miiases_2009
TRANSCRIPT
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Dpteros causadores de miases
Arthur Gruber
BMP0222 Introduo Parasitologia Veterinria
Instituto de Cincias Biomdicas Universidade de So Paulo
AG-ICB-USP
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Miase a infestao de rgos ou tecidos de animais
hospedeiros e do homem por estgios larvais de
moscas dpteras
As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo
do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos
ou em necrose), substncias corporais lquidas ou dos
alimentos por ele ingeridos
Hospedeiros geralmente mamferos, ocasionalmente
aves, raramente anfbios e rpteis
Miases - definio
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Drmica
Sub-drmica ou cutnea
Naso-farngea
Ocular
Intestinal
Entrica
Urogenital
MiasesClassificao pela localizao anatmica
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MiasesClassificao pelas leses
Traumticas (leses abertas)
Furunculares (formam cistos)
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Obrigatrias (geralmente primrias) - as larvas se desenvolvem
exclusivamente em tecidos vivos, no so capazes de sobreviver
fora do hospedeiro larvas biontfagas
Facultativa ou acidental (geralmente secundrias) - Espcies se
desenvolvem em matria orgnica em decomposio, tais como
carcaas, fezes, e ocasionalmente depositam seus ovos ou larvas
em tecidos vivos do hospedeiro - larvas necrobiontfagas Podem ser:
Primrias - produzidas por espcies que adotaram o hbito
ectoparasita, so capazes de iniciar uma miase.
Secundrias - no so capazes de iniciar uma miise, a no ser
secundariamente a uma outra miase
MiasesClassificao pela relao parasita-hospedeiro
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A patogenia varia de acordo com:
Espcie envolvida
Local da infestao
Grau da infestao
Fortes infestaes irritao, desconforto, prurido, queda no consumo de alimento, reduo da fertilidade, queda na produtividade do rebanho
Casos extremos hemorragia, infeco bacteriana, desidratao, anafilaxia e toxemia
Miases - Patogenia
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Diptera classificao taxonmica
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Subordem Cyclorrapha
Subordem Brachycera
Famlias Ceratopongonidae, Simuliidae, Culicidae, Psychodidae
Famlia Tabanidae
Srie Aschiza
Srie Schizophora
Seco Acalypterae
Seco Calypterae
SuperfamliaMuscoidea
SuperfamliaHippoboscoidea
SuperfamliaOestroidea
FamliaFannidae
FamliaMuscidae
FamliaGlossinidae
FamliaHippoboscidae
(borrachudos)
(mutucas)
(mosquito-palha)
(mosca domstica e dos estbulos)
(mosquito-plvora) (mosquitos)
(mosca ts-ts)
(moscas de florestas e melofagdeos)
Fonte: Modificado a partir de Wall & Shearer, 2001
FamliaCalliphoridae
SubfamliaGasterophilinae
SubfamliaOestrinae
Dermatobia (moscado berne)
Cochliomyia, Chrysomya
SubfamliaCuterebrinae
Oestrus ovis
GasterophilusFamliaOestridae
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Diptera classificao taxonmica (miases)
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Subordem Cyclorrapha
Subordem Brachycera
Famlias Ceratopongonidae, Simuliidae, Culicidae, Psychodidae
Famlia Tabanidae
Srie Aschiza
Srie Schizophora
Seco Acalypterae
Seco Calypterae
SuperfamliaMuscoidea
SuperfamliaHippoboscoidea
SuperfamliaOestroidea
FamliaFannidae
FamliaMuscidae
FamliaGlossinidae
FamliaHippoboscidae
(borrachudos)
(mutucas)
(mosquito-palha)
(mosca domstica e dos estbulos)
(mosquito-plvora) (mosquitos)
(mosca ts-ts)
(moscas de florestas e melofagdeos)
Fonte: Modificado a partir de Wall & Shearer, 2001
FamliaCalliphoridae
SubfamliaGasterophilinae
SubfamliaOestrinae
Dermatobia (moscado berne)
Cochliomyia, Chrysomya
SubfamliaCuterebrinae
Oestrus ovis
GasterophilusFamliaOestridae
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Miases agentes causadores
Miases de importncia mdico veterinria so causadas por dpteros da superfamlia Oestroidea
Famlias:
Oestridae
Cuterebridae
Gasterophilidae
Calliphoridae
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Oestridae
Oestrus ovis estrose dos ruminantes
Hypoderma bovis hipodermose no bovinos. No registrada no Brasil
Gasterophilidae
Gasterophilus nasalis, Gasterophilus intestinalis gasterofilose dos equinos.
