mija - core · outlnov/1981 publicação do centro de pesquisa agropecuária do ... larga escala,em...

12
ANO I - N? 2 OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Sem i-Árido (CPA TSA) Dos 12 anos de ida- de, quando chegou a Sergipe, aos 21, quando se casou, Manoel Joaquim Elias dos Santos, "Parentinho", agri- cultor de Poço Re- ." ,', " t' dondo-SE, pouco h...:,&.." . ri cresceunotamanho:~~__ ." -'~ J 1,50m. O que cresceu, e muito, foi sua fam11ia,hoje com 25 pessoas, que o fa- zem exercitar impressionante liderança sobre cada uma delas e trabalhar ardua- mente para alimentá-Ias; enfrentando as adversidades do sertão sergipano. Em sua propriedade, a UEPAE de Aracaju (EMBRAPA)iniciou, neste ano, um tra- balho de pesquisa a nível de produtor, cujos resultados preliminares estão des- pertando a atenção de outros agriculto- res da região. Veja a reportagem "Pe- queno Grande Homem" (Págs. 6 e 7). Marius Mouabenga, interessado na metodologia do CPA TSA \.. --- O que faria a República Popular do Congo interessar-se pelo CPATSA, a pon- to de inclui-Io no roteiro da visita oficial ao Brasil, feita pelo Ministro da Agri- cultura daquele pais africano, Marius Mouabenga, em outubro passado? Quando esteve em Petrolina, no dia 12, ele revelou o porquê. (Pág.3) Agua para lavar, cozinhar e beber. Em 1981, repete-se o problema da escassez , ruapara consumo humano no Semi-Arido, embora exista, para ele, um~soluçãosecular.(Pág. 4) JORNAL DO SEMI-ÁRIDO v.1, n.002, OUT 1981. 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111II1111111111111 39827 - 2

Upload: doannhi

Post on 16-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

ANO I - N? 2OutlNov/1981

Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Sem i-Árido (CPA TSA)

Dos 12 anos de ida-de, quando chegoua Sergipe, aos 21,quando se casou,Manoel JoaquimElias dos Santos,"Parentinho", agri-cultor de Poço Re- ." ,', " t'dondo-SE, pouco h...:,&.." . ricresceuno tamanho:~~__ ." -'~ J1,50m. O que cresceu, e muito, foi suafam11ia,hoje com 25 pessoas, que o fa-zem exercitar impressionante liderançasobre cada uma delas e trabalhar ardua-mente para alimentá-Ias; enfrentando asadversidades do sertão sergipano. Emsua propriedade, a UEPAE de Aracaju(EMBRAPA)iniciou, neste ano, um tra-balho de pesquisa a nível de produtor,cujos resultados preliminares estão des-pertando a atenção de outros agriculto-res da região. Veja a reportagem "Pe-queno Grande Homem" (Págs. 6 e 7).

Marius Mouabenga, interessado na metodologia do CPA TSA

\..---O que faria a República Popular do Congo interessar-se pelo CPATSA, a pon-

to de inclui-Io no roteiro da visita oficial ao Brasil, feita pelo Ministro da Agri-cultura daquele pais africano, Marius Mouabenga, em outubro passado? Quandoesteve em Petrolina,no dia 12, ele revelou o porquê. (Pág.3)

Agua para lavar, cozinhar e beber. Em 1981, repete-se o problema da escassez

, ruapara consumo humano no Semi-Arido, embora exista, para ele,

um~soluçãosecular.(Pág.4)JORNAL DO SEMI-ÁRIDO

v.1, n.002, OUT 1981.

111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111II1111111111111

39827 - 2

Page 2: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

Publiufio do C~lItro dr I'rlquiJII Atropr(u4rill do Trópiro Srmi-Ãrido {CPATSAJ

A" ,JaN , ..., "'.~~,"...""",." Ioo_:.".k (r...1SA,.'P""'I.-'"

, 1" ,... " " ,"',"' ,.."'""~""""""-"""". """"_,,,"_..o..f,,,"__M ' , 1.............""""_._""'-"10"""""" ~___-""""".._,~,j, , ,...-.-",_',-"',.~",.A',_,, ""~, ,,-....'''''"'._'' In'' ~/;'«nII.. ~, ",__...",.-"',,, ~ ,-..." "" ,... r "..,...,, ~' , .".,,,,,,,,,.,.,..,.. ('-.....

f; """,..~oáJ< '~IIUC,I' f._b_.#...,...,*_.1<",-"" "-.{ ~..<Io"""'""

IU/llll,l'...'..,, #.'.-,11_.""", ,.......'''15,''r""M._""- ,1,.,,, _, ."', ,j,,' ,I~.......,j,.r"""*',.~ f(.,...J~/. .......,~ h' uQ OJIJII.\',fI.WS1.:II...NIIJU___1I,'."'../H:,' /IMAf~..("",. "...",...<{O.,""."..m_,,,,"__

"_,'..,,, 01 " , ,'_."""'-........._, 1>1I, ""'." " M,..,.~'...........:;'..::.~.-::..~.;::.~...,j,~"~.:r::.=~.::=:..__,..II~ "".""".ç.,.--, "....:::'::::'~/~::;7=~=... __........_,,,.,,,__,"_1.. ~"'eP"'hA

C~~fotrvl,.jl(;ionIII..ppl/Nl/Ç lII,lI

'*nClI ,../Hk>CPA1SA.qu6IIdo,.8dI.,,"'-'df

p'odu/Ol.P'opoIC~_1Gdr,~...pI'OI/J.Iflo'df

".,.r.-dQurdf92t ,.iho.

..."

Os leitores do Jornal do Semi-Áridojáganharam seu espaço. Na verdade, o espa-ço foi conquistado, à medida em que fo-ram chegando as cartas referentes ao pri-meiro número do Jornal. Na impossibili-dade de publicarmos todas, transcrevemosparte de algumasdessascorrespondências,antecipando os agradecimentos.

Jornaldo< . ." .,,, . . ..,....

mIJa tO {J;lOW

Centro de Pesqúisa Ag~opecuáriado Trópico Semi-Arido

Chefe:Renival Alvcs de Souza

Chefe Adjunto Técnico:Antônio José Simões .

Chefe Adjunto de Apoio:Pedra Maia e Silva

Editoria Responsável:

Assessoria de Imprensa eRelações Públicas

R. Presidente Dutra, 160Fone: (081) 961-0122

Petrolina- PE

Composição e Impressão:GRAFSET LTDA.

Rua Vigolvino Wanderley, 245Fone: (083) 321.2090

Campina Grande - Paraíba

Tiragem:

5.000 exemplares

2

"Parabenizo o CPATSApelo Jornal doSemi-Árido, que se constituirá em um im-portante instrumento de divulgação domagnífico trabalho que esse Centro vemfazendo em prol do desenvolvimento dapequena irrigação, a nível das proprieda-des privadas.

Solicito a remessa regular, a esta Se-cretaria de Planejamento, do referidojornal, bem como dos trabalhos elabora-dos pelo CPATSA.

