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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 746 MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE ÁREA FOLIAR EM CAFEEIRO Wesley Zambom da Silva 1 , Sebastião Vinícius Batista Brinate 2 , Marcelo Antonio Tomaz 3 , José Francisco Teixeira do Amaral 3 , Wagner Nunes Rodrigues 4 , Lima Deleon Martins 4 1 Graduando em agronomia pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES), Alto Universitário, s/nº, Cx Postal 16, Bairro Guararema, Alegre-ES, Brasil, [email protected] 2 Graduando em agronomia pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES), 3 D. Sc., Professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES) 4 Pós-Graduando em Produção Vegetal do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGPV/CCA/UFES) Data de recebimento: 07/10/2011 - Data de aprovação: 14/11/2011 RESUMO A produtividade das culturas resulta de processos e reações complexas que ocorrem durante o crescimento e desenvolvimento sob condições externas, como a quantidade de energia incidente interceptada (área foliar), absorvida (excitação eletrônica), convertida (fixação de CO 2 ), redistribuída entre as partes do vegetal (partição de assimilados) e metabolizada nas diferentes partes das plantas (eficiência na utilização). Então, pode-se afirmar que a presença de folhas é um fator de grande importância na vida da planta, pois, dentre outras funções que ela exerce está a captação da energia luminosa que é essencial no processo fotossintético. Esse texto tem como objetivo expor os principais métodos de estimativa de área foliar em cafeeiro, assim como analisar a importância da área foliar para esta cultura. A área foliar de uma cultura possui grande importância principalmente nos aspectos relacionados à produção, pois além de estar estreitamente relacionada ao processo fotossintético das plantas ela ainda pode auxiliar em algumas práticas culturais, como por exemplo, a poda, adubação, irrigação, espaçamento, aplicação de defensivos e quantificação de danos causados por pragas e doenças. Existem diversos métodos e equipamentos que podem ser utilizados na estimativa da área foliar do cafeeiro, os mais amplamente utilizados são os métodos baseados nas dimensões foliares e na utilização de integradores de área foliar. PALAVRAS-CHAVE: Cafeeiro, Folha, Fotossíntese. ABSTRACT The crop yield results from processes and complex reactions that occur during the growth and development under external conditions, such as the amount of incident energy intercepted (leaf area), absorbed (electronic excitation), converted (CO 2 fixation), redistributed between the vegetal tissues (partition of assimilates) and metabolized in different plant parts (utilization efficiency). So it can be stated that the presence of leaves is a major factor in plant life because, among other functions that

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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 746

MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE ÁREA FOLIAR EM CAFEEIRO

Wesley Zambom da Silva1, Sebastião Vinícius Batista Brinate2, Marcelo Antonio Tomaz3, José Francisco Teixeira do Amaral3, Wagner Nunes Rodrigues4, Lima

Deleon Martins4

1Graduando em agronomia pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade

Federal do Espírito Santo (CCA/UFES), Alto Universitário, s/nº, Cx Postal 16, Bairro Guararema, Alegre-ES, Brasil, [email protected]

2Graduando em agronomia pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES),

3D. Sc., Professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES)

4Pós-Graduando em Produção Vegetal do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGPV/CCA/UFES)

Data de recebimento: 07/10/2011 - Data de aprovação : 14/11/2011

RESUMO

A produtividade das culturas resulta de processos e reações complexas que ocorrem durante o crescimento e desenvolvimento sob condições externas, como a quantidade de energia incidente interceptada (área foliar), absorvida (excitação eletrônica), convertida (fixação de CO2), redistribuída entre as partes do vegetal (partição de assimilados) e metabolizada nas diferentes partes das plantas (eficiência na utilização). Então, pode-se afirmar que a presença de folhas é um fator de grande importância na vida da planta, pois, dentre outras funções que ela exerce está a captação da energia luminosa que é essencial no processo fotossintético. Esse texto tem como objetivo expor os principais métodos de estimativa de área foliar em cafeeiro, assim como analisar a importância da área foliar para esta cultura. A área foliar de uma cultura possui grande importância principalmente nos aspectos relacionados à produção, pois além de estar estreitamente relacionada ao processo fotossintético das plantas ela ainda pode auxiliar em algumas práticas culturais, como por exemplo, a poda, adubação, irrigação, espaçamento, aplicação de defensivos e quantificação de danos causados por pragas e doenças. Existem diversos métodos e equipamentos que podem ser utilizados na estimativa da área foliar do cafeeiro, os mais amplamente utilizados são os métodos baseados nas dimensões foliares e na utilização de integradores de área foliar.

