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    SRIE PETRLEO E GS

    METROLOGIA EINSTRUMENTAO

    APLICADA APETRLEO E GS

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    SRIE PETRLEO E GS

    METROLOGIA EINSTRUMENTAO

    APLICADAS APETRLEO E GS

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    CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA CNI

    Robson Braga de Andrade

    Presidente

    DIRETORIA DE EDUCAO E TECNOLOGIA DIRET

    Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti

    Diretor de Educao e Tecnologia

    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

    Conselho Nacional

    Robson Braga de Andrade

    Presidente

    SENAI Departamento Nacional

    Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti

    Diretor Geral

    Gustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operaes

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    METROLOGIA EINSTRUMENTAO

    APLICADAS APETRLEO E GS

    SRIE PETRLEO E GS

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    2012. SENAI Departamento Nacional

    2012.SENAI Departamento Regional do Rio de Janeiro

    Reproduo total ou parcial desta publicao por quaisquer meios, seja eletrnico,mecnico, fotocpia, de gravao ou outros, somente ser permitida com prviaautorizao, por escrito, do SENAI.

    Esta publicao foi elaborada pela equipe do Ncleo de Educao a Distncia do SENAI doRio de Janeiro, com a coordenao do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada portodos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distncia.

    SENAI Departamento NacionalUnidade de Educao Profissional e Tecnolgica UNIEP

    SENAI Departamento Regional do Rio de JaneiroNcleo de Educao a Distncia NUCED

    FICHA CATALOGRFICACatalogao-na-Publicao (CIP) BrasilBiblioteca Artes Grficas SENAI-RJ

    SENAI/DN.Metrologia e instrumentao aplicadas a petrleo e gs / SENAI/DN [e]

    SENAI/RJ. Braslia : SENAI/DN, 2012.128 p. : il. ; 29,7 cm. (Srie Petrleo e Gs).

    ISBN 978-85-

    1. Indstria petroqumica. 2. Metrologia. I. SENAI/RJ. II. Servio Nacionalde Aprendizagem Industrial. III. Ttulo. IV. Srie.

    CDD: 665.5

    S491m

    SedeSetor Bancrio Norte Quadra 1 Bloco C Edifcio RobertoSimonsen 70040-903 Braslia DF Tel.: (0xx61) 3317-9001Fax: (0xx61) 3317-9190 http://www.senai.br

    SENAIServio Nacional deAprendizagem IndustrialDepartamento Nacional

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    Lista de ilustraes

    Figura 1 Controle da unidade de processo de uma renaria de petrleo 11

    Figura 2 Smbolos e nmeros formam as grandezas fsicas 15

    Figura 3 Paqumetro 29

    Figura 4 Termmetro de dilatao de lquidos 29

    Figura 5 Exemplo de erro aleatrio 32

    Figura 6 Na plataforma de petrleo, a instrumentao necessria 43

    Figura 7 Exemplo de rede com tecnologia Hart 44

    Figura 8 Exemplo de rede Fieldbus 45

    Figura 9 Tipo coluna reta 49

    Figura 10 Tipo coluna em U 50

    Figura 11 Tipos de Bourdon 51Figura 12 Manmetro C 52

    Figura 13 Manmetro de Fole 53

    Figura 14 Manmetro de diafragma 53

    Figura 15 Manmetro com contato eltrico 54

    Figura 16 Manmetro de selo 55

    Figura 17 Tipos de sifo 55

    Figura 18 Fitas extensiomtricas 56

    Figura 19 Sensor Piezoeltrico 57

    Figura 20 Sensor Capacitivo 58Figura 21 Temperatura x presso 61

    Figura 22 Exemplo de norma da ABNT 62

    Figura 23 Termmetro de capela 63

    Figura 24 Termmetros de dilatao 64

    Figura 25 Termmetro bimetlico 65

    Figura 26 Termopar com indicador 65

    Figura 27 Efeito Seebeck 67

    Figura 28 Efeito Peltier 67

    Figura 29 Lei dos circuitos monogneos 69

    Figura 30 Leis dos metais intermedirios 69Figura 31 Juntas de referncia 72

    Figura 32 Vantagens dos termopares de isolao mineral 74

    Figura 33 Associao de termopares em srie 76

    Figura 34 Associao em srie oposta 76

    Figura 35 Esquema da associao em paralelo 77

    Figura 36 Sensor Pt100 com mianga de xido de magnsio com bainha 79

    Figura 37 Sensor Pt100 79

    Figura 38 Termorresistncias com mianga 80

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    Figura 39 Ponte de wheatstone 81

    Figura 40 Ponte de wheatstone com termorresistncia a dois os 81

    Figura 41 Ponte de wheatstone com termorresistncia a trs os 82

    Figura 42 Tipos de escoamento 86

    Figura 43 Placa de orifcio 88

    Figura 44 Placa de orfcio numa tubulao 88

    Figura 45 Tubo Venturi 89

    Figura 46 Tubo de Pitot 89

    Figura 47 Medidor de vazo tipo turbina 90

    Figura 48 Medidor de vazo (Coriolis) 91

    Figura 49 Rgua e gabarito 92Figura 50 Visor de nvel tubular e vidro plano 93

    Figura 51 Visor de nvel plano 93

    Figura 52 Medidor de nvel utilizando boia 94

    Figura 53 Medidor por presso diferencial 94

    Figura 54 Medidor de nvel capacitivo 95

    Figura 55 Medidor de nvel de ultrassom 96

    Figura 56 Ponte de wheatstone 97

    Figura 57 Vlvula de processo 98

    Figura 58 Malha aberta 100Figura 59 Malha fechada 100

    Figura 60 Controlador 101

    Figura 61 Vlvula de controle 102

    Figura 62 Tipos de controle 104

    Figura 63 Medidor com clula de zircnio clula com prisma 105

    Figura 64 Medidor com clula de zircnio 105

    Figura 65 Grcos do analisador de oxignio (O2) 106

    Figura 66 Controle feedback 107

    Figura 67 Controle em cascata 108

    Figura 68 Controle de relao 109Figura 69 Controle Split-Range 110

    Figura 70 Fluxograma de reduo de riscos 111

    Figura 71 Escala de instrumento analgico 111

    Figura 72 Registrador 112

    Figura 73 Transmissor 112

    Figura 74 Vlvula conversora 112

    Figura 75 Controladores 113

    Figura 76 Curva caracterstica do erro de histerese 115

    Figura 77 Malha de processo 120

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    Sumrio

    1. Introduo 11

    2. Sistemas de grandezas (mtrico, ingls) 15

    2.1 Introduo metrologia dimensional 17

    2.2 Converso de unidades 22

    2.3 Mltiplos, submltiplos 24

    2.4 Instrumentos de medidas (medidas lineares) 27

    2.5 Noes de normas e legislao aplicada metrologia 40

    3 Instrumentao bsica 43

    3.1 Bsico de instrumentao 43

    3.2 Medio de Presso 45

    3.3 Temperatura 59

    3.4 Medio de vazo Princpios e denies 83

    3.5 Nvel 91

    3.6 Elementos nais de controle 98

    3.7 Analisadores de Gases 104

    3.8 Tipos de malhas de processo 107

    4. Fluxogramas 111

    4.1 Caractersticas gerais de instrumentos utilizados nas

    indstrias de Petrleo, Qumica, Farmacutica, Alimentos e Siderrgica 111

    4.2 Terminologia utilizada em instrumentao que

    dene caractersticas estticas e dinmicas dos instrumentos 113

    4.3 Simbologia 116

    4.4 Malha de processo Identicao de instrumentao 119

    Referncias 123

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    Introduo

    JosMarianoSoares

    PintoCoelho

    Figura 1 Controle da unidade de processo de uma renaria de petrleo

    1

    Este livro tem como nalidade apresentar de forma rpida os equipamentos e os processos, uti-

    lizados na indstria de petrleo. Acompanhe alguns dos assuntos que sero abordados a seguir.

    MEDIO

    Contedo em que ter uma viso das prticas de

    medio, dos instrumentos de medio utilizados e das

    variveis de processo. Acompanhe no quadro ao lado.

    MEDIO DE VAZO Voc saber como feita a

    medio de vazo em petrleo e gs e os princi-

    pais instrumentos utilizados.

    MEDIO DE PRESSO Voc conhecer as tcni-

    cas de medio de presso nos poos de petr-

    leo e os instrumentos empregados.

    PressoTemperaturaNvelVazoControle de processoAnlise de gasesProtocolos empregados na

    comunicao dos instrumentosde medidas como: ProtocoloHart e Protocolo Fieldbus)

    Os instrumentos que so utiliza-dos em plataformas de extraode petrleo e em renarias

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    METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS12

    1PETROLFERA

    Indstria de petrleo.

    MEDIO DE NVEL Voc poder conhecer as tcnicas de medio do nvel

    dos tanques abertos e dos tanques fechados. Tambm car sabendo como

    feito o armazenamento de Petrleo e Gs.

    MEDIO DE TEMPERATURA Voc vai descobrir como os sensores so utiliza-

    dos na indstria de petrleo e gs.

    MEDIO DE GASES Neste item voc ver que se trata de uma operao

    realizada com o emprego de clulas especiais.

    METROLOGIA Voc vai conhecer as tcnicas de calibrao, conceitos e estabe-

    lecimento de tratamentos estatsticos. Depois de aprender as tcnicas voc vai

    descobrir que a indstria de Petrleo e Gs utiliza essas medidas na obteno

    de certicados de calibrao para garantir a conabilidade do que foi medido.CONTROLE DE PROCESSO Com este conceito voc vai identicar as princi-

    pais tcnicas utilizadas pelos controladores nas plataformas e renarias de

    Petrleo e Gs.

    Metrologia e Instrumentao Aplicadas a Petrleo e Gs

    COMPONENTES CURRICULARESCARGAHORRIA

    Mdulo Bsico

    MduloEspeccoProssional(1 Etapa)

    MduloEspeccoProssional(2 Etapa)

    CARGA HORRIA TOTAL: TCNICO EM PETRLEO E GS: 1.200H

    Fundamentos Tcnicos e Cientcos de Petrleo e Gs

    Comunicao/Informtica 32hFundamentos da Indstria de Petrleo e Gs 60h

    QSMS 24hMetrologia e InstrumentaoAplicadas a Petrleo e Gs 80h

    Qumica Aplicada ao Petrleo e Gs 80h

    Fsica Aplicada ao Petrleo e Gs 80h

    Operao de Sistema Produtivo na Cadeia de Petrleo e Gs

    Explorao On-shore e Off-shore 160h

    Tecnologias do Sistema Produtivo On-shore e Off-shore 160h

    Processamento do Petrleo e Gs 100h

    Logstica e Manuteno da Cadeia de Petrleo e Gs 64h

    Planejamento e Atividade na Cadeia de Petrleo e Gs

    Gesto de Pessoas 40h

    Gesto da Produo 80h

    Controle da Qualidade de Insumos, Produtos e Processosna Cadeia de Petrleo e Gs

    Ensaios Analticos na Cadeia de Petrleo e Gs 80h

    Avaliao de Desempenho de Insumos,Produtos e Processos 60h

    Manuteno em Sistemas Produtivos naCadeia de Petrleo e Gs

    Manuteno Industrial 100h

    356h

    484h

    360h

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    Anotaes:

    1 INTRODUO

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    A norma ABNT NBR ISO31-11:2006 adota um sistema de grandezas fsicas. Ele est estrutura-

    do em sete grandezas. Conra no quadro a seguir.

