mês de dezembro de 2015

35
Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br [email protected] 1 Diretor responsável Caio Augusto Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura.

Upload: portal-caminhos-de-ogum

Post on 25-Jul-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Última edição do ano de 2015 mais uma parte da sua biblioteca online venha participe e compartilhe com seus amigos e irmãos salve Oxalá!

TRANSCRIPT

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 1

Diretor responsável Caio Augusto

Novidades, textos, eventos,

matérias, tudo que você

Umbandista procura.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 2

NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que altores enviam seus textos e trabalhos e

é comunicado a na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então o

jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!! Boa leitura.

Redação:

Diretor Geral:

Caio Augusto

Colaboradores:

Douglas Elias;

Glauco Mariani;

Felipe Campos;

Hugo Lapa;

Orlando Aparecido;

Jean de Ogum;

Claudio Vieira;

Bruno Stanchi;

Maria Aparecida;

Rosana Souza;

Equipe Para Sempre Umbanda EAD;

Roberta de Souza;

Pablo Araújo

Flavio Fukuda

Correção e textos:

Equipe Geral

Artes e Distribuição:

Caio Augusto

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 3

(Caio Augusto)

Entra ano e sai ano temos as mesmas reclamações, a que a casa não

presta, a pôr que fulano está lá, a por que o pai é isso, a pôr que está

caro a parcela, e assim vai sempre a uma desculpa para tudo mas,

devemos pensar em algumas coisas fundamentais primeiro você está

indo para que no terreiro? Pois se você vai para encontrar deus ele não

vai deixar de lhe atender sendo uma casa humilde ou sendo um

palácio, segundo a primeira coisa que o Umbandista deve intender que

não pode haver vaidade isso é um câncer para ele e ele deve evitar da

sua vide então horas se você não pode ter vaidade por que insiste?

Terceiro você é um religioso ou um analista de ambientes?

Oque devemos se atentar irmãos e que nada está bom, antigamente

com a umbanda um pouco mais antiga existia uma doutrina rígida

sobre hierarquia ao qual não devia haver nenhum desses problemas e

isso foi um pouco afrouxado para melhorar o convívio das pessoas com

a casa mas gerou esses problemas, afinal se você tanto critica muda de

casa 4 vezes no ano será que é problema da casa ou é problema seu?

Será que as vezes o que tanto você reclama não está dentro de você

mesmo? Devemos procurar sempre se policiar vigiar e evoluir, o nosso

eu interior vem programado para evoluir cabe você fazer isso ou não,

fofocas, vaidades, reclamações sem motivo não vai levar você a lugar

algum, então para entrar 2016 bem pense bem se você se dedica

realmente a casa que frequenta, pense se realmente você está indo para

cultuar seu orixá ou está indo por ir resgate o amor pela religião

dentro de você.

A casos e casos mas na maioria das vezes as pessoas reclamam de

barriga cheia a umbanda não é pastelaria pediu e logo está na sua mão

tudo tem que ser trabalhado preparado feito com amor, tenha amor

aos seus irmãos mais que aja um ou outro que você não gosta conviva o

respeite afinal somos todos irmãos em uma religião não faça para o

outro ou comungue para o outro o que você não quer para você

mesmo, ame muito as pessoas pois só assim intendera que o amor puro

pelo seu irmão faz a engrenagem girar, receba nesse natal uma

inspiração do mestre Jesus Cristo que ensina a mar a todos sem olhar a

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 4

quem, as pessoas trabalham duro nas suas casas para levar esse amor

adiante se não se sente bem num local troque mas tenha em sua mente

se você gira mais que pião em festa junina de casa em casa esse é o

momento de ter uma reflexão sobre o que é a religião para você.

Em fim desejo a todos que no fim de cada ciclo aja uma melhora nunca

uma piora, que ogum encaminhe a vida de cada um para o seu melhor

e que a evolução seja constante na vida de todos buscando seus

objetivos pois, cada um tem o direito de conquistar tudo que procura

sendo do seu merecimento e sem afetar ao próximo muito sucesso a

todos.

Olá amigos estaremos montando esse grupo de

estudos muito bacana e gratuito para uma única turma no ano:

GRUPO DE ESTUDOS DESPERTANDO PARA UMBANDA.

Qual a finalidade desse curso ele não é um desenvolvimento e sim um curso teórico

com aulas visando a iniciação da pessoa perante a religião em seu lado teórico vamos

falar de muitas coisas:

tipo de mediunidades,

história da umbanda,

guias orixás mentores,

o ritual,

Em fim será um cronograma bem bacana e para uma única turma que farei por ano pois,

cada turma mais ou menos de um a um ano e meio, é para quem quer conhecer a sua

religião ou gosta dela, ou acha bacana ter mais conhecimento em fim, será um grupo

para unirmos ideias e aprendermos cada dia mais! abrirei 14 vagas então se quiser

participar mande mensagem inbox ou um amigo que você sabe que queria, estamos

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 5

programando as turmas para quinta-feira a noite mas pode a ver variação o importante é

saber quem quer mesmo participar para unir esse grupo, seja bem-vindo!

Vai ser ministrado por: Pai Caio com duração de 1 ano podendo se estender. Valor:

25,00 reais de inscrição o resto do curso é gratuito, todo material será passado via ditado

ou alguns em pdf. Material: 1 caderno e uma caneta, boa vontade, vontade de se

espiritualizar dentro da doutrina de Umbanda Sagrada.

"Formamos pessoas não por interesse e sim interesse de ver novos adeptos levando a

Umbanda com seriedade e conhecimento a frente!"

Pai Caio Augusto

PS. AVISE SEUS AMIGOS!

PARA INSCRIÇÕES E CADASTRO ENTRE NO GRUPO:

https://www.facebook.com/groups/222807587848406/

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 6

(Caio Augusto)

Fundamentos Doutrinários de Umbanda

Autor Rubens Saraceni.

Páginas: 320

Descrição: Este é um livro a respeito dos fundamentos doutrinários da

Umbanda, uma religião fundada no Brasil em 16 de novembro de 1908,

por Zélio Fernandino de Moraes, a partir de uma manifestação

espiritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas durante uma sessão

espírita. Os umbandistas cultuam Deus e suas divindades, os Orixás, e,

durante as suas giras, contam com a presença dos Guias espirituais

incorporados em seus médiuns, para o cumprimento de uma das suas

finalidades primordiais: a prática da Caridade. Nesta obra, Rubens

Saraceni explica com desenvoltura fundamentos ritualísticos e

doutrinários dessa religião centenária, com destaque para a

cosmogênese umbandista e seus Orixás, discorrendo sobre suas

firmezas, irradiações, oferendas e seus assentamentos, bem como

aborda de modo claro as Sete Linhas de Umbanda. Outro ponto

importante é a Escrita Mágica Divina, que se trata da própria escrita

dos Orixás, e que os Guias chefes, com ordens de trabalho, riscam e

ativam o poder das divindades por meio da magia riscada umbandista.

