miguel contra-ataca

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Autoras: Margarida Fonseca Santos e Maria João Lopo de Carvalho

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Page 1: Miguel contra-ataca

Autoras: Margarida Fonseca Santos e Maria João Lopo de Carvalho

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Apresentação do Miguel

Tenho 16 anos, ando no 11º ano de Desporto, a caminho do 12º ano.

Adoro jogar futebol! Namoro com a Rita (ando com ela desde o 9º ano) e

estou a preparar-lhe uma surpresa, para comemorar os dois anos de namoro!

Gosto de agradar às mulheres da minha vida: à Rita, às minhas irmãs, à minha mãe, à Alice (a senhora que toma conta de nós) e às minhas duas avós!

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Família e animais de estimação

Os meus irmãos são: - a Maria, a mais velha,17 anos, 12º ano; - depois nasci eu; - a seguir vem a Mónica, a nossa irmã maria-

rapaz,15 anos, 9º ano (é a irmã com quem me dou especialmente bem);

- os gémeos, a Mariana e o Manuel, 11 anos, 6º ano;

- A penúltima e última irmã: a Margarida, que já anda no 3º ano; e a Madalena que fez dois anos.

Os meus animais de estimação são: - Mister, um cãozinho rafeiro, - a Estrelinha, uma coelha.

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O teste de inglês

Miguel procurou e encontrou o teste de inglês do 11º ano, no quarto de Maria. O seu professor de inglês era o mesmo e, com sorte, o teste seria aquele!

Iria pedir à sua avó Fernanda, professora de inglês para o ajudar a resolver o teste.

Enviou mensagem ao Paulo a dizer-lhe a novidade e este respondeu que também já o tinha e que “estava no papo”.

Aliviado, em vez de ir estudar inglês ou ir a casa da avó, optou por ir jogar futebol.

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Miguel entrou na escola com um ar preocupado: os pais não ficaram nada contentes com a hora tardia a que chegou a casa para jantar, suado. Bastou isso para descobrir o que se tinha passado ...

Paulo acreditava ter conseguido o enunciado do teste de inglês, numa ida à sala de professores para falar com o prof de Ginástica. A Rita, namorada do Miguel, nem queria acreditar e reprovava a atitude.

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No dia do teste

O teste não era o mesmo! Por um lado Miguel sentia um alívio por não ter feito batota; por outro, a Rita ignorava-o, o que o entristecia.

Decidiu contar aos pais a alhada em que se metera, apesar de saber que estes o iriam castigar.

Mateus, seu pai, em vez de perder a calma, disse-lhe que apesar dos erros, teve a capacidade para os assumir, ao contar-lhe. Agora, teria de resolver, um a um, os problemas em que se metera. Ele e a mãe estariam lá para o ajudar no que pudessem.

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Más notícias

Como consequência da negativa a inglês o pai do Miguel não iria, certamente, deixá-lo participar no estágio de futebol, no Porto. O pior é que se ele não fosse, o Sérgio também não poderia ir. Iria mesmo assim, falar com o mister, para que o deixasse ir.

Resolveu ir, mesmo sem avisar, a casa da Rita, para a convencer a perdoar-lhe. Foi então que soube da tragédia que tinha deixado Rita “num vale de lágrimas”: Zeca, o seu primo inseparável e uma das jovens promessas do surf, tinha tido um grave acidente e estava em coma, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

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A onda de solidariedade

Miguel, Rita e os amigos resolveram fazer uma campanha para angariar sangue para o Zeca, utilizando todos os meios possíveis: entrega de panfletos, mensagens no facebook, envio de sms...

A adesão de todos foi tal, desde professores e alunos da Escola Martim Moniz, até à população de Vale de Nabais que, o objetivo foi alcançado.

Naquela noite, devido a hemorragias internas, Zeca teve de ser operado.

No fim da operação, a notícia trazida pela enfermeira era boa: Zeca estava livre de perigo!

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O Sérgio não só fora convocado como, depois da negociação com os pais do Miguel, iriam os dois ao estágio no Porto. O mister adiara o estágio para o início das férias, com a condição de o Miguel se esforçar ao máximo para recuperar as notas. Sérgio, ao contrário do Miguel, ainda não fazia parte da equipa principal do Desportivo de Santarém mas, agora, acreditava poder vir a sê-lo.

Miguel, jogador de primeira água, tinha esperança de ser convocado para a seleção de sub-19!

A reviravolta

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O Regresso da Maria

A família Machado e os amigos tinham tudo preparado para ir esperar Maria ao aeroporto! As saudades que os pais, irmãos, amigos e, sem dúvida, o namorado João Pedro sentiam, eram imensas. Afinal já passara um ano, desde que Maria tinha ido estudar para os Estados Unidos!

Quando Maria é avistada na rampa das chegadas internacionais, João Pedro correu para a abraçar, o que foi seguido por todos numa tempestade de abraços, choros e beijos. Maria agarrou-se à mãe, rindo e chorando em simultâneo. Os próximos dias iriam ser poucos para Maria contar as experiências vividas em casa da família americana!

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O estágio

O mister informou Miguel que o selecionador nacional de sub-19 iria assistir aos jogos do estágio, com vista à sua possível entrada para a seleção.

No Porto, o estágio não foi fácil. Eram dias de trabalho, nervos e expectativa, pois Miguel sabia que estava a ser observado.

Enquanto Sérgio era aguerrido, forte e lutador, Miguel estava apagado. Os lances, os toques, as fintas, os passes saíam ao lado...

Miguel estava desiludido com a sua prestação e o mister não o poupou: “acabara a sua oportunidade de ascender na carreira; o selecionador nacional voltara para Lisboa e os seus planos para os dois sofreram uma reviravolta!”

Sem aguentar a pressão, Miguel disse ao treinador que ia abandonar o estágio! Apanhou um comboio para casa e enviou uma mensagem à Rita pedindo-lhe que o fosse esperar à estação.

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A lição

Mateus e Teté, pais do Miguel, tinham a difícil missão de fazer com que ele aprendesse com tudo o que se passara.

Rita foi a primeira a ir ter com o Miguel. Depois da Rita o acalmar, foi a vez do pai conversar com ele e lhe dizer algumas verdades: “Não se pode dizer que se adora futebol e depois desistir, nem ir para um estágio e depois fugir. Por isso, e porque fazes falta aos teus colegas, vou levar-te de volta!”

A viagem foi, para o Miguel, um suplício! No Porto, aguardavam-no. O pai abraçou-o e disse-lhe para ele se agarrar às responsabilidades, não deixar fugir as oportunidades de aprender e crescer e fazer as coisas com paixão e dedicação.

Na cabeça do Miguel, uma frase (do filósofo chinês Confúcio): “O homem que cometeu um erro e não o corrige está

a cometer outro erro.”