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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA DEPARTAMENTO DE DEFESA E INSPEÇÃO VEGETAL - DDIV USO DA IRRADIAÇÃO COM FINALIDADE FITOSSANITÁRIA

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Page 1: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA DEPARTAMENTO DE DEFESA E INSPEÇÃO VEGETAL - DDIV USO

   

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPASECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA

DEPARTAMENTO DE DEFESA E INSPEÇÃO VEGETAL - DDIV 

USO DA IRRADIAÇÃO COM

FINALIDADE FITOSSANITÁRIA

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Interesse Internacional na Irradiação de Alimentos

Questões Econômicas

• Perdas de Produção Agrícola (diretas)

- Microorganismos

- Insetos

- Roedores

- Germinação Prematura

Pragas

• Barreiras ao Comércio (indiretas)

- Questões Quarentenárias

- Questões Sanitárias

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BALANÇA COMERCIAL AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

JAN/ DEZ 2000 JAN/ DEZ 2001

EXPORTAÇÃO

IMPORTAÇÃO

SALDO

Fonte: Secretaria de Produção e Comercialização - MAPA

US$ Milhões

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Doses de Irradiação

• Norma da OMS e Anvisa

- Dose máxima: 10 KGy

• Normas Fitossanitárias

- Doses mínimas

Pest group Required response Dose (Gy)

Aphids and whiteflies (Homoptera) Sterilize adult 50-100

Seed weevils (Bruchidae) Sterilize adult 70-100

Scarab beetles (Scarabidae) Sterilize adult 50-150

Fruit flies (Tephiritidae) Prevent adult emergence 60-250

Weevils (Curculionidae) Sterilize adult 80-200

Borers (Lepidoptera) Prevent adult development from larva 100-280

Thrips (Thysanoptera) Sterilize adult 150-250

Borers (Lepidoptera) Sterilize late pupa 200-300

Mites (Acaridae) Sterilize adult 200-320

Stored product beetles (Coleoptera) Sterilize adult 50-400

Nematodes Sterilize adult ~4,000

References:

Hallman, G. J. 1998. Ionizing radiaition quarentine treatments. An. Soc. Entomol. Brasil 27:313-323

Hallman, G. J. 1998. Expanding radiaition quarentine treatments beyond fruit flies. J. Agric. Forest Entomol (submitted)

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• Legislação anterior à Resolução RDC N° 21 da Anvisa de 26 de janeiro de 2001

Ex: Tomates (por produto e doses)

• Resolução RDC N° 21 da Anvisa de 26 de janeiro de 2001

- Dose máxima

- Aprovação da Irradiação como Sistema

- Preservação da qualidade do produto

- Delega a regulamentação de questões fito e zoosanitárias ao MAPA

• Legislação posterior

- Ações do DDIV para o uso da irradiação com fins fitossanitários

A IRRADIAÇÃO NO BRASIL

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Acordo Sobre Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) no Âmbito da OMS

Codex Alimentarius OIE CIPV

SPS

Decreto Legislativo 30 de 15 de dezembro de 1994, promulgado pelo Decreto 1355/94

Nenhum membro deve ser impedido de adotar ou aplicar medidas necessárias à proteção da vida

ou saúde humana, animal ou vegetal, desde que tais medidas não sejam aplicadas de modo

a constituir uma forma de discriminação arbitrária ou injustificável entre Membros em que

prevaleçam as mesmas condições, ou uma restrição velada ao comércio internacional.

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Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais

CIPV

COMISSÃO INTERINA EM MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS - CIMF

NORMAS INTERNACIONAIS DE MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS - NIMF

Decreto 318/91 e novo texto aprovado na 29° Conferência da FAO em Nov/97.

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Encaminhamento para a Secretaria do CIPVda proposta de uma nova norma ou da revisão

de uma norma já existente

A Proposta é analisada pelo

CIMF

Em espera – não incorporada ao

programa de trabalho

Incorporada ao programa de trabalho

As especificações são estabelecidas pela

Secretaria e pelo Comitê de Normas (CN)

Os grupos de trabalho desenvolvem uma nova

norma ou revisam alguma já existente

NÃO

SIM

Fluxograma para aprovação das NIMFs

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O texto é analisado pelo

CN

O texto é devolvido à Secretaria

O texto da norma é enviado aos governos para 120 dias

de consultas

Comentários são analisados

pelo CN

O texto é devolvido à Secretaria

O texto é analisado pela CIMF

O rascunho é devolvido à Secretaria

Texto Adotado

como uma NIMF

SIM

SIM

NÃO

NÃONÃO

SIM

SIM

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Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias - NIMFs

Convenção Internacional de Proteção dos VegetaisNIMF 1 Princípios de quarentena vegetal relacionados ao comércio internacional 1995NIMF 2 Guia para análise do risco de pragas 1996NIMF 3 Código de conduta para importação e liberação de agentes exóticos para

controle biológico.1996

NIMF 4 Requisitos para o estabelecimento de áreas livres de pragas 1996NIMF 5 Glossário de termos fitossanitários 2002 2002NIMF 6 Guia para vigilância 1997NIMF 7 Sistema de certificação para exportação 1997NIMF 8 Determinação da situação de uma praga em uma área 1998NIMF 9 Guia para programas de erradicação de pragas 1998NIMF 10 Requisitos para estabelecimentos de locais de produção livres de pragas e

zonas de produção livres de pragas1999

NIMF 11 Análise de risco de pragas quarentenárias 2001NIMF 12 Guia para certificados fitossanitários 2001NIMF 13 Guia para para notificação de não conformidade e ações emergenciais 2001NIMF 14 O uso de medidas integradas num sistema de gerenciamento de risco de

pragas2002

NIMF 15 Guia para regulamentação de embalagem de madeira no comércio internacional

2002

NIMF 16 Pragas não quarentenárias reguladas: conceito e aplicação 2002NIMF 17 Notificação de pragas 2002

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Proposta da NIMF 18

NORMA PARA O USO DA IRRADIAÇÃO COMO MEDIDA FITOSSANITÁRIA

Guia técnico para aplicação da radiação ionizante como tratamento

fitossanitário para pragas regulamentadas.