PALAVRAS-CHAVE : Cafeeiro, Folha, Fotossíntese.

ABSTRACT

The crop yield results from processes and complex reactions that occur during the growth and development under external conditions, such as the amount of incident energy intercepted (leaf area), absorbed (electronic excitation), converted (CO2 fixation), redistributed between the vegetal tissues (partition of assimilates) and metabolized in different plant parts (utilization efficiency). So it can be stated that the presence of leaves is a major factor in plant life because, among other functions that

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it performs there is the capture of light energy that is essential in the photosynthetic process. The methods used to estimate the leaf area can be classified as destructive or nondestructive, direct or indirect. In destructive methods is necessary to remove parts of the plant to perform the measurement. While in the non-destructive methods, the removal of the parts isn’t necessary, in other words, these methods preserve the integrity of the plants, allowing the continuation of the measurements on the same plant. Direct methods are based on measurements taken directly on the leaves, while the indirect ones are based on the known correlation between a biometric variable measured and the real leaf area. The leaf area of a culture has a great importance especially in aspects related to its yield, as well as being closely related to the photosynthetic process of the plants, it can also helps in some cultural techniques such as pruning, fertilization, irrigation, spacing, application of pesticides and quantification of the damage caused by pests and diseases. Among the methods for the determination of the leaf area in coffee, there are the two that are most commonly used: leaf size and use of leaf area integrator.

KEYWORDS: Coffee, Leaf, Photosynthesis.

INTRODUÇÃO

A maioria do café comercializado no mundo é oriunda do cultivo das espécies Coffea arabica e Coffea canephora. O C. arabica responde por 60% da produção mundial e é mais adaptado a regiões com temperaturas mais baixas, em relação à espécie C. canephora, sendo normalmente cultivado em regiões de altitudes maiores do que 500 m. Já o C. canephora representa aproximadamente 40% da produção mundial e é normalmente cultivado em regiões mais baixas que apresentem temperaturas mais elevadas, sendo mais recomendado para regiões com altitudes que não ultrapassem 500 m (FERRÃO et al., 2008).

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. A área total ocupada pela cafeicultura brasileira é estimada em 2.282,1 mil hectares em 2011. A estimativa de produção de café (arábica e conilon) para 2011 indica que o país deverá colher 43,54 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com redução entre 9,5%, quando comparada com a produção obtida na temporada anterior. Essa redução se deve principalmente a 2011 ser um ano de baixa quando se estuda a bienalidade de produção do café arábica. A maior redução é associada à produção de café arábica, com queda de 12,6% ou 4,64 milhões de sacas. Para o café conilon, a previsão aponta crescimento de 0,8%, correspondendo a 90,7 mil sacas (CONAB 2011).

A área foliar é uma variável de crescimento reconhecida pela sua importância como indicativo da produtividade da planta, uma vez que a fotossíntese realizada pelas plantas depende da interceptação da energia luminosa pelo dossel e da sua conversão em energia química. A eficiência do processo fotossintético depende da taxa de fotossíntese por unidade de área foliar e da interceptação da radiação solar, as quais são influenciadas pela arquitetura do dossel e pela dimensão do sistema fotoassimilador (FAVARIN et al., 2002).

Além disso, a área foliar do cafeeiro é fundamental para estudos fisiológicos envolvendo análise de crescimento, transpiração, e em pesquisas para quantificar danos causados por pragas e doenças foliares. De acordo com PEREIRA et al. (1997), pode ser citada a possibilidade de se estimar a perda de água pela planta,

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pois a folha é o principal órgão no processo transpiratório responsável pela troca gasosa com o ambiente e de grande utilidade na avaliação de técnicas culturais, como poda, adubação, espaçamento, aplicação de defensivos e manejo da irrigação.

