metodologia da pesquisa cinetifica 2010
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METODOLOGIA DA PESQUISA
JURDICA
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PGINAS DE CRDITO
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Sumrio
Apresentao____________________________________________________________5
UNIDADE 1: Conhecimento Cientfico e Pesquisa ____________________________71.1 O Conhecimento e seus Tipos________________________________________8
1.2 O Conhecimento Cientfico__________________________________________9
1.3 A Pesquisa ________________________________________________________8
1.4 Coleta, Anlise e Interpretao dos Dados ___________________________ 13
Exerccios __________________________________________________________ 14
UNIDADE 2: O Planejamento de Pesquisa_________________________________ 17
2.1.O Projeto: conceito e importncia __________________________________ 18
2.2 Etapas do Projeto ________________________________________________ 18
2.3 Detalhamento das Etapas de um Projeto _____________________________ 192.3.1 Tema______________________________________________________ 19
2.3.2 Delimitao do tema ________________________________________ 20
2.3.3 Problema de pesquisa________________________________________ 21
2.3.4 Hiptese(s) de pesquisa ______________________________________ 22
2.3.5 Objetivos da pesquisa _______________________________________ 24
2.3.6 Justificativa ________________________________________________ 25
2.3.7 Referencial terico __________________________________________ 26
2.3.8 Metodologia _______________________________________________ 27
2.3.9 Recursos __________________________________________________ 29
2.3.10 Cronograma ______________________________________________ 29
2.3.11 Referncias _______________________________________________ 302.3.12 Apndices e/ou anexos______________________________________ 36
2.4 Aspectos Formais: apresentao grfica______________________________ 36
2.4.1 Papel______________________________________________________ 36
2.4.2 Digitao __________________________________________________ 37
2.4.3 Espaamento _______________________________________________ 37
2.4.5 Paginao _________________________________________________ 37
2.4.6 Numerao das partes da monografia__________________________ 37
2.4.7 Regras gerais_______________________________________________ 38
2.5 Citaes e Notas de Rodap _______________________________________ 39
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2.5.1 Citaes ___________________________________________________ 39
2.5.2 Referncias das citaes______________________________________ 40
2.5.3 Notas de rodap ____________________________________________ 40
Exerccios__________________________________________________________ 41
UNIDADE 3: Trabalhos Cientficos_______________________________________ 43
3.1 Monografia _____________________________________________________ 44
3.1.1 Estrutura da monografia _____________________________________ 45
3.1.2 Detalhamento dos elementos textuais __________________________ 46
3.1.3 Elementos ps-textuais_______________________________________ 48
3.1.4 Formatao ________________________________________________ 50
3.1.5 Regras gerais _______________________________________________ 51
3.1.6 Citaes e notas de rodap ___________________________________ 52
3.2 Artigo Cientfico _________________________________________________ 54
3.2.1 Estrutura de um artigo cientfico ______________________________ 54
3.2.2 Explicitao das partes de um artigo ___________________________ 55
3.2.3 Exemplo de diagramao_____________________________________ 56
Exerccios __________________________________________________________ 58
Complemente o estudo _________________________________________________ 61
Gabarito______________________________________________________________ 63
Referncias ___________________________________________________________ 69
Apndices Unidade 1: Projeto de Pesquisa________________________________ 74Apndice A Organizao Geral do Projeto _________________________ 74
Apndices Unidade 2: Trabalhos Cientficos ______________________________ 75Organizao Geral _______________________________________________ 75
Apndice A Modelo de Capa _____________________________________ 76
Apndice B Modelo de Folha de Rosto_____________________________ 77
Apndice C Modelo de Folha de Aprovao ________________________ 78
Apndice D Modelo de Folha de Dedicatria _______________________ 79
Apndice E Modelo de Folha de Epgrafe___________________________ 80
Apndice F Modelo de Folha de Resumo ___________________________ 81
Apndice G Modelo de Folha de Sumrio __________________________ 82
Apndice H Modelo de Lista De Ilustraes ________________________ 83
Apndice I Modelo de Lista de Abreviaturas ________________________ 84
Apndice J Modelo de Ficha Catalogrfica _________________________ 85Apndice L Orientaes para a Redao da Introduo_______________ 86
Apndice M Quadros-Resumo do Contedo da Disciplina ____________ 88
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Apresentao
Prezado Aluno,
Este texto tem como objetivo fornecer-lhe os conceitos mnimosindispensveis para o entendimento das Unidades que compem a disciplina
Metodologia de Pesquisa.
Se desejar maior aprofundamento no assunto, recomendamos a consulta s
obras referenciadas ao fim do material.
Uma das grandes dificuldades que os alunos de um curso acadmico tm,
seja em nvel de graduao, de ps-graduao lato sensu, de mestrado ou dedoutorado, reside exatamente no momento de conclu-lo, quando exigida a
redao de um texto cientfico, sob a forma de monografia. Muitas vezes, essadificuldade prende-se mais forma de como iniciar e desenvolver as atividades
de ordem metodolgica necessrias para levar o trabalho a termo, com xito, doque propriamente ao domnio do contedo. Normalmente, faltam, ainda, aos
alunos, conhecimentos necessrios para o entendimento do que seja a pesquisacientfica e de como redigir seus resultados.
Com este texto pretendemos dar uma contribuio a voc e a todos aquelesque necessitam redigir trabalhos monogrficos, tendo por objetivo oferecer uma
orientao elaborao de um projeto que permita desenvolver sua pesquisa e,posteriormente, redigir o trabalho de concluso do curso.
Indicamos, para tanto, os passos necessrios elaborao de um projeto depesquisa, bem como ao desenvolvimento desta.
A elaborao do projeto de pesquisa da maior importncia, pois de
sua confeco depender tambm, com certeza, a qualidade da monografia.Portanto, todo esforo, tempo e dedicao empreendidos na construo doprojeto sero compensadores, tendo em vista, no s a economia, como tambm
a eficincia nos resultados, no momento de escrever a monografia.
Da mesma forma, voc deve empenhar-se ao mximo na coleta e anlise
dos dados a pesquisar, pois trata-se de uma etapa fundamental para a posteriorredao dos resultados da pesquisa, no momento de realizao da monografia.
Em todo o manual, procuramos seguir ao mximo as normas da ABNT(Associao Brasileira de Normas Tcnicas) referentes ao assunto em questo.
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Abordamos tambm a realizao de alguns tipos de trabalhos cientficos,tais como monografia e artigo, com vistas a facilitar o trabalho no que diz respeito
parte metodolgica e permitir uma padronizao que refletir, evidentementede forma positiva, na qualidade das monografias apresentadas. Servir tambm
como um auxiliar tarefa dos professores encarregados de orientar acadmicosna redao de suas monografias e artigos.
A inteno exposta neste manual , portanto, a de oferecer tanto a voc, comoa professores orientadores, um suporte tcnico para minimizar as dificuldades
enfrentadas quanto produo acadmica. Alm disso, pretendemos, ainda,contribuir para a obteno de uma padronizao de trabalhos de concluso de
curso.
Bom estudo!
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Conhecimento Cientfico e Pesquisa
UNIDADE 1
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CONHECIMENTO CIENTFICO E PESQUISA
1.1 O Conhecimento e seus Tipos
A palavra conhecimento pode ser entendida e definida de vrias
maneiras. Uma delas afirma que conhecimento o resultado de uma relao
que se estabelece entre algum que deseja conhecer (sujeito) e aquilo que vai
ser conhecido (objeto). O resultado desse encontro traduz-se numa abstrao
mental que o sujeito (ou cognoscente) faz acerca das caractersticas encontradas
no objeto (cognoscvel) e que se costuma denominar de imagem ou discurso.
Ento, o conhecimento que se forma na mente do sujeito a imagem que, em
determinado momento, ele faz do objeto, ou seja, seu conhecimento sobre ele.
Quando estudamos um tema qualquer, aquilo que permanece em nossa
mente acerca dele nosso conhecimento. Este, claro, na medida em que nos
debruamos outras vezes sobre o mesmo tema, vai-se ampliando.
O homem, em sua trajetria evolutiva, sempre buscou o conhecimento
e, dessa busca, foram surgindo os diferentes tipos de conhecimento, das quais
o cientfico apenas um.
Vejamos a seguir, tais tipos ou formas.
Iniciamos abordando o senso comum, ou conhecimento popular, isto ,
aquele que surge no dia-a-dia, por meio das experincias quotidianas. Trata-se
de um conhecimento muito til em nossas vidas, mas pode ser falvel, precisandoser comprovado. Um exemplo desse tipo de conhecimento quando algum
nos diz: ch de boldo bom para o fgado. Este conhecimento necessita de
comprovao e no explica o porqu. Esta foi uma das primeiras formas de
conhecimento do homem e ainda vlida at os dias atuais.
Um outro tipo ou forma de conhecimento o filosfico, tambm da
maior significao no s para o homem, como para a prpria cincia.
Baseia-se na reflexo, no pode ser comprovado pela cincia, nem refutado;
aceito, ou no. A filosofia indaga sobre o mundo, o homem, a tica, o prprio
O conhecimento que se forma na mente do sujeito
a imagem que, em determinado momento, ele fazdo objeto, ou seja, seu conhecimento sobre ele.
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Unidade 1- Conhecimento Cientfico e Pesquisa
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conhecimento, enfim, examina toda a realidade que nos rodeia, com seus
problemas e questionamentos.
O conhecimento religioso, uma outra forma, no de menor valor para
o homem, pois ele que nos traz informaes sobre o sobrenatural, sobre a
vida espiritual do ser humano. Baseia-se na f, e, por isso, tambm no pode
ser comprovado, nem refutado. Cr-se ou no se cr.
H ainda, outros tipos de conhecimento tais como o intuitivo e o
mtico.
O intuitivo tambm constitui uma das modalidades bastante primitivasde conhecimento e baseia-se na intuio, a qual, ainda no bem conhecida.
Sabe-se que a intuio uma apreenso imediata do objeto pelo sujeito, sem
nenhuma intermediao. Alm das intuies dos religiosos, dos msticos, h a
intuio racional.
Muitos cientistas, por exemplo, Einstein, afirmam no desprezar suas
intuies, procurando comprov-las.
