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Mercados

informação global

Guiné-Bissau Ficha de Mercado

Dezembro 2009

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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Índice

1. País em Ficha 03

2. Economia 04

2.1 Situação Económica e Perspectivas 04

2.2 Comércio Internacional 07

2.3 Investimento 09

2.4 Turismo 09

3. Relações Económicas com Portugal 10

3.1 Comércio de Bens 10

3.2 Comércio de Serviços 13

3.3 Investimento 14

3.4 Turismo 15

4. Relações Internacionais e Regionais 16

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 17

5.1 Regime Geral de Importação 17

5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 19

5.3 Quadro Legal 21

6. Informações Úteis 22

7. Endereços Diversos 24

8. Fontes de Informação 26

8.1 Informação Online aicep Portugal Global 26

8.2 Endereços de Internet 27

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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1. País em Ficha

Área:· 36.125 km2

População: 1.533.964 habitantes (estimativa Julho 2009)

Densidade populacional: 42,4 hab. / Km2 (estimativa Julho 2009)

Designação oficial: República da Guiné-Bissau

Chefe de Estado: Presidente Malam Bacai Sanhá (eleito em Julho de 2009)

Primeiro-Ministro: Carlos Gomes Júnior

Data da actual Constituição: Aprovada a 16 de Maio de 1984, foi revista em 1993 e 1999; uma nova

constituição foi aprovada pelo Parlamento em Abril de 2001 mas aguarda ainda a

ractificação por parte do Chefe de Estado

Principais Partidos Políticos: Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, 67 lugares na

Assembleia Nacional Popular); Partido da Renovação Popular (PRS, 28 lugares);

Partido Republicano para a Independência e o Desenvolvimento (PRID, 3

lugares); Partido para a Nova Democracia (PND, 1 lugar); Aliança Democrática

(AD, 1 lugar). O actual Governo foi constituído em Janeiro de 2009, na sequência

das eleições legislativas de Novembro de 2008, ganhas pelo PAIGC (com 49,8%

dos votos)

Capital: Bissau - 423.000 habitantes (estimativa 2008)

Outras cidades importantes: Bafatá, Gabú, Mansôa, Catió, Cantchungo, Farim

Regiões: Bafatá, Biombo, Bissau, Bolama, Cacheu, Gabú, Oio, Quínara e Tombali

Religião: Predominam as religiões animistas (55%) e o islamismo (40%). Existe um

pequeno número de cristãos, maioritariamente católicos

Língua: A língua oficial é o português, utilizando-se localmente o crioulo, balanta,

mandinga, fula, manjaco, papel e mancanha

Unidade monetária: Franco CFA 1 EUR = 655,957 CFA fr (paridade fixa face ao euro desde Janeiro de 1999) 1 USD = 447,8 CFA fr (média 2008)

O franco CFA é a moeda da Comunidade Financeira Africana, cuja autoridade

responsável é o Banque Centrale des États de l’Afrique de l’Ouest, que abrange,

entre outros países, a Guiné-Bissau. Neste país, o franco apenas foi introduzido

como moeda oficial em 2 de Maio de 1997, em substituição do peso

Risco de crédito: 7 (1 = risco menor; 7 = risco maior)

(COSEC – Outubro 2009)

Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2008): Exp. + Imp. / PIB = 53,7%

Imp. / PIB = 33,3%

Imp. / Imp. Mundial = 0,0%

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU);

The World Year Book 2009

Organização Mundial de Comércio (OMC)

Banco de Portugal; COSEC

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2. Economia

2.1 Situação Económica e Perspectivas

Com uma população estimada em 1,6 milhões (dos quais cerca de 30% vive em zonas urbanas) e

caracterizada por uma taxa de alfabetização que ronda os 42%, uma esperança de vida de 47,9 anos e

um PIB/per capita de 295 USD, a Guiné-Bissau encontra-se entre os países mais pobres do mundo,

ocupando a 175ª posição (em 177 países), de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano do

PNUD (Relatório 2007/2008).

A economia guineense assenta basicamente no sector primário - agricultura e pescas. De acordo com

dados da Economist Intelligence Unit (EIU), em 2007 o produto interno bruto (PIB) era composto por

agricultura, floresta e pescas (50,2%), serviços (37,2%) e indústria (12,5%).

O sector agrícola inclui culturas de subsistência como o arroz, milho, feijão, batatas, inhame, cana-de-

açúcar e frutos tropicais. A cultura da castanha de caju tem uma importância fulcral na economia do país

– corresponde a cerca de 30% do PIB, a 96% das exportações e representa a principal fonte de receitas

para 47% de famílias guineenses. De salientar que a Guiné-Bissau é o sexto produtor mundial de

castanha de caju.

A criação de gado, tradicional em algumas etnias, está em fase de desenvolvimento, tal como a

exploração das florestas (que cobrem cerca de 60% do território), actividade que o Governo pretende

controlar para evitar a delapidação das florestas nativas.

Com 400 Km de costa, a pesca é outro sector com grandes possibilidades. Foram estabelecidos acordos

de parceria com empresas de diversos países (nomeadamente Rússia, China, Coreia, Japão, Argélia,

Espanha e Portugal) tendo o rendimento das licenças de pesca atingido 9,2 milhões de USD em 2006.

Acresce ainda a compensação recebida da União Europeia (UE), na sequência do acordo assinado em

Maio de 2007 e que abrange o período 2007-2011.

A indústria transformadora é débil, sendo constituída basicamente por bens de consumo e alimentares

(sobretudo cerveja e refrigerantes, essencialmente para consumo interno) e por produtos resultantes da

transformação de madeira.

O país é rico em bauxite e fosfato, estando a extracção deste último minério a dar os primeiros passos

com a constituição de um consórcio internacional - GP Phosphates Mining - que pretende investir 105

milhões de USD, o que representa o maior investimento estrangeiro na Guiné-Bissau. A exploração e

comercialização de bauxite está a cargo da Bauxite Angola, que pretende adquirir licenças para a

exploração de outros minerais. Regista-se igualmente a existência de diamantes, embora não estejam a

ser explorados.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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Prospecção em offshore pelas empresas Eni (Itália), Sterling Energy e Premier Oil (RU), Svenska

(Suécia), Maurel e Prom (França), Mármore of Malasya, Sociedade de Hidrocarbonetos de Angola e

Petrolífera da Guiné-Bissau (PetroGuin) indicam a existência de petróleo, embora ainda não haja

confirmação da viabilidade de exploração.

O desenvolvimento da actividade económica, incluindo a prospecção e exploração petrolífera, depende

de avultados níveis de investimento estrangeiro que só serão viáveis após a consolidação da

estabilidade política.

Principais Indicadores Macroeconómicos

Unidade 2006 a 2007 a 2008 a 2009 b 2010 b 2011 b

População Milhões 1,51 1,54 1,58 1,62 n.d. n.d.