    Sistemas de grandezas

    2

    Figura 2 Smbolos e nmeros formam as grandezas fsicas

    Comprimento

    Massa

    Tempo

    Intensidade de corrente eltrica

    Temperatura termodinmica

    Quantidade de matria

    Intensidade luminosa In-Flio/PaulaMoura

    Basicamente, quando falamos de sistema de grandeza podemos pensar em dois sistemas:

    Sistema mtrico Sistema ingls

    S =n 1

    k = 1 (Xk X)2

    In-Flio/Cri

    sMarcela

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    16METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    SISTEMA MTRICO

    Este sistema utiliza o metro como padro. O termo metro teve origem na pala-vra grega Metron que signica medir.

    No Brasil, o sistema mtrico foi implantado pela Lei Imperial n 1.157, de 26 de

    junho de 1862. Esta lei estabeleceu um prazo de dez anos para que os padres an-

    tigos fossem inteiramente substitudos.

    O metro a que se refere a Lei foi denido como sendo a distncia entre os dois

    extremos da barra de platina, depositada nos arquivos da Frana e apoiada nos

    pontos de exo mnima na temperatura de zero grau Celsius.

    SISTEMA INGLS

    O sistema ingls tem como padro a jarda. Esse termo tem origem na palavra

    inglesa Yard que signica vara. uma referncia ao uso de varas nas medies. Es-

    se padro foi criado por alfaiates ingleses. No sculo XII, em consequncia da sua

    grande utilizao, esse padro foi ocializado pelo rei Henrique I. A jarda teria si-

    do denida, ento, como a distncia entre a ponta do nariz do rei e a de seu pole-

    gar, com o brao esticado.

    As relaes existentes entre a jarda, o p e a polegada tambm foram institu-

    das por leis, nas quais os reis da Inglaterra xaram que:

    1 jarda = 3 ps = 36 polegadas

    1 polegada = 25,4 mm

    1 p = 12 polegadas

    1 milha terrestre = 1.760 jardas = 5.280 ps

    A polegada, unidade adotada pelo sistema ingls, em mecnica, pode ser re-

    presentada por dois sistemas:

    Sistema binrio (fracionrio) Sistema decimal

    O sistema binrio (fracionrio) caracteriza-se pela maneira de sempre dividir

    por dois a unidade e as suas fraes. Assim, obtm-se, da polegada, a seguinte s-

    rie decrescente:

    1", , , , , , ,1 1 1 1 1 1 12" 4" 8" 16" 32" 64" 128"

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    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS17

    O sistema decimal caracteriza-se por ter, sempre, no denominador da frao,

    uma potncia de base dez, como mostra a srie:

    Os termos milsimo e dcimo de milsimo de polegada so os mais utilizadosna prtica. Nas medies em que se requer maior exatido, utiliza-se a diviso de

    milionsimos de polegada, tambm chamada de micropolegada. Em ingls, mi-

    cro inch. representado por inch.

    Exemplo: 0,000001 = 1 inch

    2.1 INTRODUO METROLOGIA DIMENSIONAL

    Metrologia a cincia da medio, veremos ver a seguir alguns conceitos que

    sero empregados ao longo deste livro.

    Nos laboratrios de metrologia necessrio controlar aentrada de pessoas, a temperatura e a umidade relativa do ar.A indstria de petrleo e as refinarias necessitam deinstrumentos de medidas calibrados e com confiabilidademetrolgica.

    = =

    ==

    =

    = 1 "1"1

    1"10

    = 0,001"1" 1"103 1000

    = 0,0001"1" 1"104 10000

    = 0,1"1" 1"101 10

    = 0,01"1" 1"102 100

    In-Flio/PaulaMoura

    Metrologia legal

    Metrologia cientca

    Calibrao

    Controle metrologia

    Medir

    Medio

    Grandeza

    Ajuste

    Exatido de medio

    Incerteza de medio

    Erro de medio

    Erro aleatrio

    Erro sistemtico

    Padro

    Conra na pgina seguinte a denio de cada um desses conceitos.

    VOCSABIA?

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    18METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    In-Flio/Pa

    ulaMoura

    Metrologia legal Parte da metrologia que se refere s exigncias legais,

    tcnicas e administrativas, relativas s unidades de medida, aos mtodosde medio, aos instrumentos de medir e s medidas materializadas.

    Metrologia cientca Refere-se s unidades de medida e seus padres,assim como estabelecimento, reproduo, conservao e transmisso dos

    dados. Seu objetivo a padronizao das unidades no mais alto nvel,

    pesquisando processos para a medio de grandezas e encarregando-se,

    tambm, de sua normatizao, sistematizao e aprimoramento.

    Calibrao o confronto de um instrumento de medio com umpadro. Os instrumentos de medida utilizados nas renarias e

    plataformas de petrleo so calibrados e emitido um certicado de

    calibrao.

    Controle metrologia So operaes que visam assegurar a garantiapblica nos principais campos da metrologia legal.

    Medir o procedimento experimental pelo qual o valor momentneode uma grandeza fsica determinado como um mltiplo e/ou frao de

    uma unidade estabelecida por um padro.

    Medio o conjunto de operaes que tem como objetivo determinarum valor para uma grandeza.

    Grandeza Atributo de um fenmeno, corpo ou substncia que pode serqualitativamente distinguido e quantitativamente determinado.

    Ajuste Operao destinada a fazer com que um instrumento demedio tenha desempenho compatvel com seu uso.

    Exatido de medio Grau de concordncia entre o resultado de umamedio e um valor verdadeiro do mensurando. Em ingls, o termo

    accuracy of measurement.

    Incerteza de medio Parmetro, associado ao resultado de umamedio, que caracteriza a disperso dos valores que podem ser

    fundamentadamente atribudos a um mensurando.

    Erro de medio Resultado de uma medio menos o valor verdadeirodo mensurando. Uma vez que o valor verdadeiro no pode ser

    determinado, utiliza-se na prtica, um valor verdadeiro convencional.

    Erro aleatrio o resultado de uma medio menos a mdia queresultaria de um innito nmero de medies do mesmo mensurando,

    efetuadas sob condies de repetitividade. Observaes:

    1.O erro aleatrio igual ao erro menos o erro sistemtico.

    2. Em razo de que apenas um nito nmero de medies pode ser feito, possvel apenas determinar uma estimativa do erro aleatrio.

    Erro sistemtico Mdia que resultaria de um innito nmero demedies do mesmo mensurando, efetuadas sob condies de

    repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.

    Padro Medida materializada, instrumento de medio, material de

    referncia ou sistema de medio destinado a denir, realizar, conservarou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza,

    para servir como referncia.

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    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS19

    Acompanhe em seguidaos diversos padrescom suas denies:

    Padro primrio

    Padro secundrio

    Padro internacional

    Padro nacional

    Padro de trabalho

    Padro primrioPadro que designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais

    altas qualidades metrolgicas e cujo valor aceito sem referncia a outros

    padres de mesma grandeza.

    Padro secundrioPadro cujo valor estabelecido por comparao a um padro primrio

    da mesma grandeza.

    Padro internacional

    Padro reconhecido por um acordo internacional, servindo como basepara estabelecer valores a outros padres da grandeza a que se refere.

    Padro nacionalPadro reconhecido por uma deciso nacional para servir, em um pas, como

    base, com a nalidade de estabelecer valores a outros padres da grandeza a

    que se refere.

    Padro de trabalhoPadro utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas mate-

    rializadas, instrumentos de medio ou materiais de referncia.

    Rastreabilidade

    Propriedade do resultado de uma medio ou do valor de um padro que es-

    teja relacionado s referncias estabelecidas. Geralmente padres nacionais ou in-

    ternacionais, por meio de uma cadeia contnua de comparaes, todas tendo in-

    certezas estabelecidas.

    Instrumentao

    o conjunto de tcnicas e instrumentos usados para observar, medir, registrar,

    controlar e atuar em fenmenos fsicos. A instrumentao preocupa-se com o es-

    tudo, desenvolvimento, aplicao e operao dos instrumentos.

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    20METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Sistema internacional de medio

    Sistema coerente de unidades adotado e recomendado pela Conferncia Ge-ral de Pesos e Medidas (CGPM). Desde 3 de maio de 1978, pelo Decreto n 81.621,

    o Brasil adota o Sistema Internacional de Unidades (SI). O Sistema baseado, atual-

    mente, nas sete unidades de base. Veja a relao abaixo:

    GRANDEZA UNIDADE SMBOLO

    Padres dereferncia

    Padres detransferncia

    Padres detrabalho

    Hierarquia de padres

    Os padres, independentemente da organizao a que pertencem, seja um la-

    boratrio industrial ou laboratrio de um instituto de pesquisa de alta tecnologia,

    devem, internamente, ser classicados em:

    Comprimento

    Massa

    Tempo

    Corrente eltrica

    Temperatura termodinmica

    Quantidade de matria

    Intensidade luminosa

    metro

    quilograma

    segundos

    ampre

    Kelvin

    mol

    candela

    m

    kg

    s

    A

    K

    mol

    cd

    Padroprimrio

    Padrosecundrio

    Padro tercirio(indstria )

    Unidades bsicas do sistema

    Hierarquia dos laboratrios metrolgicos

    Esta classicao permite estabelecer a disseminao dos valores das grande-

    zas estabelecidas pelo Sistema Internacional de Unidades, desde a sua denio,

    o desenvolvimento do fenmeno fsico escolhido por acordo internacional, at as

    mais simples aplicaes do processo de medio na cadeia produtiva.

    A preciso das medidas difere largamente entre os diversos nveis da hierarquia

    dos laboratrios metrolgicos. Esta hierarquia possui os seguintes nveis:

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    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS21

    In-Flio/PaulaMoura

    No entanto, periodicamente, so

    realizados programas interlaboratoriaispara estabelecer a disperso com

    que a grandeza denida

    internacionalmente, eles so denidos

    nos vrios institutos internacionais que

    participam do Bir Internacional de

    Pesos e Medidas (BIPM).

    Fomos chamados para vericar um problema em um transmissor de tem-

    peratura, de uma plataforma de extrao de petrleo. No instrumento TT

    2201T02, o operador alegava defasagem de medio. Na sala de controle, a

    indicao do transmissor era de 82,25C.

    O operador estava utilizando um termmetro de 4 dgitos, com um sen-

    sor termopar, tipo J manual, ele armou que mediu durante uma hora e que

    o termmetro tinha certicado de calibrao, tendo observado que a tem-

    peratura do tanque estava errada (temperatura medida: Ter 002 78,70C).

