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Curso de Especialização em Gestão Ambiental em Municípios METODOLOGIA DA PESQUISA EM GESTÃO AMBIENTAL Março de 2006 Artur Santos Dias de Oliveira

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Curso de Especialização em Gestão Ambiental em Municípios

METODOLOGIA DA PESQUISA EM GESTÃO AMBIENTAL

Março de 2006

Artur Santos Dias de Oliveira

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1- Como encaminhar uma pesquisa

MÉTODO CIENTÍFICOMÉTODO CIENTÍFICO

RASTREABILIDADE

1.1 Que é pesquisa?

• Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.

• A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.

• A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.

Por que se faz pesquisa?

• As razões que determinam a realização de uma pesquisa podem ser classificadas como: de ordem prática e de ordem intelectual.

• As pesquisas podem ser, então: puras e aplicadas.

1.3 O que é necessário para se fazer uma pesquisa

1.3.1 Qualidades pessoais do pesquisador1.3.1 Qualidades pessoais do pesquisador

• Conhecimento do assunto• Curiosidade• Criatividade• Integridade intelectual• Atitude auto-corretiva

• Sensibilidade social• Imaginação

disciplinada• Perseverança e

paciência• Confiança na

experiência

1.3 O que é necessário para se fazer uma pesquisa

1.3.2 Recursos humanos, materiais e financeiros

• Qualquer empreendimento de pesquisa, para ser bem sucedido, deverá levar em consideração o problema dos recursos disponíveis. Assim, o pesquisador deve:

• Ter noção do tempo a ser utilizado;

• Prover-se dos equipamentos e materiais necessários;

• Elaborar um orçamento

Isso implica atribuir ao pesquisador certas funções administrativas. Embora isso possa parecer impróprio, é

fundamental para qualquer pesquisa científica.

1.4 O planejamento de uma pesquisa

A elaboração de um projeto de pesquisa

• Objetivos• Justificativa• Modalidade da pesquisa• Determinação dos

procedimentos de coleta e análise dos dados

• Cronograma• Recursos humanos,

financeiros e materiais.

• O projeto de pesquisa é o documento explicitador das ações a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa.

1.5 Elementos de um projeto de pesquisa

A elaboração de um projeto de pesquisa

• F) Elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de coleta de dados

• G) Determinação do plano de análise dos dados

• H) Previsão da forma de apresentação dos resultados

• I) Cronograma da execução da pesquisa

• J) Definição dos recursos humanos, materiais e financeiros a serem adotados.

• A) formulação do problema

• B) Construção de hipóteses ou especificação dos objetivos

• C)Identificação do tipo de pesquisa

• D) Operacionalização das variáveis

• E) Seleção da amostra

2000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezRevisão bibliográfica x x x x x x x xPlanejamento daobtenção dos dados

x x

Obtenção dos dados x x x x xAnálise dos dados x x x x xRedação do trabalho x x xApresentação dotrabalho

x

voltar

Diagramação da pesquisa

Formulação do problema

Construção de hipóteses

Determinação do plano

Elaboração dos instrumentos de coleta de dados

Operacionalização das variáveis Pré-teste dos

instrumentos

Análise e interpretação dos dados

Seleção da amostra

Coleta de dados

Redação do relatório da pesquisa

Como formular um problema de pesquisa?

O problema deve ser formulado como pergunta

O problema deve ser claro e preciso

O problema deve ser empírico

O problema deve ser suscetível de solução

O problema deve ser limitado a uma dimensão viável

Como classificar as pesquisas com base em seus objetivos?

• A) EXPLORATÓRIAS

• B) DESCRITIVAS

• C) EXPLICATIVAS

Como classificar as pesquisas com base nos procedimentos técnicos utilizados?

•• A) BIBLIOGRÁFICAA) BIBLIOGRÁFICA•• B) DOCUMENTALB) DOCUMENTAL

•• C) EXPERIMENTALC) EXPERIMENTAL•• D) EXD) EX--POSTPOST--FACTOFACTO•• E) ESTUDO DE CASOE) ESTUDO DE CASO

•• F) PESQUISAF) PESQUISA--AÇÃOAÇÃO•• G) PESQUISA PARTICIPANTE

Fontes de papelFontes de papel

Dados fornecidos por Dados fornecidos por pessoaspessoas

G) PESQUISA PARTICIPANTEComprometida com a Comprometida com a diminuição da relação entre diminuição da relação entre dirigentes e dirigidos.dirigentes e dirigidos.

MÉTODO DE ABORDAGEM

• Método indutivo

• Método dedutivo

• Método hipotético-dedutivo

• cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias

• que, partindo das teorias e leis, na maioria das vezes prediz a ocorrência dos fenômenos particulares

• que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca do qual formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência dos fenômenos abrangidos pela hipótese

• Método dialético• que peneira o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade

TÉCNICASOBSERVAÇÃO DIRETA INTENSIVAOBSERVAÇÃO DIRETA INTENSIVA

Utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar. Pode ser:

OBSERVAÇÃO

Na vida realIndividualSistemática Participante

Assistemática Em equipeNão participante Em laboratório

TÉCNICASOBSERVAÇÃO DIRETA INTENSIVAOBSERVAÇÃO DIRETA INTENSIVA

É uma conversação efetuada face a face, de maneira metódica. Proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária.

ENTREVISTA

FechadaPadronizada

AbertaNão-padronizada

TÉCNICASOBSERVAÇÃO DIRETA EXTENSIVAOBSERVAÇÃO DIRETA EXTENSIVA

Constituído por uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador.Questionário

Roteiro de perguntas e respostas enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele com as respostas do pesquisado.Formulário

Instrumentos utilizados com a finalidade de obter dados que permitam medir o rendimento, a freqüência, a capacidade ou a conduta de indivíduos de forma quantitativa.

Testes

Tenta obter dados relativos à “experiência íntima” de alguém que tenha significado importante para o conhecimento do objeto em estudo

História de vida

É a obtenção de informações sobre o mercado, de maneira organizada e sistemática, tendo em vista ajudar o processo decisório nas empresas, minimizando erros

Pesquisa de mercado

A OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

Referindo-se ao planejamento e registro da observação.

A- Por que observar?

Objetivos da observação, definidos pelo interesse da pesquisa.B- Para que observar?

Instrumentos que utiliza para a observação.

C- Como observar?

D- O que observar? O campo de observação.

Sujeito da observação sistemática.E- Quem observa?

AA-- Por que observar?Por que observar?

A observação deve ser planejada, mostrando-se com precisão como deve ser feita, que dados registrar e como

registrá-los.

BB-- Para que observar?Para que observar?

Tem como objetivo obter informações da realidade empírica, a fim de verificar as hipóteses que foram enunciadas para a

pesquisa. Deve-se portanto, indicar quais as informações que realmente interessam a

observação.

CC-- Como observar?Como observar?

A fim de obter as informações é necessário utilizar um instrumento: que instrumento

utilizar e como aplicá-lo a fim de obter exatamente as informações desejadas.

