mergulho 162 - arvoredo - jan 2010

6
TUBARÃO-BRANCO: o privilégio de mergulhar com o Majestoso ANO XIII Nº 162 R$ 8,90 MERGULHO.COM.BR EXEMPLAR DE ASSINANTE A bela ilha catarinense continua linda e cheia de vida BAHAMAS ARVOREDO Encontros com grandes animais nas águas mais claras do planeta Mergulhamos em BALI - INDONÉSIA Uma ilha banhada pelo Oceano Índico que abriga animais exóticos e incontáveis surpresas subaquáticas

Upload: athila-bertoncini

Post on 09-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Reporgatem de Áthila Bertoncini e Maíra Borgonha sobre o Arquipélago do Arvoredo, Santa Catarina, publicado na Revista Mergulho.

TRANSCRIPT

Page 1: Mergulho 162 - Arvoredo - JAN 2010

Tubarão-braNCo: o privilégio de mergulhar com o Majestosoano Xiii

nº 162R$ 8,90

Mergulho.CoM.br

ExEm

pla

r d

E a

ssin

an

tE

A bela ilha catarinense continua linda e cheia de vida

BAhAmAs

ARVOREDO

encontros com grandes animais nas águas mais claras do planeta

mergulhamos em

BALI - InDOnésIAUma ilha banhada pelo Oceano Índico

que abriga animais exóticos e incontáveis surpresas subaquáticas

Page 2: Mergulho 162 - Arvoredo - JAN 2010

TubarÕeS: conheça as diferenças entre os galhas “pintadas” ano Xiii

nº 162R$ 8,90

Mergulho.CoM.br

A bela ilha catarinense continua linda echeia de vida

ARVOREDO

BAhAmAsencontros com grandes animais nas águas mais claras do planeta

mergulhamos em

BALI – InDOnésIAIlha banhada pelo Oceano Índico que abriga animais exóticos e incontáveis

surpresas subaquáticas

Page 3: Mergulho 162 - Arvoredo - JAN 2010

Com o início de um ano novinho em folha e a chegada do verão, os mergulhadores voltam a lotar os centros de

mergulho à procura de cursos e viagens. Felizmente para nós, os pontos de mergulho estão cada vez mais acessíveis e

assim podemos desfrutar das maravilhas do planeta água no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

Se você decidir viajar pelo Brasil, além de grandes points como Fernando de Noronha, Recife, Abrolhos e outros tantos

paraísos subaquáticos nacionais, uma grande pedida é mergu-lhar no famoso ponto catarinense, o Arvoredo.

Áthila Bertoncini e Maira Borgonha mergu-lharam no lado sudoeste da ilha (liberado

para o mergulho) para fazer a matéria sobre este importante destino brasileiro,

ricamente ilustrada por belas imagens da vida marinha local. A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo é um dos grandes patrimônios naturais e arqueológicos do

litoral brasileiro. Vale a pena conhecer e fazer vários mergulhos por lá.

O fotógrafo Marcio Lisa viajou para a ilha de Bali, na Indonésia, e registrou a vida

marinha exuberante que povoa as águas transparentes da famosa ilha, que é o principal destino turístico do país. Bali

também é conhecida pelas suas manifes-tações culturais e pelo belo artesanato,

exportado e vendido no mundo todo.

Conhecida mundialmente pelo mergulho com tubarões, Nassau, nas Bahamas, foi

o destino de mergulho escolhido pela American Airlines e pela Bahamas Dive Association por meio do programa Scu-

bAAClub, para reunir nomes importantes do mergulho no Brasil. Entre eles, Alcides

Falanghe, que fotografou todos os mergulhos da galera, inclusive o famoso shark feeding de Stuart Cove. Além das

belas imagens, Alcides dá ótimas dicas para quem pretende conhecer o lugar (eu, inclusive).

Ainda falando sobre tubarões (você vai perceber que a revista está repleta deles) e dando continuidade à série de matérias

sobre estes belos animais, Gabriel Ganme explica nesta edição as principais diferenças dos tubarões de galhas “pintadas”, que costumam gerar certa confusão na cabeça dos mergulhadores.

