primeiro caso corre-se o risco de generalização acentuada da informação e no

segundo caso de se particularizar muito a informação. Este autor cita a regra de

Sturges como um auxílio para se obter, via cálculo matemático, o número de classes

em função do número de valores de variável.

4.6 TESTE DOS MODELOS ESTATÍSTICOS

O ArcView permite que se agrupe as feições de um tema a partir de algum

atributo da tabela deste tema. Este software apresenta cinco métodos estatísticos

para a criação de classes. São eles: equal area, equal interval, natural breaks,

quantile e standard deviation.

A escolha do método apropriado para representar uma informação é algo que

deve ser feito com muita cautela, visto que a escolha do método afetará diretamente

a forma como sua informação será representada e, conseqüentemente, interpretada.

E como poderá ser observado nos itens a seguir, cada método de classificação

resultou em padrões de representação visualmente distintos em todos os mapas.

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90

4.6.1 MÉTODO EQUAL AREA

Este método consiste em achar pontos de corte de forma que a área total do

polígono de cada classe seja aproximadamente o mesmo. Segundo ROSA (2004),

este método apresenta classes similares ao método quantile quando o tamanho das

feições é aproximadamente o mesmo, o que não ocorre com os bairros da cidade do

Rio de Janeiro. Neste método de classificação, alguns intervalos podem ficar muito

curtos enquanto outros ficam muito longos, conforme pode ser observado na

FIG. 4.14.

FIG.4.14: Mapa de Meningite – Método Equal Area

No exemplo anterior no último intervalo (1.82 – 16.58) constam 39 bairros,

destes apenas seis possuem o mesmo valor de taxa de incidência, são elas: 1.84,

1.93 e 2.08. No total sete taxas estão entre 1.82 e 1.98; quatorze estão na faixa que

vai de 2 a 3; de 3 a 4 são sete casos, de 4 a 5 são 4 bairros; de 5 a 6 são dois

bairros, 1 bairros está entre 6 e 7 e um bairro com 16.58 pessoas por 10.000 hab

que possam vir a manifestar a doença.

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4.6.2 MÉTODO EQUAL INTERVAL

O método Equal Interval (intervalos equivalentes) consiste em dividir as classes

em tamanhos iguais, de acordo com os valores da tabela de atributos (ROSA, 2004).

Este método apesar de ser de fácil compreensão pode produzir classes vazias e os

pontos de corte podem não ser significativos.

Este método, quando empregado numa distribuição mais homogênea de

valores, torna-se muito útil. Porém, freqüentemente não é o que ocorre com a taxa

de incidência que apresenta uma variação sutil, porém muito grande de valores.

Desta forma, muitas taxas diferentes acabam ficando dentro do mesmo intervalo,

como pode ser observado na FIG. 4.15, dificultando a análise da informação.

FIG.4.15: Mapa de Meningite – Método Equal Interval

Neste exemplo, dos 159 bairros do município, 147 encontram-se representados

na primeira classe. E a classe compreendida entre os valores 9.95 e 13.26 não tem

nenhum representante.

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4.6.3 MÉTODO NATURAL BREAKS

O método Natural Breaks (quebras naturais) utiliza o método estatístico das K-

means desenvolvido por George Jenk para gerar as classes. Este método consiste

em minimizar a variância dentro de cada classe através do método estatístico,

fornecendo categorias que apresentam valores mais homogêneos possíveis dentro

das classes (ROSA, 2004). Define-se por variância o desvio padrão elevado ao

quadrado.

FIG.4.16: Mapa de Meningite – Método Natural Breaks

N

Fonte: S/SUBASS/SVS/Gerência de Vigilância Epidemiológica

A p

artir

da

base

car

togr

áfic

a 1:

10.0

00 d

o IP

P

Taxa de Incidência de Meningite no Ano de 2000no Município do Rio de Janeiro - Método Natural Breaks

Tx. de Inc. por Bairro0 - 0.690.69 - 1.651.65 - 3.223.22 - 6.966.96 - 16.58 6000 0 6000 12000 Meters

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4.6.4 MÉTODO QUANTILE

No método de quantile, cada classe contém o mesmo número de casos.

Geralmente o mapa é balanceado, porém dependendo do tipo de dados, coloca

valores muito diferentes na mesma classe, além dos pontos de corte que podem não

ser significativos, como pode ser evidenciado na FIG. 4.17.

Como este método pretende formar grupos que possuam mais ou menos o

mesmo número de elementos, a taxa acaba ficando em segundo plano na

representação.

FIG.4.17: Mapa de Meningite – Método Quantile

No exemplo, na primeira e na segunda classe estão representados 32 bairros; a

terceira classe possui 34 bairros, a quarta 31 e a última classe tem 30 bairros.

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4.6.5 MÉTODO STANDARD DEVIATION

Quinto e último método oferecido pelo ArcView para a geração de classes, este

método encontra a média e divide as classes em um quarto, um meio e um desvio

padrão abaixo e acima da média (ROSA, 2004). Porém, como se deseja representar

a taxa de incidência e não o desvio padrão da mesma, este método não atende às

necessidades da representação (FIG. 4.18). Mas pode ser utilizado na análise de

uma série temporal.

FIG.4.18: Mapa de Meningite – Método Standard Deviation

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4.7 TESTES DE CORES

Além dos testes de métodos estatísticos oferecidos pelo software, foram feitos

teste de cores. Foram geradas onze figuras com escalas de cores monocromáticas,

duas figuras com cores contrastantes e duas paletas de cores, onde uma

apresentava a cor branca na primeira classe e outra já iniciava a primeira classe com

alguma cor (FIG. 7.8 do apêndice). Esse material foi utilizado no questionário que foi

aplicado a médicos, enfermeiros e público leigo.

O objetivo do teste foi constatar a sensação que as cores, quando utilizadas de

maneira monocromáticas ou não, transmitem ao ser humano noções de ordem e

valor. Segundo BERTIN (1983) a variação de cor é seletiva e associativa, contudo

não apresenta ordenação e que a mistura de cores quentes com cores frias causa

confusão visual na componente ordem. Os mapas, as paletas e o questionário

aplicado podem ser encontrados no apêndice 7.7 desta dissertação.

Os questionários foram aplicados em vinte pessoas, sendo 3 enfermeiros, 2

médicos e 15 leigos. Dentre os leigos 5 apresentavam nível médio de escolaridade

completos há época do questionário, e 10 possuíam nível superior de escolaridade.

Os resultados se apresentaram da seguinte forma:

- A figura que mais chamou a atenção dos entrevistados foi a Figura 13 (FIG.

7.33), recebendo treze votos. Esta figura caracteriza-se pelo uso de cores frias,

contudo ela não é monocromática.Sua classificação é iniciada pela cor

amarela, passando por tons de verde e finalizando no azul escuro. A Figura 11

(FIG. 7.31) aparece em segundo lugar, com oito votos. Esta de cores quentes

com início na amarela e finalização no vermelho;

- As figuras que passaram a sensação de estado crítico da informação

representada foi novamente a Figura 11 (FIG. 7.31) com sete votos, em

segundo lugar, empatadas, apareceram a Figura 10 (magenta) e a Figura 08,

com cinco votos cada uma (FIG. 7.30 e FIG. 7.28 respectivamente);

- As figuras que passaram a sensação de normalidade, ou seja, suas

informações se apresentam dentro de um padrão já estabelecido e conhecido

por todos foram: Figuras 04 (verde claro) e Figura 07 (ciano), com dez e seis

votos respectivamente (FIG. 7.24 e FIG. 7.27);

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- As figuras que transmitiram a sensação de tranqüilidade também foram as

Figuras 07 e 04, sendo que desta vez a Figura 07 (FIG. 7.27) recebeu mais

votos (oito), enquanto a Figura 04 (FIG. 7.24) recebeu sete votos;

- Por fim, a figura que não despertou o interesse do entrevistado foi a Figura12

(FIG. 7.32), com quatro votos, suas cores vão do creme ao marrom, seguido

da Figura 07 – ciano, com três votos (FIG. 7.27) . O ciano é uma cor que ao

mesmo tempo transmite tranqüilidade é também uma cor que não desperta o

interesse do leitor do mapa. Nesta questão pode-se perceber uma

pulverização dos resultados, o que reforça o que foi dito no capítulo anterior,

ou seja, ao se trabalhar com cores, estas precisam ser analisadas em conjunto

com a informação que se deseja transmitir, para que a combinação cor-

informação desperte o interesse do maior número de pessoas possíveis;

- Quando a pergunta era, “Se você quisesse chamar a atenção para alguma

informação quais cores você usaria?” A combinação amarelo-vermelho foi a

mais citada;

- Quando questionados sobre a utilização de cores para dar sensação de

ordenamento à informação representada, todos os entrevistados responderam

que usariam cores claras para índices mais baixos e cores fortes para índice

mais altos (FIG. 7.34); e,

- Por fim, a utilização do branco como uma cor para classes de valor igual a

zero ou sem informação, também foi uma resposta unânime entre os

entrevistados (FIG. 7.35).