    Foi solicitada uma PT (Permisso de Trabalho), em funo da defasagem de

    2,55 C. A temperatura mxima do tanque de 90C (no processo) e a tole-

    rncia do processo 0,5%, o que d uma temperatura de 0,45C, muito

    acima do erro. Foi medida a temperatura do sensor que, na ocasio, marca-

    va 82,30 C. O transmissor foi calibrado e no foi encontrado erro de medi-

    o. Solicitamos ao operador o certicado de calibrao do termmetro e

    constatamos que o termmetro estava com o certicado vencido. Ento, o

    termmetro foi encaminhado para a calibrao, onde se vericou o erro na

    medio. O termmetro foi calibrado e comunicamos, a operao que sutilizasse termmetros com validade de calibrao.

    CASOS E RELATOS

    Os padres primrios nacionais so calibrados em relao aos padres prim-

    rios internacionais. No pice desta hierarquia teramos um impasse, pois no sa-

    beramos quem deveria calibrar os padres de referncia internacionais.

    Como estes padres so denidos por acordo internacional, eles so adotados

    por conveno, levando em conta o fato de que a realizao do fenmeno fsico

    que dene a grandeza no est sujeita aos erros comumente identicados nos ou-

    tros padres.

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    24/130

    22METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    2.2 CONVERSO DE UNIDADES

    Unidades usadas no Brasil

    UNIDADES SMBOLO GRANDEZA

    Metro

    Metro quadrado

    Metro cbico

    Quilograma

    Litro

    Mililitro

    Quilmetro

    Metro por segundo

    Hora

    Minuto

    Segundo

    Grau Celsius

    Kelvin

    Hertz

    Newton

    Pascal

    Watt

    Ampre

    Volt

    Candela

    Mol

    m

    m2

    m3

    kg

    l

    ml

    km

    m/s

    h

    min

    s

    C

    K

    Hz

    N

    Pa

    W

    A

    V

    Cd

    Mol

    Comprimento

    rea

    Volume

    Massa

    Volume ou Capacidade

    Volume ou Capacidade

    Comprimento (distncia)

    Velocidade

    Tempo

    Tempo

    Tempo

    Temperatura Celsius

    Temperatura

    Frequncia

    Fora

    Presso

    Potncia

    Corrente eltrica

    Tenso eltrica

    Intensidade luminosa

    Quantidade de matria

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    25/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS23

    Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente daquela que se es-

    t utilizando, ela deve ser convertida, ou seja, precisamos mudar a unidade da me-

    dida. Por conta disso, para converter polegada em milmetro necessitamos de umainformao precisa. Acompanhe com ateno!

    UNIDADE DE PRESSO

    Pa (N/m2) cm.H2Opsi mmHgkgf/cm2 pol.Hgpol.H2O atm bar

    1

    9,8064 x 10-4

    6,8948 x 103

    249,08

    98,064

    3,3864 x 103

    133,32

    1,0133 x 105

    1 x 105

    0,010197

    1000

    70,31

    2,540

    1

    34,53

    0,001359

    1033

    1019,7

    1,45 x 10-4

    14,22

    1

    0,03613

    0,01422

    0,4912

    0,01934

    14,69

    14,504

    7,501 x 10-3

    735,6

    51,71

    1,868

    0,7356

    25,40

    1

    760,0

    750,06

    1,0197 x 10-5

    1

    0,07031

    0,00254

    0,0010

    0,03453

    0,00136

    1,033

    1,0197

    2,953 x 10-4

    28,96

    2,036

    0,07355

    0,02896

    1

    0,03937

    29,92

    29,53

    4,0147 x 10-3

    393,7

    27,68

    1

    0,3937

    13,5951

    0,5352

    406,79

    401,47

    9,8692 x 10-6

    0,9678

    0,06805

    0,00246

    9,678 x 10-4

    0,03342

    0,00132

    1

    0,98692

    1 x 10-5

    0,98069

    0,06895

    0,0249

    9,8064 x 10-4

    0,03386

    1,3332 x 10-3

    1,0133

    1

    CONVERSO DE UNIDADES DE PRESSO

    Em presso podemos usar vrios tipos de unidades de presso. No sistema SI,

    a unidade usada o Pascal (Pa). Observe alguns exemplos de unidades:

    Pa, kgf/cm2, mHg, mH2O, lbf/pol2(Psi), atm e bar

    In-Flio/PaulaMoura

    Sabendo-se que uma polegada mede

    25,4mm, a converso de polegada

    decimal em milmetro ou de polegada

    binrio em milmetro feita quando

    multiplicamos o valor da polegada

    decimal ou binrio por 25,4mm.

    Tabela de converso de presso

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    26/130

    24METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    2.3 MLTIPLOS E SUBMLTIPLOS

    Resistncia eltrica

    SUBMLTIPLOS

    SUBMLTIPLOS/MLTIPLOS

    UNIDADE

    UNIDADE

    UNIDADE

    SMBOLO

    VALOR

    VALOR

    FATOR DEMULTIPLICAO

    Miliohm

    Mltiplos

    Quiloohm

    Megaohm

    Gigaohm

    microvolt

    milivolt

    volt

    quilovolt

    megavolt

    m

    Unidade

    k

    M

    G

    V

    mV

    V

    kV

    MV

    10-3

    Valor

    103

    106

    109

    106V

    103V

    1 V

    103V

    106V

    Tabela de converso baseada no Sistema Internacional de Unidades (SI)

    Tenso eltrica

    exametro

    petametro

    terametro

    gigametro

    megametro

    quilmetro

    hectmetro

    decmetro

    metro

    decmetro

    centmetro

    milmetro

    micrometro

    nanometro

    picometrofemtometro

    attometro

    Em

    Pm

    Tm

    Gm

    Mm

    km

    hm

    dam

    m

    dm

    cm

    mm

    m

    nm

    pmfm

    am

    1018= m

    1015= m

    1012= m

    109= m

    106= m

    103= m

    102= m

    101= m

    1 = m

    101= m

    102= m

    103= m

    106= m

    109= m

    1012= m1015= m

    1018= m

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    27/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS25

    Ampre

    Potncia eltrica

    SUBMLTIPLOS/

    MLTIPLOS

    SUBMLTIPLOS/MLTIPLOS

    UNIDADE

    UNIDADE

    VALOR

    VALOR

    Picoampre

    Nanoampre

    Microampre

    Miliampre

    Ampre

    Quiloampre

    Mega-ampre

    microwatt

    miliwatt

    watt

    quilowatt

    megawatt

    pA

    A

    A

    mA

    A

    kA

    MA

    W

    mW

    W

    kW

    MW

    1012A

    109A

    106A

    103A

    1

    103A

    106A

    106W

    103W

    1

    103W

    106 W

    Unidades e padres

    In-Flio/PaulaMoura

    Para realizar uma medio necessrio identicar aexistncia da unidade,estabelecida por um padro,segundo uma convenoprpria, regional, nacional ouinternacional.

    Estabeleceu-se, em 1960, atravsdo Bureau Internacional dePesos e Medidas (BIPM), umconjunto coerente de unidades:o Sistema Internacional deUnidades (SI), que consta dasunidades de base, unidadesderivadas e unidadessuplementares.

    O SI deniu sete grandezasfsicas independentes e

    estabeleceu para cada grandezaum valor unitrio, identicadoatravs de um padro.

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    28/130

    26METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    GRANDEZA

    FUNDAMENTAL

    GRANDEZA

    DEFINIO

    UNIDADE

    UNIDADE

    SMBOLO

    SMBOLO

    EXPRESSOEM UNIDADESDE BASE

    Comprimento

    Massa

    Tempo

    Corrente eltrica

    Temperatura

    termodinmica

    Intensidade

    luminosa

    Quantidade de

    matria

    rea

    Volume

    Massa especca

    Vazo

    Velocidade

    Concentrao de substncia

    Volume especco

    Luminncia

    metro quadrado

    metro cbico

    quilograma/metro cbico

    metro cbico/segundo

    metro /segundo

    mol/metro cbico

    metro cbico/quilograma

    candela/ metro quadrado

    metro

    quilograma

    segundo

    ampre

    kelvin

    candela

    mol

    m2

    m3

    kg/m3

    m3/s

    m/s

    mol/m3

    m3/kg

    cd/m2

    m

    kg

    s

    A

    K

    cd

    mol

    Unidades derivadas

    m2

    kg/m3

    kg/m3

    m3/s

    m/s

    mol/m3

    m3/kg

    cd/m2

    Metro o comprimento do trajeto percorrido

    pela luz no vcuo, durante um intervalo de

    tempo de 1/299792458.

    O quilograma a massa representada pelo

    prottipo internacional do quilograma,

    conservado no BIPM, em Sves, Frana.

    O segundo a durao de 9192631770

    perodos, da radiao correspondente

    transio entre dois nveis hipernos

    do estado fundamental, do tomode csio 133.

    Corrente eltrica invarivel que mantida em

    dois condutores retilneos, paralelos, de

    comprimento innito e de rea de seo

    transversal desprezvel e situados no vcuo a

    um metro de distncia um do outro produz

    entre esses condutores uma fora igual a 2 x

    103Newton, por metro de comprimento

    desses condutores.

    Frao 1/273, 16 da temperatura

    termodinmica do ponto trplice da gua.

    Intensidade luminosa, numa direo dada, de

    uma fonte que emite uma radiao

    monocromtica de frequncia 540 x 1012hertz

    e cuja intensidade energtica naquela direo

    1/683 watt por esferorradiano.

    O mol a quantidade de matria de um

    sistema que contm tantas entidades

    elementares, quantos so os tomos contidos

    em 0,012 quilograma de carbono.

    Grandezas fsicas

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    29/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS27

    2.4 INSTRUMENTOS DE MEDIDA (MEDIDAS LINEARES)

    CALIBRAO DE INSTRUMENTOS DE MEDIDA

    Este procedimento se aplica a qualquer instrumento a ser calibrado. Acompa-

    nhe os itens que compem este procedimento:

    In-Flio/PaulaMoura

    Atividades: Execuo nas calibraes

    Responsabilidade: MetrologistaSuperviso: Gerente tcnico

    Temperatura VibraoUmidade

    Relativa do Ar

    As escalas tero valores reais e mais ou menos um percentual de medio.

    O laboratrio ter que atender s condies:

    Uma boa iluminao, ambiente limpo e arejado.

    No poder haver trnsito de pessoas estranhas em seu interior.

    Os padres no podero sair do laboratrio.

    O metrologista dever ser treinado periodicamente.

    O procedimento de calibrao ter que ser revisado periodicamente.

    Condies ambientais

    As condies ambientais devem atender ao processo de calibrao.

    Veja quais so elas:

    Os instrumentos aserem calibrados

    devero serlimpos e isentosde graxa.

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    30/130

    28METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    MEDIO

    Podemos dizer que as medidas resultam de um processo em que as entradas(os fatores metrolgicos) so identicadas como amostras: mtodo, operador, equi-

    pamento, condies ambientais em uma medida. Dessa maneira, pode-se enten-

    der medida como o produto do processo de medio e, nesse sentido, a sua qua-

    lidade o resultado do processo gerencial.

    Assim, antes de utilizar uma medida como informao, relevante para qualquer

    tomada de deciso, necessrio estudar o processo de medio, de modo a co-

    nhecer todas as fontes de variao associadas aos fatores metrolgicos.

