meu bairro zona leste - maio
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RNAL
ACI
DADE
ZONA LESTEZONA LESTE
MEUBAIRROA CIDADE
A COR DO SONHOCASINHA AZUL PREPARA O FUTURO PARA A CRIANÇADA
MINHAHISTÓRIA
MINHARECEITA
MINHABRONCA
CONHEÇA O TRABALHODO INSTITUTO LIMITE
DICAS PARA FAZER UMMANJAR DE DAMASCO
E O NÚMERO DE BURACOSNA RUA URANDY LEITE?
no SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
2 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
Exemplos que podem(e devem) ser seguidos
Ao longo dos anos, o A Cidade no Meu Bairro tem apresentadodiversos exemplos de heróis anônimos, que dia a dia dão mostras de supe-ração no desenvolvimento de um trabalho de ajuda ao próximo.
Nesta edição, feita com notícias da zona Leste, surgem outros doisbons exemplos: o trabalho de quase duas décadas da Casinha Azul, umainstituição que trabalha com crianças e adolescentes e que oferece diversasatividades culturais. O outro é o Instituto Limite, criado com a finalidade detambém auxiliar crianças e adolescentes envolvidos com drogas e álcool.
Ambos são provas de que é possível fazer trabalhos sociais de referên-cia sem ser assistencialistas, prática que hoje, infelizmente, está intimamen-te associada ao poder público.Além disso, você vai conhecer a história deum casal libanês que veio trabalhar em RIbeirão Preto e se apaixonou pelacidade e, também, uma eceita de manjar de damasco.Afinal, amanhã é Diadas Mães. Boa leitura!
NOSSA OPINIÃO
tá bomA PRAÇAA praça Allan Kardec, no Jardim
Macedo, está bem cuidada. O localque geralmente estava com matoalto foi limpo e o serviço agradouaos moradores, que agora podemaproveitar melhor o espaço.
tá ruim
ACESSOSMoradores do Manoel Penna
reclamam que para entrar e sairdo bairro precisam atravessar doisoutros bairros, por causa do acessoà avenida Edu Rangel Rabello pelarodovia Antônio Sant’Anna.
tá indoÔNIBUSO terminal de ônibus do São
José está sendo construído narua professor Garibaldi Biasoli. Aprevisão é que fique pronto emsetembro.
FOTOSWEBERSIAN/ACIDADE
EDIÇÃOJosé Manuel Lourenço
e Angelo Davanço
REPORTAGEMJacqueline Pioli
EDITOR DE ARTEDaniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOGRAFIAMariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGENSFrancielly Flamarini
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira FilhoAndré Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira NetoMarcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
GERENTE DE PUBLICIDADEMarco Vallim
DEPARTAMENTO [email protected]
TELEFONE (16) 3977-2172
REDAÇÃORua Javari, 3099, Ipiranga
Fone (16) 3977-2175CEP 14060-640 - Ribeirão Preto (SP)
JORNAL DO GRUPO
A CIDADE DESDE 1905 MEUBAIRROA CIDADE no
DIRETOR DE JORNAISE MÍDIAS DIGITAIS
Josué Suzuki
EDITOR-CHEFEThiago Roque
ZONA LESTENESTA EDIÇÃO
ZONA OESTEPRÓXIMA EDIÇÃO
3A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
Um sonho(azul) quetomou formaHá vinte anos, o sonho de um grupo de amigosem ajudar crianças e adolescente após as aulastomou forma e virou a Casinha Azul. Hoje, maisde 120 meninos e meninas usam a instituiçãopara participar de diversas atividades culturais.
meuorgulho
fCULTURA DE GRAÇA AULAS DE CAPOEIRA SÃO UMA DAS ATIVIDADES OFERECIDASGRATUITAMENTE PELA CASINHA AZUL, LOCALIZADA NA ZONA LESTE DE RIBEIRÃO PRETO
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
4 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
Na Casa Azul sebrinca muito, mastambém se aprendea ser um cidadãoEntidade atende a 128 crianças e adolescentese oferece diversos tipos de atividades culturais
Há duas décadas, um grupo deamigos se reuniu para fazer o bem. Elesnão sabiam exatamente o que fazer, maso fato de quererem ajudar a comunidadeda zona Leste de Ribeirão Preto e nãodesistir dessa ideia fez com que o projetose concretizasse e, hoje, a Casinha Azuloferece esporte, música, orientação,entre outras atividades, a 128 crianças.