O Boletim da Situação Epidemiológica da Dengue, publicado pela SVS para o

primeiro trimestre do corrente ano, divide as taxas de incidência em três classes:

- áreas de baixa incidência – quando o número de casos por 100.000

habitantes for inferior a 100;

- áreas de média incidência – quando o número de casos estiver entre 100 e

300 por 100.000 habitantes; e

- áreas de alta incidência – taxa de incidência com valores acima de 300 casos

por 100.000 habitantes.

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Não se pode afirmar que essa classificação foi gerada com o intuito de favorecer

o desenvolvimento de mapas de taxas de incidência, contudo também não se pode

negar a importância de tal classificação no sentido de representar um passo na

direção de um modelo de representação de taxas de incidência.

Com base no resultado dos testes de cores e dos métodos estatísticos, definiu-

se que:

- as informações com valores iguais a 0,49 e inferiores, devem estar

contemplados numa categoria separada e representada pela cor branca;

- os valores acima de 0.5 devem ser representados na classe acima de zero

registrados.

Estas decisões possuem duas explicações. A primeira é que a que visa facilitar a

leitura do mapa, evitando classes com valores muito quebrados, ou seja, valores que

não representam sequer um indivíduo, como por exemplo: 0.27, 0.38 etc. A segunda

decisão diz respeito aos casos em que a taxa de incidência se apresenta com

valores entre 0,5 e 0,99. Como uma das finalidades do mapa e subsidiar ações de

combate e controle de doenças, prefere-se evidenciar uma pior situação do que

mascarar uma situação de risco como se normal fosse. A seguir é apresentado um

mapa onde foram aplicados os resultados dos testes estatísticos e de cores.

FIG.4.19: Mapa de Meningite, com pontos de quebra definidos pelo elaborador do mapa

Taxa de Incidência de Meningite no Ano de 2000no Município do Rio de Janeiro

A p

artir

da

base

car

togr

áfic

a 1:

10.0

00 d

o IP

P

Fonte: S/SUBASS/SVS/Gerência de Vigilância Epidemiológica

N

6000 0 6000 12000 Meters

Taxa de IncidênciaPor Bairro

01 - 1.51.5 - 2.62.6 - 4.24.2 - 6.96.9 - 16.6

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5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Com base na bibliografia consultada, tanto na área de epidemiologia, como na

área de cartografia, verificou-se que não existe nenhuma padronização para a

construção de mapas temáticos de taxa de incidência de doenças, endêmicas ou

não. Toda a pesquisa desenvolvida nesta dissertação teve como objetivo aplicar os

conceitos de comunicação cartográfica na representação de doenças endêmicas na

cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente de suas taxas de incidência. Porém,

o que é comunicação? O que é comunicação cartográfica? E comunicação visual?

MUNARI (1968) afirma que tudo aquilo que nossos olhos vêem é comunicação

visual, contudo, é possível fazer com que esta comunicação seja intencional,

fazendo com que o interesse do leitor seja despertado ao se ver um mapa. Este, na

verdade, foi o principal objetivo desta dissertação – e que, pode-se afirmar, foi

atingido.

Considerando a metodologia proposta, a criação das tabelas de taxas de

incidência, desenvolvidas especialmente para esta pesquisa, e após os testes de

cores e de classes realizados, foi possível constatar alguns pontos, que serão

ressaltados a seguir.

Para uma melhor e mais efetiva comunicação, sugere-se que os valores de

taxas de incidência iguais a zero sejam representados em uma classe separada,

com o objetivo de evitar que esta informação seja confundida com as taxas de

incidência de valores baixos, porém acima de zero. Desta forma, isolam-se os

valores zerados dos não-zerados, que devem fazer parte de outras classes.

Conforme apresentado nesta dissertação, a taxa de incidência é fornecida com base

em um número arbitrário de pessoas, por exemplo, 10.000 habitantes, 100.000

habitantes, ou outros valores. Na revisão bibliográfica foi possível observar que

existe uma predominância com relação ao uso de 100.000 habitantes. Entretanto,

como o foco desta dissertação era representar as taxas por bairros da cidade, o uso

da base de 100.000 habitantes não era recomendável, uma vez que foi constatado

que apenas 8% dos bairros apresentam população residente acima de 100.000

habitantes. Nesse contexto, conclui-se que o uso da base de 10.000 habitantes foi

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mais recomendável por estar mais próxima da realidade da população dos bairros

do que a taxa fornecida por 100.000 habitantes. Assim, recomenda-se que, antes de

se gerar as taxas de incidência, seja analisada a população total da área de estudo

para avaliar a melhor base a ser utilizada, ou seja, 100, 1000, 10.000 etc

Também foi constatado que para o uso de cores não existem regras claras,

rígidas e definidas, apenas alguns indicadores de emprego e combinações de

algumas cores. Contudo, o uso do bom senso e a percepção das sensações

transmitidas por cada cor podem propiciar a construção de um mapa eficaz. Por

mapa eficaz, SANCHES (1981, apud QUEIROZ, 2000) afirma que é aquele que

transmite o máximo de informação em menor tempo e com menor esforço mental do

leitor. De acordo com ROSSETE (2005), a análise visual e o teste de impressão

podem ajudar a escolher a melhor forma de utilização de cores na representação da

informação. Conclui-se, assim, que apesar de toda a base teórica existente sobre o

assunto, ainda não é possível eliminar a subjetividade da elaboração de mapas

temáticos de classes.

Apesar de não existirem cores definidas para representar esta ou aquela taxa,

com o auxílio de questionários foi possível comprovar que algumas cores, como o

verde claro e o ciano, passam a impressão de um estado de normalidade e

tranqüilidade, desta forma não devendo ser utilizadas em mapas cujo agravo esteja

em período pré-epidêmico e epidêmico, a não ser que o objetivo seja suavizar a

informação contida naquele mapa. Combinações de amarelo com vermelho

demonstraram surtir efeito quando se desejava transmitir uma mensagem de alerta.

Concluiu-se também que para valores de taxa iguais a zero o uso do branco é o

mais indicado de acordo com o resultado dos testes aplicados.

Com relação aos métodos estatísticos apresentados pelo software ArcView,

nenhum deles atendeu às necessidades de representação das taxas de incidência

específicos desta pesquisa. O método, como o de quebras naturais e o de intervalos

iguais, podem ser utilizados quando os bancos apresentarem m valores mais

homogêneos. Nesse contexto, sugere-se que as classes, num primeiro momento,

sejam criadas pelo Natural Breaks para que em seguida seja utilizado processo

manual, onde o usuário irá interferir nos pontos de quebra das classes a partir da

análise dos valores apresentados no banco.

Por fim, valores iguais e inferiores a 0,49 devem ser classificados como zero,

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facilitando a leitura do mapa, e aumentando a credibilidade da informação. Valores

entre 0,55 e 0,99, devem ser representados no intervalo de classe onde possam ser

entendidos como sendo um caso.

Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se que outros métodos

estatísticos sejam testados,como o bayseano, principalmente no que se refere à

possibilidade da criação de classes de representação, a fim de se tentar definir uma

padronização na representação da taxa de incidência a partir de intervalos de

classes. Isso também pode ser aplicado à representação de outras taxas,

coeficientes e índices epidemiológicos, bem como de outras doenças, tal como a

Leischmaniose Tegumentar, que vem aumentando gradativamente, ao longo dos

anos, o número de casos na cidade do Rio de Janeiro.

Construção de mapas de taxas de incidência utilizando o diagnóstico

diferenciado, por exemplo, separar Dengue Clássico de FHD, com o objetivo de

conhecer o comportamento espacial de um dado agravo. Utilização do diagrama de

controle na criação dos intervalos de classe.

Por fim, sugere-se um aprofundamento no estudo das cores para a

representação de taxas de incidência que possa levar a uma padronização do uso

das cores, como já ocorre com os mapas altimétricos.

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7 APÊNDICES

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108

7.1 DESCRIÇÃO DOS PARAMÊTROS DE EXTRAÇÃO DOS DADOS DO SINAN

FIG. 7.1: Descrição dos paramêtros de extração do banco de dados

de Hepatite A a partir do SINANDOS

FIG. 7.2: Descrição dos paramêtros de extração do banco de dados

de Hepatite A a partir do SINANW

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109

FIG. 7.3: Descrição dos paramêtros de extração do banco de dados

de Leptospirose a partir do SINANDOS

FIG. 7.4: Descrição dos paramêtros de extração do banco de dados

de Leptospirose a partir do SINANW

FIG. 7.5: Descrição dos paramêtros de extração do banco de dados

de Meningite a partir do SINANDOS

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110

FIG. 7.6: Descrição dos paramêtros de extração do banco de dado

de Meningite a partir do SINANW

7.2 DENGUE – MAPAS E TABELA

FIG.7.7: Mapa de Dengue – Método Equal Area

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111

FIG.7.8: Mapa de Dengue – Método Equal Interval

FIG.7.9: Mapa de Dengue – Método Natural Breaks

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112

FIG.7.10: Mapa de Dengue – Método Quantile

FIG.7.11: Mapa de Dengue – Método Standard Deviation

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113

TAB. 7.1: Dengue - Taxa de Incidência no Ano de 2000

Bairros Tx Jan Tx Fev Tx Mar Tx Abr Tx Mai Tx Jun Tx Jul Tx Ago Tx Set Tx Out Tx Nov Tx Dez Tx Total

SAUDE 0,00 0,00 9,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,15

GAMBOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

SANTO CRISTO 0,00 2,08 2,08 0,00 8,32 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 14,56

CAJU 0,00 0,00 0,00 0,57 2,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,39

CENTRO 0,26 0,00 0,00 0,51 0,26 1,02 0,77 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 3,07

CATUMBI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,77 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,77

RIO COMPRIDO 0,29 0,00 0,00 0,29 0,57 0,57 0,00 0,29 0,00 0,00 0,29 0,00 2,30

CIDADE NOVA 0,00 0,00 0,00 0,00 5,68 0,00 1,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,57

ESTACIO 0,97 0,00 0,00 0,48 0,97 0,48 0,00 0,97 0,00 0,00 0,00 0,00 3,88

SAO CRISTOVAO 0,00 0,26 0,26 2,09 1,30 0,52 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,00 4,70

MANGUEIRA 0,00 0,00 0,00 0,74 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,47

BENFICA 0,53 0,53 1,05 2,10 4,21 1,05 0,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,53 10,52

VASCO DA GAMA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PAQUETA 0,00 0,00 2,92 0,00 11,69 0,00 0,00 2,92 0,00 11,69 2,92 5,85 38,00

SANTA TERESA 0,97 0,24 0,24 0,97 1,46 0,49 0,24 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 4,86

FLAMENGO 0,19 0,00 0,38 0,38 0,19 0,19 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 1,50

GLORIA 0,00 0,00 0,00 0,00 1,98 0,00 0,00 0,00 0,00 0,99 0,00 0,99 3,96

LARANJEIRAS 0,43 0,00 0,43 0,22 0,22 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,51

CATETE 0,92 0,92 0,00 0,00 0,00 0,46 0,46 0,00 0,00 0,46 0,00 0,46 3,68

COSME VELHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

BOTAFOGO 0,00 0,00 0,13 0,13 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,77

HUMAITA 0,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,66

URCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,48

LEME 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

COPACABANA 0,14 0,00 0,14 0,20 0,14 0,14 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,82

IPANEMA 0,21 0,21 0,00 0,21 0,00 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07

LEBLON 0,21 0,00 0,00 0,86 0,21 0,21 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,21 1,93

LAGOA 1,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07

JARDIM BOTANICO 0,51 0,00 0,00 0,51 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,53

GAVEA 0,57 0,00 0,00 0,00 0,57 1,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 2,86

VIDIGAL 0,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,73

SAO CONRADO 0,00 0,00 0,00 0,00 1,79 0,90 0,00 0,00 0,00 0,90 0,00 0,00 3,59

ROCINHA 0,18 0,00 0,71 0,36 0,00 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 1,42

PRACA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 2,20 1,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,30

TIJUCA 0,00 0,18 0,43 0,79 1,59 0,55 0,43 0,06 0,06 0,00 0,12 0,00 4,22

ALTO DA BOA VISTA 0,00 0,00 0,00 2,42 1,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,63

MARACANA 0,00 0,00 0,00 0,73 0,37 1,10 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56

VILA ISABEL 0,00 0,12 0,24 1,47 4,03 2,20 0,24 0,24 0,12 0,12 0,00 0,00 8,80

ANDARAI 0,26 0,26 0,52 1,04 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,52 0,00 3,63

GRAJAU 0,00 0,00 1,31 1,31 3,39 1,57 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,83

MANGUINHOS 1,29 0,32 0,64 0,32 0,32 0,64 0,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,86

BONSUCESSO 1,04 0,52 3,63 4,15 11,92 9,85 1,55 0,52 1,04 1,55 2,07 1,04 38,86

RAMOS 0,27 0,80 1,86 3,20 3,46 0,80 0,27 0,80 0,00 0,27 0,00 0,53 12,25

OLARIA 0,00 0,00 0,96 1,12 2,08 1,76 0,64 0,00 0,00 0,00 0,32 0,16 7,04

PENHA 0,14 1,51 1,51 2,48 2,89 0,28 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,94

PENHA CIRCULAR 0,20 1,17 1,76 0,39 1,76 0,39 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,87

BRAS DE PINA 0,00 0,17 0,51 0,34 1,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,17 0,17 3,37

CORDOVIL 0,21 0,00 0,64 0,21 0,43 0,00 0,21 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 1,93

PARADA DE LUCAS 0,43 0,43 0,00 3,01 3,01 0,00 0,43 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 7,74

VIGARIO GERAL 0,00 0,25 0,00 1,26 1,77 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,54

JARDIM AMERICA 1,54 0,39 1,16 5,78 5,78 0,77 1,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,57

RIBEIRA 0,00 3,01 0,00 3,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,02

ZUMBI 4,90 4,90 4,90 0,00 4,90 4,90 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 24,50

CACUIA 0,00 0,00 1,00 1,00 4,02 1,00 1,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,04

PITANGUEIRAS 0,86 0,86 1,72 1,72 1,72 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86 0,00 0,00 7,76

PRAIA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

COCOTA 0,00 4,07 0,00 0,00 6,11 0,00 2,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,22

BANCARIOS 3,30 2,47 2,47 5,77 3,30 4,95 0,82 0,00 0,82 0,00 0,82 2,47 27,21

FREGUESIA 0,00 0,00 0,00 2,18 2,18 1,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,44

JARDIM GUANABARA 0,00 0,33 0,33 1,34 3,01 0,33 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00 0,00 5,69

JARDIM CARIOCA 0,40 0,40 0,00 0,40 1,98 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,57

