mês de outubro de 2015

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Mês 10 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br [email protected] 1 Diretor responsável Caio Augusto Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura.

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salve a mãe das cachoeiras

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Mês 10 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

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Diretor responsável Caio Augusto

Novidades, textos, eventos,

matérias, tudo que você

Umbandista procura.

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NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que altores enviam seus textos e trabalhos e

é comunicado a na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então o

jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!! boa leitura.

Redação:

Diretor Geral:

Caio Augusto

Colaboradores:

Douglas Elias;

Glauco Mariani;

Felipe Campos;

Hugo Lapa;

Orlando Aparecido;

Jean de Ogum;

Claudio Vieira;

Bruno Stanchi;

Maria Aparecida;

Rosana Souza;

Equipe Para Sempre Umbanda EAD;

Roberta de Souza;

Correção e textos:

Flávia Rodrigues

Artes e Distribuição:

Caio Augusto

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(Caio Augusto)

Devemos pensar que num terreiro, centro, chão , tenda ou qualquer

outro ambiente A um espaço religioso não tem descrição as pessoas

precisam se atentar como se portam nesses espaços.

A umbanda como qualquer outra religião tem e merece respeito,

quando você vai rezar em uma igreja você vai de mini saia e com

roupas que não cabem ao momento? Ou quando vai ao um templo

Budista? Ou ao centro Espírita? Religião é igual seu trabalho se você

não se portar as pessoas vão achar estranho ou até mesmo se

incomodar, mesmo que você vai só para assistência tem que pensar que

é um espaço de família aonde não cabe a falta de pudor, muitos acham

legal e bonito ficarem dando em cima de pessoas em terreiro, e

lembrar que isso é uma falta de respeito com sua própria crença é um

fundamento, terreiro não é lugar para namoricos muito menos para se

mostrar, um dos fundamentos mediúnicos é que a soberba e o luxo

devem ficar de fora a simplicidade tem e deve imperar! Quando você

entra em uma casa está de frente a um altar um ponto de força aonde

você se liga diretamente ao seu orixá não é um local para esse tipo de

conduta.

Nem vou comentar sobre os médiuns pois o médium a entrar em uma

casa no mínimo deve saber que as roupas e o bom cuidado do seu

corpo é fundamental é o MINIMO, agora quem vai à assistência tenha

também essa consciência, ir num templo de umbanda é igual a todas

religiões, tem que haver o respeito a educação e uma conduta digna de

um culto aonde você vai para falar com Deus, fora isso deve se deixar

do capacho da entrada para fora!

Isso não é um tabu muito menos uma imposição mais se coloque no

lugar da pessoa ao lado, e pense como ela se sente, ou pense assim um

exemplo: uma pessoa casada e está sentada ao seu lado você vai com

uma roupa mais “a vontade” e na mesma hora isso gera um

desconforto pois a esposa ou marido dessa pessoa já se incomoda.

Isso é um exemplo básico como quem convive em templos deve

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conhecer milhares desses exemplos, o ato de ir a um culto é que você

volte renovado, feliz, com paz, e não que traga mais atritos para sua

casa, por isso devemos pensar no próximo!

Bem pense e reflita como se porta nessas horas na vida tudo tem sua

hora e seu momento e isso faz parte da evolução humana.

Umbanda é fé amor e respeito, dentro de uma casa de fé só a espaço

para isso coisas vans devem ficar para fora grande abraço salve a

Umbanda!

(texto por Caio Augusto, para o jornal do mês 06/15)

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(Caio Augusto)

Fundamentos Doutrinários de Umbanda

Descrição

Páginas: 320

Descrição: Este é um livro a respeito dos fundamentos doutrinários da

Umbanda, uma religião fundada no Brasil em 16 de novembro de 1908,

por Zélio Fernandino de Moraes, a partir de uma manifestação

espiritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas durante uma sessão

espírita. Os umbandistas cultuam Deus e suas divindades, os Orixás, e,

durante as suas giras, contam com a presença dos Guias espirituais

incorporados em seus médiuns, para o cumprimento de uma das suas

finalidades primordiais: a prática da Caridade. Nesta obra, Rubens

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Saraceni explica com desenvoltura fundamentos ritualísticos e

doutrinários dessa religião centenária, com destaque para a

cosmogênese umbandista e seus Orixás, discorrendo sobre suas

firmezas, irradiações, oferendas e seus assentamentos, bem como

aborda de modo claro as Sete Linhas de Umbanda. Outro ponto

importante é a Escrita Mágica Divina, que se trata da própria escrita

dos Orixás, e que os Guias chefes, com ordens de trabalho, riscam e

ativam o poder das divindades por meio da magia riscada umbandista.

O autor discorre ainda sobre o Orixá Exu e sua forma de atuação, e a

respeito da formação sacerdotal umbandista. No final da obra, o leitor

encontra um glossário que facilita o entendimento dos termos

utilizados na obra. Trata-se, portanto, de um livro indispensável a

todos os umbandistas e estudiosos do assunto.

Release: Esse é um livro a respeito dos fundamentos doutrinários da

Umbanda, uma religião fundada no Brasil em 16 de novembro de 1908,

por Zélio Fernandino de Moraes, a partir de uma manifestação

espiritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas durante uma sessão

espírita. Os umbandistas cultuam Deus e suas divindades, os Orixás, e,

durante as suas giras, contam com a presença dos Guias espirituais

incorporados em seus médiuns, para o cumprimento de uma das suas

finalidades primordiais: a prática da Caridade.

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(Douglas Elias) ADOREI AS ALMAS ...E AS AMEI COMO AMO!

Almas desencarnadas são vivas.

A vida pertence ao infinito do Tempo de Deus. E o Tempo transforma

todas as vidas

Assim é que, o “morrer” é como o “nascer”:

Incríveis transformações, quando no tempo certo, a Essência de cada

alma se veste com novos trajes para suas novas expressões.

A consciência da Alma humana é a que é vitalícia, pois a é infinita,

gravadora da experiência que ao Divino Conduz.

Dentro de cada corpo, inserido em cada forma humana, há a livre

vontade; há a LUZ.

A Força de Deus Vibra e se transforma no mundo de formas E permite

a beleza humana em Sua manifestação: Livre, perfeita, com divina

nobreza indicando as verdadeiras diretrizes para evolução.

A família humana viaja no Tempo formando civilizações.

Todos os encontros das almas geram contínuas e infinitas relações.

Quando a alma perde seu corpo físico e renasce em outro corpo para

outro infinito do tempo, quem continua vivendo no mundo não está

impedido de novas comunicações e interações.

Aliás, nada mais os impedem quando há sintonias de boas emoções.