O autor discorre ainda sobre o Orixá Exu e sua forma de atuação, e a

respeito da formação sacerdotal umbandista. No final da obra, o leitor

encontra um glossário que facilita o entendimento dos termos

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 7

utilizados na obra. Trata-se, portanto, de um livro indispensável a

todos os umbandistas e estudiosos do assunto.

Release: Esse é um livro a respeito dos fundamentos doutrinários da

Umbanda, uma religião fundada no Brasil em 16 de novembro de 1908,

por Zélio Fernandino de Moraes, a partir de uma manifestação

espiritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas durante uma sessão

espírita. Os umbandistas cultuam Deus e suas divindades, os Orixás, e,

durante as suas giras, contam com a presença dos Guias espirituais

incorporados em seus médiuns, para o cumprimento de uma das suas

finalidades primordiais: a prática da Caridade.

(Orlando Garcia)

Era sábado, acabávamos de chegar a Madrid, o sol já estava se pondo quando chegamos ao acampamento de Ítalo, um cigano muito respeitado pelo seu povo. Fomos recebidos com festa, carroças formavam um círculo tendo ao centro uma fogueira cujas labaredas atingiam aproximadamente três metros de altura. Ao fundo deste lindo cenário uma lua cheia dava um toque especial. Eu que sempre fui muito retraído, devido a perda que tive na infância onde meus pais e minha irmã morreram em um acidente; estava quieto em um canto, quando vi saindo de uma cabana uma

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 8

moça de uns 18 anos, com um lenço e moedas cobrindo-lhe a cabeça, era a cigana mais bonita que eu vi em minha vida. Cabelos ruivos, ondulados chegando a altura da cintura, corpo de uma sereia; quando cheguei mais perto vi que seus olhos eram da cor da esmeralda. Logo meu coração já tinha dona. A noite inteira não consegui desprender os olhos dela, a sua dança e o seu jeito de caminhar me enfeitiçaram; a paixão atingira meu coração. Naquela noite não tive oportunidade de conversar com ela, não consegui pegar no sono, só a imagem dela vinha em minha mente. Pelas frestas da minha barraca vi que o dia começava a raiar, levantei e fui contemplar a bela paisagem. Distraído não notei que ela caminhava em minha direção, perguntou se podia sentar-se ao meu lado. Tomei um susto, ela sorriu e sem palavras, apenas consenti com a cabeça. Notei que ela ainda estava com a roupa da festa, porém sem lenço e as moedas, pude então ver a perfeição do seu rosto. Perguntou de onde vínhamos, falei que vínhamos da Cataluña e iríamos para Saintes-Maries-de-La-Mer, lugar sagrado para o povo cigano. Lá Santa Sara chegou com as três Marias (Maria Jacobina, Maria Salomé e Maria Madalena) depois de navegar por mar revoltoso e sem remos. Ela me disse que queria sair da Espanha, mas seu pai o velho Ítalo não queria sair de sua terra natal. Perguntou o meu nome, disse Ramirez, quis saber o dela e ela me falou Madalena. Conversamos durante horas que para mim pareceram minutos. Mais tarde durante o almoço ao saborear um carneiro assado, sentada ao meu lado logo percebi que meu amor era correspondido. Ela era a terceira filha e disse que o pai nunca a deixara namorar. Fiquei mais preocupado, falei que gostaria que ela seguisse o meu grupo como minha esposa e ela me respondeu que dificilmente teria a permissão do pai dela. Me propus a falar com o pai dela. Na mesma noite fui ter com ele. Ítalo era um cigano corpulento, seu bigode chegava ao queixo, contei que estava apaixonado por Madalena e era correspondido, queria a sua permissão para tê-la como minha esposa e acompanhar o meu grupo. Ele se levantou, andou de um lado para o outro, parou e me disse “Vou deixá-lo cortejá-la, mas para levá-la terá até o fim de semana para pagar o dote de 30 mil réis (este era o valor aqui na época), só assim permitirei que ela o acompanhe”.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 9

Era muito dinheiro, eu não tinha nem 10 mil réis, mas falei que arrumava. Agradeci e saí. Fui direto a cabana de meu tio, homem que me criou e que sempre tive como meu pai, contei o ocorrido, ele disse que também não tinha tudo, perguntou se eu queria realmente a moça, disse que a quero e que nunca mais pediria nada a ele se ele me fizesse esse favor. Ele como um bom pai me prometeu que arrumaria com os outros ciganos. Dois dias antes do prazo final paguei o dote. A noite foi feita outra festa com danças, fogueira e comida a vontade, era o meu noivado. Dois dias após, uma noite antes da nossa partida houve outra festa, agora de despedida do meu grupo e do meu casamento. Foram dias de festa interna em meu coração. Vivi bons anos com minha amada, tivemos três filhos, dois meninos e uma menina. Já em terras francesas, meu grupo que adorava aquele clima ameno, estava radiante, fomos até o porto Saintes-Maries-de-La-Mer. Um dia já com as crianças grandes, nosso grupo chegou a uma cidade pequena, onde um menino tinha sido encontrado morto a beira de um rio. Boatos relatavam que fora obra de cigano e nosso grupo foi atacado durante a noite, não pouparam ninguém. A barraca que dormíamos foi incendiada, não deu tempo de ninguém sair. Meu espírito já fora do meu corpo viu a minha amada abraçada aos meus filhos, todos mortos. Vaguei sem rumo achando tudo culpa de Deus, praguejei. Vivi como um espírito obsessor, naqueles que aniquilaram o meu povo. Depois de muito tempo vivendo daquele modo fui socorrido por irmãos de luz. Entre eles estava Madalena, a alegria tomou conta de mim, chorei até ficar sem forças. Agora com a ajuda dos irmãos de luz e de minha amada, trabalho pela bandeira da Umbanda, tendo esse irmão que me dá a oportunidade de redimir meus erros do passado e também a essa alma gêmea que ainda me auxilia, atendemos na linha dos ciganos sob o manto de Santa Sara. Salve a Umbanda!!!

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 10

(Glauco Mariani)

Exú talvez seja na Umbanda, a linha de trabalho que desperta maior

curiosidade e até um pouco de medo, porém esse medo é injustificável,

já que Exú trabalha de maneira espetacular e dentro da Lei. Mas que

Lei é essa?

A Lei Maior, pode-se dizer que Exu é cumpridor dessa Lei e não se faz

nada sem Exu...pois ele é responsável direto pela comunicação entre o

Plano Espiritual e a Terra.

Vou dividir esse texto em duas partes: Orixá Exú e Exú de trabalho.