PIB a preços de mercado 109 CFA 177,8 188,5 215,0 230,6 n.d. n.d.

PIB a preços de mercado 106 USD 340,1 393,4 480,2 477,1 n.d. n.d.

PIB per capita USD 225,2 255,5 303,9 294,5 n.d. n.d.

Crescimento real do PIB Var. % 0,6c 2,7 3,3 3,5 4,8 6,0

Taxa de inflação % 2,0c 4,6c 10,4c 3,6 4,0 3,2

Dívida externa 106 USD 993,3c 1.012,7 1.040,0 n.d. n.d. n.d.

Balança corrente 106 USD -40,2c 35,7 -14,7 -12,2 n.d. n.d.

Balança corrente % do PIB -19,9 9,8 -3,1 -2,6 -2,0 -1,5

Reservas (excl. ouro) 106 USD 82,0c 112,9c 124,5c 115,8 n.d. n.d.

Taxa de câmbio - média 1USD=xCFA 522,9c 479,3c 447,8c 481,4 472,8 463,6

Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)

Notas: (a) Estimativas; (b) Previsões; (c) Valores efectivos

n.d. – não disponível

CFA – Franco CFA

A ausência de estabilidade política não tem permitido o desenvolvimento da economia guineense o que

motivou uma variação negativa do PIB no início da presente década. Recentemente a tendência

inverteu-se e em 2007 e 2008 assistiu-se a uma recuperação da actividade económica e a uma maior

estabilização orçamental. Por outro lado, a elevada dependência do sector primário, em particular da

evolução no mercado da castanha de caju, condiciona substancialmente o desempenho económico do

país.

Apesar do impacto da instabilidade política que se verificou no primeiro semestre de 2009, a EIU prevê

um aumento do PIB da ordem dos 3,5% em 2009, em virtude do forte crescimento da produção de

castanha de caju e do maior dinamismo do sector da construção. As projecções para 2010 e 2011

indicam um crescimento económico de 4,8% e 6% respectivamente, induzido pelas transferências de

doadores internacionais, pelos investimentos no sector mineiro, pela construção de infra-estruturas e

pela produção agrícola.

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As contas públicas da Guiné-Bissau registaram uma evolução favorável em 2008, para o que contribuiu

fundamentalmente a contenção das despesas correntes, com excepção dos encargos com juros. Para

2009, o principal desafio da política orçamental consiste na continuação dos esforços de estabilização,

prevendo-se uma ligeira melhoria do défice orçamental.

O efeito do aumento dos preços dos bens alimentares ao longo de 2008 conduziu a uma subida da

inflação para 10,4%, o que levou à adopção de medidas excepcionais e temporárias por parte das

autoridades nacionais (isenções de impostos às importações de arroz e redução de taxas alfandegárias

que recaíam sobre os produtos petrolíferos importados). De salientar que esta evolução contrasta com a

verificada desde a adesão da Guiné-Bissau à União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA), a

qual tinha contribuído para a manutenção da inflação a taxas reduzidas. Para 2009 as previsões

apontam para um decréscimo substancial da taxa de inflação, que não deverá ultrapassar 3,6%,

induzido pela redução dos preços dos produtos importados.

Não obstante o comportamento positivo das exportações de caju em 2008, o elevado custo dos produtos

importados acabou por se reflectir negativamente nas contas externas. Assim, o défice corrente atingiu

3,1% do PIB, o que contrasta com o excedente registado no ano anterior (9,8% do PIB). Para 2009

prevê-se a melhoria da situação das contas externas, devido essencialmente ao bom desempenho das

exportações de castanha de caju e ao aumento dos donativos por parte da comunidade internacional.

A sustentabilidade da dívida externa (mais do dobro do PIB) continua a ser um factor preocupante da

situação macroeconómica. Este quadro poderá melhorar substancialmente caso a Guiné-Bissau venha a

beneficiar do alívio da dívida no âmbito da iniciativa Heavily Indebted Poor Countries (HIPC) e da

Multilateral Debt Relief Iniciative (MDRI). O país tem vindo a efectuar progressos na normalização das

relações com os credores internacionais e prevê-se que possa atingir o ponto de conclusão da HIPC no

final de 2010, caso o desempenho no futuro programa Poverty Reduction and Growth Facility (PRGF)

seja satisfatório.

De referir que o FMI aprovou, em Janeiro de 2008, a concessão de fundos ao abrigo da Assistência de

Emergência Pós-Conflito (EPCA), reconhecendo o elevado grau de dificuldade do país em implementar

qualquer outro tipo de acordo. Até ao final do primeiro semestre de 2009, a Guiné-Bissau tinha acedido a

cerca de 8,5 milhões de USD, destinados à recuperação da estabilidade orçamental, ao reforço

institucional nas áreas da administração tributária e da gestão da despesa pública e à regularização das

relações com os doadores.

A valorização do Euro (e por consequência do franco CFA) em relação à rupia indiana, moeda do

principal destino das exportações guineenses, conduziu à apreciação da taxa de câmbio do CFA durante

o ano de 2008. A partir do início de 2009, a desaceleração da taxa de inflação permitiu inverter esta

tendência, apresentando a taxa de câmbio efectiva uma depreciação, indicando um ganho de

competitividade externa.

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2.2 Comércio Internacional

No que se refere às transacções comerciais, a Guiné-Bissau é praticamente irrelevante a nível mundial,

ocupando, em 2008, a 171ª posição do ranking de exportadores e a 184ª enquanto importador. A

balança comercial é fortemente deficitária e no último ano registou um agravamento de cerca de 22%

face a 2007, resultante do aumento das importações de 18%, enquanto as exportações não foram além

de um crescimento de 15%.

Em 2008 o valor das exportações atingiu 98 milhões de USD, mas segundo as projecções da EIU é

expectável que em 2009 se verifique um acréscimo da ordem dos 20%, alcançando 118 milhões de

USD, prevendo-se a continuação desta tendência nos anos seguintes (130 e 140 milhões de USD em

2010 e 2011, respectivamente). O crescimento das exportações deve-se sobretudo ao previsível

aumento da produção da castanha de caju, proporcionado pelas condições climáticas favoráveis e pelos

novos investimentos no sector.

Relativamente às importações, que ascenderam a 160 milhões de USD em 2008, as projecções

apontam para um decréscimo em 2009 (-11% face ao ano anterior), prevendo-se uma inversão desta

tendência nos anos seguintes, induzida pelo aumento dos investimentos públicos e pelo aumento dos

preços dos produtos energéticos e dos bens alimentares.