Com isso, objetivou-se com esta revisão fazer um levantamento dos principais métodos de estimativa de área foliar em cafeeiro, assim como analisar a importância da área foliar para esta cultura.

DESENVOLVIMENTO

CAFÉ ARÁBICA E CAFÉ CONILON

O cafeeiro é originário do continente africano, mais precisamente das regiões

altas da Etiópia. De lá ele se espalhou pela Arábia, Ásia, Europa e por quase todo o mundo (CARVALHO, 1946).

O café da espécie Coffea arabica L. é originário de regiões de clima úmido e temperaturas amenas de uma região montanhosa da Etiópia, portanto, ele é cultivado em regiões mais frias com temperaturas médias anuais variando de 18°C a 23°C (ANDRADE & SANTOS, 2004).

No Estado do Espírito Santo, sua produção está concentrada, predominantemente, nas regiões do Caparaó (37,4%), Serrana (36,7%) e Sul (15,3%). Está presente em 49 municípios do Estado e envolve 53 mil famílias em mais de 20 mil propriedades que cultivam café em pequenas áreas, em regime familiar. A área ocupada por esta espécie está em torno de 185 mil hectares. Os municípios maiores produtores são Brejetuba, Iúna, Irupi, Vargem Alta, Ibatiba, Afonso Cláudio e Domingos Martins (FERRÃO et al., 2008).

Apesar de a espécie apresentar uma elevada importância para o Estado, a produtividade média ainda é muito baixa, situando-se entre 10 a 12 sacas beneficiadas por hectare (FERRÃO et al., 2008). Dentre os fatores que afetam de forma negativa a produtividade e a qualidade podem-se citar: problemas climáticos e agronômicos, o parque cafeeiro envelhecido, a assistência técnica insuficiente, o crédito escasso, a baixa organização do cafeicultor e a baixa utilização das tecnologias de colheita e pós-colheita (SCHMIDT et al., 2004).

O grande avanço observado na cafeicultura capixaba de arábica foi na melhoria da qualidade, onde se constata que cerca de 20% do café produzido é tipo seis ou superior. Esse avanço pôde ser propiciado pela implantação do Programa Cafés das Montanhas do Espírito Santo que, entre outras ações, promoveu a instalação das salas de prova e a capacitação de técnicos e cafeicultores quanto à melhoria do manejo na colheita e na pós-colheita para produção de cafés de qualidade superior, principalmente do cereja descascado, bem como a identificação de mercados diferenciados com maior valor agregado ao produto (FERRÃO et al., 2008).

A espécie Coffea canephora Pierre ex Froehner começou a ser utilizada em cultivos e trabalhos em Java, por volta de 1900 (CHARRIER & BERTHAUD, 1988). Pode-se afirmar que os principais motivos para a sua utilização foram o surgimento do café solúvel e seu emprego nos blends de cafés torrados e moídos (MALTA, 1986).

De acordo com FAZUOLI (1986), no Brasil, a variedade Conilon foi introduzida pelo Estado do Espírito Santo, sendo o nome “conilon” originado da palavra Kouillou, com as letras K e U substituídas por C e N, respectivamente.

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Nas últimas duas décadas, o plantio da espécie se expandiu rapidamente no Estado do Espírito Santo, notadamente na região norte. É também cultivado nas áreas baixas, vizinhas ao Espírito Santo, como no sul da Bahia e no vale do Rio Doce em Minas Gerais, e nos Estados de Rondônia e Mato Grosso (MATIELLO, 1998). A produção da espécie era de reduzida importância até a geada ocorrida em 1975, que marcou de forma indelével a história da produção de Conilon no Brasil, quando pela primeira vez registraram-se linhas de financiamento para o plantio da espécie. Com o estímulo governamental, o Espírito Santo revitalizou-se em termos agrícolas, possibilitando-o ultrapassar estados produtores mais tradicionais, destacando-se atualmente como o maior produtor de Coffea canephora do Brasil.

FISIOLOGIA DE FOLHAS DE Coffea arabica

A plantas da espécie Coffea arabica apresentam folhas de coloração verde-escura, persistentes, opostas, de pecíolo curto, oval-oblongas, coriáceas e de estípulas curtas (MARTINEZ et al., 2007).