Estas sublimes almas que evoluíram, acessaram Novas Formas e

Poderes dos Anjos

Ampliam infinitamente mais do Poder Divino doado a todos por Deus

E continuam vivendo suas novas perspectivas em Universos

formidáveis em belezas, além do amor que destinam aos seus.

São assim as almas LUZIDIAS, todas antigas, antepassados teus!

Teu Anjo de Luz, Teu Guia mais próximo traduz divindades de um

antepassado que já lhe conviveu, e que lhes ajudam a superar o difícil,

os problemas e o sofrer de cada vida, respeitando-lhes a livre vontade.

Mas há outras almas também antepassadas que sucumbiram ao

negativo dos erros.

Vítimas do próprio mal que geraram, vestem o traje do horror.

São almas famintas de compreensão, de perdão, de amor e dedicação.

Vivem em pólos negativos aonde não há naturezas que possam lhes

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formar.

Sem um corpo, sem sua mente, a alma retrata a si negativamente

O sofrimento é indizível dementes que estão, sem refletirem alguma

razão

Seus instintos ruins se avolumam agravando mais suas situações.

E criam os infernos desumanos que outros seres humanos vivos

invocam e trazem ao mundo físico para escravização.

Os usam alimentando-os de vícios, abrem Portais das trevas por

feitiços, buscando o poder temporal do “mal querer” arruinando

outras vidas para suas dominações.

Homens viventes usam seus corpos e seus talentos feito “mortos vivos”

pois permitem a serem instintivos que se ajuntam em conjuntos de

muitas almas humanas que se destinam a provocar terrores, ilusões

falsidades e todas as espécies de dificuldades às outras vidas, cavando

suas próprias covas, afastando-se de suas verdades Divinas.

E quando há o término das suas vidas físicas, se arruínam nas mesmas

masmorras que fizeram, criaram e geraram com suas maldades para

muitos que prejudicaram e paralisaram em suas terríveis prisões.

E se tornam seus próprios males no castigo que fazem a si mesmos.

Aos homens vivos, saibam que uma das melhores ferramentas doadas

por Deus é o Amor e o perdão às ofensas de quem convive ou conviveu.

Além de ser um grande “Portal” Divino que se abre na própria alma

que lhes farão chegar as vibrações Luzidias que lhes abençoarão e lhes

protegerão de qualquer mal humano, percam o medo, não existem

fantasmas. São as almas das trevas também, almas Criadas e amadas

por Deus que lutam para se recuperarem e poderem conseguir

oportunidades para que possam se transformar em almas melhores.

Ajudem-nas a se reequilibrar e seguir o caminho positivo pois que

todos podem se equivocar.

Dediquem ao menos alguns instantes diários em suas preces clamando

a Deus às almas que jazem.

Nos escrutínios de vossas lembranças, há filhos, há avós, tios, tias,

amigos ...há pais, esposos, esposas, casais, todos antepassados antigos.

Que recebendo vosso amor sincero, suas flores, suas energias naturais

da natureza de Deus

Para todos eles será como o mesmo que acontece com cada um quando

oram pedindo ajuda de Deus e dos Guias e Divinos dos Universos de

Luz.

Almas antepassadas caídas em trevas não podem lhes auxiliar, nem

para o bem nem para o mal. E nem mesmo conseguem por si mesmos

se manifestarem no mundo físico humano.

O Inferno criado pelos seres humanos é geração humana e não Divina.

Deus não destinou os infernos para suas Criações pois Deus Ama a

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todos e sabe muito bem que podem errar para aprender. O Perdão

Divino é infinito, constante, perfeito.

E assim, creiam que pelo Amor de Deus, esta é a maneira que podem a

todos beneficiar

Pelo poder sincero que perdoa todos os erros e que é o Amar.

Tenham piedade...o Campo Santo ou cemitérios são como os hospitais:

Portais Divinos para a transformação da vida pois a morte não existe

como julgais

A verdadeira morte se dá num momento do tempo quando os sentidos

do amor as almas humanas permitem paralisar.

Cuidem dos vossos Antepassados, perdoem-lhes e tenham piedade pois

é amor.

E o Amor é verbo que cura, eleva. E é este o Mistério de Deus que

devem aprender, sentir e nas atitudes de bem viver, aprender a usar,

para serdes para Sempre FELIZES e no Seio de Deus, tenham

fraternidade e paz!

Deus Permite que com o teu amor possa reiniciar o amor perdido pelos

vossos antepassados.

Permita também pois que não estão finados porque ninguém se finda!

Apenas escolhe a vida no tempo que sempre terá.

Que seja sempre o Tempo Bom que é o Infinito Amor Protetor nas

Bênçãos dos Anjos e de Deus Nosso Divino e Amado Pai.

(*) Vovô Florentino de Agodô com Douglas O Elias.

EditoraALTASVIBRAÇÕES.

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(Orlando Garcia)

Nasci em uma aldeia na extremidade sul do nosso País. Nossa aldeia era constituída de poucos índios vivíamos da caça, da pesca e de poucas coisas que cultivávamos: animais domésticos eram apenas para nossa alimentação e brinquedo das crianças; cavalos somente os selvagens, alguns que nós conseguíamos domesticá-los, eu desde cedo fui aprendendo com os mais velhos a doma dos selvagens, logo fui me aperfeiçoando. Vivíamos bem, não tínhamos fartura, mas nada nos faltava. Eu era o terceiro filho de uma família de nove, meu pai homem calado mas um bom pai me ensinou tudo que aprendi em minha existência nessa terra, porém não pude conviver com ele muito tempo; quando fiz 13 anos, logo depois da minha passagem de criança ao mundo dos adultos ele foi picado por uma cobra. O pajé e o curandeiro fizeram de tudo mas infelizmente não teve jeito, depois de quatro longos dias ele nos deixou. As coisas só pioraram, porque seis meses após sua morte perdemos também minha mãe querida, mulher de fibra, guerreira, mas que teve suas forças minadas pela solidão. Num dia de frio intenso que faz nessa região não mais acordou. A tristeza varreu toda aldeia, foram dias de luto e dança para entrega de sua alma. Com o passar dos dias as coisas foram se encaixando, as mulheres da aldeia ajudaram na criação dos meus irmãos mais novos juntamente com duas irmãs que eu tinha, mesmo ainda muito novas assumiram a missão de criarem seus irmãos pequenos e eu me dediquei de corpo e alma a doma dos selvagens. Um dia ao cruzar um vale próximo aos pampas aos pés das Araucárias vi o cavalo mais lindo que meus olhos já tinham visto. Era marrom com partes das patas de um branco intenso como a neve que cai nessa região; eu jurei que ele seria meu e depois de três dias em seu encalço finalmente o peguei. A briga foi boa mas no final cheguei cavalgando-o em minha aldeia; o povo logo me rodearam para ver a bela espécie.