Evolução da Balança Comercial

(106 USD) 2004 2005 2006 2007 2008

Exportação fob 76 89 74 85 98

Importação fob 83 106 127 136 160

Saldo -7 -17 -53 -51 -62

Coeficiente de cobertura (%) 91,6 84,0 58,3 62,5 61,3

Posição no “ranking” mundial

Como exportador 170ª 169ª 171ª 171ª 171ª

Como importador 185ª 183ª 183ª 185ª 184ª

Fonte: World Trade Organization (WTO)

Como já referimos, a Índia constitui o principal cliente da Guiné-Bissau, representando, em 2008, cerca

de 70% das suas exportações. De salientar que, ao longo dos últimos anos, o peso do mercado indiano

tem vindo a aumentar. Dos restantes clientes, destaca-se Singapura, que ocupa o 2º lugar do ranking,

com uma quota de 12,5%.

Relativamente aos principais fornecedores, destacam-se dois países – Senegal e Portugal –

responsáveis por 74,4% das mercadorias importadas em 2008. Portugal tem vindo a reforçar a sua

posição enquanto fornecedor da Guiné-Bissau.

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Principais Clientes

2006 2007 2008 Mercado

quota (%) posição quota (%) posição quota (%) posição

Índia 51,6 1ª 66,6 1ª 69,8 1º

Singapura 22,8 2ª 2,4 3ª 12,5 2ª

Senegal 22,5 3ª 26,2 2ª 2,3 3ª

Portugal 0,5 4ª 0,8 4ª 1,5 4ª

Fontes: Agência do BCEAO na Guiné-Bissau, Fundo Monetário Internacional e Banco de Portugal

Principais Fornecedores

2006 2007 2008 Mercado

quota (%) posição quota (%) posição quota (%) posição

Senegal 44,5 1ª 44,2 1ª 51,7 1ª

Portugal 16,1 2ª 19,7 2ª 22,7 2ª

Holanda 6,3 4ª 5,6 3ª 8,6 3ª

França 2,6 5ª 0,5 7ª 4,9 4ª

China 1,6 6ª 0,2 n.d. 2,5 5ª

Fontes: Agência do BCEAO na Guiné-Bissau, Fundo Monetário Internacional e Banco de Portugal

Nota: n.d. – não disponível

Como foi referido, as exportações da Guiné-Bissau estão concentradas, na sua quase totalidade, na

castanha de caju. Em 2003 este produto representou cerca de 90% do total das vendas guineenses ao

exterior, mas em 2007 este valor subiu para cerca de 96%.

A composição das importações é naturalmente mais diversificada, mas apresenta três grupos de

produtos tradicionalmente dominantes: produtos alimentares e bebidas (29,1% em 2007), bens de capital

(27,6%) e produtos petrolíferos (23,0%).

Principais Produtos Transaccionados – 2007

Exportações / Sector % Importações / Sector %

Castanha de caju 95,8 Produtos alimentares 29,1

Produtos da pesca 0,5 Bens de capital 27,6

Outros 3,7 Produtos petrolíferos 23,0

Outros 20,3

Fonte: EIU - The Economist Intelligence Unit/Banque de France

Nota: Valores estimados

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2.3 Investimento

O actual nível de desenvolvimento do país e as frequentes crises políticas, têm condicionado a entrada

de fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE). De acordo com o World Investment Report publicado

pela UNCTAD no ano em curso, entre 2004 e 2008 a Guiné-Bissau recebeu 63 milhões de USD de

investimento directo estrangeiro. Nesse período, a taxa de crescimento médio anual rondou os 109%.

Em 2008, a Guiné-Bissau posicionou-se no 179º lugar do ranking mundial enquanto receptor de IDE,

num universo de 233 países.

Apesar das importantes reservas de bauxite, de fosfato e de petróleo, não se tem verificado o arranque,

em larga escala, da exploração mineira. Apenas Angola revelou um interesse sério na exploração de

recursos minerais.

Investimento Directo

(106 USD) 2004 2005 2006 2007 2008

Investimento estrangeiro na Guiné-Bissau 2 9 18 19 15

Investimento da Guiné-Bissau no estrangeiro -8 1 0 0 0

Posição no “ranking” mundial

Como receptor 187ª 178ª 177ª 185ª 179ª

Como emissor 217ª 125ª 129ª 225ª 140ª

Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2009

Enquanto emissor de investimento para o exterior, o país assume uma posição marginal.

2.4 Turismo

De acordo com os dados publicados pela Organização Mundial de Turismo (OMT), entraram nas

fronteiras da Guiné-Bissau 38 mil turistas em 2008, a que correspondeu um aumento de 26,4% face ao

ano anterior. Apesar dos valores irrisórios de turistas que visitaram o país, verificou-se, no período de

2005 a 2008, um cescimento médio anual da ordem dos 105%.

Quanto às receitas geradas pelos turistas, estas atingiram 2,8 milhões de USD em 2006 (último ano

disponível).

Dados relativos a 2007, indicam como principais mercados emissores: França (9,9%), Senegal (9,3%)

Portugal (7,5%), Mali (6,6%), Itália (6,2%) e Guiné (6,0%).

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Indicadores do Turismo

2004 2005 2006 2007 2008

Turistas (103) n.d. 5 12 30 38

Receitas (106USD) 1,0 1,6 2,8 n.d. n.d.

Fonte: Organização Mundial de Turismo - OMT

Nota: n.d. – não disponível

3. Relações Económicas com Portugal

3.1 Comércio de Bens

As relações comerciais entre Portugal e a Guiné-Bissau assumem um significado diminuto na vertente

das exportações portuguesas para o mercado (0,1% do total), não tendo relevância o peso desse país

em termos de origem das nossas importações (0,0%).

No âmbito dos PALOP, a Guiné-Bissau ocupa o penúltimo lugar enquanto cliente e fornecedor de

Portugal (depois de Angola, Cabo Verde e Moçambique) representando, em 2008, cerca de 1,5% das

exportações portuguesas para este grupo de países e 0,1% das importações.

A quota de mercado de Portugal no contexto das importações guineenses, que em 2005 se situava em

12,7%, subiu para 22,7% em 2008, posicionando-se no 2º lugar enquanto fornecedor. Por outro lado,

Portugal representou 1,5% no total das exportações do país, ocupando a 4ª posição no ranking de

clientes.

Importância da Guiné-Bissau nos Fluxos Comerciais de Portugal

2004 2005 2006 2007 2008

Posição 57ª 51ª 51ª 50ª 51ª Como cliente

% Saídas 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

Posição 138ª 140ª 135ª 144ª 140ª Como fornecedor

% Entradas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

As trocas comerciais entre os dois países têm vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, em virtude

do bom desempenho das exportações portuguesas, que registaram um crescimento médio anual de

23% no período 2004/2008.

A balança comercial bilateral é estruturalmente muito desequilibrada e favorável a Portugal, tendo

registado um saldo positivo de 39,8 milhões de euros em 2008.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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As exportações portuguesas para a Guiné-Bissau atingiram 40,4 milhões de euros no último ano,

correspondente a um acréscimo de 17% face a 2007, enquanto as importações não foram além de 580

mil euros (+14%).