    A este estudo chamamos metrologia.

    PROCESSO DE MEDIO

    Medir o procedimento experimental pelo qual o valor momentneo de uma

    grandeza fsica (grandeza a medir GM) determinado como o mltiplo ou frao

    de uma unidade , estabelecida por um padro, e reconhecida internacionalmente.

    A operao de medio (Sistema de Medio SM) denominada:

    Instrumento de medio (pequeno porte)

    Mquina de medir (em forma de mquina)

    Medidor de temperatura

    A medida obtida pela aplicao dos chamados parmetros caractersticos do

    SM leitura. Estes parmetros devem ser de conhecimento do metrologista, an-

    tes do incio da operao de calibrao. Podem ser expressos atravs de constan-

    tes, aditivas, multiplicativas, equaes lineares ou no lineares, tabelas ou grcos.

    Equipamentos

    Amostra

    Operador

    Mtodo

    CondiesAmbientais

    Medida

    In-Flio/PaulaMoura

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    31/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS29

    Figura 3 Paqumetro

    SISTEMAS DE MEDIO

    Os diversos sistemas de medio revelam a existncia de trs elementos fun-

    cionais bem denidos e que se repetem com grande frequncia.

    TransdutorUnidade de

    tratamento de sinalIndicador

    ReceptorIndicador ouregistrador

    Unidade detratamento

    de sinaisTransdutor

    GRANDEZA A MEDIR

    Todo trabalho ter que ser feito com a maior segurana.Sem utilizar os EPIs, em caso de acidente voc ser o maiorprejudicado.

    FIQUEALERTA

    O transdutor o mdulo de SMque est em contato

    com a grandeza a medir. O transdutor transforma a gran-

    deza em sinal eltrico proporcional, segundo uma funo

    de transferncia, e denominado de sensor. O sinal gera-

    do no transdutor enviado, via cabo, para a unidade de

    tratamento de sinal, que amplica e entrega ao indicador,

    produzindo uma leitura da unidade. O termmetro possui

    os trs elementos funcionais. A temperatura a ser medida

    absorvida pelo lquido, no interior do bulbo que o trans-

    dutor; o tubo capilar amplica este sinal (transforma a varia-

    o volumtrica em uma variao da coluna do uido). O in-

    dicador formado pela coluna do lquido contra a escala.Figura 4 Termmetro

    de dilatao de lquidos

    In-Flio/StelaMartins

    In-Flio/CrisMarcela

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    32/130

    30METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    E = M VV

    RESOLUO DA MEDIO

    A medida, obtida de SM, sempre expressa por meio de um nmero e a uni-dade de medida. O trabalho de medio no termina com a obteno da medida.

    Neste ponto, que se inicia o trabalho do metrologista. Ele dever checar a infor-

    mao denominada resultado da medio.

    O resultado da medio (RM) expressa o que se pode determinar como sendo

    o valor da grandeza a medir. Ele composto de duas parcelas:

    O chamado resultado base (RB), que corresponde ao valor da faixa quedeve situar o valor verdadeiro da grandeza medida.

    E a incerteza do resultado (IR) que exprime a faixa de dvida ainda pre-sente no resultado, provocadas por erros presentes noSM, variaes da

    grandeza medir.

    Assim, o resultado da medio expresso pela relao

    RM = RB IR unidade

    O procedimento de determinao do RM realizado baseado nos itens a seguir:

    Conhecimento aprofundado do processo que dene a grandeza a sermedida.

    Conhecimento do sistema de medio (caractersticas metrolgicas eoperacionais).

    Bom senso.

    ERRO DE MEDIO

    O erro de medio caracterizado como a diferena entre o valor efetivamen-

    te medido por umSMe o valor verdadeiro desta grandeza.

    Onde

    E erro de medioM medida

    VV valor verdadeiro

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    33/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS31

    Na prtica, o valor verdadeiro desconhecido, usamos o valor verdadeiro con-

    vencional (vv), como o valor conhecido com erro no superior a um dcimo do er-

    ro de medio esperado.

    Para eliminar o erro de medio necessrio empregar um SMperfeito sobre

    a grandeza a medir, perfeitamente denida e estvel. Na prtica, no se consegue

    um SMestvel. Portanto, impossvel eliminar o erro de medio do valor.

    Contundo, mesmo sabendo da existncia do erro de medio, ainda possvel

    obter informaes conveis.

    TIPOS DE ERRO

    Para melhor entender o erro de medio, podemos considerar o erro como al-

    go composto de trs parcelas:

    Onde

    VVC= valor verdadeiro convencionalE = M VVC

    Erro grosseiro (Eg) Geralmente, decorrente do mau uso ou mau funcio-

    namento de SM. Pode ocorrer em funo de leitura errnea, operao indevi-

    da ou dano do SM. Seu valor totalmente imprevisvel, porm, a sua existn-

    cia facilmente detectvel.

    Erro sistemtico (Es) uma parcela de erro sempre presente nas medies

    realizadas em idnticas condies de operao. Um indicador com ponteiro

    torto um exemplo clssico de erro sistemtico, que sempre se repetir

    enquanto o ponteiro estiver torto.

    Tanto pode ser causado por problema de ajuste ou desgaste do sistema de me-

    dio, quanto por fatores construtivos. Pode ainda ser inuenciado por fatores ex-

    ternos, como as condies ambientais. O erro sistemtico, embora se repita se a me-

    dio for realizada em condies idnticas, geralmente no constante ao longo de

    toda faixa em que o SMpode operar.

    E = Eg + Es + Ea

    Onde

    E = Erro de medio

    Eg= Erro grosseiro

    Es= Erro sistemtico

    Ea= Erro eleatrio

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    34/130

    32METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Erro aleatrio Quando uma medio repetida diversas vezes, nas mes-

    mas condies observam-se variaes nos valores obtidos. Em relao ao

    valor mdio, nota-se que estas variaes ocorrem de forma imprevisvel,tanto nos valores acima quanto nos que esto abaixo do valor mdio.

    Diversos fatores contribuem para o surgimento do erro aleatrio. A existncia

    de folga interna em instrumentos mecnicos, ou problemas nas condies am-

    bientais, podem, por exemplo, contribuir para o aparecimento deste tipo de erro.

    Figura 5 Exemplo de erro aleatrio

    O erro aleatrio o erro encontrado nos instrumentos emvirtude de folga no mecanismo.

    VOCSABIA?

    CONCEITOS DE PROBABILIDADE

    Existem funes cujo comportamento perfeitamente previsvel. Estas funes

    so denominadas determinsticas. A funo f(x) =2x 4 uma funo determins-

    tica, desde que seu valor esteja perfeitamente caracterizado quando x denido.

    A funo determinstica muito empregada em modelos matemticos idealizados.

    36VIM

    Vocabulrio Internacional

    de Metrologia

    In-Flio/CrisMarcela

    A

    C

    B

    D

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    36/130

    34METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    O procedimento a ser adotado mostrado a seguir:

    1. Executar um nmero nde medies

    2. Calcular o desvio padro das medies

    3. Calcular a incerteza (conforme utilizao).

    Adotando-se valores individuais (situao mais crtica):

    S =n 1

    k = 1n

    (Xk X)2

    u =

    n

    u =s

    Adotando-se mdias dos valores (quando consideramos a mdia como o resul-

    tado das medies):

    Incerteza Tipo B(uB)

    A incerteza do tipo B o mtodo de avaliao da incerteza realizado por ou-

    tros meios que no a anlise estatstica de uma srie de observaes. Segue abai-

    xo alguns exemplos de incertezas do tipo B.

    Dados de medies anteriores.

    Especicaes de fabricantes.

    Experincia na utilizao e vericao do comportamento do instrumen-to com tempo.

    Dados fornecidos em certicados de calibrao.

    Onde:

    s= Desvio padroXk= Resultado da medio atual

    X= Mdia dos resultados

    n = Nmero de medies

    k = ndice da medio atua

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    37/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS35

    INCERTEZA DECLARADA COM FATOR DE ABRANGNCIA K(NVEL DE CONFIANA) INFORMADO

    Alguns fabricantes fornecem, atravs dos manuais ou certicados de calibra-

    o, um valor de fator de abrangncia, que baseado no nvel de conana dos

    resultados fornecidos pelo instrumento, em que:

    k= 2: a incerteza declarada foi estimada para um nvel de conana de 95%

    k= 3: a incerteza declarada foi estimada para um nvel de conana de 99,73%

    Tanto a incerteza expandida quanto o fator de abrangncia so obtidos dos

    certicados de calibrao e a partir destes dois valores pode-se determinar o va-

    lor da incerteza padro (incerteza do tipo B), pois basta dividir o resultado da in-

    certeza expandida pelo fator de abrangncia.

    Tabela de Student

    NVEL DECONFIANA P

    T DE STUDENT

    90%

    95%99%

    1,64

    1,962,58

    LIMITES DE ERRO ESPECIFICADOS PELO FABRICANTE

    Em alguns casos o fabricante fornece apenas os limites de erro do equipamen-

    to de medio. Nestes casos, adota-se o seguinte procedimento:

    Calcular a que a mdia dos limites inferior e superiorCalcular a incerteza do tipo B pela expresso

    u =a

    3

    INCERTEZA GERADA POR EFEITOS SISTEMTICOS NO COMPENSADOS

    Em algumas situaes prticas os erros sistemticos no so compensados e a

    distribuio desses erros no simtrica, em relao a um ponto de referncia. Com

    isso, o clculo da incerteza ca mais difcil. Assim, para simplicar os clculos no

    cho de fbrica, contrariando o rigor matemtico, a incerteza de medio pode ser

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    38/130

    36METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    determinada atravs de uma distribuio retangular, em que usada a diferena

    entre o maior e o menor valor encontrado nas medies como numerador. Desta

    forma, temos a incerteza de medio determinada como indicada abaixo:

    Onde:

    Mi o maior valor encontrado

    Mj o menor valor encontrado

    u =Mi Mj

    3

    INCERTEZA DEVIDO RESOLUO DE UM INSTRUMENTO ANALGICO

    Nos sistemas com mostradores analgicos a resoluo terica zero. Entretan-

    to, em funo das limitaes do operador, da qualidade do dispositivo indicador

    e da prpria necessidade de se realizar leituras mais ou menos criteriosas, a reso-

    luo adotada (RA) pode ser:

    RA= Valor da diviso (VD), quando o mensurando apresentautuaes superiores ao prprio VD, ou no caso de

    tratar-se de uma escala grosseira ou de m qualidade.

    RA = VD/2, quando se tratar de SM de qualidade regular ouinferior; e/ou o mensurando apresentar utuaes

    signicativas; e/ou quando o erro de indicao direta

    no for crtico.

    RA = VD/5, quando se tratar de SM de boa qualidade (traos eponteiros nos, etc.) e a medio em questo tiver de ser

    feita criteriosamente.

    RA = VD/10, quando o SM for de qualidade, o mensurandoestvel, a medio for altamente crtica quanto a erros de

    indicao direta e a incerteza do SM for inferior ao VD.