DD-- O que observar?O que observar?

É necessário indicar e limitar a “área” da realidade empírica onde as informações

podem e devem ser obtidas.

EE-- Quem observa?Quem observa?

É necessário que o observador tenha competência para observar e obtenha os

dados com imparcialidade, sem contaminá-los com suas próprias opiniões e

interpretações.

EXEMPLO DE UM PROJETO DE PESQUISA

ESTRUTURA BÁSICA DOESTRUTURA BÁSICA DOPROJETO DE UMA MONOGRAFIAPROJETO DE UMA MONOGRAFIA

Título

Introdução1 Justificativa

Geral e específicos2 Objetivos

3 Materiais e métodos

4 Resultados esperados

5 Cronograma

6 Referências (Bibliografia)

ESTRUTURA BÁSICA DOESTRUTURA BÁSICA DORELATÓRIO DE UMA MONOGRAFIARELATÓRIO DE UMA MONOGRAFIA

TítuloResumo (abstract)Palavras-chave (keywords)Introdução

1 Referencial teórico (citações)2 Objetivos Geral e específicos3 Materiais e métodos4 Coleta de dados (obtenção dos resultados)5 Análise dos resultados

1 Revisão bibliográfica

Metodologia

6 Conclusões e sugestões

Referências ( bibliografia)

ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO DE PESQUISA

Introdução

Revisão bibliográficaRevisão bibliográfica

Estabelecimento de referenciais:

• ecológico

• geográfico

• econômico

• legal

• ético

• cultural

Leituras de antecedentes sobre a pesquisa realizada. Identificação de autores e suas fundamentações.

Estabelecimento de um marco teórico

Referência para a análise dos Referência para a análise dos resultadosresultados

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO TECNOLÓGICO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

EXAME DE QUALIFICAÇÃO

Proposta metodológica para a viabilização social, política e econômica de implantação de Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos: o

caso do Rio Grande (RS)

Doutorando: Artur Santos Dias de Oliveira

Orientador: Prof. Dr. Paulo Maurício Selig

RioGrande

Localização geográfica

do trabalho

ENTRADA DA LAGUNA DOS PATOS

CENTRODA CIDADE

LIXODIFERENCIADO

LIXODIFERENCIADO

BAHAMASLIXÃO

ASTARR

ASCALIXO

ATERRO SANITÁRIOA 25 KM

Rio Grande

Proposta de Tese (1)

• CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

> 1.1 Origem da pesquisa e seus limites> Antecedentes e justificativas

> 1.2 A pesquisa> Objetivos (geral e específicos)> Formulação de hipótese

> 1.3 Metodologia> A pesquisa qualitativa> Definição da metodologia> Definição do método > Definição das técnicas

> 1.4 A estrutura da proposta

Proposta de Tese (2)

• CAPÍTULO 2 SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS

> 2.1 O lixo e sua concepção> O estado da arte na gestão dos resíduos sólidos> O lixo no Brasil> O lixo no Rio Grande do Sul> O lixo no município do Rio Grande

> 2.2 O local e o desenvolvimento sustentável> O planejamento e os arranjos institucionais

> 2.3 A gestão dos resíduos sólidos municipais> 2.4 O gerenciamento ambiental> 2.5 Instrumentos para o planejamento ambiental

> O plano diretor> As leis municipais> O código tributário

Proposta de Tese (3)

• CAPÍTULO 3 A BUSCA DE REFERENCIAIS> 3.1 A formulação de princípios

> A Agenda 21> Estratégias e ações

> 3.2 Referencial ético> A economia e a ética> Ética e sustentabilidade

> 3.3 Referencial legal e normativo> Internacional ( Convenção da Basiléia)> Nacional> Estadual> Municipal> Normativo

> 3.4 Referencial econômico> A economia e a ecologia> O conceito de custo de uso

> 3.5 A racionalidade ecológica

Proposta de Tese (4)

• CAPÍTULO 4 TECNOLOGIA, AMBIENTE E SERES HUMANOS

> 4.1 O homem e a Terra, atualmente> Promoção da conscientização

> 4.2 A respeito de impactos ambientais

> 4.3 Considerações sobre demografia

> 4.4 Sobre indicadores de bem-estar

> 4.5 Sobre a tecnologia e os resíduos

Proposta de Tese (4)

• CAPÍTULO 5 A PROPOSTA

> 5.1 Colocação do problema> 5.2 Construção de um modelo teórico> 5.3 A concepção metodológica> 5.4 A relevância da pesquisa> 5.5 Aspectos inéditos da pesquisa

Introdução

• Documentos históricos importantes– Primavera Silenciosa (Carson, 1962)– Limites do Crescimento (Meadows et al., 1972)– Nosso Futuro Comum (CMMAD, 1988)– Cuidando do Planeta Terra (PNUMA, 1991)– Agenda 21 (ECO 92, 1992)

Origem da pesquisa e seus limites (1)

> Origem da pesquisa

> Projeto “Adeus aos lixões” (1989)> Diplomas legais (década de 90)

> Lei Estadual 9.921/1993 e Decreto Estadual 38.356/98> Estudos preliminares (FURG - PMRG, 1997)> Seminário Municipal do Lixo (COMDEMA, 1999)

Origem da pesquisa e seus limites (2)

> Limites da pesquisa

> Três mandatos de diferentes partidos na Prefeitura Municipal> Impossibilidade temporal de acompanhamento integral

Antecedentes e justificativas (1)

> Antecedentes> Histórico da gestão de resíduos no Rio Grande (RS)> EIA/RIMA (1997)

> Justificativas legais> Arcabouço jurídico estadual (década de 90)> Lei Municipal 2.698/73> Lei Municipal 5.532/99> Lei Municipal 5.390/2000> Lei Municipal 5.420/2000> Minutas de Anteprojetos de Lei (2000)

Antecedentes e justificativas (2)

> Justificativas éticas> Justiça social, prudência ecológica, eficiência econômica

> Justificativas filosófico-culturais> Os aterros sanitários devem ter novas funções> Os aterros sanitários podem ser econômicos

HISTÓRICO DA GESTÃO DERESÍDUOS NO RIO GRANDE

1989

1990

1991

1993

1997

1999

2000

2001

Projeto “Adeus aos lixões” (início em 05/06 em 5 bairros)

Curso de extensão - Cidade limpa: questão de educação (maio)

Extensão da Coleta seletiva para o centro da cidade e cidade nova (novembro)

Fundação da ASCALIXO (05/06/91)

Implantação de Coleta seletiva na praia do Cassino (janeiro/fevereiro)

Curso de extensão - Lixo: da origem ao seu destino (julho)

EIA/RIMA - implantação de um aterro sanitário

Estação para lixo diferenciado

Seminário municipal sobre resíduos sólidos (abril)

Criação de Câmara Técnica no Comdema (maio) - reuniões semanais

Viabilização do Plano de Gerenciamento Integrado

Segunda estação para lixo diferenciado

Implantação do gerenciamento de resíduos de serviço de saúde

Fundação da ASTARR

Cronograma de implantação do Plano de gerenciamento

Processo de desapropriação da área para implantação do sistema

Sobre a pesquisa

O que é um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos?