TAUA 0,00 0,30 0,60 0,90 1,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,31

MONERO 0,00 0,00 3,24 0,00 1,62 1,62 1,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,09

PORTUGUESA 0,00 0,00 0,81 5,66 4,04 2,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 13,34

GALEAO 0,00 0,46 0,00 1,85 2,31 3,24 1,85 0,00 0,00 1,39 0,00 0,00 11,09

CIDADE UNIVERSITARIA 0,00 0,00 0,00 0,00 5,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,76

COMPLEXO DO ALEMAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

MARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

HIGIENOPOLIS 0,00 0,00 0,00 1,21 3,01 0,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,60 5,43

MARIA DA GRACA 0,00 1,22 0,00 1,22 3,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,11

DEL CASTILHO 0,00 0,00 0,70 0,70 0,00 1,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,81

INHAUMA 0,23 0,00 0,47 2,11 1,40 0,47 0,23 0,23 0,00 0,00 0,00 0,23 5,38

ENGENHO DA RAINHA 0,00 0,00 0,00 0,37 1,10 0,37 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,20

TOMAS COELHO 0,00 0,00 0,00 0,46 0,93 0,93 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,32

SAO FRANCISCO XAVIER 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ROCHA 0,00 0,00 0,00 0,00 1,05 1,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,10

RIACHUELO 0,00 1,53 0,00 2,29 4,58 0,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,16

SAMPAIO 0,00 0,00 0,00 3,81 0,95 0,00 0,00 0,00 0,95 0,00 0,00 0,00 5,71

ENGENHO NOVO 0,00 0,00 1,35 2,47 1,35 2,47 0,22 0,45 0,00 0,00 0,00 0,00 8,32

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114

continuação TAB. 7.1

JACARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,35 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 2,71

LINS DE VASCONCELOS 0,00 0,00 2,84 0,85 1,99 1,42 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,39

MEIER 0,58 0,19 0,39 1,56 2,14 0,78 0,39 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 6,23

TODOS OS SANTOS 0,44 0,00 0,00 0,44 0,44 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,44 1,74

CACHAMBI 0,00 0,00 0,24 0,48 0,48 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,45

ENGENHO DE DENTRO 0,00 0,00 0,00 2,14 1,49 1,49 0,64 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 5,98

AGUA SANTA 0,00 1,38 1,38 1,38 1,38 2,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,28

ENCANTADO 0,65 0,00 0,00 0,65 5,84 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,43

PIEDADE 0,23 0,00 0,23 0,91 1,81 0,00 0,91 0,00 0,23 0,00 0,00 0,45 4,76

ABOLICAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,81 0,81 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,62 3,24

PILARES 0,35 0,00 0,35 0,69 1,04 1,04 0,35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,80

JACAREZINHO 0,00 0,00 0,55 0,27 0,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,37

VILA KOSMOS 0,00 1,13 1,13 0,57 1,70 0,00 0,57 0,57 0,00 0,00 0,00 0,00 5,66

VICENTE DE CARVALHO 0,00 0,00 0,41 1,65 1,65 0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 4,52

VILA DA PENHA 0,41 0,41 2,06 2,06 4,53 1,24 0,41 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 11,53

VISTA ALEGRE 0,00 0,00 1,20 3,59 1,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,99

IRAJA 0,20 0,10 0,10 0,39 0,49 0,29 0,20 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 1,87

COLEGIO 0,00 0,38 0,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,76

CAMPINHO 0,00 0,00 1,06 1,06 3,19 2,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,44

QUINTINO BOCAIUVA 0,29 0,00 0,86 0,58 0,58 0,29 0,29 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 3,16

CAVALCANTI 0,00 0,00 0,63 0,00 1,27 0,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,54

ENGENHEIRO LEAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

CASCADURA 0,30 0,00 0,60 0,60 1,49 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,28

MADUREIRA 0,58 1,56 0,39 1,17 1,95 0,19 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,03

VAZ LOBO 0,00 0,00 0,00 1,64 0,00 0,82 0,82 0,82 0,00 0,00 0,00 0,00 4,11

TURIACU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ROCHA MIRANDA 0,00 0,00 0,00 0,24 1,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,94

HONORIO GURGEL 0,91 0,00 0,00 0,91 0,00 0,45 0,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,45 3,18

OSWALDO CRUZ 0,00 0,28 0,28 0,28 1,67 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,79

BENTO RIBEIRO 0,65 0,00 0,22 0,22 0,86 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,15

MARECHAL HERMES 0,41 0,00 0,41 0,81 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,83

GUADALUPE 1,08 0,00 2,37 3,45 2,37 1,73 0,22 0,00 0,43 0,00 0,22 0,00 11,87

ANCHIETA 0,56 0,19 1,30 1,30 1,12 1,12 0,19 0,00 0,00 0,19 0,19 0,00 6,13

PARQUE ANCHIETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

RICARDO DE ALBUQUERQUE 0,73 0,73 0,37 1,46 0,37 0,00 0,00 0,37 0,37 0,00 0,00 0,00 4,38

COELHO NETO 0,00 0,00 0,94 0,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,62 2,50

ACARI 0,00 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41

BARROS FILHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,66

COSTA BARROS 0,00 0,00 0,39 0,00 1,16 0,00 0,00 0,00 0,39 0,00 0,00 0,00 1,93

PAVUNA 0,00 0,00 0,00 0,20 0,30 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 1,01

PARQUE COLUMBIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

JACAREPAGUA 0,10 0,69 0,50 1,39 1,59 0,30 0,20 0,00 0,00 0,10 0,00 0,10 4,96

ANIL 1,39 0,46 0,93 2,78 2,78 1,39 0,93 0,46 0,46 0,00 0,46 0,00 12,06

GARDENIA AZUL 0,00 0,00 0,52 0,52 1,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,59

CURICICA 0,81 0,40 1,21 1,21 2,82 0,81 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,65

FREGUESIA-JPA 0,56 0,37 1,30 3,89 4,63 0,37 0,37 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 11,66

PECHINCHA 1,27 1,58 2,85 4,43 2,21 0,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,65

TAQUARA 0,75 2,24 3,41 5,76 5,76 0,96 0,43 0,11 0,11 0,11 0,00 0,00 19,63

TANQUE 0,31 0,00 1,85 1,54 0,92 1,85 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,78

PRACA SECA 0,17 0,34 0,17 1,34 1,51 0,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,17 4,19

VILA VALQUEIRE 0,00 0,32 0,32 0,63 1,26 0,63 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,32 3,78

CIDADE DE DEUS 0,53 0,00 0,26 1,05 0,26 0,26 0,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 3,16

JOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ITANHANGA 1,38 0,46 0,92 0,92 1,38 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,50

BARRA DA TIJUCA 0,22 0,11 0,54 1,30 1,52 0,33 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,23

CAMORIM 0,00 0,00 0,00 12,72 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,72

VARGEM PEQUENA 0,00 0,00 0,87 0,87 1,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,47

VARGEM GRANDE 0,00 0,00 2,15 0,00 1,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,22

RECREIO BANDEIRANTES 0,27 0,27 0,00 0,00 0,00 0,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 1,60

GRUMARI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

DEODORO 0,86 0,00 1,73 1,73 0,00 1,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,04

VILA MILITAR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

CAMPO DOS AFONSOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

JARDIM SULACAP 0,00 0,00 0,00 0,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,89

MAGALHAES BASTOS 0,00 0,80 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,40 0,00 0,00 2,01

REALENGO 0,17 0,23 0,28 0,00 0,23 0,00 0,06 0,06 0,11 0,06 0,00 0,00 1,19

PADRE MIGUEL 0,15 0,00 0,00 0,15 0,00 0,15 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,15 0,77