O conhecimento mtico procura descrever a realidade de forma
fantasiosa. Os gregos da Antigidade, bem como outros povos, valeram-se
dos mitos para explicar certos fenmenos por eles desconhecidos.
1.2 O Conhecimento Cientfico
O conhecimento cientfico diferencia-se dos demais intuitivo,
religioso, mtico, etc. por algumas razes. Dele, pode-se dizer que um
conhecimento:
metdico, racional, sistemtico;
explicativo (estuda as causas dos fenmenos para explic-los);
factual (lida com fatos);
aberto (sujeito a crticas, e, por isso, passvel de erros);
preditivo (permite fazer previses); comprovado (por meio de experimentaes);
comunicvel (relatado oralmente e/ou por escrito); e
provavelmente verdadeiro.
O conhecimento cientfico tem como elemento essencial a utilizao
do mtodo cientfico, o que lhe permite fazer experimentaes, buscando a
comprovao dos fenmenos examinados.
Nesse contexto surge a metodologia da pesquisa como uma disciplina
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que estuda os mtodos utilizados pelas cincias, fazendo propostas e adotando,
tambm, uma postura crtica sobre tais mtodos e sobre os resultados obtidos
pelas cincias.
Por cincia, entenda-se aqui todo conjunto de conhecimentos racionais
acerca de um objeto definido, alcanados com base no mtodo cientfico, ou
seja, conhecimentos submetidos comprovao por meio da utilizao de
mtodos e procedimentos cientficos. obtido, portanto, mediante pesquisa.
Uma grande diferena do conhecimento cientfico para os demais tipos
que ele busca as explicaes causais que regem determinados fenmenos.
Busca a cincia, respostas s nossas indagaes, aos nossos porqus, e o faz,
como se viu, valendo-se de pesquisa.
1.3 A Pesquisa
Nesse contexto, a pesquisa permite a produo de conhecimento
cientfico. De forma bem simples, pode-se defini-la como uma atividade
humana, racional, que por meio do uso de procedimentos cientficos procura
respostas para os problemas que afligem o homem, ajudando-o a compreender
melhor a realidade em que vive e a transform-la, em seu proveito prprio,
como tambm no de outros seres humanos.
Na ps-graduao a pesquisa ainda possui o carter de iniciao
cientfica e seu ensino tem o relevante objetivo de instrumentalizar o aluno paraque ele participe ativamente da construo do seu conhecimento e, tambm,
na produo de novos conhecimentos. Imagine se todos os seres humanos se
limitassem a estudar os conhecimentos j existentes apenas para consumi-
los, utiliz-los em sua vida ou profisso? Em pouco tempo eles se tornariam
obsoletos, tendo em vista que a realidade dinmica e se transforma a todo
instante.
Torna-se, assim, necessrio que os profissionais de nvel superior
participem da renovao do conhecimento cientfico existente para que
O conhecimento cientfico metdico, racional e sistem-
tico; explicativo; factual; aberto; preditivo; comprovado;
comunicvel; e provavelmente verdadeiro.
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Unidade 1- Conhecimento Cientfico e Pesquisa
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solues novas e mais eficazes sejam encontradas para os problemas persis-
tentes, ainda sem soluo, como para aqueles novos problemas com os quais
freqentemente nos deparamos em nossas reas de atuao.
Constantemente, o profissional de nvel superior solicitado a pesquisar.
Nos cursos acadmicos (graduao e ps-graduao) pesquisar se torna uma
exigncia obrigatria, condio indispensvel para a concluso do curso. Para
isso, em dado momento, o aluno tem que elaborar um projeto de pesquisa,
realizando-o em seguida, e, ao trmino, redigir um texto que pode ser em
forma de relatrio cientfico, artigo ou monografia. Objetivando dotar oaluno de condies para essa tarefa, os cursos incluem em seus projetos
pedaggicos a disciplina Metodologia da Pesquisa, cujos conhecimentos o
auxiliam a desincumbir-se dessas atividades e a ter o prazer de produzir
conhecimento.
Definida a pesquisa surge a questo: como classificar as pesquisas?
Quais os seus tipos? Muitos autores apresentam suas classificaes. Neste
texto citamos a de Antonio Carlos Gil1, que divide as pesquisas quanto a
objetivos gerais e quanto a procedimentos tcnicos utilizados.
Em relao aos objetivos gerais, o autor considera que h pesquisas:
descritivas visam descrever a realidade, isto , como ela se apresenta
sem se preocupar com as relaes e as causas que produzem os fenmenos
examinados;
explicativas so aquelas que buscam os porqus, as relaes de causa
e efeito;
exploratrias constituem pesquisas feitas mais rpida e superficial-
mente para a obteno de dados com vistas a uma pesquisa mais aprofundada,
com o objetivo de familiarizar o pesquisador com o tema.
Quanto aos procedimentos tcnicos, Gil classifica as pesquisas em:
bibliogrfica, documental, experimental, ex-post-facto, estudo de caso,
estudo de coorte, levantamento, estudo de campo, pesquisa-ao e pesquisaparticipante.
A pesquisa bibliogrfica desenvolve-se com material
j elaborado, constitudo, principalmente, de livros e
artigos cientficos.
1 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2007.
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A pesquisa bibliogrfica, segundo Gil, desenvolve-se com material j
elaborado, constitudo, principalmente, de livros e artigos cientficos. Sua
principal vantagem abranger grande variedade de informaes, mas tem
como uma de suas desvantagens a possibilidade de erros, especialmente
quando se trabalha com fontes secundrias.
A pesquisa documental diferencia-se da bibliogrfica no que se refere,
particularmente, natureza das fontes, pois apresenta o dado bruto, ainda
sem tratamento analtico. Seu desenvolvimento segue os mesmos passos
da bibliografia, ou seja, iniciando-se pela identificao das fontes e sualocalizao, leituras e fichamentos.
Para Gil, a pesquisa experimental consiste na determinao de um
objeto de estudo, seleo de variveis que podem sobre ele exercer influncias,
bem como na definio de formas de controle e de observao dos efeitos que
podem ser produzidos por essas variveis no objeto.
J a pesquisa ex-post-facto aquela que se realiza aps a ocorrncia do
fato. Seu objetivo tambm a busca de relaes entre variveis.
Antonio Carlos Gil cita ainda o estudo de coorte, muito usado na rea da
sade. feito quando se deseja estudar um grupo de pessoas que apresentam
uma caracterstica comum, para se observar o que acontece com elas durante
determinado perodo de tempo.
O levantamento, segundo o autor citado,
um tipo de pesquisa que se caracteriza pela interrogao direta
das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente,
procede-se solicitao de informaes a um grupo significativo de
pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante
anlise quantitativa, obterem-se as concluses correspondentes
aos dados. 2
O estudo de campo, embora se assemelhe ao levantamento, dele se
diferencia, principalmente, pelo aprofundamento das questes propostas.No estudo de caso faz-se um estudo aprofundado de um caso (um ou
poucos sujeitos), de modo a permitir um amplo conhecimento sobre ele.
A pesquisa-ao realiza-se em associao com uma ao que busca
solucionar um problema coletivo. Nela, tanto os pesquisadores como os
participantes do grupo estudado esto envolvidos no problema.
2 GIL, op. cit. p. 50.
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Finalmente, a pesquisa participante, que em muito se assemelha
pesquisa-ao, dela se diferencia por envolver a distino entre cincia popular
e cincia dominante, incluindo posies valorativas de cunho ideolgico.
Outro dado importante a ressaltar que na pesquisa caminhamos por
fases e estas podem ser consideradas em nmero de trs: a de planejamento,
em que se elabora o projeto, a de execuo, ou pesquisa propriamente dita, e
a da comunicao dos resultados, na qual se narra a pesquisa, redigindo-se os
resultados e as concluses.
A fase de planejamento, ou de elaborao do projeto, engloba asseguintes etapas:
definio do tema de pesquisa e sua delimitao;
formulao do problema de pesquisa, das hipteses, dos objetivos, da
justificativa, do referencial terico, da definio do cronograma de trabalho e
dos recursos necessrios;
elaborao da lista de referncias utilizadas.
1.4 Coleta, Anlise e Interpretao dos Dados
A fase de execuo envolve a coleta, a anlise e a interpretao dos
dados.A coleta dos dados a etapa em que se inicia a aplicao dos instrumentos
elaborados e das tcnicas selecionadas 3, a fim de se obter os dados previstos.
Nesta etapa so vrios os procedimentos disponveis ao pesquisador: coleta
documental; observao participante; entrevista; questionrio; formulrios;
medidas de opinies e de atitudes; testes; histria de vida.
No Direito, os dados podem ainda ser coletados por meio da pesquisa
jurisprudencial, estudos comparados e, dentre esses, os estudos de eficcia da lei.
Logo aps a coleta, faz-se a organizao dos dados, tabulando-os,
enfim, organizando-os estatisticamente ou no. Esta a etapa da anlise, a
qual pode ser qualitativa ou quantitativa. Na anlise quantitativa trabalha-secom procedimentos estatsticos, o que no ocorre na anlise qualitativa.
No Direito, os dados podem ainda ser coletados por meio
da pesquisa jurisprudencial, estudos comparados e, dentre
esses, os estudos de eficcia da lei.
3 MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Tcnicas de pesquisa. So Paulo: Atlas, 1990, p. 30.
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Em seguida os dados devem ser interpretados. Este momento de grande
importncia, pois nele que o pesquisador extrai as respostas s questes de
pesquisa e os resultados que lhe permitiro dizer se suas hipteses esto ou no
corretas.
Voc terminou o estudo da primeira unidade, em que examinamos os
tipos de conhecimento, o conhecimento cientfico, a pesquisa e a coleta de
dados, bem como sua anlise e interpretao.
Na Unidade 2, passaremos ao planejamento de pesquisa, mas, antes de
continuar a leitura do manual, responda s questes a seguir.
EXERCCIOS
Conhecimento
1. D um exemplo de cada tipo de conhecimento, na rea jurdica.
2. No que o conhecimento cientfico se diferencia do senso comum e do
conhecimento religioso?