    Considerando o que foi dito no pargrafo anterior, pode-se dizer que ao se uti-

    lizar um instrumento de medio analgico, o operador est sujeito ao erro de ar-

    redondamento, por conta da resoluo adotada para o sistema de medio. Em

    funo disto, durante o processo de medio, introduzida uma componente adi-

    cional de incerteza. Seu efeito de natureza aleatria e pode ser quanticado atra-

    vs dos limites mximos possveis, segundo uma distribuio retangular. Assim, o

    mximo erro de arredondamento decorre da resoluo adotada (RA) e a incerte-

    za de um instrumento analgico ser dada por:

    u =RA

    3

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    39/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS37

    INCERTEZA DEVIDO RESOLUO DE UM INSTRUMENTO DIGITAL

    Em alguns casos, devemos utilizar o valor da resoluo do instrumento (R) ecalcular a incerteza pela expresso:

    Isto aplicvel, por exemplo, quando o instrumento tiver o seu mostrador di-

    gital, em que o valor mostrado pode variar devido ao truncamento numrico.

    INCERTEZA DEVIDO INFLUNCIA DA TEMPERATURA

    Considerando que existem variaes de temperatura, mesmo num ambiente

    controlado, faz-se necessrio considerar a parcela de incerteza de medio decor-

    rente. Para este tipo de incerteza, assume-se uma distribuio triangular. Deve-se

    considerar a mxima variao de temperatura dentro dos limites de especicao,

    ou a mxima variao de temperatura possvel entre a pea e o sistema de medi-

    o, caso no seja feita a correo. Esta parcela de incerteza determinada por

    uma distribuio triangular, calculada conforme a equao abaixo:

    u =R

    32

    Onde:

    L= Variao no comprimento

    L = Comprimento nominal ou mdia das medies

    = Coeciente de dilatao trmica do material (ao: a = 11,8 m/C)T = Variao da temperatura (variao expressa em C no clculo)

    u = =L LT

    6 6

    Onde:

    L= Variao no comprimento

    F= Variao mxima na fora de medio

    L= Comprimento medidoA= rea da seco transversal

    E= Mdulo de elasticidade do material

    u = =L FL

    6 6

    DEFORMAO DEVIDO FORA DE MEDIO

    Mais uma considerao importante para instrumentos dimensionais. A defor-

    mao devido fora de medio apresentada na equao a seguir:

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    40/130

    38METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Acompanhe a seguir algumas das incertezas de medio tipo B. evidente que

    existem outras fontes de incerteza que tambm podem ser enumeradas. As incer-

    tezas demonstradas aqui nem sempre so vlidas para todos os casos.

    GRAU DE LIBERDADE (vp)

    Grau de liberdade corresponde ao nmero nde observaes independentes

    de uma determinada varivel. Entretanto, um grau de liberdade ser perdido pa-

    ra cada restrio que existir sobre as nobservaes. Em geral, consideramos que

    o grau de liberdade dado pela expresso:

    Vp= n 1

    GRAU DE LIBERDADE EFETIVO (eff)

    Grau de liberdade efetivo o valor que estima a combinao dos graus de li-

    berdade (in) associados a cada uma das incertezas padro, com uma ponderao

    pelas respectivas incertezas padro (VIM). Seu clculo feito usando-se a frmula

    de Welch-Satterwaite.

    MENSURANDO VARIVEL

    O mensurando ser considerado varivel se o seu valor no permanecer cons-

    tante durante todo o perodo de estudo ou de interesse no seu valor, ou ainda

    quando as variaes puderem ser percebidas pelo sistema de medio.

    MENSURANDO INVARIVEL

    O mensurando ser considerado invarivel se o seu valor permanecer constan-

    te durante todo o perodo em que houver interesse no seu valor, ou quando as va-

    riaes no puderem ser percebidas peloSM. Pode-se dizer tambm que o men-

    surando invarivel quando as suas variaes forem inferiores resoluo do SM,

    ou quando no h variaes.

    Veff=uc

    V1 V2 V3 Vi

    4

    u14 u2

    4 u34 ui

    4

    + + ++ ...

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    41/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS39

    INCERTEZA COMBINADA (ic)

    A incerteza combinada consiste na soma quadrtica das diversas incertezas demedio apresentadas por um instrumento qualquer, ou seja:

    Este valor no adotado como real, pois representa uma probabilidade esta-

    tstica de aproximadamente 68% de se encontrar o erro de medio, e assim no

    constitui uma boa aproximao. Para determinar a incerteza com nvel de conan-

    a maior, deve-se calcular a incerteza expandida, cujo valor estar dentro de uma

    conana de 95%. O valor da incerteza combinada contempla tambm as incer-

    tezas herdadas dos padres corrigidos, se necessrio, conforme as diretrizes dos

    certicados de calibrao correspondentes.

    INCERTEZA EXPANDIDA

    A incerteza expandida (U), denida como sendo a grandeza que dene um inter-

    valo em torno do resultado de uma medio, que pode englobar uma grande frao

    da distribuio de valores que, por sua vez, podem ser razoavelmente atribudos ao

    mensurando (VIM). Esta frao pode ser vista como a probabilidade de abrangncia ou

    nvel de conana do intervalo. Para associar um nvel de conana ao intervalo deni-

    do pela incerteza expandida so necessrias suposies explcitas ou implcitas, com

    respeito distribuio de probabilidade caracterizada pelo resultado da medio e sua

    incerteza combinada. O nvel de conana que pode ser atribudo a este intervalo s

    pode ser conhecido na medida em que tais suposies possam ser justicadas.

    uc= u1 u22 u3

    2 ui2

    + + ++ ...

    muito comum a incerteza expandida ser representada pelo smbolo U e o fator

    de abrangncia pelo smboloke, em geral, o nvel de conana de 95%. O fator de

    abrangncia k95%equivale ao coeciente de Student para dois desvios padro.

    Onde:

    k o fator de abrangncia parao nvel de conana desejado.

    U = k uc

    2

    O uso de EPI obrigatrio em qualquer tipo de trabalho. Lembre-sede que o maior prejudicado em um acidente pode ser voc.

    FIQUEALERTA

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    40METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    VOCSABIA?

    PRINCIPAIS CONSIDERAES NA AVALIAO DA IMEM MEDIO DIRETA

    Na metrologia dimensional, quando se realizam medies diretas, as principais

    fontes de incerteza que podem estar presentes durante o processo so:

    A incerteza da calibrao do sistema de medio (IC), que a incerteza

    herdada

    O arredondamento devido resoluo do sistema de medio (IR)

    A inuncia da diferena de temperatura entre a pea e a escala do sistemade medio (IT)

    A incerteza do Tipo A(uA)

    A tendncia dos sistemas de medio, que a inuncia sistemtica

    A inuncia da fora de medio

    Diferena entre o material da pea e o do SM

    Outras fontes de incerteza podem estar presentes, mas, neste trabalho, o que

    ser considerado se o sistema de medio est adequado ao uso, se o operador

    est capacitado para realizar a medio corretamente e se o mensurando no so-

    fre modicao indevida pelo sistema de medio. Assim, as fontes de incerteza

    podem ser identicadas e avaliadas de forma consistente e segura.

    2.5 NOES DE NORMAS E LEGISLAO APLICADA METROLOGIA

    No Brasil, essa norma denominada NBR ISO/IEC 17025, utilizada pelo INMETRO,

    com credenciamento do laboratrio a ser integrado RBLE Rede Brasileira de La-

    boratrios de Ensaio e a RBC Rede Brasileira de Calibrao.

    Quanto incerteza da medio, a expresso da incerteza era considerada um

    grande obstculo na harmonizao entre os sistemas de medio. O CIPM Comi-

    t Internacional de Pesos e Medidas articulou um frum de especialistas de di-

    versas instituies internacionais (ISO, IEC International Electrotechnical Com-

    mission BIPM, OIML, IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry,

    Os conceitos de unidades de medida sero utilizados nasprticas de calibrao e no ajuste dos instrumentos de medida.

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    43/130

    2 SISTEMAS DE GRANDEZAS41

    IUPAP International Union of Pure and Applied Physics e IFCC International

    Federation of Clinical Chemistry) para produzir um guia que apresentasse os pre-

    ceitos tericos e denisse uma maneira sistematizada para a expresso da incer-teza. Este guia conhecido como GUM Guide to the Expression of Uncertainty

    in Measurement, cuja primeira edio em ingls foi lanada em 1993. O Brasil pu-

    blicou a segunda edio revisada, em portugus, em agosto de 1998.

    Este captulo procurou denir os modos e os critrios necessrios para secalibrar um instrumento (calibrar confrontar o instrumento com um pa-

    dro). Vimos que antes de realizar a calibrao precisamos conhecer o sis-

    tema de numerao, as converses de unidades, as noes de normas e a

    legislao utilizadas pelos laboratrios de calibrao. Assim, denir a incer-

    teza de medio como denir o erro presente no ensaio feito no instru-

    mento. Os possveis erros so: erro do metrologista que fez o ensaio, erro

    do padro, erro das condies ambientais etc. Antes de fazer o ensaio pre-

    cisamos conhecer o modo de como se calcula esta incerteza. Para isso, es-

    tudamos toda a parte matemtica inserida nas frmulas e tabelas necess-rias a esse clculo.

    RECAPITULANDO

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    3.1 BSICO DE INSTRUMENTAO

    Na indstria de petrleo e gs natural as variveis mais importantes so a vazo e o nvel,

    pois elas so usadas como variveis de transferncia, ou mesmo como seus medidores, sendo a

    base para a compra e venda destes produtos. As outras variveis so medidas para ns de com-

    pensao, mudanas de volume para massa, estabelecimento de condies padro de transfe-

    rncia e segurana de operao.

    Instrumentao bsica

    3

    Figura 6 Na plataforma de petrleo, a instrumentao

    CNI

    Estas variveis so:

    Presso

    NvelVazo

    Temperatura

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

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    44METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Os processos exigem controles rgidos, pois vo determinar a qualidade do pro-

    duto. Os processos industriais podem ser divididos em dois tipos:

    O Protocolo Hart, desenvolvido em torno de 1980, pelaRosemount Inc., ele representou a grande revoluo nainstrumentao destes processos, pois permitiu a tranfe-

    rncia da varivel medida para a sala de controle. Inicial-mente com proprietrio, o protocolo logo passou a ser deuso gratuito. Em 1993, os direitos autorais do protocolopassaram para Hart Communication Foundation (HCF).

    VOC

    SABIA?

    Figura 7 Exemplo de rede com tecnologia Hart

    Processocontnuo

    Processodescontnuo

    Em ambos os caso teremos de manter as variveis de processo em um deter-

    minado valor.

    Este conjunto de instrumentos forma uma malha de processo.

    PROTOCOLOS UTILIZADOS NA INDSTRIA DE PETRLEO E GS

    PROTOCOLO HART

    O Protocolo Hart (highway address remote transduce) um sistema que combina

    o padro 4 a 20mA com a comunicao digital, permitindo conectar instrumentos

    a um computador. Utiliza dois os com uma taxa de comunicao de 1200 bits/s.