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A moça que já era dona do meu coração se encantou com o animal e eu tímido não tive coragem de convidá-la para um passeio, mas o tempo foi meu aliado e dias depois estava eu cortejando-a a beira do rio Ibicuí, quando lhe dei o meu primeiro beijo, parecia que estava num sonho e logo fiquei mais apaixonado. Nosso dias foram de muita felicidade, mas parece que meu destino era sofrer. Naquela época começaram ataques às aldeias para tornar os índios escravos. As aldeias eram atacadas sem mais e nem menos. Certa vez voltava eu e mais quatro amigos de uma caçada, trazíamos perdizes e marrecas caneleiras, quando avistamos nossa aldeia todo queimada; não havia ninguém vivo, somente corpos espalhados. Procurei como louco minha amada, mas nada, nem um rastro, somente identifiquei de minha família dois irmãos. Daquele dia em diante meu coração secou, somente sobraram meu cavalo e um cachorro de cor preta que eu possuía, chamado Lobo, meu fiel amigo, saí dali deixando para trás meus companheiros de caça, que nunca mais vi. Após dias cavalgando cheguei numa fazenda de nome Santa Cruz; lá fui pedir emprego, um senhor de meia idade me recebeu, eu que falava pouco do português, carregado num sotaque indígena misturado ao castelhano, com muita dificuldade me entendeu. Logo lhe contei as minhas habilidades no lombo de um cavalo, ele me deu uma guarida, comida e um rancho para repousar, dali para frente fui seu Boiadeiro Fiel de poucas palavras mas de muita ação, o que mais me orgulha é nunca ter perdido uma res em minha vida mesmo aquelas que se embrenhavam entre os espinhos. Só que com o coração endurecido não levava desaforo para casa, nem brincadeiras aceitava, muito menos quando maltratavam o Lobo, por causa disso muita vidas eu tirei, logo minha fama correu pela fazenda o que era aconselhado pelo patrão a não mexerem com o "índio". Vivi muito anos, morri já de cabelos brancos, não sei precisar a idade, mas nunca mais amei e nunca tive uma companheira, a única que conheci, não sei se morreu ou se escravizaram, só a guardo no meu coração... Agora já restabelecido e encontrando a Luz começo a trabalhar, aprendi com a Umbanda muitas coisas,sob o manto de nossa mãe Oxum, quando giro o meu laço tiro toda a

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mandinga, todas as influências negativas, com muita garra e força espiritual, trago humildade, amor e fé. Agradeço ao nosso Pai a oportunidade de junto ao meu filho poder redimir meus erros!!! SALVE PAI OXALÁ, SALVE MINHA MÃE OXUM!!! E BOI! E BOI! E BOI!!! Orlando Garcia (Sacerdote de Umbanda)

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(Glauco Mariani)

Ao adentrar em um Centro ou Terreiro de Umbanda, quem está

aguardando uma consulta ou um passe já se acostumou aos pontos que

são cantados. Os pontos são uma das formas de trabalho, ou seja, num

terreiro temos:

-Ponto para abertura da Gira

-Ponto para defumação

-Ponto para bater cabeça

-Ponto para trazer as linhas de trabalho

- E ponto para fechamento da Gira.

Os pontos são cantados pelos Ogãns da casa e acompanhados por todos

os filhos e assistência. Como de certa forma a grande maioria das

pessoas que freqüentam um terreiro, vieram por exemplo da igreja

católica onde também existem cantos, porém os mesmos são para os

santos católicos, os pontos na Umbanda não causam nenhum

desconforto, muito pelo contrário a energia que emana desses pontos

envolve tudo e todos de maneira harmoniosa e confortante.

Cada linha de trabalho tem os seus pontos específicos e pode acontecer

de, por exemplo, você ouvir um ponto de caboclo em um terreiro e em

outro terreiro um ponto de caboclo completamente diferente, não

existe nenhum problema nisso pois se o ponto é diferente ou as vezes

até desconhecido pelo fato de ser específico de outra casa, quando é

cantado com Fé e respeito e tem fundamento é o que importa.

Quem nunca se lembrou de um ponto quando está em seu lar

acendendo uma vela ou quando come um doce e lembra um ponto de

erê, não só no nosso lar mas também em qualquer outro local que

estamos.

Claro que não iremos cantar um ponto na rua ou em outro local

publico, pois existem outras crenças e devemos respeitar, mas existem

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alguns pontos que fazem parte da vida de cada um e remetem a

alguma situação ou lembrança e acabam ficando em nossa mente e no

nosso subconsciente.

Pode-se dizer que os pontos são uma forma de se rezar... Portanto

rezamos cantando e cantamos rezando.

Saravá Umbanda

Um abraço fraternal...

(Hugo Lapa)

Muitas pessoas defendem a idéia de que o livre arbítrio é apenas uma

ilusão. Outros declaram que o livre arbítrio é absoluto, que sempre

escolhemos tudo em nossa vida. Isso é verdade por um lado, mas está

ainda incompleto por outro. Do ponto de vista espiritual, existem dois

tipos ou níveis principais em que podemos identificar a existência do

livre arbítrio do ser humano. Vamos explicar estes dois tipos.

Livre arbítrio do planejamento de vida

O primeiro deles é o que denominamos de “livre arbítrio do

planejamento de vida”. Esse livre arbítrio se realiza quando o espírito

está no plano espiritual aguardando a sua encarnação. Nesse momento,

a alma faz um planejamento de toda a sua existência vindoura, sempre

com base em seu karma passado, desde o local de seu nascimento, o

país em que vai nascer, a família em que ela vai nascer, os principais

acontecimentos de sua vida desde a infância até a sua velhice, quais

almas afins ela vai se relacionar, quais desafetos de vidas passadas ela

vai encontrar, sua profissão e seu projeto de vida, ou seja, que missão

ela deverá cumprir e também traça um conjunto de metas a serem

alcançadas.

O mais importante nesse momento da programação de vida é a escolha

de quais serão as principais provas de sua vida. As provas são os

desafios que a alma terá que enfrentar e superar. A alma que atravessa

uma provação sem se deixar dispersar, desencaminhar ou decair

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dentro das adversidades consegue seu intento e avança em seu

desenvolvimento espiritual.

A alma que sucumbe as provas, se deixa levar pelas tentações do

mundo e comete erros no enfrentamento dessas provas deverá refazer

novamente as mesmas provações numa encarnação futura. Alguns

exemplos de provações são: doenças, perda de entes queridos,

dificuldades profissionais, humilhações, calúnias, agressões e ataques,

isolamento, abandono, deformidades físicas, dentre outros.