Hélio de Carvalho MatosSecretário Suh>titutoSecretaria do Planejamentodo Estado do Piauí"

"Acuso o recebimento do primeironúmero do Jornal do Semi-Árido. Aoagradecer a gentileza da remessa,informoa V. Sa. que os exemplares recebidos jáforam distribuídos entre os órgãos citados

. na relação anexa.Berilo Ramos BorbaReitorUniversidade Federal da Paraíba"

"Parabenizamos equipe CPATSA ela-boração importante veículo divulgação"Jornal do Semi-Árido". Agradecemossinceramente inclusão nossa cooperativa

como entidade vinculada ao setor rural.

Joaquim C. SOUSéiCOCANE - Posto Vale áo S. Fran-cisco

"Acusamos recebimento do n9 1 doJornal do Semi-Árido. Agradecemos aatenção e, ao mesmo tempo, informamosque estamos bastante interessados emcontinuarmos recebendo a referida publi-cação e outras sobre o Semi-Árido.

Marildade Macedo RochaBibliotecáriaCentro de Informação do Semi-ÁridoUFPB

ADALBERTO OU ADALBERON ?

Leitores alagoanos solicitaram duascorreções no artigo "ARIDEZ MENTAL:problema maior" (Jornal do Semi-Árido,n9 1),as quais fazemosa seguir:

O autor do livro "O Tigre dos Palma-res" é o alagoano Adalberon CavalcantiUns, e não Adalberto, cbmo saiu publi-cado. Por outro lado, no mesmo artigo,citou-se Adalberon Serra como autor dométodo de previsão de chuvas no Nor-deste, com base na pressão atmosféricaregistrada nos Açores. O nome corretodo autor é Adalberto Serra.

Ant(mio José Simões, segundo da direita para a esquerda,ao ser empossadocomo Chefe T6cnico

CPA TSA tem Centro ofereceria~a Antônio ?imões,. a,. mesmacolaboraçaoprestadaas chefiasnovo Chefe Tecnlco anteriores.

Foi empossadofiO dia 14 de outubropassadoo novo ChefeAdjunto Técnicodo CPATSA, Antônio JoséSimões,emsubstituiçãoa JoséRibamarPereira,queocupavao cargoháumano.A solenidadedurou poucosminutos e contou com apresençada equipe de pesquisadoresedemaisfuncionáriosdo Centro.

Ao empossaro novo ChefeTécnico,oChefe Geral do CPATSA,RenivalAlvesdeSouza,disseestarconfiantede queospesquisadorese a equipe de apoio do

Além desta modificação,foram pro-cessadasmais duas,na estruturaorgani-zacional do CPATSA: para o lugar dopesquisadorAntônio Simões, que atéentãocoordenavao ProgramadeSistemasde Produçãoparao TrópicoSemi-Arido,foi designadoo pesquisadorPauloCésarFarias;enquantoisso,o pesquisadorEd-son Lustosade Poss(dioassumiua coor-denaçãodo ProgramadeAproveitamentodos RecursosNaturaise Sócio-Econômi-cos do TSA.

Page 3: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

Congo quermétodosdo CPiJ.TSA

o Ministro da Agricultura da Re-pública Popular do Congo, MariusMouabenga, não descansou no fe-riado nacional de 12 de outubropassado. Cumprindo à risca o pro-grama de sua visita oficial ao Brasil,desembarcou exatamente às 8 hs,no aeroporto de Petrolina, de ondepartiu diretamente para os camposexperimentais do Centro de Pesqui-sa Agropecuária do Trópico Semi--Arido, acompanhado de dirigentese pesquisadores do CPATSA.

Além do ministro, estavam pre-sentes o seu assessor, Rafael Vivallo,o Diretor da Agricultura, GeorgeM'Baka, o Conselheiro do Ministrodas Finanças,Daniel Ouadzioualouo,o Conselheiro do Primeiro Ministrodo Congo, Madeke, e FrançoisM'Boko, Chefe da Divisão de Eco-nomia e Planejamento e 'Vice-Presi-dente do Partido Congolês do Tra-balho.

o QUEAPROVEITAR

Com características ecológicassui generis na Africa (grande partedo país é úmida) e bastante distin-tas do Nordeste Semi-Arido brasilei-ro, em que o Congo poderia benefi-ciar-se nessa visita?

Na verdade, não foram exata-mente as tecnologias do CPATSA, esim, sua metodologia de pesquisaque motivaram a vinda dos congole-ses, a ponto de suscitar, no minis-tro, o interesse por uma futuracooperação técnico-científica nocampo agropecuário, como revelouao final da visita.

No contato inicial com os congo-leses, o Chefe do Centro, RenivalAlves de Souza, e o coordenadordo Programa de Avaliação dos Re-cursos Naturais e Séx:io-Econômicosdo Trópico Semi-Arido, EduardoMiranda, fizeram explanações sobrea metodologia utilizada pelo CPA-

,

~~ 1l"

Ministro da Agricultura do Congo, Marius Mouabenga, e sua comitiva em vi-sita aos campos experimentais do CPATSA

TSA para conhecer, de forma cir-cunstanciada, o meio rural nordes-tino e as condições que limitam aprodução e a produtividade a níveldos agricultfJres, encarada comoponto essencialpara a geraçãodetecnologias compatíveis com arealidade regional.

Em seguida, outros pesquisadoresapresentaram as tecnologias geradaspelo Centro, destacando a preocu-pação em considerar a interdepen-dência dos fatores de produção e osdiferentes segmentos de uma pro-priedade sob as condições do Semi--Arido brasileiro.

TECNOLOGIA PRÓPRIA

Se sob o ponto de vista ecológicohá diferenças acentuadas entre oNordes.te e o Congo, no que se refe-re às condições de produção agríco-la existem algumas similaridades,daí a possibilidade de uma coopera-ção mú tua, desde que esta não seprenda exclusivamente ao aspectotécnico.

O Congo, país tropical, ainda so-fre a influência de tecnologias acli-matadas para países de clima tem-perado, que normalmente veiculamcertos tipos de relações de produ-ção inexistentes ou pouco difundi-das entre os congoleses. Por isso, ointeresse em desenvolver uma tec-nologia própria, a partir do nível jáadquirido pelos. agricultores para,depois, atingir estágios mais eleva-dos, evitando utilizar sistemas alie-nígenas, que geralmente não levamem consideração esses passos. Umametodologia adequada a esse enfo-que é imprescindível, motivo peloqual o ministro Mouabenga procu-rou o CPA TSA.

TODOS GANHAM

Um possível acordo de coopera-

ção técnico-científica entre CPA-TSA e Congo visaria, primordial-mente, a formação de pessoal, atroca de pesquisadores e de infor-mações de pesquisa. E, para concre-tizá-Io, o Congo também tem o queoferecer. Por exemplo, o país dis-põe de centros de pesquisa bem ins-talados, principalmente nas áreas deVeterinária, Produção Porcina, Avi-cultura e Melhoramento Animal. Naárea de pesquisa florestal, os congo-leses já conseguiram, também, exce-lentes resultados sobre multiplica-ção vegetativa de eucalipto, técnicapouco dominada em outros países.

