miles | n.º 1 | fevereiro 2014

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MILES Militia Sanctae Mariae | Fevereiro 2014 | N.º 1 Nesta ediçao A Regra na MSM ......................... 2 Comentário à Regra .................... 2 A MSM na Jornada Mundial da Juventude ................................... 3 A cavalaria é, antes de tudo, um serviço. (Comentário à Regra de Michel Pagiossi ........................... 4 Estará Cristo dividido? ................ 5 Como deve ser o Cavaleiro de Santa Maria ......................................... 6 MILES de volta e em formato papel O MILES, bolem informavo da Milia Sanctae Mariae – companhia regular e militante dos cavalei- ros de Santa Maria (Portugal) passa agora a ser editado em formato eletrónico, e com a periodicida- de trimestral em formato papel. Tornamo-nos, assim, mais acessíveis em todo o mundo e em par- cular junto dos lusófonos. Gostaríamos de dialogar com os nossos leitores. Para tal, convidamos a enviar-nos as vossas ques- tões/dúvidas/curiosidades para: [email protected] A MSM na Jornada Mundial da Juventude 2013

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MILES é o boletim informativo da Militia Sanctae Mariae, cavaleiros de Nossa Senhora. http://www.msm-portugal.org http://miles.msm-portugal.org/

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Page 1: MILES | n.º 1 | fevereiro 2014

MILES Militia Sanctae Mariae | Fevereiro 2014 | N.º 1

Nesta ediça o

A Regra na MSM ......................... 2

Comentário à Regra .................... 2

A MSM na Jornada Mundial da Juventude ................................... 3

A cavalaria é, antes de tudo, um serviço. (Comentário à Regra de Michel Pagiossi ........................... 4

Estará Cristo dividido? ................ 5

Como deve ser o Cavaleiro de Santa Maria ......................................... 6

MILES de volta e em formato papel O MILES, boletim informativo da Militia Sanctae Mariae – companhia regular e militante dos cavalei-

ros de Santa Maria (Portugal) passa agora a ser editado em formato eletrónico, e com a periodicida-

de trimestral em formato papel. Tornamo-nos, assim, mais acessíveis em todo o mundo e em parti-

cular junto dos lusófonos.

Gostaríamos de dialogar com os nossos leitores. Para tal, convidamos a enviar-nos as vossas ques-

tões/dúvidas/curiosidades para: [email protected]

A MSM na Jornada Mundial da Juventude 2013

Page 2: MILES | n.º 1 | fevereiro 2014

Pro logo

Mas o Verbo encarnado, nascido de

Maria Imaculada, morto sobre a Cruz e

ressuscitado para nos dar a vida, infligiu

ao dragão o golpe fatal. O mundo tornou

-se um imenso campo de batalha que os

filhos da Jerusalém Celeste, sustentados

pelas milícias sagradas do Arcanjo Mi-

guel, disputam às cortes infernais. Quan-

do os fiéis da Igreja, sob o influxo da

graça divina fazem penitência, derra-

mam as suas orações e testemunham

até o sangue, o Espírito comunica-se, as

forças do caos recuam, o exército angéli-

co destrona as hierarquias infiéis, a

verdade triunfa. Quando os fiéis se

descuidam e perdem o seu fervor; Deus

permite uma nova ofensiva das Potesta-

des das Trevas; povos inteiros são arran-

cados à Igreja ou subtraídos à influência

do Evangelho, e entregues à escravatura

de Satanás.

No passado dia 1 de Janeiro, dia da Solenidade de Santa Maria mãe de Deus, durante a homília o sacerdote disse

que uns dias antes alguém lhe tinha colocado a seguinte questão: “sendo Maria a mãe de Deus, não é natural que

Maria também seja Deus, ou mesmo mais importante que Deus”

A realidade é que esta é uma questão que tem alguma pertinência, e que mal explicada pode conduzir a um infin-

dável mar de dúvidas. Ora resposta a esta pergunta é tão só uma: não, Maria não é mais importante que Deus,

nem tão pouco é Deus. Maria é a mãe de Deus que se faz Homem… é a mãe de Deus que para nos salvar se fez

um de nós. Maria é a mãe de Deus, que decide assumir a condição de humano para nos salvar.