Quem é atendido pela entidade nãopaga pelos serviços. A casa sobrevive derecursos da Secretaria Municipal de As-sistência Social, do Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescen-te, além de institutos parceiros, doaçõesparticulares e do bazar realizado todasas quartas-feiras. (Leia ao lado).
Kauany, 12 anos, frequenta aCasinha Azul há quatro anos. Lá, eladescobriu a carreira que deseja seguir:“Quero ser cantora”, afirma. A meninafaz aulas de piano, violão, flauta, percus-são e participa do coral. “Gosto muito demúsica, principalmente MPB e erudita.Venho aqui todos os dias. É melhor doque ficar em casa sem nada para fazer”.O irmão dela, Matheus, 11 anos, tam-bém faz aulas de flauta e percussão nainstituição. “Somos vizinhos da CasinhaAzul. Demorei um tempo para conseguir
a vaga pra eles, mas quando conseguifoi muito bom. Há um ano, arrumei umavaga de auxiliar de cozinha aqui naCasinha e aí ficou melhor, porque ficomais tempo com meus filhos”, conta amãe das crianças, Enedina da Conceição,38 anos.
Segundo o coordenador de ativida-des, Gabriel Dalalio, os objetivos princi-pais da Casinha Azul são permitir que acriança exerça o direito de brincar e que,depois, agregue virtudes para ter umbom desempenho no futuro profissional.
“As crianças são recebidas comcarinho e atenção. Proporcionamosatividades que fazem com que pensemo seu papel no mundo, que valorizem aboa ação, o respeito ao meio ambientee a ter uma conduta cidadã exemplar.As atividades são estipuladas de acordocom o amadurecimento de cada turma,respeitando a individualidade de todos,mas formando um sentimento de grupo,um pensamento coletivo”, afirmal.
Atualmente, a Casinha Azul recebecrianças de 6 a 14 anos. A seleção é feitapor um técnico responsável de serviçosocial, que visita a família e avalia a realnecessidade da frequência da criança naentidade.
f FUTURO KAUANY, 12 ANOS, FREQUENTA A CASINHA AZUL HÁ QUATRO E FOI LÁ QUE DECIDIU QUEPRETENDE SEGUIR A CARREIRA DE CANTORA; ELA E O IRMÃO, MATHEUS - QUE TEM AULAS DE FLAUTA EPERCUSSÃO - ESTÃO ENTRE AS 128 CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDAS PELA ENTIDADE.
meuorgulho
SAIBA MAISA filosofia da Casinha Azul baseia-se em quatro hábitos básicos:amor ao próximo, economia, organização e saúde.
A Instituição conta com profissionais voluntários nas áreas de EducaçãoFísica, Odontologia, Psicologia, Esportes, Pedagogia e Contabilidade.
5A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
Após muitas conversas, o sonhode um grupo de amigos de fazer algoem prol da comunidade começou a seconcretizar em 1998, com a locaçãode uma pequena casa na rua RafaelaGabriel Lopes, no Jardim das Palmeiras.A casa era toda azul e daí surgiu o nome“Casinha Azul”. O objetivo era recebercrianças no contraturno escolar.
Depois de muitas campanhas depizza e bazares, o grupo conseguiu cons-truir uma casa maior, no ano 2000, naavenida José Antônio Ferrarezi. “A casa,que também foi pintada de azul, come-çou a atender cinco crianças e, depois deum ano, já contava com trinta”, contaGabriel Dalalio.
Neste endereço, a Casinha Azul fun-cionou por dez anos até que, em janeirode 2011, o projeto passou a funcionar naatual sede, com espaço físico de 670 m2
divididos em salas, quintal, parque, salão,cozinha e refeitório. Em 2013, a entidadeganhou uma quadra em um terreno quefoi doado.
O gasto mensal da Casinha Azul éde cerca de R$ 35 mil.A captação derecursos é feita através de doações parti-culares, realização de eventos, parcerias,contribuição de associados e créditos daNota Fiscal Paulista, além dos recursosda Secretaria Municipal de AssistênciaSocial e do Conselho Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente.