As folhas de algumas cultivares de café arábica apresentam espessura foliar maior do que cultivares de café conilon. As taxas de fixação de dióxido de carbono (CO2) também tendem a ser, em geral, superiores às encontradas em café conilon apesar de haver variabilidade entre cultivares (CARVALHO et al., 2001).

FISIOLOGIA DE FOLHAS DE Coffea canephora

As folhas são maiores, de cor verde mais clara e com nervuras mais salientes, que as do café arábica; nos períodos secos elas pendem para baixo agrupando-se umas sobre as outras, o que dificulta a perda de água (MARTINEZ et al., 2007).

A disposição e a forma das folhas das duas espécies são similares. No entanto, as folhas de plantas de café conilon, considerando um mesmo estádio de desenvolvimento, são geralmente maiores e apresentam maior área superficial para captação de luz do que plantas de café arábica. Existem diferenças nos valores das taxas de fotossíntese líquida, de transpiração e de condutância estomática, sendo o café conilon superior quanto a esses parâmetros em comparação ao café arábica (CARVALHO et al., 2001).

ÁREA FOLIAR

Segundo LAWLOR (1993), o processo fotossintético é um fenômeno de superfície. Em folhas consideradas de sol, sob quantidades adequadas de fluxo de fótons fotossintéticos, a assimilação do carbono está relacionada linearmente com a interceptação dos fótons nas regiões do azul e do vermelho. Maior área foliar implica maior superfície de interceptação de luz, o que poderá resultar em taxas fotossintéticas mais elevadas. Esse fato mostra que a mensuração da área foliar é importante e pode auxiliar a avaliação do estado fisiológico de uma planta.

Em alguns estudos WATSON (1952) ressalta que o índice de área foliar (IAF) é a relação funcional existente entre a área foliar e a área do terreno ocupada pela cultura. Considerando que o rendimento agrícola é expresso pela quantidade de matéria colhida por unidade de área, é válido expressar a área foliar sobre a mesma base do rendimento.

A importância da área foliar de uma cultura é amplamente conhecida por ser um parâmetro indicativo de produtividade, pois o processo fotossintético depende da

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interceptação da energia luminosa e a sua conversão em energia química. A eficiência fotossintética depende da taxa fotossintética por unidade de área foliar e da interceptação da radiação solar, as quais, entre outros aspectos, são influenciadas pelas características da arquitetura da copa e da dimensão do sistema fotoassimilador (FAVARIN et al., 2002).

Segundo PEREIRA et al. (1997), a superfície foliar de uma planta é a base do rendimento potencial da cultura, além disso, o conhecimento da área foliar da planta permite a estimativa da perda de água, uma vez que as folhas são os principais órgãos que participam no processo transpiratório, responsável pela troca gasosa com o ambiente. Do exposto, o conhecimento da variação temporal do índice de área foliar em culturas perenes poderá ser útil na avaliação de várias práticas culturais como poda, adubação, irrigação, espaçamento e aplicação de defensivos, entre outros.

De acordo com SANTINATO et al. (1997), é crescente a adoção da técnica de irrigação de cafezais em diferentes regiões do país. A utilização racional da referida técnica depende do conhecimento da variação temporal do índice de área foliar (IAF), considerando que a área foliar da cultura é responsável pelas maiores perdas de água. Assim, o estudo dessa variável permitirá estimar as variações nas necessidades hídricas da cultura, bem como definir as melhores estratégias de manejo da irrigação, proporcionando maior eficiência econômica e também ambiental, devido à escassez deste recurso para fins agrícolas.

HUERTA & ALVIM (1962) foram os primeiros pesquisadores que desenvolveram trabalhos sobre o uso do IAF na planta de café. VALÊNCIA (1973) desenvolveu um trabalho relacionando o IAF com o máximo rendimento do cafeeiro, em razão da densidade de plantio. De acordo com os resultados, o rendimento máximo da cultura foi obtido quando o IAF da cultura atingiu o valor igual a oito, que ocorreu três anos após o plantio para uma população de 10.000 plantas ha-1, e, somente depois do 4º ano após o plantio, quando a população era de 5.000 plantas ha-1.