3. Em que sentido o conhecimento cientfico comunicvel?
4. Por que se diz que o conhecimento cientfico aberto?
5. Em sua opinio, quais so as duas mais importantes caractersticas doconhecimento cientfico?
Pesquisa
1. Analise dois relatrios de pesquisa e classifique a pesquisa descrita na
metodologia em exploratria, descritiva e explicativa. Coloque no exerccio otrecho do referido relatrio que fundamenta sua deciso.
2. Elabore uma relao contendo 10 fontes documentais jurdicas.
3. A seguir, transcrevemos algumas questes-problema. Indique um tipo depesquisa adequado:
3.1 Em que medida a lei XXX eficaz?
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Unidade 1- Conhecimento Cientfico e Pesquisa
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3.2 O que a comunidade entende por Direito?
3.3 Qual o pensamento da doutrina majoritria sobre seqestro relmpago?
3.4 A legislao brasileira sobre discriminao mulher negra no mercadode trabalho est sendo cumprida?
3.5 Quais os fatores que mais contribuem para a sonegao de impostosno Brasil?
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O Planejamento da Pesquisa
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O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
2.1.O Projeto: conceito e importncia
Antes de iniciar uma monografia, devemos preparar um projeto de
pesquisa.
O projeto um documento que contm o planejamento da pesquisa
passo a passo e que servir para orientar as aes a adotar at a elaborao da
monografia. Podemos visualizar todo o processo de pesquisa dessa maneira:
Monografia Pesquisa Projeto
Portanto, voc j pode perceber o quanto importante fazer um bom
projeto, pois dele depender o xito da pesquisa e, conseqentemente, o
sucesso da monografia.
H vrias formas de elaborar um projeto de pesquisa e, se voc observar,
cada instituio adota o seu modelo. comum ocorrer, com freqncia, que
uma mesma instituio de ensino tenha vrios modelos, sendo um para cada
curso que ministra.
Do mesmo modo, os livros que tratam do assunto tambm o fazem deforma diferente. No entanto, ao observ-los percebemos que, mais ou menos
detalhadas, algumas etapas bsicas esto sempre presentes, embora com
nomes diferentes.
2.2 Etapas do Projeto
Conforme j dissemos, o projeto uma espcie de documento que
contm o plano de uma pesquisa, constitudo por um conjunto de etapas
ordenadas logicamente.
H, como tambm afirmamos, vrios modelos de projeto. Mas, em
todos, algumas etapas encontram-se sempre presentes, embora muitas vezescom nomes variados.
O projeto uma espcie de documento que contm oplano de uma pesquisa, constitudo por um conjunto deetapas ordenadas logicamente.
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Unidade 2- O Planejamento de Pesquisa
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Conforme a NBR 15281/2005 da ABNT, as partes de um projeto de
pesquisa so as seguintes: elementos pr-textuais, textuais e ps-textuais.
2.2.1 Elementos pr-textuais
capa (opcional);
folha de rosto;
lista de ilustraes (opcionais);
lista de tabelas (opcional);
lista de abreviaturas e siglas(opcional);
lista de smbolos (opcional);
sumrio.
2.2.2 Elementos textuais
introduo, contedo, tema, problema,hipteses, objetivos, justificativa;
referencial terico;
metodologia;
recursos;
cronograma.
2.2.3 Elementos ps-textuais
referncias;
glossrio (opcional);
apndice (opcional);
anexo (opcional);
ndice (opcional).
2.3 Detalhamento das Etapas de um Projeto
2.3.1 Tema
O tema da pesquisa constitui o assunto que se deseja abordar. Inicialmente,
o assunto aparece de modo vago, geral, precisando ser trabalhado a fim de se
tornar preciso, bem determinado e com limites definidos.
Muitos alunos, ao se defrontarem com a necessidade de elaborar um
projeto de pesquisa, sentem imensa dificuldade, logo no incio, relacionada
a algumas situaes, entre elas a definio do tema, ou seja, o assunto a
pesquisar. Para alguns, a dvida to grande que chegam a levar semanas, e
at meses, para se decidirem.
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O tema da pesquisa constitui o assuntoque se deseja abordar.
Nesse momento, importante que voc reflita e responda a questes
como:
Que temas despertam mais o meu interesse? Que temas me angustiam, me trazem certa inquietao?
Tenho alguma experincia sobre alguns desses temas?
Tenho facilidade de acesso ao material de pesquisa sobre o tema?
Tenho conhecimentos sobre ele?
Aps tais questionamentos, elabore uma listagem e, considerando as
respostas s perguntas mencionadas, selecione seu tema.
preciso que voc se interesse, se apaixone pelo assunto que escolher. O
tempo para elaborar o projeto relativamente curto e esta deciso precisa ser
tomada imediatamente. Mos obra, pois no h tempo a perder.
2.3.2 Delimitao do tema
Aps a escolha do tema ou assunto que, como j afirmamos, de incio
aparece de forma vaga, imprecisa, necessrio delimit-lo, acrescentando-lhe
elementos que o tornem mais claro. Nessa etapa, podem ser explicitados o que
ser feito e o que no se pretende fazer.
Veja alguns exemplos:
TEMA DELIMITAO DO TEMA
1- Poluio ambiental A poluio do Rio Paraba do Sul nos ltimoscinco anos
2- Eutansia Aspectos jurdicos e ticos da eutansia
3- Direito do Trabalho A insalubridade na legislao trabalhista do Brasil
4- Juizados Especiais Juizados Especiais Criminais: atuao na cidadedo Rio de Janeiro
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Para delimitar o tema definimos seus limites, especificando, com clareza,
o que se pretende pesquisar e sobre o que se escrever na monografia.
Uma vez delimitado, o tema dar ttulo ao Projeto e Monografia. Esse
ttulo constar na capa e, inclusive, na folha de rosto. No lugar do ttulo,
portanto, escreve-se o tema j delimitado.
2.3.3 Problema de pesquisa
O problema da pesquisa pode ser definido como a dificuldade que se
deseja solucionar. Assim como na vida de todos ns os problemas surgema todo instante (sendo alguns de fcil soluo e outros no), nas reas do
conhecimento cientfico eles so da maior importncia. Salvo poucas excees,
as pesquisas so feitas para resolver algum tipo de problema. preciso, ento,
que, no projeto, voc identifique e construa sua problemtica. A delimitao
do tema feita, anteriormente, j fornece indcios para a formulao do
problema.
Alguns autores sugerem que o problema seja explicitado sob a forma de
perguntas. Em vrios projetos de pesquisa podemos observar que o problema
aparece relatado de forma contextualizada, para depois desembocar nas
questes que nortearo a pesquisa.O que importa ressaltar que uma pesquisa sem problema invivel.
Como pesquisar se no se conhece o que se deseja saber? O problema ,
portanto, o ponto de partida da pesquisa e servir como seu elemento
norteador.
Recomendamos aqui que, no projeto de pesquisa, voc j relate seu
problema, podendo faz-lo, recorrendo a suas razes histricas, citando dados
estatsticos, enfim, montando um quadro que permita sua visualizao. Uma
espcie de histria ligada ao tema.
Ao redigi-lo, procure responder a esta questo: o que desejo saber?
Ou: qual a dificuldade que visualizo cuja resposta ainda no foi dada
convincentemente e qual desejo responder?
Em vrios projetos de pesquisa o problema aparece
relatado de forma contextualizada, para depois
desembocar nas questes que nortearo a pesquisa.
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Em seguida ao relato ou construo do problema, formule uma ou
mais questes que serviro de guia para a pesquisa e, principalmente, para a
redao da etapa seguinte, que a hiptese de pesquisa.
Observe que deve haver uma estreita relao entre as questes e a
delimitao do tema.
Exemplos:
1) Tema delimitado: A poluio do Rio Paraba do Sul nos ltimos
cinco anos.
2) Relato da situao-problema:Apresentamos a seguir uma sugesto de como iniciar este item.
SUGESTES DE SITUAO PROBLEMA
O rio Paraba do Sul, o mais importante rio do Estado, tem apresentado,ao longo dos tempos, um grau crescente de poluio, ocasionada por inmerosfatores. Esta poluio traz conseqncias bastante importantes no s economia das regies por onde ele passa, como tambm prejuzos populao,provocando, inclusive, doenas naqueles que se utilizam de suas guas, de seuspeixes.
...etc., etc.
Aps o exposto podem ser formuladas as seguintes questes que nortearoeste projeto e, conseqentemente, a pesquisa a ser empreendida:
1) Quais as causas da poluio do rio Paraba do Sul?
2) Estaro as medidas adotadas pelas autoridades competentes surtindoefeitos eficazes?
3) A legislao brasileira sobre poluio de guas est sendo obedecidapelas autoridades competentes?
2.3.4 Hiptese(s) de pesquisa
Se no problema formulamos questes, precisamos achar respostas,que devem ser pensadas e depois redigidas sob a forma de hipteses. Ferraridefine hiptese como sendo [...] uma proposio antecipada comprovaode uma realidade existencial. uma espcie de pressuposio que antecede constatao dos fatos.1
1 FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa cientfica. So Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. p. 129.
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Simplificando, as hipteses so respostas antecipadas e provisrias para
o problema. Antecipadas porque ainda no se fez pesquisa para comprov-las;
provisrias porque podem ser rejeitadas e substitudas.
Para muitos pesquisadores a hiptese fundamental porque ela fornece
uma diretriz, um caminho a seguir na investigao do problema.
A seguir, apresentamos exemplos de hipteses. Observe a relao entre
tema, problema (questes) e hipteses. Repare, ainda, que no problema se
pergunta, enquanto na hiptese, responde-se pergunta feita:
TEMA DELIMITADO QUESTO-PROBLEMA HIPTESES DE PESQUISA
A poluio do rioParaba do Sul nosltimos cinco anos
1) Quais as causas depoluio no Rio Parabado Sul?
1) Entre as causas da poluiodo Rio Paraba do Sul nosltimos cinco anos esto: dejetos
despejados no rio pelas empresas,esgotos sem tratamento lanadono rio, lixos jogados pelapopulao ribeirinha.
2) A legislao brasileirasobre poluio de guasest sendo cumprida pelasautoridades competentes?
