metodologia_problematizaçao_berbel1999

Upload: wasbarros-cavalcante

Post on 06-Apr-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    1/31

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    2/31

    Dados de Cata loga~ao nn Publicacto (eIP) IntcrnacionnlBibl iorccdria Rcsponsavcl - IIza Almeida de Alldrode eRB 9/882

    t-.1593 Meiodol cg ia da problem:lli:r.a~io : Iundnmenms e aplicecoes/ organiza~iio NCU$i Aparccidn Navas Berbel ; prefacioLeonardo Proia . - l .ondrina: Ed. UE!. . 1999.X\"I. 196p. : il.: 21 cm.[SBN 8572162[86I. Ens ino Superior - ProblcmaliJ,nc;ii o. 2. EnsmoSuperior - Metodologis. 3. En sine vledio _

    Problcmnuxacao. I. Bcrbcl, Necsi Aparecfda Navas.

    CDU 378.[47.3121 t iragem (agos ro / 2006) - 500 cxcmplaresy dragcrn (maio / 2009) - 500 exemplarcs

    Direiros rescrvados itEdirom da Universidade Esradual de Londrina - EDCELCall1plis lilJhusiltirioCaixa Posta l 6001Fonc/Pax: (43) 3371467486051-990 Londrina - PRE-mail: [email protected] / cdirom

    Impressa no Brasil / Printed in Bra~ilDeposito Legal na UiblimCC3~:l.cionaJ1999

    A J\i\etodol09ia da Problematizac;:Cio e osE",si",ame",tos de PaVllo Freire:Vlma relac;:Ciomais qVle peV'feita 1Neusi Aparecida Navas Berbel!

    "0 mundo ndo e . 0 mundo csta seodo. Como subjc rividadccuriosa, Inrc llgcrnc, imcrferidora on objcuvidade com quedinle ricnmcntc me ec leciono. mcu papcl no mundc nlO

    e so 0 de qucm ccnstata 0 que ocorrc mas tambema de quem intervern como sojeno de ocorreocias."

    Paulo Freire

    I~TRODu~AoTratar da Merodologia da Problernatizacao C urn grande

    prazer, mas falar sobre os ensinamentos de Paulo Freire c umaincumbencia difici1. Dificil quando ele proprio nos falou, atravcsdos videos, que assistimos ontem. Dificil quando grandcsconhecedores do sell pensamcnto ja se pronunciaram e dificilquando sabemos da sua irnensa obra - 25 livros escriros em 42anos de intense rrabalho e muitas outras publicacoes revelandoseu pensamento.Pensar em sinterizar os seus ensinamenros em uma horade conversa e impossivel e seria lima prctensjio dizer queiriamos fazer is so. Mas acci tarn 5 esse convitc para estapalestra como mais um desafio e foi rnuiro born re-lo accitoporque nos perrnitiu aprendcr muiro com a oportunidade deprepararmos csta re fle xjio para csrarmos aqui hojeconversando com voces., Pales tra apresenrada , com 0 titulo original de "A rclas:.io entre :l t-.tetodologia daProblem:ltizac;ao e os ensinamemos de Paulo Freire" no dia 13/06/97, duranteaScrnana Paulo Freire, promovida pelo Departamento de Bducacao - CEC-\/UEL.Para efenc desm publieac;io, 0 {CXIOpassou por ajusrcs c correcees.1 Doutora em Edue:ls:ao, Professora do Departamento de Educacao daUnivcrsidadc Esmdual de Londrina.

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    3/31

    Tcmos trabalhado com a Merodologia da Problemarizacsoe a tcmos divulgado rambcm em todos os lugares llue podemos.Na revista SEi\11NA (1995 e 1996) procuramos, nos artigosque escrevernos, explicar como vimos enrcndendo c elaborandoa i\letodologia. Na SEM.l.NA de 96, buscarnos rambern fazcr arclscao com 0 concciro de prdxir e a formac;:ao da consciencia dapraxis, a partir de Vazquez (1977).

    Entre Vazquez e Paulo Freire enco n trnmos variespootos convergcnres, pelo faro de que ambos se apoiarernon dialctica marxism. Cada urn (em a Sua caracrcrist ica, mastern pontes comuns que fomus cuconrrando, na medida emque fomos rcvendo os rex (OS de Paulo Freire. r .. ao reveralguns rextos, nestcs ulrimos dias, pudcmos fortalecer commaior clarcza, fundarnenros teoricos para a 1\'1 rodologia daProblemariz acilo, conformc a Iinha que rernos seguido.

    Paulo Freire dcfcndeu scmpre uma Educa~aoproblemarizadora, uma Pcdagogia problematizadora, aquela quecontrapondo-sc it educacao bancaria au a pedagogia bancariapudesse servir para liberrar o homern dos sells cpressorcs epudcsse scrvir para a ernancipacao do homcm, para a suahumani:tac;ao.

    Bordenave e Percira(1982), scm rnuiro rcoriza-i n i c i n I r n c n r e , u t i l i z a r a r n - s e d e u m e s q u c m a d e r r a b a l h oconstruido por Charles 'Magucrc7. - 0 ehamado Merodo doAreo, para escrcver textos que dcrarn origem ao livro didaticopara formacao de professores, chamado Estnttcgias de Ensino-Aprcndiaagem. De Maguerez nao tivernos mais noticias, masno esquema construido par ele cnconrra-sc urn caminhomcrodol6gico capaz de oricntar a prarica pcdag6gica de urncducador preocupado com 0 desenvolvimcnto de seus alunos ccom sua auronomia intelccrual, visando () pensarncnro criticoe criativo e tarnbem a preparacao para uma atuacao poliri ca.Com cste esquema que VOLl mostrar para voces, e posstvelirabalhar por uma educacao que gradativamentc prepara 0 serhumane para ser cidadao e para se humanizar.

    2

    Vamos caracterizar a Mcrodologia da Problernarizacaoarraves das crapas do Arco de Maguerez e depois vamos trazcralgumas idcias do s ensinamentos de Paulo Freire paracsrabeleccr rclacocs entre elas.J\S ETA PAS l.)A ~1ETOl)OLOGIA DA PROBI.EM \T1ZA Ao I.:. VASCARACTERiSTICAS UASICAS.

    o Arco rem como ponto de partida a realidade vivida,aqucla parccla da rcalidade onde 0 rerna

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    4/31

    diferentes angulus da avaliacao que: sao problcmaricos, paraestudar, a partir do obscrvado na realidade das cscolas ondeelementos dos grupos atuarn.

    Muiro bern, definido urn problema de escudo atraves daobscrvacao da realidade vivida , da realidadc concrcra, realmesmo, cndio sc faz urn rrabalho de reflcxao buscando-seidentificar quais os possrveis fatores que estiio associados aoproblema, ou seja, por gue sera que exisre esse problemaidenrificado na realidade? 0 gue sera gue 0 gcrou? E quandoenconrrarnos algumas rcspostas, de fatores dirctarnenrerelacionados ao problema, conrinuamos perguntando: por quesera que des existern? Por que esses farores foram gerados ouestao gcrando esse problema? Enrao nos vamos, com os porques,avancando e aprofundando a busca das razocs da exisrcncia doproblema. E com estas rcflexoes que os alunos sao lev ados alevantar, ou definir, com os conhecirnentos que tern naquelememento inicial do seu esrudo, alguns pontos a esrudar.

    A definicso do que estudar vai caractcrizar a segundactapa que c ados Pontos-chave. Esta ctapa e stimula urnmorncnro de sinrese apos a analise inicial qlle foi fei ra; e 0momerito da definicao do que vai ser csrudado sobre 0problema; e 0 momenro de definir os aspectos que prccisamser conhecidos e melhor cornpreendidos a fim de se buscarU1T'Ia resposta para esse problema.

    Depois disso novamcnre se pergunta: como varnoscsrudar? Este e 0 memento de escolha da forma do estudo edas Fontes de inforrnacao. Vamos buscar infor macoes nabiblioteca, nos livros, nas rcvistas, nos relatorios de pesquisa,nos programas de governo, nos arquivos, com especialistas,com professores que entendcm do assunro, com a populacao,com ourros colcgas etc. Vamos aplicar questionarios, rcalizarcntrevistas, solicitar depoimcntos etc. Enfirn, aqui se definea metodologia para realizar 0 csrudo propriarncnre dito, naetapa da Tcorizacao,

    Repcrindo, a Tco riz acjio vai scr 0 momenro ciainvcstigacao, do escudo propria mente dito, daqucles pontos-

    chave definidos para esclarcccr o problema. Por glle~ Porquc scpretende craba lhar com 0 problema para buscar solucao para ~e.Desdc 0 inicio ja fica bastante clare gue todo 0 esrud~ levara 0grupo a soluteses de solu~ao.

    Esta deve ser urn a erapa bastanre crianva. TIs.sacriatividade deve ser estimulada. Per que? Porque se nquilogue se tinha e sobre gue se agi", permiria gue os problem~~existissern, sc os alunos ou professores, da rnancira como )3

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    5/31

    conheciam 0 assunto e ja 0 rrabnlhavam, puderam pcrcebernovas problemas (as vezes nao sao novos os problemas, mascomo rernos rrabalhado com profcssores, pcdirnos a eJes queprocurern identificar os problemas gut: cles mcsrnos csraovivendo na sua sala de aula, na su a cscola), devem sercriativos, devcm supcr a r aqucles conhecimcnros e aquclasa~fics ante rio res para podcrem rcali aa r alguma mudnncanaquela parcela da realidadc,

    15S0 signif ica que cssns hipoteses dcvern scr bastanrecriarivas no sentido de gue e prcciso ter ac;oes novas, acoesdifercntes, elahoradas de lima Dutra maneira para sc podercxerccr urna diferenca na rcalidndc de onde se ex rra iu 0problema. Todas as possibilidades pensadas e elaborndasdevcrn ser rcgistradas.