BANGU 0,12 0,04 0,12 0,16 0,25 0,16 0,04 0,00 0,08 0,00 0,04 0,00 1,02

SENADOR CAMARA 0,18 0,00 0,09 0,09 0,54 0,27 0,00 0,00 0,09 0,00 0,09 0,09 1,44

SANTISSIMO 0,29 0,00 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,88

CAMPO GRANDE 0,07 0,03 0,00 0,03 0,20 0,10 0,03 0,00 0,00 0,03 0,00 0,07 0,57

SENADOR VASCONCELOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INHOAIBA 0,00 0,00 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17

COSMOS 0,15 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30

GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,11 0,00 0,23

BARRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PEDRA DE GUARATIBA 1,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,03

PACIENCIA 0,00 0,24 0,12 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,12 0,00 0,12 0,12 0,84

SANTA CRUZ 0,10 0,00 0,05 0,21 0,10 0,05 0,05 0,00 0,05 0,00 0,05 0,05 0,73

SEPETIBA 0,28 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,56

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115

7.3 HEPATITE A - MAPAS E TABELA

FIG.7.12: Mapa de Hepatite A – Método Equal Area

FIG.7.13: Mapa de Hepatite A – Método Equal Interval

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FIG.7.14: Mapa de Hepatite A – Método Natural Breaks

FIG.7.15: Mapa de Hepatite A – Método Quantile

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FIG.7.16: Mapa de Hepatite A – Método Standard Deviation

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118

TAB. 7.2: Hepatite A - Taxa de Incidência no Ano de 2000

Bairros Tx Jan Tx Fev Tx Mar Tx Abr Tx Mai Tx Jun Tx Jul Tx Ago Tx Set Tx Out Tx Nov Tx Dez Tx TotalSAUDE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GAMBOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SANTO CRISTO 0,00 0,00 1,04 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,08CAJU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,70CENTRO 0,00 0,00 0,26 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,26 1,02CATUMBI 0,00 1,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,55RIO COMPRIDO 0,00 0,00 0,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00 0,86 0,29 0,29 2,87CIDADE NOVA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ESTACIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SAO CRISTOVAO 0,00 0,00 0,26 0,52 0,52 0,00 0,52 1,57 0,26 0,52 2,09 0,26 6,52MANGUEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,74 0,00 0,00 0,00 0,74 0,00 1,47BENFICA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,53 1,05 0,00 0,53 1,58 0,00 0,53 4,21VASCO DA GAMA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PAQUETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SANTA TERESA 0,00 0,00 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,24 0,49 1,46FLAMENGO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 0,00 0,19GLORIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LARANJEIRAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CATETE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSME VELHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BOTAFOGO 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,38 0,51HUMAITA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00URCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LEME 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COPACABANA 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,14IPANEMA 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21LEBLON 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LAGOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM BOTANICO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GAVEA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VIDIGAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SAO CONRADO 0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,90ROCINHA 0,36 0,18 0,00 0,00 0,36 0,53 0,36 0,71 0,00 0,36 0,00 0,18 3,02PRACA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,10 0,00 1,10TIJUCA 0,00 0,31 0,06 0,00 0,06 0,06 0,06 0,43 0,55 0,43 0,37 0,43 2,75ALTO DA BOA VISTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MARACANA 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,73VILA ISABEL 0,00 0,00 0,00 0,12 0,24 0,00 0,00 0,12 0,12 0,00 0,12 0,12 0,86ANDARAI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GRAJAU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,52 0,00 0,00 0,52MANGUINHOS 0,00 0,97 0,00 0,64 0,32 0,00 0,00 0,32 1,29 0,00 0,00 0,64 4,19BONSUCESSO 1,04 0,00 0,00 1,55 0,00 1,04 1,55 2,07 1,55 1,04 2,07 1,04 12,95RAMOS 0,27 0,00 1,07 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,60OLARIA 0,16 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,16 0,32 0,32 0,00 0,16 1,28PENHA 0,14 0,00 0,28 0,14 0,00 0,14 0,14 0,69 0,14 0,41 0,28 0,41 2,75PENHA CIRCULAR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BRAS DE PINA 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,51CORDOVIL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00 0,43PARADA DE LUCAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VIGARIO GERAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM AMERICA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,16 1,16RIBEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ZUMBI 19,60 0,00 4,90 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 24,50CACUIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00PITANGUEIRAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,72 0,86 0,00 0,00 0,00 2,59PRAIA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COCOTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,04 0,00 0,00 0,00 2,04BANCARIOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00FREGUESIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM GUANABARA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM CARIOCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,40TAUA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,30 0,30 0,00 0,00 0,90MONERO 0,00 1,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,62PORTUGUESA 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,81 0,40 2,02GALEAO 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39CIDADE UNIVERSITARIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COMPLEXO DO ALEMAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,26HIGIENOPOLIS 0,00 0,00 0,00 1,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,21MARIA DA GRACA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00DEL CASTILHO 0,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,70 0,00 1,40INHAUMA 0,23 0,47 0,00 0,00 0,00 0,00 0,23 0,23 0,23 0,00 0,00 0,00 1,40ENGENHO DA RAINHA 0,00 1,10 0,73 0,00 0,00 0,73 0,37 0,73 0,00 0,00 0,00 0,37 4,03TOMAS COELHO 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,46 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 1,39SAO FRANCISCO XAVIER 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,85 0,00 0,00 3,85ROCHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,05 0,00 0,00 1,05RIACHUELO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SAMPAIO 2,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,85ENGENHO NOVO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,45 0,00 0,00 0,00 0,22 0,67

Page 120: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO … · bibliotecas deste trabalho, ... sua, não só por tê-la digitado completamente, por ter corrigido o texto, ... 3.8.1 Dengue

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continuação TAB. 7.2

JACARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LINS DE VASCONCELOS 0,28 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28 0,28 0,57 0,00 0,00 1,71MEIER 0,00 0,00 0,19 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39TODOS OS SANTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CACHAMBI 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,48ENGENHO DE DENTRO 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00 0,43 0,00 0,85AGUA SANTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENCANTADO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,65 0,00 1,30 0,00 1,95PIEDADE 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,45ABOLICAO 0,00 1,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,62PILARES 0,00 0,35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,69 0,00 0,00 1,04JACAREZINHO 0,55 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 1,10VILA KOSMOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VICENTE DE CARVALHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41 0,41VILA DA PENHA 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41VISTA ALEGRE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00IRAJA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,10 0,39COLEGIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,38CAMPINHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,06 0,00 1,06QUINTINO BOCAIUVA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CAVALCANTI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,90 1,90ENGENHEIRO LEAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CASCADURA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,30 0,30 0,89MADUREIRA 0,19 0,00 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19 0,19 0,78VAZ LOBO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TURIACU 0,00 0,00 0,00 0,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,62 3,74 4,98ROCHA MIRANDA 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,73 0,24 0,24 1,45HONORIO GURGEL 0,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,45OSWALDO CRUZ 0,28 0,00 0,00 0,28 0,84 0,00 0,00 0,28 0,28 0,00 0,00 0,28 2,23BENTO RIBEIRO 0,22 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 1,08MARECHAL HERMES 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00 0,41 0,61 0,81 0,41 2,44GUADALUPE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,00 0,00 0,22 0,22 0,00 0,65 1,30ANCHIETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19 0,19PARQUE ANCHIETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RICARDO DE ALBUQUERQUE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,37 0,37 0,00 0,00 0,00 0,73 1,83COELHO NETO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,62ACARI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41 0,41 0,81BARROS FILHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSTA BARROS 0,00 0,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39PAVUNA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,10 0,10 0,30PARQUE COLUMBIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JACAREPAGUA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00 0,30ANIL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,86 1,86 3,71GARDENIA AZUL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CURICICA 0,00 0,00 0,81 0,00 0,00 0,81 0,40 0,40 0,00 0,00 0,40 0,00 2,82FREGUESIA-JPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PECHINCHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TAQUARA 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,11 0,21 0,00 0,21 0,00 0,21 0,11 1,07TANQUE 0,00 0,00 0,00 0,31 0,00 0,00 0,00 0,92 0,00 0,00 0,00 0,00 1,23PRACA SECA 0,00 0,17 0,00 0,00 0,17 0,00 0,17 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,67VILA VALQUEIRE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,32CIDADE DE DEUS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 0,26JOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ITANHANGA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BARRA DA TIJUCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11CAMORIM 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VARGEM PEQUENA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VARGEM GRANDE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RECREIO BANDEIRANTES 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GRUMARI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00DEODORO 0,00 0,00 3,45 0,86 0,86 3,45 0,86 0,00 1,73 0,00 0,00 0,00 11,21VILA MILITAR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CAMPO DOS AFONSOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM SULACAP 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MAGALHAES BASTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,40REALENGO 0,00 0,00 0,06 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,17PADRE MIGUEL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 0,15 0,00 0,15 0,31 0,00 0,00 0,15 0,93BANGU 0,04 0,04 0,16 0,04 0,12 0,04 0,04 0,12 0,08 0,12 0,00 0,12 0,94SENADOR CAMARA 0,00 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,09 0,45 0,45 0,00 0,00 1,08SANTISSIMO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 0,29CAMPO GRANDE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,03 0,03 0,03 0,13 0,27SENADOR VASCONCELOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00INHOAIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSMOS 0,00 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 0,30GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,11BARRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 2,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,28PEDRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,03 0,00 1,03PACIENCIA 0,12 0,00 0,00 0,12 0,12 0,00 0,24 0,00 0,60 0,24 0,96 0,24 2,63SANTA CRUZ 0,10 0,16 0,21 0,00 0,00 0,00 0,10 0,21 0,21 0,68 0,73 0,52 2,92SEPETIBA 0,28 0,28 0,28 0,00 0,00 0,28 0,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,67