Cuterebridae
Dermatobia hominis berne. Miase furunculosa nos animais e no homem
Metacuterebra baeri Miase furunculosa e interna em primatas, inclusive no homem.
Metacuterebra apicalis miase furunculosa em certos alguns roedores e pequenos marsupiais.
Miases agentes causadores
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Calliphoridae
Cochliomyia hominivorax Miase traumtica grave nos animais e no homem (bicheira).
Cochliomyia macellaria miase traumtica secundria
Lucilia sericata Miase traumtica em animais e no homem
Chrysomya albiceps Miase traumtica em animais (facultativa). Introduzida no Brasil na dcada de 70.
Calliphora vicina Miase traumtica rara, no registrada no Brasil.
Miases agentes causadores
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Miases Oestridae, subfamlia Oestrinae
Somente gnero Oestrus tem importncia veterinria
Gnero Oestrus apresenta 5 espcies, somente Oestrus ovis importante
Oestrus ovis Distribuio cosmopolita, larvas so parasitos obrigatrios dos condutos nasais e dos seios frontais de ovinos e de caprinos.
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Miases Oestrus ovis Caractersticas: cabea avantajada, amarelada, com pequenas
depresses escuras na parafrontlia; aparelho bucal atrofiado.
Face dorsal do mesotrax castanho-avermelhado, revestido de plos amarelos, com numerosos tubrculos pretos, pequenos, de tamanho aproximadamente uniforme.
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Fonte: http://www2.fmvz.usp.br/institucional/marcelocp/index.html
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Miases Oestrus ovis
Abdmen preto, com polinosidade acinzentada, formando padro irregular, de acordo com a incidncia de luz.
Asas com nervuras amarelas.
Fase adulta: atinge at 1,0-1,2 cm de comprimento.
AG-ICB-USPFonte: http://www.biologie.uni-rostock.de/wranik/socotra/pictures/13.80.JPG
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Larvas: encontradas na passagens nasais, so brancas, ficando amareladas ou castanhas medida que se tornam maduras.
Superfcie ventral com uma fileira de pequenos espinhos.
Superfcie dorsal: h uma srie de faixas escuras transversais.
Miases Oestrus ovis
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a. Vista ventral
b. Vista dorsal
c. Extremidade posterior larva de 3 estgio
d. Larva de primeiro estgio
e. Partes bucais larva de 1 estgio
Miases Oestrus ovis
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Durante o vo, nas horas mais quentes do dia, as fmeas fecundadas depositam sobre as narinas de ovinos e de caprinos substncia lquida contendo at 25 larvas por emisso.
Cada fmea pode depositar de cada vez at25 larvas (fmeas so ovovivparas), totalizando at 500 larvas.
As larvas (~1,0 mm de comprimento) lentamente para dentro dos condutos nasais.
Com o auxlio dos ganchos orais permanecem por pelo menos 2 semanas fixadas membrana mucosa, onde alimentam-se de muco, cuja produo estimulada pelos movimentos larvais. Podem permanecer nestes por 2 a 9 meses.
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Miases Oestrus ovis
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Aps a primeira muda, as larvas L2 migram para os seios frontais, onde realizam sua muda final (L2 larvas L3).
Nos seios frontais larvas L3 completam seu desenvolvimento, atingindo de 2,5 a 3,0 cm de comprimento.
O desenvolvimento larval geralmente dura de 25 a 35 dias.
As larvas movem-se de volta aos condutos nasais, onde geralmente so expelidas atravs da descarga nasal e/ou espirros.
Quando expelidas, enterram no solo empupando em poucas horas. O perodo pupal dura em mdia de 3 a 6 semanas.