    De posse das Hip

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    6/31

    Continuada de professores e rambern de outros profissionaisda Educacao.

    Vim os tratando de metodologia c njio de pedagogiaproblemaozadora ou educa,iio problcmatizadora, como PauloFreire fez, porque acreditamos que, alern dessa forma detrabalhar dentro da pcrspcctiva de uma pcdagogiaproblcmanzadora, existem rnuiras outras, 0 proprio metodade alfaberizacao utilizado por Paulo Freire e urn caminhoapro para promovcr uma educacao problemati:laclora e njiose u rili z a e xa ta rncn re do esquema do Areo. E n ra o, apedagogia problematizadora pode aco nrecer a tr a vcs dedife re nrc s carninhos. Difercntes caminhos que sejama !tnhados a o s principios da concepcao hisro rico-crrrica,logicamente! Este t : urn carninho pos sivel.

    Alern disso, ra mbern chamamos de l\letodologiaporque nessc pcrcurso, nesse caminho, atraves do Mctododo Arco, a genre rem urn conjunto de recnicas, procedimcnrose atividadcs que silo organizadas para fazer urn todo desseArco, pant ii c i a r 0 trabalho e c o m p l e n i - Io . A s v e z e s ,cornplerar 0 estudu de urn problema significa urn reiniciar deo u tr o s arcos, com os ourro s problemas que foramidentificados durante 0 esrudo. Enrao, rcrnos, POt exernplo,como recri icas , a o bservacao a rcnra , s i s rem a tiaada, darealidade. Sobrc os dados observados ha rodo Lim trahalhode discussao, de selecao, de e1ei~iio daquilo que C ou naoprioritario pa ra ser estudado, do que e importantc QU H aO e .

    For mula-se urn problema de estudo, como lunaatividade de sintesc. E af vamos caminhanclo, questionando,reflcrindo, elegendo ponros-chave, tlLie C Ulll novo mornentode sfnrese, Alcrn disso, n a Teoriz3,:;ao, p ela n a tureza doproblema e da area de conhecimento em qLle se situe, vamosurilizar para seu esrudo, tecnicas c proccdimentos adcquados,ncm s em p r e possiveis de serern prcvistos a nt es d e sc iniciarem osesrud.os, como cxemplo: reali7.a~ao de entrevisras, soIicitac;ao dedcpoirnenros, gravas :ao , transcricao, a n al is e d e contcudo, apl icac; :ao8

    de quesrionarios, novas observacoes, consulta a ficharios, leirura,resume de livros, de a r ci g os etc. r hi uma ampla ga m a d e alternativascapaLes de colher us dados que prccisamos para comprecnder ediSCUOI o(s) problemajs).

    Quando chegamos na fase da Aplicacao a realidade,dependendo do problema, das condicocs do grLlpo e dascara creristicas da realidadc, c preciso fazer urn plano dearuacao. esse memento cada grupo vai deger a forma, osprocedirncntos rnai s adequados, para real izar urna inrervencaoncsta realidadc pa ra tra nsforma-Ia em algum grall. Porexernplo, reunir pessoas para estudo, encaminhar carras,publicar resultados, fazer palesrras, elaborar carrazes, montardrarnatizacoes de siruacocs educativas, oricntar condutas etc .

    Dizemos que a transformaciio sed. em algum grauporque, dependendo do ripo de alunos que renha mos,devemos csperar lim cerro nivcl de elaboracao. Por exemplo,sc cstarnos trabalhando com alunos do prirneiro grau, tcrnosuma expcctativa diferente da que pOdelTIOS tcr sc estiverrnostraba lhando com a lunos do rercciro grau; e se esrivcrrnostrabalhando com pro fc ssor es do t e rce iro grall, a nossaexpectativa pode ser de uma resposra mais cornplcxa, rnaisprofunda. Se 0 grupo for de profissionais, por exernplo,diretores de cscolas, que rem urn poder de decisao, que ternelementos em maos pa ra tornar decisocs, as condicocs no-cstudo sao diferentes das dc uma turma de 5' serie de 1"Grall. Cada upo de grupo vai definir urn tipo de a tuacaopossfvel c urn grall difercntc de inrervencao na realidade.

    rna coisa que ~ possivel afirrnar para voces dcsde j~iesobre que eu tenho certcza, voces vao concordar comigo, C quea Metodologia da Problematizacao tern urn potencial imenso.Voces cnconrram explicacoes e exemplos em textos das dua sedicoes especiais da revista Semina da EL, de out./95 e nov./96 enos dois livros inrirulados "Metodologia da Problema-oza~iio ..."(1998 a e 1998 b) Ali procliramos explicar a Ierodologiacia Problernatizacao com a entendimcnto que \'311105 tendo a cadamemento.

    9

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    7/31

    Provavelmcntc agora, com esta rclcirura de Paulo Freire,deverernos estar avancando urn pouen ncssa consrrucao. Mas, limacoisa que cstavamos dizendo e sobrc que, temos ccrtcza, voces vanconcordar conOSCD e que a Merodologia da Problcrnatizacao ~ urnrecurso, urn poderoso recurso rnerodologico, para concretizar osprindpios rcoricos e filos6ficos de uma cducacao progressista ehumanizadora, desdc que estes principios facarn paree daintcncionalidade e do modo de ser do educador, pois nao serao mesilla se ela for utilizada como apenas rnais uma recnica.

    Sintetizando, a Metodologia cia Problernarizacao tern umaorientacao gentl como redo merodo, dirigida por etapas distintase encadcadas a partir de urn problema dctcctado. Encontra urnafundarncnracao reorica na concepcao de educacao hist6rico-critics e constitui-sc uma verdadcira metodologiu cnrendidaesra como urn con junto de rnctodos, tecnicas, procedimentosou aiividades intcncionalrnentc sciecionados e orgaruzados pararealizacao do proposito maior que e preparar 0 esrudantc/scrhumano para romar conscicncia de seu mundo e atuar tam b erninrencionalrnente para rransforrna-lo, scmpre para melhor, paraurn mundo e utna socicdade que permitam Ulna vida mais dignapara 0 proprio homcm.AlGUr-.I.AS UC,(")FS DE EDUCA

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    8/31

    de sua cssencia. Esse caminho e pcrfciramente possivel, quandosairnos tin obscrvacao da rcalidade e dcpois pass amos pelaTeorizacao, onde aprofundamos conhccirnenros, atraves de umainvcstigacao,

    o educatlor deue ser vigilaNte. Ouvimos isso t ambernatravcs das palavras de Paulo Freire na cntrevis ta a quea s sis tim os na segunda-feira. A vigiJancia do educadordemocrdtico i 0 de buscnr 0 coerincia entre 0 sell discurso eSNO nEilo, entre a teoria c a prarica. Esra tern de ser a vigilanciamuior do educndor, porque t muito fadl adcrirrnos : i.s idciasc c rnuito complicado serrnos coerentcs, na nossa acyao, comas idcias a s quais ja aderimos, pclas quais nos apaixonamos,e as quais defendemos no discurso etc. Essa e uma charnadapara nos, 0 tempo redo. Atraves da Merodologia daProblernatizacao, chegamos a urna ac ;ao prarica transforrnadora,fruto da tcoria rrabalhada, passando antes pelas hip6teses desolusao elaboradas pelos proprios alunos. A relacao entre ateoria e a pratica vai-sc inrensificando,

    Ourra afirrnacao e que 0 01,,"0 so aprnltle quando semuoh projulJdolllelJte COlli (J si/Hordo. 1sso ta mb ern nosouvimos esra scrna na. Atraves da ivferodologia daProblemanzacao, ha urn cnvolvirneruo gradarivo do aluno.A perccpcao primeira dele COm 0 seu olhar sobre realidadevai-se aprofundando a medida que ele sc pergunta os pcrquesdaquele problema, define 0 {Iue de precisa esrudar sobre 0problema e vai ao esrudo, rcaliza a pesquisa, a investigac;:aopropriarncnte dim. Ele vai-se envolvcndo gradarivarnerue como seu objeto de escudo e esse envolvimento cresee a tal ponteate que elc chcga a uma a~ao correspondcnre aos pensamentosgerados pelo estudo. Esse envolvimento 0 leva a fazer arelacaoentre a tcoriae a pratica, saindo de uma pratica obscrvadac caminhando para urna nova pnirica agora elaborada pelos alunos.Ha 0desejo de agir, ha a vontadc, a determinacao de ab~rde algumarnaneira, porque ele fez 0 esrudo teorico e muitas vczcs tambern 0esrudo crnpirico sobrc 0 assunto, tendo a oporrunidade de elaborarsuas proprias ideias,

