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SRIE PETRLEO E GS
METROLOGIA EINSTRUMENTAO
APLICADA APETRLEO E GS
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SRIE PETRLEO E GS
METROLOGIA EINSTRUMENTAO
APLICADAS APETRLEO E GS
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CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAO E TECNOLOGIA DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educao e Tecnologia
SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente
SENAI Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operaes
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METROLOGIA EINSTRUMENTAO
APLICADAS APETRLEO E GS
SRIE PETRLEO E GS
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2012. SENAI Departamento Nacional
2012.SENAI Departamento Regional do Rio de Janeiro
Reproduo total ou parcial desta publicao por quaisquer meios, seja eletrnico,mecnico, fotocpia, de gravao ou outros, somente ser permitida com prviaautorizao, por escrito, do SENAI.
Esta publicao foi elaborada pela equipe do Ncleo de Educao a Distncia do SENAI doRio de Janeiro, com a coordenao do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada portodos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distncia.
SENAI Departamento NacionalUnidade de Educao Profissional e Tecnolgica UNIEP
SENAI Departamento Regional do Rio de JaneiroNcleo de Educao a Distncia NUCED
FICHA CATALOGRFICACatalogao-na-Publicao (CIP) BrasilBiblioteca Artes Grficas SENAI-RJ
SENAI/DN.Metrologia e instrumentao aplicadas a petrleo e gs / SENAI/DN [e]
SENAI/RJ. Braslia : SENAI/DN, 2012.128 p. : il. ; 29,7 cm. (Srie Petrleo e Gs).
ISBN 978-85-
1. Indstria petroqumica. 2. Metrologia. I. SENAI/RJ. II. Servio Nacionalde Aprendizagem Industrial. III. Ttulo. IV. Srie.
CDD: 665.5
S491m
SedeSetor Bancrio Norte Quadra 1 Bloco C Edifcio RobertoSimonsen 70040-903 Braslia DF Tel.: (0xx61) 3317-9001Fax: (0xx61) 3317-9190 http://www.senai.br
SENAIServio Nacional deAprendizagem IndustrialDepartamento Nacional
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Lista de ilustraes
Figura 1 Controle da unidade de processo de uma renaria de petrleo 11
Figura 2 Smbolos e nmeros formam as grandezas fsicas 15
Figura 3 Paqumetro 29
Figura 4 Termmetro de dilatao de lquidos 29
Figura 5 Exemplo de erro aleatrio 32
Figura 6 Na plataforma de petrleo, a instrumentao necessria 43
Figura 7 Exemplo de rede com tecnologia Hart 44
Figura 8 Exemplo de rede Fieldbus 45
Figura 9 Tipo coluna reta 49
Figura 10 Tipo coluna em U 50
Figura 11 Tipos de Bourdon 51Figura 12 Manmetro C 52
Figura 13 Manmetro de Fole 53
Figura 14 Manmetro de diafragma 53
Figura 15 Manmetro com contato eltrico 54
Figura 16 Manmetro de selo 55
Figura 17 Tipos de sifo 55
Figura 18 Fitas extensiomtricas 56
Figura 19 Sensor Piezoeltrico 57
Figura 20 Sensor Capacitivo 58Figura 21 Temperatura x presso 61
Figura 22 Exemplo de norma da ABNT 62
Figura 23 Termmetro de capela 63
Figura 24 Termmetros de dilatao 64
Figura 25 Termmetro bimetlico 65
Figura 26 Termopar com indicador 65
Figura 27 Efeito Seebeck 67
Figura 28 Efeito Peltier 67
Figura 29 Lei dos circuitos monogneos 69
Figura 30 Leis dos metais intermedirios 69Figura 31 Juntas de referncia 72
Figura 32 Vantagens dos termopares de isolao mineral 74
Figura 33 Associao de termopares em srie 76
Figura 34 Associao em srie oposta 76
Figura 35 Esquema da associao em paralelo 77
Figura 36 Sensor Pt100 com mianga de xido de magnsio com bainha 79
Figura 37 Sensor Pt100 79
Figura 38 Termorresistncias com mianga 80
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Figura 39 Ponte de wheatstone 81
Figura 40 Ponte de wheatstone com termorresistncia a dois os 81
Figura 41 Ponte de wheatstone com termorresistncia a trs os 82
Figura 42 Tipos de escoamento 86
Figura 43 Placa de orifcio 88
Figura 44 Placa de orfcio numa tubulao 88
Figura 45 Tubo Venturi 89
Figura 46 Tubo de Pitot 89
Figura 47 Medidor de vazo tipo turbina 90
Figura 48 Medidor de vazo (Coriolis) 91
Figura 49 Rgua e gabarito 92Figura 50 Visor de nvel tubular e vidro plano 93
Figura 51 Visor de nvel plano 93
Figura 52 Medidor de nvel utilizando boia 94
Figura 53 Medidor por presso diferencial 94
Figura 54 Medidor de nvel capacitivo 95
Figura 55 Medidor de nvel de ultrassom 96
Figura 56 Ponte de wheatstone 97
Figura 57 Vlvula de processo 98
Figura 58 Malha aberta 100Figura 59 Malha fechada 100
Figura 60 Controlador 101
Figura 61 Vlvula de controle 102
Figura 62 Tipos de controle 104
Figura 63 Medidor com clula de zircnio clula com prisma 105
Figura 64 Medidor com clula de zircnio 105
Figura 65 Grcos do analisador de oxignio (O2) 106
Figura 66 Controle feedback 107
Figura 67 Controle em cascata 108
Figura 68 Controle de relao 109Figura 69 Controle Split-Range 110
Figura 70 Fluxograma de reduo de riscos 111
Figura 71 Escala de instrumento analgico 111
Figura 72 Registrador 112
Figura 73 Transmissor 112
Figura 74 Vlvula conversora 112
Figura 75 Controladores 113
Figura 76 Curva caracterstica do erro de histerese 115
Figura 77 Malha de processo 120
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Sumrio
1. Introduo 11
2. Sistemas de grandezas (mtrico, ingls) 15
2.1 Introduo metrologia dimensional 17
2.2 Converso de unidades 22
2.3 Mltiplos, submltiplos 24
2.4 Instrumentos de medidas (medidas lineares) 27
2.5 Noes de normas e legislao aplicada metrologia 40
3 Instrumentao bsica 43
3.1 Bsico de instrumentao 43
3.2 Medio de Presso 45
3.3 Temperatura 59
3.4 Medio de vazo Princpios e denies 83
3.5 Nvel 91
3.6 Elementos nais de controle 98
3.7 Analisadores de Gases 104
3.8 Tipos de malhas de processo 107
4. Fluxogramas 111
4.1 Caractersticas gerais de instrumentos utilizados nas
indstrias de Petrleo, Qumica, Farmacutica, Alimentos e Siderrgica 111
4.2 Terminologia utilizada em instrumentao que
dene caractersticas estticas e dinmicas dos instrumentos 113
4.3 Simbologia 116
4.4 Malha de processo Identicao de instrumentao 119
Referncias 123
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Introduo
JosMarianoSoares
PintoCoelho
Figura 1 Controle da unidade de processo de uma renaria de petrleo
1
Este livro tem como nalidade apresentar de forma rpida os equipamentos e os processos, uti-
lizados na indstria de petrleo. Acompanhe alguns dos assuntos que sero abordados a seguir.
MEDIO
Contedo em que ter uma viso das prticas de
medio, dos instrumentos de medio utilizados e das
variveis de processo. Acompanhe no quadro ao lado.
MEDIO DE VAZO Voc saber como feita a
medio de vazo em petrleo e gs e os princi-
pais instrumentos utilizados.
MEDIO DE PRESSO Voc conhecer as tcni-
cas de medio de presso nos poos de petr-
leo e os instrumentos empregados.
PressoTemperaturaNvelVazoControle de processoAnlise de gasesProtocolos empregados na
comunicao dos instrumentosde medidas como: ProtocoloHart e Protocolo Fieldbus)
Os instrumentos que so utiliza-dos em plataformas de extraode petrleo e em renarias
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METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS12
1PETROLFERA
Indstria de petrleo.
MEDIO DE NVEL Voc poder conhecer as tcnicas de medio do nvel
dos tanques abertos e dos tanques fechados. Tambm car sabendo como
feito o armazenamento de Petrleo e Gs.
MEDIO DE TEMPERATURA Voc vai descobrir como os sensores so utiliza-
dos na indstria de petrleo e gs.
MEDIO DE GASES Neste item voc ver que se trata de uma operao
realizada com o emprego de clulas especiais.
METROLOGIA Voc vai conhecer as tcnicas de calibrao, conceitos e estabe-
lecimento de tratamentos estatsticos. Depois de aprender as tcnicas voc vai
descobrir que a indstria de Petrleo e Gs utiliza essas medidas na obteno
de certicados de calibrao para garantir a conabilidade do que foi medido.CONTROLE DE PROCESSO Com este conceito voc vai identicar as princi-
pais tcnicas utilizadas pelos controladores nas plataformas e renarias de
Petrleo e Gs.
Metrologia e Instrumentao Aplicadas a Petrleo e Gs
COMPONENTES CURRICULARESCARGAHORRIA
Mdulo Bsico
MduloEspeccoProssional(1 Etapa)
MduloEspeccoProssional(2 Etapa)
CARGA HORRIA TOTAL: TCNICO EM PETRLEO E GS: 1.200H
Fundamentos Tcnicos e Cientcos de Petrleo e Gs
Comunicao/Informtica 32hFundamentos da Indstria de Petrleo e Gs 60h
QSMS 24hMetrologia e InstrumentaoAplicadas a Petrleo e Gs 80h
Qumica Aplicada ao Petrleo e Gs 80h
Fsica Aplicada ao Petrleo e Gs 80h
Operao de Sistema Produtivo na Cadeia de Petrleo e Gs
Explorao On-shore e Off-shore 160h
Tecnologias do Sistema Produtivo On-shore e Off-shore 160h
Processamento do Petrleo e Gs 100h
Logstica e Manuteno da Cadeia de Petrleo e Gs 64h
Planejamento e Atividade na Cadeia de Petrleo e Gs
Gesto de Pessoas 40h
Gesto da Produo 80h
Controle da Qualidade de Insumos, Produtos e Processosna Cadeia de Petrleo e Gs
Ensaios Analticos na Cadeia de Petrleo e Gs 80h
Avaliao de Desempenho de Insumos,Produtos e Processos 60h
Manuteno em Sistemas Produtivos naCadeia de Petrleo e Gs
Manuteno Industrial 100h
356h
484h
360h
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13
Anotaes:
1 INTRODUO
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A norma ABNT NBR ISO31-11:2006 adota um sistema de grandezas fsicas. Ele est estrutura-
do em sete grandezas. Conra no quadro a seguir.
