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Mestrado em Artes Cénicas

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Mestrado em Artes Cénicas

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O Mestrado em Artes Cénicas (MAC) foi já aprovado e começará a funcionar em Setembro, na Universidade Nova de Lisboa (Av. de Berna). Quer lançar

enquanto literatura: estaremos focados no acto performativo que cria uma poética própria da cena, inconfundível. Não queremos formar actores ou bailarinos ou cantores: queremos formar artistas. Os nossos professores têm experiência prática, que faz pensar, e apostam na interdisciplinaridade: é um mestrado que reúne vários departamentos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

Seminários que abrem já este ano:

A parte lectiva (2 semestres) são seis seminários, podendo escolher um seminário fora desta lista, em qualquer departamento da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

encenação) ou um estágio. O MAC tem já protocolos para estágios com: Artistas Unidos | Centro em Movimento | Companhia Paulo Ribeiro | Escola de Mulheres | Festival Escrita na Paisagem | Karnart | O Bando | Teatro Aberto | Teatro da Garagem | Teatro São Carlos | Teatro São João.

Para mais esclarecimentos, contactar [email protected]

Candidaturas:De 20 de Junho a 20 de Julho (1ª fase)ouInício de Setembro (2ª fase, se ainda houver vagas)

A candidatura faz-se em boletim apropriado, disponibilizado em formato papel na Divisão Académica ou disponível no sítio

habilitações e de eventual suplemento ao diploma, curriculum vitae pormenorizado, carta de motivação, portfolio de trabalhos ou textos produzidos e contactos de duas pessoas que possam fornecer referências sobre o candidato.Os documentos de candidatura devem ser entregues na Divisão Académica/Núcleo de Mestrados da FCSH.

Dança em Contexto (Maria José Fazenda)Espaços Performativos (António Jorge Gonçalves)História do Espectáculo Mediático (Cláudia Madeira)Linguagens Cénicas (Paulo Filipe Monteiro)Metamorfoses do Espectáculo (Cláudia Madeira)O Espectáculo Músico-Teatral (Paula Gomes Ribeiro, João Pedro Cachopo e Jelena Novak)Práticas CénicasProgramação em Artes Cénicas (Cláudia Madeira)

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Dança em Contexto

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: 1) Alargar o conhecimento à diversidade dos diversos propósitos e contextos de ocorrência da dança — social, ritual e teatral —, desenvolvendo a capacidade de problematizar conceitos e de os utilizar em função da diversidade das situações performativas;2) Desenvolver competências de observação e de análise do movimento do corpo no tempo e no espaço, recorrendo a uma terminologia própria;3) Estudar a dança enquanto prática através da qual se exprimem, decretam ou se transformam os valores, os ideais estéticos, as crenças, as concepções de género, as visões do mundo, as identidades e as experiências dos indivíduos e dos grupos humanos, desenvolvendo competências que permitam mobilizar conceitos teóricos adequados a tornar visíveis estas

4) Fomentar o contacto com práticas performativas concretas.

Conteúdos programáticos:A unidade curricular estruturar-se-á em três partes. I- 1) Problematização de conceitos e categorias aplicados às práticas da dança, nomeadamente os conceitos de dança e de performance, de bailarino e de intérprete, convocando as perspectivas e os discursos dos praticantes e os dos observadores. 2) Métodos de observar e de analisar o movimento do corpo no tempo e no espaço. 3) Discussão das orientações teóricas nos estudos da dança, designadamente o desenvolvimento dos dance studies e dos cultural studies e o contributo da antropologia

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular:Os dois pressuposto teóricos fundamentais que subjazem a esta unidade curricular são os de que 1) a dança é uma linguagem com convenções próprias cujos sentidos só poderão ser entendidos se esta prática for estudada no contexto sociocultural e comunicacional em que emerge 2) e de que a dança se reveste, na nossa contemporaneidade, de uma pluralidade de

São estas duas premissas na base das quais se organizam os objectivos e os conteúdos programáticos da unidade curricular. Os conteúdos e objectivos correlacionam-se da seguinte forma:1) A problematização dos conceitos e categorias aplicados às práticas da dança, nomeadamente os conceitos de dança e de performance, de bailarino e de intérprete permitem alargar o conhecimento dos estudantes sobre a diversidade dos diversos propósitos e contextos de ocorrência da dança — social, ritual e teatral — e fornecem-lhes as ferramentas conceptuais fundamentais exigidos pela diversidade das situações performativas.2) O estudo das metodologias de observar e de analisar o movimento do corpo no tempo e no espaço permitem o desenvolvimento de competências de observação e de análise do movimento do corpo no tempo e no espaço, recorrendo a uma terminologia própria.3) O conhecimento das orientações teóricas nos estudos da dança, designadamente o desenvolvimento dos dance studies e

da dança, permitirão perceber a dança como uma actividade através da qual se exprimem, decretam ou se transformam os valores, os ideais estéticos, as crenças, as concepções de género, as visões do mundo, as identidades e as experiências dos indivíduos e dos grupos humanos.

interpretativas, darão visibilidade ao modo como através dos corpos em movimento se actualizam as emoções, as identidades, os valores culturais e as ideias sobre as relações entre os géneros e se experiencia o sentido de comunidade e de grupo.5) Pretende-se que os temas escolhidos pelos estudantes para os seus trabalhos resultem de um contacto directo com práticas performativas concretas, e que a apresentação oral dos trabalhos em aula contribua para o enriquecimento dos conhecimentos e competências a adquirir e a desenvolver pelos estudantes.