2) Embora as autoridadescompetentes estejam adotandomedidas como campanhas pa-ra conscientizar a populao,vigilncia nas empresas etc., estasainda so tmidas, no levando aresultados satisfatrios.
3) Estaro as medidasadotadas pelas autorida-des competentes surtindoefeitos eficazes?
3) As autoridades competentes,inclusive o Ministrio Pblico,tm demonstrado preocupaocom o fato, denunciando epunindo, porm sem que oproblema seja efetivamenteresolvido.
As hipteses so respostas antecipadas
e provisrias para o problema.
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H vrias maneiras de construir uma hiptese.
A hiptese condicional segue a forma: sep q, na qual p a causa,
o antecedente; e q constitui o efeito ou conseqente.
Exemplo:
Se as pessoas e/ou empresas lanarem dejetos ou substncias
qumicas no rio, ento ele ficar poludo.
Porm, uma das formas mais usuais para formulao de hiptese a
categrica fazendo-se uma frase afirmativa.Voltemos a uma questo-problema levantada:Quais as causas de poluio do Rio Paraba do Sul?Pode-se exemplificar assim a hiptese:
Entre as causas da poluio do Rio Paraba esto:.....................Note-se que esta uma frase afirmativa, na qual se apontam,
categoricamente, as causas da poluio.
2.3.5 Objetivos da pesquisa
Objetivos so os resultados que pretendemos alcanar com a pesquisa,
ao seu trmino.
Os objetivos podem ser gerais, que so mais amplos e abrangentes, e
especficos, ou seja, desdobramentos dos objetivos gerais e que levam queles.
Tanto os objetivos gerais como os especficos iniciam-se por um verbo
no infinitivo.
A seguir observe exemplos de objetivos gerais e especficos.
Tanto os objetivos gerais como os especficos
iniciam-se por um verbo no infinitivo.
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Relembrando nosso exemplo fictcio, j temos:
Tema: A poluio do rio Paraba do Sul nos ltimos cinco anos.
Questes-problema:
Quais as causas da poluio do Rio Paraba do Sul? Estaro as medidas adotadas pelas autoridades competentessendo eficazes?
A legislao brasileira sobre poluio das guas est sendoobedecida pelas autoridades competentes?
Exemplos de objetivos gerais:
Analisar a poluio do Rio Paraba do Sul com a finalidade desugerir medidas mais eficazes;
Sugerir medidas mais efetivas para combate da poluio do rio;Discutir a legislao voltada para a reduo da poluio do RioParaba do Sul, apresentando propostas para que ela se torne mais
eficaz;
Analisar as medidas tomadas pelas autoridades nos ltimoscinco anos, para o combate poluio no Rio Paraba do Sul.
Exemplos de objetivos especficos:
Investigar as causas que tm levado poluio do Rio Paraba;Verificar quais tm sido as medidas adotadas pelas autoridadescompetentes nos municpios envolvidos, nos ltimos cinco anos, e
os resultados por elas produzidos;
Analisar a legislao ambiental voltada para a poluio de rios,em especial a legislao dos municpios envolvidos;
Apresentar propostas de campanha junto populao ribeirinhapara conscientizao de se manter o rio limpo;
Discutir mudanas na legislao pertinente.2.3.6 Justificativa
Com seu projeto voc dever convencer algumas pessoas da importncia
da pesquisa, como, por exemplo, seu orientador de monografia.
Reflita um pouco a respeito do tema, o problema, e leia bastante sobre o
assunto, coletando livros, revistas, jornais e a legislao brasileira.
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Em seguida, prepare um pequeno texto sobre a importncia da
realizao da pesquisa e da redao da monografia. Neste texto, procure
mostrar o estgio atual em que se encontra o problema. J existem pesquisas
sobre o assunto? Ou, caso contrrio, ele novo e pouco explorado? Busque,
tambm, descrever que tipos de contribuies sua pesquisa trar para a rea
de conhecimento envolvida, para seu pas e, principalmente, para a regio ou
localidade em que vive. Discorra, enfim, sobre a relevncia de sua pesquisa
para a sociedade.
Exemplo fictcio de justificativa para o tema supracitado:
JUSTIFICATIVA
O tema de grande importncia para a rea jurdica no que tange,
principalmente, ao Direito Ambiental. Sabe-se que o homem, ao longo
de sua existncia no Planeta, vem com sua atuao irrefletida causando
danos prejudiciais atmosfera, s florestas, a suas guas, enfim, causando
prejuzos natureza, prejuzos esses que acabam por trazer conseqncias
tambm danosas sade e vida e que podem levar a um desequilbrio
total do ecossistema.
Embora muitas pesquisas j tenham sido feitas nesta rea o
problema persiste, o que torna esta pesquisa relevante tambm no campo
jurdico, j que cabe ao Direito a tarefa de normatizar o assunto, fiscalizar
e punir os infratores. A pesquisa se torna tambm importante por seu
aspecto interdisciplinar, envolvendo estudos de Sociologia e Antropologia
Social, que fornecero dados cientficos sobre a questo e sobre a regio.
Assim, sua realizao poder contribuir para uma reflexo ampla
sobre o problema e, como conseqncia, fornecer respostas para que as
autoridades pertinentes o enfrentem com maior grau de eficcia.
2.3.7 Referencial terico
Nesta etapa voc far um resumo do que foi escrito pelos autores que se
debruaram sobre o tema.
Investigue e descubra quais so as autoridades no tema que voc
escolheu. Leia suas principais obras, artigos, faa o fichamento do que for
pertinente ao problema, aos objetivos e s hipteses. Depois, escreva um
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resumo das principais idias desses autores, apresentando tanto as dos que
se posicionam de forma semelhante, como tambm as daqueles que possuem
posies contrrias. Leia autores nacionais e estrangeiros, mas lembre-se:
importante buscar sempre bons autores!
Como saber quais so os bons autores no tema escolhido?
Consultando:
professores que atuam nessa rea pea a eles sugestes sobre
autores preferidos e que melhor atendem aos requisitos da
pesquisa;
bibliotecas e selecionando livros que tratam do tema;
monografias existentes sobre o assunto, dissertaes de Mestrado
e teses de Doutorado em bibliotecas;
internet, porm, sites oficiais ou de idoneidade reconhecida;
quanto aos textos encontrados, somente os de autoria conhecida
e renomada na rea.
Voc tambm deve pesquisar em peridicos especializados (revistas e
jornais), existentes tambm em bibliotecas.
Ao consultar as obras encontradas (livros, revistas), voc encontraruma vasta bibliografia sobre a temtica. No fim da pesquisa preliminar de
fontes, voc descobrir que alguns autores so mencionados com freqncia.
Tais autores devem ser, provavelmente, essenciais para sua anlise e reviso
bibliogrfica. Estude-os!
importante ressaltar que as idias selecionadas devero ter um motivo
imprescindvel: fundamentar suas prprias posies e fornecer argumentos
para suas hipteses.
Assim, voc estar fornecendo um bom apoio terico sua pesquisa.
Faa sua reviso bibliogrfica, parafraseando as idias dos autores, isto
, interpretando o que eles escreveram ou fazendo citaes. No se esquea decitar as fontes.
Para mais esclarecimentos sobre fontes de referncia, leia o item 2.3.11
Referncias deste manual, que orienta sobre citaes e referncias.
2.3.8 Metodologia
Quanto mais detalhada estiver a metodologia, maior ser a probabili-
dade de consolidar-se uma pesquisa eficaz e, por conseqncia, uma boa
monografia.
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A metodologia a etapa do projeto em que se descreve como a
pesquisa ser realizada. Aqui, mais uma vez, entram em cena os aspectos
metodolgicos, porque a melhor metodologia aquela que pode adequar-
se, tanto ao problema, s hipteses e objetivos da pesquisa, como tambm
criatividade do pesquisador. No se escolhe um mtodo ao acaso, por julg-lo
novo, ou renomado, por exemplo. O interesse do pesquisador no mtodo,
suas experincias e seus conhecimentos, tambm devem ser considerados neste
momento.
Quanto mais detalhada estiver a metodologia, maior ser a probabi-lidade de consolidar-se uma pesquisa eficaz e, por conseqncia, uma boa
monografia.
Voc pode construir a metodologia dando nomes cientficos aos mtodos
e tcnicas. Por exemplo, poder usar um mtodo de abordagem indutivo,
dedutivo ou dialtico.2
Em seguida, especifique o tipo de pesquisa: descritiva, explicativa,
pesquisa bibliogrfica, documental, pesquisa-ao, estudo de caso etc. 3
Se desejar, cite os autores de metodologia da pesquisa em que se apoiou.
Poder ainda, se preferir, no citar nomes de mtodos ou tcnicas, e sim, dividir
sua pesquisa em etapas e descrever como proceder em cada uma delas.
importante descrever como sero feitas a coleta e a anlise dos dados
e especificar que instrumentos sero usados em cada caso. Se, por exemplo,
pretende realizar pesquisa de campo com aplicao de questionrios ouroteiros de entrevistas, dever descrever como pretende obt-los, analis-los e
interpret-los. Se usar amostras, dever especificar seu tipo e como obt-las.
Mas lembre-se: sua criatividade, neste momento, fundamental, no
perdendo de vista, claro, o problema e as hipteses.
importante descrever como sero feitas a coleta ea anlise dos dados e especificar que instrumentossero usados em cada caso.
2 Consulte: LAKATOS, Eva Maria. Metodologia cientfica. So Paulo: Atlas, 1986.3 Consulte: GIL, Antnio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1988. S3
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Modelo Fictcio de Metodologia
A pesquisa ser descritiva e desenvolvida em duas partes: uma
terica e uma prtica. A pesquisa terica ser do tipo bibliogrfica
e se basear em fontes primrias, de preferncia, com apoio de
fontes secundrias, selecionando-se autores consagrados no
assunto.
Ainda ser feita uma pesquisa documental, analisando-se a
legislao brasileira que estabelece normas relativas poluiode rios.
A parte prtica envolver procedimentos de campo, por meio de
entrevistas s autoridades e populao para o conhecimento das
causas da poluio do Rio Paraba, e anlise da eficcia ou no
das medidas adotadas, numa abordagem, portanto, indutiva. A
seleo da amostra ser feita aleatoriamente.