Sistemas de grandezas
2
Figura 2 Smbolos e nmeros formam as grandezas fsicas
Comprimento
Massa
Tempo
Intensidade de corrente eltrica
Temperatura termodinmica
Quantidade de matria
Intensidade luminosa In-Flio/PaulaMoura
Basicamente, quando falamos de sistema de grandeza podemos pensar em dois sistemas:
Sistema mtrico Sistema ingls
S =n 1
k = 1 (Xk X)2
In-Flio/Cri
sMarcela
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16METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
SISTEMA MTRICO
Este sistema utiliza o metro como padro. O termo metro teve origem na pala-vra grega Metron que signica medir.
No Brasil, o sistema mtrico foi implantado pela Lei Imperial n 1.157, de 26 de
junho de 1862. Esta lei estabeleceu um prazo de dez anos para que os padres an-
tigos fossem inteiramente substitudos.
O metro a que se refere a Lei foi denido como sendo a distncia entre os dois
extremos da barra de platina, depositada nos arquivos da Frana e apoiada nos
pontos de exo mnima na temperatura de zero grau Celsius.
SISTEMA INGLS
O sistema ingls tem como padro a jarda. Esse termo tem origem na palavra
inglesa Yard que signica vara. uma referncia ao uso de varas nas medies. Es-
se padro foi criado por alfaiates ingleses. No sculo XII, em consequncia da sua
grande utilizao, esse padro foi ocializado pelo rei Henrique I. A jarda teria si-
do denida, ento, como a distncia entre a ponta do nariz do rei e a de seu pole-
gar, com o brao esticado.
As relaes existentes entre a jarda, o p e a polegada tambm foram institu-
das por leis, nas quais os reis da Inglaterra xaram que:
1 jarda = 3 ps = 36 polegadas
1 polegada = 25,4 mm
1 p = 12 polegadas
1 milha terrestre = 1.760 jardas = 5.280 ps
A polegada, unidade adotada pelo sistema ingls, em mecnica, pode ser re-
presentada por dois sistemas:
Sistema binrio (fracionrio) Sistema decimal
O sistema binrio (fracionrio) caracteriza-se pela maneira de sempre dividir
por dois a unidade e as suas fraes. Assim, obtm-se, da polegada, a seguinte s-
rie decrescente:
1", , , , , , ,1 1 1 1 1 1 12" 4" 8" 16" 32" 64" 128"
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS17
O sistema decimal caracteriza-se por ter, sempre, no denominador da frao,
uma potncia de base dez, como mostra a srie:
Os termos milsimo e dcimo de milsimo de polegada so os mais utilizadosna prtica. Nas medies em que se requer maior exatido, utiliza-se a diviso de
milionsimos de polegada, tambm chamada de micropolegada. Em ingls, mi-
cro inch. representado por inch.
Exemplo: 0,000001 = 1 inch
2.1 INTRODUO METROLOGIA DIMENSIONAL
Metrologia a cincia da medio, veremos ver a seguir alguns conceitos que
sero empregados ao longo deste livro.
Nos laboratrios de metrologia necessrio controlar aentrada de pessoas, a temperatura e a umidade relativa do ar.A indstria de petrleo e as refinarias necessitam deinstrumentos de medidas calibrados e com confiabilidademetrolgica.
= =
==
=
= 1 "1"1
1"10
= 0,001"1" 1"103 1000
= 0,0001"1" 1"104 10000
= 0,1"1" 1"101 10
= 0,01"1" 1"102 100
In-Flio/PaulaMoura
Metrologia legal
Metrologia cientca
Calibrao
Controle metrologia
Medir
Medio
Grandeza
Ajuste
Exatido de medio
Incerteza de medio
Erro de medio
Erro aleatrio
Erro sistemtico
Padro
Conra na pgina seguinte a denio de cada um desses conceitos.
VOCSABIA?
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18METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
In-Flio/Pa
ulaMoura
Metrologia legal Parte da metrologia que se refere s exigncias legais,
tcnicas e administrativas, relativas s unidades de medida, aos mtodosde medio, aos instrumentos de medir e s medidas materializadas.
Metrologia cientca Refere-se s unidades de medida e seus padres,assim como estabelecimento, reproduo, conservao e transmisso dos
dados. Seu objetivo a padronizao das unidades no mais alto nvel,
pesquisando processos para a medio de grandezas e encarregando-se,
tambm, de sua normatizao, sistematizao e aprimoramento.
Calibrao o confronto de um instrumento de medio com umpadro. Os instrumentos de medida utilizados nas renarias e
plataformas de petrleo so calibrados e emitido um certicado de
calibrao.
Controle metrologia So operaes que visam assegurar a garantiapblica nos principais campos da metrologia legal.
Medir o procedimento experimental pelo qual o valor momentneode uma grandeza fsica determinado como um mltiplo e/ou frao de
uma unidade estabelecida por um padro.
Medio o conjunto de operaes que tem como objetivo determinarum valor para uma grandeza.
Grandeza Atributo de um fenmeno, corpo ou substncia que pode serqualitativamente distinguido e quantitativamente determinado.
Ajuste Operao destinada a fazer com que um instrumento demedio tenha desempenho compatvel com seu uso.
Exatido de medio Grau de concordncia entre o resultado de umamedio e um valor verdadeiro do mensurando. Em ingls, o termo
accuracy of measurement.
Incerteza de medio Parmetro, associado ao resultado de umamedio, que caracteriza a disperso dos valores que podem ser
fundamentadamente atribudos a um mensurando.
Erro de medio Resultado de uma medio menos o valor verdadeirodo mensurando. Uma vez que o valor verdadeiro no pode ser
determinado, utiliza-se na prtica, um valor verdadeiro convencional.
Erro aleatrio o resultado de uma medio menos a mdia queresultaria de um innito nmero de medies do mesmo mensurando,
efetuadas sob condies de repetitividade. Observaes:
1.O erro aleatrio igual ao erro menos o erro sistemtico.
2. Em razo de que apenas um nito nmero de medies pode ser feito, possvel apenas determinar uma estimativa do erro aleatrio.
Erro sistemtico Mdia que resultaria de um innito nmero demedies do mesmo mensurando, efetuadas sob condies de
repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.
Padro Medida materializada, instrumento de medio, material de
referncia ou sistema de medio destinado a denir, realizar, conservarou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza,
para servir como referncia.
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS19
Acompanhe em seguidaos diversos padrescom suas denies:
Padro primrio
Padro secundrio
Padro internacional
Padro nacional
Padro de trabalho
Padro primrioPadro que designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais
altas qualidades metrolgicas e cujo valor aceito sem referncia a outros
padres de mesma grandeza.
Padro secundrioPadro cujo valor estabelecido por comparao a um padro primrio
da mesma grandeza.
Padro internacional
Padro reconhecido por um acordo internacional, servindo como basepara estabelecer valores a outros padres da grandeza a que se refere.
Padro nacionalPadro reconhecido por uma deciso nacional para servir, em um pas, como
base, com a nalidade de estabelecer valores a outros padres da grandeza a
que se refere.
Padro de trabalhoPadro utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas mate-
rializadas, instrumentos de medio ou materiais de referncia.
Rastreabilidade
Propriedade do resultado de uma medio ou do valor de um padro que es-
teja relacionado s referncias estabelecidas. Geralmente padres nacionais ou in-
ternacionais, por meio de uma cadeia contnua de comparaes, todas tendo in-
certezas estabelecidas.
Instrumentao
o conjunto de tcnicas e instrumentos usados para observar, medir, registrar,
controlar e atuar em fenmenos fsicos. A instrumentao preocupa-se com o es-
tudo, desenvolvimento, aplicao e operao dos instrumentos.
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20METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Sistema internacional de medio
Sistema coerente de unidades adotado e recomendado pela Conferncia Ge-ral de Pesos e Medidas (CGPM). Desde 3 de maio de 1978, pelo Decreto n 81.621,
o Brasil adota o Sistema Internacional de Unidades (SI). O Sistema baseado, atual-
mente, nas sete unidades de base. Veja a relao abaixo:
GRANDEZA UNIDADE SMBOLO
Padres dereferncia
Padres detransferncia
Padres detrabalho
Hierarquia de padres
Os padres, independentemente da organizao a que pertencem, seja um la-
boratrio industrial ou laboratrio de um instituto de pesquisa de alta tecnologia,
devem, internamente, ser classicados em:
Comprimento
Massa
Tempo
Corrente eltrica
Temperatura termodinmica
Quantidade de matria
Intensidade luminosa
metro
quilograma
segundos
ampre
Kelvin
mol
candela
m
kg
s
A
K
mol
cd
Padroprimrio
Padrosecundrio
Padro tercirio(indstria )
Unidades bsicas do sistema
Hierarquia dos laboratrios metrolgicos
Esta classicao permite estabelecer a disseminao dos valores das grande-
zas estabelecidas pelo Sistema Internacional de Unidades, desde a sua denio,
o desenvolvimento do fenmeno fsico escolhido por acordo internacional, at as
mais simples aplicaes do processo de medio na cadeia produtiva.
A preciso das medidas difere largamente entre os diversos nveis da hierarquia
dos laboratrios metrolgicos. Esta hierarquia possui os seguintes nveis:
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS21
In-Flio/PaulaMoura
No entanto, periodicamente, so
realizados programas interlaboratoriaispara estabelecer a disperso com
que a grandeza denida
internacionalmente, eles so denidos
nos vrios institutos internacionais que
participam do Bir Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM).
Fomos chamados para vericar um problema em um transmissor de tem-
peratura, de uma plataforma de extrao de petrleo. No instrumento TT
2201T02, o operador alegava defasagem de medio. Na sala de controle, a
indicao do transmissor era de 82,25C.
O operador estava utilizando um termmetro de 4 dgitos, com um sen-
sor termopar, tipo J manual, ele armou que mediu durante uma hora e que
o termmetro tinha certicado de calibrao, tendo observado que a tem-
peratura do tanque estava errada (temperatura medida: Ter 002 78,70C).