Atualmente, o Congo conta como Ministério da Pesquisa Científicae, segundo o ministro Marius Moua-benga, há interesse do paíS.em orga-nizar uma instituição espeC/tica-mente de pesquisa agropecuária, aexemplo da EMBRAPA.

~,Mouabenga e o Chefe do CPA TSA, RenivalAlves: acordo à vista

3

Page 4: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

CISTERNA RURAL

.~I

A falta de águaparao consumohu-mano, nosperíodosde estiagemprolon-gada,ainda é um dosgrandesproblema~do Semi-Aridobrasileiro.A grandemaio-ria da populaçãorural tenta contorná-Iode diversas formas, mas dificilmenteescapada inconveniênciadas longasdis-tânciaspara abastecerpequenosreserva-tórios - tambores,latas,potesetc - e,pior ainda, da péssimaqualidade daágua,quandoretiradade fontespartilha-dascom animais,acarretandosériospro-blemassanitáriosàsfamílias.

Problemadifícil de resolver?Nemtan-to. A cisterna, para armazenara águade chuvaque escOüdo telhadodascasas- secularmenteutilizadanazonaurbanaeaindapoucodifundidanazonarural - éumaalternativasimplese de baixocusto,quepodesuperá-Iodefinitivamente.

Atualmente, a ExtensãoRural e osProgramasEspeciaisexistentesno Nor-destejá estãointroduzindoa cisternaemlarga escala,em propriedadesparticula-res,que seutilizam daslinhasdecréditoestabelecidaspelo BancoCentral,atravésdo ProgramadeRecursosHídricos(Circu-lar 553) e do PROASE(Circular 566).

As prefeiturasdos municípios atingi-dos pela seca,sempreàs voltas com oproblemade abastecimentodasfamíliasrurais,atravésdecaminhões-pipas,podemcontribuir paraa difusãodessaalternati-va, construindo cisternascomunitárias,nosdiversosprédiospúblicosdazonaru-ral. O exemplo,certamente,despertariamais ainda o interE:ssedascomunidadespela construçãode cisternasdomésticas,evitando o deslocamentodiário dasfa-mílias residentesemlocaismaisdistantes.

· 'A~~. . ~

/~..~..!:\

..

..~..

. ~

V_~i--,):S~ .~1

.~tl

t~~,

Água para lavar, cozinhar, beber. .. e adoecer

4

:7~.,.- _.~-''- ......Cisternarural: dif(cil solução?

Page 5: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

BAG-9 um bancoativoJureminha, mororó, camaratuba (nativas), leucena, capim buffel e guandu (exóticas)

são algumas das diversas forrageiras com destaque nas pesquisas doBanco Ativo de Germoplasma (BAG), do CPAT.SA.

A variabilidade genética e a grande di-versidade de gêneros, espécies e ecotiposde forrageiras tropicais têm exigido esfor-ços da Pesquisa no sentido de conhecerprofundamente esses recursos genéticos eseu comportamento nos diferentes habi-tats, para que possam ser planejados me-lhores sistemas de aproveitamento. Istose toma ainda mais urgente diante do ris-co da extinção de muitas gramíneas e le-guminosas nativas, devido ao desmata-mento. cultivo e exploração intensiva daterra, estimulados, principalmente, peloacelerado crescimento populacional.

No CPATSA, o Banco Ativo de Ger.moplasma de Plantas Forrageiras (BAG),sob a responsabilidade da naturalistaCélia Maria Maganhoto Silva, vem de-senvolvendo esses estudos básicos para aregião semi-ãridanordestina, tendo comoum dos objetivos obter subsídios para ummelhor uso dos recursos forrageiros davegetação nativa (caatinga), possibilitandoa seleção de espécies promissoras paracul tivos sisternãticos.

Hã, também, a preocupação de identi-ficar espécies forrageiras, de outras regi-ões, capazes de crescer vigorosamente epersistir sob as condições de solo e climado Serni-Árido(o BAG estã localizado a40 km de Petrolina-PE, em ãrea com pre-cipitação pluviométrica média de 350 a40Omm, irregularmente distribuídos de

novembro a abril; temJ'eratura médiamensal entre 24 e 28, 5., com umidaderelativa média do ar de 56%; solo comteor médio de potãssio, cãlcio e magnésio,e pobre em fósforo, nitrogênio e matériaorgânica).

REDE NACIONAL

o BAG Forrageiras integra a Rede Na-cional de Bancos Ativos de Germoplasma,organizado pelo Centro Nacional de Enge-nharia Genética-CENARGEN, pertencen-te a EMBRAP A Em Petrolina. os traba-

l'

Setárla, ainda verde, mesmo na seca

lhos de introdução e avaliação foram im-cidos em 1977 e, hoje, o Banco contacom cerca de 150 exemplares, avaliadosecadastrados, principalmente gramíneas eleguminosas.

. O BAG é fonnado por um jardim deintroduções, atualmente com 135 exem-plares, além de um campo de multiplica-ção, irrigado, localizado no Campo Expe-rimental de Bebedouro.

As sementes vindas do exterior ficamem quarentena no CENARGEN,evitan-do-se, assim, a introdução de doenças no-vas no país. Depois, são multiplicadas noBAG, pois, geralmente, chegam em pe-quenas quantidades - às vezes apenas 1grama.

A avaliação preliminar das espéciesbaseia-se em características tais comogerminação, vigor, produção de semente,produção de massa verde e peso seco,além da resistênciaao impacto ambiental,o qual é de grande'importância nas espé-cies introduzidas.

DESTAQUESNATIVOS

Como leguminosas nativas, foram in-troduzidos 12 gêneros herbãceos, seis ar-bustivOs e dois arbóreos, sendo obtidossomente dados fenológicos (floração, fru-tificação, adaptação etc). Destacaram-se,nessa primeira fase, a carnaratuba, o mo-rorô, a mucunã, o sabiã, a rama-de-boiea jUrerninha.

Das gramíneas nativas, as espécies que

tiveram comportamento vigoroso, bomestabelecimento e tolerância à secaforamo Azeveme o capim Favorito.

No caso das forrageiras exóticas, al-guns gêneros de grarníneas apresentaram-se promissores, como capim Buffel (Cen-chms ciliaris), capim moçambique (Uro-chloa mosambicensis), Antephora pubes-cens e Panicum maximum.

Foram introduzidas seis espéciesde le-guminosas herbãceas, dentre as quais so-bressairam-se,no segundo ano de estabe-lecimento, a Clitoria tematea (Cunhã) e aGalactia striata. Introduziram-se,também,12 gêneros arbustivos, dentre os quais oguandu e a leucena demonstraram desen-volvimento vigoroso. Por exemplo, asduas variedades de leucena introduzidasno BAG (Hawaii K 4 e HawaiiK 72) pro-duziram, respectivamente, 5.771 e 5.577kg de matéria seca por hectare, em trêscortes efetuados em 1981, sendo um naépoca seca.