Todos esse acontecimentos podem ter como objetivo despertar no

espírito as virtudes que são inerentes a condição dos espíritos mais

puros e avançados, como a humildade, o amor, a honestidade, a

paciência, a força, a flexibilidade, a equanimidade, etc. Toda prova tem

como objetivo libertar o ser humano de algum defeito gerado por sua

condição mundana e despertar nele uma virtude que é essencialmente

espiritual, ou seja, que está mais ligada a sua natureza infinita e eterna

do que a sua natureza humana, material ou temporária. Nesse sentido,

existem alguns tipos ou padrões de provas que despertam alguns destes

valores ou qualidades, como por exemplo, a prova da humildade.

A prova da humildade tem como objetivo libertar o ser humano do

orgulho, da vaidade e do egocentrismo, que são características típicas

do mundo material limitado. Um dos maiores exemplos da prova da

humildade é nascer e viver em condições de pobreza ou miséria, onde

faltam os recursos básicos para a nossa sobrevivência. Nessa prova, o

espírito encarnado começa a se liberar de suas necessidades humanas e

passa a elevar seu pensamento a sua natureza transcendente, a fé, a

intuição, a religião, a Deus, etc. Nesse sentido, ele entende que o mundo

não gira ao seu redor, mas que ele é alguém que precisa de um algo

mais na vida; ele precisa ver além do imediato e do passageiro, e não

apenas ficar dependendo de benesses mundanas.

A prova da humildade se caracteriza por qualquer situação em que

nosso orgulho é posto em cheque, e vemos nossas forças humanas se

esgotarem, se encerrarem, e a única coisa que nos sobra é a ascensão

do pensamento a algo maior a que possamos recorrer. Nesse sentido,

uma pessoa que nasce pobre pode ter escolhido ser pobre o resto de sua

vida, justamente para libertar-se dos resíduos de orgulho e egoísmo.

Os espíritos encarnados que escolheram a pobreza como instrumento

da prova da humildade podem trabalhar e tentar ascender socialmente

a vida inteira, que não terão sucesso. Observe que aqui não existe

qualquer determinismo, fatalidade ou acaso, pois foi o próprio espírito,

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antes de nascer, que escolheu a vida de pobreza para bem atravessar a

prova da humildade e se libertar da vaidade, orgulho e egoísmo.

Livre arbítrio de reação às provas

Ainda no exemplo acima vemos o segundo tipo de livre arbítrio que faz

parte do ser humano. Este chamamos de “livre arbítrio de reação às

provas”. O primeiro, como dissemos, é a escolha que a alma faz, ainda

no plano espiritual, das provas pelas quais precisa viver. Isso significa

que, se o espírito escolheu ser pobre a vida inteira para aprender a ser

humilde, ele será pobre a vida inteira, não importa o que faça. Mas ele

pode, durante toda a sua vida, resignar-se com essa condição ou lutar

contra ela, e aqui reside o segundo tipo de livre arbítrio, que é

exatamente a forma como uma pessoa reage as coisas que lhe ocorrem.

Ainda no caso da pobreza, uma pessoa pode ser pobre e escolher

entrar no mundo do crime, assaltar, roubar, etc, ou ele pode escolher

trabalhar honestamente e lidar com a pobreza da forma mais nobre,

que é viver uma existência de honestidade, amor, compaixão, etc. Em

outro exemplo, uma pessoa pode viver a prova da morte de um ente

querido, e reagir tanto positivamente quanto negativamente. Nesse

caso o livre arbítrio consiste não em escolher o que vai lhe ocorrer (que

é o livre arbítrio do planejamento de vida), mas em escolher como agir

ou reagir diante do que lhe acontece (que é o livre arbítrio de reação às

provas).

Nesse sentido, a forma como alguém reage a prova faz parte do seu

livre arbítrio. A pessoa tanto pode ficar deprimida e desistir de viver

pela perda, por exemplo, de um filho, ou pode usar esse sofrimento

para se tornar uma pessoa melhor. Existem pessoas que perdem os

filhos em acidentes de carro e se engajam em campanhas contra a

violência no trânsito. Esse é um modo de reagir positivamente àquela

provação; é uma forma de utilizar nosso livre arbítrio de um modo

construtivo. Mas há outras pessoas que perdem seus filhos e caem na

rua da amargura, mergulham numa depressão e num vazio, e se

deixam abater pelo sofrimento.

Muitas pessoas podem não conseguir identificar em situações extremas

onde está a nossa escolha, pois pensam que qualquer pessoa que, por

exemplo, perde um filho, deverá necessariamente se entregar a

depressão e se deixar morrer em vida, mas muitos exemplos de vida

demonstram que nem todas as pessoas que perderam um filho, ou

passaram por circunstâncias muito sofridas se deixam desabar

emocionalmente.

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Na verdade, é muito importante que as pessoas entendam esse

princípio que agora será explicado: as pessoas que vivem intensos

sofrimentos precisam de alguma forma reverter toda essa tristeza e

vazio em trabalhos humanitários em prol de seus semelhantes. Sim,

muitos não sabem disso, mas qualquer tipo de sofrimento nos obriga a

ir além de nós mesmos, superar nossos limites humanos e passar a

desenvolver uma perspectiva coletiva da vida. Por isso, a pessoa que

sofre precisa parar de pensar em apenas em si mesma e no seu próprio

sofrimento e começar a pensar além de si, além do seu ego, e se colocar

numa posição de serviço a uma causa maior. Com isso, o valor que ela

dá a si mesma em sofrimento diminui, e conseqüentemente o

sofrimento também se reduz. Quanto maior nosso desprendimento em

relação a nós mesmos, menor será o sofrimento. Por outro lado, quanto

mais a pessoa em sofrimento estiver focada apenas em si mesmo e em

suas necessidades, mais ela vai sofrer.

Algumas pessoas podem perguntar: mas e as outras escolhas que

fazemos na vida, como cursar uma faculdade de medicina ao invés de

Direito, ou trabalhar como atendente e não como vendedor. A resposta

a essa pergunta é bem simples. Todas as escolhas de nossa vida estão

em sintonia com aquilo que sentimos que deve ser feito com base no

planejamento de vida que fizemos antes de nascer. Dessa forma, se

uma pessoa escolhe medicina ao invés de direito, ela sente

interiormente que é a medicina o curso a ser escolhido, e não Direito.

Esse sentimento vem justamente das escolhas que ela fez antes de

nascer, e as escolhas que ela fez antes de nascer estão muito mais em

sintonia com nosso ser interior do que as nossas escolhas humanas.