É um documento integrante do processo delicenciamento ambiental que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes à geração,

segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e

disposição final, bem como a proteção à saúde pública. (Resolução CONAMA 05/93)

Objetivos (1)

• Geral: > Encontrar um modelo de gerenciamento de

resíduos sólidos que desvele os problemas sócio-político-ambientais relativos aos processos de coleta, transporte, tratamento e disposição final capaz de apropriação pelo poder público municipal.

Objetivos (2)

• Específicos:> A formulação de um método de gestão dos

resíduos sólidos que leve em consideração aspectos éticos, ecológicos, legais e econômicos;

> Elaboração de uma teoria de sustentação para o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos que contemple os aspectos éticos, ecológicos, legais e econômicos inerentes ao gerenciamento proposto.

Hipótese

> Se a gestão integrada dos resíduos sólidos municipais é fundamental para a melhoria ambiental, politicamente viável, economicamente satisfatória, eticamente indispensável, então, apresenta-se como um instrumento importante para o resgate social da cidadania, mostrando-se, dessa maneira, uma prática adequada para uma concepção de desenvolvimento sustentável.

Perguntas a responder:

> Como?> O estabelecimento de um método de

gerenciamento integrado de resíduos sólidos.

> Por quê?> A construção de uma teoria de sustentação.

Formulação de uma Teoria:Sumariar o conhecimento existente, apresentar, a partir de princípios explicativos, contidos nela, explicação para relações e acontecimentos observados, bem como predizer a ocorrência de relações e acontecimentos ainda não observados.

(Selltiz apud Rudio, 1988. P. 13)

Características da pesquisa (1)

Relevância (1)

Todos os municípios com mais de 100.000 habitantes devem ter um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, no Rio Grande do Sul, até 2001 (Lei Estadual 9.921/93 e Decreto Estadual 38.356/98). Os resultados desta pesquisa poderão ser adaptados a municípios de qualquer porte.

Características da pesquisa (1)

Relevância (2)

O Ministério do Meio Ambiente passa em 2001 a financiar estudos que levem a Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos para municípios de até 20.000 habitantes ou consórcios de municípios com essa finalidade, contemplando soluções integradas de aterro sanitário e coletas diferenciadas.

Características da pesquisa (1)

Relevância (3)

A utilização do aterro sanitário deve ser feita mediante pagamento de taxa por tipo de resíduo (ajustamento de conduta). É fundamental, portanto, que seja reconhecida a “taxa de ocupação” volumétrica dos resíduos, em função da vida útil do local de disposição final. Há a possibilidade da passagem de um sistema de taxas para a cobrança de tarifas.

Características da pesquisa (2)

Trabalho inédito (1)

1- A pesquisa refere-se a abordagem de fundamentação teórica que abrange aspectos interdisciplinares do gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na sua dimensão política, cujo enfoque não tem precedentes (sociais, econômicos, éticos, legais e culturais).

Características da pesquisa (2)

Trabalho inédito (2)

2- A pesquisa apresentará análise custo-benefício capaz de desvelar a economicidade da associação entre coletas diferenciadas e aterro sanitário, com vistas ao apoio à decisão política, o que atualmente se encontra no nível da intuição.

Metodologia (1)

É o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade. Assim, a metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e está sempre referida a elas (Minayo, 2000. p.16).

Nada pode ser intelectualmente um problema se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática (Minayo, op. cit.).

Metodologia (2)

O estudo de caso:

> No estudo de caso, o pesquisador geralmente utiliza uma variedade de dados coletados em diferentes momentos, por meio de variadas fontes de informação. Tem como técnicas fundamentais de pesquisa a observação e a entrevista. Produz relatórios que apresentam um estilo mais informal, narrativo, ilustrado com citações, exemplos e descrições fornecidos pelos sujeitos (Godoy, 1995. p. 26).

Metodologia (3)

A pesquisa-ação:

> Pesquisa cuja característica fundamental é a sua vinculação com a resolução de problemas coletivos, através da participação conjunta dos pesquisadores com os grupos interessados. A pesquisa-ação preconiza uma aproximação entre o pesquisador e o objeto da pesquisa (Silva, 1986. p. 131).

A observação participante:

> Para Sá (1984), é vista como uma técnica de trabalho de campo que permite sistematizar o processo de coleta de dados por aproximar o pesquisador do objeto de pesquisa, o que facilita o processo de construção do conhecimento.

Referências:- Ecológica- Legal- Econômica- Ética

A estrutura:Análise sincrônica

O processo:Análise diacrônica

Informação:-Fontes:• dados da Prefeitura• atas do COMDEMA• ofícios do M.P.• ofícios FEPAM• bibliografia• arquivos

Informação:- Fontes:• dados da Prefeitura• bibliografia

Sistema de administração

de resíduos atual

Plano de GerenciamentoIntegrado de

ResíduosSólidos

O Estudo de

Caso

Metodologia:Pesquisa-ação

Método:Hipotético-dedutivo

- Objetivos- Hipótese

Gestão dos resíduos sólidos

municipais

Fundamentação teórica

Estado da arte:

• Tecnológico

• Gestão de resíduos

MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO

Estado dos resíduos- lixo solto- lixo compactado no lixão- coleta seletiva- materiais separados

Escolha de

indicadores

Ensaio em laboratório(determinação de volumes)

Avaliação da sistemática

Escolha do método

Observaçãodos

resíduos sólidos

Estabelecimentode parâmetros

Caracterização do lixo- produção- discriminação (tipos)- percentuais em peso

(PET, PEAD e PVC)e vidros

- volume original- volume compactado- densidade aparente- compacidade original- compacidade compactado

LixãoASCALIXO

EIA/Rima(1997)

Colocação do problema (1)

Reconhecimento dos fatos

• Identificar o processo atual de gerenciamento• Identificar a estrutura municipal pertinente• Reconhecer a composição dos resíduos• Evidenciar aspectos ambientais• Associar aspectos a impactos ambientais• Priorizar impactos ambientais significativos• Identificar as possibilidades de melhoria• Identificar elos faltantes

Colocação do problema (2)

Descoberta do problema (1)

compra descarte acondicionamento

coleta transporte Destinação finallixão

Colocação do Problema (3)

Descoberta do problema (2)

LIXÃO

RESÍDUOSORGÂNICOS

RESÍDUOS RECICLÁVEIS

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE

PODAS

SUCATAS E INSERVÍVEIS

RESÍDUOS DE PROCESSOS

INDUSTRIAIS

ENTULHOS DE OBRAS

SOBRAS DE ALIMENTAÇÃO

RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS

Colocação do Problema (4)

Formulação do problema

Como é possível gerenciar os resíduos sólidos de forma integrada, com vistas a

minimizar os seus efeitos negativos?

Por que é importante ter um gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos?

Construção de um modelo teórico (1)

Seleção dos fatores pertinentes

A identificação dos diversos tipos de resíduos sólidos e as etapas que compõem o processo, desde a geração até a disposição final, permite a utilização de um modelo integrado de gerenciamento.

