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MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo II Pierre Ferraz - Lar Paulo de Tarso

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Page 1: Meu Reino Não é deste mundo...Era uma vez um Jovem Carpinteiro que fundou um Reino. O mais belo, o mais justo e o mais fascinante de todos os Reinos. A Paz floria em cada coração

MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo II

Pierre Ferraz - Lar Paulo de Tarso

Page 2: Meu Reino Não é deste mundo...Era uma vez um Jovem Carpinteiro que fundou um Reino. O mais belo, o mais justo e o mais fascinante de todos os Reinos. A Paz floria em cada coração

ContextoJesus foi preso pela guarda do Templo de Jerusalém, e foi levado diante de Caifás, sumo sacerdote, chefe da corte de julgamento por blasfêmia no  Sinédrio.

Julgando culpado, o Sinédrio entregou-o ao governador romano Pôncio Pilatos, pela acusação de sedição contra Roma.

Pôncio Pilatos o envia ao governador Herodes Antipas, que estava em Jerusalém pela Páscoa.

Antipas não encontra nada que incriminasse Jesus e devolve a Pilatos. (Joana, mulher de Cuza, mordomo de Antipas, foi uma das primeiras discípulas de Jesus)

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Meu reino não é deste mundo… S. JOÃO, cap. XVIII, vv. 33, 36 e 37.

Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: És o rei dos judeus? 

- Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.

- Pilatos: És, pois, rei?

- Jesus: Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence a verdade escuta a minha voz.

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A Multidão

Pôncio Pilatos, não encontrou motivos para sua condenação.

Mas o povo, presente ao julgamento, vociferava contra o prisioneiro exigindo sua crucificação…

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Ecce homo… Pilatos mandou flagelá-lo e depois exibi-lo, ensanguentado, acreditando que a multidão se comoveria.

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Como último recurso: mandou trazer um condenado à morte, tido como ladrão e assassino, chamado Barrabás, e, valendo-se de uma (suposta) tradição judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados deveria ser solto e o outro crucificado. Então, o povo manifestou-se pela libertação de Barrabás.

Barrabás

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A vida futura

• Para os Judeus as recompensas de Deus eram os bens terrenos, as vitórias sobre os seus inimigos os castigos seriam as calamidades públicas e as derrotas.

• Judeus acreditavam nos anjos como seres privilegiados da Criação.

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Vida Futura• Jesus se refere à vida futura que

deveria constituir-se objeto das maiores preocupações do homem na Terra. 

• Sem a vida futura, a maior parte dos seus preceitos morais seriam incompreensível ou pueris.

• A vida futura é apresentada como um principio, uma lei da Natureza uma idéia vaga, incompleta.

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Vida Futura• Com o Espiritismo, a vida futura torna-se uma

realidade material, que os fatos demonstram. 

• A descrição da vida futura é tão circunstanciada, tão racional, que cada um, aqui, a seu mau grado, reconhece e declara a si mesmo que não pode ser de outra forma, porquanto, assim sendo, patente fica a verdadeira justiça de Deus.

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Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.

Era uma vez um Jovem Carpinteiro que fundou um Reino. O mais belo, o mais justo e o mais fascinante de todos os Reinos. A Paz floria em cada coração e o amor irradiava dos olhos de todas as criaturas, desde os animais até aos homens.

Muita gente não acredita nisto. O Reino do Jovem Carpinteiro parece-lhes um conto de fadas, uma lenda ingênua. E outros perguntam:

-poderia um Carpinteiro fundar um Reino?

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Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.

Certo dia um desses descrentes me fez a pergunta, numa esquina, ao crepúsculo. 

As sombras da noite começavam a acumular-se sobre a cidade. Senti um frêmito de asas invisíveis ao meu redor, e logo um jovem de faces rosadas, cabelos loiros e olhos azuis, tão azuis como o céu ao meio dia, acercou-se de nós e respondeu por mim:

-Como não, amigo! Um Carpinteiro, um pedreiro, um vendedor ambulante, um lixeiro, um engraxate, todos são homens. E cada homem tem o poder, que Deus lhe conferiu, de criar o que quiser. Você mesmo pode, agora mesmo, fundar o seu Reino. Ele será de paz ou de guerra, de amor ou de ódio, como você o fizer, e poderá crescer até abranger os seus domínios a Terra Inteira.

Meu amigo descrente encarava admirado o estranho adolescente. E depois de ouvir em silêncio, conseguiu quebrar o encanto e perguntar: -mas quem é você?-Um mensageiro do Reino, - respondeu o rapaz. E, virando-se, desapareceu tão estranhamente que ficamos atarantados, entre a multidão. Desde esse momento aprendi que os mensageiros do reino estão por toda parte e podem aparecer em qualquer lugar e a qualquer momento.

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Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.

Meu amigo me disse:

-é um lunático. Meteu-se entre os outros e o perdemos de vista. -pois não vá você se impressionar com esse maluquinho.

-mas o que ele disse, - respondi, - é uma profunda verdade. Você, por exemplo, fundou o Reino da Descrença. Um árido Reino em que pensa estar livre de qualquer inquietação. Um Reinozinho estreito e seco, que mais parece uma noz envelhecida. Nunca esse Reinozinho poderá estender-se além do seu ego minúsculo e sem luz.

Ba! - fez o meu amigo, com desprezo. -Vocês, os utópicos, os platônicos, estão sempre com a boca cheia de palavreado alegórico!

E sem mais perder tempo comigo, despediu-se e partiu.

O REINO - J. Herculano Pires, pseudônimo IRMÃO SAULO

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Um lugar no reino de Deus• Correm os homens por alcançar os bens terrestres.

• Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra

• Que desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.

• Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos.

• Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.

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O ponto de vista• A idéia clara e precisa que se faça da vida futura proporciona

inabalável fé no porvir.

• Acarreta enormes conseqüências sobre a moralização dos homens.

• Muda o ponto de vista sob o qual encaram eles a vida terrena. 

• A vida corpórea se torna simples passagem. 

• As vicissitudes e tribulações dessa vida não passam de incidentes que ele suporta com paciência.

• A morte nada mais restará de aterrador

• Resulta-lhe daí uma calma de espírito que tira àquela muito do seu amargor.

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O ponto de vista

• Quando duvida da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre. 

• Torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos. 

• A perda do menor deles lhe ocasiona causticante pesar; um engano, uma decepção, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que seja vítima, o orgulho ou a vaidade feridos são outros tantos tormentos, que lhe transformam a existência numa perene angústia, infligindo-se ele, desse modo, a si próprio, verdadeira tortura de todos os instantes. 

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O ponto de vista

• Se toda a gente pensasse dessa maneira, ninguém mais se iria ocupar com as coisas terrenas.

• Ninguém há que, dando com um espinho debaixo de sua mão, não a retire, para se não picar. 

• O desejo do bem-estar força o homem a tudo melhorar, impelido pelo instinto do progresso e da conservação, que está nas leis da Natureza. 

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O ponto de vista

• Deus não condena os gozos terrenos; condena o abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma. 

• O Espiritismo mostra a solidariedade que conjuga todas as existências de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos os mundos. 

• Esse conjunto, ao tempo do Cristo, os homens não o teriam podido compreender, motivo por que ele reservou para outros tempos o fazê-lo conhecido.

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Um Pálido Ponto Azul - Carl Sagan https://www.youtube.com/watch?v=QgJfA6r57MQ

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