Nos primeiros nove meses do corrente ano verificou-se uma diminuição das exportações portuguesas

para o mercado guineense (-17,6% face ao período homólogo de 2008), enquanto as importações

registaram um aumento significativo (+153,2%).

Evolução da Balança Comercial Bilateral

(106 EUR) 2004 2005 2006 2007 2008 Evol.a % 2008 Jan/Set

2009 Jan/Set

Exportações 17.818 24.078 27.067 34.532 40.401 23,0 31.248 25.756

Importações 791 996 1.164 508 580 0,2 454 1.149

Saldo 17.027 23.081 25.902 34.024 39.821 -- 30.795 24.607

Coef. Cobertura (%) 2.251,7 2.416,3 2.324,8 6.795,6 6.960,4 -- 6.887,3 2.241,9

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2004-2008

Dados relativos a 2008 indicam que a estrutura das exportações portuguesas para a Guiné-Bissau, por

grupo de produtos, é dominada por quatro categorias – combustíveis minerais, minerais e minérios,

produtos alimentares e máquinas e aparelhos – responsáveis, no seu conjunto, por 66,3% do total de

produtos exportados. De salientar que os combustíveis minerais, que até 2007 tinham uma reduzida

representatividade na estrutura das exportações portuguesas, passaram a ter um papel preponderante

em 2008 (21% do total).

Para além das categorias referidas, destacam-se ainda, por ordem decrescente de representatividade,

os metais comuns (7,6%), os veículos e outro material de transporte (7,1%) e os produtos agrícolas

(6,6%). Dos sete grupos de produtos mencionados, apenas os combustíveis minerais, os minerais e

minérios e os produtos agrícolas tiveram um desempenho positivo em 2008, com taxas de crescimento,

face ao ano anterior, de 911%, 34% e 35% respectivamente.

De forma mais desagregada (a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada), em 2008, os principais

produtos exportados foram os seguintes: óleos de petróleo ou minerais betuminosos (20,6%), cimentos

hidráulicos (12,8%), cervejas de malte (5,0%) e vinhos de uvas frescas (5,0%). Até Agosto do corrente

ano, estes quatro produtos mantinham as mesmas posições no ranking das exportações para a Guiné-

Bissau, se bem que os dois primeiros tenham revelado uma evolução negativa face ao período

homólogo de 2008 (-31% e -33%, respectivamente).

Dados referentes a 2008 indicam que 48,5% das exportações para a Guiné-Bissau de produtos

industriais transformados (96,4% das exportações totais) incidiram em produtos classificados como de

média-baixa tecnologia. Seguem-se os produtos de baixa intensidade tecnológica (26,6%), de média-alta

tecnologia (21,3%) e de alta intensidade tecnológica (3,6%).

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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Exportações por Grupos de Produtos

(103 EUR) 2004 % Total

2004 2007

% Total 2007

2008 % Total

2008

Combustíveis minerais 48 0,3 842 2,4 8.506 21,1

Minerais e minérios 970 5,4 4.936 14,3 6.594 16,3

Produtos alimentares 5.644 31,7 7.006 20,3 6.179 15,3

Máquinas e aparelhos 2.620 14,7 7.149 20,7 5.494 13,6

Metais comuns 1.086 6,1 3.692 10,7 3.082 7,6

Veículos e outro mat. transporte 1.851 10,4 3.692 10,7 2.879 7,1

Produtos agrícolas 1.958 11,0 1.977 5,7 2.669 6,6

Plásticos e borracha 365 2,0 764 2,2 960 2,4

Produtos químicos 697 3,9 1.071 3,1 800 2,0

Vestuário 441 2,5 209 0,6 503 1,2

Pastas celulósicas e papel 286 1,6 335 1,0 373 0,9

Matérias têxteis 267 1,5 336 1,0 312 0,8

Madeira e cortiça 107 0,6 259 0,8 304 0,8

Calçado 107 0,6 190 0,5 175 0,4

Instrumentos de óptica e precisão 143 0,8 169 0,5 167 0,4

Peles e couros 85 0,5 20 0,1 27 0,1

Outros produtos 1.143 6,4 1.886 5,5 1.373 3,4

Valores confidenciais 0 0,0 0 0,0 4 0,0

Total 17.818 100,0 34.532 100,0 40.401 100,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

As importações originárias da Guiné-Bissau são claramente mais concentradas do que as exportações

portuguesas para o mercado, constituindo a madeira e cortiça o principal grupo de produtos importado

(cerca de 50% do valor total de 2008), seguido dos produtos agrícolas (27,1%) e dos metais comuns

(13,7%). Estes três grupos representaram 91% das importações portuguesas provenientes da Guiné-

Bissau em 2008. À excepção dos produtos agrícolas, as restantes categorias registaram um aumento

face a 2007.

Numa análise mais detalhada (a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada), verifica-se que os

principais produtos importados em 2008 foram os seguintes: madeira em bruto (39,7%), outros produtos

hortícolas, frescos ou refrigerados (17,7%), construções e suas partes de ferro fundido (13,7%) e

madeira serrada (10,2%).

Cerca de 42,6% das importações provenientes da Guiné-Bissau de produtos industriais transformados

(37,9% das importações totais) incidiram em produtos classificados como de média-baixa tecnologia,

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

13

seguindo-se produtos de baixa intensidade tecnológica (41,7%) e produtos de média-alta tecnologia

(15,7%).

Importações por Grupos de Produtos

(103 EUR) 2004 % Total 2007 % Total 2008 % Total

Madeira e cortiça 409 51,7 162 31,8 291 50,1

Produtos agrícolas 122 15,5 256 50,5 157 27,1

Metais comuns 0 0,0 44 8,6 79 13,7

Veículos e outro mat. transporte 0 0,0 16 3,1 20 3,4

Máquinas e aparelhos 40 5,1 9 1,8 14 2,5

Vestuário 0 0,0 0 0,0 3 0,5

Produtos alimentares 5 0,7 1 0,2 1 0,2

Produtos químicos 0 0,0 0 0,1 0 0,1

Peles e couros 0 0,0 14 2,7 0 0,0

Minerais e minérios 0 0,0 2 0,3 0 0,0

Matérias têxteis 214 27,0 0 0,0 0 0,0

Outros produtos 0 0,0 0 0,0 15 2,5

Valores confidenciais 0 0,0 4 0,8 0 0,0

Total 791 100,0 508 100,0 580 100,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

De acordo com os dados do INE, ao longo dos últimos anos tem-se vindo a registar um aumento

contínuo do número de empresas portuguesas que têm exportado produtos para a Guiné-Bissau,

passando de 976 em 2004 para 1.223 em 2008. As três principais empresas exportadoras, em 2008,

foram responsáveis por 35,7% das exportações totais.

Pelo contrário, o número de empresas portuguesas que adquiriram produtos no mercado guineense tem

revelado uma evolução irregular ao longo dos últimos anos, não indo além de 23 em 2008 (24 em 2004).