Isso ocorre porque, no plano espiritual, o espírito está dotado de muito

mais liberdade de ser o que é, pois se encontra além de qualquer

condição limitante. Chamamos de condição limitante o corpo físico e

uma mente humana condicionada pela cultura, educação, etc. De

qualquer forma, mesmo que o espírito seja mais livre do que na

matéria, mesmo assim ele ainda está limitado pelo seu grau de

desenvolvimento espiritual, e por esse motivo, muitas vezes, ainda

precisa da ajuda de espíritos mais adiantados para programar sua

existência de tal forma que ela seja proveitosa para seu crescimento

espiritual.

Autor: Hugo Lapa

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Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : [email protected] ou via face gratidão.

(Felipe Campos)

Estamos acostumados a ver várias vertentes de Umbanda sendo

criadas, manifestadas, conduzidas, cada uma com uma filosofia

diferente, um entendimento diferente, uma ritualística diferente. Eu

sempre achei isso muito bom, claro, sempre prezo que qualquer

vertente para ser de Umbanda, precisa manter a sua base doutrinária,

ética e moral, aqui estamos falando dos primeiros valores de Umbanda

preconizados por Pai Zélio de Moraes e o Caboclo das 7

Encruzilhadas.

Se buscarmos os ensinamentos do próprio Caboclo das 7

Encruzilhadas, perceberemos que ele mesmo dizia que novas formas

de culto e entendimento, poderiam ser agregadas à Umbanda pelos

Mentores espirituais dos dirigentes que futuramente iriam conduzir a

Umbanda, assim mostrando ser uma religião estruturalmente aberta,

porém, há de se ter bom senso quanto a essas adições culturais.

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A algum tempo venho lutando com os meios que tenho dentro da

Umbanda para tentar expor uma questão de bom senso nas

manifestações espirituais, quase que tentando remar contra a maré

para mostrar um caminho no meu ver errado que estamos tomando.

Já está virando rotina vermos divulgações, fotos e mais fotos de

supostas festas à guias espirituais, festas estas que ocorrem em salões

de festas e buffets alugados, com fogos de artificio, coquetéis, baterias

de escola de samba e toda e qualquer ostentação que o dinheiro possa

comprar ou alugar, sinceramente, essa não é a espiritualidade que

conheci.

Se pegarmos um dos ensinamentos de Caboclo das 7

Encruzilhadas, veremos que ele dizia que a Umbanda é a minfestação

do espirito para a prática da caridade, ou seja, devemos perceber qual

é a função da manifestação espiritual.

Todo ser espiritual habita e vivencia suas experiências num

plano espiritual diferente do nosso, mais elevado e sutil, e devemos nos

perguntar por qual motivo ele se sujeita a se densificar e passar

momentos conosco, seres mais ignorantes. A resposta é clara e o

próprio Caboclo nos diz, trabalhar, prestar a caridade, nos ensinar,

apenas isso. Um suposto guia espiritual, supostamente incorporar em

um médium apenas para ouvir gritos e cânticos em sua suposta

homenagem, beber, fumar, cantar, dançar e depois ir embora, é

claramente vir para nada, sem uso e sem motivo aceitável pelas esferas

espirituais mais elevadas, nenhum ser espiritual elevado precisa de

qualquer uma dessas coisas, então devemos nos questionar, será que

estes seres que se manifestam nessa “Umbanda Ostentação” realmente

são Mentores de luz, assim como o Caboclo das 7 Encruzilhadas,

Caboclo Mirim, Pai Antônio e até mesmo por que não Emmanuel?

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Essas ações além de não ter o menor fundamento também é um

ato de desrespeito com a espiritualidade séria de verdade e devemos

aceitar de uma vez por todas que nossa querida religião, aquela

fundada no dia 15 de Novembro de 1908 hoje está se tornando reduto

de seres e médiuns que não atuam nas faixas positivas, por isso temos

por nosso futuro.

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(Paulo Ludogero)

Em 2008 comemoramos o primeiro centenário da Umbanda. Muita

coisa importante vem acontecendo no cenário umbandista nos últimos

anos. O momento é propício para mudanças e muitos irmãos e irmãs

de fé vêm trabalhando ativamente para essas profícuas

transformações. Pela primeira vez há uma preocupação séria com a

doutrina das crianças na Umbanda. Essas crianças que hoje

freqüentam os terreiros com os seus pais, serão o futuro dessa religião

que abarca mais de trinta milhões de pessoas por este Brasil afora. Os

autores relatam e descrevem as atividades do Projeto Axé-Mirim que

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vem fazendo enorme sucesso na comunidade umbandista. O momento

atual necessita um acompanhamento de perto das crianças que

adentram os terreiros de Umbanda e que vêem o mundo de uma

maneira diferente dos adultos. Elas são o futuro de uma religião ainda

pouco compreendida pelas pessoas. E muitos são portadores de dons

mediúnicos que, se trabalhados na tenra infância, serão médiuns de

grande potencial. Este trabalho é uma tentativa de organizar o ensino

da religião Umbanda e o objetivo é que os adultos tenham a base

teórica fundamentada para tal ensino. Cabe aos doutrinadores

adaptarem esta obra à realidade de suas casas e à faixa etária das

crianças. Esta é uma obra portentosa que, com certeza, vai trazer

novas luzes aos umbandistas e simpatizantes da Umbanda.

http://www.iconeeditora.com.br

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Como são os filhos de Oxum?

(Maria Aparecida Linares)

Oxum – Orixá das águas doces – é o espírito que habita entre a

inocência da primeira infância e o interesse pelo novo,

característico do início da adolescência. Por essas

particularidades são tidos como tradicionalistas, ingênuos,

românticos, sonhadores e místicos.

Seus filhos caracterizam-se por serem meigos e ternos, porém

detestam ser contrariados. Dedicam-se com afinco às suas tarefas

e esperam ser valorizados pelos resultados. Serem punidos

indevidamente é um de seus maiores

desgostos.

Muito preocupados com a opinião alheia utilizam-se de educação e

delicadeza para contornar situações embaraçosas evitando o embate.

Cientes de onde querem chegar estabelecem suas estratégias e não se

desviam de seu caminho até conseguir o que desejam. Apesar de

transparecerem delicadeza e fragilidade são extremamentes

determinados e fortes de espíritos. Muito espiritualizados, são

naturalmente otimistas.

Sendo a honestidade um traço muito forte da sua personalidade é

difícil reconquistá-lo quando são traídos, pois sempre ficarão receosos ou desconfiarão do

traidor. São pessoas muito pacientes, mas quando a perdem demoram a voltar à sua

serenidade. Muito vaidosos, são elegantes e preocupam-se com a aparência, gostam de

artigos finos e sofisticados, porém, odeiam ser o centro das atenções.

