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MICHEL OLIVEIRA GOUVEIA Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia [email protected]

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MICHEL OLIVEIRA GOUVEIA

Michel Gouveia

Prof. Michel Gouveia

Professor Michel Gouveia / Previtube

michelogouveia

[email protected]

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

CF 05/10/1988 – Art. 201 § 1º;

Lei Complementar nº 142 de 08/05/2013 –

publicada em 09/05/2013;

Decreto nº 8.145 de 03/12/2013;

Memorando Circular nº 34 de 18/10/2013;

Portaria Interministerial nº 1 de 27/01/2014;

Instrução Normativa nº 77 de 21/01/2015 –

Art. 413 a 424.

Lei 13.146/2015

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A aposentadoria da pessoa com deficiência

é uma aposentadoria por tempo de

contribuição diferida, nem especial tampouco

comum.

Ela é diferida.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A aposentadoria da pessoa com deficiência é uma aposentadoria comdefinição constitucional, uma vez prevista no § 1º do artigo 201, veja-se:

CF 05/10/1988 – Art. 201 § 1º;

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regimegeral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observadoscritérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nostermos da lei, a:

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para aconcessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral deprevidência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sobcondições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física equando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termosdefinidos em lei complementar.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O Legislador cumprindo o comando

constitucional, criou a Lei Complementar

142/2013, instituindo as regras para

aposentadoria da pessoa com deficiência.

Logo, quando falar de aposentadoria da

pessoa

portadora de deficiência, deve-se observar a

Lei

Complementar 142/13.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

LC 142/13:

Art. 1o Esta Lei Complementar regulamenta a concessão deaposentadoria da pessoa com deficiência segurada doRegime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o §1o do art. 201 da Constituição Federal.

Art. 2o Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de quetrata esta Lei Complementar, considera-se pessoa comdeficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo denatureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, eminteração com diversas

barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva nasociedade em igualdade de condições s com as demais pessoas.

CONCEITO DE DEFICIÊNCIA

Considera-se Pessoa com deficiência aquelaque tem impedimentos de longo prazo denatureza física, mental, intelectual ou sensorial,os quais, em interação com diversas barreiras,podem obstruir sua participação plena e efetivana sociedade em igualdade de condições comas demais pessoas.

Prazo mínimo de 2 anos contados de formaininterrupta.

O QUE É IMPEDIMENTO DE LONGO PRAZO DE NATUREZA FÍSICA,

MENTAL, INTELECTUAL OU SENSORIAL?

PORTARIA INTERMINISTERIAL

SDH/MPS/MF/MOG/AGU Nº 1, DE 27.01.2014 DOU DE

30/01/2014

Art. 3º Considera-se impedimento de longo prazo,

para os efeitos do Decreto n° 3.048, de 1999, aquele

que produza efeitos de natureza física, mental,

intelectual ou sensorial, pelo prazo mínimo de 02

(dois) anos, contados de forma ininterrupta.

*** A questão relativa aos 02 anos também está prevista

no art. 414, da IN INSS/PRES 77/2015.

AVALIAÇÃ0

• A avaliação da deficiência será médica e

funcional;

• O grau da deficiência será atestado por

perícia própria do INSS, por meio de

instrumentos desenvolvidos para esse fim;

COMPROVAÇÃO

• A comprovação de tempo de contribuição na

condição de segurado com deficiência não

será admitida por meio de prova

exclusivamente testemunhal.

BENEFÍCIOS CONTEMPLADOS

As alterações introduzidas pela Lei

Complementar nº 142/2013 e

regulamentadas pelo Decreto nº 8.145 de

03/12/2013, se referem a aposentadoria por

tempo de contribuição e a aposentadoria por

idade.

LEI 142/2013 – PROVA DO TEMPO DE

DEFICIÊNCIA

Art. 6º (...)

§ 1º A existência de deficiência anterior à data da

vigência desta Lei Complementar deverá ser

certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião

da primeira avaliação, sendo obrigatória a fixação da

data provável do início da deficiência.

§ 2º A comprovação de tempo de contribuição na

condição de segurado com deficiência em período

anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar

não será admitida por meio de prova exclusivamente

testemunhal.

Também há previsão no art. 70-D, do Decreto

3.048/99.

CNIS E SUA IMPORTÂNCIA

Decreto 3.048/99

Art. 19

(...)