Albright, Ann Cooper, 1997, Choreographing Difference: The Body and Identity in Contemporary Dance. Middletown: Wesleyan University Press.Desmond, Jane C., org., 1997, Meaning in Motion: New Cultural Studies of Dance. Durham, Londres: Duke University Press.Fazenda, Maria José, 2007, Dança Teatral: Ideias, Experiências, Acções. Lisboa: Celta.Farnell, Brenda, 1995, org., Human Action Signs in Cultural Context: The Visible and the Invisible in Movement and Dance. Metuchen: Scarecrow Press.Thomas, Helen, org., 993, Dance, Gender and Culture. Londres: Macmillan.

Silvia Pinto Coelho 2011 Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação (Comunicação e Artes), FCSH, UNL.2011 Mestrado em Ciências da Comunicação (Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias), FCSH, UNL.2005 Licenciatura em Antropologia, FCSH, UNL.1999 Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea, Forum Dança. 1996 Bacharelato em Dança (Ramo de Espectáculo ), ESD, IPL.

Experiência académica e profissional:Doutoranda em Comunicação e Artes - Ciências da Comunicação Investigadora do CECL (Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens). Participa também na organização de vários encontros, eventos e discussões em colaboração com o baldio - Estudos de Performance, o AND_ Lab (Anthropologie and Dance Laboratory), o Atelier Re.al, a Máquina Agradável, e com o Sense Lab de Montréal. Actividade profissional como coreógrafa, bailarina e performer desde 1996 (tem produzido, coreografado e participado também, como intérprete, em espectáculos, performances e vídeos, com colaboradores de várias áreas).

Artigos e recensões2013 «Dançar-Pensar Enquanto Investigação e Poética: Movimento #1» in Actas do Colóquio Movimento e Mobilização Técnica, CECL, FCSH, Lisboa (no prelo).2013 «Dançar-Pensar Enquanto Investigação e Poética» in Cardoso, José Carlos (ed.). Pessoas e Lugares - Pensar com as Práticas Artísticas. Um catálogo, Sment, Barcelos (no prelo).2013 Recensão do livro Always More Than One: Individuation’s Dance (Sempre Mais do que Um: A Dança da Individuação) de Erin Manning in Revista de Comunicação e Linguagens nº45, CECL, FCSH, Lisboa (no prelo).2012 «Os Tuning Scores de Lisa Nelson», «Go de Lisa Nelson e Scott Smith» in Ciclo Improvisações/Colaborações. Auditório da Fundação de Serralves, Porto.2008 Recensão do livro Dança Teatral, Ideias, Experiências, Acções de Maria José Fazenda, Lisboa, Celta Editora 2007, in Arquivos da Memória, Outro país - novos olhares, terrenos clássicos nº4, 2008. Centro de Estudos de Etnologia Portu-guesa. Lisboa.

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Espaços Performativos

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: Reflexão sobre os espaços performativos enquanto local de acção das Artes Cénicas: lugar da particular e intensa comunicação estabelecida entre performers e espectadores.Pretende-se que o estudante:1. Obtenha as principais ferramentas conceptuais e teóricas para a abordagem à especificidade do espaço performativo;2. Conheça os principais tipos de espaço performativo na sua evolução histórica;3. Ganhe perspectiva sobre a evolução da linguagem plástica no acto performativo;4. Reconheça e tenha capacidade de análise sobre diferentes abordagens articuladas com diferentes tipos de performance (dança, teatro, circo, instalação/hapenning,etc)5. Seja capaz de identificar e problematizar as principais tendências contemporâneas que enformam o espaço performativo;6. Seja capaz de contextualizar obras a que assista ao vivo de acordo com o espaço performativo em que têm lugar, estando sensível para as especificidades comunicacionais envolvidas;7. Seja capaz de realizar realizar um trabalho teórico-prático, desenvolvendo uma solução plástica para um acto/espaço performativo, analisando teoricamente a sua pertinência através de uma investigação própria e autónoma e justificando-a do ponto de vista conceptual.

Conteúdos programáticos: I) Perspectiva histórica da relação entre a performance e a arquitectura teatrais: do anfiteatro greco-helénico aos modernos multiusos.II) As linguagens visuais e a cena. Evolução na relação entre linguagem visual e performance: do Teatro do Mundo ao Hapenning.III) Análise dos dispositivos visuais na perspectiva da sua utilização em cena: cenografia, adereços, dispositivos cénicos, roupa, luz, vídeo, etc.IV) A expressão visual como resposta a acções performáticas. A instalação plástica como molde para a acção performativa.V) Apropriação de espaços e objectos como estratégia para uma acção performativa.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular: O entendimento do conceito de espaço performativo - tal como enunciado nos objectivos 1) e 2) – necessita, como base, do conhecimento das formas como a arquitectura procurou desde a antiguidade clássica resolver as múltiplas questões que se colocam na relação entre performer e espectador: visibilidade, iluminação, acolhimento de dispositivos cénicos, integração/distanciamento do espectador da cena, etc. Esses aspectos serão abordados no módulo I dos conteúdos.Numa segunda linha, será necessário debruçarmo-nos – tal como enunciado no conteúdo II - sobre a evolução da linguagem visual e das estratégias conceptuais aplicadas nas Artes Cénicas. Este estudo terá de compreender não só a performance teatral como todas as outras acções performativas (dentro e fora de salas), não só na cultura ocidental de matriz grega mas também nalguns exemplos asiáticos (o teatro japonês,) para que o aluno possa alcançar os objectivos 3) e 4).De um ponto de vista pragmático, o estudo (incluindo visitas de estudo) das ferramentas e dos espaços utilizados nas salas equipadas para as Artes Cénicas – tal como enunciado no item III – será fundamental para que o aluno possa ter um entendimento completo de todos os objectivos.Os pontos IV e V dos conteúdos programáticos procurarão reflectir sobre a complexidade e diversidade contemporâneas das Artes Performativas e da chamada “Live Art”. Pretende-se um foco particular sobre o legado dos anos 50/60 do século XX com todos os seus enunciados e propostas no sentido de trazer a performance para locais outros que não as salas de “espectáculo”: a apropriação de geografias pré-existentes ligadas a uma outra existência não-artística. Conhecendo e sendo capaz de articular estas problemáticas (tal como definido nos objectivos 5) e 6), o aluno poderá avançar para o desenvolvimento de uma solução espacial/plástica que concorra para a construção de (ou constitua em si própria) uma acção performativa (como enunciado no ponto 7)