-Guandu Mororó

PASTEJOCOMBqVINOS

Com algumas espécies jã foram inicia-dos os testes de resistência ao pastejo e depalatabilidade. Esta fase, acompanhadapelo pesquisador Martiniano CavalcantiOliveira, tem revelado a alta palatabilida-de do mororó e da camaratuba, bem co-mo da jureminha. Esta espécie, entretan-to, tem-se mostrado mais apropriada paracaprinos, devido a suas folhas seremmui-to pequenas.

Os resultados preliminares com leuce-na e guandu também são muito positivos,pois, além da resistência ao pastejo e daalta palatabilidade, as duas espécies têmrefolhado mesmo na época seca, o que éuma característica valiosa para o Semi--Árido.

Os testes continuarão durante o pró-ximo ano, quando poderã ser feita umaanãlise mais completa dos dados obtidos,bem como uma futura comparação entretais espéciese outras consideradaspromis-soras após a avaliação feita pelo BancoAtivo de Germoplasma.

5

Page 6: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

Pequenograndehomem

"Marcos Antônio, Beatriz, Cosme, Da-miã:o, Gilson, João Batista, José Elias,Aguinaldo, Eribaldo, Cícero, Julieta, Nei-de, Maria José, Antônio. . ." O agricultorManoel Joaquim Elias dos Santos, chama-do carinhosamente de "Parentinho" portodos que o conhecem, vai contando nosdedos e enunciando o nome de cada umdos seus 14 filhos que, juntamente commais 11 pessoas, formam a numerosa fa-mília da pequena fazenda Barra Nova, 42-hectares, localizada em Poço Redondo,sertão sergipano. Além dele, da esposa,dona Maria Neide da Conceição, e dosfühos, moram, na mesma propriedade, amãe e um tio do agricultor, um genro,três netos, dois sobrinhos e uma sobrinha,totalizando 25 pessoas.

- São 75 pratos por dia, 16 sacos defeijão por ano e 40 quilos de farinha porsemana - arremata "Parentinho" ao finalda contagem, demonstrando ter automati.zado o cálculo das necessidadesalimenta-res da famllia. O que ele ainda não podeautomatizar, nem mesmo estimar, é aoferta desses alimentos em sua proprieda-de. Afinal, até o ano passado, sua famlliadependia quase que totalmente do traba-lho assalariado em propriedades vizinhas- ou em outras, distantes pelo menos 12quilômetros da sua. Na Fazenda Barra

6

Nova, adquirida há 18 anos, por 950 cru-zeiros, "Parentinho" quase nada plantava.E explica porque:

- Quando eu falava em roçar minhaterra, o patrão dizia que me dava meiatarefa de sua plantação; que não era negó-cio eu arriscar porque o inverno falha epodia dar prejuízo.

De fato, o inverno é irregular na região.E, por conta disso, alega "Parentinho",em 1981 "muitos vizinhos meus não co-meram um caroço de feijão e outros nemviram uma espiga de milho assada" prove-nientes do cul tivo em suas propriedades.Mas, há possibilidades de melhor aprovei-tar a água das chuvas e a potencialidadedo solo da região, como foi demonstradoneste ano, em sua fazenda. Os resultadosali obtidos despertaram a atenção de ou-tros produtores - e até de proprietários,alguns interessados em adquirir as terrasde "Parentinho". As propostas, entretan-to, parecem ter chegado atrasadas, pois oalagoano de São Miguel de Campos, 48anOsdeidade, há 36 radicado em Sergipe,está mais propenso a reter sua abundantemão-de-obra familiar, cultivando a pró-pria terra.

TESTANDOALTERNATIVAS

No início deste ano, a Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual -UEPAE de Aracaju, começou a executar,em Sergipe, o Programa de Pesquisa aNível de Produtor - um dos segmentosdo Projeto SERTANEJO e que se desen-volve em oito estados do Nordeste - co-

. t\ ~~"~"'-.:,""

'..;t'- "",I .,..,),. ~"

.h~'?

)"'~~~i"~i~.u,~~.. /"'

Sorgo: forragempara o gado de "Parentinho"

ordenado pelo CPATSA, através de con-vênio com a SUDENE. Uma das proprie-dades selecionadas foi exatamente a de"Parentinho", localizada na área de atu-ação do núcleo do Sertanejo, em PoçoRedondo.

Foram testadas, na propriedade, algu-mas tecnologias que já apresentaram re-sultados positivos em estações experimen-tais, como o barreiro para "irrigações desalvação", aproveitando a água de chuvaque escoa sobre a superfície do solo, e osistema de sulcos e camalhôes em curvasde nível que, além de contribuir para aconservação do solo, permite captar água"in situ" e reter mais a umidade no solo.Introduziram-se, também, espécies maistolerantes à seca, como feijão guandu,sorgo (granífero e forrageiro), capimBuffel, palma forrageira, algodão e man-dioca, integrando as atividades agrícola epecuária.

Page 7: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

Apesar do plantio ter sido feito tar-diamente (17 de junho), quando as chu-vas já começavam a escassear,foi possívelobter quase 900 quilos de feijão, além de600 quilos de sorgogranífero, destinadosà alimentação de pequenas criações da fa-zenda (perus, galinhas, porcos etc), e 12toneladas de sorgo forrageiro, ensiladaspara complementar a alimentação do pe-queno rebanho bovino da fazenda. Emnovembro, ainda não se dispunha de esti-mativa da produção de mandioca, algodãoe dos 10 hectares de palma forrageira, em-bora esta já estivessesendo utilizada parao gado. Do feijão guandu, plantado naárea de captação do barreiro, foram coIbi-dos os grãos para semeio no próximo anoe á massa verde dessa leguminosa, de ele-vado teor protéico - cerca de 15% - estásendo pastejada, dia~mente, duranteduas horas, por duas reses.

QUESTÃODE MANEJO.SÓ?

"Parentinho", mesmo entusiasmadocom a possibilidade de dinamizar sua pro-priedade, sabe que não necessita apenasde aprender a melhor manejá-Ia. Precisa,também, de recursos financeiros, para es-timular novos empreendimentos, por maissimples que sejam. Tanto assim que já fezum aditivo ao seu projeto, junto ao Serta-nejo, para montar uma casa-de-farinha eprocessar a mandioca que está produzin-do. Agora, ele aguarda, impacientemente,

Reunião AvaliaPesquisa noSERTANEJO

Representantes da SUDENE, do CPA-TSA, das Empresas Estaduais de Pesquisado Ceará,Rio Grande do Norte, Paraiba,Bahia e Alagoas, e das UEPAEsdf! Teresi-na e Aracaju, participaram, em Petrolina,de 20 a 22 de outubro, da II Reunião deAvaliação do Segmento de Pesquisa doProjeto Sertanejo.

Na abertura dos trabalhos, o Coorde-- ---...--

a chegada de recursos à agência bancáriade Poço Redondo, para ter o financia-mento liberado.

