métodos de amostragem de anuros

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MOSTRA CIENTÍFICA E CULTURAL DO CENTRO DE ESTUDOS E FORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE PARANAPIACABA “Em busca da conservação do patrimônio natural e cultural da Serra do Mar” Julho de 2010, Santo André, SP, Brasil 17 MÉTODO DE AMOSTRAGEM DE, AMPHIBIA, ANURA, ALTO DA SERRA DE PARANAPIACABA, SANTO ANDRÉ, SP, BRASIL Daniel Din Betin Negri 1 1 Centro Universitário Fundação Santo André, Laboratório de Zoologia, Grupo de Estudos Herpetológicos, Av. Príncipe de Gales, 821, Santo André, SP Telefone +55 (11)4979-3300 - [email protected] A Mata Atlântica é um ecossistema considerado como um hotspot, devido a sua importância em relação a sua biodiversidade e às constantes ameaças que vem sofrendo. A extensão original da floresta é de 1.227.800 km 2 , mas sobraram apenas 91.930 km 2 , ou seja, 7,5% de mata, espalhada em ilhas do Nordeste Brasileiro até o Sul. Atualmente, estão associados a Mata Atlântica 400 espécies de anfíbios anuros. A anurofauna da Mata Atlântica pode ser considerada pouco conhecida, o que demonstra a importância e a urgência de levantamento de espécies e estudos ecológicos nesta formação. Estudos esses que possuem diversas metodologias para sua realização, nesta apresentação serão abordados os seguintes métodos: Armadilha de queda; Trajeto linear; Bioacústico e amostragem de girinos. A armadilha de queda representa uma metodologia complementar no estudo dos anfíbios anuros que captura principalmente espécies de hábito terrícola. Este tipo de armadilha é composto por uma linha de baldes enterrada, ficando rente ao nível do solo interligados por uma lona fixada em estacas a fim de manter a cerca estabilizada em posição vertical em toda sua extensão. A metodologia de armadilha de queda tem como objetivo em complementar o método de busca ativa, conseguindo assim amostrar os anfíbios de serrapilheira que normalmente são de difícil amostragem. O método do Trajeto linear é um método que visa estabelecer regiões nas quais seram percorridas a partir de um ponto inicial ate o ponto final. Onde utilizamos a técnica de busca ativa, aural e visual, na procura dos anfíbios anuros sobre a superfície de folhas, entre os arbustos e árvores e nas rochas dos corpos d’água com auxilio de lanterna de cabeça de luz branca. Este método consiste em uma busca sistematizada de maneira efetiva a busca se conduz em velocidade lenta pelo trajeto e cada ocorrência é registrada em caderneta de campo, com a hora, temperatura do ambiente, altura de empoleramento e o dia da observação. A bioacústica dos anfíbios anuros esta relacionado com a época reprodutivas do mesmo, assim se demonstra de grande importância o monitoramento das vocalizações. O acompanhamento das vocalizações normalmente é efetuado durante os turnos de vocalização que pode variar conforme os objetivos dos estudos, assim as vocalizações são registradas conjuntas com a busca ativa. A vocalização pode fornecer dados que auxilia na identificação dos anfíbios ao nível de espécie, desta forma espécies que são gravadas em campo pode ser identificados através de comparações com banco de dados de vocalização. Na gravação ficará registrado o responsável pela gravação, horário, e a possível identificação da espécie e condições climáticas (temperatura da água, do ar e a umidade relativa), a gravação normalmente é realizada a uma distancia de 0,5 a 1,5 m do animal. Os registros de campo podem ser bem simplificados se utilizarmos planilhas temporárias de dados. Os girinos são de fácil visualização nos seus microhabitats, porem existem diversas metodologias que variam conforme o ambiente no qual ira trabalhar (amostra com rede de arrasto, amostra com redes de fundo, amostra por clausura e amostra por trampas), assim será apresentado o método de coleta manual por meio de puçá com tela de nylon com alça longa. Onde deve ser passado por toda a área do microhabitat procurando abranger toda área do corpo d’água em questão, os materiais irão depender da técnica utilizada. Palavras-chave: Anfíbios anuros; metodologia de amostragem; eficiência das armadilhas.