Maria é, tomando como referência os escritos de São Luís Maria Grignion de Montfort “a obra-prima por excelên-

cia do Altíssimo”, é a mulher escolhida para ser a mãe do seu filho “a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la duran-

te a vida para lhe favorecer a humildade”. Foi por ela que Jesus veio ao mundo e é por ela que Ele deve reinar.

A Virgem Maria é assim a escolhida para colocar diante de nós um ser humano, um homem real, submetido como

nós às condições próprias da condição humana. Maria trouxe Jesus ao mundo, pobre e sem conforto; perseguido;

como criança, em Nazaré, ajuda os seus pais; cumpre todos os rituais próprios da época, nomeadamente o Batis-

mo no Rio Jordão; e eis que Jesus, como qualquer um de nós acaba por morrer, e ainda por cima de uma morte

infame.

Maria, mãe com o coração trespassado de dor, vê o seu filho, que tinha condição divina, a esvaziar-se a si mesmo

e a assumir a condição de servo, tomando a semelhança humana, apresentando-se como simples homem, a per-

correr os mesmos caminhos de todo ser humano, humilhando-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte,

e morte de cruz.

Tudo isto aconteceu porque a grande missão de Jesus na terra era mostrar-nos o caminho da Salvação, que só é

possível se soubermos como Jesus dizer SIM ao chamamento de Deus. Todos os dias somos chamados a dizer

SIM. Comos cristãos que somos, todos os dias somos chamados a travar um combate “sem tréguas nem descan-

so” contra as forças do mal na busca da salvação eterna. A nossa força reside no exemplo; na caridade; na frater-

nidade; no amor; na paciência; na oração; na penitência; na ajuda ao próximo sem esperar nada em troca; no

nosso SIM ao amor de Deus e ao próximo.

Se conseguirmos dar o nosso SIM ao amor de Deus estamos a fazer como Jesus e sua mãe: Maria, a Senhora do

sim, confiou nos projetos que Deus tinha para Ela, e com o seu SIM trouxe Deus ao mundo; e Jesus, com o seu

SIM, aceitou fazer-se um de nós, e caminhar ao nosso lado, sentindo as nossas fraquezas, para com o seu exem-

plo nos salvar.

Esforcemo-nos para dar o nosso SIM e caminhar lado a lado com Jesus e com Maria no caminho da Salvação que

Ele próprio cheio de amor percorreu quando se fez homem.

Filipe Amorim

“Cristão que te preparas para esta Regra, liberta por um instante o teu espírito das preocupações terrestres e mergulha o teu olhar no mistério de Deus…”

A Regra na MSM

O Prólogo da Regra da Milícia de Santa Maria

– MSM – abre com estas palavras que são

uma autentica convocatória:

“Cristão que te preparas para esta Regra,

liberta por um instante o teu espírito das

preocupações terrestres e mergulha o teu

olhar no mistério de Deus…”

A vida contemporânea traz-nos tão agitados,

tão apressados e estonteados que o parar

para “olhar o mistério de Deus” é um desafio

difícil de vencer. Não temos tempo para nada

e o pouco tempo que temos como sobras mal

dá para serenarmos um bocado! Contudo,

Deus está à nossa espera. À nossa escuta.

Disponível para falar connosco. Como é possí-

vel vivermos a nossa liberdade nesta aliena-

ção de todos os dias? Deus, que nos criou

livres, deseja-nos livres. Livres também para

Ele. A Regra da MSM convida-nos a viver na

terra em diálogo com Deus! Aliás é este um

dos desafios da Páscoa: viver em Cristo res-

suscitado. Sempre. Um esforço de cada dia. E

de Todos os dias.

Por isso, o MILES, a cada mês publicará o

comentário à Regra que foi feito em cada um

dos capítulos.

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A MSM esteve presente na JMJ 2013 No Brasil, a Militia Sanctae Mariae começou a formar-se em 2011, aumentando em número em 2012 com a

recepção de quatro novos freires e, por fim, começando a atuar mais diretamente a partir de 2013.

Um dos grandes eventos que a Militia esteve presente foi a Jornada Mundial da Juventude 2013, no Rio de

Janeiro. Um grande evento que reuniu, em seu

maior dia de concentração, uma cifra de cerca

de quatro milhões de pessoas.