“Temos também um convênio com aEPTV, que mantém o Projeto de Música.Já o gasto com alimentação, produtos delimpeza e higiene e com funcionários ésubsidiada pelo bazar”, afirma Annema-rie Kasten, secretária da entidade.
O bazar é realizado às quartas-feiras,das 10h às 15h30. “Além de doaçõespara consumo interno, aceitamos roupas,sapatos, utensílios domésticos, móveis eeletroeletrônicos.A ideia de realizar umbazar, não só para arrecadar fundos, mascomo uma forma de levar produtos embom estado e mais baratos às famílias daregião”.
fBAZAR PARTE DAS RECEITAS DA CASINHA AZUL VEM DO BAZAR QUE É REALIZADO TODAS ASQUARTAS; A CASA SOBREVIVE COM RECURSOS DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, CONSELHOMUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, INSTITUTOS PARCEIROS E DOAÇÕES.
fDIVERTIMENTO E RESPONSABILIDADE CRIANÇAS SE DIVERTEM EM UMA DAS SALAS DA CASINHAAZUL; OS CRIADORES DA INSTITUIÇÃO DIZEM QUE O IMPORTANTE É GARANTIR QUE ELAS TENHAMSEMPRE ESPAÇO PARA BRINCAR, MAS QUE TAMBÉM POSSAM APRENDER VALORES QUE POSSAM LEVARPARA O RESTO DA VIDA.
Trabalho com acomunidade foi oponto de partida
Parcerias edoações ajudama pagar as contas
SERVIÇO:As doações podem ser entregues na Casinha Azul ou é possível agendar umhorário para que alguém busque os produtos na casa do doador.Endereço: Avenida Dr. Marcos Antonio Macário Santos, 1080, Parque dosServidores.Telefone: 3917-2141
FOTOS MASTRANGELO REINO / A CIDADE
6 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
O ÁLCOOLE DROGAS
LIMITESfREGINA GALVANI (CENTRO) CRIOU O INSTITUTO LIMITE APÓS UM PROBLEMA COM DROGAS EM CASA
CONTRACRIAAANÇAS E
ADOLEEESCNTESSÃOOO ALVOSDAS AÇÕES
“Hoje, damos tudo o que nossos filhos querem. E aí estáo nosso erro. Pecamos por não estabelecer limites”, afirma apresidente do Instituto Limite, Regina Márcia Hyppolito Galvani,45 anos. Desde 2011, ela trabalha para prevenir o uso de álcoole drogas por crianças e adolescentes no Jardim São José e nosCampos Elíseos.
A ideia do instituto surgiu após Regina enfrentar um pro-blema com drogas em casa. Há 13 anos, o filho mais velho, naépoca com 17 anos, fazia o uso de maconha e cocaína. Foramcinco anos de luta contra os entorpecentes e, ao sentir queestava sozinha nessa caminhada, Regina idealizou o projeto.
O Instituto Limite surgiu em 2011. Regina trabalhavacomo conselheira tutelar e ela, juntamente com outros colegasde trabalho, começaram a fazer visitas às famílias que tinhamcrianças e adolescentes dependentes químicos. “Nesse trabalhoeu não era a conselheira, estava lá como Regina”, diz.
Depois, o instituto passou a agir mais na prevenção do usodas drogas e os atendimentos começaram a ser realizados noCentro Comunitário do Jardim São José. Hoje, há duas sedespróprias e o plano é que em junho a terceira unidade entreem funcionamento no Recreio Anhanguera, para atender 120crianças e adolescentes do bairro.
“Na casa do Jardim São José temos dois projetos: ‘Eu Acre-dito em Você’, no qual incentivamos o fortalecimento de vínculofamiliar e social e o ‘Just For Today’. Neste trabalhamos comcrianças e adolescentes com risco do uso de álcool e droga. Jána unidade dos Campos Elíseos, oferecemos orientação para127 adolescentes que cumprem medida socioeducativa com oprojeto ‘Limite na Medida’”, explica Regina. No total, são 167crianças e adolescentes atendidos pelo instituto.