Foi solicitada uma PT (Permisso de Trabalho), em funo da defasagem de
2,55 C. A temperatura mxima do tanque de 90C (no processo) e a tole-
rncia do processo 0,5%, o que d uma temperatura de 0,45C, muito
acima do erro. Foi medida a temperatura do sensor que, na ocasio, marca-
va 82,30 C. O transmissor foi calibrado e no foi encontrado erro de medi-
o. Solicitamos ao operador o certicado de calibrao do termmetro e
constatamos que o termmetro estava com o certicado vencido. Ento, o
termmetro foi encaminhado para a calibrao, onde se vericou o erro na
medio. O termmetro foi calibrado e comunicamos, a operao que sutilizasse termmetros com validade de calibrao.
CASOS E RELATOS
Os padres primrios nacionais so calibrados em relao aos padres prim-
rios internacionais. No pice desta hierarquia teramos um impasse, pois no sa-
beramos quem deveria calibrar os padres de referncia internacionais.
Como estes padres so denidos por acordo internacional, eles so adotados
por conveno, levando em conta o fato de que a realizao do fenmeno fsico
que dene a grandeza no est sujeita aos erros comumente identicados nos ou-
tros padres.
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22METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
2.2 CONVERSO DE UNIDADES
Unidades usadas no Brasil
UNIDADES SMBOLO GRANDEZA
Metro
Metro quadrado
Metro cbico
Quilograma
Litro
Mililitro
Quilmetro
Metro por segundo
Hora
Minuto
Segundo
Grau Celsius
Kelvin
Hertz
Newton
Pascal
Watt
Ampre
Volt
Candela
Mol
m
m2
m3
kg
l
ml
km
m/s
h
min
s
C
K
Hz
N
Pa
W
A
V
Cd
Mol
Comprimento
rea
Volume
Massa
Volume ou Capacidade
Volume ou Capacidade
Comprimento (distncia)
Velocidade
Tempo
Tempo
Tempo
Temperatura Celsius
Temperatura
Frequncia
Fora
Presso
Potncia
Corrente eltrica
Tenso eltrica
Intensidade luminosa
Quantidade de matria
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS23
Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente daquela que se es-
t utilizando, ela deve ser convertida, ou seja, precisamos mudar a unidade da me-
dida. Por conta disso, para converter polegada em milmetro necessitamos de umainformao precisa. Acompanhe com ateno!
UNIDADE DE PRESSO
Pa (N/m2) cm.H2Opsi mmHgkgf/cm2 pol.Hgpol.H2O atm bar
1
9,8064 x 10-4
6,8948 x 103
249,08
98,064
3,3864 x 103
133,32
1,0133 x 105
1 x 105
0,010197
1000
70,31
2,540
1
34,53
0,001359
1033
1019,7
1,45 x 10-4
14,22
1
0,03613
0,01422
0,4912
0,01934
14,69
14,504
7,501 x 10-3
735,6
51,71
1,868
0,7356
25,40
1
760,0
750,06
1,0197 x 10-5
1
0,07031
0,00254
0,0010
0,03453
0,00136
1,033
1,0197
2,953 x 10-4
28,96
2,036
0,07355
0,02896
1
0,03937
29,92
29,53
4,0147 x 10-3
393,7
27,68
1
0,3937
13,5951
0,5352
406,79
401,47
9,8692 x 10-6
0,9678
0,06805
0,00246
9,678 x 10-4
0,03342
0,00132
1
0,98692
1 x 10-5
0,98069
0,06895
0,0249
9,8064 x 10-4
0,03386
1,3332 x 10-3
1,0133
1
CONVERSO DE UNIDADES DE PRESSO
Em presso podemos usar vrios tipos de unidades de presso. No sistema SI,
a unidade usada o Pascal (Pa). Observe alguns exemplos de unidades:
Pa, kgf/cm2, mHg, mH2O, lbf/pol2(Psi), atm e bar
In-Flio/PaulaMoura
Sabendo-se que uma polegada mede
25,4mm, a converso de polegada
decimal em milmetro ou de polegada
binrio em milmetro feita quando
multiplicamos o valor da polegada
decimal ou binrio por 25,4mm.
Tabela de converso de presso
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24METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
2.3 MLTIPLOS E SUBMLTIPLOS
Resistncia eltrica
SUBMLTIPLOS
SUBMLTIPLOS/MLTIPLOS
UNIDADE
UNIDADE
UNIDADE
SMBOLO
VALOR
VALOR
FATOR DEMULTIPLICAO
Miliohm
Mltiplos
Quiloohm
Megaohm
Gigaohm
microvolt
milivolt
volt
quilovolt
megavolt
m
Unidade
k
M
G
V
mV
V
kV
MV
10-3
Valor
103
106
109
106V
103V
1 V
103V
106V
Tabela de converso baseada no Sistema Internacional de Unidades (SI)
Tenso eltrica
exametro
petametro
terametro
gigametro
megametro
quilmetro
hectmetro
decmetro
metro
decmetro
centmetro
milmetro
micrometro
nanometro
picometrofemtometro
attometro
Em
Pm
Tm
Gm
Mm
km
hm
dam
m
dm
cm
mm
m
nm
pmfm
am
1018= m
1015= m
1012= m
109= m
106= m
103= m
102= m
101= m
1 = m
101= m
102= m
103= m
106= m
109= m
1012= m1015= m
1018= m
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS25
Ampre
Potncia eltrica
SUBMLTIPLOS/
MLTIPLOS
SUBMLTIPLOS/MLTIPLOS
UNIDADE
UNIDADE
VALOR
VALOR
Picoampre
Nanoampre
Microampre
Miliampre
Ampre
Quiloampre
Mega-ampre
microwatt
miliwatt
watt
quilowatt
megawatt
pA
A
A
mA
A
kA
MA
W
mW
W
kW
MW
1012A
109A
106A
103A
1
103A
106A
106W
103W
1
103W
106 W
Unidades e padres
In-Flio/PaulaMoura
Para realizar uma medio necessrio identicar aexistncia da unidade,estabelecida por um padro,segundo uma convenoprpria, regional, nacional ouinternacional.
Estabeleceu-se, em 1960, atravsdo Bureau Internacional dePesos e Medidas (BIPM), umconjunto coerente de unidades:o Sistema Internacional deUnidades (SI), que consta dasunidades de base, unidadesderivadas e unidadessuplementares.
O SI deniu sete grandezasfsicas independentes e
estabeleceu para cada grandezaum valor unitrio, identicadoatravs de um padro.
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26METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
GRANDEZA
FUNDAMENTAL
GRANDEZA
DEFINIO
UNIDADE
UNIDADE
SMBOLO
SMBOLO
EXPRESSOEM UNIDADESDE BASE
Comprimento
Massa
Tempo
Corrente eltrica
Temperatura
termodinmica
Intensidade
luminosa
Quantidade de
matria
rea
Volume
Massa especca
Vazo
Velocidade
Concentrao de substncia
Volume especco
Luminncia
metro quadrado
metro cbico
quilograma/metro cbico
metro cbico/segundo
metro /segundo
mol/metro cbico
metro cbico/quilograma
candela/ metro quadrado
metro
quilograma
segundo
ampre
kelvin
candela
mol
m2
m3
kg/m3
m3/s
m/s
mol/m3
m3/kg
cd/m2
m
kg
s
A
K
cd
mol
Unidades derivadas
m2
kg/m3
kg/m3
m3/s
m/s
mol/m3
m3/kg
cd/m2
Metro o comprimento do trajeto percorrido
pela luz no vcuo, durante um intervalo de
tempo de 1/299792458.
O quilograma a massa representada pelo
prottipo internacional do quilograma,
conservado no BIPM, em Sves, Frana.
O segundo a durao de 9192631770
perodos, da radiao correspondente
transio entre dois nveis hipernos
do estado fundamental, do tomode csio 133.
Corrente eltrica invarivel que mantida em
dois condutores retilneos, paralelos, de
comprimento innito e de rea de seo
transversal desprezvel e situados no vcuo a
um metro de distncia um do outro produz
entre esses condutores uma fora igual a 2 x
103Newton, por metro de comprimento
desses condutores.
Frao 1/273, 16 da temperatura
termodinmica do ponto trplice da gua.
Intensidade luminosa, numa direo dada, de
uma fonte que emite uma radiao
monocromtica de frequncia 540 x 1012hertz
e cuja intensidade energtica naquela direo
1/683 watt por esferorradiano.
O mol a quantidade de matria de um
sistema que contm tantas entidades
elementares, quantos so os tomos contidos
em 0,012 quilograma de carbono.
Grandezas fsicas
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS27
2.4 INSTRUMENTOS DE MEDIDA (MEDIDAS LINEARES)
CALIBRAO DE INSTRUMENTOS DE MEDIDA
Este procedimento se aplica a qualquer instrumento a ser calibrado. Acompa-
nhe os itens que compem este procedimento:
In-Flio/PaulaMoura
Atividades: Execuo nas calibraes
Responsabilidade: MetrologistaSuperviso: Gerente tcnico
Temperatura VibraoUmidade
Relativa do Ar
As escalas tero valores reais e mais ou menos um percentual de medio.
O laboratrio ter que atender s condies:
Uma boa iluminao, ambiente limpo e arejado.
No poder haver trnsito de pessoas estranhas em seu interior.
Os padres no podero sair do laboratrio.
O metrologista dever ser treinado periodicamente.
O procedimento de calibrao ter que ser revisado periodicamente.
Condies ambientais
As condies ambientais devem atender ao processo de calibrao.
Veja quais so elas:
Os instrumentos aserem calibrados
devero serlimpos e isentosde graxa.
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28METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
MEDIO
Podemos dizer que as medidas resultam de um processo em que as entradas(os fatores metrolgicos) so identicadas como amostras: mtodo, operador, equi-
pamento, condies ambientais em uma medida. Dessa maneira, pode-se enten-
der medida como o produto do processo de medio e, nesse sentido, a sua qua-
lidade o resultado do processo gerencial.
Assim, antes de utilizar uma medida como informao, relevante para qualquer
tomada de deciso, necessrio estudar o processo de medio, de modo a co-
nhecer todas as fontes de variao associadas aos fatores metrolgicos.
A este estudo chamamos metrologia.
PROCESSO DE MEDIO
Medir o procedimento experimental pelo qual o valor momentneo de uma
grandeza fsica (grandeza a medir GM) determinado como o mltiplo ou frao
de uma unidade , estabelecida por um padro, e reconhecida internacionalmente.
