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e-report Nº 1 # Setembro 2014
Mercado Residencial
1. Comportamento Macroeconómico: Breves Notas 2
2. Mercado Residencial: Dados Censitários 3
3. Transações 6
3.1 Operações de Imóveis (Urbanos+Rústicos+Mistos) 6
3.2 Transação de Alojamentos Familiares 7
4. Oferta versus Procura 8
4.1 Oferta e Procura para venda: 2014 8
4.2 Oferta e Procura para Arrendamento: 2014 12
5. Apontamentos Legais: Vistos Gold 14
No final de 2013 e primeiro semestre de 2014, as expetativas dos agentes associados ao imobiliário, toldaram-se por um comportamento mais otimista, o nível de procura aumentou, sendo oriunda quer do mercado nacional, quer internacional. O segmento residencial observou um crescimento do número de alojamentos transacionados, durante o ano de 2013 e no primeiro trimestre de 2014, com maior incidência nos alojamentos usados. O Índice de Preços da Habitação, em termos homólogos têm vindo a registar um comportamento ascendente desde o segundo trimestre de 2012, com resultados positivos a partir quarto trimestre de 2013. As alterações sociodemográficas, o enquadramento económico e legislativo traduziram-se:
diminuição do número de elementos por família;
envelhecimento populacional;
mobilidade crescente das famílias no âmbito nacional e internacional;
a opção entre aquisição e o arrendamento;
a procura crescente por parte do mercado internacional, incentivado pelos golden visa e regime fiscal de residentes não habituais.
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1. Comportamento Macroeconómico: Breves Notas
Indicadores Macroeconómicos
Fonte: Banco de Portugal, GEE
Ao longo da última década, a economia nacional, registou um comportamento anémico, agravada com a recessão da crise do subprime. O país esteve, durante três anos, sujeito a um plano de intervenção por parte da tríade UE, BCE e FMI. Durante este período temporal várias restrições foram impostas com reflexo no poder de compra dos agregados familiares.
Para o período decorrente de 2014 a 2016, as projeções do Banco de Portugal referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) são de cariz mais otimista face a anos transatos, prevendo-se um crescimento do referido indicador entre 1,1% a 1,7%. No entanto as previsões podem “pecar” por algum excesso de otimismo (tal como se verificou em previsões para anos recentes, consecutivamente revistas em baixa). De referir, segundo o Banco de Portugal, que a recuperação projetada da atividade económica ao longo do período referenciado, reflete a progressiva recuperação da procura interna e a manutenção do crescimento das exportações. De referenciar que a evolução da procura interna continuará a estar condicionada pelo processo de consolidação orçamental e pela necessidade de redução do grau de endividamento do setor privado. As exportações, por seu turno, poderão beneficiar da recuperação da atividade económica mundial.
O consumo privado registou um comportamento, tendencialmente paralelo ao do produto interno bruto, com um decréscimo acentuado em 2013 (-1,7%). Para o horizonte de projeção, o banco de
Portugal antecipa crescimentos de 1,4% para 2014 e de 1,5% para 2015 e 2016. De acordo com o boletim económico de junho, a recuperação do consumo privado ocorre num contexto de aumento continuado da confiança dos consumidores, com reflexo positivo no consumo de bens duradouros. Tem igualmente subjacente a atenuação gradual do endividamento dos particulares. De realçar, de acordo com o mencionado boletim, que no período decorrente de 2009 a 2013, o endividamento dos particulares reduziu-se em 13% do rendimento disponível, apesar do mencionado decréscimo o endividamento permanece ainda em níveis elevados.
A inflação (medida pela taxa de variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no
Consumidor) no panorama nacional, observou uma quebra em 2013, refletindo a atenuação do impacto das medidas de consolidação orçamental implementadas em 2012, nomeadamente o aumento da tributação indireta e do preço de bens e serviços sujeitos a regulação. Para o horizonte temporal em estudo projeta-se uma relativa estabilização da inflação em 2014, para valores de 0,2%, com aumentos progressivos, atingindo os 1,1% em 2016. No que concerne aos níveis de desemprego, refletindo a conjuntura adversa os números referentes à taxa continuam em torno dos dois dígitos. De acordo com informação da Comissão Europeia em 2013 o mencionado indicador registou o valor de 16,2%. No horizonte de projeção em análise, tendo em consideração a relativa melhoria do desempenho económico, os valores projetados antecipam uma diminuição para valores a rondar os 14%.