“Temos assistentes sociais, psicólogos, monitores eorientadores técnicos, além dos voluntários que colaboram nasatividades desenvolvidas pela ONG. O atendimento é totalmen-te gratuito”, diz a presidente do instituto. Interessados devem ira uma das unidades para fazer o cadastro.
minhahistória ‘Hoje damostudo o que osfilhos querem.E aí está o erro’Frase de Regina Galvani inspiroua criação do Instituto Limite
SERVIÇO:Unidade do Jardim São José – Rua Euclides Vitorino da Silva,266. Telefone: 3325 4915Unidade dos Campos Elíseos - Rua Major de Carvalho, 23.Todos os meses, o instituto promove eventos para arrecadarrecursos. Nos dias 10 e 11 de junho, a entidade participará doArraiá do Jardim São José, na praça do bairro.A instituição está de portas abertas para voluntários e parceiros.
MAS
TRAN
GEL
ORE
INO
/A
CIDA
DE
7A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
vida nova
A história de um sargento do Corpo deBombeiros que viveu para salvar vidas
A felicidade chama-se Matteo, na casade Lívia, Gustavo e, claro, de Florinda
Apaixonado pela profissão de bombei-ro, o sargento Wilson Jair Nogueira morreudois anos após se aposentar, em marçode 2009, aos 52 anos de idade. Segundoo filho, o autônomo Welder Nogueira, 26anos, ele foi exemplo de pai e amigo.
Wilson nasceu em Ribeirão Preto esempre morou na zona Leste. Os últimosanos de vida viveu no Jardim Interlagoscom a mulher e os quatro filhos.
Ele iniciou a carreira profissional naPolícia Militar, mas deixou a corporaçãoquatro anos depois, pois não se adaptou
ao serviço. Segundo o filho, Nogueira que-ria mesmo era salvar vidas. “Ele gostavatanto de ser do Corpo de Bombeiros quequando se aposentou e saiu daquela vidaativa entrou em depressão e vieram osproblemas de saúde”, conta Welder.
“Ele ainda é muito presente na minhavida. Hoje, sinto falta das nossas conver-sas e discussões políticas. Ele era um paicarinhoso. Apesar de ter vivido no regimemilitar, nenhum filho saía de casa antes dedar um beijo nele. Tenho saudade tambémda cantoria dele em casa”.
À 1h15 do dia 22 de outubro de2015, Lívia deu um abraço no maridoGustavo. “Era a despedida da nossa vida adois para o recomeço a três”, diz Lívia Ko-mar Barusco, 36, mãe do Matteo, nascidoapós 18 horas de trabalho de parto.
Matteo veio um pouco antes doplanejamento dos pais e, segundo eles,foi a melhor escapada da vida deles. “Fizo exame de farmácia e deu positivo. Nãocontei pra ninguém. Comprei sapatinhos
de bebê e entreguei ao meu marido. Elecaiu no choro de emoção. Nossa vontadeera gritar pro mundo a nossa alegria”.
Quem também está feliz com o novointegrante da família do Jardim Paulista éa vira-lata Florinda. “Ela nunca foi excluídados cuidados e nem da amamentação. Noprimeiro dia do Matteo em casa, ela já seaproximava dele e o admirava enquantoeu o amamentava. Hoje, são grandesamigos”, conta Lívia.
memória ARQUIVO PESSOAL
MILENA AUREA / A CIDADE
8 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
(MUITO)AMM
(MOR
LÍBANODOfA COMERCIANTE LIBANESA ZALFA ABOU HAMIN EM SEU MERCADINHO, NO BAIRRO DA LAGOINHA
COMZZZALFA
CHHHEGOUAO BBBRASIL
EMMM 1979
“Sou libanesa.Vim para o Brasil com 18 anos, em abril de1979. Eu estava comprometida com o meu primo,Ali YoussefAbou Hamin, que veio para Ribeirão Preto estudar Biomedicina.Ele nunca seguiu a carreira. Casamos em 1982 e abrimos doiscomércios: um bar e um mercadinho.Vivemos e trabalhamosjuntos até 2006, quando ele foi atropelado na avenida Treze deMaio e morreu. Fechei o bar e continuei tocando o mercado.Meu marido ficou eternizado no meu coração e na praça daLagoinha, que recebeu o nome dele.