A identificação dos atores envolvidos e a responsabilidade de cada um sobre a gestão dos resíduos sólidos encaminha na direção da viabilização do Plano.

Construção de um modelo teórico (2)

Etapas x Resíduos

• Acondicionamento• Coleta• Transporte• Tratamento• Destino Final

• Domiciliares• Serviços de saúde• Típicos• Feiras e podas• Meio rural• Obras• Processos industriais• Sucatas / inservíveis

Mudança de modelo de gerenciamento

Modelo

atual

Lixão

Coleta

seletiva

Custo da coleta, mão-de-obra e

veículos no lixão

Custo adicionalda coleta

+ Modelo sanitário(Lei estadual)

Aterro

SanitárioModeloproposto

Aterro sanitário +

Coletas diferenciadas

Custo decoleta

convencional

Custos deimplantação,manutençãoe operação

Custos deimplantação das

coletas edestinaçãoadicionados

Custos deimplantação e

operação do A Sdiminuídos

recicláveispodas

orgânicosentulhos

serviços de saúdesucatas

agrotóxicosnavios

Estágio ideal

ATIVIDADES

HUMANAS

RECICLÁVEIS

RESTOS DE ALIMENTAÇÃO

FEIRAS E PODAS

(OBRAS)construção demoliçãoreforma

SERVIÇOS DE SAÚDE

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Coleta seletiva

Núcleos de triagem

Coleta diferenciada

Químicos(remédios)

Biológicos(contaminados)

Radioativos

Indústrias recicladoras

Coleta diferenciada

Folhas e galhos

Troncos

Pátio de compostagem

Adubo orgânico

Coleta diferenciada

Cadastro

Lenha padariaspizzarias

Distribuição para

população carente

SUCATAS E INSERVÍVEIS

Coleta diferenciada

Cadastro

Coleta especial Reaproveitamento

ATERRO

SANITÁRIO

Devolução ao fabricante

Tratamento

Devolução ao fabricante

Rejeitos

Rejeitos

Agricultura

A Gestão Ambiental

COMDEMA

11/02/99

Preparação do Seminário

07/08/08/1999

Realização do Seminário

13/05/1999Instalação da

Câmara Técnica

De 05 a 09/1999

Estabelecimento de um Plano de Gerenciamento

PREFEITO

16/06/2000

Lei 5.420/00

Coleta de RSSS

26/09/2000

Lei 5.438/00

Muda Plurianual

29/11/2000

Lei 5.463/00

Reestrutura COMDEMA

25/07/2000

Portaria 378/00

Constitui comissão específica para formular Plano

04/10/2000 Notifica ao PM a necessidade de

regularização da área

FEPAM

16/06/2000

Concede L P

0734/2000-DL

24/11/2000

Solicitação de novos itens no cronograma

MINISTÉRIO PÚBLICO

08/08/2000

Compromisso de

ajustamento

20/11/2000

Entrega do Plano pela

Comissão de Estudos ao Prefeito e à FEPAM

28/11/2000

Novo compromisso de

ajustamento

COMISSÃO

Referencial ético

betabeta

alfaalfa

deltadelta

gamagama

antropcêntricoantropcêntrico

ômegaômega

biocêntricobiocêntrico

Homem-naturezaEcologia

Hom

em-s

ocie

dade

Ont

olog

ia

igualitárioigualitário

hierárquicohierárquico

RELAÇÕES ÉTICAS

Referencial político

APOIO À DECISÃOOcupação do aterro

sanitário sem reaproveitamento de

resíduos Custo do modelo sem separação

Crescimento populacional Cotejo de custo de

ocupação do A.S.

com e sem reaproveitamento

Identificação dos diversos tipos de

resíduos

Taxa de ocupação do

aterro sanitário

por tipo de resíduo

Custo de implantação

do sistema proposto

com reaproveitamentoDecisão política

Referencial econômico

TRANSFERÊNCIA DE CUSTOS

ATERROSANITÁRIO

12345678910111213141516171819202122232425262728293031

COLETASELETIVA

123456789

COLETA DEENTULHOS

123456789

COLETA DEINSERVÍVEIS

123456789

10

OLETA DEORGÂNICOS

E PODAS

123456789

10

COLETA DERSSS

12345678

COLETA DENAVIOS

123456789

COLETA DEAGROTÓXICOS

12345678

A viabilização do Plano de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos evidenciará:

• O processo de gestão

• Identificação dos atores

• A formulação de modelos aplicáveis a outras cidades

• Fluxograma macro das atividades

• Bases econômicas de apoio à decisão política

CRONOGRAMA DA PESQUISA

2001 2002

ATIVIDADES / MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6Levantamento de documentação na Prefeitura Municipal x x x x Levantamento de documentação no Ministério Público e FEPAM x x x x Levantamento de documentação no COMDEMA x x x x Organização dos dados e participação em eventos x x x x x x x x Revisão bibliográfica para a formulação teórica x x x x x x x x x x x x x x x Análise dos dados e cotejo com referencial teórico x x x x x x x x Elaboração de uma Teoria x x x x x x x x Elaboração de uma Metodologia x x x x x x x x Redação do Relatório da Pesquisa x x Defesa da Tese x

BASES PARA O BASES PARA O ESTABELECIMENTO DE ESTABELECIMENTO DE

REFERENCIAIS TEÓRICOSREFERENCIAIS TEÓRICOS

Fontes bibliográficasFontes bibliográficas

Livros de leitura corrente

informativadicionáriosenciclopédiasanuáriosalmanaques

remissiva

Livros de

referência

Publicações periódicas

jornais

revistas

Impressos diversos

Fontes documentaisFontes documentais

Documentos de primeira mão

Cartas pessoais

Documentos de segunda mão

DiáriosFotografiasGravaçõesMemorandosOfíciosRegulamentosOfíciosBoletins

Relatórios de pesquisas

Relatórios de empresas

Tabelas estatísticas

REFERÊNCIAS

CITAÇÕES

FICHAMENTO

FICHAMENTOFICHAMENTO

•• A A importânciaimportância do do fichamentofichamento??•• Como Como fazerfazer o o fichamentofichamento??

•• QuandoQuando fazerfazer o o fichamentofichamento??•• Como Como utilizarutilizar o o fichamentofichamento??

RelaçãoRelação entreentre fichamentofichamento x x ReferênciasReferências

RelaçãoRelação entreentre fichamentofichamento x x citaçõescitações

SMITH

SAVASTANO

MEADOWS et al.. MEADOWS, D. H.;

MEADOWS, D. L.; RANDERS, J.; BEHRENS, W. W. Limites do crescimento. (2a edição). São Paulo: Perspectiva, 1978.