A operao de medio (Sistema de Medio SM) denominada:
Instrumento de medio (pequeno porte)
Mquina de medir (em forma de mquina)
Medidor de temperatura
A medida obtida pela aplicao dos chamados parmetros caractersticos do
SM leitura. Estes parmetros devem ser de conhecimento do metrologista, an-
tes do incio da operao de calibrao. Podem ser expressos atravs de constan-
tes, aditivas, multiplicativas, equaes lineares ou no lineares, tabelas ou grcos.
Equipamentos
Amostra
Operador
Mtodo
CondiesAmbientais
Medida
In-Flio/PaulaMoura
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS29
Figura 3 Paqumetro
SISTEMAS DE MEDIO
Os diversos sistemas de medio revelam a existncia de trs elementos fun-
cionais bem denidos e que se repetem com grande frequncia.
TransdutorUnidade de
tratamento de sinalIndicador
ReceptorIndicador ouregistrador
Unidade detratamento
de sinaisTransdutor
GRANDEZA A MEDIR
Todo trabalho ter que ser feito com a maior segurana.Sem utilizar os EPIs, em caso de acidente voc ser o maiorprejudicado.
FIQUEALERTA
O transdutor o mdulo de SMque est em contato
com a grandeza a medir. O transdutor transforma a gran-
deza em sinal eltrico proporcional, segundo uma funo
de transferncia, e denominado de sensor. O sinal gera-
do no transdutor enviado, via cabo, para a unidade de
tratamento de sinal, que amplica e entrega ao indicador,
produzindo uma leitura da unidade. O termmetro possui
os trs elementos funcionais. A temperatura a ser medida
absorvida pelo lquido, no interior do bulbo que o trans-
dutor; o tubo capilar amplica este sinal (transforma a varia-
o volumtrica em uma variao da coluna do uido). O in-
dicador formado pela coluna do lquido contra a escala.Figura 4 Termmetro
de dilatao de lquidos
In-Flio/StelaMartins
In-Flio/CrisMarcela
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30METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
E = M VV
RESOLUO DA MEDIO
A medida, obtida de SM, sempre expressa por meio de um nmero e a uni-dade de medida. O trabalho de medio no termina com a obteno da medida.
Neste ponto, que se inicia o trabalho do metrologista. Ele dever checar a infor-
mao denominada resultado da medio.
O resultado da medio (RM) expressa o que se pode determinar como sendo
o valor da grandeza a medir. Ele composto de duas parcelas:
O chamado resultado base (RB), que corresponde ao valor da faixa quedeve situar o valor verdadeiro da grandeza medida.
E a incerteza do resultado (IR) que exprime a faixa de dvida ainda pre-sente no resultado, provocadas por erros presentes noSM, variaes da
grandeza medir.
Assim, o resultado da medio expresso pela relao
RM = RB IR unidade
O procedimento de determinao do RM realizado baseado nos itens a seguir:
Conhecimento aprofundado do processo que dene a grandeza a sermedida.
Conhecimento do sistema de medio (caractersticas metrolgicas eoperacionais).
Bom senso.
ERRO DE MEDIO
O erro de medio caracterizado como a diferena entre o valor efetivamen-
te medido por umSMe o valor verdadeiro desta grandeza.
Onde
E erro de medioM medida
VV valor verdadeiro
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS31
Na prtica, o valor verdadeiro desconhecido, usamos o valor verdadeiro con-
vencional (vv), como o valor conhecido com erro no superior a um dcimo do er-
ro de medio esperado.
Para eliminar o erro de medio necessrio empregar um SMperfeito sobre
a grandeza a medir, perfeitamente denida e estvel. Na prtica, no se consegue
um SMestvel. Portanto, impossvel eliminar o erro de medio do valor.
Contundo, mesmo sabendo da existncia do erro de medio, ainda possvel
obter informaes conveis.
TIPOS DE ERRO
Para melhor entender o erro de medio, podemos considerar o erro como al-
go composto de trs parcelas:
Onde
VVC= valor verdadeiro convencionalE = M VVC
Erro grosseiro (Eg) Geralmente, decorrente do mau uso ou mau funcio-
namento de SM. Pode ocorrer em funo de leitura errnea, operao indevi-
da ou dano do SM. Seu valor totalmente imprevisvel, porm, a sua existn-
cia facilmente detectvel.
Erro sistemtico (Es) uma parcela de erro sempre presente nas medies
realizadas em idnticas condies de operao. Um indicador com ponteiro
torto um exemplo clssico de erro sistemtico, que sempre se repetir
enquanto o ponteiro estiver torto.
Tanto pode ser causado por problema de ajuste ou desgaste do sistema de me-
dio, quanto por fatores construtivos. Pode ainda ser inuenciado por fatores ex-
ternos, como as condies ambientais. O erro sistemtico, embora se repita se a me-
dio for realizada em condies idnticas, geralmente no constante ao longo de
toda faixa em que o SMpode operar.
E = Eg + Es + Ea
Onde
E = Erro de medio
Eg= Erro grosseiro
Es= Erro sistemtico
Ea= Erro eleatrio
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32METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Erro aleatrio Quando uma medio repetida diversas vezes, nas mes-
mas condies observam-se variaes nos valores obtidos. Em relao ao
valor mdio, nota-se que estas variaes ocorrem de forma imprevisvel,tanto nos valores acima quanto nos que esto abaixo do valor mdio.
Diversos fatores contribuem para o surgimento do erro aleatrio. A existncia
de folga interna em instrumentos mecnicos, ou problemas nas condies am-
bientais, podem, por exemplo, contribuir para o aparecimento deste tipo de erro.
Figura 5 Exemplo de erro aleatrio
O erro aleatrio o erro encontrado nos instrumentos emvirtude de folga no mecanismo.
VOCSABIA?
CONCEITOS DE PROBABILIDADE
Existem funes cujo comportamento perfeitamente previsvel. Estas funes
so denominadas determinsticas. A funo f(x) =2x 4 uma funo determins-
tica, desde que seu valor esteja perfeitamente caracterizado quando x denido.
A funo determinstica muito empregada em modelos matemticos idealizados.
36VIM
Vocabulrio Internacional
de Metrologia
In-Flio/CrisMarcela
A
C
B
D
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-
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34METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
O procedimento a ser adotado mostrado a seguir:
1. Executar um nmero nde medies
2. Calcular o desvio padro das medies
3. Calcular a incerteza (conforme utilizao).
Adotando-se valores individuais (situao mais crtica):
S =n 1
k = 1n
(Xk X)2
u =
n
u =s
Adotando-se mdias dos valores (quando consideramos a mdia como o resul-
tado das medies):
Incerteza Tipo B(uB)
A incerteza do tipo B o mtodo de avaliao da incerteza realizado por ou-
tros meios que no a anlise estatstica de uma srie de observaes. Segue abai-
xo alguns exemplos de incertezas do tipo B.
Dados de medies anteriores.
Especicaes de fabricantes.
Experincia na utilizao e vericao do comportamento do instrumen-to com tempo.
Dados fornecidos em certicados de calibrao.
Onde:
s= Desvio padroXk= Resultado da medio atual
X= Mdia dos resultados
n = Nmero de medies
k = ndice da medio atua
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS35
INCERTEZA DECLARADA COM FATOR DE ABRANGNCIA K(NVEL DE CONFIANA) INFORMADO
Alguns fabricantes fornecem, atravs dos manuais ou certicados de calibra-
o, um valor de fator de abrangncia, que baseado no nvel de conana dos
resultados fornecidos pelo instrumento, em que:
k= 2: a incerteza declarada foi estimada para um nvel de conana de 95%
k= 3: a incerteza declarada foi estimada para um nvel de conana de 99,73%
Tanto a incerteza expandida quanto o fator de abrangncia so obtidos dos
certicados de calibrao e a partir destes dois valores pode-se determinar o va-
lor da incerteza padro (incerteza do tipo B), pois basta dividir o resultado da in-
certeza expandida pelo fator de abrangncia.
Tabela de Student
NVEL DECONFIANA P
T DE STUDENT
90%
95%99%
1,64
1,962,58
LIMITES DE ERRO ESPECIFICADOS PELO FABRICANTE
Em alguns casos o fabricante fornece apenas os limites de erro do equipamen-
to de medio. Nestes casos, adota-se o seguinte procedimento:
Calcular a que a mdia dos limites inferior e superiorCalcular a incerteza do tipo B pela expresso
u =a
3
INCERTEZA GERADA POR EFEITOS SISTEMTICOS NO COMPENSADOS
Em algumas situaes prticas os erros sistemticos no so compensados e a
distribuio desses erros no simtrica, em relao a um ponto de referncia. Com
isso, o clculo da incerteza ca mais difcil. Assim, para simplicar os clculos no
cho de fbrica, contrariando o rigor matemtico, a incerteza de medio pode ser
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36METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
determinada atravs de uma distribuio retangular, em que usada a diferena
entre o maior e o menor valor encontrado nas medies como numerador. Desta
forma, temos a incerteza de medio determinada como indicada abaixo:
Onde:
Mi o maior valor encontrado
Mj o menor valor encontrado
u =Mi Mj
3
INCERTEZA DEVIDO RESOLUO DE UM INSTRUMENTO ANALGICO
Nos sistemas com mostradores analgicos a resoluo terica zero. Entretan-
to, em funo das limitaes do operador, da qualidade do dispositivo indicador
e da prpria necessidade de se realizar leituras mais ou menos criteriosas, a reso-
luo adotada (RA) pode ser:
RA= Valor da diviso (VD), quando o mensurando apresentautuaes superiores ao prprio VD, ou no caso de
tratar-se de uma escala grosseira ou de m qualidade.
RA = VD/2, quando se tratar de SM de qualidade regular ouinferior; e/ou o mensurando apresentar utuaes
signicativas; e/ou quando o erro de indicao direta
no for crtico.
RA = VD/5, quando se tratar de SM de boa qualidade (traos eponteiros nos, etc.) e a medio em questo tiver de ser
feita criteriosamente.
RA = VD/10, quando o SM for de qualidade, o mensurandoestvel, a medio for altamente crtica quanto a erros de
indicao direta e a incerteza do SM for inferior ao VD.
Considerando o que foi dito no pargrafo anterior, pode-se dizer que ao se uti-
lizar um instrumento de medio analgico, o operador est sujeito ao erro de ar-
redondamento, por conta da resoluo adotada para o sistema de medio. Em
funo disto, durante o processo de medio, introduzida uma componente adi-
cional de incerteza. Seu efeito de natureza aleatria e pode ser quanticado atra-
vs dos limites mximos possveis, segundo uma distribuio retangular. Assim, o
mximo erro de arredondamento decorre da resoluo adotada (RA) e a incerte-
za de um instrumento analgico ser dada por:
u =RA
3
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS37
INCERTEZA DEVIDO RESOLUO DE UM INSTRUMENTO DIGITAL
Em alguns casos, devemos utilizar o valor da resoluo do instrumento (R) ecalcular a incerteza pela expresso:
Isto aplicvel, por exemplo, quando o instrumento tiver o seu mostrador di-
gital, em que o valor mostrado pode variar devido ao truncamento numrico.