Bons Mergulhos em 2010!

Presidente e editor: Ernani PaciornikVice-Presidente: Denise Godoy [email protected]

Vice-Presidente executiVa: Silvana Cassol

Redaçãodiretor de Produto: Alcides Falanghe [email protected]

editora-chefe: Daniela Maximo Breitbarg [email protected] de arte: Alexandre Sakihama [email protected]

tratamento de imagem: Paulo Nery [email protected]ário: Murilo Barros [email protected]

colaboraram nesta edição: Ary Amarante, Áthila Bertoncini, Cezar Torres, Daniel Botelho, Eduardo Vinhaes, Felipe Degan, Gabriel Ganme,

“Johnny” Pavani Franco, José Truda Palazzo Jr., Lia Gomes (revisão),Luiz Fernando Cassino, Maira Borgonha, Marcio Lisa, Mauricio Carvalho,

Osmar Luiz Jr., Paulo Amorim, Paulo Guilherme “Pinguim”, Rodrigo Guimarães, Vall Santos

Publicidadegerente: Alcides Falanghe [email protected]

Representante Paraná: Gustavo Ortiz Sampaio [email protected]

endeReçoAv. Brigadeiro Faria Lima, 3064 – 10º andar - CEP:01451-000

São Paulo – SP – Tel.: (11) 2186-1000

ciRculação/assinatuRasgerente de circulação: Luiz Henrique Cuin [email protected]

assessor de circulação: Ricardo Rodrigues [email protected] assinaturas: Eduardo Saigh [email protected]

números atrasados: Camila Leal www.mergulho.com.br/lojavirtual

atendimento ao leitoR Roberta Coelho [email protected]

atendimento ao assinante

centRal de atendimentoSP (11) 3512-9474RJ (21) 4063-9507BH (31) 40639703

horário de atendimento: das 8h às 18hou Pelo “fale conosco”: www.assinemergulho.com.br/fale conosco

Mergulho é uma publicação mensal da GR Um Editora Ltda. ISSN 1413-408X.Janeiro 2010. Jornalista responsável: Denise Godoy MTb 14037. Artigos

assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Mergulho é distribuída com exclusividade no Brasil pela

Distribuidora Nacional de Publicações – Dinap. Nú­meros atrasados poderão ser adquiridos mediante disponibilidade de estoque e ao preço da ú­ltima edição

em banca, mais as despesas de postagem, pelo site www.mergulho.com.br/loja. Assinaturas: www.assinemergulho.com.br. A Editora garante aos assinantes desta publicação que a interrupção na entrega dos exemplares contratados implicará na restituição, em reais, do valor pago correspondente aos exemplares a entre-

gar devidamente corrigido, de acordo com as disposições legais.

ctP, imPRessão e acabamentoIBEP Gráfica

briefing

06 Revista meRgulho

paRa falaR conosco

Por e-mail [email protected]@

@

@

@

Por carta Av. Faria Lima 3 064, 10º andar, CEP 01451-000 São Paulo - SP

Por fax 11/2186-1050

Pela internetwww.revistamerulho.com.br/fale

alcides falanghe

marcio lisa

áthila bertoncini e maira borgonha

Daniela maximo Breitbargeditora

Page 4: Mergulho 162 - Arvoredo - JAN 2010

06  Revista meRgulho Revista meRgulho  07

esqueça os corais e a areia bran-ca. Aqui não é o Caribe. A água não beira os 30º C e nem sempre é clara. Você está sujeito a enfrentar o vento sul: tribuzana na área é barco balançando na certa. E, ainda, você nem pode mer-gulhar onde bem quiser, pois aqui há uma Reserva Biológica Marinha. Então, por que mesmo assim é tão bom mer-gulhar no Arvoredo? Trazemos na re-portagem não uma, mas várias razões para os mergulhadores de todo país – e do mundo! – continuarem amando esse protegido arquipélago.