-Orixá Exú: é o princípio de tudo, é ele que traz as mensagens dos

outros Orixás para nós. Exú é movimento e nada pode acontecer sem

ele, nem mesmo um pensamento.

Quem já foi a uma gira de Umbanda, viu que ao se abrir os trabalhos,

sempre se saúda Exú, pedindo proteção para que a gira corra de

maneira tranquila, dessa forma Exú evita a entrada de espíritos

zombeteiros ou quiumbas nas giras, pois esses tem como único

propósito tumultuar os trabalhos. Tudo começa por ele; por isso ele

será sempre o primeiro.

Esse Orixá é responsável dentre muitas coisas, de esvaziar nossos

sentimentos negativos e nos reestabelecer o equilíbrio necessário.

Quando o médium" por exemplo" está com seu campo astral

negativado, Exú atua esvaziando essa negatividade e trazendo o

equilíbrio espiritual necessário.

-Exú de trabalho: a gira de Exú costuma ser a que mais pessoas

procuram orientação espiritual, talvez pelo simples fato de identificar-

se com essa linha de trabalho bem como da maneira que é conduzida

uma consulta por estas entidades, de forma direta e com muita

firmeza.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 11

Infelizmente ainda se ouve e se vê alguns desconhecedores dessa força,

compararem Exú a demônios, diabos e sei lá mais o que... tudo

ignorância e falta de conhecimento deste Mistério Divino e

indispensável a tudo e a todos.

Para se ter uma ideia os Exús de trabalho antes de incorporarem em

seus médiuns, precisam baixar sua frequência espiritual, para poder

chegar a nossa frequência, então como alguns falam que Exú está

abaixo de nós?

Na Umbanda não temos esse conceito de Céu e Inferno, que existe em

outras crenças, acreditamos sim que somos responsáveis pelos nossos

atos e temos livre arbítrio em nossas decisões, dessa forma cada um

responde pelas suas atitudes.

A presença de Exú está consignada até mesmo no primeiro ato da

Criação: sem Exú, nada é possível. A força de Exú, portanto, é

incomensurável.

Laroiê Exú

Abraços fraternos, axé.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 12

Quer receber todo o mês, o nosso jornal? Mande um e-mail

para [email protected] para receber sempre o jornal.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 13

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 14

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 15

(Hugo Lapa)

Não fique a todo momento querendo agradar os outros.

Quem fica se preocupando em ser aceito pela sociedade, pelos seus

familiares, pelos seus amigos ou pelas pessoas em geral acaba por se

tornar apenas uma imagem do que o outro espera que seja. Mas você

não pode e não deve ser apenas uma imagem que o outro projeta em

você. É necessário buscar quem somos lá no fundo, mesmo que isso

desagrade algumas pessoas.

Quando alguém te ama de verdade, vai te aceitar do jeito que você é; e

quem não te ama pode receber todos os agrados possíveis, que não te

amará por isso. Portanto, pare com esse vício de tentar agradar os

outros. As pessoas não vão te dar mais carinho ou mais afeto em

decorrência desse agrados; você não receberá a admiração alheia pela

tua bela atuação teatral em ser o que não é. Não se transforme naquilo

que os outros esperam que você seja, pois assim você perderá a si

mesmo tentando ser uma imagem projetada do outro, e o outro não te

dará aquilo que você mais quer: o seu amor e admiração.

Não deseje conquistar os outros pelo que você não é... Apenas seja o

que é, e quem te amar, vai te aceitar de qualquer forma.

Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : [email protected] ou via face gratidão.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 16

(Paulo Ludogero)

Sei que esse assunto é muito sério e tenho ultimamente me deparado

com muitas situações, que me faz pensar em desistir mas prefiro

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 17

pensar num futuro melhor. Vou explanar detalhadamente como penso

sobre esse tema. Cada terreiro de Umbanda é uma casa de Deus e dos

Orixás, então todos os Umbandistas deveriam ter livre acesso a todos

os terreiros, assim como ocorre com os irmãos de outras crenças. Um

médium ao entrar em outro terreiro deveria ter a conduta de se

identificar médium de outro terreiro e que está visitando a casa,

fazendo isso evitaríamos muitos constrangimentos. Por outro lado,

vamos ver a conduta sacerdotal, se um médium está visitando outro

terreiro, pode ser por vários motivos: o mesmo foi convidado por

amigos; pura curiosidade; buscando uma palavra amiga, pois está em

desentendimentos no terreiro em que frequenta; ajuda na curimba; a

procura de um curso e etc. Em todas as situações a conduta sacerdotal

deve ser sempre a de ser neutro! A conduta sacerdotal é muito

importante pois ela será o espelho da religião! Um sacerdote jamais

deve inflamar um desentendimento com quer que seja, deve sempre

tentar buscar a harmonia: se existe visitantes de outra casa, receba

com harmonia pois são irmãos de fé. Se identificar médiuns de outra

casa, receba também com harmonia e em ambas as situações (1,2),

jamais coloque as mãos em sua coroa, pois tem quem cuida dela.

sempre orientar o diálogo direto com os pais espirituais, dar um passe

sim, mas nunca mexer na coroa do médium. A curimba é sagrada e

movimenta energias em seu terreiro, jamais desfaça de seus ogãs por

causa da visita, mas receba os visitantes com harmonia, oriente a seus

ogãs sempre tratar bem e não fazer caras feias quando a outra

curimba puxar um ponto em tom ou melodia diferente, apenas

acompanhar. Se existe médiuns de outras casas fazendo cursos em seu

terreiro, trate-os com respeito, não se esqueça que são irmãos de fé.

Infelizmente recebo notícias alarmantes, sacerdotes exigindo que

alunos de cursos, venham em suas giras, venham participar de

atividades de terreiros e exigem ser chamados de pai ou mãe, isso é

falta de ética e de humildade para com o sacerdote que na confiança

mandou seus filhos para aprender e não serem assediados. Recebo

notícias que em visita sua curimba foi maltratada e que não deixam

participar das festividades ou evento, isso é falta de irmandade e

respeito Recebo notícias que sacerdotes manifestados orientam

médiuns de outras casas a deixar o seus terreiros por motivos diversos

e virem para sua casa, um guia de luz recebe o médium com amor e o

orienta a voltar e conversar com seus pais e não o convida para sua

corrente. Dentro do terreiro a falta de ética existe também desde o

sacerdote até os médiuns. O sacerdote por questões de afinidade

pessoal ou financeira, acaba dando a médiuns novos a posição de pais

pequenos ou privilegiada sem ao menos conhecer a mediunidade de tal

pessoa. E os médiuns mais velhos com anos de cumplicidade são

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 18

deixados de lado. Médiuns do terreiro desprovidos de ética e respeito,

começam a visitar terreiros sem ao menos comunicar seus sacerdotes e

estes ficam sabendo por terceiros. Médiuns que se acham auto

suficientes, convidam médiuns da casa para participar de giras em sua

casa ou chamam médiuns da corrente para fazerem trabalhos de

descarrego, desobsessão seja onde for e não comunicam seus

sacerdotes. Sei que existe médiuns muito capazes, mas não lhes dá o

direito de fazerem uso de médiuns do terreiro que frequentam.