V

Meio biótico

CITAÇÃO

CHAUÍ

Resíduos sólidosBARBIERI

Ficha guia

MEADOWS et al.. (1978, p. 174):

No estado de equilíbrio, o avanço tecnológico seria tão necessário quanto apreciado. Alguns poucos exemplos óbvios dos tipos de descobertas práticas que intensificariam o funcionamento de uma sociedade em estado estável incluem: novos métodos de coleta de resíduos para diminuir a poluição, e tornar o material rejeitadodisponível para reciclagem; técnicas mais eficientes de reciclagem, para reduzir as taxas de esgotamento dos recursos naturais [...].

BARBIERI, José Carlos. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias da AGENDA 21 (3a edição). Petrópolis: Vozes. 1997, 156 p.

Segundo pode-se encontrar em Barbieri (2000, p.122), "o manejo ambientalmente saudável desses recursos deve contemplar não só a sua deposição segura, ou o seu reaproveitamento, mas buscar as suas causas, procurando mudar os padrões de produção e consumo não sustentáveis".

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1993.

Chauí (1993, p. 337):“Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também reconhece-se como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente. Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética.”

SAVASTANO, Serafino Antimo & SAVASTANO, Márcia Studart. Declaração sobre o ambiente humano. In: Cadernos Alternativa Ambiental (Série pesquisa documental). n. 3 - Agosto, 1996.

Pode ser encontrado na aludida declaração o que segue (Savastano & Savastano, 1996): "A Assembléia Geral das Nações Unidas reunida em Estocolmo de 05 a 16 de junho de 1972, atendendo à necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns, que sirvam de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e melhoria do ambiente humano através dos vinte e três princípios enunciados".

SMITH, Adam. The heory of moral sentiments. Oxford: Clarendon, 1976.

SMITH (1976, p. 83):“Na corrida por riqueza, honras e ascensão, o homem pode correr tão depressa como lhe seja possível e forçar cada um de seus nervos e músculos para deixar seus competidores para trás. Mas, se empurra ou derruba alguns deles, termina com a indulgência do espectador. Isso é violar a regra, não jogar limpo e isso não se pode admitir.”

BRANCO, Samuel Murgel. Ecossistêmica: uma abordagem integrada dos problemas do meio ambiente. São Paulo: Edgard Blücher , 1989. 141 p.

Branco (1989, p.110)O soterramento contínuo do lixo e a disposição permanente [...] sem limite previsível de tempo, representa, em última análise, um despojamento do solo de seus elementos nutritivos, acompanhado de uma fertilização excessiva e perigosa do subsolo e das águas subterrâneas e de superfície. Mesmo considerando que a matéria orgânica é passível de decomposição, alguns elementos finais do processo permanecem, em forma de minerais, causando a eutrofização ou, freqüentemente, o envenenamento dos solos, do ar e das águas, como no caso de certos metais e compostos não suscetíveis de biodegradação. A reciclagem ou reintegração desses elementos aos seus sistemas de origem constitui, pois, a tarefa primordial na manutenção da estabilidade do meio ambiente urbano.

FICHAS DE CONTEÚDO POR AUTORES

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Pode ser considerada um procedimento formal como métodode pensamento reflexivo que requer um tratamento científicoe se constitui no caminho para conhecer a realidade ou paradescobrir verdades parciais. Significa muito mais do queapenas procurar a erdade: é encontrar respostas para as questões propostas, utilizando métodos científicos.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

FASES DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

a- Escolha do tema

b- Elaboração do plano de trabalho

c- identificação

d- localização

e- compilação

f- fichamento

g- análise e interpretação

h- redação

a- Escolha do tema

O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver: é umadificuldade ainda sem solução, que é mister determinar com precisão, para que se tenha o seu exame, avaliação crítica e solução.

1-Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as aptidões e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico.

Fatoresinternos

2- Optar por um assunto compatível com as qualificaçõespessoais, em termos de background da formaçãouniversitária e pós-graduada.

3- Encontrar um objeto que mereça ser investigadocientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado em funçào da pesquisa.

a- Escolha do tema

O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver: é umadificuldade ainda sem solução, que é mister determinar com precisão, para que se tenha o seu exame, avaliação crítica e solução.

1- A disponibilidade do tempo para realizar uma pesquisacompleta e aprofundada.

Fatoresexternos

2- A existência de obras pertinentes ao assunto em númerosuficiente para o estudo global do tema.

3- A possibilidade de consultar especialistas da área, parauma orientação tanto na escolha da documentação específicaquanto na análise e interpretação da mesma.

b- Elaboração do plano de trabalho

Formulação clara e simples do tema, suadelimitação, importância, caráter, justificativa, metodologia empregada e apresentação sintética daquestão.

A- Introdução

Fundamentação lógica do trabalho, cuja finalidadeé exportar e demonstrar suas principais idéias.

B- Desenvolvimento

Explicação Discussão Demonstração

Consiste no resumo completo, mas sintetizado, daargumentação desenvolvida na parte anterior. Devemconstar da conclusão a relação existente entre as diversaspartes da argumentação e a união das idéias e ainda a síntese de toda a reflexão.

C- Conclusão

c- Identificação

É a fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema em estudo.

1- Procura de catálogos onde se encontram as relações das obras. Podemser publicados pelas editoras, com a indicação dos livros e revistaseditados, ou pertencer a bibliotecas públicas, com a listagem por títulodos trabalhos.

2- Tendo em mãos o livro ou periódico, fazer o levantamento, pelosumário dos assuntos nele abordados. Outra fonte de informações são osresumos contidos em algumas obras que, além de oferecerem elementospara identificar o trbalho, apresentam um resumo analítica do mesmo.

3- Verificação da bibliografia ao final do livro ou artigo, se houver, constituída, em geral, pela indexação de artigos, de livros, teses, folhetos, periódicos, relatórios, comunicações e outros documentos sobre o tema.

d- Localização

Tendo realizado o levantamento bibliográfico, com a identificação dasobras que interessam, passa-se à localização das fichas bibliográficas nosarquivos das bibliotecas públicas, nas de Universidades e outrasinstituições.

e- Compilação

É a reunião sistemática do material contido em livros, revistas, publicações avulsos ou qualquer outro tipo de trabalho.Esse material pode ser obtido por meios de multiplicação gráfica ou eletrônica.

f- Fichamento

À medida que o pesquisador tem em mãos as fontes de referência, devetranscrever os dados em fichas, com o máximo de exatidão e cuidado.

A ficha, sendo de fácil manipulação, permite a ordenação do assunto, ocupa pouco espaço e pode ser transportada de um lugar para outro. Levao indivíduo a pôr em ordem o seu material.

• Identificar as obras

• Conhecer seu conteúdo

• Fazer citações

• Analisar o material

• Elaborar críticas

As facilidades das fichas

g- Análise e interpretação

Averigua se o texto sofreu ou não alterações e falsificações aolongo do tempo. Investiga principalmento se o texto é genuíno(escrito pelo autor) ou não. Em caso negativo se foi ou nãorevisto pelo autor, se foi publicado pelo autor ou outra pessoao fez; que modificações ocorreram de edição para edição

A- Críticado texto

Determina o autor, o tempo, o lugar e as circunstâncias da composiçãoB- Crítica de autenticidade

Investiga a proveniência do texto. Varia conforme a Ciência que a utiliza. Quando se trata de traduções, o importante é verificar a fidelidade do texto examinadoem relação ao original

C- Crítica daproveniência

h- Redação

A redação da pesquisa bibliográfica varia de acordocom o tipo de trabalho científico que se desejaapresentar. Pode ser uma monografia, umadissertação ou uma Tese.