Amam intensa e verdadeiramente dedicando-se totalmente ao

parceiro, mas, caso não sejam correspondidos recolhem-se e

deixam que o outro que se afaste porque seu amor-próprio não

permitirá que se humilhem por um amor não correspondido.Muito

amorosos e ternos são tidos como chorões e um pouco rancorosos,

mas são ótimas pessoas para se ter como amigos, pois são

sensíveis, transmitem segurança e serenidade. Por sua vez eles

buscam para amigos pessoas de bom caráter.

Um pouco chatos por sua ingenuidade inocente, gostam de fazer

as coisas certas visando um futuro glorioso. Têm um espírito

leve e livre.

Aieieu Mamãe Oxum, aieieu!

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Maria Aparecida Linares – out/2015

comunicação SANU / FUGABC www.santuariodaumbanda.com.br

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(Cissa Neves)

Divina, Sagrada, amada e doce mãe Oxum! Mãe do amor

incondicional, da agregação, da harmonia e da família, Mãe

de todas as Mães encarnadas. Nós vós pedimos sagrada mãe

Oxum que a Senhora nos ensine a ser caridosos, solidários,

humildes, a ter amor e sabedoria para compreender a nós

mesmos e aos nossos semelhantes. E que na pureza, forças e

mistérios de suas águas nosso espírito e matéria sejam

banhados e que sejam ceifados todos os cordões energéticos

que nos ligam as esferas negativas, nos livre dos vícios, das

mágoas, dos rancores e das algemas que nos impedem de

evoluir e de enxergar o esplendor do amor Divino e que

nossos pensamentos, atos e sentimentos sejam límpidos e

iluminados, que possamos encontrar a chave que abrem as

portas do amor, da fé, da lei e da razão e que o nosso intimo

seja purificada nas forças e poderes dos vossos sagrados

mistérios, que nossos corações sejam transbordados com

vosso Divino amor. Pedimos também amada Mãe que a

Senhora nos cubra com vosso sagrado manto e traga o amor,

a harmonia e a prosperidade para nós, nossa casa, nossa

família e para todos que fazem parte das nossas vidas.

Purifica o intimo dos nossos inimigos, leva o amor, o

equilíbrio, a fé e a harmonia para vida deles e mostre a eles a

grandeza do amor e do perdão.

Amada Mãe Oxum, que a Senhora nos traga a saúde, a

coragem, a alegria, o discernimento, a fé, a serenidade e a

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sabedoria, para vencermos todas as provações com que nos

deparamos a cada dia, e que possamos caminhar sempre

guiados e amparados pela Senhora. Sagrada e divina Mãe

oxum nós vos agradecemos e pedimos a vossa benção, vosso

amparo e vossa proteção Divina em todos os dias da nossa

jornada terrena. Que assim seja. Amém.

Salve a nossa Mãe Oxum.Salve a nossa umbanda sagrada.

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Este texto faz parte do livro DONA LILICA A BENZEDEIRA- ditado por Vovó Benta e escrito por Leni W.Saviscki

“Visita ao Terreiro de Umbanda

O céu estava esplendoroso naquela noite de lua cheia. Enquanto uma brisa suave roçava o seu rosto, inebriada pela beleza das estrelas que bordavam o espaço, Lilica se lembrava de uma canção religiosa que aprendera ainda na infância daquela última encarnação e cantarolando, deixava o pensamento voar como a alcançar o imenso céu: “Mãezinha do céu, mãe do puro amor, Jesus é teu filho, eu também o sou...” Enlevada por essa lembrança, deixava sua vibração se elevar, imaginando como deveria ser linda a morada de Jesus, se ali onde estava agora em espírito, tão aquém do mundo celestial, já era quase um paraíso se comparado a crosta onde viveu encarnada.

Vó Dita que viera ter com ela, vendo sua aura iluminada pelo pensamento elevado, ficou observando, um pouco distante. Quando Lilica percebeu sua presença, desconcertou e pediu desculpas.

- Que é isso minha filha? Fico feliz que suas saudades do plano terreno, tenham se transformado num sonho de ascensão a patamares mais altos. É assim que deve ser nossa evolução; almejar mundos melhores, nos desligando das coisas materiais que deixamos no mundo de expiação e dores em que precisamos um dia estagiar.

- Verdade Vó Dita! Eu já consigo me sentir mais livre, com menos apego as coisas terrenas. Visitei minha antiga casinha e pude observar que mesmo sem minha presença por lá, o mundo continua a girar e o bem a ser feito. Isso me aliviou muito a consciência e me ajudou a compreender que neste momento meu lugar é aqui, até que se faça necessário nova encarnação.

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- Ótima dedução dona Lilica! Ufa, até que enfim! Seja bem vinda ao mundo espiritual! – brincou sorrindo, a bondosa vovó.

- Vó Dita, tenho sentido a falta de minha avó que não me visita mais. A senhora sabe notícias dela?

- Filha, sua avó reencarnou a algum tempo, cumprindo uma programação kármica. E saiba que assim se fez, porque precisava se antecipar a sua volta para o mundo físico. A ligação que as une e ora as reúne aqui ou acolá, terá continuidade para a evolução de ambas.

Mesmo emocionada com a notícia, Lilica sorriu feliz. Sabia de alguma forma que um dia ainda estaria nos braços daquela que na última encarnação foi sua avó. Talvez antes, no seu ventre.

- Então, já que a mudança se fez, vamos ao trabalho? Dentro de uma hora estaremos partindo rumo à crosta em nova excursão. Quer vir conosco?

- Quero sim, Vó Dita e fico muito grata pela oportunidade de trabalho. Para onde vamos desta vez?

- Surpresa! Mas tenho certeza de que, embora você não conheça, vai se afinizar com as energias do local.

Ainda do alto, após transpassar as cortinas vibratórias que separam o mundo da matéria do espiritual, a equipe de trabalho orientada por Vó Dita podia observar que lá embaixo existia um ponto de luz intenso que se irradiava além da crosta. Ao se aproximarem, perceberam que se tratava de uma pequena construção situada num bairro pobre de uma grande cidade.

As luzes da cidade brilhavam por todas as partes, das formas mais variadas e coloridas, mesmo assim, todas elas juntas não conseguiam se igualar em intensidade e beleza, a que jorrava daquela pequena casa.

Já com os pés na terra, observavam de longe o movimento que se intensificava nos dois lados da vida, ao redor da construção bastante humilde. A noite apenas iniciava, marcando oito horas no relógio terreno.

- Vó Dita, conforme vejo a indicação na porta, aqui é um terreiro de Umbanda. Confesso que estou curiosa, embora saiba que não é esse o sentimento que devo ter, uma vez que, se aqui estou é pra trabalhar. Porém essa curiosidade é porque nunca tive a oportunidade de conhecer lugares como este.