Médiuns mais velhos que deveriam dar o exemplo de humildade e

receber com amor e orientar irmãos mais novos, se sentem ameaçados

e maltratam os irmãos mais novos. Médiuns insatisfeitos com a

conduta do sacerdote, ao invés de conversar diretamente com o

mesmo, inflama suas insatisfações com outros médiuns, dando início a

FOFOCA. E muitos outros exemplos eu poderia dar… Toda casa

quando recebe irmãos que saíram de outras casas por motivos

diversos, se quiser entrar em sua corrente, deveria frequentar no

mínimo 3 meses na assistência. Todo Sacerdote deveria orientar

sempre médiuns de outras casas a buscarem sua raíz e não querer

aumentar a sua corrente. Todo médium ao sair de uma casa, deveria

sair pela porta da frente. Do mesmo modo como entrou, pedir a

benção, guardar para si o que foi bom e o que não foi deixar na casa, e

não sair comentando e difamando a casa, pois enquanto frequentou lhe

serviu.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 19

“ALGUMAS PALAVRAS SOBRE

A CARTA MAGNA DA UMBANDA:”

por Pai Ronaldo Linares

“Ao contrário do que muitos pensam, a Carta Magna NÂO TEM A

INTENÇÃO DE ESTABELECER OU ELABORAR NOVAS REGRAS PARA

TRABALHOS RITUALÍSTICOS.

A proposta da Carta Magna é de apenas "escrever os fundamentos umbandistas e

trazer as palavras de Zélio Fernandino de Moraes e do Caboclo das Sete Encruzlhadas.

Toda religião (de acordo com as regras sociais em que vivemos) deve se posicionar em

relação as questões éticas e morais que envolvem a mesma sociedade. Nesse sentido, a

Carta Magna explicita sua posição em relação aos diversos temas, conforme abaixo:

Homossexualismo / Drogas / Eutanásia / Aborto / Racismo

Posicionamento em relação a outras religiões.

Violência doméstica / papel da mulher na sociedade / Pedofilia

de modo que qualquer pessoa, leiga ou não, possa pesquisar sobre a religião, seus

fundamentos, sua filosofia e como pensam os umbandistas. Cada religião tem seu livro

sagrado, por exemplo: cristã (Bíblia), hinduísta (Vedas), judia (Torá), islâmica

(Alcorão), budista (Tripitaka), etc.

Portanto, a Carta Magna da Umbanda é a elaboração de um documento unificado,

através da participação de tantas pessoas quantas quiserem participar, dando suas

opiniões e pareceres para que o documento seja escrito não por uma pessoa, por um

ponto de vista, mas pela opinião do umbandista.

Os rituais umbandistas não serão alterados; a religião umbandista não será re-escrita,

as pessoas não terão que mudar a forma como trabalham espiritualmente. Nada disso!

A Carta Magna será um instrumento de pesquisa para orientar e nortear aqueles que

dela recorrerem para entender seus fundamentos.

Por que esse documento ainda não existe?

A Umbanda é uma religião bebê em relação as demais. Veja abaixo:

Datas aproximadas do nascimentos das religiões:

• Cristianismo > 2014 ano

• Hinduísmo > Entre 1700 - 100 a.C.

• Islamismo > Por volta do séc VI

• Judaísmo > Por volta de 4.000 anos

• Budismo > Por volta de 2.500 anos

• Umbanda > 105 anos

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 20

Na história das religiões, todas elas levaram algum tempo para que pudessem surgir os

livros ou reunião de regras e orientações para os seguidores. Não foi Jesus quem

escreveu a Bíblia, o Alcorão levou quase um quarto de século para ser escrito. A

Umbanda tem apenas 105 anos e é praticada de forma empírica.

Cada médium é o receptáculo de um espírito evoluído que vem para ensinar e com eles

aprendemos todos os dias. Como em todos os seguimentos de uma sociedade, existem

pessoas extremamente sérias e comprometidas, outras gostam de excessos, outras

gostam de exploração, outras acham que não necessitam conhecer os fundamentos da

religião e acrescentam em seus rituais elementos que nunca existiram na Umbanda.

Outros acreditam que fazer a entrega de um lanche comprado num fast-food e ainda

embalado faz o mesmo efeito que uma oferenda preparada com todo carinho e respeito e

oferecida no local adequado e da forma correta.

Enquanto não tivermos um documento que oficialize a Umbanda como uma religião,

onde os leigos, pesquisadores, interessados, simpatizantes, juízes, etc. possam

pesquisar, continuaremos sendo vítimas de pessoas que acham que a Umbanda é uma

seita, (exemplo daquele Juiz que necessitou se retratar). Se somos tantos e atuantes para

fazer o Juiz voltar atrás em sua decisão, porque não dedicarmos alguns minutos para ler

os termos da Carta Magna da Umbanda e aí sim, discuti-la, questionar algum termo ou

colocação, criticar algo que não concordarmos. Para nos posicionarmos sobre um

assunto, temos que conhecê-lo.

Conhecendo o assunto podemos ser a seu favor ou contra, mas, temos que saber o

porquê.

O livre arbítrio é um presente divino ao homem que Oxalá ofereceu como a "cereja do

bolo" no momento da sua criação. Em sua sabedoria divina e, talvez para nos testar, nos

encheu de sentimentos ambíguos: amor x ódio; alegria x tristeza; sorriso x choro;

bondade X maldade; agressividade x compaixão; humildade x soberba; curiosidade x

desinteresse; e assim seguem uma infinidade de sentimentos que os homens podem

escolher quais utilizar nas diversas situações que são expostos.

Nossa intenção é que as pessoas pensem por si próprias e deem suas opiniões e suas

contribuições, desde que tenham conhecimento do assunto, que participem dos fóruns,

que façam perguntas, que discutam os termos. Nestes casos as críticas serão bem-

vindas, pois ele não é de uma pessoa, de um seguimento ou de uma cabeça. Esta Carta

Magna da Umbanda será um documento construído a quantas mãos se interessarem em

escrevê-lo.

O sacerdócio é um chamado divino. A entrega de um dom aos escolhidos para que

perpetuem os ensinamentos de Oxalá e que sejam formadores de opinião no segmento

que atuam unindo as pessoas aos Guias e Orixás para que, através de seus rituais

possam aproximá-las do sagrado, à praticada caridade, a compreensão e amor ao

próximo – símbolos da religião.