INCERTEZA DEVIDO INFLUNCIA DA TEMPERATURA
Considerando que existem variaes de temperatura, mesmo num ambiente
controlado, faz-se necessrio considerar a parcela de incerteza de medio decor-
rente. Para este tipo de incerteza, assume-se uma distribuio triangular. Deve-se
considerar a mxima variao de temperatura dentro dos limites de especicao,
ou a mxima variao de temperatura possvel entre a pea e o sistema de medi-
o, caso no seja feita a correo. Esta parcela de incerteza determinada por
uma distribuio triangular, calculada conforme a equao abaixo:
u =R
32
Onde:
L= Variao no comprimento
L = Comprimento nominal ou mdia das medies
= Coeciente de dilatao trmica do material (ao: a = 11,8 m/C)T = Variao da temperatura (variao expressa em C no clculo)
u = =L LT
6 6
Onde:
L= Variao no comprimento
F= Variao mxima na fora de medio
L= Comprimento medidoA= rea da seco transversal
E= Mdulo de elasticidade do material
u = =L FL
6 6
DEFORMAO DEVIDO FORA DE MEDIO
Mais uma considerao importante para instrumentos dimensionais. A defor-
mao devido fora de medio apresentada na equao a seguir:
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38METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Acompanhe a seguir algumas das incertezas de medio tipo B. evidente que
existem outras fontes de incerteza que tambm podem ser enumeradas. As incer-
tezas demonstradas aqui nem sempre so vlidas para todos os casos.
GRAU DE LIBERDADE (vp)
Grau de liberdade corresponde ao nmero nde observaes independentes
de uma determinada varivel. Entretanto, um grau de liberdade ser perdido pa-
ra cada restrio que existir sobre as nobservaes. Em geral, consideramos que
o grau de liberdade dado pela expresso:
Vp= n 1
GRAU DE LIBERDADE EFETIVO (eff)
Grau de liberdade efetivo o valor que estima a combinao dos graus de li-
berdade (in) associados a cada uma das incertezas padro, com uma ponderao
pelas respectivas incertezas padro (VIM). Seu clculo feito usando-se a frmula
de Welch-Satterwaite.
MENSURANDO VARIVEL
O mensurando ser considerado varivel se o seu valor no permanecer cons-
tante durante todo o perodo de estudo ou de interesse no seu valor, ou ainda
quando as variaes puderem ser percebidas pelo sistema de medio.
MENSURANDO INVARIVEL
O mensurando ser considerado invarivel se o seu valor permanecer constan-
te durante todo o perodo em que houver interesse no seu valor, ou quando as va-
riaes no puderem ser percebidas peloSM. Pode-se dizer tambm que o men-
surando invarivel quando as suas variaes forem inferiores resoluo do SM,
ou quando no h variaes.
Veff=uc
V1 V2 V3 Vi
4
u14 u2
4 u34 ui
4
+ + ++ ...
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS39
INCERTEZA COMBINADA (ic)
A incerteza combinada consiste na soma quadrtica das diversas incertezas demedio apresentadas por um instrumento qualquer, ou seja:
Este valor no adotado como real, pois representa uma probabilidade esta-
tstica de aproximadamente 68% de se encontrar o erro de medio, e assim no
constitui uma boa aproximao. Para determinar a incerteza com nvel de conan-
a maior, deve-se calcular a incerteza expandida, cujo valor estar dentro de uma
conana de 95%. O valor da incerteza combinada contempla tambm as incer-
tezas herdadas dos padres corrigidos, se necessrio, conforme as diretrizes dos
certicados de calibrao correspondentes.
INCERTEZA EXPANDIDA
A incerteza expandida (U), denida como sendo a grandeza que dene um inter-
valo em torno do resultado de uma medio, que pode englobar uma grande frao
da distribuio de valores que, por sua vez, podem ser razoavelmente atribudos ao
mensurando (VIM). Esta frao pode ser vista como a probabilidade de abrangncia ou
nvel de conana do intervalo. Para associar um nvel de conana ao intervalo deni-
do pela incerteza expandida so necessrias suposies explcitas ou implcitas, com
respeito distribuio de probabilidade caracterizada pelo resultado da medio e sua
incerteza combinada. O nvel de conana que pode ser atribudo a este intervalo s
pode ser conhecido na medida em que tais suposies possam ser justicadas.
uc= u1 u22 u3
2 ui2
+ + ++ ...
muito comum a incerteza expandida ser representada pelo smbolo U e o fator
de abrangncia pelo smboloke, em geral, o nvel de conana de 95%. O fator de
abrangncia k95%equivale ao coeciente de Student para dois desvios padro.
Onde:
k o fator de abrangncia parao nvel de conana desejado.
U = k uc
2
O uso de EPI obrigatrio em qualquer tipo de trabalho. Lembre-sede que o maior prejudicado em um acidente pode ser voc.
FIQUEALERTA
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40METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
VOCSABIA?
PRINCIPAIS CONSIDERAES NA AVALIAO DA IMEM MEDIO DIRETA
Na metrologia dimensional, quando se realizam medies diretas, as principais
fontes de incerteza que podem estar presentes durante o processo so:
A incerteza da calibrao do sistema de medio (IC), que a incerteza
herdada
O arredondamento devido resoluo do sistema de medio (IR)
A inuncia da diferena de temperatura entre a pea e a escala do sistemade medio (IT)
A incerteza do Tipo A(uA)
A tendncia dos sistemas de medio, que a inuncia sistemtica
A inuncia da fora de medio
Diferena entre o material da pea e o do SM
Outras fontes de incerteza podem estar presentes, mas, neste trabalho, o que
ser considerado se o sistema de medio est adequado ao uso, se o operador
est capacitado para realizar a medio corretamente e se o mensurando no so-
fre modicao indevida pelo sistema de medio. Assim, as fontes de incerteza
podem ser identicadas e avaliadas de forma consistente e segura.
2.5 NOES DE NORMAS E LEGISLAO APLICADA METROLOGIA
No Brasil, essa norma denominada NBR ISO/IEC 17025, utilizada pelo INMETRO,
com credenciamento do laboratrio a ser integrado RBLE Rede Brasileira de La-
boratrios de Ensaio e a RBC Rede Brasileira de Calibrao.
Quanto incerteza da medio, a expresso da incerteza era considerada um
grande obstculo na harmonizao entre os sistemas de medio. O CIPM Comi-
t Internacional de Pesos e Medidas articulou um frum de especialistas de di-
versas instituies internacionais (ISO, IEC International Electrotechnical Com-
mission BIPM, OIML, IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry,
Os conceitos de unidades de medida sero utilizados nasprticas de calibrao e no ajuste dos instrumentos de medida.
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2 SISTEMAS DE GRANDEZAS41
IUPAP International Union of Pure and Applied Physics e IFCC International
Federation of Clinical Chemistry) para produzir um guia que apresentasse os pre-
ceitos tericos e denisse uma maneira sistematizada para a expresso da incer-teza. Este guia conhecido como GUM Guide to the Expression of Uncertainty
in Measurement, cuja primeira edio em ingls foi lanada em 1993. O Brasil pu-
blicou a segunda edio revisada, em portugus, em agosto de 1998.
Este captulo procurou denir os modos e os critrios necessrios para secalibrar um instrumento (calibrar confrontar o instrumento com um pa-
dro). Vimos que antes de realizar a calibrao precisamos conhecer o sis-
tema de numerao, as converses de unidades, as noes de normas e a
legislao utilizadas pelos laboratrios de calibrao. Assim, denir a incer-
teza de medio como denir o erro presente no ensaio feito no instru-
mento. Os possveis erros so: erro do metrologista que fez o ensaio, erro
do padro, erro das condies ambientais etc. Antes de fazer o ensaio pre-
cisamos conhecer o modo de como se calcula esta incerteza. Para isso, es-
tudamos toda a parte matemtica inserida nas frmulas e tabelas necess-rias a esse clculo.
RECAPITULANDO
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3.1 BSICO DE INSTRUMENTAO
Na indstria de petrleo e gs natural as variveis mais importantes so a vazo e o nvel,
pois elas so usadas como variveis de transferncia, ou mesmo como seus medidores, sendo a
base para a compra e venda destes produtos. As outras variveis so medidas para ns de com-
pensao, mudanas de volume para massa, estabelecimento de condies padro de transfe-
rncia e segurana de operao.
Instrumentao bsica
3
Figura 6 Na plataforma de petrleo, a instrumentao
CNI
Estas variveis so:
Presso
NvelVazo
Temperatura
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44METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Os processos exigem controles rgidos, pois vo determinar a qualidade do pro-
duto. Os processos industriais podem ser divididos em dois tipos:
O Protocolo Hart, desenvolvido em torno de 1980, pelaRosemount Inc., ele representou a grande revoluo nainstrumentao destes processos, pois permitiu a tranfe-
rncia da varivel medida para a sala de controle. Inicial-mente com proprietrio, o protocolo logo passou a ser deuso gratuito. Em 1993, os direitos autorais do protocolopassaram para Hart Communication Foundation (HCF).
VOC
SABIA?
Figura 7 Exemplo de rede com tecnologia Hart
Processocontnuo
Processodescontnuo
Em ambos os caso teremos de manter as variveis de processo em um deter-
minado valor.
Este conjunto de instrumentos forma uma malha de processo.
PROTOCOLOS UTILIZADOS NA INDSTRIA DE PETRLEO E GS
PROTOCOLO HART
O Protocolo Hart (highway address remote transduce) um sistema que combina
o padro 4 a 20mA com a comunicao digital, permitindo conectar instrumentos
a um computador. Utiliza dois os com uma taxa de comunicao de 1200 bits/s.
Analgico
Hart
Hart
Interface
4 20mA
Dadosdigitais
In-Flio/CrisMarcela
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3 INSTRUMENTAO BSICA45
3.2 MEDIO DE PRESSO
Todos os instrumentos de presso so empregados nas indstrias Qumicas,Farmacuticas, Petrleo e Gs, entre outras.
Presso denida como a relao de uma fora aplicada sobre uma rea.