Quando a família do Ali veio para o Brasil, foram morar emBarretos. Ele conheceu Ribeirão Preto quando fez faculdade eescolheu esta cidade para construir nossa família, pois gostoudaqui, achava que Ribeirão oferecia boas condições.
No início, eu sentia muita falta do meu país, minha terra,minha pátria, minha família. Quando cheguei ao Brasil, fiqueimuda. Não sabia falar uma palavra em português. Fui apren-dendo na rotina. Só não perdi o meu sotaque, porque conversomuito em árabe com os meus irmãos que ainda vivem noLíbano.
Ali e eu tivemos dois filhos. Eles são ribeirão-pretanos.Sempre moramos no Jardim Paulista. Depois de ter se formado,meu marido abriu o Bar do Ali no bairro e, em 2000, come-çamos com o mercadinho na Lagoinha, que chamava ‘Ali TemTudo’. Ele ficava comigo aqui de manhã e depois descia para obar.
Até que em 2006, uma moto atropelou o Ali em cima docanteiro da Treze de Maio. Ele ficou uma semana internadono hospital, mas faleceu, aos 51 anos. Foi um baque pra mim.Meus filhos estudavam fora e eu fiquei sozinha. Em 2008,arrendei o bar e fiquei só com o mercado.
Nós éramos muito conhecidos no Jardim Paulista e aqui naLagoinha. Por isso, em 2008, fizeram a homenagem pro Ali ecolocaram o nome dele na praça da rua Niteroi.
Sinto falta do meu companheiro e da segurança que eleme dava, mas nunca deixei de trabalhar.Abro o mercado todosos dias, só fecho quando tem festa de casamento pra eu ir.Acho que está no sangue do libanês ser trabalhador.
Pretendo tirar umas férias no meio do ano para visitar meupaís.A última vez que fui ao Líbano foi em 2004. Espero que dêcerto”.
fOS LIBANESES ZALFA ABOU HAMIN, 56 ANOS, E O MARIDO, ALI YOUSSEFABOU HAMIN, MORTO EM 2006, FICARAM CONHECIDOS COMO COMERCIANTESNO JARDIM PAULISTA E NA LAGOINHA.
Na história de Alie Zalfa, um poucodo Líbano emRibeirão PretoEla e o marido, morto em 2006,abriram um bar e mercadinho noJardim Paulista e na Lagoinha
meulugarMASTRANGELO REINO / A CIDADE
9A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
meuguia
[email protected] / www.riberfestas.com.br
Av. Antonio e Helena Zerrenner, 555 - Ribeirão Preto - SPTelefone: 3633 1868 - 3633 3629
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CASTELO BRANCO NOVORua José Aissum, 829Telefone: 3624-2388Responsável: Dalgima Borges de A.Moraes• Reuniões de grupos- Terça-feira (semanalmente) – 8h30 às10h30 – grupo da 3ª idade- Quarta-feira (semanalmente) – 13hàs 16h – grupo Cevi (ComunidadeExperiência de Vida)- Quinta-feira (quinzenalmente) – 14h –grupos socioeducativos- Aulas da Escola Municipal José DeliboSegunda-feira – capoeiraQuinta-feira - dança
VILA ABRANCHESRua Álvaro Abranches Lopes, 414Responsável: Lilian Aparecida Luchesi
JARDIM JULIANARua Dina Sassi Steagall, 215Telefone: 3965-2209Responsável: Silvia Beatriz BorgesTeodoro
RIBEIRÃO VERDERua João Tonioli, 3.874Telefone: 3996-2376Responsável: Carla Rosa Roma
JARDIM MANOEL PENNARua José Barense, 127Responsável: Eliana Vecchi Pereira
JARDIM SÃO JOSÉRua José da Silva Melo, 280Responsável: Eliana Vecchi Pereira
CENTRO COMUNITÁRIOPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
• Rua Heron Domingues, 812 –Parque São Sebastião• Rua Jorge Gouveia, 40 – JardimInterlagos• Avenida Presidente Kennedy, 2.400– Ribeirânia• Rua Ramos de Azevedo, 392 –Jardim Paulista• Rua Doutor José Ribeiro Ferreira,394 – Jardim São José• Avenida Treze de Maio, 575 – JardimPaulista• Rua Amadeu Amaral, s/n – VilaSeixas• Rua Salvador Spadoni, s/n – VilaSeixas• Rua Ermelinda Corrado, s/n – Parquedos Bandeirantes• Rua Barão do Bananal, 465 – JardimAnhanguera
BANCAS
TERCEIRO BATALHÃO DA POLÍCIAMILITAR DO INTERIOR (3º BPM/I)Base Comunitária de Segurança (BCS):1ª CIA PMRua Wlamir de Lima Pupo, 81, LagoinhaTelefone: 3629-5975
BASE DA POLÍCIA
UNIDADES DE SAÚDE
10 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
minhabroncaMoradores perdem a paciênciacom número de buracos em ruaRua Urandy Leite, no Jardim Juliana, tem tantos buracos que os próprios moradores já tentaramresolver a situação usando cimento para fechar as crateras; eles alertam para perifo de acidentes
A rua Dr. Urandy Vieira de Souza Leitevirou um verdadeiro desafio para quemdirige pela região do Jardim Juliana. Oproblema de buracos por ali é tão graveque a recomendação dos moradores éque, se você tiver a opção de fazer dife-rente, mude de caminho.