Você, sacerdote umbandista, medium, ogã, cambone, simpatizante ou leigo, mas que se

importa com o senso comum; que é contra o julgamento antes do conhecimento e que

se desagrada com más atitudes inspiradas em valores de grupos sociais impregnados por

falsas ideias, é também sua responsabilidade contribuir e acrescentar em sua vida a

expderiência de um momento histórico para a religião umbandista. Sua atitude será a

resposta ao chamado divino, será a sua aceitação da missão que lhe foi confiada.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 21

O local escolhido para a realização é o Santuário Da Umbanda Fugabc - conhecido

como a Meca do Umbandista.

Se você ainda não o visitou será uma excelente oportunidade de conhecê-lo.

Que Xangô e Pai Oxalá abençoem a todos. Pai Ronaldo.”

acesse: http://congcartamagna.wix.com/congcartamagna e saiba tudo sobre o

Congresso.

Maria Aparecida Linares –

comunicação SANU / FUGABC www.santuariodaumbanda.com.br

[email protected]

[email protected]

(Cissa Neves)

Texto: Falando um pouquinho sobre Seu Zé Pilintra.

Quem nunca ouviu falar em seu Zé Pilintra? Ele é muito citado

nos Centros de umbanda e também fora deles. Muitos já ouviram

falar dele, mas poucos o conhecem ou procuraram estudar um

pouco sobre essa entidade que, entre outros mistérios, é

mensageiro da luz.

Mesmo com todos os ensinamentos que vários templos de

Umbanda oferecem para todos que querem aprender sobre a

espiritualidade, ainda há muita ignorância sobre a Umbanda e os

orixás.

Por falta de conhecimento, até os dias atuais muitos acreditam

que o Seu Zé Pilintra é um marginal, um desordeiro e que é uma

entidade da treva, apenas porque ele tem o título de malandro.

Irmão, o Seu Zé Pilintra é uma entidade de luz, que muitas vezes

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 22

é confundidos com boiadeiro, com preto velho ou com Exu e etc.

Mas em qualquer uma dessas linhas de Umbanda, nas quais ele é

confundido com outras entidades, ele traz luz, ele trabalha para

ajudar a quem precisa de sua ajuda e, além de ser mensageiro da

luz, é portador de grande sabedoria e traz consigo os mistérios da

cura e da magia e com seus poderosos mistérios, juntamente com

sua malandragem tão mal interpretada, ele quebra demandas,

purifica nosso negativismo, recolhe e cura os espíritos

necessitados, cura e equilibra nossa matéria, fortalece a nossa fé e

nos traz a alegria de viver, entre outros poderosos trabalhos que

são atribuídos e confiados a ele pelo nosso Criador.

Irmão, nós devemos usar a malandragem do Seu Zé da mesma

forma que ele usou e usa, com ela ele nos livra até mesmo dos

espíritos trevosos. Então irmão, vamos usar a malandragem do

Seu Zé para dominar nossas próprias vidas e não a vida alheia.

Vamos usar essa malandragem para vencer nossos desafios, os

nossos obstáculos de cada dia e fazer das dificuldades um

aprendizado. Vamos usar essa malandragem para encontrar a

solução para os nossos problemas, fortalecer a nossa fé em meio

ao caos, buscar coragem diante do medo, buscar forças diante da

fraqueza, buscar o perdão ao invés da vingança, ser bondoso

diante da ingratidão e silenciar diante das ofensas. Vamos usar a

malandragem do Seu Zé Pilintra para viver da melhor forma

possível e dentro das leis divinas essa vida abençoada que o nosso

Criador generosamente nos concedeu. Vamos viver em harmonia

com tudo e com todos. Vamos viver com bondade em nossos

corações, com generosidade em nossos atos, vamos ajudar quem

precisa, sem nos esquecermos de ajudar a nós mesmos

primeiramente, pois é estando forte que podemos segurar a mão

de um irmão necessitado. Vamos buscar o conhecimento em

todos os campos, mas principalmente vamos buscar o

autoconhecimento. Vamos viver com alegria, com sabedoria,

com amor, mas principalmente vamos buscar o amor próprio. Isso

é viver com malandragem, astúcia e sabedoria.

Se vivermos da forma como aqui esta escrito, estaremos

alegrando os olhos do nosso divino Criador, pois estaremos

vivendo com fé e dentro das leis D'ele e também estaremos dando

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 23

saravà ao Seu Zé Pilintra, pois usaremos a malandragem dele em

nosso benefício e dos nossos semelhantes.

os galanteios, a astúcia e a malandragem do Seu Zé Pilintra estão

dentro da lei divina. portanto ele merece todo o nosso respeito.

Vamos buscar conhecimento irmãos.

Salve seu Zé Pilintra. Salve a nossa Umbanda Sagrada.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 24

(Douglas Elias)

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 25

(Bruno Stanchi)

Essa é mais uma das questões, dentre as inúmeras que existem, que causam discussões no meio umbandista. Porém, ao que me parece, razão não há para tanta discussão.

Por primeiro há que se observar que há no Brasil uma diversidade cultural enorme, muito em razão do tamanho de nosso País. Isso resulta variações regionais em várias questões, não poderia ser diferente em relação à forma de culto mesmo em se tratando da mesma crença. Nem vou entrar no mérito sobre a necessidade ou não de se manter o sincretismo dos Orixás com os santos católicos, visto ser uma questão teológica e, até mesmo, de foro íntimo, visto o próprio sincretismo existente na cultura religiosa do nosso povo, o Povo brasileiro. Mas me atendo ao questionamento que pretendo tratar, por ser tão comum o questionamento, analiso da seguinte forma: Muitos sincretizam Yemanjá com Nossa Senhora dos Navegantes, que tem seu dia de comemoração em 02 de fevereiro (tradicionalmente o Candomblé utiliza essa data), porém, há outros que sincretizam Yemanjá com Nossa Senhora da Conceição, que tem seu dia de comemoração hoje, 08 de dezembro (tradicionalmente a Umbanda utiliza essa data), razão pela qual muitos fazem suas comemorações hoje. Todavia, há ainda aqueles que sincretizam Nossa Senhora da Conceição com Oxum e a saúdam nessa data, outros sincretizam Oxum à Nossa Senhora Aparecida, saudando-a em 12 de outubro. Mas todas Nossas Senhoras estão relacionadas a uma só individualidade, que é a Virgem Maria.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 26