Segundo o técnico Geraldo Alves deFarias, da UEPAE de Aracaju, os produ-tores que têm visitado a Fazenda BarraNova não escondem a surpresa diante datransformação ali ocorrida. Esses visitan-tes certamente ficariam também surpresosse "Parentinho" afirmasse, como o fez aoJornal do Semi-Árido, em setembro pas-sado, que Maria José da Conceição, de se.te meses de idade, não deveráser sua últi-ma filha.

nador de Pesquisa do Projeto Sertane-jo/SUDENE, Luciano Caldas de Souza,fez uma rápida explanação sobre a filo-sofia, os objetivos e a metodologia dessePrograma, reiterando a importância deum acompanhamento sistemático das ati-vidades.de pesqUIsaa nivel de produtor,para tornar possivel uma análisetécni-co-econômica das tecnologiasatualmentetestadaspara o Nordeste Semi-Árido.

Em seguida,foram apresentados e dis-cutidos os resultados obtidos no anoagricola 1981, bem como a programaçãopara o próximo ano, oportunidade emque as instituições executoras receberamsugestõesdos participantes.

Alerta:

NOVA PRAGA DO TOJUATEIRO?

O tomateiro é uma das principais cul-

turas de áreas irrigadas do Trópico Semi--Árido brasileiro. Nestas áreas, essa cultu-

ra está sujeita ao ataque de algumas pra-gas que, se não controladas oportunamen-te, reduzem bastante a sua produtividade.Dentre elas, as mais importantes são o mi-croácaro, o ácaro vermelho e a broca dosfnl tos.

Agora, um outro inseto pode se consti-tuir em um novo e sério problema para ocultivo do tomate: é o Scrobipalpulaabsoluta (não há nome vulgar na região),um inseto muito pequeno que ataca as

gemas e os frutos da cultura.Segundo o entomologista Gilberto Mo-

raes, do CPA TSA, os danos causados às

gemas não chegam, aparentemente, acomprometer a cultura, mas o ataque aosfrutos causa enormes perdas, por torná-los impróprios à comercialização.

No Nordeste, até o momento esta pro-

vável nova praga foi constatada apenas noVale do Salitre, município de Juazeiro-BA.

t poss(vel, entretanto, que se espalhe pa-ra outras. áreas adjacentes dentro de pou-

co tempo.Em outros pa(ses onde este inseto

ocorre, tem-se conseguido o seu controlecom o uso de piretróides.

7

Page 8: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

VALE DO SÃO FRANCISCO

FruticulturanasceembercoesplêndidoNem só de cebola vive o Vale do São

Francisco. Pelas suas condiçõesfavoráveis de clima e solo e a grande

disponibilidade de água para irrigação,apresenta-se como uma das regiões

nordestinas de maior potencial produtivo.

E novas alterngtivas continuam asurgir, com algumas culturas já em plena

expansão, como é o caso da videira.Aliás, o Vale é a única região do Brasil

que produz duas safras e meia por ano, ouseja, cinco safras em dois anos. Isto

devido às suas características climáticas,

que conco"em para diminuir o ciclofenológico da videira, como a

variedade Itália (120 dias).O CPATSA vem desenvolvendo pesquisas

voltadas para a introdução de novasespécies e cultivares, bem como para a

solução de problemas em culturasestabelecidas, com o objetivo de

possibilitar a diversificação da atividadeagrícola na região. Na área de

fruticultura, os resultados até agoraobtidos oferecem ótimas perspectivas,

inclusive para a implantação deagroindústrias. Além da uva, estão sendo

estudadas diversas [ruUferas, dentreelas bananeira, mangueira, figueira,

mamoeiro e laranjeira.

--,~

'8

VINHO NORDESTINO

Atualmente, só no Sub-MédioSãoFrancisco,a viticultura ocupaaproxima-damente 400 hectares, principalmentenosmunic(piosdeJuazeiro-BA,Petrolinae SantaMariada BoaVista-PE,estecommais de 200 ha exploradoscom videira.No momento,o produto destina-seape-nasao consumoin natura, maso CPA-SA já introduziu cultivaresnobresparaproduçãode vinho, destacando-seCaber-net Sauvignon,Riesling do Reno,Semil-lon, Pinot Noir, SauvignonBlanc, Cin-saut: e Merlot, o quevemdespertandoointeressedeváriosvinicultoresde regiõestradicionalmente produtoras de vinho.

As variedadesItália - que ocupa80%daáreatotal cultivada-, Patr(cia,Pirati-ningae AlphonseLavalée,todasdemesa,e a ThompsonSeedless(Sultanina),prin-cipal uva de passa,tambémapresentamalta potencialidade.Fazempartedacole-ção decultivaresdo CPATSA,queconta ''..

com maisde 120variedades,paravinhoe ~

mesa.

CUSTOREDUZIDO

Além de avaliaro comportamentodenovascultivares,a pesquisabuscaaumen-tar a produtividadee reduziroscustosdeproduçãodasquejá sãoexploradas,ten-do conseguidodiminuir em cercade40%oscustosnoprimeiroanode implantaçãode 1 ha de uva.JoãoAntônio Albuquer-que, um dos pesquisadoresdo CPATSAque trabalhamcom essacultura, revelaque isto foi possívelatravésdasimplifica-ção do sistemadeconduçãodo tipo lata-da, usandomadeiraem vez de ferro oucimento, introduçãodenovametodologiade plantio, controle de ervasdaninhas,por meiodeherbicidas,eusoderegulado-res decrescimentoparaa quebrade dor-mênciadasgemase descompactaçãodoscachosde uvadem'esa,práticaque,reali-zada manualmenta, representa60% docusto deprodução.

A pesquisajá obteveresultadospositi-vos no controledo o(dio, principaldoen-ça da videira, e do ácaro,a pragaquemais preocupaos viticultores. Tambémintroduziaporta-enxertosmaisadequadose mais resistentesa nematóide (um dosfatores limitantes do cultivo de algumasvariedadesde videira de pé franco naregião).

..

I~. ~

~' 0,

,,

ft~,

', ' ,~-- - -

Uva Itália, a mais cultivada no Vale

NEMSODEUVA...

A fruticultura, no Vale do S. Francis-co, não tem seufuturo projetadoapenasno cuIti vo de uva. Há outmsfrutfferas,estudadaspelo CPATSA, que oferecemboas opções aos produtores, inclusiverendacontínuaduranteo anotodo, comoa bananeira,o mamoeiro e a laranjeira.Desenvolvem-se,ainda,estudoscomaba-cate, goiaba,sapotie anonáceas(graviolae pinha).

Fornecidasna maior partepeloCentroNacionalde Mandiocae Fruticultura, daEmbrapa,e origináriasde outrasregiõestropicaise subtropicaisdo mundo,algu-mas espéciestêm-seadaptado perfeita-mente,alcançandoaltasprodutividadeseboas qualidadesorganolépticas(acidez,percentagemdesuco,brix etc). Porexem-plo, o maracujáamarelotematingidopro-dutividademédiade 21 t/ha; a laranjape-ra, 68 tlha, numamédiadosanos1976/77/78, e a bananananicão,35 tlha (mé-dia de trêsanos),destacando-setambém,dentre as variedadesde banana,a Paco-

Page 9: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

van e as do Grupo Cavendish,especial-menteNanicaeNanicão.