Curso de Especialização em Gestão Ambiental em Municípios

METODOLOGIA DA PESQUISA EM GESTÃO AMBIENTAL

Março/abril de 2006

ARTIGO CIENTÍFICO

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um livro.

GeneralidadesGeneralidades Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo.

São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles.

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Concluído um trabalho de pesquisa - documental, bibliográfica ou de campo - para que os resultados sejam conhecidos, faz-se necessária a sua publicação. Esse tipo de trabalho proporciona não só a ampliação de conhecimentos como também a compreensão de certas questões.

ValidaçãoValidação

Os artigos científicos, por serem completos, permitem ao leitor, mediante a descrição da metodologia empregada, do processamento utilizado e os resultados obtidos, repetir a experiência.

ESTRUTURA DO ARTIGO

A- Cabeçalho

B- Autor(es)

C- Credenciais do(s) autor(es)

D- Local de atividades

PreliminaresPreliminares

Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3

ESTRUTURA DO ARTIGO

SinopseSinopse

É o resumo do trabalho, redigido pelo próprio autor ou editor e publicado ao mesmo tempo que o trabalho. Pode ser colocado entre o título e o texto ou ao final da publicação. Deve ser escrito em português, inglês ou outra língua de difusão internacional.

•Deve facilitar a consulta do períódico que as publicou e tornar o trabalho do mesmo menos oneroso e mais rápido.

•Deve conter, de forma sucinta, os fatos encontrados no trabalho e suas conclusões, sem emitir juízo de valor.

•Deve dar ao leitor uma visão global do conteúdo.

•Deve indicar a maneira como o tema foi abordado.

•Deve apontar os fatos novos e as conclusões tiradas.

•Deve ser o mais conciso possível.

ESTRUTURA DO ARTIGO

Corpo do artigo

Apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e proposição.A- Introdução

Exposição, explicação e demonstração do material; avaliação dos resultados e comparação com obras anteriores.

B- Texto

Dedução lógica, baseada e fundamentada no texto, de forma resumida.

D- Comentários e conclusões

ESTRUTURA DO ARTIGO

Parte referencial

A- Bibliografia

B- Apêndices ou anexos (quando houver necessidade)

C- Agradecimentos

D- Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um artigo científico, em face da rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora de certas editoras na publicação de trabalhos).

ESTRUTURA DO ARTIGO

Corpo do artigo

A- Introdução Não convém que os artigos sejam muito subdivididos, para que o leitor não perca a seqüência. Quando necessário, a divisão deve obedecer a uma ordem lógica, em que cada parte forme um todo e tenha um título adequado.

B- Material e Método

C- Resultados

D- Discussão

E- Conclusões

CONTEÚDO DO ARTIGO CIENTÍFICO

O conteúdo pode abranger os mais variados aspectos e, em geral, apresenta temas ou abordagens novas, atuais, diferentes, pode:

• versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já conhecido;

•oferecer soluções para questões controvertidas;

•levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no assunto, idéias novas, para sondagem de opiniões ou atualização de informes;

•abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam utilizados na mesma.

CONTEÚDO DO ARTIGO CIENTÍFICO

O estabelecimento de um esquema para expor de maneira lógica, sistemática, os diferentes itens do assunto, evita repetições ou omissões ao longo do trabalho.

O público a que se destina o artigo também deve ser levado em consideração; isso pode ser mais ou menos previsto, conhecendo-se de antemão a natureza da revista: científica, didática, de divulgação.

MOTIVAÇÃO PARA ESCREVER UM ARTIGO

A- Certos aspectos de um assunto não foram estudados ou o foram superficialmente; ou ainda, se já tratados amplamente por outros, novos estudos e pesquisas permitem encontrar uma solução diferente.

B- Uma questão antiga, conhecida, pode ser exposta de maneira nova.

C- Os resultados de uma pesquisa ainda não se constituem em material suficiente para a elaboração de um livro.

D- Ao se realizar um trabalho, surgem questões secundárias que não serão aproveitadas na obra.

E- O surgimento de um erro ou de assuntos controvertidos permite refutar, convenientemente, o erro ou resolver de modo satisfatório a controvérsia,

Exemplo 1

Exemplo 2

Exemplo 3

EXEMPLOS DE ARTIGOS CIENTÍFICOS

CITAÇÃO EM DOCUMENTOS

CITAÇÕES EM DOCUMENTOS

A Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT- elaborou a NBR 10.520, de agosto de 2002, sob o título: Informação e documentação - Citações

em documentos - Apresentação, que entrou em vigor a partir de 29/09/2002, em todo o Brasil. Em

atenção ao disposto na citada NBR, é necessário dominar as informações e procedimentos dispostos

a seguir.

1- CONCEITUAÇÕES:Citação: referência a texto retirado de outra fonte.Citação de citação: menção direta ou indireta de um texto cujo original foi citado por outrem.

Citação direta: referência direta de texto ou parte de obra de outro autor.

Citação indireta: reescrita de texto com base nas informações de outro autor.

Notas de referência: são notas indicativas das fontes consultadas ou que remetem a outras partes da obra que abordam o assunto.Notas de rodapé: são as "indicações, observações ou aditamentos ao texto feito pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem esquerda ou direito da mancha gráfica."

2- LOCAL DAS CITAÇÕESQuando não são citadas no próprio texto, as citações devem constar das notas

de rodapé. Atualmente, pela sua praticidade, vem-se preferindo a citação no próprio texto, empregando-se outro sistema.

2.1 Sistema autor-dataQuando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) responsável(eis)

estiver(em) incluído(s) n a sentença, indica-se a data, entre parênteses, acrescida da(s) página(s), se a citação for direta. Se a citação for indireta, a indicação das páginas é opcional.

Assim, a indicação da fonte é feita do seguinte modo:Pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável, até o

primeiro sinal de pontuação, seguido(s) da data de publicação dodocumento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses.

No texto:Segundo Tavares (1984, p.33), muitas vezes, a realidade estética ou literária

choca-se com a razão ou com os sentidos."A realidade literária ou estética entra em choque não poucas vezes com a

realidade sensível e racional."(TAVARES, 1984, p. 33.)

No caso de mais de um autor:

"Nas proximidades da idéia principal aparecem argumentos que a justificam, analogias que a esclarecem, exemplos que a elucidam e fatos aos quais ela se aplica." (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 24.)

Na nota de rodapé ou nas referências constantes no final da obra:

TAVARES, Hênio Último da Cunha. Teoria literária, 8. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Itatiaia, 1984.

Normas gerais

As citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas datas separadas por vírgula em ordem crescente do ano.Assim: (ASSIS, 1870, 1875, 1878)

As citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética.