REY & ALVAREZ (1991), trabalhando em condições de viveiro, avaliaram modelos de estimativa da área foliar da planta de café. Os referidos pesquisadores relacionaram o comprimento e a largura das folhas da planta com a área foliar, adotando diferentes modelos: linear, quadrático, radical e potencial. O resultado deste trabalho recomenda a utilização do modelo linear. A principal limitação desta proposta é o tempo necessário para realizar a determinação do comprimento e da largura de cada folha, pois, dependendo da idade da planta, pode-se encontrar uma quantidade superior a 4.000 folhas por planta.

A produtividade da planta resulta de processos e reações complexas que ocorrem durante o crescimento e desenvolvimento sob influência das condições externas (NASYROV, 1978), como a quantidade de energia incidente, interceptada (área foliar), absorvida (excitação eletrônica), convertida (fixação de CO2), redistribuída entre as partes do vegetal (partição de assimilados) e metabolizada nas diferentes partes da planta (eficiência na utilização).

A agricultura de precisão vem sendo cada vez mais empregada no agronegócio brasileiro, pois pode proporcionar um aumento na eficiência do processo produtivo sustentável, uma vez que está baseada na variabilidade espacial presente na área entre solo, planta e clima. O conhecimento da estrutura do dossel é o ponto central de qualquer descrição de uma interação planta-ambiente e está intimamente correlacionada com a interceptação, distribuição e emissão da radiação. Pode ser ainda, um indicativo da produtividade da planta, uma vez que o processo

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fotossintético depende da interceptação da energia luminosa pelo dossel e da sua conversão em energia química (SILVA et al., 2003).

Freqüentemente as medidas da estrutura do dossel incluem o índice de área foliar, densidade foliar, e algumas medidas de como ângulo de distribuição e ângulo de inclinação da folha. As metodologias para a determinação da área foliar têm grande importância em estudos que envolvem a análise do crescimento das plantas, da taxa de fotossíntese, da propagação vegetativa, do ataque de pragas e doenças e da evapotranspiração (McNAUGHTON; JARVIS, 1983).

VALANCOGNE et al. (2000) verificaram que a transpiração máxima por unidade de evapotranspiração de referência (Tr/ETo) relaciona-se melhor com o índice de área foliar do que com outros parâmetros (fração de cobertura do solo, fração de solo sombreada ao meio dia, radiação global e líquida absorvida).

De acordo com VIEIRA JÚNIOR (1998), a presença de micro computadores na agropecuária está assumindo grande importância, onde muitos equipamentos e métodos tradicionais estão sendo substituídos por sistemas de medição eletrônicos, e o processamento de imagens é encarado como uma técnica sofisticada de obtenção e análise de dados. Segundo HENTEN & BONTSEMA (1995), o processamento de imagens pode ser utilizado como um método indireto e não-destrutivo para determinar medidas de interesse em plantas.

MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE ÁREA FOLIAR NO CAFEEIRO Os métodos utilizados na determinação de área foliar (AF) podem ser

classificados como destrutivos ou não destrutivos e diretos ou indiretos. Os métodos destrutivos são aqueles que exigem a retirada de partes da planta. Já os não destrutivos são aqueles que não necessitam da retirada de suas partes, preservando, assim, a sua integridade e permitindo a continuidade das avaliações na mesma planta. Os métodos diretos são baseados em medidas realizadas diretamente nas folhas, enquanto os indiretos são baseados na correlação conhecida entre uma variável biométrica mensurável e AF real (FLUMIGNAN et al., 2008).

Na cultura do café existem vários métodos para determinação de AF na cultura; entretanto, na prática, são utilizados principalmente dois: dimensões foliares e a utilização do integrador de AF. O método de dimensões foliares estima AF pela relação entre AF real e a área de um retângulo que circunscreve a folha e é amplamente empregado em trabalhos de campo devido à sua praticidade, boa qualidade das estimativas e por ser não-destrutivo. O método integrador de AF, normalmente utilizado como referência, mede AF pelo princípio de células de grade de área conhecida (LICOR, 1996); entretanto, possui custo elevado e é destrutivo (FLUMIGNAN et al., 2008).