Para entender o ArvoredoAinda no final da década de 1980,

a exuberante natureza presente na diversidade de cores e formas de vida do arquipélago do Arvoredo já chamava a atenção de muita gente, fato que incentivou um movimento am-bientalista em Santa Catarina a tornar a área protegida legalmente, com a ideia inicial de criar um Parque Nacio-nal. Para se ter uma ideia da riqueza e piscosidade das águas do Arvoredo, o XIII Campeonato Mundial de Pesca Subaquática, em 1981, foi realizado

lá mesmo. O único campeonato mun-dial realizado em águas catarinenses em todos os tempos!

O movimento culminou na publica-ção do Decreto Federal 99.142/90 em 12 de março de 1990, que criou a Reserva Biológica Marinha do Arvo-redo (REBIOMAR), a segunda da ca-tegoria no país, com 17 600 hectares de superfície incluindo as ilhas Deser-ta, Galés, o calhau de São Pedro e parte da ilha do Arvoredo.

Mas, criada fora de um processo participativo, a REBIOMAR tem sido si-

nônimo de conflito, especialmente para os praticantes da pesca e do mergulho na região. Pescadores, tanto esportivos (incluindo aqui a pesca subaquática), artesanais como industriais, que sem-pre tiveram o arquipélago como oásis, não viram com bons olhos a criação de uma área marinha protegida e alguns expressam seu descontentamento não respeitando os limites da REBIOMAR. As operadoras, por sua vez, ficaram proibidas de operar dentro da reserva, deixando de explorar ótimos pontos de biodiversidade marinha.

Ainda na década de 1990, o acesso por turistas do mergulho autônomo foi tolerado e, especialmente no verão, centenas de pessoas visitavam a REBIO-MAR, o que conferiu à mesma o título de “melhor point de mergulho no sul do Brasil”. Em 2003, a lei fez-se valer e o mergulho foi definitivamente proibido. Apenas 14 anos após a criação, em 2004, foi publicado o Plano de Manejo da REBIOMAR, documento que define as diretrizes de gestão e implementação da reserva. No entanto, desde a publi-cação, pouco foi posto em prática por 

Vista geral da REBIOMAR. 

A face sudoeste da ilha pode ser visitada 

por mergulhadores que queiram 

conhecer suas belezas subaquáticas

Maria-da-toca (Parablennius marmoreus)

Badejo quadrado jovem (Mycteroperca bonaci)

Salema (Anisotremus virginicus) Pólipo de coral

E o Arvoredo continua...

...lindo

texto e Fotos: Áthila Bertoncini e maíra Borgonha

Page 5: Mergulho 162 - Arvoredo - JAN 2010

06  Revista meRgulho Revista meRgulho  07

conta de processos burocráticos e pela falta de recursos humanos e financeiros.

Assim, após tantos e tamanhos confli-tos gerados em torno do tema, as ope-radoras conformaram-se com a proibi-ção do mergulho dentro da REBIOMAR, tendo ainda disponível todo o sudoeste da Ilha do Arvoredo, de forma que seus esforços se dirigem hoje na tentativa de recategorização, ou seja, da trans-formação da REBIOMAR em Parque Nacional do Arvoredo.  

Um pontinho mais ao SulO arquipélago do Arvoredo é for-

mado pelas ilhas da Galé, Arvoredo, Deserta e Calhau de São Pedro, além de diversos parcéis submersos, como a Pedra Nocetti e o Parcel da Deserta. A distância de aproximadamente 11 quilômetros da costa proporciona as águas mais transparentes da região, podendo chegar a 20 metros de visibi-lidade nos melhores dias do ano. Já a temperatura da água pode variar dos 15°C aos 26°C.

Das ilhas do arquipélago, a que mais se destaca é o Arvoredo. Sua notável beleza se estende por 270 hectares de um terreno acidentado que chega a alcançar 300 metros acima do nível do mar. A ilha é cercada por costas rocho-sas e, como o nome indica, o Arvoredo é coberto por vegetação densa e bem 

conservada. A mata fornece abrigo e alimento para pequenos mamíferos (gambás, roedores e morcegos) e aves (gaviões e sabiás) típicos do continente que podem sobreviver na ilha, coexis-tindo com as espécies marinhas junto à zona entre marés.