Assim: (FAULSTICH, 2001; GARCIA, 1981; MEDEIROS, 2003)Havendo coincidência de sobrenomes de autores, as iniciais de seus prenomes devem ser acrescentadas; caso ainda assim persistam as coincidências seus prenomes devem ser escritos por extensos.Assim: (SILVA, C., 1980)

(SILV A, J., 1985)(COELHO, Paulo, 1990)(COELHO, Antônio, 1990)

As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, são distinguidos pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de referências.

"A vida perde o sentido quando a construção acaba."(COELHO, 1990a)

"Aprendi que o mundo tem uma Alma, e quem entender esta Alma entenderá o sentido das coisas."(COELHO, 1990b)

Citações diretas, no texto, contendo mais de três linhas, devem ser recuadas de 4 cm da margem esquerda, destacadas com o uso de letra menor do que a do texto que as introduz e sem aspas.

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

Nenhum trabalho de pesquisa terá validade documental se não citar as fontes de consultas. Poderá mesmo ser considerado plágio e seu autor processado por violar direitos autorais. Por isso, todas as vezes que o aluno precisar se valer de informações encontradas em jornais, revistas, livros ou mesmo na Internet, deverá citar a fonte com o máximo rigor.

Anote, imediatamente, todos os dados de referência relativos aos textos lidos, que lhe possam ser de utilidade nas pesquisas. Se você ainda não domina as normas técnicas, nem por isso deixe de anotar os dados importantes para a citação dos documentos utilizados no estudo.

Até o ano 2000, as normas eram conhecidas como referência bibliográfica. A partir dessa data, a denominação passou a ser Informação e documentação -Referências - Elaboração, em virtude dos variados tipos de documentação referenciados, além dos impressos.

CONCEITOSegundo a NBR 6023/2002, da ABNT, p. 2, referência é "(...) Conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual".

Elementos essenciais

Somente se exige do acadêmico a transcrição dos elementos essenciais em uma referenciação bibliográfica. Esses também são os elementos que constam nas referências do final de uma obra publicada.

Os elementos essenciais de uma referência são os seguintes:

autor(es): sobrenome em caixa alta, vírgula, prenome por extenso ou abreviadamente, ponto. Até três autores devem ser citados e separados por ponto-e-vírgula. Se houver acima de três autores, escreve-se apenas o nome do primeiro, seguido da abreviatura da expressão latina et alii (e outros) sem destaque;

título: grifo ou negrito ou itálico, ponto. Se houver subtítulo, o mesmo deve ser antecedido de dois pontos e escrito sem destaque.Em geral, dá-se preferência ao itálico; entretanto, o mesmo padrão deve ser adotado uniformemente em todas as citações. Se houver opção pelo negrito, todas as obras referenciadas deverão ser negritadas. O uso de sublinha é mais comum quando a referência é escrita a caneta ou a lápis;

número de edição: somente é indicado a partir da segunda edição, em número arábico, sem ordinal e com a palavra edição abreviada: 3. ed.;

editora: não se escreve Ed. antes do nome da editora, como antigamente se fazia. Algumas editoras podem ter o nome abreviado após os dois pontos; ex.: São Paulo: Ática, PUF; SãoPaulo: Revista dos Tribunais;

data da publicação: antecedida de vírgula após a editora, sem ponto no milhar e seguido de ponto. Se houver dúvida ou se desconhecer a data, colocar uma interrrogação após uma data provável ou aproximada; ex.: 2002?

Na referência ao nome do autor, recomenda-se uma conduta padrão. Se o pesquisador optar o prenome do primeiro autor por extenso, os demais também deverão ser citados por extenso. Se for adotada a abreviatura do prenome do primeiro autor, os demais também deverão ser abreviados.

Elementos complementares

São os seguintes:

- adaptador;- compilador;- dimensões;- ilustrador;- o número de páginas do livro seguido de espaço e da abreviatura p, só deve ser contada até a última página numerada (Ex.: 180 p.)- revisor;- série editorial ou coleção;- tradutor;- volume.

Acréscimo

-Indicação do responsável

Havendo indicação do responsável pela obra, este deve dar entrada na referência. Após seu nome, deve constar a abreviatura entre parênteses, do tipo de sua contribuição: coordenador (Coord.), compilador (Comp.), editor (Ed.), organizador (Org.), etc.

Exemplo:MAGALHÃES, Maria Izabel Santos (Org.) As múltiplas faces da linguagem. Brasília: UnB, 1996.

REFERÊNCIAS DE LIVROS

As referências de livros, ordenadas alfabeticamente por sobrenome de autor, quando necessário, podem constar alguns elementos complementares.

OBSERVAÇÕES

1- Quando não há identificação de autoria, a entrada é realizada pelo título, cuja primeira palavra significativa é maiúscula, mantendo a seqüência alfabética.

2- O espaçamento entrelinhas da referência é simples. Entre uma referência e outra deixar espaço duplo.

3- Usar abreviaturas para especificar edição: atual. (atualizada), ampl. (ampliada), rev. (revista).

4- Grau de parentesco, tal como Filho, Júnior, Neto e Sobrinho, não é nome principal. Nesse caso deve-se citá-lo após o sobrenome.

5- Quando houver mais de uma editora em locais diferentes, cita-se o local que aparece em primeiro lugar e a editora referente a esse local e depois, separado por ponto-e-vírgula, cita-se o segundo local e respectiva editora.

6- A indicação de que a obra é ilustrada pode ser anotada com a abreviatura il.

7- Quando a obra possui mais de um autor, e até três autores, cita-se o primeiro e, antecedidos de ponto-e-vírgula, o segundo e o terceiro autores. Se houver mais de três autores, após a referenciação ao primeiro deles, anotar a expressão et al. (e outros).

8- É opcional a informação final do número de paginas, quando a obra como um todo for referenciada.

9- A atualização da norma 6023/2002 eliminou o recuo a partir da segunda linha de referência. Agora, todo alinhamento fica à margem esquerda, sem recuo algum.

10- Quando houver necessidade de informar, sucessivamente, duas ou mais obras de um mesmo autor, substituir seu nome, a partir da segunda referência, por um traço sublinear com a extensão de seis toques mais ponto, seguido de espaço antes de enumerar os demais elementos.

Exemplo:

COELHO, Paulo. Brida. Rio de Janeiro: Objetiva, 1990.______. O manual do guerreiro da luz. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.

REFERÊNCIAS DE PARTE DE UMA OBRA

Duas situações são possíveis em tais casos:

A) Capítulo extraído de um livro de autoria única ou de mais de um autor, mas que escreveram toda a obra:

1- nome do autor do capítulo: a entrada do nome é pelo sobrenome, considerado nome principal;

2- título do capítulo: não deve ser destacado;a expressão latina "In" seguida de dois pontos: o "In" não é destacado;

3- linha com extensão de seis toques, correspondentes à indicação de que o autor do livro e do capítulo é o mesmo, ponto; não se repete o nome do autor, que é substituído por essa linha;

4- título do livro, destacado em itálico;

5- subtítulo da obra sem destaque, antecedido de dois pontos;

6- indicação opcional de tradutor, para obras traduzidas;

7- cidade em que o livro foi publicado, seguida de dois pontos;

8- nome da editora seguido de vírgula. Deve ser o mais abreviado possível, excluindo-se complementos como Companhia, ou Cia. Ltda., S. A., Editora, entre outros;

9- ano em que a obra foi publicada, com todos os algarismos;

10- intervalo das páginas consultadas do capítulo, separadas por hífen.