Os métodos para a obtenção da área foliar podem ser destrutivos ou não. Dentre os destrutivos, citam-se: método planimétrico, método gravimétrico, utilização do peso seco da folha e sua relação com a área foliar, dentre outros. Entre os métodos não-destrutivos, destacam-se: utilização da relação entre as medidas lineares da folha e sua área, método de contagem de quadrados preenchidos pelo contorno das folhas, planimetria fotoelétrica, planimetria fotográfica fotoelétrica, planimetria com radiação, fotografia hemisférica e outros (MARSHALL, 1968).

Dentre os métodos conhecidos que auxiliam a determinação da área foliar, merece destaque o procedimento que relaciona a área foliar com as dimensões lineares da folha (PEREIRA, 1987), devido à rapidez na obtenção de dados, quando

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se utiliza amostra de folhas, e por não ser, necessariamente, destrutivo (PEDRO JÚNIOR et al., 1986).

Um dos resultados de métodos indiretos é o índice de área foliar (IAF), que tem sido amplamente utilizado em pesquisas. Medidas biométricas como o volume e a área lateral do dossel e, conseqüentemente a altura e o diâmetro inferior do dossel podem ser utilizados para a estimativa do índice de área foliar do cafeeiro, sendo que, os dois primeiros parâmetros apresentaram valores próximos aos dos métodos diretos considerados de referência.

Muitos métodos tradicionais de medição e equipamentos têm sido substituídos por métodos computacionais usando a análise de imagens digitais, provendo assim medições indiretas e não destrutivas.

Com o avanço tecnológico, foram desenvolvidos métodos que envolvem técnicas de digitalização de imagens que permitem a obtenção de resultados confiáveis da área foliar para qualquer espécie vegetal de forma rápida e eficiente (CRESTANA et al., 1994; JORGE & CRESTANA 1996). Entretanto, os trabalhos pioneiros não dispunham dessas técnicas para a determinação precisa da área foliar, além de terem utilizado como objeto de estudo materiais (folhas) de cultivares de café sem expressão no parque cafeeiro atual.

Método de estimativa proposto por BARROS et al. (19 73)

Um dos métodos mais usados é a estimação da área foliar por meio de equações matemáticas envolvendo a medição do comprimento do limbo foliar, a maior largura da folha, ou ambos. Tais artifícios foram anteriormente utilizados na determinação da área foliar de Coffea arabica (TAVARES JÚNIOR et al., 2002; BARROS et al., 1973), Annona squamosa (SILVA, 2004), Mangifera indica L. (ARAÚJO, 2005), Cocos nucifera L. (SOUZA, 2005), Carica papaya (CAMPOSTRINI & YAMANISHI, 2001), fruteiras silvestres (MIELKE et al., 1995) e em uma diversidade de outras plantas herbáceas ou arbustivas.

Com o intuito de estimar a área foliar, BARROS et al. (1973) utilizaram como padrão o método gravimétrico descrito por KEMP (1960) e HUERTA & ALVIM (1962), correlacionando, por regressão linear, os valores encontrados àqueles obtidos com as dimensões dos retângulos circunscritos aos limbos foliares. Com base nos resultados, os autores apresentaram a Equação 1 para estimar a superfície foliar de cafeeiro (Figura 1).

ÂF = 0,667.C.L (Equação 1)

Em que:

ÂF = estimativa da área foliar (cm2); C = maior comprimento (cm); L = maior largura (cm).

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Figura 1. Medição do maior comprimento da folha de café (A), da maior largura da folha (B) e representação da relação entre o retângulo circunscrito ao limbo foliar (C).

Esse método tem sido amplamente utilizado em pesquisas agrícolas (MIELKE

et al., 1995; TAVARES JÚNIOR et al., 2002; SILVA et al. 2003; FLUMIGNAN et al., 2008).

Método de estimativa proposto por PARTELLI et al. ( 2006)

PARTELLI et al. (2006) estabeleceram uma metodologia baseada no uso de equações de regressão para se estimar a área foliar do cafeeiro conilon, utilizando-se medidas lineares da folha.