- Lilica, vou deixar maiores comentários para o final de nossa missão por aqui, mas tenho certeza de que será uma noite inesquecível.

Lilica observa as pessoas que agora entravam no ambiente. Algumas, visivelmente abatidas, mas esperançosas. Algumas carregavam consigo vários espíritos desencarnados que lhes sugavam as energias, outros enraivecidos que as maltratavam causando dores em algum membro ou órgão. Mas no meio delas, havia algumas poucas que refletiam luz do cardíaco e que ao adentrar, serenavam em oração, demonstrando estarem felizes naquele lugar tão simples, onde se refugiavam para repartir as bênçãos recebidas.

As pessoas sentavam-se em bancos de madeira, enquanto os trabalhadores da Casa, vestindo roupa branca e pés descalços, movimentavam-se organizando o ambiente. Havia um pequeno congá enfeitado com flores e ervas perfumadas, além de algumas velas acesas.

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Vó Dita e sua equipe de trabalhadores, após passar pelos guardiões do portão, foram recebidas amorosamente pelos trabalhadores espirituais da Casa e convidada a fazer parte de sua corrente. Várias outras caravanas de espíritos trabalhadores da Luz chegavam e também eram recepcionados e integrados ao local que na parte física era uma pequena construção, mas no plano espiritual se expandia muito além.

Os médiuns silenciosamente acomodavam suas mentes, quando os trabalhos foram abertos pelo dirigente da Casa, com orações cantadas exaltando Oxalá. Após breve explanação orientando e esclarecendo sobre os atendimentos, uma leitura evangélica que discorria sobre o poder do bem sobre o mal.

Lilica, assim como alguns outros espíritos que ali estavam pela primeira vez, observava tudo atentamente. Desde o momento em que ali adentrou, seu coração batera mais forte. Uma imensa alegria invadiu seu coração, junto a uma saudade, que ela não definia de que.

Agora as cantigas recomeçavam chamando ao trabalho as entidades espirituais que irradiariam os médiuns, a quem denominavam “pretos velhos”. Admirada, Lilica percebia muitos daqueles espíritos ali presentes, se aproximarem do médium, atuando fortemente sobre seu chacra básico do corpo energético, que se localiza ao final da coluna vertebral, agora levemente desacoplado do físico, forçando-o a agachar-se. A ligação mental se dava por fios tenuíssimos do cérebro de um com o outro, através dos quais se repassavam as intuições.

Surpresa, Lilica observou Vó Dita realizar essa ligação com um médium bem jovem, que notavelmente modificou suas feições e voz, ficando assim com traços e trejeitos bastante semelhantes ao espírito que o irradiava. Desta forma, sentados em pequenos bancos, os pretos velhos iniciavam os atendimentos aos encarnados necessitados. Alguns usavam pequenos defumadores em forma de cachimbos recheados com ervas secas; outros usavam galhos de ervas verdes ou aromatizantes líquidos confeccionados com álcool e ervas para limpar seus corpos energéticos. Admirada, Lilica observava quanta energia densa em forma de larvas era retirada do campo vibratório daquelas pessoas através dessa profilaxia. -“Não deixa de ser uma benzedura!” – pensou alto.

Muitos outros trabalhadores exerciam outras tantas funções em frentes de trabalhos já preparadas anteriormente ao inicio dos atendimentos. Era admirável a organização existente no ambiente, de ambos os lados da vida. No plano espiritual, cada pessoa, ao adentrar na Casa, passava por um detector energético que sinalizava e gravava vários itens que indicavam o tipo de atendimento que ele necessitava. Isso gerava uma ficha com dados minuciosos a qual ficava estampada no peito do corpo energético de cada atendido. Desta forma, enquanto o preto velho, com sua fala mansa o limpava dos fluídos mórbidos e com ele dialogava, falangeiros de outras linhas de trabalho se movimentavam para assistir os desencarnados a ele ligados, bem como enviavam guardiões a locais distante onde se encontravam trabalhos de magia negra, enfeitiçamento, etc.

Lilica observava que, embora a necessidade de alguns, o recebimento ou não da ajuda, se dava baseada em vários outros fatores, tais como merecimento e vontade da pessoa. Muitos que ali aportavam,

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embora as expressões vitimizadas a que se acostumaram, não queriam outra coisa, senão terceirizar seus problemas sem o mínimo esforço próprio em mudar atitudes e pensamentos. Recebiam o conselho salutar, mas muitas vezes quem recebia a ajuda verdadeira, eram somente seus acompanhantes espirituais afins, que ali encontravam auxílio fraterno, voltando para a luz.

O trabalho continuava intenso dos dois lados da vida, naquele terreiro simples, mas que, pela seriedade e amorosidade de seus trabalhadores se transformou num manancial de luz, num hospital-socorro, além de escola abençoada que encaminhava tanto espíritos encarnados, quanto desencarnados. O movimento de ir e vir de vários trabalhadores espirituais mostrava o quanto de trabalho existe para quem quer auxiliar na caridade. A cada pouco, caravanas de espíritos doentes, sofredores de toda ordem, chegavam até o terreiro para receberem os fluídos benéficos dos primeiros socorros para em seguida serem transportados aos hospitais do mundo astral. Cada um dos presentes, à seu turno, auxiliava como sabia e podia.

Lilica foi chamada a colaborar com uma criança que estava sendo atendida por uma preta velha.

- Filha, essa criança precisa de benzedura. Tem sério cobreiro que se instalou depois de uma picada de aranha.

Disponível e feliz por poder ajudar, Lilica tratou logo de recolher um galho de erva apropriado, entre as tantas que o local ofertava e quando se aproximava da criança, a preta velha se afastou da médium a qual irradiava e sinalizou que ela se aproximasse. Um tanto tímida e sem saber como faria aquilo, dirigiu-se mentalmente a Deus pedindo que lhe amparasse. Foi quando sentiu uma força estranha de atração que a aproximava do campo energético daquela irmã trabalhadora do bem. Por breves instantes, a impressão era de que estaria novamente encarnada num veículo material. Sentiu a densidade do corpo físico e quase travou, tendo a sensação de estar sendo vítima de um choque elétrico. Acomodou seus pensamentos e focalizou na sua missão que era benzer a criança e assim, sem esforço algum, iniciou o processo que era repassado fielmente pela médium.

A criança apresentava forte irritação purulenta na parte interna da coxa, agravado que estava pela coceira e queimação. Conforme a mãe repassava, já havia tratado com pomadas e antialérgicos, sem resultado positivo. Lilica, no entanto conseguia como espírito desencarnado visualizar o cenário na sua parte energética, onde o quadro era bem mais grave. Ao redor da parte afetada pelas erupções da pele, uma espécie de limo pegajoso e escuro, composto por minúsculos vermes, se movimentava alimentando a ferida.