Bibliografia principal: BLOOM, Martin. Accommodating the Lively Arts, Smith and Kraus, s/local. 1997.MACKINTOSH, Iain. Architecture, Actor & Audience, Routledge, Londres. 1993.GOLDBERG, Roselee. A Arte da Performance, Lisboa, Orfeu Negro, 2007.KWON, Miwon. One Place after Another: Site-Specific Art and Locational Identity. Cambridge (EUA), the MIT Press, 2004.KESTER, Grant H. Conversation Pieces: Community+Communication in modern Art. Berkeley, University California Press, 2004.JONES, Amelia. Body Art/Performing the Subject. University of Minnesotta Press, 1998.

António Jorge Gonçalves

1999. Mestrado. Theatre Design. University College of London | Slade School of Fine Art.1989. Licenciatura. Design de Comunicação. Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

Experiência académica e profissional:Docente – IADE, RESTART, FCSH (2004-2012)Cartoonista Político (2003-2012)Performer de Desenho Digital (2001-2012)Cenógrafo e Figurinista para Teatro (1995-2012)Autor de Novelas Gráficas (1993-2012)

Alguns trabalhos:Guião e realização do filme/espectáculo “Lisboa, quem és tu?”_ Castelo S. Jorge/ Lisboa (2012)Concepção plástica e desenho digital para ópera “Antígono” _ CCB/ Lisboa (2011)Concerto Desenhado (com Mário Laginha) _ Teatro São Luiz/Lisboa (2008)Performance Desenho Digital com Gino Robair e Gustavo Matamoros no Festival Subtropics/Miami (2006)Realização plástica na peça de teatro “O que diz Molero” _ TN D.MariaII/Lisboa, TN São João/Porto (1994/1995)

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José Alberto Ferreira

1991. Licenciatura. EstudosPortugueses. Fac. Letras Univ. Coimbra.1994. Pós-graduação. Literatura Dramática. Fac. Letras Univ. Coimbra.Desde 2008. Doutoramento em curso. Estudos Teatrais Sorbonne / UÉ.

Experiência académica e profissional: Leccionou o seminário ‘Documentar o efémero’, do Mestrado em Arte Multimédia da FBAUL (2008-09).Investigador no projecto Os Bonecos de Santo Aleixo no passado e no presente do teatro em Portugal (projecto POCTI, 2005-2008, FCT).Curso Breve de Introdução ao Teatro de Marionetas (docente, membro comissão de Curso)Seminário Internacional de Marionetas de Évora (2005, 2007, 2009)Direcção pedagógica da International Summer School (Escrita na Paisagem), onde leccionaram G. Gómez-Peña, Phillip Zarrilli, Cie Phillippe Genty e Vera Mantero.Dirige desde 2004 o Festival Escrita na Paisagem (www.escritanapaisagem.net)Curador da secção portuguesa do projecto INTERsection: intimacy and spectacle,integrado na Quadrienal de Praga 2011.Orientação de teses de 2º ciclo (mestrado Bolonha).Orientação de Bolseiros BII (FCT)Vogal do Conselho Directivo do CHAIA da Univ. de Évora

História do Espectáculo Mediático

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: O seminário aborda as relações entre a mediação e o mundo do espectáculo ao longo do século XX, ponderando as transformações, re-mediações e inovações que nesse período ocorreram. A inquirição verte-se sobre as relações entre presença e medição, entre teatro e cinema, abordando ainda objectos como o espectáculo musical, o teatro radiofónico e televisivo, a foto-performance, a vídeo-performance, a performance digital ou a massiva presença no mercado global de artes de palco em DVD. Nesse quadro, são objectivos da disciplina:1. situar as relações entre espectáculo e mediação numa perspectiva histórica;2. reconhecer a diversidade de formas re-mediadas ao longo do século XX;3. reconhecer a emergência de objectos espectaculares fundados na mediação e problematizar as suas consequências;4. levar o estudante a desenvolver uma investigação própria, autónoma e criticamente fundada.