Aps a coleta de dados, eles sero interpretados qualitativa e
quantitativamente.
Essa sugesto est bem sinttica, mas voc deve ampli-la, tornando sua
metodologia mais rica e detalhada.
2.3.9 Recursos
Especifique os recursos necessrios ao desenvolvimento de sua pesquisa,
especificando os recursos materiais, humanos e financeiros de que ir
precisar.
2.3.10 Cronograma
O cronograma refere-se distribuio das atividades em um tempo
determinado. Sua elaborao importante para que possamos ter uma idia
de quanto tempo poderemos dispensar em cada etapa da pesquisa e na redao
da monografia at sua entrega para defesa.
Deve-se, inicialmente, fazer uma listagem das atividades previstas na
metodologia para, em seguida, atribuir o tempo necessrio a cada atividade,
ajustando-os, evidentemente, ao prazo que temos para concluso da pesquisa
e redao de resultados, seja sob a forma de monografia, artigo ou relatrio.
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O cronograma pode ser confeccionado em forma de quadros ou de
modo descritivo (modelos a seguir), relacionando-se as atividades e, ao lado,
o tempo previsto em meses, semanas ou dias.
A seguir, exemplos fictcios de modelos de cronograma.
CRONOGRAMA
Atividades Jul Ago Set Out Nov
1. Seleo de fontes de pesquisa X X
2. Leitura e fichamento das fontes bibliogr-ficas
X X X
3. Elaborao de manuteno para pesquisa decampo
X X
4. Realizao de entrevistas e visitas X X
5. Aplicao de questionrios X
6. Anlise dos dados da pesquisa de campo
7. Coleta e anlise de jurisprudncia
8. Redao dos resultados da pesquisa (ou da
monografia, ou do artigo)
Veja, agora, uma outra forma de fazer o cronograma.
Cronograma:
1. Seleo da bibliografia de 10 de julho a 20 de agosto;
2. Leitura e fichamento da bibliografia de 15 de julho a 25 de setembro;
3. Redao do primeiro captulo de 20 de setembro a 05 de outubro.
E assim por diante, at a entrega da monografia. Voc pode dar destaque
s datas, fazendo-as coloridas. Use sua criatividade e faa um cronogramacompleto, bem distribudo e bonito!
2.3.11 Referncias
Neste item do projeto citamos as fontes consultadas para a elaborao
do trabalho, com o cuidado de citar apenas as fontes mencionadas no projeto.
Para um projeto de monografia, recomenda-se de cinco a dez autores, no
mnimo. Posteriormente, na monografia, artigo ou relatrio esta listagem ser
ampliada.
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Nas referncias, inclua tambm peridicos (jornais, revistas), textos
extrados da internet e a legislao consultada (Constituio, Decretos,
Portarias, etc.).
Relacione, ainda, as obras sobre Metodologia da Pesquisa e Elaborao
de Monografia que voc utilizou na elaborao do projeto.
A bibliografia deve ser organizada em ordem alfabtica, considerando-
se o ltimo sobrenome do autor. No deve ser numerada.
O documento que orienta a elaborao das referncias bibliogrficas a
NBR 6023 da ABNT, cuja ltima edio de agosto de 2002.4
Esta norma (6023) contm 24 pginas e apresenta, detalhadamente,
inclusive com exemplos, como devem ser listados os elementos de referncias,
no s de livros (monografias), como peridicos, textos eletrnicos e
documentos.Voc poder consultar a NBR 6023 em bibliotecas ou ainda mediante
aquisio na ABNT. Recomendamos que possua seu prprio exemplar, porque
a cada instante do projeto e da monografia necessitar recorrer a estas normas,
lembrando-se sempre que elas, bem como as demais da ABNT, no podem ser
xerocopiadas.
Para facilitar sua tarefa, veja adiante o detalhamento de como referenciar
uma obra, com exemplos de rea jurdica. Selecionamos aqui apenas os casos
que sero usados com maior freqncia.
importante ressaltar que, nesta norma, a ABNT inclui livros (como
tambm manuais, guias, catlogos, enciclopdias, dicionrios, etc.) e trabalhosacadmicos (como teses, dissertaes, monografias) 5 dentro do item 7 (sete)
intitulado monografia.
A seguir destacamos alguns exemplos das fontes mais comumente
usadas:
Livros com apenas um autor
Como proceder: ltimo sobrenome do autor em caixa alta (maisculas),
Nas referncias, inclua tambm peridicos, textos
extrados da internet e a legislao consultada.
4 ABNT. NBR 6023: informao e documentao referncias elaborao. Rio de Janeiro: 2002.5 Idem, op. cit., p. 3, 4.
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separado por vrgula das iniciais dos prenomes (do autor) seguidas de ponto;
em seqncia, o ttulo (em negrito) e subttulo (se houver), este antecedido de
dois pontos. Aps o ttulo, colocar um ponto, seguido da edio (se houver),
vrgula, o nome da cidade (por extenso) onde a obra foi publicada, dois
pontos, o nome (ou sigla) da editora (sem escrever a palavra editora), vrgula
e o ano da obra.
Estes so os elementos essenciais, mas podem ser acrescidos de elementos
complementares, tais como, dimenses da obra (em cm), coleo de que faz
parte, nmero de pgina, ISBN, ilustrador, tradutores etc.Nos exemplos apresentados, inclumos apenas os elementos essenciais.
Exemplo:
FERRAZ JNIOR, T. S. Introduo ao estudo do direito: tcnicas,
deciso, dominao. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2001.
Observe que, no ttulo, apenas a primeira letra da palavra inicial aparece
em maiscula. As demais palavras so em letras minsculas. S se usa letra
maiscula, portanto, na primeira letra e em nomes prprios, quando eles
aparecem no ttulo.
A ABNT admite que para destacar o ttulo da obra, por exemplo, pode-
se usar negrito ou itlico. Nos exemplos da NBR 6023, o destaque dado aosttulos aparece em negrito e, por este motivo, tambm adotamos negrito neste
manual.
Livros em que o autor o organizador (aquele que rene textos de
outros autores organizando-os em forma de livro)
Neste caso, aps o nome do autor, escreve-se, entre parnteses, (Org.);
ou (Coord.), no caso de coordenador; ou (Comp.), para compilador; ou,
ainda, (Ed.), para editor. Veja como proceder:
Exemplo:
OLIVEIRA JNIOR, J. A. de. (Org.) O novo em direito e poltica.Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997.
Observe que aps o ttulo no apareceu o nmero da edio. Isto
significa que o livro citado est em sua primeira edio.
Livros publicados em mais de um volume
Neste caso, indica-se o nmero ao fim da referncia, seguido de v
minsculo e ponto.
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Exemplo:
HABERMAS, J. Direito e democracia: entre facticidade e validade.
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. 2 v.
Obras com mais de um autor, at trs autores
Neste caso os nomes dos autores devem ser escritos separados por
ponto e vrgula, seguido de espao.
Exemplo:
CARNEIRO, M. F.; SEVERO, F. G.; LER, K. Teoria e prtica daargumentao jurdica: lgica e retrica. Curitiba: Juru, 1999.
Obras com mais de trs autores
Nesta situao, indica-se apenas o primeiro autor, seguido da expresso
latina et al(e outros).
Exemplo:
SOUZA, M. S. et al.Princpios do direito administrativo. Rio de
Janeiro: Senzala, 2003.
(Trata-se de um exemplo fictcio porque no momento no
dispnhamos de nenhuma obra nesta situao).
Obra cuja autoria desconhecida
Neste caso, a entrada feita pelo ttulo com a primeira palavra em
maisculas.
Exemplo:
CRTICAS ao direito natural. Rio de Janeiro: Saraiva, 2002.
(Exemplo tambm criado por ns)
Meno de mais de uma obra do mesmo autor
A primeira obra aparece de forma completa. Da segunda em diante,no lugar do nome do autor, digitam-se seis travesses e depois se procede da
forma normal.
Exemplo:
KELSEN, H. O problema da justia. 2. ed. So Paulo: falta
editora, 1996.
______. O que justia? 2. ed. So Paulo: Martins Fontes, 1988.
O filete na segunda obra significa que o autor Kelsen, isto , o autor
imediatamente antes da linha com travesso.
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Quando se deseja referenciar parte de uma obra com autor e ttulo
prprio
Neste caso, inicia-se pelo nome do autor da obra que foi usada, ttulo
da parte seguido de In e, logo aps, faz-se a referncia completa da obra da
qual esta parte foi retirada. Ao fim, indicar as pginas de incio e fim da parte
consultada, separadas por hfen.
Exemplo:
FERRAZ JNIOR, T. S. O discurso sobre a justia. In: OLIVEIRA
JUNIOR, J. A de (Org.). O novo em direito e poltica. PortoAlegre: Livraria do Advogado, 1997, p. 31-38.
Note que o ttulo destacado (negrito) o da obra da qual se retirou a
parte.
Obra em meio eletrnico
Quando a obra consultada estiver em meio eletrnico, faz-se a citao
completa normalmente, como explicado e exemplificado anteriormente,
acrescentando, aps a data, a expresso disponvel em, seguida de dois
pontos, o sinal e ponto.
A seguir, escrever Acesso em, dois pontos e colocar data completa e hora.
Artigo de jornal
Elementos essenciais: autor(es), ponto, ttulo do artigo e/ou matria,
ponto, ttulo do jornal em negrito, vrgula, local de publicao, vrgula,
data de publicao, ponto, seo, caderno ou parte do jornal e a paginao
correspondente.
Exemplo:
ALVES, M. M. Os que se vo.Jornal O Globo, Rio de Janeiro, 02
fev. 2003, O Pas, p. 4.
Exemplos de documentos jurdicos
Neste item a ABNT, na NBR 6023, inclui legislao, jurisprudncia e
doutrina. Curiosamente, define doutrina como toda e qualquer discusso
tcnica sobre questes legais (monografias) artigos de peridicos, papers,
etc.6. E diz que ela deve ser referenciada conforme o tipo de publicao (se
livro, como monografia; se artigo de revista, como tal)7.