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Miases Oestrus ovis
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A mosca no se alimenta durante a fase adulta
Adultos sobrevivem no mximo at 2 semanas aps sua emergncia do puprio
Durante esse tempo podem depositar, em mdia 500 larvas nas narinas de seus hospedeiros
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Miases Oestrus ovis
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Danos aos hospedeiros: Ovinos e caprinos ficam muito excitados, irritados na presena da mosca. Sacodem a cabea, espirram e esfregam as narinas no solo. Permanecem aglomerados, na tentativa de se proteger das moscas.
O parasitismo benigno, mas a ao mecnica dos ganchos orais e dos espinhos larvais, associados liberao de determinadas toxinas pelas larvas leva a um processo inflamatrio das membranas nasais, com corrimento de secreo mucosa a muco-purulenta e, ocasionalmente, sangramentos.
Os animais infestados podem apresentardificuldade respiratria, inapetncia, e emaciao (perda de tecido muscular)
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Miases Oestrus ovis
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Ocasionalmente a larva pode penetrar na mucosa olfatria e atingir o crebro ataxia, andar em crculos.
Se atingir pulmes pneumonia.
Prejuzos econmicos decrscimo na produo de carne e de l.
Tratamento avermectina em formulao injetvel e oral. Tem atividade sistmica contra todos os estgios larvais.
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Miases Oestrus ovis
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Espcie mais importante a Dermatobia hominis (mosca do berne)
Miases Oestridae, subfamlia Cuterebrinae
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Muscide robusto, com 12-17 mm de comprimento, semelhante aos califordeos.
Cabea amarela, escurecida na parte superior, peas bucais rudimentares, antenas amarelas e olhos vermelho-tijolo.
Trax revestido de cerdas escuras, abdome azul-metlico.
Asas so castanho-claras e os pares de patas amarelas.
Miases Dermatobia hominis
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Durante o sculo XVI, antes da introduo de gado bovino e de outros animais domsticos na Regio Neotropical a D. hominisparasitava mamferos silvestres.
Atualmente os bovinos so os principais hospedeiros da D. hominis.
Causam uma miase furuncular (denominao popular: berne) -constitui um problema econmico-sanitrio de grandes propores.
Outros animais domsticos tambm so suscetveis - ces, gatos, caprinos, ovinos, sunos, equinos, etc...
Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
Necessita de vetores de transporte ou forticos (foresia viajando juntos), geralmente outros dpteros, para veicular seus ovos, especialmente muscides ou culicdeos.
Para encontrar estes vetores a D. hominis fica prxima aos seus hospedeiros, que so visitados por vrios dpteros.
Caractersticas comuns dos vetores:
Hbitos zooflicos, independente de serem ou no hematfagos.
Perodo diurno de atividade.
Tamanho igual ou menor que a D. hominis
Hbitos moderadamente ativos (muito lentos no estimulam a captura. Muito rpidos, no so capturados).
Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
Postura: fmea captura o vetor durante o vo, segurando-o com suas patas e deposita os ovos na regio abdominal do vetor. Pode depositar de 800 e 1000 ovos, em vrias posturas.
Os ovos ficam dispostos em cachos (30 a 40 ovos), fortemente aderidos ao abdome do vetor. Geralmente em apenas um dos lados. So de colorao creme e medem de 2 a 3 mm de comprimento.
Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
Incubao dos ovos de D. hominis sobre seus vetores alta viabilidade: ovos protegidos, particularmente contra a dessecao.
A posio dos ovos permite que os oprculos entrem em contato com a pele do hospedeiro quando os vetores pousarem.
A ecloso das larvas ocorre em uma semana, entretanto, podem permanecer viveis nos ovos por aproximadamente 20-28 dias.
Capacidade das larvas de eclodirem somente sob estmulo adequado (calor e o CO2 emanado pelo hospedeiro) probabilidade do encontro parasito-hospedeiro. Se a larva L1 quando est eclodindo no consegue atingir a pele ou plo do hospedeiro, retorna para dentro do ovo.
Nem todos os ovos eclodem na primeira vez em que so estimulados disperso das larvas entre os hospedeiros.
Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
A larva eclodida (1,0-1,5 mm de comprimento), muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar at 19 cm sobre a pele do hospedeiro para ento penetrar na pele. No h uma regio preferencial para o desenvolvimento das larvas.
Miases Dermatobia hominis
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a. Larva de 3 estgio
b. Espirculos posterioresAspecto estreitado na extremidade posterior
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Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
No tecido subcutneo permanece em posio quase horizontal, se mantm em comunicao com o exterior atravs dos orifcios (espirculos) respiratrios posteriores.