§ 8º Constarão no CNIS as informações

do segurado relativas aos períodos com

deficiência leve, moderada e grave,

fixadas em decorrência da avaliação

médica e funcional.(art. 1º, do Decreto

8.145/2013)

COMPROVAÇÃO DA DEFICIÊNCIA

Deve ser comprovada:

- Na data da entrada do requerimento, ou;

- Na data da implementação dos

requisitos para o benefício.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

A) Cumprimento de carência de 180 cont.;

B) Que o segurado seja pessoa com

deficiência na DER, ressalvado o direito

adquirido (09/11/2013);

C) Tempo de contribuição de:

25 anos homem e 20 anos mulher – Grave;

29 anos homem e 24 anos mulher –

moderada

33 anos homem e 28 anos mulher – Leve.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Quando o segurado tornar-se deficiente, após

sua

filiação ao RGPS, como ficará a questão do

tempo de contribuição:

O Decreto 8.145/2013, alterando a redação do

Decreto 3.048/99, trouxe a seguinte alternativa:

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Art. 70-E. Para o segurado que, após a filiação ao

RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver

seu

grau alterado, os parâmetros mencionados nos

incisos I, II e III do caput do art. 70-B serão

proporcionalmente ajustados e os respectivos

períodos serão somados após conversão,

conforme as

tabelas abaixo, considerando o grau de deficiência

preponderante, observado o disposto no art. 70-A:1/3

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

MULHER

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 20 Para 24 Para 28 Para 30

De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50

De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25

De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07

De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

HOMEM

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 25 Para 29 Para 33 Para 35

De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40

De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21

De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06

De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Exemplo da conversão:

Fulano de tal, no ano de 2000, após acidente automobilístico, ficou

paraplégico e, consequentemente, deficiente em grau leve.

Entre o ano de 1983 a 2000, este segurado exercia atividade

profissional que lhe daria o direito de se aposentar aos 35 anos de TC,

ou seja, comum.

Entre 1983 a 2017, temos 34 anos. Porém, o tempo de contribuição

dele é diferente, uma vez que contribuiu de forma comum (1983/2000) e

como deficiente entre 2000 a 2017. Destarte, precisamos converter o

tempo de contribuição comum (1983/2000) para o tempo de deficiente.

Temos exatos 17 anos. Como se daria a conversão?

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

A melhor maneira de conversão do tempo é transformando

os anos em dias.

Vamos transformar 17 anos em dias.

17 x 360 = 6.120 dias

6.120 x (coeficiente de conversão para grau leve) 0,94 =

5752,8 dias.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

5752,8 dias.

Vamos achar o resultado em anos:

5752 / 360 = 15,97

15 anos x 360 = 5400

Precisamos achar o que representa “,97”

5752 – 5400 = 352

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

5752 – 5400 = 352

0,97 = 352 dias (precisamos achar a quantidade de meses)

352 / 0,97 = 11,73

Os 17 anos de tempo de contribuição comum, corresponde a 15 anos,

11 meses e 7 dias de tempo de contribuição do deficiente em grau leve.

Somando este período com o período posterior a deficiência, o

segurado terá (17 + 15,11,7) = 32 anos, 11 meses e 7 dias.

Para aposentadoria em grau leve, precisa comprovar 33 anos.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL

§ 1º do Art. 70-E do Decreto 3.048/99

§ 1o É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a

saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria de

que trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo: (Incluído pelo

Decreto nº 8.145, de 2013)

MULHER

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28

De 15 anos 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87

De 20 anos 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40

De 24 anos 0,63 0,83 1,00 1,04 1,17

De 25 anos 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12

De 28 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL

§ 1º do Art. 70-E do Decreto 3.048/99

§ 1o É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a

saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria de

que trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo: (Incluído pelo

Decreto nº 8.145, de 2013)

HOMEM

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 15 Para 20 Para 25 Para 29 Para 33

De 15 anos 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20

De 20 anos0,75 1,00 1,25 1,45 1,65

De 25 anos0,60 0,80 1,00 1,16 1,32

De 29 anos0,52 0,69 0,86 1,00 1,14

De 33 anos0,45 0,61 0,76 0,88 1,00

APOSENTADORIA POR IDADE

• A) 60 anos de idade se homem e 55 anos de

idade se mulher – (redução de 5 anos);

• B) Cumprimento de carência de 180 cont.;

• C) O mínimo de 15 anos de tempo de

contribuição, cumprido simultaneamente na

condição de pessoa com deficiência,

independentemente do grau;

• D) Que o segurado seja pessoa com deficiência

na DER, resalvado o direito adquirido –

09/11/2013.