6 Idem, op. cit., p. 9.7 Idem, op. cit., p. 9.
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Por isso, no daremos aqui nenhum exemplo de doutrina, porque basta
ir s partes j exemplificadas neste manual.
A legislao constituda de:
Constituio, emendas constitucionais e os textos legais infra-
constitucionais (lei complementar e ordinria, medida provisria,
decreto em todas as suas formas, resolues do Senado Federal)
e normas emanadas das entidades pblicas e privadas (ato
normativo, portarias, resolues, ordem de servio, instituio
normativa, comunicados, avisos, circulares, deciso administrativaentre outros)8.
Como elementos essenciais, a NBR 6023 coloca: jurisdio (ou
cabealho da entidade, no caso de se tratar de normas), ttulo, numerao,
data e dados da publicao (Dirio Oficial ou livros). No caso de Constituio
e suas emendas, entra o nome da jurisdio e o ttulo, acrescendo-se a palavra
Constituio, seguida do ano de promulgao entre parnteses9.
Exemplo:
BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa
do Brasil. 29. ed. atual. e ampl. So Paulo: Saraiva, 2002.Para referenciar os demais documentos (cdigos, emendas, medidas provi-
srias etc.), colocam-se os elementos essenciais mencionados anteriormente. Em
caso de dvida, consulte os exemplos constantes da NBR 6023 (p. 8).
A mesma NBR orienta como referenciar jurisprudncia: compreende
smulas, enunciados, acrdos, sentenas e demais decises judiciais 10.
Como elementos essenciais, a norma explicita: jurisdio, ponto,
rgo judicirio competente, vrgula, ttulo (natureza da deciso ou ementa)
e nmero, partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da
publicao 11.
Veja os exemplos constantes das pginas 8 e 9 da NBR 6023, de agostode 2002.
A aludida norma orienta tambm quanto s referncias de documentos
jurdicos em meio eletrnico. Neste caso, os procedimentos so os mesmos
usados para documentos jurdicos, acrescentando-se, ao fim: Disponvel em:
< endereo eletrnico >. Acesso em: data.
8 Idem, op. cit., p. 8.9 Idem10 Idem11 Idem
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Como voc deve ter concludo, no difcil citar as referncias das
obras consultadas; o processo requer apenas ateno e cuidado com todos
os detalhes, a fim de que sua bibliografia fique correta e dentro do padro
desejado.
2.3.12 Apndices e/ou anexos
Segundo a ABNT, apndices so documentos elaborados pelo autor, a
fim de complementar sua argumentao sem prejuzo de unidade nuclear do
trabalho 12.So elementos opcionais, indicados por letras maisculas (A, B, C etc.)
seguidas de um travesso e, logo aps, seu ttulo.
Os anexos so documentos no elaborados pelo autor, que servem de
fundamentao, comprovao e ilustrao 13.
Exemplos:
ANEXO A Portaria n 829 de 20 de maio de 2000
APNDICE A Modelo de Folha de Rosto
2.4 Aspectos Formais: apresentao grfica
A ABNT reeditou, em agosto de 2002, a NBR 14.724 que normatiza a
apresentao dos trabalhos acadmicos, conforme destacamos nos prximositens.
2.4.1 Papel
O papel usado deve ser o A4 (21 cm x 27 cm).
Apndices so documentos elaborados pelo autor, afim de complementar sua argumentao sem prejuzode unidade nuclear do trabalho.
12 Idem13 Idem
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2.4.2 Digitao
A digitao deve ser na cor preta (exceto nas ilustraes), no anverso da
folha, em letra do tipo redondo (voc pode usar Times New Roman ou Arial)
no tamanho 12, exceto nas citaes com mais de trs linhas nas quais usada
fonte em tamanho 10.
2.4.3 Espaamento
O espao utilizado 1,5, exceto para as citaes com mais de trs linhas,
nas quais a NBR 10520 recomenda espao simples. Os ttulos das sees
devem ser separados do texto que os antecede ou sucede por dois espaos.
2.4.4 Paginao
Conforme determina a NBR 14724 da ABNT, de agosto de 2002, os
nmeros das pginas devem ser em algarismos arbicos, na margem superior
direita, contando-se (mas no numerando) as folhas dos elementos pr-
textuais. Inicia-se a colocao do nmero da pgina a partir da primeira folha
da parte textual at o fim do trabalho, incluindo apndices e anexos.
2.4.5 Numerao das partes da monografia
Este item normatizado pela NBR 6024 da ABNT, de maio de 200314,
que denomina as partes de sees como: primrias, secundrias, tercirias
quaternrias, quinrias.
A numerao realizada com algarismos arbicos, utilizando-se o
sistema de numerao progressiva. As sees primrias so grafadas com
nmeros inteiros. As sees secundrias so indicadas pelo nmero da seo
primria a que pertence, seguido de ponto e o nmero de ordem que ocupa
na seqncia do texto, seguido de ponto e um espao. Procede-se de forma
idntica para as sees tercirias e para os demais tipos de sees.
A numerao realizada com algarismos arbicos,utilizando-se o sistema de numerao progressiva.
14 Idem
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Assim, teramos como exemplo:
3. TTULO DA SEO PRIMRIA
3.1. Ttulo da seo secundria
3.1.1. Ttulo da seo terciria
3.1.1.1.Ttulo da seo quaternria
Como se pode observar, o nmero da seo deve ser colocado na
margem esquerda.
Apenas nas sees primrias muda-se de folha para iniciar cada uma.
2.4.6 Regras gerais
Apresentamos agora uma srie de aspectos a observar:
destaque: negrito (ou seja, quando quiser destacar palavras ou
expresses, use negrito);
palavras fora do vernculo (latim e outros idiomas): itlico;
trecho fora do texto: aspas (emendas, brocardo, artigos de lei);
transcrio de autor at trs linhas: no prprio texto, entre aspas;
transcrio de mais de trs linhas: recuo da margem esquerda (4 cm),com espao simples entre linhas e fonte menor;
referncias:
- primeira vez em que o autor aparece: referncia completa;
- segunda vez: idem, p. (colocar aqui o nmero da pgina);
- segunda vez intercalada: ltimo sobrenome do autor, op. cit. p.
(colocar aqui o nmero da pgina);
- outra obra do mesmo autor: tal como a primeira obra, ou seja,
completa;
- fonte secundria15: escolha, apud ou cf, e refira autor, obra e dados
restantes da fonte em que a citao foi obtida;
- referncia de revistas (peridicos): na forma da NBR 6023 da ABNT,
de agosto de 2002.
no verso da folha de rosto deve ser digitada a ficha catalogrfica, a
ser feita conforme o cdigo de catalogao anglo-americana vigente. Para
confeccion-la, recorra a um(a) bibliotecrio(a).
15 Chamo de fonte secundria aquela em que utilizamos uma citao que faz referncia a um autor transcritona obra de um outro; neste caso, o pesquisador no explora a obra do autor citado, diretamente, mas retirao texto que lhe interessa de uma obra em que esse autor apenas citado por um outro.
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2.5 Citaes e Notas de Rodap
Ao longo do projeto voc poder fazer citaes e notas de rodap. Mas,
no item Reviso Bibliogrfica, necessitar ampli-las obrigatoriamente, j que
recorrer a documentos legais, livros, revistas, etc.
Para as citaes siga as regras constantes da NBR 10520 da ABNT.
2.5.1 Citaes
Um elemento sempre presente em trabalhos cientficos o chamado
argumento de autoridade, por meio do qual se busca apoio, fundamentao
para a idia que desejamos sustentar. Para isso, recorremos, com freqncia,
s citaes. Estas, segundo a NBR 10520 da ABNT, so menes de uma
informao extrada de uma fonte 16.
O documento faz meno a dois tipos de citao: citao direta:
transcrio textual de parte da obra do autor consultado; citao indireta:
texto baseado na obra do autor consultado 17.
Quanto localizao, o mesmo documento informa que as citaes
podem aparecer no texto ou em notas de rodap.
Nas citaes indiretas a indicao das pginas opcional.
Quanto s citaes diretas, h duas situaes:
quando o texto transcrito atinge at trs linhas;
A transcrio feita no prprio texto, entre aspas duplas. Aps
as aspas, colocar seu nmero de referncia (exponencial) e citar
a fonte no rodap, conforme instrues do item a seguir deste
manual. Quando houver citaes no interior de uma citao,
usam-se aspas simples para assinal-las.
quando o texto transcrito abrange mais de trs linhas.
Sua cpia deve aparecer em pargrafo isolado e aps o texto que
introduz a citao. A NBR 10520 recomenda que este tipo decitao fique afastado da margem esquerda com recuo de 4 cm,
grafado com letra menor que a utilizada no texto e sem aspas.
Como a norma no indica o tamanho da letra, optamos, ento,
pelo tamanho 10 da fonte.
16 ABNT. NBR 10520: apresentao de citaes em documentos. Rio de Janeiro: 2002, p. 1.
17 Idem op. cit. p. 2.
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2.5.2 Referncias das citaes
Quando se faz qualquer tipo de citao, imprescindvel citar a fonte,
especificando nome do autor, ttulo da obra, edio, cidade, editora, volume
(se houver) e o nmero da pgina, no caso de citaes diretas.
Para informaes mais detalhadas, consulte a NBR 10520 ou a NBR
6023, ambas de agosto de 2002.
Tais dados podem ser indicados no prprio texto pelo sistema autor-
data ou pelo sistema numrico.
Sistema autor-data
No caso de citao direta, logo aps a citao colocam-se entre
parnteses: ltimo sobrenome do autor em caixa alta, seguido
de vrgula, o ano de publicao, a letra p minscula, seguida de
ponto, e o nmero da pgina da qual se retirou a citao. Quando
h mais de um autor com mesmo sobrenome, necessrio repeti-
los, informando as iniciais dos prenomes, como em: SILVA, T. S.;
SILVA, M. L., 1955, p. 35.