Particularmente respeito todas as correntes de pensamento e de sincretismo, no entanto, saúdo Yemanjá em 08 de dezembro, por ser da tradição Umbandista no Estado de São Paulo. No final da década de 70 e início de 80, por força dessa tradição da Umbanda, as festas em comemoração à Yemanjá na Praia Grande, em SP, chegava a contabilizar mais de um milhão de pessoas num dia, estendo-se da Praia do Forte até quase a cidade de Mongaguá. Ainda tem-se que considerar questões regionais no Brasil, como dito anteriormente, portanto, em São Paulo, a maior comemoração é no dia 8 de dezembro, na Praia Grande; já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a comemoração é no dia 2 de fevereiro, onde, Yemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes, lá as cerimônias são comumente feitas à beira-mar, no litoral gaúcho, mas também ocorrem em rios, como em Porto Alegre (Rio Guaíba). No Rio de Janeiro a festa de Iemanjá é comemorada nos dias 30 e 31 de dezembro, no Ceará é comemorada no dia 15 de agosto, devido a mesma data ser dia de Nossa Senhora da Assunção padroeira da cidade de Fortaleza. Oxum, na Bahia, é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Portanto, irmãos, vale sempre lembrar que o importante é a essência e não a forma. Seja a forma que se adote, vamos saudar nossas Yabás: Para Yemanjá hoje: Odo Iyá! - Mãe do Rio!, Odô Si Iyagbá! - Senhora do Grande Rio!, Odô Mi ô! - Saudamos o meu rio!, Saravá Sereia! Para Oxum hoje: Orê Yê Yê Ô! - Saudamos a mãe da bondade!

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 27

(Pablo Araújo)

Seja crença, não seja verdade. Você escolhe!?

Publicado em 16 de dezembro de 2015

Seja verdade! Seja crença! Seja verdade não, seja crença. Crença seja

não, seja verdade. Verdade crença, seja não. Não crença verdade seja.

Ah a verdade! O que é a verdade se não a crença no que estamos

convicto. O que é o amor se não a fé no amor... O que é a justiça se não

a fé na justiça... O que é a lei se não a fé na lei... O que é o

conhecimento se não a fé naquele que o propaga... O que é a amizade

se não a fé no amigo... O que somos nós se não uma crença indissolúvel,

perene e eterna. Estamos fadado a crença. Creio logo existo... A crença

não é ruim, pois ela é vida que flui e sem crença não há vida.

O amigo diz para o outro: até amanhã! Crença que amanhã esteja vivo

para outro encontro. O ateu fiel diz: Deus não existe! Não deixa de

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 28

manifestar crença nesta convicção. Crer é fundamental e vitalício. O

problema é a transfusão da crença individual para a verdade absoluta.

Um grupo se congrega em nome de uma crença, isto chama-se

afinidade, um grupo quer impor sua crença isso chama-se: barbárie e

fundamentalismo.

Tal como a crença que se transmuta, tal como o amor que amadurece,

a verdade se renova no tempo, pois só o tempo é senhor absoluto da

verdade. A crença é divina porque ela é eterna, porém quando nós por

hábito tornamos uma crença em verdade absoluta, tornamos algo que

é eterno e divino em algo que é perecível e humano, Levando a verdade

para o caixão, lugar onde morre a nossa crença que imposta, mata a

crença alheia. Crença é divina a verdade é humana. Crença sim,

verdade não...

Quando creio, sou livre para crer, agora quando a crença se torna

verdade além de mim, ela me aprisiona e não me permite pensar em

nada além daquilo que eu externei e registrei fora de mim. "A verdade

absoluta se traduz em loucos conduzindo cegos" Creio naquilo que me

fortalece, isso é crença. Creio naquilo que me fortalece e o que me

fortalece e é bom para mim é também bom para todos, isso é

fanatismo, fundamentalismo e barbarismo. Crença e verdade parecem

iguais mas são diferentes. Crença quando está dentro de mim é minha

verdade. Verdade quando está fora de mim e exposta ao tempo, é

fundamentalismo e tudo que está exposto ao tempo, envelhece e

caduca. A crença no meu íntimo é eterna, crença imposta nos outros,

caduca e envelhece como tudo que é temporal.

A crença é como a natureza, cada um tem um olhar sobre ela e deixa se

conduzir pela cor, exuberância e odor que mais lhe apraz. Agora

quando você gosta de limão e de tanto gostar de limão elege o limão

como seu salvador e sai pregando: consuma limão, limão é bom, limão

emagrece, limão afina o sangue, limão cura o câncer, sem limão não há

vida! Pronto você elegeu e elevou uma parte como se fosse o todo e

tornou-se fanático.

A crença nunca se impõe, ela é como um texto que não impõe sua

leitura e permite que você tire suas próprias conclusões. A crença é

como o amor que deve surgir naturalmente e sem imposição, ao

contrário da verdade que surge como aquele que diz: você deve me

amar porque sou bonito, elegante, educado, tenho dinheiro e igual a

mim tá difícil de aparecer, sendo assim é melhor você garantir o seu

futuro comigo, ou seja, um encontro cheio de verdades inquestionáveis

que aprisionam suas escolhas deliberativas.

A crença é libertadora. A verdade é castradora.

A crença é simplicidade, porque se fundamenta naquilo que lhe

apetece.

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 29

A verdade é vaidade, porque se fundamenta naquilo que você quer

impor, tendo como retorno os aplausos daqueles que por você foram

convencidos.

A vaidade é o espelho que reflete a parte, o ego, a criatura, o ser

humano ou o indivíduo.

A simplicidade é o olhar que reflete o todo, Deus e o coletivo.

A crença de Guimarães no grande sertão veredas diz: Pão ou pães é

questão de opiniões.

A verdade do corretor ortográfico diz: opinião!

A verdade diz: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato de

adultério e na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas.

Tu, pois, que dizes?

E a crença diz: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o

primeiro que atire a pedra contra ela. Quando ouviram isto,

perseguidos pela consciência, saíram um a um, a começar pelos mais

velhos até aos mais novos.

Crença é paz interior, verdade é violência e discussão externa. Mata-se

não pela crença e sim pela verdade.

(Alexandre Cumino)

ZÉLIO DE MORAES E O SACERDÓCIO DE UMBANDA

PAI ALEXANDRE CUMINO:

_ Pai Ronaldo como, quando e por quê o senhor começou a ministrar um

curso de sacerdócio aos umbandistas?

PAI RONALDO LINARES:

_ Na verdade o curso não nasceu como um curso para sacerdócio. Nós

tínhamos uma vivência aqui, onde hoje é o Santuário porque buscávamos

um lugar para fazer as oferendas. Este local nos uniu a outras pessoas, pela

mata, pedreira e cachoeira.

Naquela época eu tinha mais dúvidas que certezas. Eu me sabia médium,

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 30

incorporava uma entidade, mas não tinha respostas.

Toda vez em que ia a um terreiro diziam para bater cabeça e ninguém dizia

porque, ninguém informava. Tendo a coragem de assumir que eu não sabia,

comecei a fazer perguntas. A princípio, quando nós nos encontrávamos

aqui eu propus às pessoas que nos encontrássemos uma vez a cada quinze

dias, não para fazer trabalho de Umbanda, não para chamar Guias, mas

para discutirmos sobre a Umbanda.