PROTOCOLO FIELDBUS
Fieldbus um sistema de comunicao digital bidirecional usado para interligarinstrumentos inteligentes, instalados no campo com os sistemas de controle, geral-
mente, localizados na sala de controle. Os instrumentos inteligentes podem forne-
cer informaes de diagnstico e controle, reduzindo a quantidade de instrumen-
tos de uma malha de controle. Este padro permite a comunicao de mltiplas va-
riveis entre vrios instrumentos, proporcionando uma melhora no desempenho
dos processos de produo e automao. Os instrumentos possuem funes avan-
adas, disponveis para a melhoria do controle, permitindo a calibrao remota (
distncia), possibilitando um diagnstico automtico e facilitando a manuteno. O
Fieldbus reduz os custos de manuteno, instalao e partida. Os custos da aoso reduzidos em at 66%, ou mais, pois o Fieldbus permite a instalao de mais de
um instrumento no mesmo par de os. Alm disso, podem ser conectados novos
instrumentos sem a necessidade de instalao de uma nova ao. Outra caracte-
rstica importante deste padro de transmisso a imunidade a rudos, pois todos
os dados so transmitidos digitalmente, aumentando a preciso dos mesmos.
Este conjunto de instrumentos forma uma malha de processo.
Estao de manutenoEstao de operao
Dados dediagnstico
SadaFeedback
FeedbackAlarme
In-Flio/PaulaMoura
Figura 8 Exemplo de rede Fieldbus
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46METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
A varivel a que permite medir a presso, assim como tambm se pode me-
dir outras variveis, tais como: Nvel e Vazo.
P Presso
F Fora a unidade Newton (N)
A rea a unidade m2
P =F
A
P1+ . g . h1= P2+ . g . h2= cte
Newton por metro quadrado Pascal (Pa), como se apresenta a unidade de
presso no Sistema Internacional de Unidade (SI). Por ser muito pequena, comum
represent-la como o KPa e MPa.
UNIDADES DE PRESSO
Vamos relacionar e estudar os princpios, as leis e os teoremas da Fsica utiliza-
dos na medio de presso.
TEOREMA DE BERNOULLI
TEOREMA DE STEVIN
Este teorema foi estabelecido por Stevin. Ele relaciona as presses estticas
exercidas por um udo em repouso.
= Peso especco
Relao entre peso e volume
de uma determinada.
A unidade usual kgf/m3.
P2. P1= P = ( h2 h1) *
P1+ .V1+ . g . h1= P2+ .V2+ . g . h2= cte1 1
2 22
Lei da conservao de energia
Quando a velocidade nula
2
h1
P1
P2
h2
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3 INSTRUMENTAO BSICA47
PRINCPIO DE PASCAL
A presso exercida em qualquer ponto de um lquido esttico se transmite in-tegralmente em todas as direes e produz a mesma fora em reas iguais.
O Volume deslocado
Equao manomtrica
P1=F1A1
P1=F1A1
P1= P2= =F1 F2A1 A2
A1x h1= A2x h2V1= A1x h1 V2= A2x h2
A presso tambm pode ser denida como o somatrio da presso esttica e
da dinmica, sendo assim chamada presso total.
PRESSO ESTTICA
a presso medida na parede interna da tubulao por onde passa o uido. Ela
chamada de esttica, porque a velocidade do uido viscoso que ui atravs da
parede rugosa da tubulao zero.
P1
P2
= ( h1
h2
)P1
+ ( h1
x ) = P2
+ ( h2
x )
10 kgf
F1 = 2cm2
A2 = 10cm2
A2 = 10cm2F1
F22
1
h1 h2
h1
P1 P2
h2
In-Flio/CrisMarcela
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48METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Presso dinmica a presso exercida por um uido em movimento paralelo sua corrente.
Presso total o somatrio da presso dinmica e da presso esttica.
TIPOS DE MEDIO DE PRESSO
Presso absoluta a presso a partir do vcuo absoluto ou zero absoluto.
Presso atmosfrica a presso exercida pela camada de ar que envolve a Terra. O instrumento
que mede a presso atmosfrica o Barmetro. Ao nvel do mar, quando
se mede a presso, tomando como referncia a presso atmosfrica, cha-
mamos esta presso de presso relativa. As presses abaixo dessa refern-
cia so chamadas de vcuo ou presso negativa.
Os instrumentos que medem presso absoluta vm com a letra Aaps a unidade.
MEDIDORES DE PRESSO
A medio tem por objetivo facilitar a anlise e a escolha do tipo mais adequado.
Os medidores de presso, de um modo geral, podem ser divididos em trs partes:
Elemento receptor o que recebe o impacto da medio e a transforma em deslocamento
ou fora.
Exemplo:
Bourdon fole, diafragma
Presso absoluta = Presso relativa + Presso atmosfrica
Pd= . V212
Nm2
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3 INSTRUMENTAO BSICA49
Elemento de transferncia o que amplica o deslocamento ou transforma um sinal em outro (sinal
eltrico e pneumtico), que mandado para a indicao.
Exemplo:
Link mecnico, rel piloto, amplicadores operacionais.
Elemento de indicao o que recebe o sinal e o indica.
Exemplo:
Ponteiro, display.
MEDIDORES
Os manmetros podem ser de dois tipos:
Manmetro de lquidos
O manmetro de coluna lquida constitudo de um tubo de vidro, com rea sec-
cional uniforme, com uma escala graduada, um lquido de enchimento e suporta-
dos por uma estrutura de sustentao. O valor da presso obtida pela leitura dire-
ta da altura da coluna. A faixa de medio depende do peso especco do lquido de
enchimento e da fragilidade do tubo de vidro. Normalmente, ao lquido de enchi-
mento adicionado um corante. A escala graduada em mmH2O. A leitura da esca-la feita na parte baixa do menisco causada pela tenso supercial do vidro.
Manmetro decoluna de lquido:
Tipo tubo U
Tipo coluna reta
Manmetro elstico:
Tipo Bourdon
Tipo Diafragma
Tipo Cpsula
Figura 9 Tipo coluna reta
Posio de leitura
guaIn-Flio/Cris
Marcela
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50METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Manmetro tipo
coluna emU
P1 P2= (h1+ h2)
A x h1= a x h1
Como o volume deslocado o mesmo, teremos:
como
A equao ser
P1 P2= x h2(1 + a)A
O tubo U um dos medidoresde presso mais simples , cons-
titudo por um tubo Ue xado so-
bre uma escala graduada.
A leitura feita simplesmente
medindo o deslocamento do lado
de baixa presso, a partir do mes-
mo nvel do lado de alta presso,
tomando como referncia o zeroda escala.
Como os lados da coluna em
Upossuem dimetros diferentes
ae A. Observe na gura ao lado. Figura 10 Tipo coluna em U
O emprego do mercrio em instrumentos de medida proibido, uma vez que ele nocivo ao ser humano.A legislaao brasileira probe a fabricao, a comercializa-o, o uso e o armazenamento dos instrumentos de medi-o que contm mercrio, como manmetros e termme-tros. As intoxicaes por mercrio mesmo leves podemcausar anemia, anorexia, depresso, dermatite, fadiga,
dores de cabea, hipertenso, insnia, torpor, irritabilida-de, tremores, fraqueza, problemas de audio e viso.Intoxicaes mais graves podem gerar problemas neurol-gicos srios, como paralisias cerebrais.
VOCSABIA?
h1= a x h2A
In-Flio/PaulaMoura
P1 P2
h
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3 INSTRUMENTAO BSICA51
MANMETRO TIPO ELSTICO
Este tipo de instrumento de medio de presso baseia-se na Lei Hooke sobreelasticidade de materiais.
O elemento de recepo de presso elstico sofre deformao de acordo com
a presso aplicada. Esta deformao medida por dispositivo mecnico, eltrico
ou eletrnico.
Essa deformao provoca um deslocamento linear, convertido de forma pro-
porcional a um deslocamento angular, por meio de um mecanismo especco.
Manmetro de tubo Bourdon
O Bourdon um tubo de seo oval que poder estar na forma de C, espiral ou
helicoidal, tendo uma extremidade fechada e a outra aberta.
Observe alguns materiais utilizados na confeco do Bourdon:
Lato Cobre
Alumibras Berlio
Ao inox Liga de ao
Bronze fosforoso
O manmetro utilizado na faixa de 25% e 75%, que a faixa precisa do ma-
nmetro.
In-Flio/PaulaMoura
Figura 11 Tipos de Bourdon
Tipo Helicoidal
Tipo Espiral
Tipo C
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52METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Classicao do manmetro quanto a preciso
CLASSE TOLERNCIA PRECISO RESTANTE DA FAIXA
A
B
C
D
A4
A3
A2
A1
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
0,10%
0,25%
0,50%
1,0%
25% e 75%
25% e 75%
25% e 75%
25% e 75%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
Os manmetros classe A, B,Ce Dso manmetros industriais e os manme-
tros classe A1, A2, A3 e A4 so manmetros de preciso usados como padro pa-
ra calibrar outros manmetros.
Bourdon CO tubo Bourdon que curvo e exvel, ligado a um acoplamento de pon-
teiro, quando o uido penetra no bourdon, o tubo se retica, diminuindo
sua curvatura.
Manmetro diferencialOs manmetros so os que utilizam dois Bourdon e com um nico meca-
nismo medem a diferena entre as presses. O resultado a diferena das
presses aplicadas.
Figura 12 Manmetro C
In-Flio/PaulaMoura
Tubo de Bourdon
Presso medida
2
Coroa/Pinho
Escala
Ponteiro
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3 INSTRUMENTAO BSICA53
Manmetro de foleO fole consiste em uma cmara metlica, corrugada, que se deforma ao se
aplicar uma presso. O fole utilizado em mdias presses.
Figura 13 Manmetro de fole
Manmetros de diafragma
O diafragma constitudo por um disco de material elstico, xado pela borda.
Uma haste xada ao centro do disco est ligada a um mecanismo de indicao.
Quando uma presso aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento
proporcional presso. O diafragma, geralmente, ondulado ou corrugado pa-
ra aumentar a sua rea efetiva presso.
Figura 14 Manmetro de diafragma
In-Flio/Cris
Marcela
In-Flio/StelaMartins
In-Flio/CrisMarcela
Ponteiro
Setor
Link
Diafragma
elstico
Pinho
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54METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Os diafragmas podem ser de materiais metlicos ou no metlicos:
MetlicosEstes diafragmas so feitos de uma chapa metlica, lisa ou enrugada,ligadas a um ponteiro por meio de uma haste. O movimento de deexo
do diafragma, causado pela presso, posiciona um ponteiro indicador ao
longo de uma escala de graduao constante. So fabricados de bronze
fosforoso, cobre, berlio, lato, ao inoxidvel e monel.