As três principais empresas importadoras, em 2008, foram responsáveis por 73,3% das importações

totais.

3.2 Comércio de Serviços

As transacções de serviços entre Portugal e a Guiné-Bissau assumem uma posição pouco relevante,

representando 0,1% das exportações portuguesas de serviços, tendo ainda um peso menor em termos

de importações.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

14

Importância da Guiné-Bissau nos Fluxos de Serviços com Portugal

Unid. 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Jan/Set

Posiçãoa 43ª 39ª 42ª 42ª 45ª 45ª Guiné-Bissau como cliente de Portugal

% Saídas 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1

Posiçãoa 42ª 51ª 47ª 44ª 46ª 48ª Guiné-Bissau como fornecedor de Portugal %

Chegadas0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0

Fonte: Banco de Portugal

Nota: (a) Posição num conjunto de 55 mercados seleccionados

À semelhança do que acontece no comércio de mercadorias, também na área dos serviços a balança

bilateral é favorável a Portugal (desde 2005), com o saldo a atingir três milhões de euros em 2008. As

exportações de serviços para a Guiné-Bissau fixaram-se em 9,1 milhões de euros no último ano,

enquanto as importações não foram além de 6,1 milhões de euros. Ao longo do período 2004-2008, as

exportações e as importações registaram um crescimento médio anual de 29% e 17,6%

respectivamente.

Evolução da Balança Comercial de Serviços com a Guiné-Bissau

(103 EUR) 2004 2005 2006 2007 2008 Var %a 04/08

2008 Jan/Set

2009 Jan/Set

Expedições 3.448 4.941 6.153 9.133 9.114 29,0 n.d. 6.106

Chegadas 4.215 2.482 4.238 5.487 6.109 17,6 n.d. 3.154

Saldo -767 2.459 1.915 3.646 3.005 -- -- 2.952

Coef. Cobertura 81,8% 199,1% 145,2% 166,4% 149,2% -- -- 193,6%

Fonte: Banco de Portugal

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2004-2008

n.d. – não disponível

3.3 Investimento

Importância da Guiné-Bissau nos Fluxos de Investimento para Portugal

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Jan/Set

Posiçãoa -- -- 49ª 50ª 46ª 54ª Portugal como receptor (IDE)

% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Posiçãoa 35ª 39ª 45ª 40ª 43ª 44ª Portugal como emissor (IDPE)

% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Fonte: Banco de Portugal

Nota: (a) Posição do mercado enquanto origem do IDE bruto total e destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

15

De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, o investimento directo da Guiné-Bissau em

Portugal tem sido inexpressivo, ocupando o país, em 2008, o 46º lugar no ranking dos investidores

estrangeiros, correspondente a um montante de 38 mil euros (o maior do último quinquénio).

Por outro lado, enquanto destino do investimento directo português no exterior (IDPE), a Guiné-Bissau

tem assumido uma posição pouco significativa (43º lugar em 2008). Entre 2004 e 2008 o valor do

investimento directo português atingiu 3.066 mil euros, enquanto o desinvestimento alcançou 15.069 mil

euros.

Investimento Directo de Portugal na Guiné-Bissau

(103 EUR) 2004 2005 2006 2007 2008 Var%a

2004/08 2009

Jan/Set

Investimento bruto 1.000 195 199 1.147 525 86,3 211

Desinvestimento 1.097 75 455 11.994 1.448 716,0 143

Investimento líquido -97 120 -256 -10.847 -923 -- 68

Fonte: Banco de Portugal

Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2004-2008

Os sectores predominantes do investimento português na Guiné-Bissau, nos últimos anos, têm sido o da

construção, indústria transformadora e actividades financeiras.

Investimento Directo da Guiné-Bissau em Portugal

(103 EUR) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Jan/Set

Investimento bruto 0 0 1 2 38 2

Desinvestimento 0 3 0 0 0 0

Investimento líquido 0 -3 1 2 38 2

Fonte: Banco de Portugal

3.4 Turismo

Relativamente ao turismo da Guiné-Bissau em Portugal e com base nas receitas geradas na hotelaria

global – o único indicador disponível – verifica-se um crescimento médio anual de 48,3% entre 2005 e

2008. O mercado guineense ocupou, em 2008, a 51ª posição no ranking das receitas provenientes dos

países emissores de turistas para Portugal, a que correspondeu um montante de 1,9 milhões de euros.

Por outro lado, e segundo dados da World Tourism Organization, Portugal ocupa o terceiro lugar

enquanto emissor de turistas para a Guiné-Bissau, sendo responsável por 7,5% do total alcançado em

2007 (último ano disponível), a que correspondeu um montante de 2.245 turistas (-14% em relação a

2006).

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

16

Turismo da Guiné-Bissau em Portugal

2005 2006 2007 2008 Var. %a 2009

Jan/Set

Receitasb (103 EUR) 615 765 1.443 1.901 48,3 1.516

% totalc 0,0 0,0 0,0 0,0 -- 0,0

Posiçãod 50ª 51ª 50ª 51ª -- 49ª

Fontes: INE – Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2008

(b) Inclui apenas a hotelaria global

(c) Refere-se ao total de estrangeiros

(d) Posição enquanto mercado emissor, num conjunto de 55 mercados seleccionados

4. Relações Internacionais e Regionais

A República da Guiné-Bissau é membro, entre outras organizações, da União Africana, do Banco

Africano de Desenvolvimento (BafD), e da Organização das Nações Unidas (ONU) e da maioria das

suas agências especializadas, de entre as quais se destacam o Banco Mundial e o Fundo Monetário

Internacional (FMI). Faz parte, também, da Organização Mundial de Comércio (OMC), desde 31 de Maio

de 1995, e da Comunidade Financeira Africana (CFA), inserindo-se na denominada Zona do Franco

africana, cujos membros partilham uma moeda comum (o Franco CFA), a qual está fixada e convertível

face ao Euro através de um acordo monetário especial com a França.

A nível regional, a Guiné-Bissau integra a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental

(CEDEAO), a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e a Comunidade dos Países

de Língua Portuguesa (CPLP).

Em Maio de 1975 foi criada, pelo Tratado de Lagos, a CEDEAO com o principal objectivo de criar um

mercado comum entre os Estados-membros, para promover o comércio regional, a cooperação e o

desenvolvimento da região. Aquele foi revisto em Julho de 1993 de modo a acelerar a integração

económica e a aumentar a cooperação política. Conta com quinze países-membros, oito dos quais

integram a União Económica e Monetária da África Ocidental.

A UEMOA, por seu lado, foi estabelecida em 1994 e traduz-se, em termos gerais, num projecto de

integração sub-regional, que visa criar um espaço económico e monetário comum entre os seus

membros.