Em termos de investimento, e especificamente no que concerne ao segmento residencial, de acordo com o boletim económico do Banco de Portugal, o mencionado indicador deverá apresentar uma diminuição em 2014. Para 2015 e 2016, antecipa-se uma recuperação moderada, com a expectável melhoria do rendimento disponível das famílias e das condições de financiamento. No entanto, de mencionar que o elevado nível de endividamento das famílias, as questões de índole demográfica, não deixarão de condicionar a evolução do investimento residencial nos próximos anos.
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2. Mercado Residencial: Dados Censitários
No quadro seguinte encontram-se retratados alguns indicadores que caraterizam sumariamente a evolução das estruturas demográfica e habitacional no âmbito nacional. Vislumbram-se no último decénio o forte crescimento habitacional versus o parco crescimento demográfico, registando-se a diminuição do número de elementos por família, o duplo envelhecimento demográfico, baixos níveis de fecundidade.
O parque habitacional registou um forte crescimento, impulsionado sobretudo pelo aumento de alojamentos sazonais e vagos. Desagregando a análise dos top 10 municípios com maior nível se stock, observa-se quer no âmbito da residência habitual e de alojamentos vagos a preponderância dos municípios inseridos na Área metropolitana de Lisboa e do Porto (AMP). No âmbito dos alojamentos sazonais, destaque para a AML e o Algarve. Em termos de crescimento, no último decénio censitário (2001-2011), destaque em termos de residência habitual para a AML (municípios periféricos), e para a Região Autónoma da Madeira (R.A.M). Nos alojamentos sazonais, o crescimento com maior intensidade incidiu em municípios da R.A.M, R.A.A, Óbidos, Tavira, Castelo de Paiva. Os alojamentos vagos registram um crescimento mais pronunciado em municípios da R.A.M e do Algarve. O parque habitacional, no período decorrente de 2001 a 2011, em consonância com o adensar da conturbação económica, registou um crescimento no âmbito da procura de imóveis para arrendamento, que se traduziu em cerca de 7%. Os municípios que em 2011, registavam um maior stock de alojamentos de residência habitual para arrendamento inseriam-se na AML e AMP. Dos municípios em que o arrendamento apresentava uma representatividade significativa em termos de residência habitual, destacam-se os associados à AML e à AMP, mas igualmente Guimarães e Faro.
Parque habitacional: Resumo Censitário
Fonte: INE, Censos 2001, 2011; Parque habitacional e a sua Reabilitação
Portugal 2001 2011 T.V(%)
População 10 356 117 10 562 178 2,0%
Famílias 3 650 757 4 043 726 11%
Dimensão Média Famílias 2,8 2,6 -
Famílias Unipessoais 17% 21% 37%
Aloj. Familiares Clássicos 5 019 425 5 859 540 17%
Residência Habitual 3 551 229 3 991 112 12%
Proporção Residência Habitual 71% 68% -
Sazonais/Secundários 924 419 1 133 300 23%
Proporção Sazonais/Vagos 18% 19% -
Vagos 543 777 735 128 35%
Proporção Vagos 11% 13% -
Proprietário 76% 73% -3%
Média Mensal Prestação (€) 290,7 € 395,3 € 105 €
Arrendatário 20,8% 19,9% 7%
Renda Média Mensal (€) 122,7 € 235,0 € 112 €
Área Média Útil (m2) n.d 109,09 -
. População concentrada nas Regiões Costeiras ; Mais de Metade
da população res ide entre Minho Lima e Península de Setúbal e
no Algarve;
. Duplo Envelhecimento populacional ( aumento da esperança
de vida; diminuição das taxas de natal idade);
. Aumento de Fami l ias unipessoais
. Dis tribuição terri toria l do parque edi ficado, acompanhou a
evolução demográfica , maior concentração no l i tora l .