O que é que o Arvoredo tem?O Arvoredo, além de ser o point de 

mergulho mais célebre do sul do Brasil, está hoje cercado por excelente infra-estrutura de dive centers que operam tanto pelo litoral central (partindo do Município de Bombinhas) como da pró-pria ilha de Santa Catarina, onde está a capital do estado, Florianópolis. 

Dentre os vários pontos de mergulho, destacam-se a pedra do Boi, Engenho, Saco do Capim, ideal para batismos e a prática de apneia, e o Saco do Vidal, 

o qual apresenta bela vista do farol e possibilita um mergulho mais profundo. 

A abundância de costões rochosos aliada às correntes e massas d’água características da região (Corrente do Brasil, Corrente das Malvinas, águas costeiras e tropicais e a água central do Atlântico Sul) fazem do arquipélago local onde espécies recifais tropicais e subtropicais encontram condições favo-ráveis para prosperar, proporcionando elevada riqueza de espécies de peixes (mais de 200 espécies) e outros orga-nismos marinhos. 

Além do mais, você já mergulhou com pinguins de magalhães? Se não, aqui está uma excelente oportunidade. Não raro, é possível ver exemplares das engraçadas aves marinhas (Spheniscus magellanicus) que perderam-se de seus grupos deslocarem-se em busca de co-mida junto aos costões. Ainda, nos me-ses de inverno, baleias, principalmente da espécie franca (Eubalaena australis) migram das águas antárticas para re-produção e golfinhos flipper (Tursiops truncatus) e tucuxi (Sotalia fluviatilis) costumam dar o ar de sua graça duran-te a navegação até a ilha do Arvoredo.

Recifes rochososDe forma geral os mergulhos no Ar-

voredo não atingem grandes profundi-dades e uma área pouco explorada é a transição entre o costão rochoso e a areia. Lá estão os linguados, salmone-tes, micholes-de-areia, coiós e até raias. A composição dos fundos pode ser rica em algas calcárias, algas marrons ou dominada por zoantídeos conhecidos como baba-de-boi (Palythoa caribae-orum) que formam verdadeiros tapetes sobre as rochas, onde é possível obser-var o “rastro” dos diminutos macaqui-nhos-cabeça-preta.

Sobre os costões, cardumes de marimbaus e corcorocas compõem a 

paisagem sub, juntamente com peixes-enxada, pargos, peixes-papagaio, salemas e os cada vez mais escassos cavalos-marinhos.

A explosão de vida é notável espe-cialmente nos meses de verão, quando o olhar atento do mergulhador pode identificar a fase jovem de diversas es-pécies de peixes entre algas e frestas, como o pequeno peixe-cofre, badejo-quadrado, salmonetes e marias-nagô, que fazem a alegria dos fotógrafos.

A falsa-moreia (Myrichthys ocellatus), típica de costões rochosos, é seguida pela garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus) que muitas vezes, literal-

Muitas espécies de peixes da REBIOMAR apresentam grande importância econômica, principalmente para pesca artesanal e esportiva. É o caso da garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus), abundante nas águas da REBIOMAR em praticamente todas as profundidades.

As vedetes

Reservas biológicas têm como objetivo a preservação da biota e demais atributos naturais existentes dentro de seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. É uma entre as tantas formas de manejo ambiental, que visa garantir que uma parcela das populações marinhas sejam resguardadas dos impactos antrópicos, principalmente os da pesca, para que assim, num segundo momento, contribuam para os estoques pesqueiros de áreas adjacentes.