O bom comportamentoda figueira éoutra novidade.Atualmente,a empresaCICANORTE,de Juazeiro-BA,estápro-duzindofigo emcaldaa partir defigo ver-de provenientedo CampoExperimentaldo CPATSAno Projeto Mandacaru(CO-DEVASF),paraanalisaras qualidadesdoprodutoprocessadoindustrialmente.

DE NORTEA SUL

A pesquisadoraRegina Nunes, doCPATSA,tambémapostana fruticulturaquecomeçaa ganharforça no Vaie doS.Franciscoe faz revelaçõesinteressantes:o pomelo,utilizado maisparaa fabrica-çãodesucose exportadoem largaescalapara a Europa, tem no Sub-MédioSãoFranciscoo local maispropicio parasuaexploração,como ficou constatado nolevantamentofeito do Amazonasao RioGrandedo Sul, de 1976a 1981,por vá-riasinstituições,dentreasquaiso próprioCentroNacionaldeFruticultura.

Ela destacaainda o mamoeiro, quevem se expandindo na Bahia,particular-mente no municlpio de CasaNova.Lá,algunsprodutoresestãoexportandoparao sul do paIS,mediantecontratoscomaCooperativaAgrIcola de'Cotia-SP,e atéparaa Europa.A variedadeHawaii,comalta produtividade,é a maiscultivadanaregião.Sobreaspesquisas,diz queagoraoesforçoestáconcentradona obtençãodeum melhor manejo da cultura - trata-mento de semente,espaçamento,aduba-ção, controle fitossanitário, níveis deumidadeetc.

O cultivo da mangatambémjá ocupaáreasignificativana região:'no municípiode CasaNovae no Valedo Salitre (BA)estãosendoexploradoscercade 100 ha,principalmentecom a variedadeHaden.Mas,outrasvariedadestêm-semostradoaltamentepromissoras- Bourbon,Itama-

Viagemde estudo

Os pesquisadores José Ribamar Pereirae Paulo Anselmo Aguiar, do CPATSA,oChefe da UEPAE de Aracaju, Jorge doPrado Sobral, e o Chefe da UEPAE deTeresina, Elmano Ferrer de Almeida, re-alizaram, de 14 de setembro a 5 de outu-bro, uma viagem de estudos ~o Senegal,Mali, (ndia e França, a fim de obteremnovos subsídios sobre pesquisasdesenvol-vidas em outras regiões semi-áridas domundo.

A programação constou de visitas ainstituições de pesquisa desses países,oportunidade em que houve intercâmbiode idéias e de experiências, principalmen-te nas áreas de mecanização agrícola atração animal, sistemas de produção emelhoramento de plantas, com o objetivode fortalecer as ações da PesquisaAgrope-cuária no Trópico Semi-Árido.

Citrus

racá,Extremae Kentt -, com vigorosida-de e produçãoaltas,pelo menosnostra-balhosconduzidosa nível de campoex-perimental, podendovir a ser introduzi-dasbrevementena região.

Comtodasessasalternativasidentifica-das pela'pesquisa,a fruticultura poderáacordar de vez nesseberço esplBndidoqueé o ValedoSãoFrancisco.

Minicomputadoragiliza pesquisa

Será instalado na sede do CPATSA, no

início de dezembro, um minicomputador

POLY 100 SS, a fim de agilizar os traba-

lhos de pesquisa, principalmente no quese refere às análises estatísticas dos expe-rimentos. Este é o primeiro passo para aimplantação de um terminal de computa-ção mais complexo, possivelmente a par-tir do próximo ano.

O número de projetos de pesql:lisa quevem desenvolvendo, superior a 100, aurgência exigida para o tratamento dosdados, além da crescente atividade do seuSetor de Informação e Documentação,levaram o CPA TSA a adquirir tal equipa-mento, que suprirá parte de suas necessi-dades atuais.

SUDENE.

apOla .pesquisa

Convênio firmado entre SUDENE eEMBRAPA, já em seu terceiro ano deexecução, vem permi tindo o desenvolvi-mento de um programa de pesquisa eexperimentação agropecuária, nas áreasdos núcleos do Projeto Sertanejo. O pro-grama, coordenado pelo CPATSA, é exe-cutado pelas empresas estaduais de pes-quisa do Ceará, Rio Grande do Norte,Paraíba, Pernambuco, Piauí, Alagoas eBahia, e pelas UEPAEsde Aracaju e Tere-sina, num total de 22 propriedades rurais.

Para a execução do programa, em1981, a SUDENE alocou recursos no va-lor de Cr$ 60 milhões, repassados às em.presas executoras, havendo uma contra-partida da Embrapa da ordem de Cr$ 50milhões.

Com esse programa, está sendo possí-vel testar, a nível de produtor, algumastecnologias que se apreseptam promisso-ras para o Trópico Semi-Arido brasileiro,principalmente nas áreas de manejo de so-lo e água, pequena irrigação, formação emanejo de pastagem em áreas de sequeiroe produção animal.

o Superintendente Adjunto de Desen-volvimento Rural da SUDENE, João Pes-soa de Souza, acredita que a atuação con-junta daquela autarquia com instituiçõesde pesquisa poderá contribuir decisiva-mente para o desenvolvimento rural daregião.

ÁREAS IRRIGADAS

Além desse programa de pesquisa paraáreas de sequeiro, está sendo executado,desde 1977, um outro programa de pes-quisa e experimentação de solo e água,exclusivamente em perímetros irrigadosdo DNOCS, mediante convênio SUDE-NE/DNOCS/EMBRAPA,sob a coordena-ção do CPATSA.

Os trabalhos são desenvolvidos nosEstados de Pernambuco, Paraíba, Bahiae Rio Grande do Norte, pelas empresasde pesquisa dessesestados.

Por outro lado, está sendo formaliza-do mais um convênio SUDENE/EMBRA-PA, desta feita para Supervisãoe Orienta-ção Técnica do Segmento de Pesquisa doPolonordeste.

9

Page 10: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

A MUL TIPLICAÇÃO DOS PEIXES

Não é milagre, mas quando estiver em sua segunda fase, a Unidade-Piloto dePiscicultura, implantada no Projeto Bebedouro, em Petrolina, pela

Codevasf, vai produzir 4 milhões de alevinos por ano.

Levantamento feito pela SUDENE eBNB, em 1978, constatou um déficit noNordeste em tomo de 150 mil toneladasde peixe. E, embora ao.população tenhacrescido nesses três últimos anos, a pro-dução de peixe de mar permaneceu es-tável, o que significa um retrocesso, emtermos relativos. Parte desse déficit,entretanto, poderá ser coberto quando aUnidade-Piloto de Piscicultura da CODE-VASF, inaugurada em outubro deste ano,estiver em pleno funcionamento, pro-porcionando uma oferta de pescado daordem de 2.900 t/ano a uma região caren-te de proteína animal.