. Crescimento mais intenso que o populacional , reforçado pelo
aumento de a lojamentos sazonais e vagos .
. Maior concentração de a lojamentos de res idência habitual no
l i tora l , sobretudo no Grande Porto e da Grande Lisboa.
. A região Algarvia , em 2011, com padrão di ferenciado:
a lojamentos de res idência habitual (47,3%) , os restantes eram
de res idência secundária l (39,5%) e vagos (13,2%).
. Em 2011, a maioria dos a lojamentos de res idência habitual
eram ocupados pelo proprietário (73%). A proporção de
a lojamentos arrendados era, em 2011, de 19,9%; regis tou um
crescimento de 7% entre 2001 e 2011, mas o peso dos
a lojamentos manteve-se semelhante a 2001.
. A Região de Lisboa regis tava em 2011, o maior predomínio de
casas arrendadas , cerca de 27%, seguindo-se as regiões Norte e
Algarve, com cerca de ¼ .
Tendências
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Residência Habitual: Stock Alojamentos (2011)
Alojamento Sazonal/Secundário: Stock Alojamentos (2011)
Residência Habitual: Variação Relativa (01/11)
Alojamento Sazonal/Secundário: Variação Relativa (01/11)
Fonte: INE, Censos 2001, 2011
Top 10 MunicípiosResidência Habitual
2011: Stock
Lisboa 237 247
Sintra 142 628
Vila Nova de Gaia 113 484
Porto 98 669
Cascais 81 338
Loures 79 310
Amadora 71 690
Oeiras 70 930
Almada 70 614
Matosinhos 67 188
Top 10 MunicípiosAlojamento Sazonal:
Δ% Relativa (01/11)
São Vicente 312%
Corvo 283%
Porto Moniz 183%
Castelo de Paiva 150%
Ponta do Sol 145%
Porto Santo 126%
Óbidos 104%
Alcácer do Sal 94%
Horta 94%
Tavira 94%
Top 10 MunicípiosSecundário/Sazonal
2011: Stock
Lisboa 35 409
Loulé 28 619
Albufeira 21 377
Almada 20 641
Portimão 19 430
Sintra 16 729
Cascais 13 818
Figueira da Foz 13 770
Silves 13 460
Porto 12 734
Top 10 MunicípiosResidência Habitual:
Δ% Relativa (01/11)
Santa Cruz 71%
Porto Santo 48%
Mafra 48%
Sesimbra 42%
Albufeira 41%
Alcochete 40%
Montijo 40%
Portimão 36%
Arruda dos Vinhos 33%
Cascais 33%
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Alojamento Vago: Stock Habitacional 2011
Arrendamento habitacional: Stock Imóveis de Imóveis de Residência Habitual
Alojamento Vago: Variação Relativa (01/11)
Proporção de alojamentos de Arrendamento habitacional por Regime de Ocupação: 2011
Fonte: INE, Censos 2001, 2011
Top 10 Municípios Vagos 2011: Stock
Lisboa 50 209
Porto 25 833
Sintra 23 132
Vila Nova de Gaia 17 764
Cascais 13 684
Coimbra 11 751
Loures 11 670
Braga 10 634
Almada 9 891
Amadora 9 303
Top 10 MunicípiosAlojamento Vago:
Δ% Relativa (01/11)
V.R.Santo António 668%
Mortágua 269%
Alcoutim 245%
Góis 204%
Tarouca 201%
Peso da Régua 191%
Ponta Delgada 176%
Calheta (R.A.A) 176%
Machico 164%
Mora 164%
Top 10 Municípios Arrendamento (2011)
Lisboa 100 241
Porto 43 302
Sintra 30 060
Vila Nova de Gaia 28 922
Loures 23 368
Amadora 21 833
Cascais 19 859
Almada 19 685
Matosinhos 18 637
Oeiras 16 674
Top 10 Municípios
Arrendamento
(proporção de
alojamentos)
Porto 44%
Lisboa 42%
Guimarães 30%
Amadora 30%
Espinho 30%
Loures 29%
Almada 28%
Matosinhos 28%
Faro 27%
São João da Madeira 27%
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3. Transações
3.1 Operações de Imóveis (Urbanos+Rústicos+Mistos)