Um dos trechos mais problemáticosestá entre as ruas Poeta Fernando Pessoae Dom Inácio João Dal Monte, onde nãosó os motoristas, mas também os comer-ciantes estão cansados da buraqueira.
Um deles é Wellington de SousaNogueira, 42, que mora nas proximidadeshá mais de sete anos e não consegue selembrar da ultima recuperação asfálticafeita por lá. “Recentemente a prefeituratampou buracos na avenida Marcos An-tônio Macário dos Santos, aqui próximo,mas não nos deu atenção por aqui, apesarde já termos solicitado”.
O perigo é constante: acidentes e‘quase acidentes’ são frequentes notrecho. “Uma noite, uma senhora vinhade bicicleta e, ao tentar desviar de um dosburacos, perdeu o controle e caiu em cimade uma moto que estava estacionada.Graças a Deus, não se machucou”.
Tampar os buracos acabou virandomissão dos moradores. “Há uns doismeses eu e mais alguns vizinhos tampa-mos os buracos com cimento, porque jánão aguentávamos mais”.A intenção eraboa, mas o material não era o ideal e oproblema acabou retornando em poucassemanas.
A rua já estava em sua terceira‘operação tapa-buraco’ improvisada.Nós paramos, porque vimos no jornalque algumas pessoas estavam levandomulta por tapar os buracos da cidade comcimento e ficamos com medo”.
Na via, o problema não é só para osveículos. Os pedestres que por ali transi-tam também correm risco. “Quando os
fWELLINGTON NOGUEIRA , AO LADO DE UM DOSVÁRIOS BURACOS DA RUA DR. URANDY VIEIRA DESOUZA LEITE, NO JARDIM JULIANA
A Secretaria Municipal deInfraestrutura encaminhará equipe àrua citada para verificar a demandae incluída, como emergencial, naprogramação de atendimento daOperação Tapa-Buracos.
Prefeitura diz quevai encaminharequipe ao local
OUTRO LADO
“Está muito complicado o trân-sito aqui. O risco de acidente é muitogrande. Estou vendo o dia em queum carro vai tentar desviar e acabaratingindo uma pessoa. Já tentamoscom cimento e até areia, mas nadaresolve, precisamos mesmo é deasfalto de verdade por aqui”.WILLIAN MARTINS33 anos, autônomo
“Para nós motoqueiros é aindapior, a gente tenta contornar aburaqueira, mas desvia de um e caino outro, não tem jeito. Os meninosdo moto-táxi deixam a moto aquina rua, mas morrendo de medode algum carro perder o controle eacertar elas também”.TIAGO SILVÉRIO30 anos, comerciante
MORADORES ALERTAM PARAO PERIGO DE ACONTECEREMACIDENTES NO LOCAL
FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE
PROMESSAANTIGA Para os motoristas, a situação dos buracos na rua Dr. Urandy
Leite já é ruim.Agora, imagine para quem usa bicicletas ou
motos para passar por ali. Ou, então, para quem caminha e corre
o risco de ser atingido por pedras que estão nos buracos.