FATOR PREVIDENCIÁRIO

Somente será aplicado se resultar em

cálculo mais vantajoso para o segurado –

acima de 1;

Em ambas aposentadorias.

TEMPO ESPECIAL

Lei Complementar 142

Art. 10. A redução do tempo de contribuiçãoprevista nesta Lei Complementar não poderáser acumulada, no tocante ao mesmo períodocontributivo, com a redução assegurada aoscasos de atividades exercidas sob condiçõesespeciais que prejudiquem a saúde ou aintegridade física.

Ou seja, não poderá haver duas conversões,apenas uma, a mais benéfica ao segurado.

TABELA PROGRESSIVA

Lei 8213 de 24/07/1991 – artigo 142;

Decreto 3048 de 06/05/1999 – artigo 182;

Não será aplicada para fins de

aposentadoria por tempo de contribuição e

aposentadoria por idade garantida aos

segurados com deficiência;

Regra geral – 15 anos - 180 contribuições.

VIGÊNCIA DA LEI

A LC nº 142/2013 entrou em vigor dia09/11/2013 – sendo aplicada somente parabenefícios com data de início (DIB) a partirdesta data, não cabendo portanto, revisão debenefício com DIB anterior a esta data paraaplicação das regras da Lei Complementar nº142 de 09/05/2013.

Possível discutir no judiciário a retroação daLei,

tendo em vista sua previsão constitucional.

BENEFICIÁRIOS

Todas as categorias de segurado;

Exceção: Não se aplica, porém, na

aposentadoria por tempo de contribuição ao

segurado Especial, exceto, se houver

contribuído como segurado facultativo neste

período.

PERMANÊNCIA NA ATIVIDADE

Os segurados que se aposentarem pela

aposentadoria da pessoa com deficiência,

seja por tempo de contribuição ou idade,

poderão continuar exercendo sua atividade

ou retornar ao mercado de trabalho, uma vez

que a Lei Complementar não veda a

continuação do trabalho.

REQUERIMENTO

Internet – www.inss.gov.br;

Central Telefônica 135;

Agências da Previdência Social;

Entidades Conveniadas.

REQUERIMENTO

Será identificado que trata-se de uma

aposentadoria de pessoa com deficiência para

fins de gestão da agenda e do beneficiário;

As espécies são as já existentes:

B-41 – Aposentadoria por Idade Urbana;

B-42 – Aposentadoria por Tempo de

Contribuição.

REQUERIMENTO

O comprovante do agendamento médico

pericial será entregue ao segurado no ato do

protocolo, orientando que cabe apenas um

reagendamento da data da perícia médica e

o não comparecimento na data marcada,

ensejará a análise do benefício sem

avaliação da deficiência.

AVALIAÇÃO

Compete à perícia própria do INSS, por meio

de avaliação médica e funcional, para efeito

da concessão da aposentadoria da pessoa

com deficiência, avaliar o segurado e fixar a

data provável do inicio da deficiência e o

respectivo grau, assim como identificar a

ocorrência de variação no grau da

deficiência e indicar os respectivos períodos

de cada grau.

PERÍCIA MÉDICA

Deverá comparecer a perícia médica, no dia ehora marcados, portando todos os documentosque possuir, que possam comprovar os fatosrelativos à deficiência alegada.

Preencher o instrumental.

Fixar a data provável do início da deficiência e orespectivo grau, identificar a ocorrência devariação no grau de deficiência e indicar osrespectivos períodos em cada grau.

PERÍCIA MÉDICA

Quando identificado pelo INSS, ou informado

pelo próprio segurado, que já houve um

indeferimento de uma aposentadoria por um

dos motivos da LC142/2013, o servidor deverá

solicitar cópia do processo, para que o Perito

Médico Previdenciário possa subsidiar a análise

atual.

O PMP do INSS poderá pedir o SIMA –

Solicitação Informações Médico Assistente.

AVALIAÇÃO SOCIAL

O Serviço Social do INSS, através da Assistente Social,preencherá o instrumental (formulário da avaliaçãosocial);

A Assistente Social poderá pedir o SIS – Solicitação deInformação Social.