Os jovens que lá estiveram presentes, os freires

Bruno e Michel, levaram para todos os eventos a

bandeira branca com a cruz azul dos Cavaleiros

de Nossa Senhora. E ela chamou muito a aten-

ção: foram dezenas de pessoas que pararam

para perguntar o que a bandeira significava,

tudo sempre em um clima de santa curiosidade

e abertura. Muitos se interessavam, pedindo o

contato e, ao mesmo tempo, que fosse explica-

do o que a Milícia era e qual sua espiritualidade.

O fato mais inusitado, porém, se deu no primei-

ro dia do evento, na Missa de abertura. Enquan-

to os jovens caminhavam com a bandeira, outro

jovem, aproximou-se deles e perguntou: “Milícia

de santa Maria?”. Foi uma surpresa! Em poucos

meses, já havia pessoas que conheciam a ban-

deira da Milícia e, mais que isso, estavam inte-

ressadas em fazer parte dela! O mais interessan-

te? Essa missa tinha aproximadamente um mi-

lhão de pessoas e, com a chance de um em um

milhão, pessoas interessadas na Milícia de en-

contraram.

Foram dias cansativos, de frio, chuva e cansa-

ço. Mas valeu a pena. Dias que ficarão na me-

mória dos jovens que estiveram presentes e, ao

mesmo tempo, um dia onde a Milícia de Santa

Maria esteve junto à jovens do mundo todo que

tinha um único objetivo: louvar e adorar, com o

papa Francisco, Nosso Senhor Jesus Cristo!

E que venha Cracóvia 2016! A Milícia de Santa

Maria, se Deus quiser, novamente se fará pre-

sente lá! E, dessa vez, com mais jovens!

Por Bruno Farias e Michel Pagiossi

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Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

A cavalaria é, antes de tudo, um serviço. Ou seja, não se é cavaleiro

para si mesmo, mas se é cavaleiro pela Igreja e para a Igreja. Como a

Militia não é uma Ordem honorífica, também não devem buscar os

seus membros, ou postulantes, nela a pura e simples honraria. A Mili-

tia quer cavaleiros que sejam verdadeiros cristãos com espírito de

serviço. Se o hábito do cavaleiro o faz diferente dos outros, e até mais

visado que os outros, ele também deve lembrar que aquele que o

enverga o faz para servir e não para ser servido ou como uma honra-

ria.

Igualmente, devemos lembrar que servimos a Igreja. Devemos amar a

sã doutrina, procurando promove-la e, igualmente, amar e defender o

Romano Pontífice. É bastante simples e oportuno dizer que defende-

se o papado, mas não o papa e, inclusive, julgar o Sumo Pontífice por

não ser de nosso gosto. Será que nós temos, realmente, o direito de

julgar a escolha do Espírito Santo por nossos gostos pessoais? Não, é

claro que não! O cavaleiro não defende um papado pura e simplesmente imaginário, como também não cai no

erro do ultramontanismo, mas defende o papa com amor, fidelidade e heroicidade. Ou se defende o papa reinan-

te, “Doce Cristo na terra”, ou cai-se em uma porção de erros, o mais grave, provavelmente, o próprio Cisma.

Esse amor que se desenvolve em nós pelo Soberano Pontífice, igualmente, deverá estar presente no zelo pela

Sagrada Liturgia, em suas formas ordinária e extraordinária; o amor pela difusão da sã doutrina; do amor, e da

difusão desse amor, à Virgem Maria, especialmente por meio da consagração à Jesus por meio das mãos de Nossa

Suserana; o amor à Sagrada Escritura e tudo aquilo que é devidamente propagado pela Igreja como devoções

verdadeiras.

Enfim, devemos defender a tudo aquilo que foi sagrado ontem, para aqueles que nos precederam na fé, e o conti-

nua sendo hoje. Defender a leitura, em todo o campo eclesiástico, da hermenêutica da continuidade e nunca da

ruptura (seja caindo em uma simplificada ideia de uma era de ouro nos anos de 1950 ou na completa demoniza-

ção do anterior ao Concílio Vaticano II). O cavaleiro defende as bases que fundaram a civilização ocidental, e,

desta maneira, defende a própria Igreja como grande construtora dessa mesma civilização.