Para análise das transações efetuadas analisou-se dois indicadores diferenciados, que permitem traçar a evolução do escoamento do stock imobiliário. Os gráficos apresentados no ponto 3.1, permitem observar a evolução agregada das transações na generalidade dos segmentos imobiliários. Mediante informação disponibilizada pelo INE, tendo por base os dados oriundos da Direção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça, no período temporal decorrente de 2000 a 2012, registou-se um decréscimo do número de imóveis (urbanos+rústicos+mistos) transacionados perto dos 60%. Em 2000, em média eram escoados cerca de 28,8 mil imóveis por mês, em 2012 esse número reduziu-se para cerca de 11,8 mil/mês. Observou-se igualmente que a representatividade dos imóveis rústicos aumentou em detrimento da diminuição dos imóveis urbanos. O ritmo de diminuição da aquisição de imóveis urbanos foi bastante mais acentuado, do que dos imóveis rústicos. A aquisição de imóveis urbanos, os inseridos na categoria de propriedade horizontal, competiram, sobretudo em alguns municípios, com a opção arrendamento.
Evolução Número de Imóveis Transacionados (Urbanos+Rústicos+Mistos): 2000-2012
Relevância do tipo de Imóveis transacionados no total transações (Urbanos+Rústicos+Mistos): 2000-2012
Fonte: INE (2000 a 2012), Direção-Geral da Política de Justiça.
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3.2 Transação de Alojamentos Familiares
Evolução do Número de Alojamentos Familiares Transacionados (Novos e Existentes)
No ponto 3.2, a análise centra-se apenas no segmento residencial, tendo por base, os dados facultados pelo INE através do seu recente produto estatístico – Índice de Preços da habitação (IPHab). Através deste indicador, observou-se à semelhança do anterior um decréscimo do número de alojamentos familiares transacionados de 2010 a 2012, com um ligeiro crescimento em 2013. Observou- se igualmente um crescimento da representatividade de imóveis existentes versus diminuição de imóveis novos. De facto, em 2009, 63% dos alojamentos familiares transacionados eram usados, em 2013 esse valor era de 73%.
Por trimestre, observou-se a manutenção do ligeiro otimismo vivenciado no ano de 2013. De facto, de acordo com os dados do INE, o primeiro trimestre de 2014 observou um crescimento face ao trimestre homólogo de 20% para os alojamentos novos e de 16% para os existentes. Para além dos residentes habituais, o mercado tem acolhido nos últimos dois anos investimento estrangeiro, algum dele dinamizado pelo golden visa e pelo regime fiscal dos residentes não habituais. Direcionado a análise para a evolução de preços, de acordo com o IPHab., entre o primeiro trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2014, observou-se uma quebra mais acentuada do preço nos imóveis usados e uma menos acentuada nos imóveis novos. A quebra homóloga máxima, observada no preço dos alojamentos familiares existentes registou-se no primeiro trimestre de 2012 (-10%), nos alojamentos familiares novos o decréscimo mais elevado observou-se no segundo trimestre de 2012 com um valor de -8,3%. A partir do quarto trimestre de 2013 tem vindo a observar-se, a par do aumento das transações, um ligeiro crescimento do preço das transações, mais acentuado nos alojamentos familiares existentes.