    12

    -Paulo Freire rambem nos disse que lllio ba sta q"e 0 a ssun to

    seja sigIJij icntivo para 0 nlnno enqtt a n to illdi~ fdl/~ I. "". i preciseque seja significatioo para 0 plaseta, Que Slgnlflca ISS,O_!laranos? Crcmos que 0 cstudo deve scr () desperrar do cidadao, 0despertar do cidadao do mundo, nao so 0 individuo locahzad~aqui e agora, mas 0 indivfduo tIlle, em algum ~omento, poderatranscender do seu rneio ruais proximo e Salt para 0 mundo,grande como elc e . Enrao, quando ele diz que 0 assl:ntO dcvescr signHjcacivo para () planers, elc nos chama a aten~ao. para .0significado dos contcudos que estamos propondo no dia-a-diapara nossos aiunos. Para qu~m ser~rCI~ a~L1ele~contcudos? Sa~significativos para quem? Sera que sao Slgmficaovos para < ? aluno._ J a e uma grande coisa. lcrn dis so, sera que ,0 ap[en~ldol querem a vet: com 0noSSQ aqui c agora, tern tam bern relacao com ()que esta aconrccendo em outras partes do mundo? Po~ quenao nOR preocuparmos com isso? 0 estudo sohre a realidadcassociado a reoria ja claborada sobrc 0assunto e urn modo derransirar do proximo para 0 disrantc e do distante para 0proximo, das partes para 0 todo e do todo~ para as partes.ampliando a condicao de pcnsamenro e de acao do esrudante-cidadao.Outra chamada '-Iue ele nos fez e que 110 er a do inforllldfiio,os conbecimentos ellvdherelll muito r tJpirltllllenle. Maisimportante do que as inforrnacoes, que na educas:ao bancariasao em gcral memorizadas. e levarmos os nossos alunos a p~sarJpensar a rcalidade e pens.r a realidade criticamente. Rcperindo:fazer pensar, pC llsa r a realidade e cr it icamen te. Pel a tVletodologlada Problematizac;ao os participantes sao lev ados a olhar arealidade e comecar a pensar sobrc cia, perguntar-se pelas razocsdo que esta acolltecendo ali que lhcs parece problernatico -as ac;oes problematicas - e continuar a pensar refletida ccriticamentc atraves de rodo 0 esrudo que e realizado. Continuasendo reflexive e critico ate escolhcr uma acyao capaz dernodificar essa realidade em algum grau. Vejam que podcroso eesse carninho na mao de um cducador com a inrencao de

    13

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    9/31

    humanizar scus alunos! F. c ornbina perfeitamente com 0quePaulo Freire nos coloca.

    1sso signif ica que pensar e pcnsar a real idade crit icamenrevai enfatizar aqucle aspecro que nos colocamos ali, de voce estarconstanternentc buscando os porques, ao inves de accirar que acoisa e assim e ponto. N a o e assirn! Podemos perguntar deoutra forma: Par que e assim? Por que isso aconreceu? Onde?Quando? Como? Por quem? Se essas pcssoas consrruframassim, to possivcl que outras em outro mornento, em outrascondicoes, constr uam de outra maneira. Esses porques e quevao levar a pensar criticarnente a rcalidadc e quando a pessoa seinstrumcnraliza com a habilidade de pensar, cia pode pensaroutros ternas, ern ourros mementos, em outros lugarcs, ja quee la tern essa habilidadc com cia, dela , Os co nteudosmemorizados sao trocados ccnstanrcrncntc pcla necessidade dearrnazcnar outros novas, mais atraentes, mais atuais etc, Aha b ilidade de pensar nao e subsriruida, mas ampliadaconsranternente, com 0 exercicio. 1S50 pode ser provocado pelaMctodoJogia da Problematizaciio.

    Nessa linha de pensamento, Paulo Freire afirma para n6sque / 0 , . " '1 1 , . e smito mois q " P treiuar. Quante a isso nfio ha 0qll~ cornentar, porque sabcmos muito bern a diferenca entretrctnar para algutTla acao e formar. Agora, uma outra coisa quereforca 0 trabalho nesre carninho C que 0 se r bmsano f. 11111 se riIlCOllr/1UO, dai a sua husce continua, Nos estarnos scm pre ernum processo de aperfeicoamenro, csramos sempre em urnproccsso de vir a ser, de vir a ser mais, de vir a SCI' melhor. lssosignifica uma mcnsagcm tao imporranre que justifica csrarconstanremenre buscando altcrar em algum gnm a realidade, por

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    10/31

    A Hl'MANIZA

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    11/31

    caracreristicas c urna prjirica, simples pratica, Mas denrro dopensamcnto marxism, dentro da Filosofia da Praxis, com AdolfoSanches Vazquez e pel. elaboracao por Paulo Freire, c precisoter a intcncionalidade de transforrnar a realidadc, c a genre Sl>pode fazer isso refletindo intencional e conscicnrernente sobrca prarica anterior para rcr uma nova prarica, E n:1o e esse 0dcscnho do Arco de ~Iap;uerez)

    A conscicntizacao para Paulo Freire irnplica, pois, queulrrapussernos a esfera esponranca de apreensiio da realidade.Vejamos: quando nos, olhando pela prirneira vcz para umadctcrrninada realidade - digamos que nos vamos II escola parafazcr uma observacao sobre 0 (lue aconrcce em lima sal a deaula, ou varnos ohscrvar 0 que esta acontecendo com um grupode pessoas reunidas com alguma finalidade - a primeirapercepcao GUc rernos e a primeira percepcao, nada rnais queisso. Enrao Paulo Freire nos diz 'Jue e pretiso 'I"' II l trapOSSfIJlOSa esfera espontdnea d e ( Ip re el/ sa o da realidade p (l ra c be g ar ll /o sa 1I111{1 esfera tritira lid qllal a realidade Sf ' dd CO/ 110 objelocognosdue! r 110 qual 0 bome) assttme "lila posifiioepiJtell1ol6gico (Freire, 1980, p.25). Bern, e preciso rornar aquelarealidade para csrudo, para poder uperar aquela pcrccpcaoprimeira, quc ~s vezes e apc:nas uma percepcao da aparencia, ecomccar a se perguntar sobrc 0que esta acontcccndo ali, buscaras razoes, buscar eruender, para cnrao ter urn pcnsarnento elima pcrcepcao mais profundos e criticos sabre 0 que t:staaconiecendo ali. A cOllsrieJJlitflplio, ne se sen lido, e /(//1 te ste ti erealidade. QU( I I/ IO / /Ja i s cO II , rc ie ll li Z fl pf lO , / /I a is sr "des-reia /I 0r oa ti da d e, ma is se p f 'l /c tm I/O essiuci jCl/o",c//Jica do ob je t o, j rc l /l c00 ql/a l I /O J e nc on tr amo s pa ra a n al is d- Io (p.25).

    Temos uma pcrccpcao prirncira, tcrnos urn problemacleiro para cstudnr porquc clc se aprcSentoll a nos comoproblema, perguntamo-nos sobre suas causas, sobrc suasdctcrminantcs, varnos it teorizacao (com pesquisas sabre asreorias, as inforrnacoes praricas, legais, tccnicas, hisroricas erc.).Vamos desvelando 0 objero inicialrncnte percebido c varnos

    18

    chegando a uma pcrcepcao critica daqucle objcto, informada,an.lisada, reflerid a, A conscienuzacao pass a por esse processo,quando saimos da primcira pcrccpcao c vamos nprofundando 0conhecimenlo sabre aquele objero de uma maneira critica ercflexiva. Essa conscicntizacao njio pode cxistir fora da praxis,ou melhor, sem 0 habito cia .~ao-reflexao.Esra unidade dialetica constitui de: manei ra permanenteo modo de ser ou de rransforrnar 0 rnundo que caracrcriza 0Ilomem. 0 estudo Gue se faz visa rransforrnar aquela parcelada realidade; isso se faz pcla ac;ao c rcflc xjio constan tc, cPaulo Freire diz (Juc esse e 0 modo de set do ser humane, deagir para transformar. E a conscicnrizacfio, diz clc, s{) acontccesc nbs aliarnos a reflexjio it ac;ao. A pura a c ; : a o nern sempre etransforn"'I;ldora. Ela podc scr rcpcririva, pode mudar aaparencia e njio rransformar nada,

    Paulo Freire diz rarnbcrn que cOJ1Jl.'iellliza{iio i "'IIcO lI Jp ro ll li ss o b is lo ri ro . A cOII s ci (, IJ l iz o{ (io { '. fl o baseada narelafoo consciinrin - ""/lido (1980, p.26). 0 ser 'Jue esruda,estuda 0 mundo. Mas conscicncia de quem? Profcssores,alunos, pessoas, na sua relacao corn aquela parcela da realidade,-no nosso caso- a educacao, a cscola, 0 cnsino, a sal a de aula.Quanto mais rOllscirlllizados HaS tornamos, mnis caparilt/dosestamos (p.28), e isso nos ouvimos ourem de novo.Nos estarnos mais caparitados pm' (1 se r anunciadorese denunciadores, gra(os a o c om p rom is so tit trollsjo/"Illarooqn assumimos (T'reire,1980, p.28). Anunciadores de ideias, depropostas de solucjio, de altcrnativas, de valores positives, deexernplos a seguir, c dcnunciadorcs de problemas, de incocrencias,de inconsistencias, de conrradicocs, de indignidades, de crros queestao aconrecendo ao nosso redor.

    E ainda ma is , para ser Iialida (I educof(io delleconsidernr a "oco,oo ollto/O gica do bO llltlll (1'.34). Qual avocacao ontolgica do homem? E a Ilora{iio de se r .wjtilo.Essa c a caracrcristica do homem. Essa c a sua vocacaoontologies. SCI' sujciro c nan objcto e considerar tarnbem ascOlldifoes em qttr ele l,i,lf, elJl tn! II/gtlr exato. e lll ta l m on r 1 11 0.