REBIOMAR:Acostume-se com esse nome

Cavalo-marinho (Hippocampus reidi)

Frade (Pomacanthus paru)

Ouriço Satélite (Eucidaris tribuloides)

Garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus)

Antozoário (Carijoa riisei),revestido por esponja

Maria-nagô jovem(Pareques acuminatus)

Maria-da-toca(Parablennius marmoreus)

Raia-borboleta (Gymnura altavela)

omaR DaRio goNZalveZ

Page 6: Mergulho 162 - Arvoredo - JAN 2010

06  Revista meRgulho Revista meRgulho  07

Peixes de Costão Rochoso: Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (Brasil) e Arquipélago dos Açores (Portugal). UFSCar 2009. Áthila Bertoncini.Projeto Peixes de Costão Rochoso de Santa Catarina: Subsídios para a Conservação. Série Áreas Protegidas do Brasil, 4. MMA, Brasília. 2007. Eduardo Godoy e colaboradores.Peixes de Costão Rochoso de Santa Catarina – I. Arvoredo. 2006. Ed. Univali. Maurício Hostim-Silva e colaboradores. Efeito da Atividade de Mergulho Autônomo sobre um Ambiente de Costão Rochoso. UNIVALI 2005. Paulo R. K. Bertuol.Plano de Manejo da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. 2004. IBAMA. O homem da ilha e os pioneiros da caça submarina. 2000. Ed. Dehon. Hugo S. de Souza.Laboratório de Biogeografia e Macroecologia Marinha – www.lbmm.ufsc.brMais imagens do Arvoredo – www.athilapeixe.com

Para saber mais

mente, rouba pequenos organismos (caranguejos), afugentados pela sua passagem. 

Os costões rasos ainda escondem uma infinidade de invertebrados colo-ridos, como antozoários, ouriços, espon-jas, nudibrânquios, ascídias e estrelas-do-mar. A tartaruga-verde (Chelonia mydas) é a mais comum nos costões e, em determinadas épocas, como no mês de abril, massas d’água podem trazer grande quantidade de águas-vivas para a costa.

Algo de bomMuitos atributos justificam a prote-

ção do arquipélago, desde a ordem arqueológica, a ecológica – como o único banco de algas calcáreas no sul do Brasil – até ainda social e estraté-gica. Inscrições rupestres (itacoatiaras) são vestígios evidentes da ocupação humana que data de 2000 a 4000 anos atrás. A conservação da fauna e da flora emersas e submersas é im-portante elemento para a manutenção 

da biodiversidade local, que, de fato, necessita de proteção e estudo. No entanto, é imprescindível que meios adequados figurem mediando ativida-des humanas e proteção ambiental.

Apesar dos estudos desenvolvidos sobre os peixes da REBIOMAR mos-trarem que hoje o local abriga maior número de espécies, bem como maiores 

densidades de espécies de importância comercial, os resultados são insuficientes, já que a reserva está prestes a comple-tar 20 anos de existência. Monitorar a REBIOMAR é fundamental para conhecer sua efetividade quanto à proteção dos recursos que abriga. Contudo, enquanto programas educacionais de longo prazo não vigorarem e os esforços de fiscaliza-

ção não se intensificarem, a REBIOMAR continuará aquém dos resultados que deve proporcionar. 

Se a REBIOMAR vai abrir hoje ou não vai abrir ou se vai virar Parque Marinho é uma incógnita para nós mergulhadores. Importante é que se saiba que, apesar das limitações, ainda há muita vida para ser vista nesse cantinho dos mares do Sul.

Coió (Dactylopterus volitans)

Peixe-cofre jovem(Acanthostracion polygonius)

Cyprea (Macrocypraea zebra)

Densa cobertura da ilha do Arvoredo

Cardume de Marimbás (Diplodus argenteus)

Baiacu jovem (Sphoeroides spengleri)

Salmonete jovem (Pseudupeneus maculatus)

Falsa moreia (Myrichthys ocellatus)

Gorgônia

O FarolDe uma exuberante e majestosa beleza, a peça inglesa de 15 metros de altura, símbolo maior

do Arvoredo, foi inaugurada em 1883 na ponta sul da ilha. Sua localização e alcance (24 milhas náuticas) fazem dele um porto seguro para as embarcações que navegam pela região.