Conteúdos programáticos: 1. Espectáculo e mediação2. Mediação e re-mediação.3. Perspectiva histórica das relações teatro-cinema.4. Teatro radiofónico5. Teatro e televisão (o caso inglês, o caso português)6. Presença e mediação.7. Video-performance, foto-performance8. O mercado da idade dos media: o espectáculo e o suporte stand-alone (dvd, cd-rom).9. O espectáculo global e a cultura digital.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular:O seminário aborda as relações entre a mediação e o mundo do espectáculo ao longo do século XX, ponderando as transformações, re-mediações e inovações que nesse período ocorreram, equacionando as relações de contiguidade, contaminação e transformação que pela mediação se estabelecem. O campo do espectáculo é continuadamente submetido a processos de re-mediação, isto é, a negociações e transformações, legíveis quer no plano da história, quer no plano das formas (re)mediadas, quer ainda no plano das novas formas, emergentes deste processo.

A inquirição verte-se sobre as relações entre presença e medição, entre teatro e cinema, abordando ainda objectos como o espectáculo musical, o teatro radiofónico e televisivo, a foto-performance, a vídeo-performance, a performance digital ou a massiva presença no mercado global de artes de palco em DVD.Procura-se:1. situar as relações entre espectáculo e mediação numa perspectiva histórica;2. reconhecer a diversidade de formas re-mediadas ao longo do século XX;3. reconhecer a emergência de objectos espectaculares fundados na mediação e problematizar as suas consequências.

Bibliografia principal: Auslander, Philip, 1999, Liveness. Performance in a mediatized culture. Londres e Nova Iorque, Routledge.Bolter, David & Grusin, Richard, 2000, Remediation. Understanding new media. Cambridge (Mass) e Londres, The MIT Press.Brewster, Ben & Jacobs, Lea, 1997, Theatre to cinema. Stage pictorialism and the early feature film. Oxford / Nova Iorque, Oxford U. P.Chapple, Freda & Kattenbelt, Chiel (eds.), 2006, Intermediality in theatre and performance. Amesterdão e Nova Iorque, Rodopi.Crary, Jonathan, 1999, Suspensions of perception. Attention, spectacle, and modern culture. Cambridge (Mass) e Londres, The MIT Press. Dixon, Steve, 2007, Digital Performance. A History of New Media in Theater, Dance, Performance Art, and Installation. Cambridge (Mass) e Londres, The MIT Press.Lambert-Beatty, Carrie, 2008, Being watched. Yvonne Rainer and the 1960s. Cambridge (Mass) e Londres, The MIT Press.Phelan, Peggy, 1993, Unmarked. The politics of performance. Nova Iorque/Londres, Routledge.Reason, Matthew, 2006, Documentation, disappearence and the representation of live performance. Basingstoke e Nova Iorque, Palgrave.Zielinski, Siegfried, 1994, Audiovisions. Cinema and television as entr’actes in history. Amesterdão, Amsterdam U. P.

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Linguagens Cénicas

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: Quase não existem na universidade portuguesa espaços de reflexão sobre as linguagens cénicas (entendidas como actuação ao vivo, como no teatro, na dança, na ópera, no circo ou na performance), que são uma manifestação artística tão importante e viva como a literatura ou a pintura, por exemplo. Este seminário pode ser um passo importante para preencher essa lacuna. Pretende-se assim que o estudante: 1) Obtenha as principais ferramentas conceptuais e teóricas para a abordagem das artes cénicas 2) Conheça alguns dos principais criadores e obras da história das linguagens cénicas, nesta história incluindo-se a contemporaneidade 3) Seja capaz de discutir critica e argumentadamente obras que visione ou a que assista ao vivo 4) Seja capaz de realizar uma investigação própria e autónoma sobre um tema, um autor ou uma obra, com uma perspectiva crítica e fundamentada, apresentada, oralmente e por escrito, de forma clara e argumentada.

Conteúdos programáticos: Existe uma dimensão dramática não apenas na esfera das artes como, por exemplo, nas esferas da política e dos media; ela é um elemento constitutivo das trocas tanto no espaço público como no espaço privado, no dia-a-dia e nos momentos eufóricos e disfóricos. Só depois de estudar essa representação na vida quotidiana e as respectivas transformações nos últimos séculos, e depois de recorrer às comparações permitidas pelos contributos da antropologia do teatro, é que este seminário aborda o drama enquanto género da estética, bem como os respectivos subgéneros, assim como a tragédia, comédia e tragicomédia.São tratadas as principais teorias do drama, de Aristóteles aos nossos dias, com as suas várias etapas, cisões e revoluções, bem como os principais elementos do drama: texto e cena, espaço, tempo dramático, personagem, actuação e encenação.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular:Acreditamos que dedicar as três primeiras sessões do seminário a mostrar a importância do espectáculo em toda a comunicação permite de forma inovadora fundamentar aquilo que se passa ou pode vir a passar nas linguagens cénicas enquanto arte. A organização temática, não cronológica, não impede que se vão abordando diferentes práticas cénicas, dos gregos e romanos até à Idade Média, Renascimento, classicismo, romantismo, realismo, as várias crises do século XIX (de Victor Hugo a Wagner e Appia), as múltiplas propostas do século XX, dos simbolistas aos futuristas, Craig, Meyerhold, Artaud, Brecht, Grotovski, Kantor, Brook, e o campo diversificado das linguagens cénicas no século XXI, de Bob Wilson a Pina Bausch.O facto de os estudantes apresentarem nas últimas aulas os seus projectos de investigação alarga ainda mais o leque de temas e autores abordados.