Capítulo redigido por autor(es) extraído de livro organizado ou compilado por outro(s) autor(es):

1- nome dos autores do capítulo. A separação de um nome do outro é realizada por ponto-e-vírgula;

2- título do capítulo: não deve ser destacado;

3- a expressão latina "In" seguida de dois pontos: o "In" não é destacado;

4- nome do(a) autor(a), organizador(a), compilador(a) ou coordenador(a) do livro. Quando o crédito não for de autoria, mas sim de organização, compilação ou coordenação, inclui-se, entre parênteses, logo após o nome, a abreviatura correspondente à função. Esta deve ser iniciada por maiúscula: (Org.); (Comp.); (Coord.);

5- título do livro, destacado em itálico;

6- subtítulo da obra sem destaque, antecedido de dois pontos;

7- indicação opcional de tradutor, para obras traduzidas;

8- cidade em que o livro foi publicado, seguida de dois pontos;

9- nome da editora seguido de vírgula. Deve ser o mais abreviado possível, excluindo-se complementos como Companhia, ou Cia. Ltda., S. A., Editora, entre outros;

10- ano em que a obra foi publicada, com todos os algarismos;

11- número do volume apenas para obras em mais de um volume;

12- intervalo das páginas consultadas do capítulo, separadas por hífen.

EXEMPLO:BORTONI, Stella Maris. Variação lingüística e atividades de letramento em

sala de aula. In: KLEIMAN, Angela Bustos. (Org) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995. p. 119-144.

PUBLICAÇÃO PERÍODICA (revistas e jornais)

Na referência a um periódico no todo podemos considerar duas alternativas: registrar a coleção inteira ou cada fascículo, suplemento ou número especial que compõe a coleção.

Coleção (periódico considerado no todo)

1- elementos essenciais (título, local de publicação, editora, datas de início e de encerramento da publicação, se houver):

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939.

2- elementos complementares podem ser incluídos, para melhor identificação do documento:

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939. Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X

Partes de revista ou fascículo (periódicos considerados em parte)

DINHEIRO: São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.

Se necessários, para a identificação do periódico, incluir dados complementares:

DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.

Referências a artigos de periódicos impressos

A seguir, citamos os elementos essenciais das referências de:Artigos de revistas

1- autor do artigo: sobrenome em caixa alta, nome, ponto;2- título do artigo, ponto;3- título do periódico, sublinhado ou em itálico ou em negrito, vírgula;4- local da publicação, vírgula;5- número do volume e/ou ano, vírgula;6- número do fascículo ou número, vírgula;7- páginas inicial e final do artigo referenciado, vírgula;8- data do volume ou fascículo, com as três primeiras letras do mês de

publicação, ponto, ano e ponto.

EXEMPLO:

BESSA, Cristiane Rascoe. O ensino da tradução: há uma metodologia eficaz? Horizontes de Lingüística Aplicada, Brasília, ano 2, n. 1, p. 117-128, jul. 2003.

Artigos de Jornais

1- autor do artigo (se houver: sobrenome em caixa alta, nome, ponto;2- título do artigo, ponto; 3- título do jornal, sublinhado ou em itálico ou em negrito, vírgula;4- local da publicação, vírgula;5- data com dia, mês e ano, ponto;6- número ou título do caderno, seção, suplemento, encarte, etc., vírgula;7- páginas do artigo referenciado, ponto.

EXEMPLOS:

CERATTI, Mariana. Caminhada pela paz. Correio Braziliense, Brasília, 23 jan. 2005. Cidades, p. 25.

TISSIANI, Cadija. Corpo são, mente sã. Correio Braziliense, Brasília, 23 jan. 2005. Encarte D revista, p. 16-17.

REFERÊNCIAS EM MEIO ELETRÔNICO

Vídeos ou DVD (elementos essenciais)

1- título, ponto;2- diretor, produtor, realizador, roteirista e outros, separados

por ponto;3- local, dois pontos;4- produtora, vírgula;5- ano, ponto;6- especificação do suporte em unidades físicas, duração entre

parênteses abreviada, vírgula;

EXEMPLO:

DISTÚRBIO de ansiedade. Produção de Álvaro Cornetto. Piaí: VIRACER, 1983. 1 videocassete.

Correio eletrônicoConsultas online

Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais <>, precedido da expressão "Disponível em" e a data de acesso ao documento, precedida da expressão "Acesso em".

EXEMPLOGabarito simulado de Geografia. Disponível em: <http://www.edivaldo.pro.br/memorial.html> Acesso em 26 jun.2003.

E-mail

1- sobrenome em caixa alta, nome do autor, ponto;

2- assunto da mensagem em itálico ou negrito ou sublinhado;entre chaves o tipo da mensagem, ponto;

3- informação de mensagem recebida seguida do endereço eletrônico;

4- data do recebimento, dia, mês e ano, ponto.

EXEMPLO

MOTA, Warwick. E. G. A livraria {mensagem pessoal}. Mensagem recebida por <[email protected]>. Em 30 nov. 2004.

Artigos de revista, boletim, etc. (inclusive os publicados em meio eletrônico)

As referências a seguir devem ser utilizadas sempre que constarem no artigo.

1- sobrenome em caixa alta, nome do autor, ponto;2- título do artigo, ponto;3- título do periódico: sublinha ou itálico, ou negrito, vírgula;4- local da publicação, vírgula;5- editor da publicação, vírgula;6- número do volume ou ano, vírgula;7- número do fascículo, vírgula;8- data do volume ou fascículo: meses abreviados com as três primeiras letras, ano, ponto;9- páginas inicial e final do artigo referenciado, vírgula;10- informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da

expressão "Disponível em";11- data de acesso ao documento, precedida da expressão "

Acesso em".

EXEMPLOS

MENGOZZI, F. Poder feminino. Criativa, Rio de Janeiro, Juan Ocearim, n. 190, fev. 2005. Disponível em <http://www.globo.com.br062>. Acesso em 16 fev. 2005.

PELTIER, Márcia. Nas mãos do Nordeste. JB online. Brasília, 16 fev. 2005.

Lista de discussão

1- sobrenome em caixa alta, nome do autor, ponto;

2- título do assunto, se houver, sublinhado, ou itálico ou negrito, ponto;

3- nome da lista, se houver, ponto;disponível em: <endereço da lista>, ponto;

4- data de acesso, dia, mês e ano, ponto.

EXEMPLO

SAKUDA, L.O. Estratégias de empresas brasileiras. SAKUDA. Disponível em <www.sakuda.com>. Acesso em 16 fev. 2005.

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