    Analgico

    Hart

    Hart

    Interface

    4 20mA

    Dadosdigitais

    In-Flio/CrisMarcela

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    47/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA45

    3.2 MEDIO DE PRESSO

    Todos os instrumentos de presso so empregados nas indstrias Qumicas,Farmacuticas, Petrleo e Gs, entre outras.

    Presso denida como a relao de uma fora aplicada sobre uma rea.

    PROTOCOLO FIELDBUS

    Fieldbus um sistema de comunicao digital bidirecional usado para interligarinstrumentos inteligentes, instalados no campo com os sistemas de controle, geral-

    mente, localizados na sala de controle. Os instrumentos inteligentes podem forne-

    cer informaes de diagnstico e controle, reduzindo a quantidade de instrumen-

    tos de uma malha de controle. Este padro permite a comunicao de mltiplas va-

    riveis entre vrios instrumentos, proporcionando uma melhora no desempenho

    dos processos de produo e automao. Os instrumentos possuem funes avan-

    adas, disponveis para a melhoria do controle, permitindo a calibrao remota (

    distncia), possibilitando um diagnstico automtico e facilitando a manuteno. O

    Fieldbus reduz os custos de manuteno, instalao e partida. Os custos da aoso reduzidos em at 66%, ou mais, pois o Fieldbus permite a instalao de mais de

    um instrumento no mesmo par de os. Alm disso, podem ser conectados novos

    instrumentos sem a necessidade de instalao de uma nova ao. Outra caracte-

    rstica importante deste padro de transmisso a imunidade a rudos, pois todos

    os dados so transmitidos digitalmente, aumentando a preciso dos mesmos.

    Este conjunto de instrumentos forma uma malha de processo.

    Estao de manutenoEstao de operao

    Dados dediagnstico

    SadaFeedback

    FeedbackAlarme

    In-Flio/PaulaMoura

    Figura 8 Exemplo de rede Fieldbus

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

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    46METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    A varivel a que permite medir a presso, assim como tambm se pode me-

    dir outras variveis, tais como: Nvel e Vazo.

    P Presso

    F Fora a unidade Newton (N)

    A rea a unidade m2

    P =F

    A

    P1+ . g . h1= P2+ . g . h2= cte

    Newton por metro quadrado Pascal (Pa), como se apresenta a unidade de

    presso no Sistema Internacional de Unidade (SI). Por ser muito pequena, comum

    represent-la como o KPa e MPa.

    UNIDADES DE PRESSO

    Vamos relacionar e estudar os princpios, as leis e os teoremas da Fsica utiliza-

    dos na medio de presso.

    TEOREMA DE BERNOULLI

    TEOREMA DE STEVIN

    Este teorema foi estabelecido por Stevin. Ele relaciona as presses estticas

    exercidas por um udo em repouso.

    = Peso especco

    Relao entre peso e volume

    de uma determinada.

    A unidade usual kgf/m3.

    P2. P1= P = ( h2 h1) *

    P1+ .V1+ . g . h1= P2+ .V2+ . g . h2= cte1 1

    2 22

    Lei da conservao de energia

    Quando a velocidade nula

    2

    h1

    P1

    P2

    h2

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    49/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA47

    PRINCPIO DE PASCAL

    A presso exercida em qualquer ponto de um lquido esttico se transmite in-tegralmente em todas as direes e produz a mesma fora em reas iguais.

    O Volume deslocado

    Equao manomtrica

    P1=F1A1

    P1=F1A1

    P1= P2= =F1 F2A1 A2

    A1x h1= A2x h2V1= A1x h1 V2= A2x h2

    A presso tambm pode ser denida como o somatrio da presso esttica e

    da dinmica, sendo assim chamada presso total.

    PRESSO ESTTICA

    a presso medida na parede interna da tubulao por onde passa o uido. Ela

    chamada de esttica, porque a velocidade do uido viscoso que ui atravs da

    parede rugosa da tubulao zero.

    P1

    P2

    = ( h1

    h2

    )P1

    + ( h1

    x ) = P2

    + ( h2

    x )

    10 kgf

    F1 = 2cm2

    A2 = 10cm2

    A2 = 10cm2F1

    F22

    1

    h1 h2

    h1

    P1 P2

    h2

    In-Flio/CrisMarcela

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    48METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Presso dinmica a presso exercida por um uido em movimento paralelo sua corrente.

    Presso total o somatrio da presso dinmica e da presso esttica.

    TIPOS DE MEDIO DE PRESSO

    Presso absoluta a presso a partir do vcuo absoluto ou zero absoluto.

    Presso atmosfrica a presso exercida pela camada de ar que envolve a Terra. O instrumento

    que mede a presso atmosfrica o Barmetro. Ao nvel do mar, quando

    se mede a presso, tomando como referncia a presso atmosfrica, cha-

    mamos esta presso de presso relativa. As presses abaixo dessa refern-

    cia so chamadas de vcuo ou presso negativa.

    Os instrumentos que medem presso absoluta vm com a letra Aaps a unidade.

    MEDIDORES DE PRESSO

    A medio tem por objetivo facilitar a anlise e a escolha do tipo mais adequado.

    Os medidores de presso, de um modo geral, podem ser divididos em trs partes:

    Elemento receptor o que recebe o impacto da medio e a transforma em deslocamento

    ou fora.

    Exemplo:

    Bourdon fole, diafragma

    Presso absoluta = Presso relativa + Presso atmosfrica

    Pd= . V212

    Nm2

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    51/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA49

    Elemento de transferncia o que amplica o deslocamento ou transforma um sinal em outro (sinal

    eltrico e pneumtico), que mandado para a indicao.

    Exemplo:

    Link mecnico, rel piloto, amplicadores operacionais.

    Elemento de indicao o que recebe o sinal e o indica.

    Exemplo:

    Ponteiro, display.

    MEDIDORES

    Os manmetros podem ser de dois tipos:

    Manmetro de lquidos

    O manmetro de coluna lquida constitudo de um tubo de vidro, com rea sec-

    cional uniforme, com uma escala graduada, um lquido de enchimento e suporta-

    dos por uma estrutura de sustentao. O valor da presso obtida pela leitura dire-

    ta da altura da coluna. A faixa de medio depende do peso especco do lquido de

    enchimento e da fragilidade do tubo de vidro. Normalmente, ao lquido de enchi-

    mento adicionado um corante. A escala graduada em mmH2O. A leitura da esca-la feita na parte baixa do menisco causada pela tenso supercial do vidro.

    Manmetro decoluna de lquido:

    Tipo tubo U

    Tipo coluna reta

    Manmetro elstico:

    Tipo Bourdon

    Tipo Diafragma

    Tipo Cpsula

    Figura 9 Tipo coluna reta

    Posio de leitura

    guaIn-Flio/Cris

    Marcela

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    52/130

    50METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Manmetro tipo

    coluna emU

    P1 P2= (h1+ h2)

    A x h1= a x h1

    Como o volume deslocado o mesmo, teremos:

    como

    A equao ser

    P1 P2= x h2(1 + a)A

    O tubo U um dos medidoresde presso mais simples , cons-

    titudo por um tubo Ue xado so-

    bre uma escala graduada.

    A leitura feita simplesmente

    medindo o deslocamento do lado

    de baixa presso, a partir do mes-

    mo nvel do lado de alta presso,

    tomando como referncia o zeroda escala.

    Como os lados da coluna em

    Upossuem dimetros diferentes

    ae A. Observe na gura ao lado. Figura 10 Tipo coluna em U

    O emprego do mercrio em instrumentos de medida proibido, uma vez que ele nocivo ao ser humano.A legislaao brasileira probe a fabricao, a comercializa-o, o uso e o armazenamento dos instrumentos de medi-o que contm mercrio, como manmetros e termme-tros. As intoxicaes por mercrio mesmo leves podemcausar anemia, anorexia, depresso, dermatite, fadiga,

    dores de cabea, hipertenso, insnia, torpor, irritabilida-de, tremores, fraqueza, problemas de audio e viso.Intoxicaes mais graves podem gerar problemas neurol-gicos srios, como paralisias cerebrais.

    VOCSABIA?

    h1= a x h2A

    In-Flio/PaulaMoura

    P1 P2

    h

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    53/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA51

    MANMETRO TIPO ELSTICO

    Este tipo de instrumento de medio de presso baseia-se na Lei Hooke sobreelasticidade de materiais.

    O elemento de recepo de presso elstico sofre deformao de acordo com

    a presso aplicada. Esta deformao medida por dispositivo mecnico, eltrico

    ou eletrnico.

    Essa deformao provoca um deslocamento linear, convertido de forma pro-

    porcional a um deslocamento angular, por meio de um mecanismo especco.

    Manmetro de tubo Bourdon

    O Bourdon um tubo de seo oval que poder estar na forma de C, espiral ou

    helicoidal, tendo uma extremidade fechada e a outra aberta.

    Observe alguns materiais utilizados na confeco do Bourdon:

    Lato Cobre

    Alumibras Berlio

    Ao inox Liga de ao

    Bronze fosforoso

    O manmetro utilizado na faixa de 25% e 75%, que a faixa precisa do ma-

    nmetro.

    In-Flio/PaulaMoura

    Figura 11 Tipos de Bourdon

    Tipo Helicoidal

    Tipo Espiral

    Tipo C

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    54/130

    52METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Classicao do manmetro quanto a preciso

    CLASSE TOLERNCIA PRECISO RESTANTE DA FAIXA

    A

    B

    C

    D

    A4

    A3

    A2

    A1

    1,0%

    2,0%

    3,0%

    4,0%

    0,10%

    0,25%

    0,50%

    1,0%

    25% e 75%

    25% e 75%

    25% e 75%

    25% e 75%

    2,0%

    3,0%

    4,0%

    5,0%

    Os manmetros classe A, B,Ce Dso manmetros industriais e os manme-

    tros classe A1, A2, A3 e A4 so manmetros de preciso usados como padro pa-

    ra calibrar outros manmetros.

    Bourdon CO tubo Bourdon que curvo e exvel, ligado a um acoplamento de pon-

    teiro, quando o uido penetra no bourdon, o tubo se retica, diminuindo

    sua curvatura.

    Manmetro diferencialOs manmetros so os que utilizam dois Bourdon e com um nico meca-

    nismo medem a diferena entre as presses. O resultado a diferena das

    presses aplicadas.

    Figura 12 Manmetro C

    In-Flio/PaulaMoura

    Tubo de Bourdon

    Presso medida

    2

    Coroa/Pinho

    Escala

    Ponteiro

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    55/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA53

    Manmetro de foleO fole consiste em uma cmara metlica, corrugada, que se deforma ao se

    aplicar uma presso. O fole utilizado em mdias presses.

    Figura 13 Manmetro de fole

    Manmetros de diafragma

    O diafragma constitudo por um disco de material elstico, xado pela borda.

    Uma haste xada ao centro do disco est ligada a um mecanismo de indicao.

    Quando uma presso aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento

    proporcional presso. O diafragma, geralmente, ondulado ou corrugado pa-

    ra aumentar a sua rea efetiva presso.