Bibliografia principal: APPIA, Adolphe (sem data) A Obra de Arte Viva, Lisboa, ArcádiaARTAUD, Antonin (1996) O Teatro e o seu Duplo, Coimbra, FendaBRECHT, Bertold (1964) Estudos sobre Teatro, Lisboa, PortugáliaBROOK, Peter (1982) The Empty Space, London, PenguinCRAIG, E. Gordon (2005) Da Arte do Teatro, Lisboa, Escola Superior de Teatro e Cinema, cd-romGROTOVSKI, Jerzi (1975) Para um Teatro Pobre, Lisboa, ForjaLEHMANN, Hans-Thies, Le théâtre postdramatique, Paris, L’Arche, 2002LISTA, Giovanni (1973) Futurisme: manifestes, documents, proclamations, Lausanne, L’Âge d’HommeMEYERHOLD, Vzevolod (1980) O Teatro Teatral, Lisboa, ArcádiaMONTEIRO, Paulo Filipe (2010) Drama e Comunicação, Coimbra, Imprensa da Universidade de CoimbraMONTEIRO, Paulo Filipe (org.), Revista de Comunicação e Linguagens, nº 24, com o título Dramas, 1998SCHECHNER, Richard (2006) Performance Studies: an introduction, New York and London, RoutledgeSZONDI, Peter, Teoria do Drama Moderno: 1880 1950, São Paulo, Cosac & Naify, 2001

Paulo Filipe Monteiro

2003. Agregação. Teorias do Drama e do Espectáculo. FCSH1995. Doutoramento. Ciências da Comunicação/Cinema. FCSH1983. Licenciatura. Sociologia. ISCTE

Experiência académica e profissional:Autor da obra Drama e Comunicação, Imprensa Universidade de Coimbra, 2010,462 ppCriou na FCSH, em 1993, a disciplina Teorias do Drama e do Espectáculo, que rege desde então, e em 2007 o seminário de mestrado Linguagens CénicasEm 1999/2000, leccionou a disciplina Estudos de Recepção Teatral na licenciatura em Estudos Teatrais da Universidade de Évora.Em 2000, foi professor convidado da Universidade Federal da Bahia no Programa de Pós-Graduação em Artes Cénicas (PPGAC)No I Congresso Ibérico de Comunicação, em Málaga, em Março de 2001, presidiu à secção Teoría del Espectáculo. Ganhou em 1981 o Prémio Revelação da Crítica de Teatro e desde então encenou 15 espectáculosActor de televisão em 34 filmes ou séries, portuguesas e estrangeirasActor de cinema em 7 longas-metragensAutor de duas peças de teatro e guionista de 7 longas-metragens produzidasPresidente da Associação Portuguesa de Argumentistas e Dramaturgos (2002-2006); Fundador e Membro da Direcção da Federation of Scriptwriters in Europe (2005)

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Metamorfoses do Espectáculo

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: Analisar as metamorfoses existentes nos conceitos e práticas das artes cénicas numa base histórica de longa duração, dando especial ênfase às obras e processos artísticos que podem melhor explicar os hibridismos da arte actual. Analisar-se-ão entre outras as relações entre: arte e ciência, para explicar conceitos como laboratório, experimento ou quase-tipo artísticos, etc., arte e viagens (nas suas diversas formas), para explicar a perspectiva de pesquisa etnográfica ou de contaminação, de fusão, nomeadamente através de uma abordagem do interculturalismo; arte e vida, para discutir as transgressões aos cânones artísticos erigidos, especificamente as práticas artísticas que se inscrevem num excesso de espectacularização ou, ao inverso, numa atitude de anti-espectáculo ou de intervenção política.Esta abordagem tem por objectivo dotar o aluno de ferramentas conceptuais e teóricas que lhe permitam problematizar as artes do espectáculo contemporâneas tendo subjacente a sua contextualização histórica.

Conteúdos programáticos: I. Os ciclos nos modos de fazer mundos cénicos – recorrências periódicas na história de longa duraçãoCiclos versus rupturas – Latour, Stross, Eagleton, Hannerz, Eco;Hibridismo como paradigma dominante da arte II. Evolução das metamorfoses e hibridismos nas artes cénicas – “da poesia ao ciberespectáculo”III. Metamorfoses nos modos de fazer mundos cénicos – relações entre arte, ciência e vidaO tema das metamorfoses/ do híbrido e dos monstros nas artes cénicasMetamorfoses nas práticas cénicasMetamorfoses do espectáculo e ciência – os conceitos laboratório, experimento e quase-tipo nas artes cénicasMetamorfoses do espectáculo e viagem – pesquisa etnográfica, contaminação, fusão, interculturalismo nas artes cénicasMetamorfoses do espectáculo e vida/ arte e real – do excesso de espectacularização ao “anti” espectáculo Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular: O ponto I dedicado aos ciclos nas artes cénicas tem por objectivo problematizar as recorrências existentes na história de longa duração, permitindo contextualizar os hibridismos e mestiçagens da arte actual.O ponto II tem por objectivo apresentar alguns marcos da evolução das metamorfoses e hibridismos nas artes cénicas: “Poesia oral”; Teatro do Carnaval – das festas greco-romanas à Idade Média e à contemporaneidade;O hibridismo no espectáculo no romantismo;O hibridismo no espectáculo no modernismo;Performance no “pós-modernismo”;Performance portuguesa;Ciberespectáculo.O ponto III tem por objectivo apresentar algumas metamorfoses nos modos de fazer mundos cénicos – relações entre arte, ciência e vida:O tema das metamorfoses/ do híbrido/ dos monstros (exemplos: A Tempestade – Shakespeare; Ubu – Alfred Jarry; Rinoceronte - Ionesco; Fausto -Goethe; Revolução em Marat-Sade, etc.);Metamorfose das práticas artísticas (exemplo Beckett: metamorfose contexto de apresentação: Waiting for Godot in Sarajevo – Susan Sontag; Metamorfose forma: Bruce Nauman; …);Metamorfoses do espectáculo e ciência (laboratório, experimento, quase-tipo);Metamorfoses do espectáculo e viagem (pesquisa etnográfica, contaminação, fusão, interculturalismo);Metamorfoses espectáculo e vida/ arte e real (excesso de espectacularização – freak shows, etc.; anti-espectáculo/ ou de intervenção política – situacionismo debordiano, etc.)