Evolução Trimestral do Número de Alojamentos Transacionados
Índice de Preços na Habitação: Taxa de Variação Homóloga (%)
Fonte: INE, Índice de Preços da Habitação
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4. Oferta versus Procura
Para retratar o comportamento atual do mercado, recorreu-se à informação facultada através do Imovirtual Market Index (IMI), que nos permite traçar uma análise de cariz qualitativa através da qual se observa o “batimento cardíaco mensal” do mercado imobiliário; mais concretamente permite-nos observar o dinamismo das empresas de mediação, em relação ao novo produto em carteira, visitas realizadas, negócios concretizados e expectativas de curto e médio prazo no que concerne à atividade e aos preços de mercado Do “ponto de vista” dos agentes imobiliários, observou-se, mediante a leitura do gráfico do IMI, um dinamismo de cariz positivo, iniciado em finais de 2013, ao qual não será alheio as expetativas de pendor mais positivo em termos económicos, e o novo olhar dado ao imobiliário português por parte de investidores, sobretudo os de cariz internacional e alguns deles associados à questão do Golden Visa e /ou regime fiscal de residentes não habituais. No primeiro semestre de 2014, os participantes do IMI mencionaram com enfâse o aumento de interessados no produto imobiliário e o relativo aumento no grau de concretização de negócios. As expetativas de curto prazo dos agentes imobiliários toldam-se com sinais positivos relativo ao desenvolvimento da atividade.
4.1 Oferta e Procura para venda: 2014 De acordo com os elementos facultados pela base de dados da Imovirtual (com mais de 210 mil imóveis), em Julho de 2014 a oferta de imóveis era na sua maioria constituída por apartamentos e moradias. Dos contatos gerados, a generalidade, incidiu no segmento residencial.
Oferta por tipo de Produto
No primeiro semestre de acordo com os resultados do IMI, o tempo médio de venda de um imóvel rondou os 13,6 meses, o arrendamento cerca de 4,6 meses.
IMI - Imovirtual Market Index
Procura por tipo de produto: Contatos Gerados
Fonte: REVConsultants/Imovirtual
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Oferta por Tipo
Evolução da Procura Arrendamento: Contactos Gerados
Oferta versus Procura por tipologia: Apartamento
Centrando a análise no segmento residencial, observa-se que a oferta da base de dados do portal Imovirtual era na sua generalidade constituído por imóveis para venda. Do lado da procura, os contatos gerados oscilam entre a aquisição de um imóvel e o arrendamento, sobretudo nos municípios inseridos nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Denota-se que o arrendamento é ainda bastante representativo do lado da procura, no entanto, com a progressiva “abertura” da banca à concessão de crédito, registou nos meses de Maio, Junho e Julho um decréscimo.
Procura por Tipo (Acumulado Maio, Junho, Julho): Contatos Gerados
Numa análise por tipologia, observou-se nos apartamentos, quer do lado da oferta, quer da procura a expressividade dos T2 e T3, e em menor escala dos T1. Nas moradias destacam-se os T3 e T4, quer no âmbito da procura, quer da oferta.
Fonte: REVConsultants/Imovirtual
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Oferta versus Procura por tipologia: Moradia
Segmentação da oferta e da procura: Apartamentos
Numa análise por segmentação de valores, observa-se nos apartamentos uma correspondência entre o que é oferecido e os contatos gerados, de facto cerca de 60% da procura inseriu-se no intervalo inferior aos 75 mil euros até aos 125 mil eur. Nos intervalos superiores a procura tende a ser diminuta.
Segmentação da oferta e da procura: Moradias
Na análise das moradias, observa-se que a segmentação de valores de oferta tem maior expressividade nos intervalos que variam entre os 125 mil eur e os 350 mil eur; do lado da procura a maior expressividade situa-se num patamar ligeiramente inferior entre os 75 mil eur e os 250 mil eur.
Fonte: REVConsultants/Imovirtual
Oferta Procura
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Numa segmentação de €/m2 por tipologia entre o valor que é oferecido no mercado e o que é procurado, observa-se nos apartamentos e nas moradias uma maior discrepância entre o valor médio do stock de mercado e o valor ambicionado pela procura nas tipologias de dimensão superior.
Segmentação da Oferta e Procura de por tipologia: Moradias (€/m2)
Do total dos contatos gerados nos de meses de Maio, Junho e Julho, os municípios que registaram uma maior procura no âmbito dos apartamentos localizavam-se nos municípios pertencentes à AML e AMP, com exceção de Braga, Gondomar e Portimão. No referente às moradias, a procura tem uma distribuição geográfica igualmente incidente nas áreas metropolitanas, com exceção de Santa Maria da Feira e Braga, como se pode visualizar na tabela dos Top 10 municípios com maior procura.