Com este estudo, os autores concluíram que o comprimento da nervura central (CNC) é um adequado parâmetro para estimar a área foliar (AF) desta espécie. Porém, para folhas desenvolvidas à sombra, a medida linear do CNC não se

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mostrou adequada para medição da área foliar. Como resultado do trabalho, PARTELLI et al. (2006) estimaram as Equações 2 e 3:

ÂF = 0,2027 . CNC 2,1336 (Equação 2) Em que:

ÂF = estimativa da área foliar para mudas (cm2); CNC = comprimento da nervura central (cm).

ÂF = 0,3064 . I -0,0556 . CNC 2,0133 (Equação 3) Em que:

ÂF = estimativa da área foliar para plantas de idades diferentes (cm2); I = idade da planta (meses); CNC = comprimento da nervura central (cm).

Método do integrador de área foliar

A determinação da área foliar, em geral, é realizada por métodos diretos, em que as folhas são coletadas e medidas por meio dos equipamentos de medição automática, tais como Licor 3100 (Licor Inc., Lincon, Nebrasca, EUA) (Figura 2); entretanto, esses são métodos destrutivos e restritos quanto à disponibilidade dos aparelhos. Métodos indiretos são úteis quando esses equipamentos não estão disponíveis ou quando medições não destrutivas são requeridas, tais como as que ocorrem no campo, nas quais se pretende avaliar as mudanças que ocorrem com uma determinada folha (e.g. padrão de crescimento da folha, acompanhamento de alterações na área foliar num determinado estádio fisiológico).

Figura 2. Aparelho integrador de área foliar (Licor 3100).

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O LI-3100 é um medidor de área foliar que funciona em tempo real, ou seja, a

área é retornada no momento em que a folha passa pelo sensor. Seu visor apresenta medidas de no mínimo 1 mm², resolução de até 0,1 mm², e apresenta uma precisão de ±2,0% para a resolução 1 mm² e ±1,0% para a resolução 0,1 mm². É um aparelho integrador de área, cuja teoria operacional baseia-se na simulação de células de grade, de área conhecida, na superfície foliar (LI-COR, 1996).

Também existe modelos que executam medições não destrutivas, como o modelo LI-3000C, que é um medidor portátil que permite a avaliação da are a foliar diretamente em campo. É utilizado o mesmo princípio básico do modelo citado anteriormente, os receptores são ativados quando os sensores deslizam sobre a folha e a luz emitida pelos LEDs é encoberta, permitindo a medição da largura da folha. O comprimento da folha é medido por um cordão codificado que se estende conforme os sensores se deslocam sobre a superfície da folha. Os LEDs pulsam a cada deslocamento de 1 mm do cordão codificado, e o cálculo da área é feito eletronicamente, com uma resolução de 1 mm2.

Outros métodos

Câmeras fotográficas digitais e scanners são também disponíveis no mercado, a um custo bastante acessível e encontram-se bastante popularizadas. Esses equipamentos são promissores para trabalhos de campo na medição de AF por serem portáteis mais baratos que o integrador de AF e podem ser usados em determinações não-destrutivas, possivelmente com maior precisão que o método de dimensões foliares, principalmente em situações nas quais as folhas apresentam-se danificadas. O método imagem digital determina AF com base na escala e na resolução em que é obtida a imagem (pontos por polegada ou dots per inch - dpi), por meio de um software que determina a área de cada elemento que compõe a imagem (pixel), dividindo a imagem em duas categorias (folha e não-folha) e integrando os elementos que pertencem à mesma categoria (FLUMIGNAM et al., 2008).

Atualmente, existem programas computacionais que também podem ser utilizados na determinação da área foliar, como por exemplo, o Software QUANT (VALE et al., 2001).

CONCLUSÕES

Diante do que foi apresentado pode-se concluir que a área foliar de uma cultura possui grande importância principalmente nos aspectos relacionados à produção, pois além de estar estreitamente relacionada ao processo fotossintético das plantas ela ainda pode auxiliar em algumas práticas culturais, como por exemplo, a poda, adubação, irrigação, espaçamento, aplicação de defensivos e quantificação de danos causados por pragas e doenças, entre outras.

Dentre os métodos para determinação de área foliar no cafeeiro dois são os mais utilizados: Dimensões foliares e a utilização do integrador de AF.

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