Bibliografia principal: GOLBERG, Roselee, A Arte da Performance – Do Futurismo ao Presente, Lisboa, Orfeu Negro, 2007.GOODMAN, Nelson, Modos de Fazer Mundos, Porto, Edições Asa, 1995 (1978).JENKS, Chris, Transgressions, London, Routledge, 2003.JIMINEZ, Marc (org.), Art et Mutations: Les Nouvelles Relations Esthétiques, Paris, Klinscksieck, 2004.LISTA, Marcela (2006), L’Oeuvre D’art Totale à la Naissance des Avant-gardes, Paris, CTHS, INHA.MADEIRA, Cláudia (2008), O Hibridismo nas Artes Performativas em Portugal, Tese de Doutoramento, Lisboa, ICS.KOSTELANERZ, Richard, The Theatre of Mixed Means, Great Britain, The Dial Press, 1970.REMSHARDT, Ralf E. (2004), Staging the Savage God – The Grotesque in Performance, USA, Southern Illinois University Press.ZOLBERG, Vera, CHERBO, Joni Maya (orgs.) (1997), Outsider Art – Contesting Boundaries in Contemporary Culture, United Kingdom, Cambridge University Press.

Cláudia Madeira

2008. Doutoramento. Sociologia da Arte. ICS2000. Mestrado. Sociologia da Arte. ISCTE1995. Licenciatura. Sociologia. FCSH

Experiência académica e profissional:Organização do Encontro Internacional Arte & Social: contextos, fronteiras, intervenções (ICS, 2010)Tese de Doutoramento “Hibridismo nas Artes Performativas em Portugal” (ICS-UL 2008)Bolseira Doutoramento da FCT (2004-2008); Bolseira Pós-doutoramento da FCT (desde Set. 2009)Projecto Pós- Doutoramento “Arte Social” (ICS desde Set. 2009)Tese Mestrado “Novos Notáveis – Os programadores Culturais” (editada pela Celta Editora, 2002)Docente Mestrado Seminário “Metamorfoses do Espectáculo” (FCSH-UNL desde 2008)Técnica superior Observatório Munic. Câmara Odivelas, área Cultura (20008-2009)Docente Pós-graduação em Programação e Gestão Cultural “Programação”(Univ. Lusófona, 2007)Docente licenciatura “Teorias do Drama e do Espectáculo” (FCSH-UNL, desde 2007)Membro do júri do Ministério da Cultura, Projectos transdisciplinares pontuais e sustentados (2004-2007)

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O Espectáculo Músico-Teatral

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: Proporcionar uma formação avançada na teoria e história do espectáculo músico-teatral, investigando as tipologias dos sistemas de comunicação (nos planos da produção, mediação, recepção), a sua constituição e a sua dinâmica, em interacção com a mudança dos contextos socioculturais, económicos e políticos. Fornecer instrumentos de análise músico-dramatúrgica, salientando o papel estruturante da música: na construção das personagens e na caracterização das situações, incluindo o seu papel como comentário, contraponto e elemento de distância crítica (ou Verfremdung), bem como ainda as possibilidades proporcionadas pelas novas tecnologias. Fornecer um conhecimento teórico-prático da problemática da gestão, da produção e da promoção do espectáculo músico-teatral, dando especial atenção à sustentabilidade do emprego artístico local e à formação de novos públicos. Desenvolver as competências de trabalho em equipa.

Conteúdos programáticos:

opereta, ópera cómica, e, mais modernamente, também o “musical”).A música e o universo sonoro no teatro. Espaço teatral e espaço sonoro. Da ideia de Gesamtkunstwerk aos processos de fragmentação e montagem (problematização da relação entre “ver” e “ouvir”).A problemática da interpretação ou da performance músico-teatral. Distinção entre “obra” e “partitura”. Enquadramento teórico e estudo comparativo de diferentes tendências da prática músico-teatral.A produção do espectáculo: do projecto à estreia. Contexto sócio-cultural e públicos-alvo, estratégia de programação, gestão de recursos materiais e humanos.

A comunicação músico-teatral na língua do público. O espectáculo músico-teatral e a “palavra cénica” em língua portuguesa. Problemas de prosódia e fonética.A abertura à comunidade e o trabalho com a comunicação social.