    Figura 14 Manmetro de diafragma

    In-Flio/Cris

    Marcela

    In-Flio/StelaMartins

    In-Flio/CrisMarcela

    Ponteiro

    Setor

    Link

    Diafragma

    elstico

    Pinho

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    56/130

    54METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Os diafragmas podem ser de materiais metlicos ou no metlicos:

    MetlicosEstes diafragmas so feitos de uma chapa metlica, lisa ou enrugada,ligadas a um ponteiro por meio de uma haste. O movimento de deexo

    do diafragma, causado pela presso, posiciona um ponteiro indicador ao

    longo de uma escala de graduao constante. So fabricados de bronze

    fosforoso, cobre, berlio, lato, ao inoxidvel e monel.

    No metlicosSo fabricados em couro, teon, neoprene e polietileno. So empregados

    para presses baixas. Geralmente, uma mola ope-se ao movimento do

    diafragma, cuja deexo diretamente proporcional presso aplicada.

    Figura 15 Manmetro com contato eltrico

    No use ferramenta defeituosa. Ela poder causar umacidente.

    FIQUEALERTA

    ACESSRIOS DO MANMETRO

    Os acessrios usados nos manmetro so:

    Contato eltrico

    Selo

    Sifo

    Amortecedor de pulsao

    SENAI-RJ

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    57/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA55

    Manmetro de seloO sistema de selagem uma

    tcnica muito utilizada na inds-

    tria para isolar o uido de proces-

    so do contato direto com o ins-

    trumento de medio. Em mui-

    tos casos, necessrio isolar o

    uido de processo, que pode ser

    quente, slido em suspenso,

    corrosivo ou com possibilidade

    de cristalizao.

    SifoNa medio de qualquer vari-

    vel em linhas de vapor, geral-

    mente, utilizado um tubo sifo

    para proteger o elemento de

    medio da alta temperatura. O condensado ca acumulado no tubo

    sifo, impedindo que o vapor entre em contato com o elemento de medi-

    o. Conra, a seguir, alguns tipos de tubo sifo utilizados na indstria.

    Figura 17 Tipos de sifo

    Amortecedor de pulsao usado quando o elemento for submetido presses pulsantes. Ele deve

    ser protegido por um amortecedor de pulsao. Esse amortecedor pode

    ser uma vlvula agulha, que serve como bloqueio, possibilitando a

    retirada do instrumento sem parar o processo.

    JosMarianoSoaresPinto

    Coelho

    In-Flio/CrisMarcela

    Tipo rabode porco

    Tipo cachimbo Tipo bobina

    Figura 16 Manmetro de selo

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    58/130

    56METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    TRANSMISSORES ELETRNICOS DE PRESSO

    Esse transmissores so sucessores dos pneumticos. Possuem elementos de de-teco similares ao pneumtico, porm, utilizam elementos de transferncia que

    convertem sinal de presso, detectado em sinal eltrico, padronizado de 4 a 20mA

    DC. Existem vrios princpios fsicos relacionados s variaes de presso que po-

    dem ser usadas como elemento de transferncia. Os transmissores so emprega-

    dos para a medio de presso em renarias e plataforma de petrleo.

    FITA EXTENSIOMTRICA (STRAIN GAUGE)

    Figura 18 Fitas extensiomtricas

    Dispositivo que mede a deformao elstica sofrida pelos slidos, quando es-

    tes so submetidos ao esforo de trao ou compresso. Na realidade, so tas me-

    tlicas xadas adequadamente nas faces de um corpo a ser submetido ao esforo

    de trao, ou compresso, e que tm sua seo transversal e seu comprimento al-

    terado em virtude desse esforo imposto ao corpo.

    Estas tas so interligadas a uma ponte de Wheatstone, ajustada e balanceada

    para a condio inicial, e que ao ter os valores de resistncia da ta alterados com

    a presso, sofrem o desbalanceamento proporcional variao desta presso.

    In-Flio/PaulaMoura

    F

    L x nmero de voltas

    Fio solidrio base Ponto de aplicao da fora

    Lmina de base(flexvel)

    Fio solidrio base

    Lmina de base

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    59/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA57

    Na confeco destas tas so utilizados metais que possuem baixo coeciente

    de temperatura, a m de que exista uma relao linear entre resistncia e tenso

    numa faixa mais ampla.

    SENSOR PIEZOELTRICO

    A medio de presso que utiliza este tipo de sensor baseia-se no fato de os

    cristais assimtricos, submetidos a uma deformao elstica ao longo do seu eixo

    axial, produzirem internamente um potencial eltrico, causando um uxo de car-

    ga eltrica no circuito externo.

    A quantidade eltrica produzida proporcional presso aplicada. Essa rela-

    o linear facilita a sua utilizao. Outro fator importante para a sua utilizao es-t no fato de se utilizar o efeito piezoeltrico de semicondutores, reduzindo assim

    o peso do transmissor, sem perdas de preciso.

    Cristais de Turmalina, Cermica Policristalina Sinttica, Quartzo e Quartzo Cul-

    tivado podem ser utilizados na fabricao dos sensores piezoeltricos. O Quartzo

    Cultivado o mais empregado por apresentar caractersticas ideais de elasticida-

    de e linearidade.

    DENOMINAO LIGAFAIXA DETEMPERATURA

    Constantan

    Karma

    479 Pt

    Nichome V

    Cobre-nquel

    Cobre-nquel aditivado

    Platina-tugstnio

    Nquel-cromo

    +10 -204C

    At 427C

    At 649C

    At 649C

    Figura 19 Sensor Piezoeltrico

    Metais utilizados na confeco da ta

    In-Flio/PaulaMoura

    Presso

    CristalLquido de enchimento

    Diafragma

    Amplificador

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    60/130

    58METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    SENSOR CAPACITIVO

    Processo Processo

    Figura 20 Sensor Capacitivo

    No sensor capacitivo h dois diafragmas de medio que se movem entre dois

    diafragmas xos. Para que ocorra a medio, o circuito eletrnico alimentado por

    um sinal AC atravs de um oscilador, que modula a frequncia ou a amplitude do

    sinal, em funo da variao do sinal de presso. Como lquido de enchimento, po-demos usar a glicerina ou o or-oil.

    Um transmissor de presso apresentou erro de transmisso do sinal. O dis-

    play do instrumento apresentava um valor e o sinal transmitido, outro valor.

    Aps solicitar a PT para a retirada do instrumento da rea, o referido instru-mento foi levado para a ocina de manuteno, pensava-se que o defeito

    de transmisso fosse um ajuste no sinal de intensidade de corrente do sinal

    transmitido. O instrumento foi desmontado, foram limpas as cmaras de al-

    ta e baixa presso. Depois de montado e feita a calibrao para ajustar a in-

    tensidade de corrente, no se obteve xito no ajuste necessrio. O fato apre-

    sentado foi relatado no DDS (Dilogo Dirio de Segurana), para que todos

    tomassem conhecimento. O transmissor foi novamente desmontado e to-

    dos os componentes testados, ocasio em que foi constatado que o ltro de

    fonte apresentava baixa de isolao, o que produzia erro na transmisso dosinal. O ltro foi substitudo e o instrumento foi colocado para operar na rea.

    CASOS E RELATOS

    In-Flio/PaulaMoura

    Diafragma sensor

    Diafragma isolador

    Fluido de enchimento

    Cermica

    Superfcie metalizada

    Vidro

    Ao

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    61/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA59

    CHAVE DE PRESSO (PRESSOSTATO)

    Estas chaves so utilizadas como componentes de sistemas de proteo deequipamentos ou processos.

    O pressostato acionado segundo um set point denido pelo processo, o tem-

    po entre a atuao e o desarme pode ser por diferencial xo ou diferencial ajustvel.

    Os pressostatos so utilizados em intertravamento de bombas e vasos.

    Os contados so NA e NF, o microinterruptor pode ser selecionado como SPDP,

    com um contato comum, e um NA e NF, DPDT, que composto por dois interrup-

    tores com dois comuns, dois NA e dois NF.

    O pressostato a ser usado: diafragma, pisto ou bourdon C.

    INSTRUMENTOS CONVERSORES DE SINAIS

    Os instrumentos conversores de sinais podem ser do tipo corrente/presso, ten-

    so/presso. Esse instrumento converte um sinal de corrente (4 a 20 mA DC), ou

    tenso (1 a 5 VDC), em um sinal de presso (3 a 15 PSI). Estes so usados na aber-tura ou fechamento de vlvulas de processo.

    3.3 TEMPERATURA

    Os sensores de temperatura so utilizados nas indstrias qumica, petrleo e

    gs, dentre outras.

    A temperatura pode ser denida como uma representao numrica, para o

    estado de agitao das partculas que formam os corpos. Quanto mais agitadas as

    partculas, maior a temperatura. O conceito popular de temperatura estabeleci-

    do em quente ou frio, mas as sensaes de temperatura podem variar muito de

    pessoa para pessoa. Algo quente para uma pessoa, pode ser frio para a outra.

    A temperatura uma das sete grandezas do Sistema Internacional de Medi-

    das (SI), ao lado de massa, dimenso, tempo, corrente eltrica, intensidade lumi-

    nosa e quantidade de substncia.

    Junto com a presso, vazo e nvel, a temperatura uma das principais vari-

    veis de processo. Sua medio e controle so de vital importncia, haja vista que

    abrange variaes fsicas e qumicas de substncias.

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    62/130

    60METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    A temperatura o que quantica a quantidade de calor. Calor no tempera-

    tura, calor uma forma de energia expressa em Joule e medida pela temperatura

    em Celsius.

    A temperatura expressa o grau de calor de um corpo. Corpos com temperaturas

    iguais podem no ter a mesma quantidades de calor. O calor uma forma de ener-

    gia trmica ou termal. Quanto maior a agitao, maior ser a quantidade de energia.

    Q = m x c x t

    Onde:

    Q = Variao na quantidade de calorm= Massa da substncia envolvida

    c= Calor especco (caractersticos das substncia)

    t= Variao de temperatura

    A unidade de temperatura o Celsius C, mas na indstria tambm comum a

    escala Fahrenheit F. Outra unidade de temperatura a escala Kelvin que corres-

    ponde a 273,15C.

    CONVERSO DE ESCALA

    Acompanhe um mtodo de converso da escala Celsius e Fahrenheit.

    =C F 32

    3 9

    TEMPERATURASESCALAS ABSOLUTAS

    R

    671,67

    491,67

    0

    K

    373,15

    273,15

    0

    ESCALAS RELATIVA

    C

    100

    0

    273,15

    F

    212

    32

    459,67

    Ponto de ebulio da gua

    Ponto de fuso do gelo

    Zero absoluto

    Temperatura das escalas absolutas e relativas

    ESCALA INTERNACIONAL DE TEMPERATURA

    Para melhor expressar as leis da termodinmica foi criada uma escala baseada

    em fenmenos de mudana de estado fsico de substncias puras, que ocorrem

    em condies nicas de temperatura e presso.

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    63/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA61

    So os chamados pontos xos de temperatura. Chama-se esta escala de IPTS Es-

    cala Prtica Internacional de Temperatura. A primeira escala prtica internacional de

    temperatura surgiu em 1927 e foi modicada em 1948 (IPTS-48). Em 1960 mais modi-caes foram feitas e, em 1968, uma nova Escala Prtica Internacional de Temperatu-

    ra foi publicada (IPTS-68). A mudana de estado de substncias puras (fuso, ebulio)

    normalmente desenvolvida sem alterao na temperatura. Todo calor recebido ou

    cedido pela substncia utilizado pelo mecanismo de mudana de estado.