    19

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    12/31

    COl l i / al c o nt ex to (p.34). F : preaso ajudar 0 hom em a ser sujcito.Nesse ponto podcmos fazer uma comparacao entre aMetodologia da Problematizacdo e a metodologia da pedagogiabancaria, da educacao bancaria, sobre que tantas vczes QUVinlOScsra scmana e lemos nos ensinamentos de Paulo Freire. Nacducacao bancaria 0 homem cO 0 objeto de deposito deconhecimenros, de inforrnacocs, e objeto de manipulacao,Agora, sera que, oeste caminho - 0 do Area -, 0 nosso alunocontinua sendo objcto de manipulacao? Ele c cstirnulado, eprovocado, (: dcsafiado a rrabalhar, com certcza! Porque s6 assimde sc dcscnvolve! Mas, absolutamcntc nao, ele nao e objeto demanipulacao , porque ele vai tornando decisoes, ele vaiconsrruindo durante 0 proccsso e encluanto ele constroi 0conhecimento ele sc constroi.

    Para set valida, coda ac:;ao educativa devc SCI' prcccdidade LIma reflcxao sabre 0 homem e de uma analise do meiode vida concreta do homem concreto a quem queremoseducar (Freire, 1980, p.34). Educar ou ajudar a cducar-se, eai 0 primeiro passo e a realidadc. 1550 esra muito Ligado coma metoda da alfabetizacao de Paulo Freire. N(_) seu metodade alfabetizacao, 0 ponto de parrida e a realidadc vivida doser que vai ser alfabctizado. No espac:;o de nossa cxperiencia,quando eu rrabaJho com os rneus alunos do Mes trado, arealidadc tomada como ponte de partida e 0 ensino que elesrealizarn; quando ell trabalho com a pcdagogia, a realidade e oque as alunas estao vivendo ria sal a de aula, mas aqueles qucnao esrao com sula de aula porgue rrabalharn com (Jutrasatividades, apoiam-sc nos relaros dos colegas quc tern urnasala de aula ou na observacao daquela realidadc, como pontode partida. Na medici. do possivcl, ponto de parrida deveser sempre a analise da realidade vivida.

    Outre POnto que destaco e que 0 homcm chega a ser sujeitupor W11U reflexao sabre sua situacio, sobre seu ambiente concreto cquan to m ais ele ref lerir s obre a realid ad e, s abre a s ua s itua ca o concrcta,mais el e C1TIeIbrt! plenamcnrc conscienre, comprometido, pronto a intervir

    20

    n a re alid ad c p ar a muda- la (Freire, 1980, p.35). Vamos ver um exemplo,as meus alunos nao conscguem aprcnder a operacao aritmetica dadivisao. Sc eu observe isso e tomo isso como lUTI dado da realidade,problematizo e fa

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    13/31

    E na rnedida em que 0horncm inregrado em seu conrexro,refletc sobre este conrexto e se compromctc, ai ell YOU reperir,ele constr6i a si mesmo e chega a ser sujeiro (Freire, 1980, p.36). Arransforrnacao vai aconrccendo, em processo. Mesmo que nao sefaca nada para transformar a realidade de onde se extraiu 0 problema,a rransformacac acoutece com as pessoas em processo. Mesmoque scja pClJuena, a transformacao acontece e ~ irreversivel.

    Quem pass a a encontrar tres manciras de ensinar divisaonunca mais vai ficar S(J com uma, pois vai tcr trcs maneiras deensinar divisso. Elc tinha uma, encontrou mais duas no seuestudo, entao ele c difercntc, conhece mais, e por isso podcmais e por isso age mais c mclhor.

    A resposta que 0 hom em da a urn desafio nao muda56 a rcalidadc com a qual ele se confronta: a resposta mudao proprio homcm cada vez mais e sempre de modo difercnte(Freire, '1980, p.37). Quando ele aprendeu dua s formas deensinar divisao, sc elc continuar buscando enconrrar outra,ja nao e mais aquela segunda que ele aprendeu, ja sera urnarcrceira. E se depois ele enccntrar novos materiais para manipularaquclas formas de ensinar e ja r iver urna Dutra forma, sempreclifercnre. unca vai ser a repeucao da mesma aprendizagem. Esemprc uma aprcndizagem rnaior, e isso Piager nos cnsinou emprofusao. Atraves do proccsso de assimilacao e acomodacao c denovas desafios, 0 crcscimcnro va i complexificando nosso potencialde compreensao, de pensarncnto reflexive e de atuacao. uncavamos repetir LIma aprendizagem. A situacao de aprendizagemscmpre sera ampliada.No mcsmo ate de responder aos dcsafios que se nosapresenram no contexte de vida (56 nao sornos dcsafiadosse nao olharmos a rcalidade , por

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    14/31

    Paulo Freire afirmou rarnbern que nao se podc chegar it .conscientizacao crfrica apenas pclo esforco intclecrual, mas pclapraxis, pela autenrica unifio cia fu;ao c cia reflexao (p.92),con forme ja tinhamos lembrado.

    En tao vcjam, se ficarmos apcna s com 0 csforcoinrelectua l de tt:()riza~ao. nao vamos chcgar a Limaconscientizacao cririca. Para isso e preciso aliar a rcorizacaocom toda a proposta de en tender a rcalidade c volrar paracla. 0 mestre Paulo Freire nos ensinou Cjue a conscientizas;aodos homens e sta condkionada pela rcalidade. ./IcOIl.rcielltizofo O e antes de mdo '"" esforfo pa ra liurar osboo/ens dOJ obsldelllos qlle os im pedelll de fer 1I11la cla rapercepr'lo do realidade(1980, I .94). 0 caminho daproblemaciza~ao, que pode ser estc ou outros, vai pcrrnitirLima Dutra visao da realidadc, saindo daquela percepcaoprimeira, para chegar a uma percepcao rnais elaborada.

    a visao de Paulo Freire (1983, p.80),"a ed llca fa O p rob le ",a liza dora , d e c ard te r a llte l/lic ollle llten j/e xi l'o , i lll pl ie a 11/"" consta nts a to de d es I e/a ll le nl o d arealidade". Quonto mais p ro b/e IlM ti Za "" o s educandos, conros e re r I /O I I l 1 f 1 J d o e CO ll I0 nmndo, 1 0 1/ 10 /a i s s e s ent ir d o d e s o f i o d o s .E ql lt l ll to mais d e s t i f i c l d O l , mais o b ng ,t td os { / responder 0 0 d es a ji o,e d e sa ji a d( ). f eles 1100 cOl ll prePl Jder 0 d t '! tt jio da p rop ria lI fd ode captar 0 desafio. F : preciso,,,,"te porqne coptalll 0 desoftocom o "'" problellla ell! S l/O J conexdes C On! os om ros 1111111plollo de toralidade, lliio COHIO olgo jt i petrificado, alt.o jadefil/idoJ a C OlI Ip re el/S aO te nd e a to rn ar-s e c on sc iente men tecritica e por isso ca da v ez m ais d esa lielltld auessa Iinha de pensarncnro, 0 desafio que 0 professor faz

    para os seus alunos, e uma oporrunidadc de ajuda-los a sair dna l ienacao. A cduca~ao problcmatizadora sc faz-se assim, um esforcoperrnancnrc do qual us homens viio pcrcebendo, cr iticamenre, COmoesrao sendo no mundo em que se acham,

    A educacao problematizadora, segundo Paulo Freire, e24

    [uturidade resohuionaria (1983, p.84), difercntc de adapta~a~,difercntc de fatalismo, diferente de facilidade. Futuridadc. EpossivcJ construir 0 futuro atraves de uma transforrnacao daquiloque se rem. Ele a chama de fururidade revolucionaria.Revolucionaria quando sc compara com 0 que acontece naeducaciio bancaria. Dai que a educacao problcmatizadora eprofctica. E possivel pensar em alguma coisa que pode aconteceratravcs dela c por isso ela e esperancosa.

    "Q llolqller quc sejo a sillla{oO e", que alg U N S bomensproibasr aat outros q"e sejalll sujeitos do sua bnsca,se insra u ra CO I II O s i tl ltl fi io uiolenta, l\Tfio import a) a sreios nsados para uta proibifiin . Fazer as pessoasobjetos i aliella-Ias de SilOS decisiies, que sa oironsjerida s eut do para outros, 01/ p a ra outras pessoas.o 1110VilllC I Ito de bu s ca atraues d a edlfcafooproble!lla /iZ lldorr} precisa estar sem pre rlirig irlo ptlra serm ais, pa ra a bllllla nizofoo do bO llltll!, p orq ue e sta e auocacdo do homes, ell/bora iISO seja contradito pdaIIOSS;' bistoria" (Freire, 1983, p.8S).Alem disso, (; n o i ll ci dem :; a da aflio /rtJlJ~forll!adort1 do s

    bO il /e ll S s o br e 1 I I I I I I d o q 1 le r es u lt a a stra propria hUlJJol/iZ(Jftio(p.86). Destacarnos aqui a palavra incidencia e e interessantefixarrnos este desiaque . .f : possivcl tomar isso de diferenresmanciras, mas gustariamos de reforcar 0 scguinte sentido: daincidencia da acao transforrnadora dos hom ens sobre 0mundoresulra sua huma niz acao e da incidencia da cducacfioproblcmarizadora dos profcssores com seus alunos, dosprofessores na cscola, e que vai resultar 0 projcro de humanizaciiodesses homens no mundo.

    25

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    15/31

    Flt\t\I.I7.I\KDO NOSSA COl\ VERSA...

    Para encerrar, por uma questao de tempo e nao porter csgotado os cnsinamcntos dcsre EDUCADOR, pod em osafirmar que remos e111 Paulo Freire funda mentos teoricos,filo soficos e c pis remologico s para apolar e ju s ti f ica r aMctodologia da Problcmauzacao, ja que csta constirui-se umaforma de praricar a Pedagogia problematizadora.