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7.4 LEPTOSPIROSE - MAPAS E TABELA

FIG.7.17: Mapa de Hepatite A – Método Equal Area

FIG.7.18: Mapa de Hepatite A – Método Equal Interval

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FIG.7.18: Mapa de Hepatite A – Método Natural Breaks

FIG.7.19: Mapa de Hepatite A – Método Quantile

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FIG.7.20: Mapa de Hepatite A – Método Standard Deviation

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TAB. 7.3: Leptospirose - Taxa de Incidência no Ano de 2000

Bairros Tx Jan Tx Fev Tx Mar Tx Abr Tx Mai Tx Jun Tx Jul Tx Ago Tx Set Tx Out Tx Nov Tx Dez Tx TotalSAUDE 0,00 4,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,57GAMBOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SANTO CRISTO 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04CAJU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57CENTRO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CATUMBI 0,77 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,77 0,00 0,00 0,00 1,55RIO COMPRIDO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CIDADE NOVA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,89 0,00 1,89ESTACIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 0,00 0,48SAO CRISTOVAO 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26MANGUEIRA 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,74BENFICA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,53 0,00 0,00 0,00 0,53VASCO DA GAMA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PAQUETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SANTA TERESA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00FLAMENGO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GLORIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LARANJEIRAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CATETE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSME VELHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BOTAFOGO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,13HUMAITA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00URCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LEME 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COPACABANA 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07IPANEMA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LEBLON 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LAGOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM BOTANICO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GAVEA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VIDIGAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SAO CONRADO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ROCINHA 0,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,53PRACA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TIJUCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ALTO DA BOA VISTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MARACANA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VILA ISABEL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ANDARAI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GRAJAU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MANGUINHOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,32BONSUCESSO 0,00 0,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,52 1,04RAMOS 0,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 0,27 0,00 1,07OLARIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PENHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PENHA CIRCULAR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BRAS DE PINA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CORDOVIL 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21PARADA DE LUCAS 0,00 0,00 0,00 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43VIGARIO GERAL 0,00 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25JARDIM AMERICA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39 0,39RIBEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ZUMBI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CACUIA 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00PITANGUEIRAS 0,00 0,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86PRAIA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COCOTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BANCARIOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00FREGUESIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM GUANABARA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM CARIOCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TAUA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MONERO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PORTUGUESA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GALEAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CIDADE UNIVERSITARIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COMPLEXO DO ALEMAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00HIGIENOPOLIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MARIA DA GRACA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00DEL CASTILHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00INHAUMA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENGENHO DA RAINHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TOMAS COELHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 0,46SAO FRANCISCO XAVIER 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ROCHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RIACHUELO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SAMPAIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENGENHO NOVO 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22

Page 125: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO … · bibliotecas deste trabalho, ... sua, não só por tê-la digitado completamente, por ter corrigido o texto, ... 3.8.1 Dengue

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Continuação TAB. 7.3

JACARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LINS DE VASCONCELOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MEIER 0,00 0,00 0,19 0,19 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58TODOS OS SANTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CACHAMBI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENGENHO DE DENTRO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00AGUA SANTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,38 0,00 0,00 0,00 1,38ENCANTADO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PIEDADE 0,00 0,00 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,23ABOLICAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PILARES 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 0,35JACAREZINHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27VILA KOSMOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VICENTE DE CARVALHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VILA DA PENHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VISTA ALEGRE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00IRAJA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00 0,10COLEGIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,38CAMPINHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,06 0,00 0,00 0,00 0,00 1,06QUINTINO BOCAIUVA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29CAVALCANTI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENGENHEIRO LEAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CASCADURA 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,60MADUREIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VAZ LOBO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TURIACU 0,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,62ROCHA MIRANDA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00HONORIO GURGEL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00OSWALDO CRUZ 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28BENTO RIBEIRO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MARECHAL HERMES 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GUADALUPE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ANCHIETA 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19PARQUE ANCHIETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RICARDO DE ALBUQUERQUE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COELHO NETO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ACARI 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41BARROS FILHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSTA BARROS 0,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39PAVUNA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PARQUE COLUMBIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JACAREPAGUA 0,10 0,10 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30ANIL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 0,46GARDENIA AZUL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CURICICA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00FREGUESIA-JPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PECHINCHA 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32TAQUARA 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,32TANQUE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PRACA SECA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,00 0,17VILA VALQUEIRE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CIDADE DE DEUS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ITANHANGA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BARRA DA TIJUCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11CAMORIM 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VARGEM PEQUENA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VARGEM GRANDE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RECREIO BANDEIRANTES 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 0,00 0,27GRUMARI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00DEODORO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86VILA MILITAR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CAMPO DOS AFONSOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM SULACAP 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MAGALHAES BASTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00REALENGO 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06PADRE MIGUEL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BANGU 0,08 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,12SENADOR CAMARA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SANTISSIMO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CAMPO GRANDE 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,03 0,00 0,03 0,00 0,17SENADOR VASCONCELOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00INHOAIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSMOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BARRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PEDRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PACIENCIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00SANTA CRUZ 0,10 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,05 0,05 0,00 0,36SEPETIBA 0,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,56