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MOSTRA CIENTÍFICA E CULTURAL DO CENTRO DE ESTUDOS E FORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE PARANAPIACABA “Em busca da conservação do patrimônio natural e cultural da Serra do Mar” Julho de 2010, Santo André, SP, Brasil

17

MÉTODO DE AMOSTRAGEM DE, AMPHIBIA, ANURA, ALTO DA S ERRA DE PARANAPIACABA, SANTO ANDRÉ, SP, BRASIL

Daniel Din Betin Negri1

1 Centro Universitário Fundação Santo André, Laboratório de Zoologia, Grupo de Estudos Herpetológicos, Av. Príncipe de Gales, 821, Santo André, SP Telefone +55 (11)4979-3300 - [email protected]

A Mata Atlântica é um ecossistema considerado como um hotspot, devido a sua importância em relação a sua biodiversidade e às constantes ameaças que vem sofrendo. A extensão original da floresta é de 1.227.800 km2, mas sobraram apenas 91.930 km2, ou seja, 7,5% de mata, espalhada em ilhas do Nordeste Brasileiro até o Sul. Atualmente, estão associados a Mata Atlântica 400 espécies de anfíbios anuros. A anurofauna da Mata Atlântica pode ser considerada pouco conhecida, o que demonstra a importância e a urgência de levantamento de espécies e estudos ecológicos nesta formação. Estudos esses que possuem diversas metodologias para sua realização, nesta apresentação serão abordados os seguintes métodos: Armadilha de queda; Trajeto linear; Bioacústico e amostragem de girinos. A armadilha de queda representa uma metodologia complementar no estudo dos anfíbios anuros que captura principalmente espécies de hábito terrícola. Este tipo de armadilha é composto por uma linha de baldes enterrada, ficando rente ao nível do solo interligados por uma lona fixada em estacas a fim de manter a cerca estabilizada em posição vertical em toda sua extensão. A metodologia de armadilha de queda tem como objetivo em complementar o método de busca ativa, conseguindo assim amostrar os anfíbios de serrapilheira que normalmente são de difícil amostragem. O método do Trajeto linear é um método que visa estabelecer regiões nas quais seram percorridas a partir de um ponto inicial ate o ponto final. Onde utilizamos a técnica de busca ativa, aural e visual, na procura dos anfíbios anuros sobre a superfície de folhas, entre os arbustos e árvores e nas rochas dos corpos d’água com auxilio de lanterna de cabeça de luz branca. Este método consiste em uma busca sistematizada de maneira efetiva a busca se conduz em velocidade lenta pelo trajeto e cada ocorrência é registrada em caderneta de campo, com a hora, temperatura do ambiente, altura de empoleramento e o dia da observação. A bioacústica dos anfíbios anuros esta relacionado com a época reprodutivas do mesmo, assim se demonstra de grande importância o monitoramento das vocalizações. O acompanhamento das vocalizações normalmente é efetuado durante os turnos de vocalização que pode variar conforme os objetivos dos estudos, assim as vocalizações são registradas conjuntas com a busca ativa. A vocalização pode fornecer dados que auxilia na identificação dos anfíbios ao nível de espécie, desta forma espécies que são gravadas em campo pode ser identificados através de comparações com banco de dados de vocalização. Na gravação ficará registrado o responsável pela gravação, horário, e a possível identificação da espécie e condições climáticas (temperatura da água, do ar e a umidade relativa), a gravação normalmente é realizada a uma distancia de 0,5 a 1,5 m do animal. Os registros de campo podem ser bem simplificados se utilizarmos planilhas temporárias de dados. Os girinos são de fácil visualização nos seus microhabitats, porem existem diversas metodologias que variam conforme o ambiente no qual ira trabalhar (amostra com rede de arrasto, amostra com redes de fundo, amostra por clausura e amostra por trampas), assim será apresentado o método de coleta manual por meio de puçá com tela de nylon com alça longa. Onde deve ser passado por toda a área do microhabitat procurando abranger toda área do corpo d’água em questão, os materiais irão depender da técnica utilizada.

Palavras-chave: Anfíbios anuros; metodologia de amostragem; eficiência das armadilhas.