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular: O pressuposto de que se parte é o da convergência no curso de mestrado e, em especial, nesta disciplina, de candidatos com percursos de formação muito diferenciados. É necessário que os conteúdos programáticos sejam concebidos de modo a

da história e da articulação deste com as transformações da esfera pública e de outras dimensões sociais, económicas e políticas. As questões estéticas/artísticas e técnicas, as opções de produção e programação não podem deixar de ser situadas no quadro de uma visão crítica da tradição ou herança histórica locais.Sem essa dimensão de formação – histórico-sociológica ou histórico-antropológica – não seria possível conferir consistência a outra das competências que os candidatos devem adquirir: a de saber olhar para uma partitura e/ou a de desenvolverem uma cultura da escuta que lhes permita compreender a função estrutural da música e do universo sonoro no teatro. Através do treino da escuta, todos, mesmo os menos aptos a decifrar a notação musical, poderão participar na aquisição de competências analíticas que lhes permitam ter um papel activo e crítico na abordagem das dimensões estruturantes da música e, em geral, das componentes sonoras no teatro. A “obra teatral” não é idêntica ao texto escrito vertido no papel. Também a “obra músico-teatral” não é idêntica à partitura. A interpretação (hermenêutica) do texto músico-teatral (síntese de texto e música) e a sua performance – a concepção global do espectáculo e a performance de cada um dos elementos que nele participam (a construção das personagens, do universo cénico, etc.) têm de ser problematizadas. O que é extensivo a todos quantos participam na realização do espectáculo, mas especialmente relevante para aqueles que constituem o núcleo central responsável pelo “conceito” e sua realização:

O curso de mestrado pode e deve atrair candidatos de todo o espaço lusófono, em especial, Portugal e Brasil, tal como aliás também do espaço iberoamericano. Deverá contribuir prioritariamente para promover o desenvolvimento do espectáculo músico-teatral em língua portuguesa (em originais e em adaptações/traduções) e a sustentabilidade do emprego artístico, ligada também à formação de novos públicos. O espaço lusófono pode e deve ser um pólo importante de criação e interpretação músico-teatral, tornando-se cada vez mais activo no intercâmbio internacional. Isso implica que se dê especial relevo nesta disciplina aos problemas de prosódia e de escrita musical para vozes adequada à fonética da língua portuguesa.Produzir e programar em função dos recursos materiais e humanos é o princípio fundamental de uma gestão que garanta a sustentabilidade dos projectos músico-teatrais. Esta competência, que a todos interessa, é uma exigência fundamental para aqueles que têm responsabilidades directas de gestão e programação.A ligação entre teoria e prática será garantida, no quadro da disciplina, através de workshops de preferência orientados por especialistas convidados (nomeadamente, encenadores).

Abate, Carolyn (2001), In Search of Opera, Princeton, Princeton University Press.Agid, Phillipe / Tarondeau, Jean-Claude (2010), The Management of Opera: An International Comparative Study, London, etc., Palgrave Macmillan.Adorno, Theodor W. (2006), Towards a Theory of Musical Reproduction, Cambridge, Polity Press.Kaye, Deena / LeBrecht, James (2009), Sound and Music for the Theatre: The Art & Technique of Design, 3d Ed., Amsterdam, etc., Elsevier / Focal Press. Kenrick, John (2008), Musical Theatre: a History, New York, etc., Continuum.Levin, D. J. (2010), Unsettling Opera: Staging Mozart, Verdi, Wagner, and Zemlinsky, Chicago, University of Chicago Press.Miller, Jonathan (1986), Subsequent Performances, Londres, Faber and Faber.Parker, Roger (2006), Remaking the Song: Operatic Visions and Re-Visions from Handel to Berio, Berkeley: University of California Press. Pasta, José António (2010), Trabalho de Brecht, São Paulo, Editora 34.Ribeiro, Paula Gomes (2002), Hystérie et Mise en Abîme: le drame lyrique au début du XXème siècle, Paris: L’Harmattan.Vieira de Carvalho, Mário (2005), “Por lo impossible andamos”: A ópera como teatro de Gil Vicente a Stockhausen, Porto, Âmbar.

João Pedro Cachopo

Paula Gomes Ribeiro

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João Pedro Cachopo

2005. Licenciatura. Ciências Musicais. FCSH-UNL

Investigador do CESEM Editor convidado da revista Textos & Pretextos – número especial sobre ópera e literatura (em preparação)Coordenador do Seminário “Estética e Política entre as Artes” (EPEA-2012)Colaborador do Teatro Nacional de São Carlos (desde 2006)Co-traduziu para português dois livros de Didi-Huberman: O que nós vemos, o que nos olha (Porto, Daphne, 2011) e Imagens apesar de tudo (Lisboa, KKYM, 2012)

Alguns artigos:

Dezembro de 2011), 10 pp.“Bringing Wagner’s Case up to Date: On the Philosophical Consequences of Wagner”, in Proceedings of the Conference The Consequences of Wagner (org. CESEM/FCSH-UNL), Lisboa, 2009, pp. 232-242.“Amar ou partir. Notas sobre a política de Dido and Aeneas”, in Dido and Aeneas. Henry Purcell [Programa de Sala do Teatro Nacional de S. Carlos] (Lisboa, 2009), pp. 43-52“Médiation et énigme dans la pensée musicale d’Adorno”, in Présents musicaux, ed. Jean-Paul Olive (Paris, L’Harmattan – Collection Arts 8, 2009), pp. 171-192.“A actualidade do caso Wagner” [“The Actuality of the Case of Wagner”], in Obras de Richard Wagner [Programa de Sala do Teatro Nacional de S. Carlos] (Lisboa, 2008), pp. 5-13.