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7.5 MENINGITE - TABELA

TAB. 7.4: Meningite - Taxa de Incidência no Ano de 200

Bairros Tx Jan Tx Fev Tx Mar Tx Abr Tx Mai Tx Jun Tx Jul Tx Ago Tx Set Tx Out Tx Nov Tx Dez Tx TotalSAUDE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,57 0,00 0,00 0,00 4,57GAMBOA 0,00 0,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,95SANTO CRISTO 0,00 0,00 0,00 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 0,00 2,08CAJU 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00 0,00 0,00 1,13CENTRO 0,00 0,00 0,51 0,00 0,00 0,26 0,51 0,00 0,00 0,26 0,51 0,26 2,30CATUMBI 0,77 0,77 0,00 0,00 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,00 0,00 0,00 5,42RIO COMPRIDO 0,57 0,29 0,29 0,57 0,00 0,57 0,00 0,29 0,29 0,00 0,00 0,86 3,73CIDADE NOVA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ESTACIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 0,00 0,00 0,48SAO CRISTOVAO 0,26 0,00 0,26 0,00 0,00 0,26 0,00 0,26 0,52 0,26 0,52 0,26 2,61MANGUEIRA 0,00 0,00 0,00 0,74 0,00 0,00 0,00 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 1,47BENFICA 0,53 0,53 0,00 0,53 2,63 0,53 0,00 0,53 0,00 0,00 0,53 0,00 5,78VASCO DA GAMA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00PAQUETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,92 0,00 0,00 0,00 0,00 2,92SANTA TERESA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,24 0,00 0,49 0,24 0,00 0,00 1,22FLAMENGO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,00 0,00 0,00 0,94GLORIA 0,99 0,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,99 0,00 0,00 2,97LARANJEIRAS 0,00 0,22 0,22 0,00 0,00 0,43 0,00 0,22 0,00 0,00 0,22 0,00 1,29CATETE 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,92 0,00 0,00 0,00 0,46 1,84COSME VELHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BOTAFOGO 0,00 0,13 0,00 0,26 0,13 0,13 0,13 0,00 0,00 0,00 0,13 0,51 1,41HUMAITA 0,00 0,00 0,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,66 0,66 0,00 0,00 1,98URCA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00LEME 0,71 0,00 0,00 0,00 0,00 0,71 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41COPACABANA 0,07 0,07 0,07 0,20 0,14 0,07 0,14 0,00 0,07 0,00 0,34 0,14 1,29IPANEMA 0,00 0,21 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,64LEBLON 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,64LAGOA 0,00 0,00 0,00 0,54 0,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07JARDIM BOTANICO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,51 0,00 0,00 0,51 0,00 1,02GAVEA 0,57 0,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00 0,00 1,72VIDIGAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,73 0,00 0,73SAO CONRADO 0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,90 0,00 0,00 0,00 1,79ROCINHA 0,18 0,36 0,53 0,00 0,00 0,00 0,53 0,18 0,53 0,18 0,36 0,71 3,55PRACA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,10TIJUCA 0,18 0,06 0,12 0,06 0,00 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,24 0,12 1,10ALTO DA BOA VISTA 0,00 0,00 1,21 0,00 0,00 0,00 1,21 0,00 0,00 0,00 1,21 1,21 4,85MARACANA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,73VILA ISABEL 0,12 0,12 0,00 0,12 0,00 0,12 0,12 0,00 0,12 0,24 0,24 0,00 1,22ANDARAI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26GRAJAU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 0,26 0,00 0,52 0,00 0,26 0,00 0,00 1,31MANGUINHOS 0,00 0,32 0,00 0,32 0,00 0,64 0,00 0,00 0,32 0,32 0,00 0,00 1,93BONSUCESSO 3,63 0,52 1,04 1,04 2,07 0,52 0,00 1,04 1,55 3,11 1,55 0,52 16,58RAMOS 0,27 0,00 0,27 0,00 0,00 0,53 0,00 0,27 0,00 0,00 0,53 0,27 2,13OLARIA 0,00 0,00 0,16 0,00 0,16 0,00 0,16 0,00 0,16 0,16 0,32 0,00 1,12PENHA 0,00 0,00 0,14 0,14 0,14 0,14 0,00 0,28 0,14 0,00 0,28 0,00 1,24PENHA CIRCULAR 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20BRAS DE PINA 0,17 0,00 0,17 0,17 0,17 0,00 0,00 0,00 0,17 0,17 0,00 0,00 1,01CORDOVIL 0,00 0,21 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,21 0,86PARADA DE LUCAS 0,00 0,00 0,43 0,00 0,43 0,86 0,43 0,43 0,00 0,00 0,00 0,43 3,01VIGARIO GERAL 0,00 0,25 0,25 0,00 0,25 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,01JARDIM AMERICA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39 0,00 0,39 0,00 0,39 0,77 0,00 0,00 1,93RIBEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ZUMBI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CACUIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00PITANGUEIRAS 0,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86PRAIA DA BANDEIRA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COCOTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00BANCARIOS 0,00 0,00 0,82 0,00 1,65 0,82 0,00 0,00 0,00 0,82 0,00 0,00 4,12FREGUESIA 0,00 0,00 0,54 1,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,63JARDIM GUANABARA 0,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,33JARDIM CARIOCA 0,00 0,40 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,79TAUA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,60MONERO 0,00 0,00 1,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,62PORTUGUESA 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40GALEAO 0,00 0,46 0,92 0,46 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,31CIDADE UNIVERSITARIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COMPLEXO DO ALEMAO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 0,00 0,15MARE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00HIGIENOPOLIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,21 0,00 0,00 0,60 0,00 0,00 0,00 1,81MARIA DA GRACA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,22 0,00 1,22DEL CASTILHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,70 1,40INHAUMA 0,47 0,00 0,23 1,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,47 2,34ENGENHO DA RAINHA 0,00 0,37 0,37 0,37 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 1,83TOMAS COELHO 0,46 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,46 0,00 1,85SAO FRANCISCO XAVIER 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28ROCHA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RIACHUELO 0,00 0,76 0,00 0,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,53SAMPAIO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENGENHO NOVO 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,00 0,45 0,00 0,90

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Continuação TAB. 7.4

JACARE 1,35 0,00 0,00 1,35 0,00 0,00 0,00 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 4,06LINS DE VASCONCELOS 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28 0,28 0,00 0,28 0,28 0,00 1,42MEIER 0,19 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 0,39 0,00 0,00 0,97TODOS OS SANTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CACHAMBI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ENGENHO DE DENTRO 0,21 0,21 0,00 0,00 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,21 0,21 0,00 1,07AGUA SANTA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,38ENCANTADO 0,65 0,00 0,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,65 0,00 0,00 1,95PIEDADE 0,23 0,00 0,00 0,45 0,45 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,36ABOLICAO 0,00 0,00 0,81 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,81PILARES 0,35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 0,00 0,69JACAREZINHO 0,00 0,00 0,27 0,55 0,00 0,27 0,00 0,27 0,00 0,27 0,55 0,00 2,19VILA KOSMOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VICENTE DE CARVALHO 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 0,00 0,41 0,00 0,00 0,41 1,65VILA DA PENHA 0,00 0,82 0,41 0,41 0,00 0,41 0,41 0,00 0,41 0,41 0,41 0,00 3,71VISTA ALEGRE 1,20 2,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,59IRAJA 0,00 0,10 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 0,10 0,20 0,00 0,00 0,79COLEGIO 0,00 0,00 0,00 0,38 0,00 0,00 0,38 0,00 0,00 0,00 0,38 0,00 1,13CAMPINHO 0,00 1,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,06QUINTINO BOCAIUVA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29CAVALCANTI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,63 0,00 0,63ENGENHEIRO LEAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CASCADURA 0,00 0,00 0,30 0,30 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,60 0,30 0,00 1,79MADUREIRA 0,00 0,00 0,19 0,19 0,00 0,00 0,39 0,19 0,19 0,00 0,00 0,19 1,36VAZ LOBO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82 0,00 0,00 0,82 0,00 0,00 0,00 1,64TURIACU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ROCHA MIRANDA 0,24 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 0,24 0,00 1,21HONORIO GURGEL 0,45 0,45 0,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,36OSWALDO CRUZ 1,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,11BENTO RIBEIRO 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43MARECHAL HERMES 0,20 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41GUADALUPE 0,00 0,22 0,22 0,00 0,65 0,00 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,43 2,59ANCHIETA 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,37 0,00 1,49PARQUE ANCHIETA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00RICARDO DE ALBUQUERQUE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,37 0,73 0,00 1,46COELHO NETO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31 0,00 0,62 0,00 0,00 0,94ACARI 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 0,81 0,00 0,41 0,00 0,81 2,43BARROS FILHO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00COSTA BARROS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39 0,00 0,00 0,00 0,39PAVUNA 0,00 0,20 0,00 0,10 0,00 0,00 0,20 0,00 0,20 0,10 0,10 0,10 1,01PARQUE COLUMBIA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JACAREPAGUA 0,00 0,00 0,30 0,00 0,10 0,30 0,10 0,30 0,10 0,10 0,10 0,10 1,49ANIL 0,46 0,93 0,93 1,86 0,00 0,46 0,46 0,00 0,00 0,46 0,93 0,46 6,96GARDENIA AZUL 0,00 0,52 1,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,08CURICICA 0,00 0,40 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 1,21FREGUESIA-JPA 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,19 0,00 0,00 0,19 0,93PECHINCHA 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,63 0,00 0,95TAQUARA 0,00 0,00 0,00 0,32 0,21 0,00 0,00 0,11 0,21 0,11 0,32 0,00 1,28TANQUE 0,00 0,31 0,31 0,00 0,00 0,00 0,31 0,31 0,00 0,00 0,00 0,00 1,23PRACA SECA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,00 0,00 0,17VILA VALQUEIRE 0,32 0,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,95CIDADE DE DEUS 0,53 0,53 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,53 0,00 1,84JOA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00ITANHANGA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46BARRA DA TIJUCA 0,11 0,00 0,00 0,11 0,00 0,11 0,00 0,11 0,00 0,11 0,11 0,00 0,65CAMORIM 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00VARGEM PEQUENA 0,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87VARGEM GRANDE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07 0,00 0,00 1,07 1,07 3,22RECREIO BANDEIRANTES 0,00 0,27 0,27 0,00 0,27 0,00 0,53 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 1,60GRUMARI 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00DEODORO 0,00 0,00 0,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,86VILA MILITAR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00CAMPO DOS AFONSOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00JARDIM SULACAP 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00MAGALHAES BASTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,40REALENGO 0,11 0,00 0,11 0,00 0,11 0,06 0,11 0,06 0,00 0,06 0,00 0,17 0,79PADRE MIGUEL 0,31 0,00 0,15 0,31 0,15 0,00 0,00 0,15 0,00 0,15 0,15 0,00 1,39BANGU 0,16 0,12 0,08 0,16 0,20 0,04 0,04 0,08 0,00 0,08 0,08 0,12 1,19SENADOR CAMARA 0,09 0,09 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,09 0,09 0,09 0,63SANTISSIMO 0,00 0,00 0,29 0,59 0,29 0,29 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,29 2,05CAMPO GRANDE 0,17 0,13 0,20 0,24 0,07 0,10 0,10 0,07 0,13 0,07 0,17 0,10 1,55SENADOR VASCONCELOS 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,37INHOAIBA 0,00 0,34 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00 0,67COSMOS 0,00 0,00 0,15 0,00 0,00 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 0,45GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,11 0,00 0,23BARRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 0,00 2,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,28PEDRA DE GUARATIBA 0,00 0,00 2,06 0,00 1,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,10PACIENCIA 0,12 0,00 0,24 0,24 0,12 0,12 0,00 0,12 0,12 0,36 0,00 0,00 1,44SANTA CRUZ 0,31 0,16 0,26 0,26 0,16 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,05 0,10 1,82SEPETIBA 0,56 0,28 0,28 0,00 0,84 0,28 0,00 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 2,51