    Os pontos xos utilizados pela IPTS-68 so apresentados na tabela abaixo:

    Escala prtica internacional de temperatura

    ESTADO DE EQUILBRIO TEMPERATURA C

    Ponto triplo o ponto em que as fases slida, lquida e gasosa encontram-se

    em equilbrio.

    Ponto triplo do hidrognio

    Ponto de ebulio do hidrognio

    Ponto de ebulio do nenio

    Ponto triplo do oxignio

    Ponto de ebulio do oxignio

    Ponto triplo da gua

    Ponto de ebulio da gua

    Ponto de solidicao do zincoPonto de solidicao da prata

    Ponto de solidicao do ouro

    259,34

    252,87

    246,048

    218,789

    182,962

    0,01

    100,00

    419,58916,93

    1.064,43

    O sensor de temperatura do tipo termoresistncia utili-zado em medies de baixa temperatura.

    VOCSABIA?

    Figura 21 Temperatura x presso

    Fase lquida

    Presso

    Temperatura

    Faseslida

    Fase vapor

    Ponto triplo

    Linhas de fuso

    Linha de vaporizao

    Linha de sublimao

    In-Flio/Cris

    Marcela

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    64/130

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    65/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA63

    MEDIDORES DE TEMPERATURA POR DILATAO/EXPANSO

    Termmetro de dilatao de lquido

    O termmetro de vidro, normalmente, usado em laboratrio. Em processos

    industriais utilizamos o termmetro de capela, um termmetro que tem a prote-

    o de uma capela metlica, enroscada na linha de processo, com medio local.

    O lquido de enchimento o mercrio empregado na indstria de petrleo.

    Figura 23 Termmetro de capela

    LQUIDOPONTO DESOLIDIFICAO C

    PONTO DEEBULIO C

    FAIXA DE USO C

    Mercrio

    lcool Etlico

    Tolueno

    39

    115

    92

    + 357

    + 78

    + 110

    38 a 550

    100 a 70

    80 a 100

    Termmetros de dilatao de lquido em recipiente de vidro

    Ao retirar o sensor de temperatura do poo termo-mtrico use luva de vaqueta por causa da temperaturado processo.

    FIQUEALERTA

    No termmetro de mercrio pode-se elevar o limite mximo at 550C, por meio

    da injeo de gs inerte sob presso, evitando a vaporizao do mercrio. Por ser fr-

    gil, impossvel registrar a sua indicao ou transmiti-la distncia. O uso desse ter-

    mmetro com proteo metlica mais comum em laboratrios ou em indstrias.

    In-Flio/CrisMarce

    la

    Escala

    Coluna lquida(Indicao)

    Bulbo

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    66/130

    64METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Figura 24 Termmetros de dilatao

    Termmetro de lquido com capilar metlico

    Este termmetro consta de um bulbo de metal ligados a um capilar metlico e

    a um sensor, o lquido preenche todo o instrumento. A variao da temperatura

    deforma elasticamente o sensor.

    Tipos de lquidos de enchimentoComo lquido de enchimento empregam-se o Mercrio, o Xileno e Tolueno,

    porm, eles tm alto coeciente de expanso.

    Tabela de lquidos de enchimento de termmetros

    LQUIDOFAIXA DEUTILIZAO C

    Mercrio

    XilenoTolueno

    35 a 550

    40 a + 400 80 a +100

    Termmetro bimetlico

    A liga do sensor bimetlico composta de Invar (64% de Ferro 36% de nquel)

    e lato que so ligas metlicas com ndice de dilatao diferente. A liga com maior

    ndice de dilatao montada na parte superior, o que faz o sensor se curvar pa-

    ra o lado de menor coeciente de dilatao. Estes termmetros so utilizados na

    faixa de 50C a +500C, eles tambm so encontrados na escala Fahrenheit (F).

    O termomtro bimetlico pode ser usado como chave para controle, do tipo

    ONOFF, em ferro de passar roupa e sanduicheira.

    In-Flio/PaulaMour

    a

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    220

    240

    0

    -30

    -20

    -10

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    Ponteiro

    Sensor volumtrico

    Brao de ligao

    Capilar

    Bulbo

    Lquido (mercrio, lcool etlico)

    Setor dentado

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    67/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA65

    MEDIO DE TEMPERATURA COM TERMOPAR

    Um termopar consiste de dois condutores metlicos, de natureza distinta, na

    forma de metais puros ou de ligas homogneas. Os os so fundidos em sua ex-tremidade, com o nome de junta quente ou junta de medio. A outra extremi-

    dade dos os levada ao instrumento de medio de fora eletromotriz (f.e.m.),

    fechando um circuito eltrico por onde ui a corrente. O ponto no qual os os

    que formam o termopar conectam-se ao instrumento de medio chamado

    junta ou referncia.

    O termopar gera milivolte, que convertido em valor detemperatura no indicador.

    VOCSABIA?

    Figura 25 Termmetro bimetlico

    O aquecimento da juno de dois metais gera o aparecimento de uma f.e.m.

    Este princpio, conhecido por efeito Seebeck, propiciou a utilizao de termopa-

    res para a medio de temperatura.

    Gradiente de temperatura

    Instrumentoindicador oucontrolador

    In-Flio/CrisMarcela

    In-Flio/PaulaMoura

    Figura 26 Termopar com indicador

    Junta demedida Termopar

    Cabo deextenso

    Bloco de ligao Junta de referncia

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    68/130

    66METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    Nas aplicaes prticas o termopar apresenta-se normalmente como na gura an-

    terior. O sinal def.e.m., gerado pelo gradiente de temperatura (DT), existente entre

    as juntas quentes e frias, ser (de modo geral) indicado, registrado ou transmitido.

    O termopar do tipo Sfoi construdo por Le Chatelier, nofinal do sculo XIX, e at hoje utilizado como padro naindstria.

    VOCSABIA?

    EFEITO TERMOELTRICO

    formado por dois condutores diferentesA e B. Quando dois metais ou semicon-dutores similares so conectados e as junes mantidas a diferentes temperatu-

    ras, nesse caso, quatro fenmenos ocorrem simultaneamente:

    A aplicao cientca e tecnolgica dos efeitos termoeltricos muito impor-

    tante e a sua utilizao, no futuro, cada vez mais promissora. Os estudos das pro-

    priedades termoeltricas dos semicondutores e dos metais levam, na prtica,

    aplicao dos processos de medies na gerao eltrica (bateria solar) e na pro-

    duo de calor e frio. O controle de temperatura feito por pares termoeltricos

    uma das importantes aplicaes do Efeito Seebeck.

    Atualmente, busca-se o aproveitamento industrial do Efeito Peltier em grande

    escala, para a obteno de calor ou frio no processo de climatizao ambiente.

    Efeito termoeltrico de Seebeck

    O fenmeno da termoeletricidade foi descoberto, em 1821, por T.J. Seebeck,

    quando ele notou que em um circuito fechado, ocorre uma circulao de cor-

    rente, enquanto existir uma diferena de temperatura (DT) entre as suas junes.

    Denominamos: junta de medio de (Tm) e, a outra, junta de referncia de (Tr).

    A existncia de uma f.e.m.trmica AB, no circuito, conhecida como Efeito See-

    beck. Quando a temperatura da junta de referncia mantida constante, veri-

    ca-se que a f.e.m.trmica uma funo da temperatura (Tm) da juno de teste.

    Este fato permite utilizar um par termoeltrico como um termmetro.

    Efeito Seebeck

    Efeito Peltier

    Efeito Thomson

    Efeito Volta In-Flio/PaulaMoura

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

    69/130

    3 INSTRUMENTAO BSICA67

    O Efeito Seebeck se produz pelo fato de que os eltrons livres de um metal di-

    ferem de um condutor para o outro e dependem da temperatura. Quando dois

    condutores diferentes so conectados para formar duas junes e estas so man-

    tidas com diferentes temperaturas a difuso dos eltrons, nas junes, produz-se

    a ritmos diferentes.

    Efeito termoeltrico de Peltier

    Em 1834, Peltier descobriu que com um par termoeltrico, com ambas as jun-

    es na mesma temperatura, e, mediante uma bateria exterior, seria possvel pro-

    duzir uma corrente no termopar, nesse caso, as temperaturas das junes variam

    em uma quantidade no inteiramente devida ao efeito Joule. Esta variao adicio-

    nal de temperatura o Efeito Peltier. Este efeito produzido tanto pela corrente

    proporcionada por uma bateria exterior, quanto pelo prprio par termoeltrico.

    A (+)

    Tm Tr

    B ()

    Figura 27 Efeito Seebeck

    Figura 28 Efeito Peltier

    O coeciente Peltier depende da temperatura e dos metais que formam uma

    juno, sendo independente da temperatura da outra juno. O calor Peltier re-

    versvel. Quando se inverte o sentido da corrente, permanecendo constante o seu

    valor, o calor Peltier o mesmo, porm, em sentido oposto.

    Efeito termoeltrico de Thomson

    Em 1854, Thomson concluiu, por meio das Leis da Termodinmica, que a con-

    duo de calor, ao longo dos os metlicos de um par termoeltrico, que no trans-

    porta corrente, origina uma distribuio uniforme de temperatura em cada o.

    O Efeito Thomson depende do metal de que feito o o e da temperatura m-

    dia da pequena regio considerada. Em certos metais, h absoro de calor quando

    uma corrente eltrica ui, da parte fria para a parte quente do metal; e h gerao

    A (+)

    T T T + T

    B ()

    In-Flio/CrisMarcela

    In-Flio/CrisMarcela

  • 8/11/2019 METROLOGIA_ALTA.pdf

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    68METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS

    de calor quando se inverte o sentido da corrente. Em outros metais ocorre o oposto

    deste efeito, isto , h liberao de calor quando uma corrente eltrica ui da parte

    quente para a parte fria do metal. Conclui-se que, com a circulao de corrente, aolongo de um o condutor, a distribuio de temperatura neste condutor ser modi-

    cada, tanto pelo calor dissipado por efeito Joule, como pelo Efeito Thomson.

    Efeito termoeltrico de Volta

    A experincia de Peltier pode ser explicada por meio do Efeito Volta, cujo

    enunciado :

    Em outras palavras, a f.e.m.medida depende, nica e exclusivamente, da com-

    posio qumica dos dois metais e das temperaturas existentes nas junes.

    Essa diferena de potencial depende da temperatura e no pode ser medida

    diretamente.

    Lei termoeltrica

    Da descoberta dos efeitos termoeltricos partiu-se, por meio da aplicao dos

    princpios da termodinmica, enunciao das trs leis que constituem a base da

    teoria termoeltrica, nas medies de temperatura com termopares. Portanto, com

    estes sensores fundamentados nesses efeitos e nessas leis, podemos compreen-

    der todos os fenmenos que ocorrem na medida de temperatura.

    Le