Não inlcui produção de organismos estéreis para controle de pragas tratamento sanitário (segurança alimentar e saúde animal) preservação ou melhora na qualidade dos produtos indução de mutagenese.

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IRRADIAÇÃO COMO MEDIDA FITOSSANITÁRIA.

AUTORIDADE - Organização Nacional de Proteção Fitosanitária – ONPF

Avaliação Adoção e uso

OBJETIVO DO TRATAMENTO

Prevenir a introdução e disseminação de pragas regulamentadas Os objetivos podem ser alcançados pela

Mortalidade das pragas Interrupção do desenvolvimento completo das pragas Impedimento da reprodução Inativação (incapacidade de causar doenças) Desvitalização de materiais propagativos

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EFICÁCIA

A determinação do resultado esperado é baseado no risco acessado pela análise de risco de pragas

O tratamento deve ser especificamente definido pela ONPF do país importador

Deve conter Uma descrição precisa do resultado esperado O nível estatístico do resultado esperado

Resultado esperado

Mortalidade: limites de tempo devem ser estabelecidos. Inabilidade de reprodução

Esterilidade completa Fertilidade de apenas um dos sexos Sem postura e/ou eclosão dos ovos Alteração de comportamento Geração F1 estéril

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TRATAMENTO

Radiação ionizante - Cobalto 60 - Césio 137 - Feixe de elétrons até 10 MeV - Raio X até 5 MeV

Unidade de medida: Gray (Gy)

Variáveis consideradas: - dose, - tempo de tratamento, - temperatura, - umidade, - ventilação, - condições atmosféricas.

Procedimento

Deve-se assegurar a absorção da dose mínima (Dmin) eficaz para o tratamento

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APLICAÇÃO

Simples Combinada com outros tratamentos Parte de um “System Approach”

A irradiação pode ser aplicada

- Como parte da operação de embalagem - Em cargas a granel (processo de movimentação)

- Pontos de embarque Quando a movimentação da carga não tratata é considerada segura e viável

- Ponto de entrada - Em locais pré-estabelecidos num terceiro país - No país de destino

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DOSIMETRIA

Sistema de Dosimetria – segue normas internacionais

Acesso de organizações independentes Assegura que a dose mínima (Dmin) necessária

atinja toda a carga. Deve considerar variações de composição e

densidade no material tratado - forma - tamanho - volume - tipo de armazenagem - tipo de embalagem

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DOSIMETRIA

Calibração dos componentes do sistema de Dosimetria

Mapeamento das doses aplicadas Segue normas operacionais

documentadas Dosimetria de rotina

Medições precisas das doses absorvidas para monitoramento da eficiência

Frequência de medições depende Tipo de equipamento Processo Commodity Normas importantes

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APROVAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO Deve ser aprovada por:

Autoridade reguladora na área de energia nuclear ONPF

Qualificação Certificação Acreditação

Para aprovação

Critérios gerais Critérios específicos para a commodity em

questão Reaprovação

Avaliação anual

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INTEGRIDADE DO SISTEMA

Deve-se assegurar a eficácia do tratamento - Pesquisa - condições pré-estabelecidas - Dosimentria – monitoramento constante

Medidas de segurança fitossanitárias Evitar infestação e contaminação Evitar erros de identificação

Possíveis soluções Embalar antes de tratar

Identificação adequada para possibilitar rastreamento

Tratamento utilizado Local de tratamento Data de embalagem e tratamento

Monitoramento da estação de tratamento

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RASTREABILIDADE Manutenção de documentação referente aos lotes tratados - Pelo menos 1 ano

Controle do processo e Parâmetros operacionais Detalhes operacionais

Procedimentos de manuseio antes, durante e depois Monitoramento dos pontos críticos Dosimetria Planos de contigência Procedimentos para lotes rejeitados Identificação e documentação necessária

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DOCUMENTAÇÃO MANTIDA PELAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO Programas de qualidade e calibração

Dosimetria Outras informações

Identificação das partes responsáveis Identificação das commodities Resultado esperado Pragas alvo Tamanho e volume Dose absorvida Data de tratamento

Inspeção com proposta quarentenária

Assegurar o resultado proposto Mortalidade Inabilidade de reprodução

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CERTIFICAÇÃO

Valida o tratamento com irradiação. Deve especificar: - Lote tratado - Dose mínima (Dmin)

A ONPF pode emitir certificados fitossanitários com base nas informações transmititas pelas estações de tratamento

ADMINISTRÇÃO ONPF – Avaliar, adotar e autorizar o sistema de irradiação Seguindo normas internacionais para medidas fitossanitárias PESQUISA

Assegurar que o tratamento prescrito seja eficaz contra a praga em questão.

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TOLERÂNCIA

- Setores da perquisa e comércio devem dividir as reponsabilidades para assegurar a viabilidade do tratamento comercialmente.

- Fitotoxidade

Três vezes a dose mímima

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Após a aprovação da NIMF 18 (Abril de 2003)

O Brasil internalizará a nova proposta 

CONCLUSÃO