A Unidade já iniciou a produção dos100 mil alevinos destinados ao cultivoexperimental, bem como a estocagem dereprodutores e matrizes de carpa, S. Niló-tica, tambaqui e a seleção de peixes dorio São Francisco.

ONDE PRODUZIR

Os alevinos serão destinados tanto àpiscicultura intensiva como à exploraçãoextensiva. No primeiro caso, a atividadepiscícola será concentrada nas áreas nãoirrigáveis dos projetos da CODEVASF,noSubmédio São Francisco, sob a forma decolonização e em propriedades de tercei-ros, dentro ou fora dos perímetros irriga-dos.

A piscicultura extensiva, por seu lado,será estimulada em açudes de proprieda-des particulares, através do Projeto Serta-nejo. Nessas propriedades, haverá umaficha controlada pelo núcleo do Sertane-jo, mediante a qual a CODEVASF poderáobter os dados necessários para um com-pleto acompanhamento dos açudes - esti-mativa de população, condições da água,qualidade do produto, rentabilidade etc.

Para a piscicultura intensiva a Unidadeproduzirá, no primeiro ano, apenas alevi-nos de hlbridos, enquanto que os alevinosde S. Nilótica destinar-se-ão à atividadeextensiva. Esta espécie foi escolhida pelasua rusticidade e por ser de fácil condu-ção: é resistente à taxa de oxigênio dissol-vido, alimenta-se praticamente de tudoque encontra na água, protege-se bemdos predadores, tem bom sabor e não pos-sui espinhas. Além disso, reproduz-se ra-pidamente, no próprio açude, e a manipu-lação dos alevinos é fácil, pois a Nilóticasuporta até 15 minutos fora d'água.

10

Eng'? de Pesca Odilon Araújo, animado comos primeiros reprodutores

QUATRO MILHÕES

Na primeira etapa do projeto, serãoproduzidos 400 mil alevinos de hlbridosde tilápia e S. Nilótica pura, para atenderàs fases iniciais da piscicultura intensiva epovoamento de coleções de água de ter-ceiros. Haverá, também, o cultivo intensi-vo experimental, visando a utilização desubprodutos de culturas irrigadas e agro-industriais, como base do arraçoamento,além do fornecimento de pescado à in-dústria, como matéria-prima para a fabri-cação de produtos alimentares.

Na segunda fase, a área de cultivo ex-perimental será transformada em área deprodução de alevinos, que deverá atingir4 milhões por ano. Está previstapara essa '

etapa, ainda, a introdução de espéciesdedesova total e outras que se fizerem ne-cessárias ao projeto, com vistas a atenderà demanda de alevinos e à necessidade dediversificaçãode espécies.

MERCADOABERTO

Segundo o engenheiro de pesca OdilonJuvino Araújo,da CODEVASF,existe noNordeste, mercado industrial para absor-ver a produção de até 10.000 toneladasde híbridos acima de 500 glmédia de pe-so. "Por isso - ~onclui - os pisciculto-res, na certa, encontrarão mercado abertopara a colocação de seus produtos, pois aindústria ressente-sede uma maior ofertade peixe para transforri1ar essa matéria--prima.

Citando apenas um exemplo, OdilonAraújo informou que, no próximo ano, jádeverá estar sendo implantada a WalfranIndústria de Pescadodo São FranciscoSIA,no Distrito Industrial de Petrolina, quevai absorver 20 toneladas de peixe pordia, o que já representa um bom indica-dor da procura potencial.

Vista parcial da Unidade-Piloto de Piscicultura

-- .......

__.1"--.,, I

..~

Tanque de sexagem, para separação dos sexosde alevinos, reprodutores e matrizes

Page 11: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

ESTUDO CONJUNTO

DOS FA TORES CONTROLA VEIS,

DA PRODUÇÃO AGRltOLA

Tradicionalmente,a pesquisaagronô-mica tem sido orientadapelosprincipiosgeraisda pesquisacientifica, quesecarac-teriza por uma tendênciaa isolare estu-dar separadamenteas reiaçõesentre umou somenteuns poucos fatores e seusefeitos.Esteprocedimentotem sido her-dadodo estudoda Física,ondepredomi-nam relaçõesaditivasentreas partesdeum fenômeno complexo, sem que asinteraçõestenhamimportância.

Na Agronomia,é doconhecimentoge-ral quea respostadeumacultivar a mu-dançanos fatores ambientaisé do tipoinaditivo, isto é, elesinteracionamentresi, em seusefeitossobreo desenvolvimen-to de um cultivo. A respostado milho àaplicaçãodedosescrescentesdeum ferti-lizante em um solo de fertilidade nativabaixa, estádefinidapelovalor precisodecadaum dosoutrosfatoresambientais:adensidadede população,a variedade,aproteçãocontrapragase doençase outrosfatorescontroláveis;aschuvas,asproprie-dadesfísicasdo soloe outrosfatoresin-controláveis.Umamudançaem qualquerdestesfatores,alt8rariaa formaderespos-ta do milho ao fertilizantee, conseqüen-temente,asuadoseótimaeconiJmica.

Considereo leitor a Figura 1 em quese apresentamrespostashipotéticas deumavariedadedemilho a um fertilizanteemdoisambientes(a)e (b).

o~zw~Czw"

(0')

F, Fz

DOSES DE FERTIL IZANTE

Fig.l - Resposta hipotética de uma cultivar a dosescrescentes de um fe,tilizante.

Em (a) osfatoresambientaiscontrolá-veis,excetoo fertilizante,eosincontrolá-veis, mantêm-seconstantes.Se um oumaisdestesfatorescontroláveise incon-troláveismudassemdevalor- umamaiordensidadede população,um solo maisprofundoouambos- a funçãoderespos-ta ao fertilizantesedeslocariade(a)para(b). Se o deslocamentofossede (a) para(a'), dir-se-iaqueosfatoresquemudaramde vaior e o fertilizante guardavamrela-ções de aditividade,ou seja,não intera-cionavam.Tal seriao casoporqueasfun-ções de resposta(a) e (a') são paralelasentresi, de tal maneiraqueo efeitosobreo rendimentodo milho,devidoà trocadeambientes,seriaumaconstanteK,a qual-quer dosedo fertilizante. A implicaçãodisto seria quea doseótima econômicado fertil izante, F1, não se veriaafetadacomosepodeobservarnaFigura1.

Na realidade,quandoocorreumamu-dança nos demaisfatoresambientais,afunçãode respostasedeslocade (a) para(b) como resultadoda inaditividadedosfatoresda produção.A conseqüênciadis-to é quea doseótima econômicado fer-tilizantepassadeF1 paraF2.

(b)

A experiência tem demonstrado a

inexatidão do enfoque de

geração de tecnologia agrícola

baseado na pesquisa do tipo

disciplinar, principalmente em áreas

onde a precipitação pluviométrica

é baixa e irregular.