CIF- Classificação Internacional Funcionalidade

Incapacidade e Saúde da OMS e mediante a aplicaçãodo índice de funcionalidade brasileiro aplicado para finsde aposentadoria (IFBrA) – Anexo a portariainterministerial nº 1

DIREITO ADQUIRIDO

O segurado deve ser pessoa com deficiência

na DER – Data da Entrada do Requerimento

– salvo direito adquirido, a partir do dia

09/11/2013 (inclusive).

DIREITO ADQUIRIDO

Caso o segurado seja avaliado pela perícia

médica e avaliação social e seja constadada

a deficiência, mas está tenha o seu final

antes da DER – Data da Entrada do

Requerimento ou da data do direito

adquirido, não fará jus ao benefício na

condição de pessoa com deficiência.

2/3

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

Quando o segurado tenha contribuído

alternadamente na condição de pessoa sem

deficiência e com deficiência ou no caso de

existência de mais de um grau de

deficiência, os respectivos períodos poderão

ser somados, após aplicação da conversão

de que trata as tabelas, considerando o sexo

e o grau de deficiência preponderante.

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

O grau de deficiência preponderante será

definido como sendo aquele no qual o

segurado cumpriu maior tempo de

contribuição, antes da conversão que servirá

como parâmetro para definir o tempo mínimo

necessário para a aposentadoria por tempo

de contribuição do deficiente, bem como

para conversão.

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

MULHER

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 20 Para 24 Para 28 Para 30

De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50

De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25

De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07

De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

HOMEM

TEMPO A CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 25 Para 29 Para 33 Para 35

De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40

De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21

De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06

De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00

NÃO BENEFICIAM EM DUPLICIDADE

APOSENTADORIA DO PROFESSOR;

APOSENTADORIA POR IDADE RURAL;

APOSENTADORIA ESPECIAL.

CTC – CERTIDÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

A Certidão referente ao tempo de

contribuição com deficiência deverá

identificar os períodos com deficiência e

seus graus;

Lembrando-se que a LC nº 142

regulamentou a aposentadoria da Pessoa

com Deficiência no Regime Geral de

Previdência Social, não estando ainda

regulamentada junto aos Regimes Próprios

de Previdência Social.

REGIME PRÓPRIOS

MANDADO DE INJUNÇÃO:

STF – Mandado de Injunção nº 3.989 –

Ministro Luiz Fux.

Secretaria de Políticas de Previdência Social

– Instrução Normativa nº 02 de 13/02/2014.

ESCALA PONTUAÇÃO PARA O IF-BR

(25) – Não realiza a atividade ou é totalmente

dependente de terceiros para realizá-la;

(50) – Realiza a atividade com o auxílio de terceiros;

(75) – Realiza a atividade de forma adaptada –

diferente da habitual ou mais lentamente – Não

depende de terceiros;

(100)- Realiza a atividade de forma independente,

sem nenhum tipo de adaptação ou modificação, na

velocidade habitual e com segurança.

CÁLCULO DO ESCORE DOS DOMÍNIOS

As atividades estão divididas em 7 domínios,

cada domínio tem um número variável de

atividades, que totalizam 41.

Pontuação final é a soma das pontuações de

cada domínio aplicada pela medicina pericial

e serviço social.

PONTUAÇÃO TOTAL – MODELO DE FUZZY

Pontuação total mínima – 2050 pontos;

Pontuação total máxima – 8200 pontos;

Deficiência Grave – menor ou igual a 5739

pontos;

Deficiência Moderada – de 5740 a 6340 pontos;

Deficiência Leve – de 6355 a 7584 pontos;

Pontuação Insuficiente – igual ou maior a 7585

pontos.

GERAL

O segurado deficiente preenchendo os requisitos,

terá direito ao benefício de aposentadoria por

tempo de contribuição ou idade, nos termos da Lei

Complementar 142/13.

O cálculo do benefício é o mesmo, aplicando o FP

quando for vantajoso ao segurado.

PERDA DA VISÃO MONOCULARPREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA À PESSOA COM DEFICIÊNCIA. RESQUISITOS E

CRITÉRIOS DIFERENCIADOS. ARTS. 6º E 201, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO. ARTS. 2º E 3º DA LC

142/2003. GRAUS DE DEFICIÊNCIA. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. CONCESSÃO DO

BENEFÍCIO AO PORTADOR DE VISÃO MONOCULAR. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE

OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (CONVENÇÃO DE NOVA IORQUE -DECRETO

6.949/2009). MÁXIMA EFETIVIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. PROVIMENTO DA

APELAÇÃO. 1. A Constituição prevê, desde 2005 (Emenda Constitucional nº 47), a aposentadoria

devida aos segurados do RGPS com deficiência, mediante adoção, excepcionalíssima, de

requisitos e critérios diferenciados, consoante se extrai do seu art. 201, § 1º, regulado, no plano

infraconstitucional, pela Lei Complementar 142/2003.