No metlicosSo fabricados em couro, teon, neoprene e polietileno. So empregados
para presses baixas. Geralmente, uma mola ope-se ao movimento do
diafragma, cuja deexo diretamente proporcional presso aplicada.
Figura 15 Manmetro com contato eltrico
No use ferramenta defeituosa. Ela poder causar umacidente.
FIQUEALERTA
ACESSRIOS DO MANMETRO
Os acessrios usados nos manmetro so:
Contato eltrico
Selo
Sifo
Amortecedor de pulsao
SENAI-RJ
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3 INSTRUMENTAO BSICA55
Manmetro de seloO sistema de selagem uma
tcnica muito utilizada na inds-
tria para isolar o uido de proces-
so do contato direto com o ins-
trumento de medio. Em mui-
tos casos, necessrio isolar o
uido de processo, que pode ser
quente, slido em suspenso,
corrosivo ou com possibilidade
de cristalizao.
SifoNa medio de qualquer vari-
vel em linhas de vapor, geral-
mente, utilizado um tubo sifo
para proteger o elemento de
medio da alta temperatura. O condensado ca acumulado no tubo
sifo, impedindo que o vapor entre em contato com o elemento de medi-
o. Conra, a seguir, alguns tipos de tubo sifo utilizados na indstria.
Figura 17 Tipos de sifo
Amortecedor de pulsao usado quando o elemento for submetido presses pulsantes. Ele deve
ser protegido por um amortecedor de pulsao. Esse amortecedor pode
ser uma vlvula agulha, que serve como bloqueio, possibilitando a
retirada do instrumento sem parar o processo.
JosMarianoSoaresPinto
Coelho
In-Flio/CrisMarcela
Tipo rabode porco
Tipo cachimbo Tipo bobina
Figura 16 Manmetro de selo
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56METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
TRANSMISSORES ELETRNICOS DE PRESSO
Esse transmissores so sucessores dos pneumticos. Possuem elementos de de-teco similares ao pneumtico, porm, utilizam elementos de transferncia que
convertem sinal de presso, detectado em sinal eltrico, padronizado de 4 a 20mA
DC. Existem vrios princpios fsicos relacionados s variaes de presso que po-
dem ser usadas como elemento de transferncia. Os transmissores so emprega-
dos para a medio de presso em renarias e plataforma de petrleo.
FITA EXTENSIOMTRICA (STRAIN GAUGE)
Figura 18 Fitas extensiomtricas
Dispositivo que mede a deformao elstica sofrida pelos slidos, quando es-
tes so submetidos ao esforo de trao ou compresso. Na realidade, so tas me-
tlicas xadas adequadamente nas faces de um corpo a ser submetido ao esforo
de trao, ou compresso, e que tm sua seo transversal e seu comprimento al-
terado em virtude desse esforo imposto ao corpo.
Estas tas so interligadas a uma ponte de Wheatstone, ajustada e balanceada
para a condio inicial, e que ao ter os valores de resistncia da ta alterados com
a presso, sofrem o desbalanceamento proporcional variao desta presso.
In-Flio/PaulaMoura
F
L x nmero de voltas
Fio solidrio base Ponto de aplicao da fora
Lmina de base(flexvel)
Fio solidrio base
Lmina de base
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3 INSTRUMENTAO BSICA57
Na confeco destas tas so utilizados metais que possuem baixo coeciente
de temperatura, a m de que exista uma relao linear entre resistncia e tenso
numa faixa mais ampla.
SENSOR PIEZOELTRICO
A medio de presso que utiliza este tipo de sensor baseia-se no fato de os
cristais assimtricos, submetidos a uma deformao elstica ao longo do seu eixo
axial, produzirem internamente um potencial eltrico, causando um uxo de car-
ga eltrica no circuito externo.
A quantidade eltrica produzida proporcional presso aplicada. Essa rela-
o linear facilita a sua utilizao. Outro fator importante para a sua utilizao es-t no fato de se utilizar o efeito piezoeltrico de semicondutores, reduzindo assim
o peso do transmissor, sem perdas de preciso.
Cristais de Turmalina, Cermica Policristalina Sinttica, Quartzo e Quartzo Cul-
tivado podem ser utilizados na fabricao dos sensores piezoeltricos. O Quartzo
Cultivado o mais empregado por apresentar caractersticas ideais de elasticida-
de e linearidade.
DENOMINAO LIGAFAIXA DETEMPERATURA
Constantan
Karma
479 Pt
Nichome V
Cobre-nquel
Cobre-nquel aditivado
Platina-tugstnio
Nquel-cromo
+10 -204C
At 427C
At 649C
At 649C
Figura 19 Sensor Piezoeltrico
Metais utilizados na confeco da ta
In-Flio/PaulaMoura
Presso
CristalLquido de enchimento
Diafragma
Amplificador
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58METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
SENSOR CAPACITIVO
Processo Processo
Figura 20 Sensor Capacitivo
No sensor capacitivo h dois diafragmas de medio que se movem entre dois
diafragmas xos. Para que ocorra a medio, o circuito eletrnico alimentado por
um sinal AC atravs de um oscilador, que modula a frequncia ou a amplitude do
sinal, em funo da variao do sinal de presso. Como lquido de enchimento, po-demos usar a glicerina ou o or-oil.
Um transmissor de presso apresentou erro de transmisso do sinal. O dis-
play do instrumento apresentava um valor e o sinal transmitido, outro valor.
Aps solicitar a PT para a retirada do instrumento da rea, o referido instru-mento foi levado para a ocina de manuteno, pensava-se que o defeito
de transmisso fosse um ajuste no sinal de intensidade de corrente do sinal
transmitido. O instrumento foi desmontado, foram limpas as cmaras de al-
ta e baixa presso. Depois de montado e feita a calibrao para ajustar a in-
tensidade de corrente, no se obteve xito no ajuste necessrio. O fato apre-
sentado foi relatado no DDS (Dilogo Dirio de Segurana), para que todos
tomassem conhecimento. O transmissor foi novamente desmontado e to-
dos os componentes testados, ocasio em que foi constatado que o ltro de
fonte apresentava baixa de isolao, o que produzia erro na transmisso dosinal. O ltro foi substitudo e o instrumento foi colocado para operar na rea.
CASOS E RELATOS
In-Flio/PaulaMoura
Diafragma sensor
Diafragma isolador
Fluido de enchimento
Cermica
Superfcie metalizada
Vidro
Ao
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3 INSTRUMENTAO BSICA59
CHAVE DE PRESSO (PRESSOSTATO)
Estas chaves so utilizadas como componentes de sistemas de proteo deequipamentos ou processos.
O pressostato acionado segundo um set point denido pelo processo, o tem-
po entre a atuao e o desarme pode ser por diferencial xo ou diferencial ajustvel.
Os pressostatos so utilizados em intertravamento de bombas e vasos.
Os contados so NA e NF, o microinterruptor pode ser selecionado como SPDP,
com um contato comum, e um NA e NF, DPDT, que composto por dois interrup-
tores com dois comuns, dois NA e dois NF.
O pressostato a ser usado: diafragma, pisto ou bourdon C.
INSTRUMENTOS CONVERSORES DE SINAIS
Os instrumentos conversores de sinais podem ser do tipo corrente/presso, ten-
so/presso. Esse instrumento converte um sinal de corrente (4 a 20 mA DC), ou
tenso (1 a 5 VDC), em um sinal de presso (3 a 15 PSI). Estes so usados na aber-tura ou fechamento de vlvulas de processo.
3.3 TEMPERATURA
Os sensores de temperatura so utilizados nas indstrias qumica, petrleo e
gs, dentre outras.
A temperatura pode ser denida como uma representao numrica, para o
estado de agitao das partculas que formam os corpos. Quanto mais agitadas as
partculas, maior a temperatura. O conceito popular de temperatura estabeleci-
do em quente ou frio, mas as sensaes de temperatura podem variar muito de
pessoa para pessoa. Algo quente para uma pessoa, pode ser frio para a outra.
A temperatura uma das sete grandezas do Sistema Internacional de Medi-
das (SI), ao lado de massa, dimenso, tempo, corrente eltrica, intensidade lumi-
nosa e quantidade de substncia.
Junto com a presso, vazo e nvel, a temperatura uma das principais vari-
veis de processo. Sua medio e controle so de vital importncia, haja vista que
abrange variaes fsicas e qumicas de substncias.
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60METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
A temperatura o que quantica a quantidade de calor. Calor no tempera-
tura, calor uma forma de energia expressa em Joule e medida pela temperatura
em Celsius.
A temperatura expressa o grau de calor de um corpo. Corpos com temperaturas
iguais podem no ter a mesma quantidades de calor. O calor uma forma de ener-
gia trmica ou termal. Quanto maior a agitao, maior ser a quantidade de energia.
Q = m x c x t
Onde:
Q = Variao na quantidade de calorm= Massa da substncia envolvida
c= Calor especco (caractersticos das substncia)
t= Variao de temperatura
A unidade de temperatura o Celsius C, mas na indstria tambm comum a
escala Fahrenheit F. Outra unidade de temperatura a escala Kelvin que corres-
ponde a 273,15C.
CONVERSO DE ESCALA
Acompanhe um mtodo de converso da escala Celsius e Fahrenheit.
=C F 32
3 9
TEMPERATURASESCALAS ABSOLUTAS
R
671,67
491,67
0
K
373,15
273,15
0
ESCALAS RELATIVA
C
100
0
273,15
F
212
32
459,67
Ponto de ebulio da gua
Ponto de fuso do gelo
Zero absoluto
Temperatura das escalas absolutas e relativas
ESCALA INTERNACIONAL DE TEMPERATURA
Para melhor expressar as leis da termodinmica foi criada uma escala baseada
em fenmenos de mudana de estado fsico de substncias puras, que ocorrem
em condies nicas de temperatura e presso.
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3 INSTRUMENTAO BSICA61
So os chamados pontos xos de temperatura. Chama-se esta escala de IPTS Es-
cala Prtica Internacional de Temperatura. A primeira escala prtica internacional de
temperatura surgiu em 1927 e foi modicada em 1948 (IPTS-48). Em 1960 mais modi-caes foram feitas e, em 1968, uma nova Escala Prtica Internacional de Temperatu-
ra foi publicada (IPTS-68). A mudana de estado de substncias puras (fuso, ebulio)
normalmente desenvolvida sem alterao na temperatura. Todo calor recebido ou
cedido pela substncia utilizado pelo mecanismo de mudana de estado.