    Tivernos com csta elaboracao, a inrencao de mosrrarcomo a propusra de 1'.1aguerez ficou tanto tempo arenasuma possibilidade, sendo utilizada por pOlleas pcssoas nacducacao em gcral mas podc, nesta Semans de Paulo Freire,ser iruensamcnre associada a seu pensamcruo, trazcndo urnnovo inccnrivo de aplicacao de suus licoes para a educscao,atravcs de urn carninho 9ue h:i muiro esta it nossa disposicjio.

    Sabemos

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    16/31

    FR~IRE. p~ COfl.rcieJJliZd{iio: reoria t: prarica da fiber cacao. Umamtroducao ao pcnsamento de Paulo Freire. 3. ed, Sao Paulo:Moraes, 1980.

    FRElltE, P . P e d o J m i o do (JlIOIlQlllia. Saberes necessaries a pnitica education.7.cd. Sao Paulo: Paz c Terra, 1998, p. 85.VAZQUEZ, A. S. l - il o . fO j ia do p, , ;x i

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    17/31

    Mu ios aurores afirmam que 0 melhoramcnto dosmetod os de ensino jamais deve ser considerado LIm fim em5 1 , mas urn mcio imponante para que a Universidatle cumprasuas func;:oes socials.

    Segundo Bordenave (1994), a modcrniza~iio dosme-rod os nao garantc par si propria clue a Universidade seintegre a scu meio, se idcntifique com scus problemas c influaria transformacyao da sociedade, pois disciplinas obsoleras ealienadoras podem u ti liz a r-s e de recnicas rnodcrnas esofisricadas da Tccnologia Educacional.

    Bordenave (1994) nos chama arencao rambcm para acxisrcncia de urn paralelisrno c isolamento das trcs fllnc;:6esda Univcrsiclade: ensino, pesquisa e exrensao, de tal modoguc nem a pcsquisa alirnenrs 0 en sino, nem a exrensao remuma inrcrac;ao significariva com ambos.

    Ern vista disso, a defin..ic;ao do papel que a .niversidndeexerce em relacao it sociedade orientani 0 tipo de mctodologiade ensino a ser adorado,o ponce central das discussoes e das propostas emrelacao aos problemas educacionais rem gi_rado em torno daquesrao da defasagem enrre a forma~ao academica c arca.lidadc, uu seja, entre a reoria c a prauca. Reduzir distdnciasentre a reoria c a prarica, porranro, e nccessidade urgcntenos processos cciucacionais.

    E fundamental que alu no s e profcssorcs nao s6camprecndam, inrerprct em e e xp liquem a realidudc, mastambern intcrvenham sobre ela.

    No enfrentarnenro de exigcncias colocadns pelo mundoconrernporaneo sao re

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    18/31

    Rccenrementc, par ocasiao de lancarnento de livro sobrcexperiencias com a Merodologia da Problematizacao, 0 ProfessorBordenave, lim dos divutgadures da Pedagogia daProblcmariz acao, rrouxc-nos imporrantcs coutribuicocs arcspeito dos fundamcnros em que esta se baseia. Foramabordados, na ocasiao, os aspectos cpistcrnologicos, psicol6gicos,ideologicos e pedagog-cos da Mcrodologia da Problcmauzacao.

    Conside ra ndo que os aspectos filoso ficos quefundamen tam a Metodologja sao carnbem necessaries paraurn rnclhor cntcndirnenro de s ua s caracreris ticas, prcrcndoncsre escudo esrabelccer relacocs ernre algumas correntesfilosoficas c a Merodologia da Problematizacao.

    Para tanto considcro necessaria apresentarp rimeirarnenre a Me rodologia cia Problematiz acao, sua sprincipals caracrcristiras c fundamcntacoes e, nurn segundomomcnio, os pressupostos filosoficos desta mcrodologia.CAR..ACTERisTIASGERAIS DANIETO[)OtOGlA DA PROLHE..MATI7.Ay\O

    A Merodologia da Prohlcmatizacao, proposta c uulizadapor Bcrbel ' , na Universidade Estadual de Londrina, utiliza-scdo Mcrodo do Arco, proposro por Charlez Magucrez, aplicadoe explicado pm Bordenave & Pereira, desde 1977, na I' cdicaode "Esiraregias de Ensino - Aprendizagern."

    Bordenave & Pereira (1994) distinguem as caracre-risricas enrre a educaca o tradicional, tarnbe m chamadabancaria, e a educacao problcrnarizadora 011 libcrtarlora.

    A educacao rradicional apresenra as seguintcscaracrcrisricas:

    esra baseada na transrnissjio do conhecimento c naexperiencia do professor;

    nrrib ui lima imporuincia suprema ao "conreudo damateria" c espera que os alunos 0 absorvarn e 0 reproduzarnfielmente nas "rovas; 0 objctivo fundamental e produzir urnaumento de conhecirncnros no aluno, sem a prcocupacjio de

    32

    considera-lo como pessoa e como membra de uma cornunidadc;produz, como conseqiiencia, urn aluno passive, grande tomadorde notas, cxirnio memorizador c manejador de conceirosabstraros.

    A pedagogia problcmatizadora, no cntanro, parte dasseguintes ideias:urna pcssoa so pode conhcccr bern algo quando 0transforma c rransforrna-se a si proprio no proccsso deconhecimento; a solucao de problemas implies a participacaoariva e dialogo cunstanrc entre alun os e profcssores. Anprendizagern e concebida como lima resposta natural do alunoao desafio de uma siruacao-problema;

    a aprcndizagern e lima pesquisa ern que 0 aluno passa deuma visao sincreuca ou global do problema a uma visao analiricado mcsrno, chegando a lima sinrcse provisoria, que cquivale itcornpreensao. Esta sintcsc (em continuidade na praxis, isto e,na arividade rransformadora da realidade.A metodologia da Problematizaci io util iza-se do eSlluemado arco de Charlez Maguerez. 0 arco, que se divide em etapas,e explicado por Bordenave (1989):

    A primeira ceapa e a obscrvacao Ja realidade, quando osaiunos sao levados a obscrvar a realidade cum 0objctivo decaprar os diferentcs aspectos que a envolvcm. Ao observar arealidade os alunos exprcssam suns pcrcepcoes pessoais,eferuando urna pcimeira leirura sincrerica cia realidade cselccionando uma situacao a SCI' problemarizada.

    Num segundo mornento, os alunos desracarn do que foiobservado lJllC e vcrdadciramenre importantc, P" curandoidenuficar os ponros-chavc do problema em qucstao, as variaveismais determinantcs da siruacao. Esta ctapa "constitui 11111(1 dasraZ0tJs II/(/is ill/porltlllles ria supen'oridade desla Perlago,gia sobreourras de transmissdo e condicionamento" (Bordenave. 1989, p.25).

    Na terceira etapa, os alunos passarn it teorixacao doproblema. procurando saber 0 porque das coisas obscrvadas.Nesta Iase, a participacao do professor e fundamental, poisreorizar e semprc dificil, e a teorizacao e hem sucedida, af irrnaBordenave (1989, ".25):

    33

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    19/31

    "0 ahmo chega a 'entender' 0 p rob le ll J a ndo SO li /e li te e ll lsuas f II a ll ij es ta fo es e ll /p ir ic as O~I situacionais assim comotO fJ Jb i lJ l . o r P_ , -i ll ci p io s teoricos q ll e 0 e xp li ct1 IlI . E J S a eta p ade teonZ(/foo que cOlllpreende operaciies aualiticas doitJte/~!.hJCi(J e altamenle enriqnecedora e permi: acresctmen/a men t a ] dos OIIlIlOS. COI I /O diZ Piaget, elesp a ssam pelo proprio esforco do dominio d as "operaccesconcretas" para as "o pe ra cd es a b st ra ta s " e isto Ibes confer101: poder de gCl1era/izofdO e ex/rapolafoo considerauei.~tS.l eJ1tiio,. 0111:'0 raz,io da superioridade do Pedag og in dal/,obienlo/tZllfao sabre OJ de Transm is sd o eCo n dicio n am ent a. "Na quartH fuse 0 aluno e levado a fcrmular hipoteses

    de so lucao para 0 problema em cs tudo e a cultivar aoriginalidsdc c a criarividade, pois a [coria e muito fertil em,ll.itas hiporescs de solucao ncla bascadas podem nao ~ervalidas na pratica. Esra erapa deve conduzir 0 aprcndiz aconfrontar suas hiporeses de solucao com os condiciona-~1CntOS c limitacoes da realidade. E uma confronracao doideal com () real, () que e consideradc por Bordenave (1989)ourra vanragcm dcsta pcdagogia._ A ultima fase e 0 rnorncneo em que 0 aluno pratica efix a as solucoes que 0 grupo enco ntrou COlllO viaveis ea ~ l i c a v e i s e , a p r e n d e a u ti l iz a r 0 a p r e n d i d o e m s i t u a c o e sdiferen tes. E a fas e Clue possibilira inrcrvir na rcalidadc,completando 0 arco de Maguerez.