Finalmente, a CPLP foi instituída em 17 de Julho de 1996, em Lisboa, e agrupa países como Angola,

Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Apresenta como objectivos gerais a concertação político-diplomática em matéria de relações

internacionais, nomeadamente na defesa e promoção de interesses comuns ou questões específicas, a

cooperação, particularmente nos domínios económico, social, cultural, jurídico e técnico-científico, e a

materialização de projectos de promoção e difusão da língua portuguesa.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

17

As relações da Guiné-Bissau com a União Europeia processam-se no âmbito do Acordo Cotonou, o

qual entrou em vigor a 1 de Abril de 2003, e que veio substituir as Convenções de Lomé que, durante

décadas, enquadraram as relações de cooperação entre os Estados-membros da actual UE e os países

de África, Caraíbas e Pacífico (ACP).

Com um período de vigência de 20 anos, este Acordo estabelece um novo quadro jurídico regulador da

cooperação entre as partes, cujo principal objectivo consiste na redução da pobreza e, a longo prazo, a

sua erradicação, o desenvolvimento sustentável e a integração progressiva e faseada dos países ACP

(atendendo às especificidades de cada um) na economia mundial.

No âmbito da parceria UE/Países ACP as partes acordam em concluir novos convénios comerciais

compatíveis com as regras da OMC (Acordos de Parceria Económica - APE) eliminando

progressivamente os obstáculos às trocas comerciais e reforçando a cooperação em domínios conexos,

como a normalização, a certificação e o controlo da qualidade, a política da concorrência, a política do

consumidor, etc. Os novos regimes comerciais devem ser introduzidos de forma gradual e pragmática,

tendo sido necessário estabelecer um período preparatório (temporário) que terminou em 31 de

Dezembro de 2007.

A partir de 1 de Janeiro de 2008 os Acordos de Parceria Económica deveriam substituir o regime

comercial preferencial definido pelo Acordo de Cotonou, no entanto, dadas as dificuldades que

acompanharam o processo de negociação entre as partes (apenas alguns Acordos temporários foram

assinados), haverá necessidade de continuar o diálogo com vista a alcançar uma maior abertura no

futuro através da concretização dos referidos APE.

O Acordo Cotonou prevê a sua própria revisão/adaptação de cinco em cinco anos, estando a próxima

agendada para 2010.

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado

5.1 Regime de Importação

As autoridades governamentais guineenses têm vindo a implementar um programa de liberalização da

economia, através da adopção de várias medidas com o objectivo de promover uma economia de

mercado e dinamizar o sector privado.

Inserida nos objectivos da UEMOA, união económica da qual a Guiné-Bissau faz parte, foi criada uma

união aduaneira ao abrigo da qual foram eliminados os direitos aduaneiros aplicados às trocas

comerciais entre os seus Estados-membros, tendo sido introduzida em Janeiro de 2000 uma Pauta

Externa Comum (PEC), baseada no Código de Valoração Aduaneira da OMC.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

18

O dispositivo da PEC, que incide sobre as importações provenientes de países terceiros à UEMOA,

assenta em quatro categorias de bens – i) bens sociais essenciais, material informático, bens de

equipamento, bens culturais e científicos; ii) matérias-primas, incluindo petróleo e cereal para a indústria;

iii) produtos intermédios, incluindo veículos; e iv) bens de consumo final – aplicando-se, sobre o valor

FOB da mercadoria, direitos aduaneiros de 0%, 5%, 10% e 20%, respectivamente, conforme as

categorias dos bens atrás descritos.

Para além das tarifas alfandegárias referidas podem, ainda, ser cobrados vários impostos/taxas,

nomeadamente:

• Taxa Estatística (1%);

• Imposto Comunitário de Solidariedade (1%);

• Taxa CEDEAO (0,5%);

• Imposto Especial Sobre o Consumo (variável de acordo com o produto: bebidas alcoólicas, tabaco

manufacturado, perfumes, cosmética e automóveis, entre outros);

• IVA (15%);

• Emolumentos pelos Serviços Aduaneiros.

A Pauta Externa Comum e a regulamentação aplicada às trocas intra e extracomunitárias da UEMOA

podem ser consultadas no Site www.izf.net/izf/Guide/GuineBissau/Default.htm.

Entre os documentos a apresentar às autoridades competentes encontram-se a factura comercial e o

certificado de origem (quando solicitado). É ainda necessária uma licença de importação, unicamente

com fins estatísticos, que é emitida automaticamente pelo Ministério do Comércio, do Turismo e

Artesanato – www.minturgb-gov.com.

Em termos sanitários e fitossanitários, sendo a Guiné-Bissau membro da Comissão Fitossanitária

Inter-africana, exige a apresentação de Certificado fitossanitário na entrada de plantas e derivados.

No que respeita a regulamentação ou exigências de normalização e qualidade não existem regras

específicas nacionais, sendo muitas vezes cumpridos os requisitos previstos na legislação portuguesa,

norte-americana ou britânica. É aconselhável seguir as instruções do importador local, assim como

contactar com a Direcção de Serviços de Normalização e Promoção da Qualidade da Guiné-Bissau.

Também relativamente aos aspectos de rotulagem e embalagem não há regulamentação própria

guineense, se bem que, normalmente, sejam observadas as regras previstas na legislação portuguesa.

Igualmente, neste caso, é aconselhável acatar as indicações do importador.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

19

5.2 Regime de Investimento Estrangeiro

O Governo da Guiné-Bissau tem em curso um plano estratégico de crescimento económico que envolve

a atracção dos investidores privados externos, criando, para tal, condições para a melhoria do ambiente

de negócios no país.

Com vista à sua concretização, o Ministro da Economia definiu nos últimos anos várias medidas

prioritárias das quais fizeram parte a revisão do Código de Investimento, a regulamentação da Lei das

Terras, a adopção do Código de Trabalho (harmonizado de acordo com as regras da CEDEAO), a

criação de um Tribunal Comercial e de um Centro de Arbitragem, a abertura da “Loja do Cidadão” e a

elaboração do “Estatuto de Empresas Francas de Exportação”.

Para facilitar e promover a realização de investimentos importa, também, destacar a importância

relevante da adesão do país à MIGA e ao FAGACE.

Com a adesão da Guiné-Bissau à Agência Multilateral de Garantia de Investimentos – MIGA do Banco

Mundial (Portugal financiou os direitos de entrada), em 31 de Maio de 2006, foi dado um importante

contributo para a melhoria das condições de investimento naquele país.

A MIGA foi criada com o objectivo de segurar o capital de Investimento Directo Estrangeiro em países

em desenvolvimento contra riscos de natureza política ou não económicos, permitindo a cobertura de:

risco de conversão cambial excluindo desvalorização; risco de expropriação; risco de perdas por

destruição de bens ou incapacidade de prosseguir actividade resultantes de guerra civil ou insurreição

social; e risco por quebra de contrato das autoridades nacionais. Esta agência viabiliza projectos de

investimento específicos, facilitando o acesso ao crédito ou a taxas de juro mais favoráveis, para além

de permitir prolongar o horizonte de amortização dos financiamentos.