RISCO PARA PEDESTRES, CICLISTAS E MOTOCICLISTAS
carros passam, voa pedra para todo lado,e quem estiver por perto, leva. Outra situ-ação ruim é quando chove e fica cheio deágua. Nesses dias, sortudo é quem passapor perto e não leva banho”.
E não foi por falta de pedir, não sóWellington mas, toda vizinhança já entrouem contato com a administração muni-cipal. “Já liguei na infraestrutura e o queeles fazem é passar número de protocolo,mas nunca resolvem a situação”, finaliza(Colaboração: Jessica Ribeiro).
11A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
No encontro da avenida Professor Edul
Rangel Rabello com a rua João Mobiglia um
terreno sem calçada obriga pedestres a andar pela
rua. No local também existe mato alto, descarte
irregular de entulho e falta iluminação.A Prefeitura
informou que irá até o local verificar os problemas.
Na rua Alice Além Saadi um terreno
‘abandonado’ preocupa moradores pela falta de
limpeza e mato alto. O local virou depósito de lixo
e criadouros do mosquito da dengue. O terreno
é particular e o proprietário já foi notificado pela
prefeitura, mas ainda não o limpou.
Manoel PennaNova Ribeirânia
FALTA RESOLVER
minhabronca
156O SEU BAIRRO TEM ALGUM TIPO DE
PROBLEMA QUE ATRAPALHA A SUA VIDA EDOS SEUS VIZINHOS. LIGUE PARA O 156, O
SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO MUNÍCIPE DERIBEEIRÃO PRETO
Única entrada para o bairro, a avenida Alfredo
Ravanelli é também a principal preocupação para
moradores e motoristas, já que em boa parte está
esburacada.A Prefeitura informou que uma equipe
da Operação Tapa-Buraco será enviada ao local.
Parque dos Flamboyants
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER
12 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
zoomzonalesteDETALHES
Na semana passada, a zona Leste foi visitada pelo fotógrafo Weber Sian, queregistrou diversos momentos curiosos em vários locais dessa região da cidade.
Por cimaPassarela sobre a avenida Castelo Branco, na Nova Ribeirania
EquestreO canteiro da rua jose ribeiro ferreira, no Jardim São José, não
é um lugar só para carros; por ali, também passam cavalos
AutômatoQuem passar pela rua José da Silva Melo não
deixa de reparar em um simpático robô na calçada
M
13A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
AbacaxiVendedor de abacaxi na avenida Barão do Bananal
Cadê o resto?Cabeça em lixeira na praça San lLeandro, no Jardim Paulista
MotoviaMotoqueiro usa ciclovia na avenida Henry Nestlé
FOTOS WEBER SIAN / A CIDADE
Unidade 1: Rua Margarida, 26 |Jd. MacedoUnidade 2: Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1574
Jardim Irajá - Ribeirão Preto SP
margheritapizzaria.com.br3103.0404 | 3102.0404
[email protected] | Bar do Nei
Rua Conde de Irajá, 235 - Ribeirão Preto/Sp
16 3610-5891 | 3632-9280
14 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
zonaleste COMIDASCULTURACURTIÇÃO
QUEM FOIARNALDOVICTALIANO
É uma das principais ruasdo zona Leste de RibeirãoPreto, marcada por diversosconjuntos habitacionais eestabelecimentos comer-ciais.
FESTAO Lua Cheia é uma empresade organização de eventos.Realiza festas de casamento,formaturas, 15 anos, bodas,aniversários e eventos cor-porativos. O espaço recebemais de 120 festas por ano.
PIZZARIALocalizada na rua Alfredo Benzoni, 61,próximo à rua Arnaldo Victaliano, a VeracePizzaria tem como um de seus segredos alinguiça calabresa artesanal. Funciona deterça a domingo, das 18h à 0h.
Uma das ruas maisimportantes da zonaLeste, localizada noJardim paulista, a ArnaldoVictaliano homenageia ochefe dos motoristas doantigo Rápido Vitaliano,de Ribeirão Preto. Nascidoem 1929, filho de João eGuerina Vitaliano,Arnaldosempre esteve ligado aoramos de transportes, masficou bastante conhecidona cidade por sua atuaçãoem favor da camada maispobre da população.
