metodologia do trabalho científico

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  • 1. Metodologia do Trabalho Cientfico Captulo III Teoria e Prtica Cientfica Elis Gabriela Copa dos Santos - RA405230

2. Introduo No incio, a cincia surge com a pretenso de ser um saber nico, a ser construdo sob um nico paradigma e conduzido sob um nico mtodo. Foi o que garantiu a unidade do sistema das Cincias Naturais. No entanto, quando se passou a estudar cientificamente o homem, com suas peculiaridades, atravs das Cincias Humanas, rompeu-se esse monolitismo metodolgico... 3. Mtodo como caminho do conhecimento cientfico A Cincia se faz quando o pesquisador aborda os fenmenos aplicando recursos tcnicos, seguindoum mtodo e apoiando-se em fundamentos epistemolgicos. 4. O Mtodo Quando observamos a prtica cientfica concreta, o que nos aparece de forma mais evidente a aplicao de atividades de carter operacional tcnico. Mas todo esse sofisticado arsenal de tcnicas no usado aleatoriamente. Ao contrrio, ele segue um cuidadoso plano de utilizao, ou seja, ele cumpre um roteiro preciso, ele se d em funo de um mtodo. 5. O Mtodo Cientfico Elemento fundamental do processo do conhecimento realizado pela cincia para diferenci-la no s do senso comum, mas tambm das demais modalidades de expresso da subjetividade humana, como a filosofia, a arte, a religio. Trata-se de um conjunto de procedimentos lgicos e de tcnicas operacionais que permitem o acesso s relaes causais constantes entre os fenmenos. 6. A Indagao Cientfica Ao trabalhar com seu mtodo, a primeira atividade do cientista a observao dos fatos, o que far surgir a indagao. A percepo de uma situao problemtica que envolve um objeto o fator que desencadeia a indagao cientfica. 7. A Hiptese A criao de uma problemtica induz a formao de uma hiptese. Hiptese:Proposio explicativa provisria de relaes entre fenmenos, a ser comprovada ou infirmada pela experimentao. E se confirmada, transforma-se na lei. 8. A Verificao Experimental Formulada a hiptese, o cientista volta ao campo experimental para verific-la. o momento da verificao experimental, do teste da hiptese. Isolam-se, em condies laboratoriais, as variveis que se supem em relao e observa-se o seu comportamento. Se confirmada a hiptese, tem-se ento a lei. 9. A Lei Cientfica Enunciado de uma relao causal constante entre fenmenos ou elementos de um fenmeno. Relaes necessrias, naturais e invariveis. Frmula geral que sintetiza um conjunto de fatos naturais, expressando uma relao funcional constante entre variveis. 10. A Teoria Conjunto de concepes, sistematicamente organizadas; sntese geral que se prope a explicar um conjunto de fatos cujos subconjuntos foram explicados pelas leis. 11. Induo x Deduo Induo e Deduo soduas formas de raciocnio, isto , procedimentos racionais de argumentao ou de justificao de uma hiptese. A cincia trabalha, pois, com raciocnios indutivos e com raciocnios dedutivos. Quando passa dos fatos s leis, mediante hipteses, est trabalhando com a induo; quando passa das leis s teorias ou destas aos fatos, est trabalhando com a deduo. 12. Induo e Deduo - Conceito Induo: Procedimento lgico pelo qual se passa de alguns fatos particulares a um princpio geral. Trata-se de um processo de generalizao, fundado no pressuposto filosfico do determinismo universal. Deduo:Procedimento lgico, raciocnio, pelo qual se pode tirar de uma ou de vrias proposies (premissas) um concluso que delas ocorre por fora puramente lgica. A concluso segue-se necessariamente das premissas. 13. Os fundamentos terico-metodolgicos da cincia.

  • A Cincia, no sentido que a conhecemos hoje, nasceu na modernidade, quando se fez uma crtica cerrada ao modo metafsico de pensar e de, supostamente, conhecer.

14. A Cincia simultaneamente um saber terico (que explica o real) e um poder prtico (maneja o real pela prtica). 15. Para que o conhecimento produzido pela cincia tenha consistncia, preciso admitir algumas verdades universais, ou seja, a cincia precisa apoiar-se em alguns pressupostos. 16. Cada modalidade de conhecimento pressupe um tipo de relao entre sujeito e objeto e, dependentemente dessa relao, temos concluses diferentes. Assim, est implicada no conhecimento cientfico uma afirmao prvia da parte que cabe a cada um desses polos. Por isso, o pesquisador, ao construir seu conhecimento, est aplicando esse pressuposto epistemolgicoe, por coerncia interna com ele, vai utilizar recursos metodolgicos e tcnicos pertinentes e compatveis com o paradigma que catalisa esses pressupostos. Da se falar de referencial terico-metodolgico. 17. A formao das cincias humanas e os novos paradigmas epistemolgicos Depois de conhecer o mundo fsico mediante a aplicao da metodologia experimental-matemtica, a cincia se props a conhecer tambm o mundo humano, seguindo o mesmo caminho... 18. A Cincia Humana Na sua gnese, as Cincias Humanas procuraram praticar a metodologia experimental/matemtica da cincia, assumindo os pressupostos ontolgicos e epistemolgicos do Positivismo. Mas as peculiaridades do modo de ser humano foram mostrando a complexidade do fenmeno humano e a insuficincia da metodologia positivista para sua apreenso e explicao. Por isso, mesmo sem abandonar a inspirao da tradio positivista, foram enriquecendo-a e aprimorando-a. Desse modo, as pesquisas em Cincias Humanas passaram a se realizar sob a referncia terico-metodolgica do Funcionalismo. 19. O Funcionalismo O Funcionalismo apoia-se no pressuposto da analogia que aproxima as relaes existentes entre os diversos rgos de um organismo biolgico e aquelas existentes entre as formas de organizao social e cultural. Para esse paradigma, a sociedade humana e a cultura so como um organismo, cujas partes funcionam para atender s necessidades do conjunto. Toda atividade social e cultural funcional, ou seja, desempenha uma funo determinada. 20. Metafsica x Cincia no estudo do homem Para a metafsica, era possvel razo humana chegar essncia das coisas. J para a cincia, a essncia dos objetos inacessvel, uma vez que eles se revelam nossa experincia apenas como fenmenos, como aparncias... 21. Referncia Textos retirados de: SEVERINO, Antnio Joaquim. Teoria e Prtica Cientfica. In: SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientfico. 23. ed. So Paulo: Cortez, 2007. Cap. 3, p. 99-118.