Porque temos na Umbanda um altar católico, um ritual afroameríndio, e

uma prática espírita? Eu queria entender essa coquetel, eu que vinha do

Candomblé tinha uma orientação totalmente diferente do que acontecia

dentro da Umbanda. A princípio nos reunimos para discutir alguma coisa,

logo, esse grupo que não passava de seis pessoas, passou para quinze e foi

crescendo. Nós nos reuníamos ora na minha casa, ora no terreiro de alguém

para tomar um café com biscoitos, para discutirmos o que é a Umbanda.

Tinha muita teoria e informação desinformando, muito livro que não

esclarecia nada. Aí nasceu o “Primeiro Núcleo de Estudos da Doutrina

Umbandista”, foi o nome que deram a este grupo. Sem querer, nem sei bem

porquê, acabei por assumir a liderança.

Este mesmo grupo evoluiu, pois havia muito mais pessoas interessadas em

aprender, então isso passou a se chamar “Curso sobre Incorporação,

Mediunidade e Desenvolvimento”, que eram as maiores dificuldades. Eu

não tinha respostas para, por exemplo, “de onde veio a Umbanda? quem

fundou a Umbanda?” A minha grande pergunta, para todos que eu

entrevistava, era a seguinte,: “Há quanto tempo você está na Umbanda?

Qual a Tenda mais antiga que você conhece?” Na esperança remota de

poder identificar de alguma forma o veio mais antigo. Se eu encontrasse o

primeiro, eu teria respostas, e era o que eu não encontrava. Assim,

chegamos a figura de Zélio de Moraes. Foi uma busca incessante e não foi

por acaso que chegamos a ele.

PAI ALEXANDRE CUMINO:

_ Então foi nessa época que o senhor conheceu o Pai Zélio de Moraes?

Estamos falando de que ano?

PAI RONALDO LINARES:

_ Estamos falando da década de 70; mas antes de conhecer o Zélio, o curso

já havia evoluído para o “Curso de Formação Sacerdotal”, porque a grande

maioria dos chefes de terreiro, abriam um terreiro sem saber quase nada de

Umbanda. O que acontecia era o seguinte: O indivíduo começava a

freqüentar o terreiro e ao cabo de algum tempo ele começava a ver o

problema das sombras.

Eu explico: O indivíduo que freqüentava um terreiro era na verdade alguém

que havia deixado o terreiro porque havia se destacado de alguma forma e

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 31

causado sombra em quem o conduzia. Então começavam as medidas

restritivas, do tipo “daqui pra frente ninguém mais escolhe o Guia”, “quem

determina quem vai se consultar com quem é o Guia da Casa”, e isso

começava a gerar descontentamento. O médium que mal havia se

desenvolvido, de repente, se via numa encruzilhada. Começava a ter o seu

trabalho desprestigiado.

Então o que acontecia? Um belo dia ele deixava o terreiro, saía pisando

duro, se ele tivesse uma imagem no Congá, tirava a imagem de lá, jogava

em cima de um armário, em cima de qualquer lugar.

Passada a raiva, ele pensava: “Meu Deus do céu, o meu Caboclo não tem

nada a ver com isso, aquele pessoal do terreiro não queria que eu

trabalhasse, ficaram com inveja dos meus Guias...”

Estava um dia lá, arrumava uma toalhinha, punha uma vela de sete dias e

achava que o problema estava resolvido.

Não! Aí é que o problema começava: Porque as pessoas que ele estava

atendendo no terreiro de origem, iam se sentir frustradas, porque justo

aquela entidade que estava resolvendo a vida torta dele, os problemas que

ninguém mais resolvia não estava mais no terreiro. Mas havia sempre

alguém que sabia onde ele morava, então só para resolver aquele problema,

as pessoas iam à procura dele em sua casa.

- Não, eu não tenho terreiro.

- Mas o seu Guia estava nos orientando...

Então tirava-se a mesinha da sala, ou o carro da garagem para fazer um

trabalho só para atender aquele caso; não era pra fazer um terreiro de

Umbanda. Mas já que a entidade veio, tinha sempre mais alguém

precisando... Quando a gente menos esperava, esse grupo estava se

reunindo, uma ou duas vezes por semana, e de repente nascia um terreiro

de Umbanda.

PAI ALEXANDRE CUMINO:

_ E a gente pode dizer que sem ter tido nenhum preparo e nenhuma base...

PAI RONALDO LINARES:

_ O sujeito mal preparado, que mal completou seu trabalho de

desenvolvimento pleno no terreiro, de repente se via com a

responsabilidade de tocar um terreiro que ele mesmo muitas vezes nem

desejava ter aberto.

Os terreiros nasciam assim, sem conhecimento, sem base... só na fé.

Isto nos levou, mesmo antes de ter encontrado o Zélio, a criar o “Curso de

Formação Sacerdotal” com os conhecimentos que nós tínhamos naquele

momento. De repente nos éramos mais de 40 e tinhámos perguntas básicas.

Nós freqüentávamos o terreiro da Dona Natália e perguntávamos: Dona

Natália, como a senhora faz uma gira de desenvolvimento? Aí chegava

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 32

para o “seu” Osvaldo que tinha outro terreiro e perguntávamos como ele

fazia a gira desenvolvimento. Esse pessoal só dava orientação sobre

mediunidade, incorporação e desenvolvimento. Só mais tarde que viria o

“Curso de Formação”, mas isso tudo, anterior ao Zélio.

A necessidade de esclarecer e o encontro daquela revista, foi muito

interessante. Primeiro porque eu não acreditava que o Zélio existisse. Em

segundo lugar, eu não acreditava que ele tivesse feito o primeiro terreiro de

Umbanda. Nosso encontro foi determinante porque ele sabia o que eu

queria e dava respostas antes mesmo de eu perguntar.

PAI ALEXANDRE CUMINO:

_ Sem entrar no mérito do encontro, já descrito em outras oportunidades, a

pergunta é: Qual o impacto deste encontro com Zélio de Moraes para o

curso de sacerdócio, e a sua concepção sobre a Umbanda? Mudou alguma

coisa?

PAI RONALDO LINARES:

_ O impacto realmente foi muito grande. Até então a gente seguia uma

orientação que eu trazia das raízes candomblecistas. A partir do momento

que eu conheci o “seu” Zélio de Moraes eu fui obrigado a fazer uma

manobra à luz de novos conhecimentos.

Eu estou sempre disposto a retomar as minhas posições. O encontro com o

Zélio de Moraes e a precisão das respostas dele, a antecipação, sabendo ao

que eu vinha, não deixavam margem para dúvida.

E principalmente o seguinte: O apoio irrestrito que ele deu ao curso. O

Zélio achava que o curso era de muita importância, achava que o fato de eu

ter sido escolhido de alguma forma para divulgar o trabalho dele, tinha

muito com o meu trabalho anterior. De alguma forma ele sabia do trabalho

que eu vinha realizando. Apesar de não me conhecer, como eu posso

explicar? De alguma forma ele me conhecia, ele sabia meu nome, ele sabia

tudo, não precisava me fazer perguntas...