No interior de cavidades subdrmicas larva se alimenta do material purulento e necrtico da leso. Passa por 3 nstares sofrendo duas ecdises.
Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
O perodo larval varia de acordo com a espcie de hospedeiro e dentro de uma mesma espcie podem ocorrer variaes
Bovinos e ces (mais acometidos) fase larval: 35 a 70 dias.
Ao atingir a maturidade, a larva L3 (18-24 mm de comprimento), abandona o hospedeiro, arrastando-se atravs do orifcio respiratrio, que alargado para essa finalidade.
A sada das larvas ocorre geralmente durante o perodo noturno e/ou nas primeiras horas da manh diminui a dessecao e possveis ataques de predadores.
Miases Dermatobia hominis
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Ciclo Biolgico
Ao cair no solo formao do puprio emergncia dos adultos.
Solos macios e midos e ricos em matria orgnica a larva enterra-se facilmente (10 e 15 minutos), demora de 1 a 2 dias para se transformar em pupa.
A temperatura e a umidade influenciam o tempo de evoluo da pupa, prazo mdio de 21-35 dias.
Os adultos emergem do puprio por um oprculo situado na regio ntero-dorsal e alcanam a maturidade sexual aps 1,5 a 4 horas.
A durao total do ciclo evolutivo da D. hominis ao redor e 120 dias.
Miases Dermatobia hominis
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Pupasno solo
Fmea
Larva nocisto
Ovos depositadosno inseto vetor
Larva maduracai no solo
Vetortransporta ovos
para o hospedeiro
Larva eclodee penetra
na pele
Miases Dermatobia hominis
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Leses
Miase furunculosa que se caracteriza pela formao de um ndulo parasitrio cutneo, apresentando um orifcio no qual se percebe os estigmas do parasita.
As feridas podem se contaminar devido s contaminaes secundrias.
Pode ocorrer a formao de abscessos profundos e muito dolorosos.
Durante o desenvolvimento da larva os animais ficam nervosos, irrequietos e se alimentam mal.
Miases Dermatobia hominis
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Prejuzos
Queda na produo de leite.
Queda nos ndices zootcnicos.
Depreciao do couro: aps a queda da larva, o orifcio de sada fechado por tecido cicatricial comprometendo a qualidade do couro..
Prejuzo anual estimado: U$ 200 milhes.
Miases Dermatobia hominis
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Controle
Controle do berne controle do vetor, de um grande nmero de dpteros, muitos dos quais nem so ectoparasitos ou pragas do gadobovino.
Controle efetivo tratamento das larvas no corpo do animal (uso de avermectinas).
Miases Dermatobia hominis
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As larvas desta famlia desenvolvem-se no estmago e duodeno dos eqinos. No homem podem causar uma oftalmomiase.
A famlia Gasterophilidae dividida em 4 sub-famlias. Destas tem importncia apenas a Gasterophilinae, representada pelo gnero Gasterophilus
Espcies mais importantes:
G. nasalis (Brasil)
G. intestinalis (Mxico, Venezuela, Brasil)
G. haemorrhoidalis (Mxico, Venezuela)
Miases Oestridae, subfamlia Gasterophilinae
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Morfologia:
So dpteros robustos (1-2 cm), com o corpo revestidos por plos, cerdas fracamente desenvolvidas ou nulas, antenas pequenas, cabea curta, revestida de plos amarelados bem conspcuos e aparelho bucal vestigial, no funcional, trax densamente piloso e cerdas ausentes. Abdome alongado, oval, em algumas espcies o ovopositor longo, fortemente curvado para debaixo do abdome.
O adulto tem aparncia e tamanho de uma abelha, semelhana esta acentuada pelo zumbido que produz durante o vo.
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G. intestinalis
Miases Oestridae, subfamlia Gasterophilinae
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Larvas grandes com ganchos orais em forma de foice
Corpo segmentado coberto por espinhos:
Gasterophilus nasalis 1 fileira
Gasterophilus intestinalis 2 fileiras
Estigmas com aberturas cheias de trabculas.