(...)

4. A jurisprudência pacífica, inclusive no âmbito do STJ (Súmula 377), é no sentido de enquadrar o

portador de visão monocular como pessoa com deficiência para efeito de reserva de vaga em

concurso público.

(...)

6. Considerando que o legislador previu uma gradação de rigor nos critérios de concessão da

aposentadoria por tempo de contribuição de acordo com a intensidade da deficiência (graus leve,

moderado e grave, conforme incisos I, II e III do art. 3º da lei de regência), ao mesmo tempo em que

prevê uma modalidade de aposentação por idade, independentemente do grau de deficiência

(inciso IV do mesmo dispositivo), penso que a condição do portador de visão monocular revela, ao

menos, uma deficiência do tipo "leve". Não há dúvidas de que aquele que é cego de um olho possui

algum (qualquer) grau de deficiência. 7. Assim, com a finalidade de manter a coerência

argumentativa, à vista dos precedentes mencionados, penso ser razoável a concessão de

aposentadoria, de acordo com o critério diferenciado do art. 3º, III, da LC 142/03, ao portador de

visão monocular. (...)

(TRF4, AC 5004053-35.2016.4.04.7208, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC, Relator

PRÁTICA – CASE 1

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 1ANÁLISE: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

A segurada possui na DER mais de 180 meses de contribuição para fins de carência.

A segurada é deficiente na DER pois a análise médica e social concluiu que a deficiência

se iniciou em 01.01.2010 e permanece até a data da avaliação, que foi posterior a DER.

O grau da deficiência é muito importante na aposentadoria por tempo de contribuição,

para definição do tempo mínimo exigido, que no caso de deficiência leve é de no mínimo,

28 anos de tempo de contribuição.

Os períodos de 01/01/84 a 31/12/2000 e de 01/01/2001 a 31/12/2009 (26 anos) foram

laborados sem indicação de deficiência (deficiência começou em 01/2010). O período de

01/01/2011 a 01/01/2014 (03 anos e 01 dia) possui indicativo de deficiência leve.

Assim, precisa ser verificado qual o TBC – Tempo Base de Cálculo a ser considerado.

Dessa forma, nos períodos sem indicativo de deficiência (26 anos, 00 meses e 00 dias)

será aplicado o fator de conversão 0.93 (de TBC 30 para TBC 28), que resulta no

tempo de 24 anos, 02 meses e 05 dias de tempo de contribuição.

Esse tempo convertido, somado ao tempo com deficiência (03 anos e 01 dia), totaliza 27

anos, 02 meses e 06 dias de tempo de contribuição, que é insuficiente para a concessão

no caso de deficiência leve.

CONCLUSÃO

A segurada NÃO preenche todos os requisitos para concessão da aposentadoria por

tempo de contribuição à pessoa com deficiência (deficiente na DER, carência e tempo de

contribuição como deficiente). Benefício será indeferido.

PRÁTICA – CASE 2

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 2ANÁLISE

A segurada possui na DER mais de 180 meses de contribuição para fins de

carência.

A segurada é deficiente na DER pois a análise médica e social concluiu que a

deficiência se iniciou em 01.01.2006 e permanece até a data da avaliação, que foi

posterior a DER. O grau da deficiência é muito importante na aposentadoria por

tempo de contribuição, para definição do tempo mínimo exigido.

Observe que no presente caso há dois graus de deficiência: leve de 01/01/2006 a

31/12/2009 e moderada: 01/01/2010 a 01/01/2014.

Os períodos de contribuição de 01/01/84 a 30/12/2000 e de 01/01/2001 a

30/12/2005 (22 anos, 00 meses e 00 dias) foram laborados sem indicação de

deficiência. O período de 01/01/2006 a 30/12/2009 (04 anos, 00 meses e 00 dias)

e de 01/01/2011 a 01/01/2014 (03 anos e 01 dia) possui indicativo de deficiência

leve e moderada, respectivamente.

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 2ANÁLISE

Dessa forma, como há dois graus de deficiência distintos, o preponderante é o grau LEVE,

no qual o segurado cumpriu maior tempo de contribuição (04 anos,00 meses e 00 dias)

antes da conversão.