    A ncce ssi d ade de pass~tr por essas erapas e as sirnjustifieada por 13erbcl (1994, p. 14):

    "0 _des",vo/vi1lJetliO ~os pussos do Arco de MuguerezsN poe . a realr.zoft1O de difereutes tecnicas eprocedl1llentoJ tais .COINO a observ(lfiio sistematica,acolII/Janhadtl de registro, tratamento, analise e sintesedos dados; a elaborofaO e IIl iliZtl faO de ontros iustmmentos

    34

    de invcsligo(ao, (... ) a analise rejlexiva, gerallllentecoletiva, sabre diferentes tipos de injorlliafoes que se tem,. r ej o fl l t edrica s s ~ia !l l e mp ir ic as ; j or ll IJ .J io fi io d e r el ot or io s,(liilll da s diferel1tes e p os si oe is J o,.lIIas de en ca m i nh ar aaflio tratlsforlllodora que resuit a do estodo."A Mc{odolugia da Problemarizac;:ao, portanto, parte de

    urna critica do ensino cradicional e propoe urn tipo de ensinocujas caracteristicas pcincipais sao a problemarizac;:ao da realidadee a busca de solucocs de problemas detectados, possibilitandoassim dcsenvolvimcnto do raciocinio critico do aluno.AlvlETOl)OI.OGlf\ 01\ PROULEJ\lAT1Zt\c,:i\O E SI..:.Ut;FUNDAMENTOSPF.DAGOGICOS

    Bordenave, em preHcio cscrito para 0 l ivro Metodo-logia da ProbJcmaliza~ao (Berbcl, 1998, p. 7)expliea:

    'j1 !vIe/od%gia da ProblelllotiZflfiio mna daslIIalliJe_rtaf'oes do COlls/rutil)isllI0 pedag og ico. COli/atal, p artilb a com ovtros /II i/odos constrntivistas aiglIJIJprincipios jillldamelltais, tais como:p arte-se da realidade, COlli a [inalida de decOlllpreende-la e de c011s11'IIir conhecimento capaz detransforma-La, utiliza-se 0 qu e ja se sabe sobre a realidade(co lltelid os ), n d o COIIIO a/go absoluto e d ef in it il/ o !lellICOIIIO U!!l Jim o si f}leIIIIO, nm s COIl/O subsidio paraencontrar noua s relafoesJ novas 'oerdad er', nosa ssO/l l foes; os protdgollislas da aprelld izag e!ll siio OJ propriosaprendentes, POI ' isso nccntll(1-se (I descoberta, aparticipofQO na dftio g rllpni, a a utonomia e a initio/iva; deSe11lIoltle-.re a cnpocidade de pergll1Jlat~ consnltar,experi/IJentaJ~ aualiar, caracteristieas da mnsciincia critica."

    35

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    20/31

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    21/31

    Momento LMomento IIMomenro IIIMomento IV

    - Descri~ao da situacao- Processo de problematj7.a~ao- Organjza~ao para a a~iio- Difusao COI11lmiraria

    I ao obstante 0 faro de haver po . , .quanto a u tiliz as ;a o c ia c ultur SIClonamenros d,vergentes. rura elaborada como can . densmo e ser a proposta de Freire mais eli' ~ , tell?S dede adultos e a Merodolo " d P rccionada a a1fabel:!Za~"ogu a roblem ri -superior, mujtas ideias de F'rei a Jz aca o ao en sino1 \ . e tretrc encontram .1ctodologia da Problematiza~ao, -sc prcsslIpOStas naMizukarni (1986) sintetizn as " , , , "e destas sa o desracndas a ui a 'lie! pt1nclpa~s H.leJ3S de Freire

    a Me rodolo ia da P I 1 q ,q as de maier afinidade com, ,ro) emauz acao.. a obra de Frei re, 0 homcm e 0 S . . ...

    a lntera~ao de he . uJeIW cia educac;ao, mas. omem e rnundo de suj ~i[ biImprescindivel) pais as sujciros sao h' e 0 e 0 jcro cno tempo e no cspac;o' ido: omens concreros, siruadosNesta abo d ' In~etl os num contexte historico., r agem, quanto mnis 0 Ia realidade sobre ' . ~ < rorncm rcflerc sabrecomprometido a in su~ sItLla~a~) concrees, m ais se tornao h rervrr na realidadc para rnuda-la. omem cons tro i-se e pode s ',' .!Otegrado em sell coritcx fl ser SUJ~ltO. Quandocomp rcmere. cxto, re cie sobre elc e com ele sc

    o homem e l1l11 ser d ,.como as:ao e reflcxs d ' la praxis, compreendida por Freire. . ao Os iornens sobre 0 dobjeriv., de transforma-lo. m un o, com 0o ho mcm cr ia cultura nan I .conrexro de vida e d' q (0 reflcre sobrc seua resposras 'lOS des fi1\ resposra gue da a cada " '6 '_ ,a lOS

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    22/31

    o fenomeno que e ~problema, ao mesm~ ternpo lima orlma de ll1anifcsr(l~:1.0 doesconde Q d' I que re,ve a (manifesta) a essencia a. lIan 0 0 iomem c 'd I ' ex is re nc ia c om o alga in tie . d onsi dec., as malufestas;oes de Su a. pen crue 0processele vivo no mundo da . d . . 0que as produzill,.. pscu O-concrencl la I dKosik. Caprar a ve dad . . ,(_. oe, como enominou. r .1 ctra conc rc tlC I< .J adc _..fcnomeno c rarefn da cienci ~ da fi . Oll, a CsscnClil doo . a e a fllosofia (Sav"lIli 1996)que serra, en tao, urn problema I ' .A es scnci :1 do roblem'\ ~ . < C qua a Su a essencia?14) no' 'I', P e a necessldade. Savialli (19% pS cxp lea rnclhor: ' .

    "maa tjllcsloo elll s,~ IItlr; carllf/eri 1 .IIHSIIIO tlqlle/a oljo rnpoJla' z : 0 ~/o/;/elll{/J IIfllIqlleJ liio C I .I j'o resoo I de riescOllbeodn; I I/ (IS 111110r S (1 se neol/hue .r()lJ hecC l~ eis oi Ifl/I problellJa /1/ t' Jf, IIfUUIIr,i P /.~ . ~ o qlle ('II N ao sri IItlOroo ellla, IIIIS qlltllJdo ell iglloro I .ell preciso saber, eis-m i'lIlao dial/Ie t~~""la COII~'1qll(,Da III(,Sllla r: III/} prollletlln.Jorllla, 1//" ObSldCldo II' , .Irallspor, II/lla diJiclllt/, I . q e (' IItrf'.rsonodl;I'I'da ql le "00 II Itlr.l!dq~/f J>rectsa ser sltpel'tldlJJ /llIlllpoae t iXar de ser d' . IsillJafO"! qllc sr 110" Iss/If lron sdoprobll'llltilicfl.C1I J rtJllji(!?,III'OIlI COIIIOI'l'rdtldeil'(IIIIClJle..~ .J>':Ob/CIII(1 ross o l/Iln/ql ll'r 01111'0 da';(J~~:I'O/fllrttlb/~l/ln/Jn, (111"(,Sl'lllo 1111//ado .wb;:~;:loet, " Ohj('IIIIO illtilllallle/llf' ,,' J 1//"II"idod, dit'}/fiiro ( ) . COIIC.,\IOIIflr!os IIIII/Itllal/lo (/ . ',... 0 coarrrro d~ problcII /o ill lp li(orOlsflclltIZt'}{tio de 1(1), '1 ~(nspec/o Sl/V'eli",})' 'In. st IIt~r{IO de IJ/'ctuidadedo lIunsJ d f ~OIIJ() //Ilia SIIIft/fao rOIl.rcil'lIliZndorclI (I e (asprrra objeliN)). II

    . E s rns cons idc ra< ;()(_ 's sobre almporral1lCS 11'1 m eli I p a la v rn Pl'o/Jletlltl S:lOurili>.a~i\o do ~ue S(a'~i:n~m(10~6e)a Irealidade csc,olar e fenil na

    , . C lama de pseudo blpors muuas qucstoes qu . -pro ema,c Il1lcgmm os curricu/os cscolares sao

    40

    dcstituidas de conreudo problcmarico, constiruindo-se apenaspor mecanismos de rransmissao,

    A mcrodologia da problcmariz acjlo, porranro , emvirrude de sua propria denominacao pressupoe 0 tratamcntode

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    23/31

    o objetivo do . d di I. meto 0 ra ';tico era gerar 0 pod dpcnsar, pors tanto para Socrates como para Pia' cr eprogresso mental se obtinha d 'I tao, POllCOconhecimclllOS. 0 SImp cs faro de ministrarAs contribui

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    24/31

    de sujeito C objcro e lim fundamento ba sic o, enconrra n afenomenologia muitos de sells pressupostos.

    Na fenomenologia, n ao h a lim p uro ser arras da saparencias OU do fcnomeno: "a con s ciencia des velaprogrcssivamcnte 0 objeto por meio de seguiclos perfis, deperspect.ivas, as mais variadas. Conhccer e ur n processo quenao acaba nunca, e uma cxploracao exausriva do murido"(Aranha, 1993, p. 123).

    Tal qual na fenomenologia. na l\{etodologia daProblcmatizas:ao, 0 processo de conscienti7 .as:ao c sempreinacabado. Consisre nurn con tfn uo e progressivo des-velamenta da realidade, e a nova reaJidade torna-sc sernpreobjcro de uma nova rcflexao critica.

    A fenomcnologia critica a filosofia tradicional porc.lescnvolver uma mctafisica cuja nocao de sec c a bsr.rara,volrada para a cxplicacao, A Metodologia cia Problemariza,aoconrrapoe-se ao concciro de couca

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    25/31

    46

    . Heidcgger inspirou 0 pensamcnto de IllUI-tClScX,stencialjsras.. S:lrtre, impofranre representantInfluenciado por 11 1 H' (C dc:sra corrente er- us ser i, eldegger J SK,crkegaard. ' aspers, chelcr e

    Na conceps-ao exisrenciaJista ".".pr~cedc a exisrencia e isso si rufica l;~ a .c::ss.cnCla do hOlTIeme Xl St e, s e descobn: surge g .1q pnmcrrarnenre 0 hOl1lcl11

    , no munuo: c -u~ . d .Ninguem meJhor que 0 .'. < '1 ~ so epors sc define.os fundamcntos de SUilS id ,. prnpn~ ann', pan explicar '. ( 1 Clas, no tlftJgO "0 " . . .e urn humanismo" . I eXJStcncHtllSI110. CSpecl::! Illente no seg tlin re [recho:

    (0 H om e", e t rI .. ' all ses if / lNIIS /Jor/a 1111/pr'lj'f/VI/Ie S/(/~jeliJ)dlllfl!le em N 'Z d. I o o 1" " seCOiln podr{' I _ f' ser 1111/(rell/e) q/{a/q l le, .