O crescimento e a consolidação do sector privado beneficiam, ainda, da adesão da Guiné-Bissau, em 7

de Março de 2006, ao Fundo Africano de Garantia e Cooperação Económica (FAGACE), criado em

1977 com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento económico e social dos países membros e

promover os investimentos públicos e privados.

As operações de investimento na Guiné-Bissau regem-se pelo Código de Investimento que considera

Investimento Estrangeiro todo aquele que é realizado por pessoas singulares ou colectivas não

domiciliadas ou sedeadas no território, com capital proveniente do exterior, podendo a operação revestir-

se das seguintes formas – em moeda livremente convertível, pela importação de materiais e maquinaria

e transferência de tecnologia.

Ao investidor é-lhe permitida a transferência anual de dividendos ou lucros distribuídos, bem como o

produto da venda ou liquidação do investimento efectuado, incluindo as mais-valias, após pagamento

dos impostos devidos. O Estado garante a segurança dos bens e direitos resultantes dos investimentos

efectuados, beneficiando os projectos de protecção contra a nacionalização e expropriação dos seus

bens.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

20

Relativamente aos incentivos concedidos ao capital estrangeiro, todos os projectos aprovados poderão

beneficiar de um regime comum, que contempla:

• Isenções, reduções ou reembolsos fiscais para projectos que visem a promoção das exportações, a

substituição das importações, a formação profissional, o reflorestamento do país, assim como

aqueles que se instalam fora da região de Bissau e os que visem a criação de infra-estruturas;

• Isenções de direitos aduaneiros que incidem sobre a importação (definitiva ou temporária) de bens

de equipamento e matérias-primas necessários ao investimento (aplicam-se a todos os projectos

aprovados).

Não têm acesso àqueles incentivos os projectos de investimento realizados nos sectores:

• Comércio grossista e retalhista;

• Exportação de produtos primários tradicionais (ex.: castanha de caju, coconote, mancarra, óleo de

palma e madeiras);

• Construção civil, excepto no que respeita à importação de equipamentos e acessórios de

manutenção;

• Cafés, cervejarias, “dancings”, restaurantes, padarias, confeitarias e similares;

• Serviços de aluguer de viaturas;

• Jogos de fortuna e azar.

As restantes actividades não referidas poderão beneficiar de isenções aduaneiras, até um limite de 50%

do respectivo valor. Os projectos de investimento que sejam considerados de grande interesse

económico para o país podem obter outros incentivos não previstos, a conceder pelo Conselho de

Ministros sob proposta do Ministério da Economia.

Para além do regime comum existem ainda regimes especiais. De facto, o Governo poderá estabelecer

regulamentação específica para investimentos em sectores de actividade que, pelas suas características

específicas, merecem tratamento diferenciado.

De mencionar, ainda, que o Código de Investimento de 1991 já não reflecte a realidade económica do

país, pelo que o Governo anunciou, em Setembro de 2008, a aprovação de novo Código cujos

principais objectivos visam, nomeadamente, criar um quadro jurídico seguro e atractivo para o

investimento em geral e para o investimento estrangeiro em particular, simplificar os procedimentos

quanto à realização das operações de investimento e estabelecer regras transparentes que permitam a

atribuição automática dos incentivos previstos. O novo Código de Investimento aguarda promulgação

para entrar em vigor.

Por fim, refira-se que Portugal assinou com a Guiné-Bissau um Acordo sobre Promoção e Protecção

de Investimentos, o qual entrou em vigor em Abril de 1996, assim como uma Convenção para Evitar a

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

21

Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Prevenir a Evasão Fiscal que

aguarda ratificação por ambos os Estados para entrar em vigor.

5.3 Quadro Legal

Regime de Importação

• Decreto n.º 6/2000, de 22 de Agosto – Sobre o controlo de qualidade dos produtos alimentares.

• Decreto n.º 4/99, de 18 de Agosto – Fixa medidas de protecção fitossanitárias destinadas a evitar a

introdução no país de organismos prejudiciais aos vegetais ou produtos vegetais (quarentena

vegetal).

• Decreto n.º 62-E/92, de 30 de Dezembro – Aplica o Regulamento do Controlo Sanitário dos Géneros

Alimentícios e cria, para o efeito, o Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição.

Regime de Investimento Estrangeiro

• Decreto-Lei n.º 3/2007, de 29 de Junho – Regula a produção, transporte e distribuição, importação e

exportação de energia eléctrica no país.

• Decreto-Lei n.º 2/2007, de 29 de Junho – Aprova a “Lei Quadro de Energia”.

• Resolução da Assembleia Nacional n.º 4/2004, de 2 de Novembro – Aprova a Lei Uniforme da

UEMOA relativa à luta contra o branqueamento de capitais.

• Decreto-Lei n.º 4/2002, de 22 de Novembro – Aprova o Código dos Contratos Públicos.

• Lei n.º 9/2000, de 2 de Outubro – Aprova o regime da Arbitragem Voluntária como meio alternativo

da justiça judicial na resolução de litígios entre pessoas particulares relativos a direitos patrimoniais

disponíveis. Derroga o título I, do Livro IV, do Código do Processo Civil.

• Lei n.º 4/91, de 14 de Outubro – Aprova o Código de Investimento (está presentemente em curso a

aprovação de nova legislação nesta matéria)

Acordos Relevantes

• Resolução da Assembleia da República n.º 63/2000, de 27 de Abril e Decreto do Presidente da

República n.º 70/2009, de 30 de Julho – Aprova e ratifica, respectivamente, a Convenção para Evitar

a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Prevenir a Evasão Fiscal e

respectivo Protocolo entre Portugal e a Guiné-Bissau.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

22

• Decreto n.º 41/92, de 8 de Outubro – Aprova o Acordo Sobre Promoção e Protecção de

Investimentos, entre Portugal e a Guiné-Bissau.

Para mais informação legislativa sobre mercados externos consulte o Site da aicep Portugal Global:

www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx

6. Informações Úteis

Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro

A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de

cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos

de natureza política, monetária e catastrófica.

No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas,

apólice individual, a cobertura para o mercado guineense é a seguinte (Novembro de 2009):

Todos os prazos – Fora de Cobertura.

Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da

Direcção Internacional da COSEC.

Formalidades na Entrada

São exigidos:

- Passaporte, válido por seis meses, a todos os visitantes.

- Visto, excepto para cidadãos da CEDEAO que fiquem no país, no máximo, durante um mês.

Cuidados de Saúde

Apenas se deve consumir água engarrafada e convém evitar o consumo de alimentos não cozinhados,

sobretudo frutas com casca e vegetais mal lavados.

O viajante deverá aconselhar-se previamente junto do seu médico ou em sede de “consulta ao viajante”

sobre a vacinação necessária e os cuidados básicos a manter.