( o)

Paralidar com o fenômenode inaditi-vidade entre os fatores controláveisdaprodução,o agrônomo adotaa suposiçãodequena vizinhançadaEstratégiaAgro-nômica Otima da Produção(aquelaemque sãootimizadostodos osfatorescon-troláveisde produção)os fatorescontro-láveissecomportamcomo sefossemadi-tivos. Estasuposiçãodá lugarà pesquisatecnológicado tipo disciplinar:o agrôno-mo especialistaem Fertilidade de solosconcentra-seno problemada fertilizaçãoe mantémconstantesos demaisfatorescontroláveisdaprodução,a um nívelquese aproximaà estratégiaagronômicaóti-

*Antonio José Simões

ma da produção.Poroutro lado,o espe-cialista em melhoramentogenéticousa,freqüentemente,a tática extremade eli-minar totalmente as deficiênciasnutri-cionais, de manter suascultivareslivresdaconcorrênciadeervasdaninhas,deusarbaixadensidadedepopulaçãocomacren-ça de queo materialobtido,nestascondi-ções, seguiráse comportandocomo talcom qualquer estratégiaagronômica deprodução.Demaneirasimilarabordam-seos problemasda proteçãocontra pragas,doenças,práticas culturais e os demaiscomponentesda tecnologiadaprodução.

Esteprocessodepesquisado tipo dis-ciplinar culminacoma listagemdasestra-tégiasótimasparciais,para integrara es-tratégiaagronômicaótima. A experiênciatemdemonstradoa inexatidãodesteenfo-que de geraçãode tecnologia,principal-mente para agricultura dependentedechuva,sendomaiscrítico naquelasáreasondea precipitaçãopluviométricaé maisbaixae irregular.Paraas áreasirrigadas,onde a águaé um fator controlável,osefeitos desta metodologia são menosacentuados.

A soluçãoparaesteproblemametodo-lógico consisteno estudoconjunto dosfatorescontroláveisdaprodução,poden-do-se'utilizar até 7 variáveis,limite bas-tante superior ao atualmenteutilizadopor grandeparte de pesquisadores,quechegano máximoa três.Umexemploé oplano SA7 descritopor CochranY CoxoNesteplanoseestudam6 fatorescom54parcelas,as quaissedividemem3 blocos.A Iistade tratamentoscorrespondea umCentral composto. Outro é a "MatrizMixta" desenvolvidapeloprofessorAnto-nio Tunent Fernandezdo ColégioPost-graduadosde Chapingo,México,queper-mite o estudoconjunto de até 7 fatorescontroláveisdeprodução.

Dianteda necessidadedeseaumentara produtividadeagI'ícola no Trópico Se-mi-Arido, convémreexaminara validadedo enfoquedisciplinarpara gerartecno-logia, bem como analisara conveniênciada adoção do enfoque multifatorial,quandoo objetivo dapesquisaé a otimi-zaçãotecnológica.

* Chefe Adjunto Técnico do CPA Trópi-co Semi-Árido.

11

Page 12: mIJa - CORE · OutlNov/1981 Publicação do Centro de Pesquisa Agropecuária do ... larga escala,em propriedades ... lar 553) e do PROASE (Ci rcular 566). As prefeituras dos

ENERG/A

Comecam os testes da microusina.Já está em fase de testes a micro-usina

de álcool do CPATSA,localizadano Cam-po Experimental do Bebedouro, no muni-cípio de Petrolina PE. Esta é a sexta uni-dade de produção de álcool hidratadoimplantada pela Embrapa e, quando empleno funcionamento, terá capacidade deproduzir até 1.200 litros/dia, a partir dacana-de-açúcar.

A implantação dessa miero-usina temmúltiplas finalidades. Uma delas é disse-minar, no Semi-Árido, o conceito demicro-usinasde álcool, enfatizando a pos-sibilidade de empresasrftrais,cooperativase outras entidades poderem atingir suaautosuficiência em termos de combustívellíquido.

ANÁLISECOMPLETA

Segundo o pesquisador Edson Possí-dio, Coordenador do Programa de Apro-veitamento dos Recursos Naturais e Só-cio-Econômicos do Trópico Semi-Árido,serão efetuadas análises econômicas -custos agrícolas e industriais, investimE!n-to fixo total, retorno etc - e técnicas,envolvendo rendimento agrícola e indus-trial, consumo de água, energia e eficiên-cia na extração, dentre outros parâmetros.

Com base em levantamentos realistas,o projeto visa possibilitar, também, umbalanço energético das fasesagrícola e in-dustrial, para cada alternativa, bem comoa condução de experimentos para o apro-veitamento do vinhoto, quer como fertili-zante, quer como gerador de biogás.

12

Foi iniciada neste mês a segunda co-

lheita de aspargo,em 1981, cultivado no

campo experimental do CPATSA, no Pro-

jeto Bebedouro. A primeira realizou-se

de março a junho, quando foi constatada

uma produtividade média entre 10 e 15

tlha.

No próximo ano, o CPATSA .vaiexplo-

rar aspargo no Centro de Treinamento do

Projeto Bebedouro, numa área de 3 ha

cedida pela CODEV ASF. Há, inclusive, a

possibilidade da instalação de uma fábri-

ca-piloto para processamento do produto,

a fim de viabilizar a produção em largaescala.

REFLORESTAMENTO

NO NORDESTE

DISCUTIDO NO CPATSA

A Empresa Brasileirade PesquisaAgro-pecuária (EMBRAPA),através do Centrode Pesquisa Agropecuária do Trópico Se-mi-Árido(CPATSA),promoveu em Petro-lina-PE, no período de 24 a 26 de novem-bro, o Seminário sobre Reflorestamentono Nordeste Semi-Árido, com o objetivode discutir a potencialidade da atividadeflorestal na região.

O seminário contou com a presença derepresentantes do IBDF e, dentre outrostemas, foram abordados aspectos ecológi-cos dos reflorestamentos, suas possíveisimplicações na região semi-áridae a atual'política florestal para o Nordeste.

EXPERIÊNCIADO CPATSA

O CPATSA, coordenador das ativida-des do Programa Nacional de PesquisaFlorestal na região Nordeste, iniciou suaspesquisas florestais em 1979, introduzin-do e avaliando espécies nativas e exóticasna região de Petrolina, no sertão pernam-bucano, numa área que apresenta limita-ções de solo e baixas pluviosidades(médiaanual de 400 mm).

Durante o seminário, através de expo-sições de pesquisadores e de visita aosseus campos experimentais, o CPATSAapresentou os resultados preliminaresdes-sas pesquisas, destacando algumas.espé-cies que já oferecem perspectivasbast:é\ntepromissoras para o Nordeste.

.,

fI'

r1

""../ f,I

j'j l'

. .'i!-oI

" :1\ti_~___ _U

Leucena, adaptando-se bem no Semi-Árido

CentrodePesquisaAgropecuáriadoTrópicoSemi-Arido

RuaPresidenteDutra. 160CP2356.300-PETROUNA-PE