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7.6 QUESTIONÁRIO APLICADO

Percepção Humana e o Uso das cores

Olhando a figuras responda

Quais dessas figuras lhe chama mais atenção? _______________________________________________________________________ Quais dessas figuras lhe dá a sensação de que a informação representada encontra-se em estado crítico? _______________________________________________________________________ Quais dessas figuras lhe dá a sensação de que a informação representada encontra-se em estado de normalidade? _______________________________________________________________________ Quais dessas figuras lhe dá a sensação de tranqüilidade? _______________________________________________________________________ Qual delas lhe pareceu indiferente? _______________________________________________________________________ Se você quisesse chamar a atenção para uma informação quais cores você utilizaria, ou qual desses mapas você utilizaria? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

Sobre a paleta de cores responda

Numeração das paletas sem o uso da cor branca Numeração das paletas com cor branca na primeira classe Você acha que o uso do branco como primeira cor sugere uma classe de valor 0 (Zero)?

( ) Sim ( ) Não

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7.7 FIGURAS CONSTANTES NO QUESTIONÁRIO APLICADO

FIG. 7.21: Vermelho

FIG. 7.22: Laranja

Figura 01

Figura 02

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129

FIG. 7.23: Amarelo

FIG. 7.24: Verde Claro

Figura 03

Figura 04

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130

FIG. 7.25: Verde Escuro

FIG. 7.26: Verde-Azulado

Figura 05

Figura 06

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131

FIG. 7.27: Ciano

FIG. 7.28: Azul Escuro

Figura 07

Figura 08

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132

FIG. 7.29: Púrpura

FIG. 7.30: Magenta

Figura 09

Figura 10

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133

FIG. 7.31: Amarelo-Vermelho

FIG. 7.32: Marrom

Figura 11

Figura 12

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FIG. 7.33: Amarelo-Verde-Azul

FIG. 7.34: Paleta de cores sem a cor branca

Figura 13

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FIG. 7.35: Paleta de cores com o uso da cor branca

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8 ANEXOS

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8.1 ÍNDICES E COEFICIENTES UTILIZADOS EM SAÚDE PÚBLICA

Existem 21 tipos diferentes de coeficientes e índices em saúde pública, são eles:

• Coeficiente de mortalidade geral;

• Coeficiente de mortalidade infantil;

• Coeficiente de mortalidade neonatal;

• Coeficiente de mortalidade infantil tardia;

• Coeficiente de mortalidade perinatal;

• Coeficiente de natimortalidade;

• Coeficiente de mortalidade infantil proporcional;

• Razão de mortalidade proporcional ou índice Deswaroop & Uemura;

• Índice de mortalidade proporcional por causa, índice ou razão de

masculinidade;

• Índice vital de Pearl;

• Coeficiente de letalidade;

• Coeficiente de mortalidade materna;

• Coeficiente geral de fecundidade;

• Coeficiente de natalidade geral;

• Coeficiente de mortalidade por uma determinada doença;

• Coeficiente de mortalidade específico por idade;

• Coeficiente de mortalidade específico por sexo;

• Coeficiente de incidência;

• Coeficiente de prevalência por período; e

• Coeficiente de ataque secundário.

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8.2 BOLETIM DE NOTIFICAÇÃO

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8.3 FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE DENGUE

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8.4 FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE HEPATITE

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8.5 FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE MENINGITE

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8.6 FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE LEPTOSPIROSE

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8.7 NOTA TÉCNICA PARA O CÁLCULO POPULACIONAL DOS ANOS DE 2001,

2002, 2003 E 2004

Esta nota técnica foi fornecida junto as tabelas de cálculo populacional e é de

autoria do técnico responsável pelo cálculo de estimativa da população, só sendo

apresentada neste anexo para efeito de esclarecimento sobre os cálculos feitos para

estimar a população em alguns anos entre censos.

A técnica usada para estimar o valor correspondente de cada célula, foi o

comportamento de cada valor no censo demográfico 2000 em relação ao ano de

1991. Para tanto se utilizou a taxa média geométrica anual de crescimento da

população dentro de cada bairro, cada sexo e cada faixa etária.

Vale lembrar, que a taxa geométrica, nada mais é que a metodologia aplicada

via de regra pelos economistas no cálculo do juro composto, logo a estimativa de

população para 2001 é taxa média de juros encontrada entre 2000 e 1991 levada

um ano para frente.

O cálculo foi feito apenas para os sexos, de cada faixa etária em cada bairro. Os

resultados restantes tratam de pura agregação, que começam em cada faixa etária

que somados levam ao total do bairro, que por sua vez vai gerar as regiões

administrativas.

Ao final dos cálculos fez necessário calibrar as estimativas em função da

magnitude dos resultados globais. Segundo autor dos cálculos os valores lhe

pareceram exagerados, então optou-se por incorporar um redutor para cada ano

projetado. Os redutores foram os seguintes: 1% em 2001, 2% em 2002, 3% em

2003, 4% em 2004 e 2005. Esses redutores foram aplicados exclusivamente nas

APs 4 e 5, regiões que ainda convivem com grande crescimento demográfico o que

acaba gerando distorções.