Eu nunca o havia visto, nada nos ligava anteriormente, mas ele foi

totalmente favorável ao curso, e achava que as perguntas e as repostas se

faziam necessárias.

Uma coisa que até hoje cria impacto, diz respeito às Sete Linhas da

Umbanda. Enquanto eu olho agora para você, eu vejo o Zélio de Moraes

desenhando no ar a figura de um triângulo e me dizendo que as Sete Linhas

de Umbanda estavam exatamente nas três faces de um prisma. Em outras

palavras, na decomposição da luz. Estas seriam as Linhas da Umbanda.

Fui obrigado a rever os meus conceitos...

Para que não houvesse a menor dúvida sobre o que nós estávamos fazendo,

o primeiro, o segundo, o terceiro, e o quarto “Barco” eu levei para que

conhecessem o “seu” Zélio. Foi um sacrifício danado, mas eu levei os

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 33

alunos dos primeiros “Barcos” lá na Tenda Espírita Nossa Senhora da

Piedade, no Rio de Janeiro, onde fomos recepcionados por Zélia e Zilméia

e pelo próprio Zélio de Moraes...

Essas pessoas tiveram contato com ele... Essas pessoas tiveram a

oportunidade de ouvir do próprio Zélio sobre o nascimento da Umbanda.

Tivemos que re-arrumar o curso diante desses novos conhecimentos, nos

distanciando cada vez mais do candomblé e ficando cada vez mais

próximos da doutrina kardecista.

PAI ALEXANDRE CUMINO:

_ E o Zélio tinha algum tipo de orientação, ou senhor se lembra de algo que

seria importante passar aos sacerdotes, que seja na parte doutrinária, de

alguma feitura, de algum preparo que o sacerdote devia ter, alguma

firmeza, algum assentamento?

PAI RONALDO LINARES:

_ Na verdade o Zélio de Moraes e as pessoas que ele desenvolveu tiveram

uma preparação bem doméstica. Elas freqüentavam o terreiro e ele podia

dar atenção individual a cada um deles. Havia esse conceito na Tenda

Nossa Senhora da Piedade. Ali os médiuns eram preparados. Aliás, ele

preferia os médiuns que não sabiam de nada, para ensiná-los desde o

princípio.

Ele chegou a testemunhar algumas variações no culto umbandista. Ele,

pessoalmente, nunca se conformou com o atabaque dentro do terreiro. Ele

dizia que o barulho mexia com a cabeça dele. E hoje fica muito difícil de

eu dizer isso. Para a comunidade umbandista o atabaque acabou ocupando

um espaço que fica difícil você separar. No meu terreiro, seguindo o

exemplo, eu não toco atabaque. Aqui, (no Santuário), eu não incomodo

ninguém, deixo o pessoal tocar.

PAI ALEXANDRE CUMINO:

_ Pai Ronaldo, como o senhor colocaria as diferenças ou semelhanças entre

uma pessoa que é preparada dentro de um terreiro para ser um dirigente ou

um sacerdote, e a pessoa que procura um curso de sacerdócio para se

preparar?

PAI RONALDO LINARES:

_ Olha dentro do terreiro você terá apenas a orientação que vem do chefe,

do líder desse grupo. Esse chefe pode ter sido, ou não, preparado. Como os

cursos são recentes, principalmente os de sacerdócio, nem todos esses

antigos tem o conhecimento. Grande parte deles nem sabe quem foi que

fundou a Umbanda... nem sabe de Zélio de Moraes, a não ser por ouvir

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 34

falar... e isso agora, depois de tantos anos batendo na mesma tecla.

É muito importante que pelo menos algumas regras básicas todos os cursos

seguissem. Até agora não ainda conseguimos atingir esse ideal. Eu acho

fundamental que hajam escolas de preparação, porque o conhecimento

adquirido num curso será naturalmente transferido.

Se você fez um curso de sacerdócio, você é um sacerdote formado,

fatalmente as linhas básicas do que você aprendeu, você vai passar para o

seu filho de fé. Ele pode até fazer algumas inovações, pode mudar alguma

coisa do rito, mas o básico não vai ser alterado.

Isso é uma coisa que está sendo montada agora. Veja bem, o cristianismo

para chegar no que é hoje demorou dois mil anos. Nós temos cem anos, e

pelo menos por cinquenta deles a Umbanda ficou praticamente restrita a

grupos pequenos, depois disso é que a gente começou a ver uma divulgação

maior.

O dogma é uma verdade que deve ser aceita, sem contestação. Hoje a

Umbanda é uma religião sem dogmas, onde tudo pode e deve ser

contestado. Mas não a contestação pura e simples, e sim algo mais

profundo, afinal, tudo tem um porquê de ser na Umbanda. E por isso, é

muito importante que o sacerdote tenha uma preparação adequada.

Texto publicado no Jornal de Umbanda Sagrada – Edição 115 – 2008

Mês 12 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br

[email protected] 35

(Flavio Fukuda)

A vida é como um barco. Somos capitães do nosso destino e ao

longo de nossa jornada terrena conforme nos é ensinado a navegar,

somos conduzidos a deixar as lagoas serenas de nossa Mãe Nanã,

senhora das Águas Salobras, e a desbravar novos horizontes ao longo

dos leitos dos rios de nossa Mãe Oxum, senhora das Águas Doces.

Neste percurso mais ainda nos é ensinado e às vezes somos

surpreendidos por alguma tempestade de nossa Mãe Iansã, senhora

das Águas da Chuva, que nos pega de surpresa e faz com que percamos

a direção, sentindo-nos sozinhos e à deriva.

Somos levados no silêncio da noite, a navegar no vazio existente

entre as estrelas na tentativa de buscar uma razão, um motivo pelo

qual não fomos merecedores das Bênçãos Divinas e muitos chegam ao

ponto de questionar a sua Fé, em virtude da partida de um ente

querido, um emprego perdido ou um coração partido. Ah, o Tempo!

De encontro aos braços de nossa Mãe Logunan, senhora das Águas do

Orvalho, temos nossas angústias cortadas, nossas feridas cicatrizadas e

somos esclarecidos que haverá um porto seguro mais adiante, nos

oceanos de nossa Mãe Iemanjá, senhora das Águas do Mar, onde enfim

desembarcaremos.

No vai e veem constante de suas águas, parte ocasionado por

nosso Pai Omulu, existirá um farol a nos guiar por entre rochas e

recifes de volta a nossa verdadeira morada, pois assim como todos os

tipos de água, do Mar “viemos” e para o Mar “voltaremos”.

Salve as Mães D´água!

Salve Nossa Mãe Iemanjá!