Paula Gomes Ribeiro

2000. Doutoramento. Musicologia. Université de Paris VIII1995. Mestrado (D.E.A.). Musicologia. Université de Paris VIII1990. Licenciatura. Musicologia. FCSH

Ago. 2009 – presente : Investigadora Auxiliar, CESEM, FCSH, UNLAgo. 2009 – presente : Responsável por disciplinas de Licenciatura e Mestrado, Departamento de Ciências Musicais, FCSH, UNLSet. 2005 – Ago. 2009 : Professora Auxiliar Convidada Departamento de Ciências Musicais, FCSH, UNL, responsável por disciplinas e seminários de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento.Out. 2001 – Jul. 2009 : Professora no Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares, IP, Almada. Criação de Licenciatura em Música e Mestrados neste domínio.Alguns artigos:Ribeiro. P. G. (2010, no prelo).“Dolly à l’opéra – médiatisations artistiques de la techno-réalité”, in Isabel Rio Novo et Célia Vieira (éd.), Inter Media. Études d’Intermédialité, Paris, L’Harmattan, pp. 77-86.Ribeiro. P. G. (2008).”Problématique de la construction de l’identité du personnage en face d’une réalité sociale, dans l’opéra

Ribeiro. P. G. (2006).”Lauriane de Augusto Machado - Uma nova atitude musico-dramática no panorama cultural português de

Ribeiro. P. G. (2003). “ Le ‘Psychodrame lyrique’ – la femme, l’hystérie et la pulsion de mort en tant que tensions créatrices dans le carrefour des arts au début du XXe siècle : incursion dans Erwartung de Schoenberg », in Walter Zidaric (ed.), Interculturalité,

Ribeiro. P. G. (2002). Hystérie et Mise en Abîme: le drame lyrique au début du XXème siècle, Paris, Harmattan.Setembro 2004 - Setembro 2008 : Direcção do Atelier de Ópera do Conservatório Nacional, Lisboa.

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Práticas Cénicas

Objectivos da unidade curricular e competências a desenvolver: 1 - Por meio de trabalhos práticos, desenvolver um conhecimento por dentro das virtualidades e dificuldades das linguagens cénicas:2 - aplicar, testar e passar para o corpo as problemáticas tratadas nos outros seminários;3 - desenvolver competências específicas nos trabalhos de corpo, voz, encenação e coreografia

Conteúdos programáticos: 1) postura, relaxamento, trabalho sensorial e liberdade do corpo2) improvisação por contacto; 3) relação entre a voz e o corpo, respiração, colocação e projecção da voz;4) opções de transposição de um texto dramático para a cena;5) opções de construção de personagens;6) métodos para a interpretação dos actores e performers;7) marcações, mise en place, composição ;8) apresentação experimental de um projecto cénico. Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da unidade curricular:Neste seminário apenas serão aceites os estudantes do Mestrado em Artes Cénicas, e que assegurem assiduidade às aulas. Por isso, no máximo (se todos eles escolherem o seminário e o puderem frequentar assiduamente), haverá 15 estudantes; provavelmente menos. Será leccionado no segundo semestre, de modo que cada um dos estudantes traga já um projecto que gostasse de ver posto em prática. Serão escolhidos os três melhores projectos, atendendo às características do grupo, à desejada variedade de propostas cénicas e à possibilidade de aplicar conhecimentos adquiridos noutros seminários. Por exemplo, pode ser trabalhado um texto (peça em um acto ou excerto de peça) que foi previamente analisado em Literatura e Cena ou em Semiótica; ou um projecto que tenha especiais relações com a música ou com os espaços performativos ou com os hibridismos que caracterizam as actuais metamorfoses do espectáculo.Deste modo, os sete pontos do conteúdo programático irão sendo sucessivamente desenvolvidos, culminando na apresentação experimental de diferentes linguagens cénicas no final do seminário.Funcionamento em atelier: espaço grande e vazio, roupas de trabalho, treino corporal e de voz, combinado com trabalho de mesa sobre texto teatral ou sobre textos e vídeos que inspirem trabalho coreográfico e sobre as opções de encenação e composição; progressiva construção das personagens e dos projectos finais.

Bibliografia principal: BARBA, Eugénio; SAVARESE, Nicola (1985) Anatomie de l’acteur, Cazilhac, Bouffonneries ContrastesBRENNAN, Richard (1994) A técnica Alexander, Lisboa, EstampaBRECHT, Bertold (s/ data) Estudos sobre teatro: para uma arte dramática näo-aristotélica, Lisboa, PortugáliaBROOK, Peter (1982) The Empty Space, London, PenguinCHEKHOV, Michael (1984) To the Director and Playwright, New York, LimelightCLURMAN, Harold (1997) On Directing, New York, FiresideMEYERHOLD, Vzevolod (1980) O Teatro Teatral, Lisboa, ArcádiaMITTER, Shomit (1992) Systems of Rehearsal: Stanislavsky, Brecht, Grotowski and Brook, London, RoutledgeSMITH-AUTARD, Jacqueline M. (2005) Dance composition, London. A & C BlackSOLMER, Antonino (dir.) (1999) Manual de Teatro, Lisboa, ContracenaSTANISLAVSKI, Konstantin (1979) A Preparação do Actor, Lisboa, Arcádia STRASBERG, Lee (1988) A Dream of Passion: the development of the method, London, BloomsburySTREHLER, Giorgio (1980) Un théâtre pour la vie, Paris, Fayard

Docente responsável:Em cada ano, convidar-se-ão um ou dois especialistas das áreas de encenação e/ou coreografia.

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