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O país Liderada pelo terceiro Líder Supremo da dinastia Kim, Kim Jong-um, a Coreia do Norte é um país localizado no leste da Ásia, mais precisamente na península coreana, com uma população de 25.643.466 habitantes que usam o coreano como língua oficial. Com sua capital em Pyongyang, o país obteve independência do Japão em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, após isso, a península coreana foi dividida em duas zonas, o norte – socialista e o sul – capitalista. Após as primeiras invasões iniciadas pelo norte, causando a Guerra da Coreia, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul até os dias de hoje não possuem um tratado de paz. Atualmente, o país possui uma área 120.538 km², fazendo fronteira com a China, Rússia e Coreia do Sul. O país possui um PIB esti- mado de 40 bilhões de dólares (2015) e sua moeda é o Won norte-coreano (KPW). A Coreia do Norte é considerado um dos países mais fechados e menos livres do mundo, e por conta disso não participa da maioria das organizações in- ternacionais. O país e a INTERPOL Sendo um país extremamente fechado, a Coreia do Norte não é um membro oficial ativo da INTERPOL. Assim, não coopera com sua forças policias e não possui acesso ao seu banco de dados. Como um membro observador, o país não tem poder de voto em questões substanciais do comitê. Relações com a cyber segurança e a iminência da deep web A população norte-coreana não possui um livre acesso à internet – somente uma pequena parte da elite do país pos- sui um acesso monitorado – não havendo, portanto, um investimento de rede para os cidadãos. Apesar disso, o go- verno do país é acusado de diversos cyber ataques em ou- tras nações, como o ataque do ransomware WannaCry que foi um cyber ataque em escala mundial o qual atingiu com- putadores de sistema operacional Windows, criptografando dados e exigindo pagamento em bitcoins pelo resgate. Esti- ma-se que esse malware (um tipo de vírus) alcançou mais de 200.ooo computadores, atingindo mais de 150 países e seu sistemas em hospitais e polícias. Países como os Esta- dos Unidos e o Reino Unido, além da Microsoft, acusaram diretamente a Coréia do Norte por esses ataques. Além disso, relatórios, como o da Associated Press, apontavam que o país adquiriu ilegalmente 2 bilhões de dólares em atividades cibernéticas contra instituições financeiras e trocas de criptomoedas, usando esses recursos para susten- tar sua economia e buscar mais influência internacional. O governo não assume autoria de tais ataques e usa a cyber segurança como um meio de proteger o domínio cibernéti- co e controlar as informações que passam por ele, fortale- cendo o regime contra ataques externos e controlando o que saí de seus aspectos internos, para fortalecer a dinastia Kim. Dossiê República Po- pular Democrá- tica da Coreia POR INTERPOL 2020 INFORMAÇÕES

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  • O país

    Liderada pelo terceiro Líder Supremo da dinastia Kim, Kim

    Jong-um, a Coreia do Norte é um país localizado no leste da

    Ásia, mais precisamente na península coreana, com uma

    população de 25.643.466 habitantes que usam o coreano

    como língua oficial. Com sua capital em Pyongyang, o país

    obteve independência do Japão em 1945, após a Segunda

    Guerra Mundial, após isso, a península coreana foi dividida

    em duas zonas, o norte – socialista – e o sul – capitalista.

    Após as primeiras invasões iniciadas pelo norte, causando a

    Guerra da Coreia, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul até os

    dias de hoje não possuem um tratado de paz. Atualmente,

    o país possui uma área 120.538 km², fazendo fronteira com

    a China, Rússia e Coreia do Sul. O país possui um PIB esti-

    mado de 40 bilhões de dólares (2015) e sua moeda é o Won

    norte-coreano (KPW). A Coreia do Norte é considerado um

    dos países mais fechados e menos livres do mundo, e por

    conta disso não participa da maioria das organizações in-

    ternacionais.

    O país e a INTERPOL

    Sendo um país extremamente fechado, a Coreia do Norte

    não é um membro oficial ativo da INTERPOL. Assim, não

    coopera com sua forças policias e não possui acesso ao seu

    banco de dados. Como um membro observador, o país não

    tem poder de voto em questões substanciais do comitê.

    Relações com a cyber segurança e a iminência da deep

    web

    A população norte-coreana não possui um livre acesso à

    internet – somente uma pequena parte da elite do país pos-

    sui um acesso monitorado – não havendo, portanto, um

    investimento de rede para os cidadãos. Apesar disso, o go-

    verno do país é acusado de diversos cyber ataques em ou-

    tras nações, como o ataque do ransomware WannaCry que

    foi um cyber ataque em escala mundial o qual atingiu com-

    putadores de sistema operacional Windows, criptografando

    dados e exigindo pagamento em bitcoins pelo resgate. Esti-

    ma-se que esse malware (um tipo de vírus) alcançou mais

    de 200.ooo computadores, atingindo mais de 150 países e

    seu sistemas em hospitais e polícias. Países como os Esta-

    dos Unidos e o Reino Unido, além da Microsoft, acusaram

    diretamente a Coréia do Norte por esses ataques. Além

    disso, relatórios, como o da Associated Press, apontavam

    que o país adquiriu ilegalmente 2 bilhões de dólares em

    atividades cibernéticas contra instituições financeiras e

    trocas de criptomoedas, usando esses recursos para susten-

    tar sua economia e buscar mais influência internacional. O

    governo não assume autoria de tais ataques e usa a cyber

    segurança como um meio de proteger o domínio cibernéti-

    co e controlar as informações que passam por ele, fortale-

    cendo o regime contra ataques externos e controlando o

    que saí de seus aspectos internos, para fortalecer a dinastia

    Kim.

    Dossiê

    República Po-

    pular Democrá-tica da Coreia

    POR INTERPOL 2020 INFORMAÇÕES