G. intestinalis
Miases Gasterophilus
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Ciclo biolgico:
A ovoposio feita em vos rpidos e os ovos aderem ao plo.
Ecloso da L1 (aps 7 a 10 dias) penetra na mucosa bucal onde fica migrando de 2 a 6 semanas (depende da espcie).
Mudam para L2, so deglutidas, vo para o estmago e/ou duodeno L3
Eliminadas pelas fezes.
No solo pupa adulto.
Miases Gasterophilus
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Oviposio:
G. nasalis e G. haemorrhoidalis oviposio nos plos na regio do lbio inferior do equino, regio da ganacha(barba).
G. intestinalis plos dos membros anteriores.
Ovos:
G. nasalis: colorao amarelada
G. intestinalis: colorao amarelo-claro
G. haemorrhoidalis: colorao preta.
Miases Gasterophilus
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Ecloso da larva:
G. nasalis e G. haemorrhoidalis - larva penetra na mucosa bucal assim que eclode
G. intestinalis - para eclodir a larva necessita um estmulo trmico de umidade e frico (lambida do cavalo).
Miases Gasterophilus
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Cavidade bucal:
G. nasalis larvas permanecem nas cavidades existentes entre os molares ou entre os dentes e a gengiva. Alimentam-se de exsudatos dos tecidos, no se alimentam de sangue. Permanecem at mudar para L2 (18 a 24 dias).
G. intestinalis perfuram a mucosa dorsal da regio anterior da lngua onde podem permanecer por 3 a 4 semanas. Mudam para L2 faringe, esfago, estmago ou duodeno onde permanecem fixadas at L3.
G. haemorrhoidalis larva permanece nas cavidades entre os dentes. Podendo a permanecer por cerca de 6 semanas. Outras larvas so levadas com o alimento para o interior do estmago ouduodeno.
Miases Gasterophilus
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No estmago, geralmente o perodo parasitrio de 9 a 11 meses. Podem causar clica.
G. nasalis: poro glandular, pilrica do estmago e poro anterior do duodeno.
G. intestinalis fixadas no estmago (poro gstrica aglandular, prximo ao crdia) ou duodeno.
G. haemorrhoidalis: se fixa em vrias partes do estmago ou duodeno onde sofrem outra muda. O maior nmero de larvas so observadas na regio fndica. As larvas maduras reto (onde se fixam por 2 a 3 semanas) gradualmente nus, sendo eliminadas com a fezes. Alta parasitose: obstruo da passagem das fezes ou prolapso retal.
Miases Gasterophilus
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G. nasalis G. intestinalis
Miases Gasterophilus
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Miases Gasterophilus
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Eliminao:
G. nasalis e G. intestinalis: saem direto nas fezes com o peristaltismo.
Gasterophilus haemorrhoidalis: antes de ser eliminado se fixa no reto podendo levar a um prolapso retal.
Miases Gasterophilus
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Danos diretos:
Fase na cavidade bucal: periodontite
G. intestinalis: lngua glossite
Pode ocorrer perfurao do epitlio do estmago e do intestino pelo aparelho bucal da larva.
Fixao: provoca inflamao local e lceras prejudica a digesto.
Grau de leso proporcional ao grau de infestao.
Alto parasitismo pode ocorrer obstruo do piloro, abscessos gstricos, ulceraes, ruptura da parede do estmago, peritonite.
Infeces secundrias.
Frequentemente sofrem de clica.
Centenas de larvas podem ser encontradas num nico animal.
Miases Gasterophilus
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Danos indiretos:
Mosca:
Irritados pela presena das moscas, no se alimentam adequadamente, perdem peso. Tentam se proteger da mosca.
Larvas:
Perfurao do lbio: coceira e irritao. Para se livrarem da irritao mergulham a boca na gua ou esfregam lbios e narinas contra o solo, cercas, pedras provocando srios ferimentos ou dilaceraes.
Miases Gasterophilus
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Diagnstico:
Verificao de ovos ou larvas recm-eclodidas
L3 nas fezes (intermitente)
Controle:
Depende da criao e do manejo, mas se deve cortar o plo da ganacha no vero e passar esponja com gua morna, matando a larva.
Tratamento com (ex. avermectina por via oral).