Há erros no mundo? Sim. Há trevas? Sem dúvida. E o papel do cavaleiro é, a começar pela sua vida, transformá-

los. O papel do cavaleiro é tomar parte ativa na nova evangelização, levando o Cristo aqueles que nunca ouviram

falar dele ou que fugiram do Senhor por vários motivos, um deles a crescente descristianização da sociedade. O

cavaleiro é convidado a tomar papel, onde estiver, mas diretamente e sem medo, na difusão do Reino de Cristo. O

cavaleiro, por ser cavaleiro, deve agir sem nenhum tipo de respeito humano.

Se há o combate, e ele sempre existirá, devemos lembrar que sem a caridade nada conseguiremos e que é muito

mais simples influenciarmos uma multidão de pessoas pelo exemplo que pelas palavras, que podem, ou não,

serem vãs. Devemos trabalhar aonde estamos, no escritório, na universidade, na paróquia em suas diversas pas-

torais (e este último eu recomendo com vivaz insistência), para alargar cá embaixo as fronteiras do Reino dos

Céus. Só assim, no combate com a Igreja, pela fé, seremos verdadeiros cavaleiros.

Louvado seja Nosso Senhor, Jesus Cristo.

Salve Maria!

Michel Pagiossi

“O seu apostolado tenderá sempre a levar os seus irmãos até às origens tradicio-nais da vida espiritual, que formaram com a alma cristã das épocas de fé, toda a civilização que os cavaleiros têm que defender e promover”.

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A Cavalaria e , antes de tudo, um serviço

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“Cristo – que não pode ser dividido – quer atrair-nos a Si”

Foi desta forma que o Papa Francisco começou a

Homília da celebração de Vésperas na Solenidade de

S. Paulo Apóstolo, que se assinalou no dia 25 de

janeiro.

O Santo Padre continuou da seguinte forma: “Com

grande tristeza, o Apóstolo soube que os cristãos de

Corinto estão divididos em várias facções. Uns afir-

mam: «Eu sou de Paulo»; outros dizem: «Eu sou de

Apolo»; e outros: «Eu sou de Cefas»; e há ainda

quem sustente: «Eu sou de Cristo» (cf. 1 Cor 1, 12).

Nem sequer estes que pretendem apelar-se a Cristo

podem ser elogiados por Paulo, porque usam o nome

do único Salvador para se distanciarem dos outros

irmãos dentro da comunidade. Por outras palavras, a

experiência particular de cada um, o referimento a

algumas pessoas significativas da comunidade tor-

nam-se a norma para julgar a fé dos outros.“

E eis que S. Paulo, num verdadeiro apelo à união, à comunhão que Cristo veio pregar, chama todos e «em nome de Nosso Senhor Jesus

Cristo», exorta todos os cristãos de Corinto a serem todos unânimes no falar, para que não haja, entre eles, divisões mas perfeita união

de pensar e sentir.

O Papa Francisco continuou a sua homília e afirmou que “a perfeita união entre os irmãos só é possível referida ao pensamento e aos

sentimentos de Cristo“, e que “que Cristo – que não pode ser dividido – quer atrair-nos a Si, aos sentimentos do seu coração, ao seu

abandono total e íntimo nas mãos do Pai, ao seu esvaziar-se radicalmente por amor da humanidade. Só Ele pode ser o princípio, a cau-

sa, o motor da nossa unidade.

Reforçou ainda o seu pensamento, referindo às numerosas as Comunhões cristãs que se apresentam aos homens como a verdadeira

herança de Jesus Cristo: “Encontrando-nos na sua presença, tornamo-nos ainda mais conscientes de que não podemos considerar as

divisões na Igreja como um fenómeno de certo modo natural, inevitável em toda a forma de vida associativa. As nossas divisões ferem o

corpo de Cristo, ferem o testemunho que somos chamados a prestar-Lhe no mundo.”

De seguida apelou à unidade, reafirmando uma vez mais que “Cristo não pode estar dividido! Esta certeza deve incentivar-nos e suster-

nos a continuar, com humildade e confiança, o caminho para o restabelecimento da plena unidade visível entre todos os crentes em

Cristo“, e terminou pedindo ao Senhor Jesus que “nos tornou membros vivos do seu Corpo, peçamos que nos conserve profundamente

unidos a Ele, nos ajude a superarmos os nossos conflitos, as nossas divisões, os nossos egoísmos; e lembremo-nos de que a unidade é

sempre superior ao conflito! E nos ajude a vivermos unidos uns aos outros por uma única força, a do amor, que o Espírito Santo derra-

ma nos nossos corações.”