Os pontos xos utilizados pela IPTS-68 so apresentados na tabela abaixo:
Escala prtica internacional de temperatura
ESTADO DE EQUILBRIO TEMPERATURA C
Ponto triplo o ponto em que as fases slida, lquida e gasosa encontram-se
em equilbrio.
Ponto triplo do hidrognio
Ponto de ebulio do hidrognio
Ponto de ebulio do nenio
Ponto triplo do oxignio
Ponto de ebulio do oxignio
Ponto triplo da gua
Ponto de ebulio da gua
Ponto de solidicao do zincoPonto de solidicao da prata
Ponto de solidicao do ouro
259,34
252,87
246,048
218,789
182,962
0,01
100,00
419,58916,93
1.064,43
O sensor de temperatura do tipo termoresistncia utili-zado em medies de baixa temperatura.
VOCSABIA?
Figura 21 Temperatura x presso
Fase lquida
Presso
Temperatura
Faseslida
Fase vapor
Ponto triplo
Linhas de fuso
Linha de vaporizao
Linha de sublimao
In-Flio/Cris
Marcela
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3 INSTRUMENTAO BSICA63
MEDIDORES DE TEMPERATURA POR DILATAO/EXPANSO
Termmetro de dilatao de lquido
O termmetro de vidro, normalmente, usado em laboratrio. Em processos
industriais utilizamos o termmetro de capela, um termmetro que tem a prote-
o de uma capela metlica, enroscada na linha de processo, com medio local.
O lquido de enchimento o mercrio empregado na indstria de petrleo.
Figura 23 Termmetro de capela
LQUIDOPONTO DESOLIDIFICAO C
PONTO DEEBULIO C
FAIXA DE USO C
Mercrio
lcool Etlico
Tolueno
39
115
92
+ 357
+ 78
+ 110
38 a 550
100 a 70
80 a 100
Termmetros de dilatao de lquido em recipiente de vidro
Ao retirar o sensor de temperatura do poo termo-mtrico use luva de vaqueta por causa da temperaturado processo.
FIQUEALERTA
No termmetro de mercrio pode-se elevar o limite mximo at 550C, por meio
da injeo de gs inerte sob presso, evitando a vaporizao do mercrio. Por ser fr-
gil, impossvel registrar a sua indicao ou transmiti-la distncia. O uso desse ter-
mmetro com proteo metlica mais comum em laboratrios ou em indstrias.
In-Flio/CrisMarce
la
Escala
Coluna lquida(Indicao)
Bulbo
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64METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Figura 24 Termmetros de dilatao
Termmetro de lquido com capilar metlico
Este termmetro consta de um bulbo de metal ligados a um capilar metlico e
a um sensor, o lquido preenche todo o instrumento. A variao da temperatura
deforma elasticamente o sensor.
Tipos de lquidos de enchimentoComo lquido de enchimento empregam-se o Mercrio, o Xileno e Tolueno,
porm, eles tm alto coeciente de expanso.
Tabela de lquidos de enchimento de termmetros
LQUIDOFAIXA DEUTILIZAO C
Mercrio
XilenoTolueno
35 a 550
40 a + 400 80 a +100
Termmetro bimetlico
A liga do sensor bimetlico composta de Invar (64% de Ferro 36% de nquel)
e lato que so ligas metlicas com ndice de dilatao diferente. A liga com maior
ndice de dilatao montada na parte superior, o que faz o sensor se curvar pa-
ra o lado de menor coeciente de dilatao. Estes termmetros so utilizados na
faixa de 50C a +500C, eles tambm so encontrados na escala Fahrenheit (F).
O termomtro bimetlico pode ser usado como chave para controle, do tipo
ONOFF, em ferro de passar roupa e sanduicheira.
In-Flio/PaulaMour
a
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
0
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Ponteiro
Sensor volumtrico
Brao de ligao
Capilar
Bulbo
Lquido (mercrio, lcool etlico)
Setor dentado
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3 INSTRUMENTAO BSICA65
MEDIO DE TEMPERATURA COM TERMOPAR
Um termopar consiste de dois condutores metlicos, de natureza distinta, na
forma de metais puros ou de ligas homogneas. Os os so fundidos em sua ex-tremidade, com o nome de junta quente ou junta de medio. A outra extremi-
dade dos os levada ao instrumento de medio de fora eletromotriz (f.e.m.),
fechando um circuito eltrico por onde ui a corrente. O ponto no qual os os
que formam o termopar conectam-se ao instrumento de medio chamado
junta ou referncia.
O termopar gera milivolte, que convertido em valor detemperatura no indicador.
VOCSABIA?
Figura 25 Termmetro bimetlico
O aquecimento da juno de dois metais gera o aparecimento de uma f.e.m.
Este princpio, conhecido por efeito Seebeck, propiciou a utilizao de termopa-
res para a medio de temperatura.
Gradiente de temperatura
Instrumentoindicador oucontrolador
In-Flio/CrisMarcela
In-Flio/PaulaMoura
Figura 26 Termopar com indicador
Junta demedida Termopar
Cabo deextenso
Bloco de ligao Junta de referncia
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66METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
Nas aplicaes prticas o termopar apresenta-se normalmente como na gura an-
terior. O sinal def.e.m., gerado pelo gradiente de temperatura (DT), existente entre
as juntas quentes e frias, ser (de modo geral) indicado, registrado ou transmitido.
O termopar do tipo Sfoi construdo por Le Chatelier, nofinal do sculo XIX, e at hoje utilizado como padro naindstria.
VOCSABIA?
EFEITO TERMOELTRICO
formado por dois condutores diferentesA e B. Quando dois metais ou semicon-dutores similares so conectados e as junes mantidas a diferentes temperatu-
ras, nesse caso, quatro fenmenos ocorrem simultaneamente:
A aplicao cientca e tecnolgica dos efeitos termoeltricos muito impor-
tante e a sua utilizao, no futuro, cada vez mais promissora. Os estudos das pro-
priedades termoeltricas dos semicondutores e dos metais levam, na prtica,
aplicao dos processos de medies na gerao eltrica (bateria solar) e na pro-
duo de calor e frio. O controle de temperatura feito por pares termoeltricos
uma das importantes aplicaes do Efeito Seebeck.
Atualmente, busca-se o aproveitamento industrial do Efeito Peltier em grande
escala, para a obteno de calor ou frio no processo de climatizao ambiente.
Efeito termoeltrico de Seebeck
O fenmeno da termoeletricidade foi descoberto, em 1821, por T.J. Seebeck,
quando ele notou que em um circuito fechado, ocorre uma circulao de cor-
rente, enquanto existir uma diferena de temperatura (DT) entre as suas junes.
Denominamos: junta de medio de (Tm) e, a outra, junta de referncia de (Tr).
A existncia de uma f.e.m.trmica AB, no circuito, conhecida como Efeito See-
beck. Quando a temperatura da junta de referncia mantida constante, veri-
ca-se que a f.e.m.trmica uma funo da temperatura (Tm) da juno de teste.
Este fato permite utilizar um par termoeltrico como um termmetro.
Efeito Seebeck
Efeito Peltier
Efeito Thomson
Efeito Volta In-Flio/PaulaMoura
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3 INSTRUMENTAO BSICA67
O Efeito Seebeck se produz pelo fato de que os eltrons livres de um metal di-
ferem de um condutor para o outro e dependem da temperatura. Quando dois
condutores diferentes so conectados para formar duas junes e estas so man-
tidas com diferentes temperaturas a difuso dos eltrons, nas junes, produz-se
a ritmos diferentes.
Efeito termoeltrico de Peltier
Em 1834, Peltier descobriu que com um par termoeltrico, com ambas as jun-
es na mesma temperatura, e, mediante uma bateria exterior, seria possvel pro-
duzir uma corrente no termopar, nesse caso, as temperaturas das junes variam
em uma quantidade no inteiramente devida ao efeito Joule. Esta variao adicio-
nal de temperatura o Efeito Peltier. Este efeito produzido tanto pela corrente
proporcionada por uma bateria exterior, quanto pelo prprio par termoeltrico.
A (+)
Tm Tr
B ()
Figura 27 Efeito Seebeck
Figura 28 Efeito Peltier
O coeciente Peltier depende da temperatura e dos metais que formam uma
juno, sendo independente da temperatura da outra juno. O calor Peltier re-
versvel. Quando se inverte o sentido da corrente, permanecendo constante o seu
valor, o calor Peltier o mesmo, porm, em sentido oposto.
Efeito termoeltrico de Thomson
Em 1854, Thomson concluiu, por meio das Leis da Termodinmica, que a con-
duo de calor, ao longo dos os metlicos de um par termoeltrico, que no trans-
porta corrente, origina uma distribuio uniforme de temperatura em cada o.
O Efeito Thomson depende do metal de que feito o o e da temperatura m-
dia da pequena regio considerada. Em certos metais, h absoro de calor quando
uma corrente eltrica ui, da parte fria para a parte quente do metal; e h gerao
A (+)
T T T + T
B ()
In-Flio/CrisMarcela
In-Flio/CrisMarcela
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68METROLOGIA E INSTRUMENTAO APLICADAS A PETRLEO E GS
de calor quando se inverte o sentido da corrente. Em outros metais ocorre o oposto
deste efeito, isto , h liberao de calor quando uma corrente eltrica ui da parte
quente para a parte fria do metal. Conclui-se que, com a circulao de corrente, aolongo de um o condutor, a distribuio de temperatura neste condutor ser modi-
cada, tanto pelo calor dissipado por efeito Joule, como pelo Efeito Thomson.
Efeito termoeltrico de Volta
A experincia de Peltier pode ser explicada por meio do Efeito Volta, cujo
enunciado :
Em outras palavras, a f.e.m.medida depende, nica e exclusivamente, da com-
posio qumica dos dois metais e das temperaturas existentes nas junes.
Essa diferena de potencial depende da temperatura e no pode ser medida
diretamente.
Lei termoeltrica
Da descoberta dos efeitos termoeltricos partiu-se, por meio da aplicao dos
princpios da termodinmica, enunciao das trs leis que constituem a base da
teoria termoeltrica, nas medies de temperatura com termopares. Portanto, com
estes sensores fundamentados nesses efeitos e nessas leis, podemos compreen-
der todos os fenmenos que ocorrem na medida de temperatura.
Le