Sistema numrico
No computador, logo aps a citao, pressiona-se o cursor paraser inserido um nmero exponencial. Basta clicar inserir, em
seguida clicar no menu referncias e, para finalizar, clicar em
notas de rodap. Automaticamente o computador escrever, no
local onde est o cursor, o nmero exponencial correspondente
e aparecer, no rodap, aps uma pequena linha horizontal, o
mesmo nmero exponencial. Digite ali as referncias da fonte
(obra) da qual foi retirada a citao, cuidando, como j se disse,
para que elas estejam de acordo com as normas da ABNT (NBR
6023, de agosto de 2002).
A ABNT admite que as referncias das citaes apaream ao fim dotrabalho, do captulo ou da parte.
2.5.3 Notas de rodap
Alm do uso para as referncias das obras mencionadas no decorrer
do texto, as notas de rodap podem ser empregadas para explicaes que se
faam necessrias a um melhor entendimento do texto, mas que, em vez de
serem includas no texto, so colocadas como um esclarecimento parte.
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Nesta unidade sobre planejamento de pesquisa, abordamos os temas:
conceito e importncia do projeto, as etapas que constam de um projeto, bem
como seu detalhamento.
Apresentamos inmeras informaes a respeito dos aspectos formais da
apresentao grfica do projeto e, ainda, orientaes sobre citaes e notas de
rodap.
A seguir, voc encontra uma srie de atividades que tm a finalidade de
auxili-lo em sua auto-avaliao. Se encontrar dificuldade para resolver algum
dos itens, retome a leitura.Depois passe ao estudo da ltima unidade, Trabalhos Cientficos, em
que examinamos aspectos relativos a monografias e artigos cientficos.
EXERCCIOS
1. Qual a relevncia de se delimitar o tema a ser pesquisado?
2. Defina o que o problema da pesquisa explicando por que esta etapa
fundamental para a elaborao do projeto.
3. Quais so os elementos pr-textuais e ps-textuais do projeto de pesquisa?
4. Quais so os elementos textuais?
5. O que so hipteses de pesquisa?
6. O que deve ser abordado na justificativa do tema?
7. Qual a finalidade das referncias e em que elas consistem?
8. O que metodologia e em que consiste?
9. Como devem ser organizadas as referncias bibliogrficas?
10. Qual o documento da ABNT que apresenta orientaes para a elaborao de
referncias?
11. Qual a diferena entre apndice e anexo? Eles so elementos obrigatrios?
12. Em que consistem a citao direta e a citao indireta e como devem ser
feitas?
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13. Como deve ser feita a organizao geral do projeto?
14. Quais os itens que devem estar contidos na introduo do projeto?
15. Quais os critrios e cuidados a serem levados em conta na elaborao da lista
final de referncias de um projeto?
16. Dado o tema Improbidade Administrativa faa o que se pede a seguir:
16.1 Sua delimitao.16.2 Formule duas questes de pesquisa.
16.3 Redija uma hiptese para cada questo.
16.4 Redija dois objetivos gerais e dois especficos para cada objetivo geral.
16.5 Justifique a importncia do tema.
16.6 Sugira uma metodologia para esse tema.
16.7 Imagine uma pesquisa de campo para esse tema e organize um
questionrio de pesquisa com cinco questes. Lembre-se de que elas devem
estar adequadas s questes, s hipteses e aos objetivos.16.8 Consulte um livro sobre o tema, um artigo de peridico, outro de jornal
e faa as referncias dos mesmos.
16.9 Consulte um texto na internet e faa a referncia.
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Trabalhos Cientficos
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TRABALHOS CIENTFICOS
3.1 Monografia
A monografia, como seu nome indica, um trabalho escrito
sobre um tema delimitado, de forma aprofundada. Ao redigir uma
monografia, voc estar produzindo um trabalho cientfico, trabalho
este que, dependendo da sua qualidade, poder vir a ser publicado.
A monografia significa, ainda, o relato escrito dos resultados
de uma pesquisa empreendida, fazendo, pois, parte de um processo
de pesquisa cientfica, que se inicia pela elaborao do projeto de
pesquisa. Temos, ento, ordenadamente, as seguintes etapas para se
chegar monografia:
o projeto da pesquisa, com todo o seu planejamento; a pesquisa propriamente dita, com a coleta, anlise e inter-
pretao dos dados; e, finalmente,
os resultados obtidos na pesquisa, sob a forma de monografia.
No h por que temer a elaborao da monografia; voc precisa
apenas preocupar-se com ela em tempo de elabor-la de acordo com as
normas metodolgicas, passo a passo, e da forma como foi planejada
no projeto feito anteriormente.
Entre os objetivos de lev-lo a fazer uma monografia est o de
propiciar-lhe a oportunidade de demonstrar habilidade de pesquisa,
principalmente a de tipo bibliogrfico, e sua finalizao na redao de
uma reviso bibliogrfica com aprofundamento e rigor conceitual. Voc
dever demonstrar que sabe selecionar fontes de autores renomados,
interpret-los e compar-los com seus prprios posicionamentos,
terminando pelo oferecimento de uma concluso que representa os
resultados a que chegou com sua pesquisa.
A elaborao da monografia feita com a orientao de um
professor o orientador , que o conduzir durante todo o processo,
A monografia um trabalho escrito sobre um
tema delimitado, de forma aprofundada.
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indicando bibliografia, discutindo a temtica e o problema, apresentando
sugestes, lendo e corrigindo os textos que voc escrever. O orientador
participa ativamente na tarefa de lev-lo a pensar crtica e cientificamente,
contribuindo dessa forma para que o trabalho tenha qualidade e esteja de
acordo com as normas metodolgicas, em especial as da ABNT e as da prpria
Organizao/Instituio.
Nesse particular, devemos ressaltar que o orientador ir auxili-lo,
conduzi-lo, mas voc ser o responsvel por sua monografia. Cabe a ele tomar
conhecimento das normas metodolgicas, dos prazos estabelecidos para
entrega de captulos e do trabalho final, e, principalmente, comparecer aos
encontros combinados com o orientador. Afastar-se desses encontros, redigir
todo o trabalho sozinho e entreg-lo pronto ao professor orientador sem que
este tenha acompanhado o processo de elaborao da monografia representa
uma conduta errnea a ser evitada. O aluno que assim procede corre o risco
de no ter seu trabalho aceito pelo orientador, o que pode trazer conseqncias
desagradveis, como a reprovao, por exemplo.
Em cursos a distncia o trabalho de orientao transcorrer por telefone,
por e-mail ou por novos mecanismos via internet.
Finalmente, voc deve estar ciente do regulamento de monografia do
curso. Ele estabelece diretrizes gerais que sero respeitadas pelo corpo discente
e pelos professores orientadores.
3.1.1 Estrutura da monografia
A monografia divide-se em trs tipos de elementos, assim esquematizados
e que aparecem na ordem exposta a seguir.
3.1.1.1 Elementos pr-textuais
Aqui esto includos:
Em cursos a distncia o trabalho de orientaotranscorrer por telefone, por e-mail ou por novos
mecanismos via internet.
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capa;
folha de rosto;
folha de aprovao;
dedicatria (opcional);
agradecimentos (opcional);
epgrafe (opcional);
resumo;
abstract;
listas (ilustraes, tabelas,abreviaturas e siglas,smbolos);
sumrio.
Observe que dedicatria, epgrafe, agradecimentos e listas soopcionais, mas, considerando a importncia da monografia, sugerimos
que os inclua em seu trabalho, o que, certamente ir valoriz-lo.
Como elaborar estas folhas que compem os elementos pr-
textuais? Basta passar aos apndices de A a L, ao fim deste material.
3.1.1.2 Elementos textuais
Entre eles esto: introduo, desenvolvimento (em captulos) e
concluso.
Adiante voc encontra mais detalhes sobre essas partes da
monografia.
3.1.1.3 Elementos ps-textuais
Consideraremos aqui:
referncias;
glossrio (opcional);
apndices (opcional);
anexos (opcional).
3.1.2 Detalhamento dos elementos textuais
3.1.2.1 Introduo
A introduo uma das partes mais importantes da monografia e
deve ser elaborada cuidadosamente. Ela tem dois objetivos fundamentais:
motivar o leitor, influenciando-o positivamente para a leitura do trabalho
e orient-lo em relao ao contedo do mesmo. Por isso, dizemos que a
introduo deve anunciar o assunto e indicar o caminho a ser seguido.
Na redao da introduo devem estar presentes, de forma
bastante clara:
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o tema da monografia e sua delimitao;
o problema da pesquisa, com as questes levantadas e que devero ser
respondidas no decorrer dos captulos e na concluso;
a hiptese ou hipteses formuladas, ou seja, as respostas provisrias,
antecipadas ao problema da pesquisa, respostas essas que, embora no sejam
definitivas, serviro de guia para todo o trabalho;
a justificativa, que deve deixar bem clara a importncia da pesquisa e
sua relevncia no s para a sociedade, como tambm para a rea do curso;
a metodologia utilizada, isto , como a pesquisa foi elaborada;
a explicao da estrutura da monografia, resumindo em um pequeno
pargrafo como cada captulo foi abordado na monografia.
Vide exemplo no apndice L.
3.1.2.2 Desenvolvimento
No desenvolvimento, aparecem os captulos em que se estruturou a
monografia, apresentando os aspectos relevantes referentes ao tema de forma
detalhada e organizada.
Na redao dos captulos, como de resto em toda a monografia, fiqueatento para a linguagem utilizada, lembrando-se de que a linguagem cientfica
deve ser clara, precisa, objetiva, simples, elegante e despida de ornamentos
suprfluos. A linguagem deve ter um tom impessoal, adotando-se a 3 pessoa
do singular.
Alm disso, fundamental que a escrita esteja impecvel do ponto de
vista gramatical. Para isso, grafia, acentuao, pontuao e sintaxe devem ser
revistas, cuidadosamente, o maior nmero de vezes possvel.
Aps a digitao final, recomendamos que voc faa um ltimo exame
minucioso de todo o texto.
Alm dos cuidados com a linguagem, verifique tambm se, no
desenvolvimento dos captulos, atendeu a todos os itens constantes da
introduo.
fundamental que a escrita esteja impecvel doponto de vista gramatical.