Miases Gasterophilus
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Conhecidos popularmente como varejeiras
Dpteros de tamanho grande (4 16 mm)
Geralmente azulados, esverdeados, violceos
Abdmen com reflexos metlicos
Famlia apresenta dois gneros de maior importncia
Cochliomyia parasitas obrigatrios (miases primrias)
Chrysomya parasitas facultativos (miasessecundrias)
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Miases Famlia Calliphoridae
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Miases Cochliomyia spp.
Este gnero inclui a mosca da bicheira ou mosca varejeira
Mais importantes: Cochliomyia hominivorax e Cochliomyia macellaria
Cochliomyia hominivorax apresenta plos pretos na parte inferior da parafrontlia
Ocorre em toda regio subtropical e tropical da Amrica do Sul e Amrica Central.
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Miases Cochliomyia spp.
Cochliomyia macellaria: semelhante C. hominivorax, larvas se desenvolvem no lixo, cadveres, tecidos necrosados (larvas necrobiontfagas) e outros tipo de matria orgnica em decomposio. Causam miase secundria.
Cochliomyia hominivorax: mais importante mosca produtora de miasesnas Amricas (larvas biointfagas)
Parasita todos os animais de sangue quente, particularmente bovinos, ovinos, eqinos, caninos e sunos. Tambm parasita o homem.
Qualquer ferimento pode ser alvo da infestao
Causa uma miase traumtica grave (bicheira) - conjunto de larvas se instala em qualquer corte, ferimento, abraso, fstula ou ulcerao da pele ou mucosa de vertebrados, alimentando-se exclusivamente de tecidos vivos.
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Miases Cochliomyia hominivorax
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Cochliomyia macellaria
Colorao metlica azul ou azul-esverdeada
Olhos vermelho-amarelados
Cabea amarelada.
Fonte: http://www.nku.edu/%7Edahlem/2006CollectingWeb/2006CollWeb%20Images/BlowFly1.JPG
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Face dorsal do trax (mesonoto) portadora de trs faixas longitudinais escurecidas. Apresentam plos pretos na extremidade inferior da parafrontlia.
Miases Cochliomyia hominivorax
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Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos biontfagas
Fmeas depositam de 200 a 300 ovos nas bordas das feridas ou ferimentos recentes miase primria, geralmente de tecido cutneo.
Larva pode invadir orifcios naturais (nasal, ocular, auricular, oral, vaginal, anal..).
Se no controladas pode ocorrer alta mortalidade.
Miases Cochliomyia hominivorax
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Ovos (14 a 18 horas) ecloso larvas se alimentam nas bordas das feridas e se desenvolvem em 4 a 10 dias atingindo 17 mm.
Abandona a ferida solo pupa (1 semana no vero e 3 semanas no inverno) adulto
Adultos recm-eclodidos se alimentam de nctar das flores ou de substncias aucaradas das plantas.
Fmeas acasalam uma nica vez aps 5 a 10 dias depositam seus ovos.
Fmeas fecundada se alimenta de sangue ou exsudatos presentes nas feridas.
Ciclo demora de 21 a 60 dias Podem ocorrer de 12 a 13 geraes/ano
Miases Cochliomyia hominivorax
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Danos diretos
Animais inquietude, dor, feridas sangram.
Na ausncia de feridas, acometem a regio umbilical dos bezerros.
Infeces secundrias.
Importncia
Bovinos so os mais acometidos seguido por ovinos, eqinos, caprinos, sunos, bubalinos e humanos.
Miases Cochliomyia hominivorax
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Controle
Estados Unidos erradicao utilizao de machos estreis.
Tratamento
Inseticidas, antisspticos, cicatrizantes, repelentes.
Preveno o mais adequado.
Miases Cochliomyia hominivorax
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Bibliografia
Guimares, J.H.; Tucci, E.C. & Barros-Battesti, D.M.(2001). Ectoparasitos de Importncia Veterinria.Editora Pliade/FAPESP. Wall, R. & Shearer, D. (2001). Veterinary Ectoparasites: Biology, Pathology and Control. Second edition. Blackwell Publishing Limited, Oxford, UK. Freitas, M.G.; Costa, H.M.A.; Cortz, J.O. & Lide, P. (1978). Entomologia e Acarologia Mdica e Veterinria.4 ed., Editora Nobel.