É este um dos grandes desígnios do ser cavaleiro da Militia Sanctae Mariae: unido a Cristo, lutar na terra pelo seu reino. Que cada um

de nós seja capaz de entender que por força da escolha que livremente fizemos em aderir à Militia, nos tornámos combatentes do

Reino de Deus, não para separar, mas para unir… não para a guerra, mas para a paz, para a salvação nossa e de todos aqueles que nos

rodeiam…

Que Nossa Senhora nos dê a força necessária para travarmos este combate.

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«Estara Cristo dividido?»

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1. Aquele que entrou na Ordem de Santa Maria tomou a Cruz e fez a Cristo o sacrifício de sua,

aceitando de antemão os combates, as contradições, as humilhações e a morte que o Senhor

Jesus, no seu imenso amor para com todos os homens, se dignou tomar sobre Si e partilhar com

os seus amigos. Recebe por lei o Código de Honra Cavaleiresca, expressão de sua absoluta fideli-

dade a Deus:

I - O Cavaleiro combate por Cristo e pelo Seu reino.

II - O Cavaleiro serve a sua Dama a Virgem Maria.

III - O Cavaleiro defende a Santa Igreja até ao sangue.

IV - O Cavaleiro mantém as tradições dos seus antepassados.

V - O Cavaleiro combate pela Justiça, pela Ordem Cristã e pela Paz.

VI - O Cavaleiro trava contra o mundo e o seu Príncipe uma guerra sem trégua nem descanso.

VII - O Cavaleiro honra e protege os pobres, os fracos os deserdados.

VIII - O Cavaleiro despreza o dinheiro e os poderes deste mundo.

IX - O Cavaleiro é humilde, magnânimo e leal.

X - O Cavaleiro é puro e cortês, ardente e fiel.

2. Segundo a conceção de S. Bernardo, o Cavaleiro de Santa Maria é soldado de Deus: une à vida

contemplativa a vida ativa para travar com os inimigos de Cristo o duplo combate, sobrenatural e

natural, e derrotá-los no duplo combate.

3. Soldado, ele é o primeiro no sentido do Bonus Miles Christi Jesu. Deve trazer junto de si a

decisão de não recuar, como os primeiros cristãos, em face ao paganismo, pois que se trata para

ele de mudar a vida no mundo e à face dum mundo que renegou Cristo. A fé em Cristo na fideli-

dade à Igreja é o rochedo inabalável sobre o qual se apoia não uma fé mutilada, anêmica, edul-

corada, mas uma fé em toda a sua integridade, pureza e vigor. A sua primeira vitória, deve-a

obter sobre si mesmo por uma verdadeira conversão; o seu primeiro objetivo, é a conquista de si

mesmo. Então, mas só então, pode atacar diretamente os inimigos visíveis da Igreja e da Cristan-

dade, com a certeza de vencer.

COMO DEVE SER O CAVALEIRO DE SANTA MARIA

Co digo de Honra Cavaleiresca

I - O Cavaleiro combate por Cristo e

pelo Seu reino.

II - O Cavaleiro serve a sua Dama a

Virgem Maria.

III - O Cavaleiro defende a Santa

Igreja até ao sangue.

IV - O Cavaleiro mantém as tradições

dos seus antepassados.

V - O Cavaleiro combate pela Justiça,

pela Ordem Cristã e pela Paz.

VI - O Cavaleiro trava contra o mundo

e o seu Príncipe uma guerra sem

trégua nem descanso.

VII - O Cavaleiro honra e protege os

pobres, os fracos os deserdados.

VIII - O Cavaleiro despreza o dinheiro

e os poderes deste mundo.

IX - O Cavaleiro é humilde, magnâni-

mo e leal.

X - O Cavaleiro é puro e cortês, ar-

dente e fiel.

FICHA TE CNICA

Tí tulo: MILES

Director: Filipe Amorim

Propriedade: Militia Sanctae Mariae

Periodicidade: Mensal

ISSN: 1646-9313

Tiragem: 1000 exemplares

Depo sito Legal: 27363/08

MILITIA SANCTÆ MARIÆ

Rua de Guadalupe, n.º 73

4700-298 BRAGA

Telefone: 256 611 609

Email: [email protected]

www.msm-portugal.org

(CONTINUA)...

Foto: Raul Narevicius