    . Olr IIIIN} cOlllle.,jlor d. 'oJ/lenol'lI/clIll' nelS p' ' I tta a eXlstef' 'Olelo; Nat/a bd IJO .' . /.__o onlJelll ,ren; mes de' . ltll 11111'Igllll'/,( ) 1\1 11101S, 0 (Jlle 11111'1'prqjelndo SI'I''" ~ ,liS se uert!adril'nlllfllte (I exis/lllcia pr. d '

    eUtllC/o, 0 bOlllel l1 t! respOII.Jtille/ 01' ,'NC e aAS.IillJ) 0 prillleiro esfor ,P, (/qllllo 1"1' e.

    POl' rod, /., 'J' ro do eXlJlellClnli.IlllO i 0 ti l 'o '1011fflll I/O dOll/illio do /'rilr ibl lir {/ IOlal res.poll I -l-J. _I (jlle e e e e tie /bl'SrWI lat/ae da SII ...,ql/tllJdo dizelllo.r lie h ,{/ eXlSlelJc/a, L :,r',' ', q 0 '101l1elll e respolluiue! par sip opno, 11(/0 qllercllIOs di-rer Irespollstil'e/ pc/. '''': q II! 0 bOllell1 e, a SIlO nlnta IJIdiuid" / . ' t I de respolI,rd"eI par lodo LU I a e, oras qlfere.rpollso/Ji/idtlde e ', os '10'~/ellJ",(...) AuilJl, /JOSStl

    11111110 111{IIOI' do Ife der/,SlfpO/~ porqne ela mool. d q ,po CllalllOSAUtlll son I' se to (1 a bill/loll/dade. ( ..)e sp ol /s rJ lle l PO I' II/ill/ e p 1 J _1IIIIa ceria ill/{/o(ul/ d 1 or oaos, e rno-s- 0 IJOl1le111 por .: .ncol/;elldo.llle cscol/" /., III/III nco/blda;(OJldCllada I. /. ')0 0 '10IJJeIIl.( . .) . .. 0 bOll/CIII e.rlti

    (1 SU I rure. Condcl/ado p _si prohrio' e 'orqlll' 1100se crio a'r , r 110 eli/milo li" re p {) rI/O 1IIIIIIdo, I. re.rpOllstiIIC/ I I d 111e, 111110 u ez I {I I/r ad o1978, P _T3). P O I II 0 qllollio jizer" (.frlr/re,

    No existencialisnm, 0 horuem Cl ivre e responsavcl por rudeque escolhe e faz. A libcrdadc so tern significado no a,ao, nacapacidade do homcm de operar modificacocs no real.o 9ue difercncia 0 homcm das outras coisas c que soo hornem e livre, so 0 homem C sell proprio projero,

    (/-,1 palmIra pro-jelo siJ!,uijico J elilll%git-ollJeIlJC 'HI'I!ll/rado adial/le'. assim COIII{)0 IIifixo ex d a pn/avraexistir .ri_gIJijic'lforti'. Ora, sa 0 bOlllfll1 existe (ex-sis/e)porquf 0 existir do hOJJ/tllI f 11111 'Parr) sill 011 seja,s en do c ou sr ie nr e, 0 hOlJ lf ll I e /(111 'ser-pura-si' pois afOIlJcihlcill e anto-reflexh,. Pi'''S!! sabre si IIIC.rlJlflJ ernp(lZ de por-re '[ora'de si. Por/(J 11IO J a ('ollseiillcia dobonre) 0 dis/i/ J

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    26/31

    a ~OI.lfian~'lde gu.e 0 aluno c capaz de tmnsccnder situacoes-lirnircs para verificar o que cxiste alern debs;

    a c~ncl:.pc;~. ~o aluno, como lim sujciio rcsponsavel pelasua propna vida e pela construcao < . . I I : scu conhecimento'

    a oponu~da Ie

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    27/31

    - n atu re za e s ocieda dc - on de 0 hom cm es ta preseme e p od e c on hc ce -la c rransforma-la" (Gadoni, 1995, 1'.101).

    Como COI1Cep~aO dialcrica, 0marxismo njio separa arcoria (conhecimento) da pratica (acao). i\.. pratica C 0 criteriode verdade da reoria, pais 0 conhecimento parte da pratica ea eta volta reoric am c nce:

    'a qllcstiio de saber se cabe ao pl'IISfJmCllto bnmanot(flla uerdade obje/iva 1I1io i IIIJ/a qnesido teorica, masprdtiea. [j lin praxis qtte 0 h OI llC II I deue demonstrar averda de, isto e , a realidad e e 0 poder, 0 cardter terrenede self PCIISOIlIf'fJtO. A dispnt sobre a realida de 0111100 realido de do pensamemo isola do da praxis i "lilaqttestiio pnramente escolasticn " (Marx-Engels, apudGadotti, 1995, p. 102).Para Engels (apud Aranha, 1993, P: 88), "a dia!i/if" e a

    dincia das leis gerais do IIIOr,ill/elllo, tanto do mnndo externo,quanta do pensameuto hUl/aT/o. II 0 movimento da realidadeexplica-se pelo anragonismo entre 0 momento da tesc c daanutcsc, cuja contradicao deve ser superada pcla sinresc. Segundoa concepciio dialerica, a passagem do scr ao nao-scr njio edcsrruicao, mas movimento para outra realidade.

    Outra categoria fundamental da Dialeuca, aiern dacontradicao, e a de totalidade, pela qual 0 todo prcdornina sobrcas partes que 0 consriruem, ou se]a, as coisas csrao em constanrerelacao reciproca e nenhum fen6meno pode ser cornprccndidofora dos fenomcnos que 0 rodciam. Os faros fazem partcm de urnrode dialerico c fazcm parte de uma estrunara.

    A dialctica possui principios basicos, apresenrados aquipor Gado tri (1995):

    1) Principio da roralidade: tudo se relaciona.'Tude que existc csra relacionado com 0todo, num sistema

    cornplcxo, Qualquer fenomeno, isolado de scu processo, torna-se dcsprovido de significa

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    28/31

    4) Analisar a lura, 0 confli ro interne das contradicoes, 0movirncnro, a rendencia.

    5) ao esquece!" de que tudo esra ligado a rudo e queuma inreracao insignificante pode tornar-sc essencial.

    6) Nao eS'luceer de captar as transicoes dos aspectos econtradicoes no devir.

    7) Nac csquecer de 'lue 0processo de aprofundamentodo conhecimcmo - que va.i do fcnorneno a csscncia t: daessen cia mcnos profunda a mais profunda - e infiniro, Jamaisestar sati sfeiro corn 0 obtido.

    8) Penetrar sempre mais profundamcnre na riqucza docontcudo, apreender as concxoes e a movirnento.

    9) Em ccrtas fases do proprio pcnsamenro, cste deverarrausfor mar-se, rejeitar seu conreudo, superar-sc.

    Entre as afirrnacoes sobre a dialetica, pode-se cirar ade Gadotti (1995, p. 98): "a dialet ica nao e apenas urnmetodo para se chcgar ;1 verdadc, e lima concepcao do hornem,da sociedade c da relacao homem-mundo."o concciro de dialerica e fundamentaJ na cornpreensaodo marxisrno e tern profunda relacao com as fundarnentosda Metodologia da Problematizacao, seja em sua concepcaoinicial de metoda de discus sao scja na problcmatizaciio ricuma qucstao, COmo na maieutica de Socrates, seja no metodade invcsrigacao, como na concepcao marxisra .

    Faz parte do s proccdimentos da J\letodologia daProbfema naa cao ir direro a realidadc, para pe rccber suasconrradicoes c as inter-rclac;6es dos fcnornenos, procurandoapreender 0 rnovirncnro inerentc dos processos e in tervirnesta realidade para transforma-la. 0 merodo dialetico deClue se uriliza a Mctodologia, ao estudar Ulll~ determi,;adareal idade objet iva, analisa, rnctodicamemc, os aspectos e oselementos conrraditorios dcsta realidade, cxigindo constante-mente 0 reexame cia teoria e a crftica cia prarica.

    1\ Metodologia da ProblemHtiza~iio, em sua vinculacaoC0111 a tendcncia dialctica na Educac;ao, concebe a reciprocidadc

    52

    do sujcito com 0 objeto cmincntementc como uma intcracaosocial que vai formando ao longo do tempo historico, Tantopara os pens. dotes dialeticos como para a Metodologia, 0conhecimento nao pode sex enrendido isoladarncnte em relacaoa pratica poli tica dos homens. D a r priorizarem a praxi s humana,a a~ao historica e social, como uma tinalidade inrirnamentcrelacionada com as rransfor-mac;:oes de cxistencia da socicdadehumans.

    i\. dialctica marxism, a partir de Althusscr e de Gramscic a teoria cr+tica da Escola de Frankfurt tem inspirado aconstrucao de uma filosofia da cducacao fundamentada napraxi s humana.