Aos períodos sem indicativo de deficiência (que totalizam 22 anos, 00 meses e 00 dias)

será aplicado o fator de conversão 0.93 (de TBC 30-NORMAL para TBC 28- LEVE), que

resulta no tempo de 20 anos, 05 meses e 17 dias de tempo de contribuição.

Ao período com indicativo de deficiência MODERADA (03 anos, 00 meses e 01 dias) será

aplicado o fator de conversão 1,17 (de TBC 24-MODERADO para TBC 28- LEVE ), que

resulta no tempo de 03 anos, 06 meses e 07 dias de tempo de contribuição.

Esses tempos convertidos, somado ao tempo com deficiência base LEVE (04 anos e 01

dia), totaliza 27 anos, 11 meses e 25 dias de tempo de contribuição, que é insuficiente

para a concessão no caso de deficiência leve (é necessário mínimo de 28 anos de tempo

de contribuição).

No presente caso, como faltam apenas alguns dias, verificar a possibilidade de reafirmação

da DER para a data em que completa 28 anos de tempo de contribuição, caso persista a

deficiência até essa data.

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 2ANÁLISE

CONCLUSÃO

A segurada NÃO preenche todos os requisitos para concessão da aposentadoria

por tempo de contribuição à pessoa com deficiência (deficiente na DER, carência

e tempo de contribuição como deficiente). Benefício será indeferido.

PRÁTICA – CASE 3

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 3ANÁLISE

A segurada possui na DER mais de 55 anos de idade e 229 meses de

contribuição.

Na condição de pessoa com deficiência, a análise conjunta do período de

contribuição com período de deficiência, temos: de 01/ 01/88 a 30/12/90, de

01/01/93 a 30/12/00 e de 01/01/09 a 02/01/14, que totalizam 16 anos e 02

dias de tempo de contribuição.

A segurado é deficiente na DER pois a análise médica e social concluiu que a

deficiência se iniciou em 01.01.1988 e permanece até a data da avaliação,

que foi posterior a DER. O grau da deficiência não importa na aposentadoria

por idade.

CONCLUSÃO

A segurada preenche todos os requisitos para concessão da aposentadoria

por idade à pessoa com deficiência (deficiente na DER, carência, idade e

tempo de contribuição como deficiente). Benefício será concedido.

PRÁTICA – CASE 4

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 4

ANÁLISE

A segurada possui na DER mais de 55 anos de idade e 229 meses de

contribuição. Não possui idade para a aposentadoria prevista no art. 48 da na

Lei nº 8213/91 (60 anos).

A segurada é deficiente na DER (e também se fossemos analisar direito

adquirido posterior a 09/11/2013) pois a análise médica e social concluiu que a

deficiência inicia em 01.01.1990 e permanece até a data da avaliação, que foi

posterior a DER.

Na condição de pessoa com deficiência, a análise conjunta do período de

contribuição com período de deficiência, temos: de 01/01/90 a 30/12/90, de

01/01/93 a 30/12/00 e de 01/01/09 a 02/01/14, que totalizam 14 anos e 01 dia

de tempo de contribuição, que é insuficiente para o reconhecimento do direito.

PRÁTICA – RESOLUÇÃO DO CASE 4

CONCLUSÃO

A segurada NÃO preenche todos os requisitos para concessão da

aposentadoria por idade à pessoa com deficiência, pois não possui o mínimo

15 anos de tempo de contribuição como pessoa com deficiência. Benefício será

indeferido.

PRÁTICA

PRÁTICA

REFORMA PREVIDENCIÁRIA

Aposentadoria do Deficiente por

tempo de contribuiçãoRegra atual Proposta

O deficiente homem se aposenta com 33

(leve), 29 (moderada) ou 25 (grave) anos de

tempo de contribuição.

Mulher: 28 (leve), 24 (moderada) e 20 (grave)

anos.

Lei Complementar 142/2013.

a) trinta e cinco anos de

contribuição, para a deficiência

considerada leve;

b) vinte e cinco anos de

contribuição para a deficiência

considerada moderada;

c) vinte anos de contribuição para

a deficiência considerada grave.

Independentemente da idade

BIBLIOGRAFIA

Castro, Carlos Alberto Pereira de. Manual de direito previdenciário.

http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-osservicos/aposentadoria-por-

tempo-de-contribuicao-da-pessoa-comdeficiencia/

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp142.htm

http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos

_leitura&artigo_id=14649&revista_caderno=20