Após o benzimento que aliviou imediatamente a queimação e coceira do cobreiro, a criança que observava o cenário espiritual, correspondeu ao seu sorriso e beijou o rosto da médium. Lilica fechou os olhos e não conseguiu evitar as lágrimas de emoção, que foram também transmitidas a quem lhe dava passagem. A preta velha que a tudo assistia, sorriu agradecida e sinalizou que Lilica já podia afastar-se para que ela pudesse continuar seu trabalho, solicitando que permanecesse ao

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lado, aprendendo e participando do restante do atendimento. A preta velha iniciou então, um diálogo com a mãe da criança:

- Sua criança é nervosa?

- Muito nervosa, além de chorona e as vezes agressiva. - Correto. Então minha filha, procure um profissional que indique

um tratamento para que lhe seja ministrado um medicamento calmante. Sugiro que dê preferência a algo mais natural, como a homeopatia. Isso vai lhe ajudar a não adquirir novas doenças desse nível. E no tempo certo, busque ajuda psicológica e instrução para que você como mãe, possa saber domar essa personalidade antes que ela se firme nessa encarnação e assim possa ajudá-lo a ser um adulto melhor.

Após ouvir o conselho, uma bênção da preta velha e um carinhoso abraço, ela retirou-se feliz, aconchegada pela valiosa ajuda recebida.

Aquela experiência acendeu no íntimo de Lilica uma luz tão grande, que a levou a solicitar ao dirigente espiritual do local, permissão para auxiliar todas as crianças que chegavam trazidas pelas caravanas de socorro. E assim o fez até o final dos trabalhos da noite.

Quando se encerrou a sessão e os desencarnados retornaram aos seus lares, no terreiro ainda permaneceram várias entidades espirituais realizando a limpeza energética, últimos socorros e já tratando da preparação para a continuidade de alguns trabalhos que se dariam durante a noite, na parte espiritual da Casa.

Algumas caravanas, tanto de trabalhadores quanto de necessitados também já haviam retornado ao plano espiritual, mas entre as que ficaram para a continuidade do trabalho, estava a dirigida por Vó Dita. Organizadas em frentes de trabalho, cada equipe foi realizando suas tarefas de forma harmoniosa, demonstrando uma imensa alegria sem o cansaço natural com que saíram os médiuns encarnados, uma vez que não tinham mais o limite do corpo carnal.

Após a meia noite, vários médiuns em desdobramento sonambúlico retornavam para que, em corpo espiritual pudessem continuar auxiliando os trabalhadores da luz. E aquela pequenina Casa de caridade, que às vistas do mundo material era apenas um terreirinho de Umbanda onde algumas pessoas que acreditavam “naquilo”, buscavam tomar seus passes com as entidades espirituais, na calada da noite se transformava num enorme hospital de almas com grande movimento de espíritos.

Toda essa movimentação aumentava à medida que muitos outros espíritos de pessoas ainda encarnadas saíam de seus corpos que dormiam em seus leitos e participavam daquela festa caritativa. Alguns em busca de ajuda ou de tratamento, mas muitos como voluntários trabalhadores com a finalidade de auxiliar os necessitados.

Diante disso, Lilica interrogou Vó Dita: -Todos que estão aqui auxiliando o mundo espiritual, são médiuns

trabalhadores de alguma casa de caridade?

- Não, minha filha. Na verdade, todo aquele que é mediador entre o céu e a terra, entre o mundo físico e o mundo espiritual, podemos chamá-lo de médium. Mas nem todos estão aliados ou engajados no trabalho mediúnico de uma casa de caridade. Porém, essas criaturas benevolentes, antes de se entregarem ao seu sono, através da prece se

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ligam às forças divinas e se dispõe a auxiliar no bem. Desta forma, quando o corpo adormece, o espírito se liberta e auxiliado pelo seu protetor ou anjo de guarda, é trazido a locais com os que mais se afinize, onde ele pode trabalhar, aprender, ajudar e ser ajudado. Pois como tivemos a oportunidade de observar durante toda a noite, aqui nesta humilde casa de caridade, os que ajudam, são automaticamente os mais ajudados.

- Então qualquer pessoa pode trabalhar no mundo espiritual durante o sono? Mesmo as mais erradas e até aquelas sem crenças alguma?

- A todos é dada a oportunidade de se melhorar, todos os dias em todos os minutos deles. Cabe a cada um de nós, aproveitar ou não. Quando dormimos, seremos levados pelas forças que se afinizam com nossa energia. Religião, crença, raça, condição social de nada valem quando abandonamos nosso “uniforme” carnal, seja através do sono ou da chamada morte. O que vale é nosso sentimento, nossa vontade. O “orai e vigiai” aconselhado pelo Cristo Jesus vale para nos orientar no bem, mas ninguém está condenado ao inferno se ainda está vivenciando na ignorância dos sentimentos. Se conseguir orar e ainda for difícil vigiar, já é algo positivo. Então que ore pedindo sabedoria e ajuda espiritual. O vigiar vai acontecendo à medida que evoluímos e nos inteiramos das coisas espirituais.

Que bom quando já conseguimos solicitar trabalho para nosso espírito enquanto dormimos. Isso nos leva a experiências maravilhosas bem como a um acordar tranqüilo pela manhã. Formamos grupos afins com espíritos amigos que serão verdadeiras famílias a nos amparar no futuro, no além túmulo. O trabalho dignifica o homem, tanto na carne quanto e mais ainda, fora dela, pois trabalho não nos falta; nossa carência é de trabalhadores.

Quando o trabalho findou, a noite também dava adeus, mostrando a luminosidade do sol no horizonte. Com a alegria inundando o coração de todos, partiram de volta à sua estância astral. Não sem antes, elevarem seu agradecimento ao Criador, ajoelhando-se na relva molhada de sereno. E quando assim estavam, sentiram que outros espíritos se juntavam a eles e de joelhos também oravam agradecidos. Ao término, perceberam que se tratava de espíritos que haviam sido socorridos e ajudados ali mesmo, naquela casa de caridade, durante a noite.

As caravanas partiam deixando rastros de luz no espaço celeste, como rabos de foguetes, levando a nobilíssima sensação de missão cumprida. Na terra, alguns homens embriagados pela noite de prazeres ilusórios, recém retornavam para seus leitos; outros acordavam para cumprir suas obrigações diárias e outros ainda, graças a Deus, retornavam a seus corpos depois de uma noite de amparo no mundo espiritual.”

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