    A praxis, como cxplica Konder (1992, p.11S),u... e I I I J I dos conceitos centrais, a grande descobertado )ilosofia de Marx. Niio se delle COllflllldir praxis COlliprafiea all COlli trabalbo. A praxis depend do ,,(doconsciente do sujeito c , por is so, line interpretardo darealida d e (teoria) ti tral ls/orllldriio do IlIt illdo (prdfica,trabalbo, rriatisidade ete.} A praxis, e a atiuidadeconcreto pda qna! as sujeitos se a jir lJlon; 110 mndo,modificando a realidad ob)elilltl e, para poderoa!lel:d-!(}, frans/orlllando-se a si I Il e SI lIO .L ~ a tlf(io que,para se aproflllldar de maneira mais conseqiirnre,precis a do r~flcxilo, do autoqnestiona mento, da teoria; ei a teoria qlle remere a afao, q"e enfrent a 0 desafio deuerificar sens ncertos e desacertos, cotejando-os eO"1 ap rdtica. "

    A relacso do conceiio de praxis COI11 a Merodologia daProblcmatizacao ja foi teorizada por Berbel (1998) no arrigo:1\ Mctodologia da Problematizacao no Ensino Superior e suacontribuicao para 0 plano da Praxis.

    Berbcl (1998) explicita 0 conccito de Praxis adotadopel. Metodologia da Problcmarizacao, que C 0apresentado por

    53

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    29/31

    Vazquez em "Filosofia da Praxis", que adorn a concepcaomarxista da praxis, C01110 lima inrerpreracao do mundo etarnbcrn como guia de sua transformacjio. A praxis murca ascondicoes que tornam possivcl a passagem da reoria it . praticac assegllra uma Intima unidadc entre lima e outra, A praxis eurna atividadc transformadora, conscicnte e inrencionalmenterea liaada.

    Bcrbel (1998), depois de rcflerir sobrc 0 conceito depraxis com a cors tribui cao de Vazquez, dcsraca algumasca tac tc r is ricn s as quais sc pode reco r r c r para analisar aMcrodologia da Problernauzacso.

    a praxis e urna arividade conscicnte e intencionalrnenretransformadora;

    para atingir o nivel cia praxis e precise ulrrapassar 0senso comum; e precise superar 0 ponto de vistaespontanco e instintivo da consciencia COt11l1m; alcancar 0nlvel cia praxis significa ascender a um pontede vista objetivo c cientifico a rcspeiro da atividadehurnana;

    a praxis implies relacao conscienre entre pcnsamento ca

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    30/31

    CONCI.USAO

    Parece claro que a Mctodologia da Problclllatiza~iioenconrra em rnuitas ideias presentcs nas correnrcs filosoficasfcnomenol6gicas, existcncialistas e rnarxisras, rnuiros dospressupostos de sua pratica.Da fenomenologia, a lem de mui tos conceiros,podemos relacionar a Metodologia da Prcblematizacfo coma co nsideracsr, da real idade como urn fen6mcno a setdesvclado e com a questao da inrcncionalidade da conscicnciahumana, que se rcvela na interac;ao enrre sujciro e objero,entre homem e mundo.

    Do existcncialismo, entre muitas outras ideias, pede-se re la c io nar a Metodologis cia Problema[iL:a~ao COm aquesrso cia responsab iliz acao do sujeito pela fOfmac;ao desua rr~pria cs sencia e peranre a construcao de seu pd)prioconhecimcnro, tendo a Jiberdadc como conceiro fundamentalda exisrcricia humana.

    Do marxismo, alcm cia ideia ccn tral de transformac;aoda realidade visando uma sociedade mais justa, pode-seperccber a rela~iio fundamental entre a letodologia daProblematizacso e a concepcso dialetica da realidade, com 0conceiro de praxis como elemento fundamental da rela~fto entreteoria e prarica.

    Estc estudo tern sornenrc a pretcnsao de conhecer ospressuposto filosofico, da i\[etodologia da Problematiza~ao.a o se .trara aqui de considerar a iVi"ctodologia daProblemattzac;:ao como uma alrernativa metodologica superiora qualqucr outra, mas sjm de rcconbccer sua validadepertinencia c atualidadc. '. Ta lvez a cscolha do merodo de ensi no nao seja di.oimporranre quanto () comprometimento dos a to res doprocesso de en sino e aprendizagem (professores e alunos)com urn upo de educa~iio gue colabore com a Jiberta~ao eemancipac;ao do homem, atraves de sua conscientizac;:ao para a56

    construcfio de urna sociedade rnais digna e justa. 0 entanto, aescolha do merodo dcvc coincidir com a visao de educacao doprofessor para que ele possa agir coerentcrncnre, .

    Conhecer os p res suposto s filos6ficos da teorraeducacional c fundamental para 0 educador no processo dearnadurecimento de suas proprias concepcoes educacionais.

    Quando os pressuposros rcoricos e os fundarncnrosfilosoficos da educacao niio ficam cxplicieos, isto significaque 0 cdu cador , via de regra. esra se guiando por urn aconccpcao que se sjrua no nivel do senso cornum. Urn aconcepcao njio elaborada, constiruida por aspectos herero-genoos de difcrcntes concepcocs filosoficas e por elementosscdirnentados pela tradicao e acolhidos sem critica rcnde a secaracrcrizar pela inconsistencia e incocrencia.

    Para irnprimir rnais coerencia e consistencia a sua a~ao,e necessario que 0ecIucador se eleve do scnso comum para 0nivel cia con s c i e n cia filosofica de sua propria pratica. Isto passapelo confronto entre as expcricncias pedagogicas vividas peJocducador e as conccpcoes si srcmatiz ada s cIa filosofia daeducacao,

    Podernos portanro conduir que toda prarica pedagogicae tributaria de uma rcoria que, por sua vcz, pressupoe umadeterminada concepcao filosofica e 0 conhecimento desras cirnprescindivel para 0 educador que pre rend a supcrar 0 sensocomum.

    57

  • 8/2/2019 metodologia_problematizaao_Berbel1999

    31/31

    R..t::1:L::RENCIAS BIRUOGRAplc/\S

    ARANllA, M. L. A., MARTINS, M. H. P. Fi/osofatlt/o: inrroducao itfilosofia. Siio Paulo: Moderna,1993.

    BERIJEL, Neusi Aparccida Navas (Org.). A rnerodologia daproblernatizacao no cnsino superior e sua conrribuicjio para 0planoda praxis. In: BERBEL, Neusi Aparecida Navas. lv le lo d% g i" d aproblellltiliza;iio: cxperiencins com qucstoes de ensino superior,ensino medic e clinica. Londrina : Ed. UEL, 1998.

    BORDENAVE, Juan Diaz, PEREIRA, Adair Martins. lis /m Ug i'" d ,nlSillo-aprendizagelll. 14. eel. Pcrropobs : Vozes, 1994.

    BORDE AVF.:,Juan Diaz. Alg tU1S fatores pedagohricoS. In: Minisrerioda Saude. Sec teraria Gcral. Secreta ria de Moderniz acaoAdministrativa e Recursos Humanos. CapaCi fo rao peda,grJgicaparai nstmtor es ] superois ores da area da sas ide. Brasilia 0 mj~isrerio,1989. p. 19-26.

    CADOTTl, Moacir. Pedagog; I ' da p raxi s. Sao Paulo: Cortez, 1995.GRIl\JSPUN, Miriam Paura Sahrosa Zippin. Os novos paradigmas

    ern cducacdo: os nuvos camin ho s para urua analise. ReuistaBrasi ki ra de I is tudos Pedt/gogicoI I Brasilia, v, 75, p. 211-242, jan.!dca. 1994.

    KONDER, Leandro. O/1 (I "r o d o f ll os oj ir l da pnixis: 0 pcnsamcnro deMarx no Sec. XXI. Rio de janeiro : Paz e Terra, 1992.

    I.TRANEO, Jose Carlos. Didduca. Sao Paulo : Cortex, 1994.M1ZUKAMl. Maria da Grace Nicolett i. ElIJi1Jo: as abordagens do

    processo. Sao Paulo: F.PU, 1986.

    i'VIONROE, Paul. H is to ri a d a t dl fc ar oo . Sao Paulo: Ed. Nacional,1974.

    OTT, NlargOt Bcrtoluce. Ensino po r meio de IolllfoO de problemas.10: CANDAU, Vera Maria. t\ didatica em quesrao. Sao Paulo .Vozes,1983.

    SARTRF., Jean Paul. 0 existencialisnm i Ilfll bt tmanisma. Sao Paulo:Abril Cultural, 1987. (Colccac Os Pensadores)

    Si\VIAN1, Der mcval Edncacdo: do sen so comum il conscicnciaIllosofica. 12. ed. Sao Paulo: Cortez, '1996.

    SEVERT 0, Antonio joaquim, Paradigmas filosoficos em educacao:l imires do atual discurso filosofico 110 Brasil na abordagem datematica educacionnl. R ev is la B ra site ira d e E snuia s P ed ag og icos ,v.74, p.131-184, jan./abr. 1993.

    TRTVINOS, Augusto, l .S. T ! llnU/Urao d pesqmsa till c i inc ias socia ls .Sa o Paulo: Atlas, 1987.

    VASCONCELOS, Lolani. A merodologia enquanto ato politico dapratica educative. In: CA DAU, Vera Maria. RlllfiO (J lima 110f'adidatica. 5. ed. Petropolis : Vozcs, 1993.

    v .7.QUEZ, Adulfo Sanchez. ['iloSofi({ do prdxis. Rio do Janeiro: Paze Terra, 1977.

    58 59