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A monografia no deve constituir-se de partes estanques; os captulos
devem ter uma ligao entre si e conter dados, argumentos, fatos que levem
discusso das questes propostas. Enfim, os captulos refletem, o tempo todo,
o problema formulado e a busca de sua soluo.
De acordo com a NBR 14724, de agosto de 2002, o desenvolvimento
divide-se em sees e subsees.
3.1.2.3 Concluso
No encerramento do trabalho, voc no deve apresentar idias novas,nem mesmo resumo. Para elaborar a concluso, releia cada captulo para se
posicionar, faa comparaes, aponte divergncias e confronte pontos de vista,
levando, mais uma vez, sempre em considerao o problema de pesquisa, as
hipteses formuladas e os objetivos da pesquisa.
Ao terminar a concluso, analise-a, examinando sua adequao
introduo e ao desenvolvimento.
3.1.3 Elementos ps-textuais
3.1.3.1 Referncias
As referncias so entendidas aqui como a relao das obras usadas
na realizao da monografia e, tambm, como afirma a ABNT, conjunto
padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que
permite sua identificao individual 1.
Como j vimos, as obras so relacionadas em ordem alfabtica, apartir do ltimo sobrenome do autor. Esta listagem no deve ser numerada.
Recomenda a ABNT na emenda nmero 1 da NBR 14724, de 30 de dezembro
de 2005, que as referncias sejam digitadas em espao simples e com dois
espaos simples entre uma referncia e outra2.
No encerramento do trabalho, voc no deveapresentar idias novas, nem mesmo resumo.
1 ABNT. NBR 6023:informao e documentao referncias elaborao. Rio de Janeiro: 2002, p. 2.2 ABNT. NBR 14724:2002/EMD.1:2005: informao e documentao trabalhos acadmicosapresentao. Rio de Janeiro: 2005.
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Para a elaborao das referncias seguimos as normas previstas pela
NBR 6023 da ABNT, de agosto de 2002, citadas anteriormente.
Voc tambm deve estar atento seleo das obras includas na
monografia, cuidando para que elas estejam altura do trabalho. Nas
referncias relacione apenas as obras efetivamente usadas no trabalho e cuide,
tambm, para que todas as obras citadas no decorrer da monografia estejam
presentes nessa listagem.
Devem ser includas obras de autores clssicos, bem como obras de
autores contemporneos, com comprovada autoridade acadmica, alm deartigos de revistas cientficas de notria credibilidade no mundo acadmico.
A lista bibliogrfica de uma monografia deve conter obras que
realmente serviram de suporte ao trabalho, sendo desejvel um mnimo de 15
referncias.
3.1.3.2 Glossrio
Elemento opcional, usado quando se deseja definir ou esclarecer termos
desconhecidos, ou que admitem vrias interpretaes.
Deve ser elaborado em ordem alfabtica.
3.1.3.3 Apndices e anexos
Segundo a NBR 14724, os anexos so documentos no elaborados
pelo autor, que servem de fundamentao, comprovao e ilustrao 3.
A mesma norma define o apndice como documento elaborado pelo
autor, a fim de complementar sua argumentao sem prejuzo da unidade
nuclear do trabalho 4.
Os apndices so considerados elementos opcionais. Aparecem aps o
glossrio e so indicados por letras maisculas, seguidas de um travesso e,
logo aps, seu ttulo.
Anexos so documentos no elaborados pelo autor, queservem de fundamentao, comprovao e ilustrao.
3 ABNT. NBR 14724: informao e documentao trabalhos acadmicos apresentao. Rio de Janeiro:2002, p. 2.
4 Idem
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Exemplo:
APNDICE A A Filosofia Jurdica de Max Weber
Da mesma forma, os anexos tambm so opcionais e indicados como os
apndices.
Exemplo:
ANEXO A Os Partidos Polticos na Constituio Brasileira
3.1.4 Formatao
Embora esta parte j tenha aparecido no item referente a projeto de
pesquisa, resolvemos repeti-la aqui para evitar idas e vindas no texto.
3.1.4.1 Estrutura Fsica
Papel A4 (21 cm X 29,7 cm).
Digitao: cor preta (exceto nas ilustraes), no anverso da folha.
Margens: 3 cm (superior e esquerda); 2 cm (direita e inferior).
Fonte: Times New Roman ou Arial.
Tamanho da fonte: 12 para toda a monografia, exceto para as citaes demais de trs linhas, nas quais se deve usar fonte menor (recomendamos a 10).
Espao entre as linhas: 1,5 (espao um e meio).
Segundo a NBR 14724 :
As citaes de mais de trs linhas, as notas, as referncias, as
legendas das ilustraes e tabelas, a ficha catalogrfica, a natureza
do trabalho [...] devem ser digitados em espao simples. As
referncias, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por
dois espaos simples. Osttulos das subsees devem ser separados
do texto que os precede ou que os sucede por dois espaos 1,5 5.
Pargrafo: 1 tab
Ttulos
Nas sees primrias, os ttulos so escritos em maisculas. Iniciar em
folha separada, precedidos de seu indicativo numrico (1,2, etc.) e alinhados
esquerda.
Nas sees secundrias, tercirias, etc., dos captulos, tambm so
numerados seqencialmente.
5 Idem, op. cit. p.6.
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Exemplos:
1 EVOLUO HISTRICA DAS CONSTITUIES NO BRASIL
seo primria
1.1 CONSTITUIO IMPERIAL (pode dar um destaque, negrito, por
exemplo) seo secundria.
1.1.1 A Assemblia Constituinte de 1823 (tambm pode ser destacado
com negrito ou sublinhado, mas no obrigatoriamente) seo terciria.
Os ttulos sem indicativo numrico devem ser centralizados, em caixaalta e negrito. So eles: errata, lista de ilustraes, listas de abreviaturas e
siglas, lista de smbolos, resumos, sumrios, glossrio, apndices, anexos.
Numerao das pginas:
- local: margem superior direita;
- comea na segunda folha da introduo, em algarismos arbicos, e
termina nos anexos e/ou apndices;
- as pginas anteriores (pr-textuais) no so numeradas, porm so
contadas a partir da folha de rosto.
Errata, folha de agradecimentos, lista de ilustraes, lista deabreviaturas e siglas, lista de smbolos, resumo, sumrio, referncias, glossrio,
apndices, anexos: so centralizados.
Folhas de aprovao, de dedicatria e de epgrafe aparecem sem ttulo
e sem indicativo numrico.
3.1.5 Regras gerais
Para facilitar, repetimos aqui detalhes j vistos:
destaque: negrito (ou seja, quando quiser destacar palavras ou
expresses, use negrito) ;
palavras fora do vernculo: itlico (em latim e outros idiomas);
trecho fora do texto: aspas (ementas, brocardos, artigos de lei);
transcrio de autor at trs linhas: no prprio texto entre aspas;
transcrio de mais de trs linhas: recuada na margem esquerda (4 cm),
em espao simples entre as linhas;
referncias observar :
- primeira vez em que o autor aparece: referncia completa;
- segunda vez: idem, p. (colocar aqui o n da pgina);
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- segunda vez, intercalado: ltimo sobrenome do autor, op. cit. p.
(colocar aqui o n da pgina);
- outra obra do mesmo autor: tal como a primeira obra, ou seja,
completa;
- fonte secundria6: escolher apud ou c.f. e referir autor, obra e dados
restantes da fonte em que a citao foi obtida;
- referncia de revista (peridicos): na forma da NBR 6023 da ABNT,
de agosto de 2002.
no verso da folha de rosto deve ser digitada a ficha catalogrfica, a
ser feita conforme o Cdigo de Catalogao Anglo-Americano vigente. Para
confeccion-la procure um(a) bibliotecrio(a).
3.1.6 Citaes e notas de rodap
3.1.6.1 Citaes
Um elemento sempre presente em trabalhos cientficos o chamado
argumento de autoridade, por meio do qual se busca apoio, fundamentao
para a idia que o autor deseja sustentar. Para isso, recorre-se, com freqncia,
s citaes. Estas, segundo a NBR 10520 da ABNT7, so menes de umainformao extradas de outra fonte.
O documento faz meno a dois tipos de citao:
citao direta: transcrio textual de parte da obra do autor
consultado.
citao indireta: texto baseado na obra do autor consultado 8.
Quanto localizao, a norma informa que as citaes podem aparecer
no texto ou em notas de rodap.
Nas citaes indiretas opcional a indicao das pginas.
Quanto s citaes diretas, h duas situaes:- quando o texto transcrito atinge at trs linhas;
A transcrio feita no prprio texto, entre aspas duplas. Aps as aspas,
colocar seu n de referncia (exponencial) e citar a fonte no rodap. Quando
6 Chamo de fonte secundria quando o aluno deseja se utilizar de uma citao direta de um autor , sem terido ao texto desse autor, mas retirandoa de texto ou obra de um outro autor.
7 ABNT. NBR 10520: apresentao de citaes em documentos. Rio de Janeiro: 2002. p. 1.8 Idem, op. cit., p. 2.
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houver citaes no interior de outra citao, usam-se aspas simples para
assinal-las.
- quando o texto selecionado abranger mais de trs linhas.
Sua transcrio deve ser feita em pargrafo isolado e aps o texto que
introduz a citao, obedecendo s recomendaes que so relembradas no
item a seguir. A NBR 10520 recomenda que esse tipo de citao seja recuado
na margem esquerda com recuo de 4 cm, grafado com letra menor que a
utilizada no texto utilizado e sem aspas. Como a norma no indica o tamanho
da letra, decidimos, ento, pelo tamanho 10 da fonte.
3.1.6.2 Referncias das citaes
Quando se faz qualquer tipo de citao imprescindvel citar a fonte,
especificando nome do autor, ttulo da obra, edio, cidade, editora, data,
volume (se houver) e o nmero da pgina, no caso das citaes diretas.
Para informaes mais detalhadas, consulte a NBR 10520 ou a NBR
6023, ambas de agosto de 2002.
Os dados podem ser indicados no prprio texto pelo sistema autor-data
ou pelo sistema numrico.
Sistema autor-data
No caso de citao direta, logo aps a citao colocam-se entre
parnteses: ltimo sobrenome do autor, em caixa alta, seguido de vrgula,
o ano de publi