Recomendam-se cuidados profiláticos em relação ao paludismo, bem como o uso de repelente de

insectos, roupa fresca, clara e comprida e o uso de rede mosquiteira

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

23

A tuberculose e a hepatite são também doenças comuns. Apesar de existir um Hospital Central em

Bissau e um outro em Bafatá, aconselha-se o viajante a trazer consigo um kit de medicamentos

adequados às doenças tropicais e com material de primeiros socorros.

Vacinas: é fortemente aconselhável a vacinação contra a febre-amarela.

Hora Local

Corresponde ao UTC. Em relação a Portugal, a Guiné-Bissau tem a mesma hora no Inverno e menos

uma no Verão.

Horários de Funcionamento

Serviços Públicos:

8h00-14h30

(Segunda-feira a Sexta-feira)

Comércio:

7h30-12h30 / 14h30-18h30

(Segunda-feira a Sexta-feira)

Bancos:

8h00 – 13h00 / 15h00 – 18h00

(Segunda-feira a Sexta-feira)

Feriados

1 de Janeiro – Dia de Ano Novo

20 de Janeiro – Dia da Morte de Amílcar Cabral

8 de Março – Dia Internacional da Mulher

1 de Maio – Dia do Trabalhador

3 de Agosto – Aniversário da Morte de Pidjiguiti

20 de Setembro* - Korité, fim do Ramadão

24 de Setembro – Dia Nacional

14 de Novembro – Aniversário do Movimento de Reajustamento

16 de Novembro* - Tabaski, Festa do Sacrifício

25 de Dezembro – Natal

* Estes feriados dependem do calendário lunar islâmico e podem variar um ou dois dias em relação às

datas referidas.

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

24

Corrente Eléctrica

220 volts AC, 50Hz.

Pesos e Medidas

É utilizado o sistema métrico decimal.

7. Endereços Diversos

Em Portugal

Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa

Rua de Alcolena, 17 A – Restelo

1400-004 Lisboa

Tel.: 21 3009080 | Fax: 21 3009081

aicep Portugal Global

Sede: O’ Porto Bessa Leite Complex

Rua António Bessa Leite, 1430, 2º

4150-074 Porto

Tel.: 22 6055300 | Fax: 22 6055399

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

aicep Portugal Global

Av. 5 de Outubro, 101

1050-051 Lisboa

Tel.: 21 7909500 | Fax: 21 7909581

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA

Direcção Internacional

Av. da República, 58

1069-057 Lisboa

Tel.: 21 7913821 | Fax: 21 7913839

E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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Na Guiné–Bissau

Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau

Av. Cidade de Lisboa – Caixa Postal 76

1021 Bissau Codex - Guiné-Bissau

Tel.: 245 3201261 / 1279 | Fax: 245 3201269

E-mail: [email protected] ou E-mail: [email protected]

Ministério do Comércio, do Turismo e do Artesanato

Av. 3 de Agosto

CP 85, Bissau - Guiné-Bissau

Tel.: 245 3202172 | Fax: 245 3202171

E-mail: [email protected] | http://www.minturgb-gov.com/

Ministério da Economia e Finanças

Rua Justino Lopes 74 A

CP 67, Bissau - Guiné-Bissau

Tel.: 245 3203670 | Fax: 245 3203496

E-mail: [email protected] | http://www.guine-bissau.org

Direcção de Promoção do Investimento Privado (DPIP)

Rua 12 de Setembro, Bissau Velho

CP 1276, Bissau

Tel.: 245 3205156 | Fax: 245 3203181

E-mail: [email protected]

Câmara do Comércio, Indústria e Agricultura da Guiné-Bissau

Av. Amilcar Cabral 7

C.P 361 - Guiné-Bissau

Tel.: 245 3212844| Fax: 245 3201602

E-mail: [email protected]

Associação Industrial da Guiné-Bissau

Av. do Brasil, nº. 2 – 1º.

PB 56, Bissau - Guiné-Bissau

Tel.: 245 3201227 | Fax: 245 3201363

Banque Centrale des Etats de l’Afrique de l’Ouest (BCEAO)

Av 14 Novembro

CP 38, Bissau - Guiné-Bissau

Tel.: 245 3256325 | Fax: 245 3201305 / 6300

E-mail: [email protected] | www.bceao.int

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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8. Fontes de Informação

8.1 Informação Online aicep Portugal Global

Documentos Específicos sobre a Guiné-Bissau

• Título: “Guiné-Bissau – Acordos Bilaterais Portugal/PALOP”

Edição: 01/2009

• Título: “Guiné-Bissau – Condições Legais de Acesso ao Mercado”

Edição: 07/2008

• Título: “Guiné-Bissau – Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos”

Edição: 06/2005

Documentos de Natureza Geral

• Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático”

Edição: 11/2009

• Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE”

Edição: 04/2009

• Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção”

Edição: 02/2009

• Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal”

Edição: 01/2009

• Título: “Normalização e Certificação”

Edição: 11/2008

• Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos”

Edição: 08/2008

• Título: “Seguros de Créditos à Exportação”

Edição: 06/2008

• Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro”

Edição: 06/2008

aicep Portugal Global Guiné-Bissau – Ficha de Mercado (Dezembro 2009)

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• Título: “Guia do Exportador”

Edição: 02/2008

• Título: “Dupla Tributação Internacional”

Edição: 12/2004

• Título: “A Internacionalização das Marcas Portuguesas através do Franchising”

Edição: 11/2004

• Título: “Pagamentos Internacionais”

Edição: 06/2004

A Informação On-line pode ser consultada no Site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

8.2 Endereços de Internet

• Africanidade – http://www.africanidade.com/

• Banque Centrale des États de l’Afrique de l’Ouest (BCEAO) – http://www.bceao.int/

• Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – http://www.cplp.org/

• Consulado Geral da Guiné-Bissau em Lisboa – http://www.consuladogeralguine-

bissau.org/noticias.php

• Faculdade de Direito de Bissau – http://www.fdbissau.org/

• Fundação Guineense para o Desenvolvimento Empresarial Industrial – http://www.fundei.net/

• Guinea-Bissau and the IMF – http://www.imf.org/external/country/GNB/index.htm

• Guinea-Bissau Investment (GBI) – www.bissauinvest.com/?cat=home

• Governo da Guiné-Bissau – http://www.republica-da-guine-bissau.org/index.php?id=1

• Investir en Zone Franc (site da responsabilidade da UEMOA) – http://www.izf.net/espace_general/

• Investment Promotion and Development Agency – http://investguineabissau.com/

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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt

Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

28

@

• Legis-Palop (Projecto de Apoio ao Desenvolvimento dos Sistemas Judiciários) – http://www.legis-

palop.org/

• Ministério da Justiça – http://mj-gb.org/

• Multilateral Investment Guarantee Agency (MIGA) – http://www.miga.org/

• Bissaudigital – http://www.bissaudigital.com/