IBGEO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é o principalprovedor de dados e informações do país.A agência de Ribei-rão está localizada na rua Arnaldo Victaliano, 1376. O institutoproduz e analisa informações estatísticas e geográficas; estruturae implanta sistema das informações ambientais, além de outrosserviços de documentação.
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COMIDA MINEIRAO restaurante Plínio Massas e Canjas prepara refeições com o
típico tempero mineiro. Funciona de domingo a quinta, das 9h às2h e nas sextas, sábados e véspera de feriado, das 9h às 5h. Está
localizado na rua Arnaldo Victaliano, na esquina com a avenidaMaria de Jesus Condeixa.
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ARNALDOVICTALIAN
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15A CIDADESÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
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minhareceitaQUE TAL UM MANJAR DEDAMASCO DE PRESENTE?
MODO DE PREPAROSepare dez damascos e pique em
cubos, leve ao fogo com meia xícara deaçúcar e meia de água, e ferva até que aágua seque, reserve.
Misture em uma panela o leite, oleite de coco e o açúcar e o amido demilho. Leve ao fogo baixo, sem parar demexer, até levantar fervura, adicione ococo ralado e os damascos hidratados.Continue mexendo. Cozinhe poraproximadamente cinco minutos, até queo creme adquira consistência.
Desligue o fogo, sem parar de mexer,e despeje sob uma assadeira redondade furo central, untada com manteigaou molhada. Deixe esfriar e leve parageladeira por 12 horas. É importantedeixar esfriar completamente antes decolocar na geladeira, para que o choquetérmico não talhe a mistura.
Para fazer a calda, coloque em umapanela uma e meia xícara de água, umaxícara de açúcar e 20 damascos. Mexa atédissolver o açúcar e leve ao fogo baixoaté engrossar a calda. Desligue e deixedescansar por 12 horas.
Para montar, desenforme o manjar,decore com os damascos e regue com orestante da calda. Sirva gelado.
Doce é a sugestão do chef confeiteiro DanielPires para o Dia das Mães, que acontece amanhã
Dona Edith vai ganhar amanhã, Diadas Mães, um manjar de damasco prepa-rado pelo filho, o chef confeiteiro DanielPires, 37. Quer presentear a sua mãe oualguém especial com esse doce? Então,anote a receita ao lado. Daniel garanteque não precisa ser confeiteiro, bastaseguir o passo a passo e fazer o manjarainda hoje.
“Este é o segredo. O manjar tem queser preparado no dia anterior ao que vaiser servido, para poder ficar firme. Nãoadianta fazer no mesmo dia e colocarno freezer, porque tem amido. O amidovai cristalizar e quando descongelar vaisoltar água, o doce vai ficar aguado”, diz
Daniel.Esta é a segunda vez que ele prepara
uma receita para o A Cidade no MeuBairro. Na primeira, em maio de 2014,ele fez pastéis de Santa Clara. Na época,comentou que tinha um sonho: abrir umaconfeitaria.
Dois anos depois, reencontramosDaniel realizado com sua própria confei-taria na Vila Seixas. “Consegui abri meunegócio em agosto de 2014”.
A receita do manjar de damasco éuma criação dele. “Peguei como base omanjar de ameixa e fiz adaptações. Asdiferenças são que coloco pedaços dedamasco na massa e eu preparo a calda”.
5 PORÇÕES
MILENA AUREA / A CIDADE
MANJAR DE DAMASCO
INGREDIENTES1 litro de leite1 vidro de leite de coco100 gramas de coco ralado8 colheres de sopa de amido de milho2 1/2 xícara de açúcarAproximadamente 30 damascos2 xícaras de água
16 A CIDADE SÁBADO, 7 DE MAIO DE 2016
pontodeencontro
Henrique e Valdete Ravasi
Gisele Chen
Marcos Lacerda e Jorge Jorrara
José Carlos Pantanal
Brianda Nascimento Fernando Yoshimura e Nicolas Mendes
SAÚDE NO CURUPIRAUm dos locais mais conhecidos da zona Leste é o Parque Prefeito
Dr. Luiz Roberto Jábali, o Curupira. Local favorito de quem vai fazerexercício ou quer ficar em contato com a natureza, foi o local escolhidopara o ponto de encontro desta edição.
FOTOS F. L. PITON / A CIDADE