Passando de uma escala local, para uma internacional, os contatos gerados de âmbito internacional, têm igualmente registado uma tendência crescente, adensados pela questão do golden visa e do regime fiscal de não residentes.
Procura Internacional: Evolução dos Contatos
Segmentação da Oferta e da Procura por tipologia: Apartamentos (€/m2)
Top 10 Municípios: Procura Aquisição
Fonte: REVConsultants/Imovirtual
Apartamentos Moradias
Lisboa Cascais
Porto Vila Nova de Gaia
Cascais Porto
Sintra Sintra
Vila Nova de Gaia Seixal
Oeiras Maia
Odivelas Sesimbra
Matosinhos Braga
Amadora Stª Maria da Feira
Loures Mafra
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4.2 Oferta e Procura para Arrendamento: 2014 O mercado de arrendamento no mercado nacional, ganhou novamente expressividade a partir de 2007, associado sobretudo, a aspetos de índole socio económica, coadjuvado com a restritividade bancária. Em julho, do lado da oferta, tendo por base o portal imobiliário Imovirtual observa-se que a oferta se concentra nas tipologias T2, T3 e T1. A procura, nos direcionou os seus contatos para as mencionadas tipologias, com maior enfâse nas tipologias T2.
Oferta Versus Procura por tipologia: Apartamentos
Oferta Versus Procura por tipologia: Moradias
Nas moradias, a oferta apresentava uma maior concentração, no mês em análise, nas tipologias T3, T4 e T2. A procura posicionou-se no segmento da oferta, com uma maior concentração de contatos gerados nas tipologias T3, seguido dos T4 e T2.
Fonte: REVConsultants/Imovirtual
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Segmentação de Valores de Arrendamento Oferta e Procura: Apartamentos
Top 10 Municípios: Procura Arrendamento
Numa desagregação por municípios, os top 10 municípios que geraram um maior nível de contatos de arrendamento para apartamentos concentravam-se nas áreas metropolitanas, com exceção de Braga. Nas moradias, observou-se igualmente a mesma tendência, com exceção do Funchal.
Segmentação de Valores de Arrendamento Oferta e Procura: Moradias
Na análise da segmentação dos valores de arrendamento, nos apartamentos observou-se um comportamento tendencialmente semelhante entre a oferta e procura. De facto, cerca de 49% dos apartamentos existentes no portal Imovirtual em Julho, concentraram-se entre torno de valores que oscilavam entre os €300 e os €500. Do lado da procura, 50% dos contatos gerados direcionaram-se exatamente para o mesmo intervalo de valores. Nas moradias observa-se um comportamento tendencialmente diferenciado, com diversificação pelos diferentes segmentos, destacando-se na oferta com 20% as que oscilavam entre os €300 e €500, e com valor superior a €1.750. Do lado da procura, 73% dos contatos gerados concentraram a sua análise em moradias com valores até os €750.
Fonte: REVConsultants/Imovirtual
Apartamentos Moradias
Lisboa Cascais
Porto Funchal
Cascais Porto
Sintra Sintra
Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia
Almada Mafra
Braga Almada
Oeiras Sesimbra
Matosinhos Seixal
Seixal Setúbal
Oferta Procura
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5. Apontamentos Legais Por António Simão de Almeida – Consultório Jurídico Atualmente muito se fala dos vistos dourados ou vistos gold, mas este é um assunto que não é totalmente novo nem sequer exclusivo de Portugal. Os Estados Unidos, Canadá, Austrália e outros países há muito que têm esta obtenção de visto que vai para além do simples visto turístico ou de trabalho. Mesmo na Europa, existem muitos Países com condições de entrada para residentes em países fora da União Europeia. No regime jurídico nacional os vistos gold foram criados pela Lei 29/2012 de 9 de Agosto que veio alterar a Lei 23/2007 de 4 de Julho, que no seu artigo 90º-A prevê a concessão de uma autorização de residência a nacionais de Estados terceiros, para efeitos do exercício de uma atividade de investimento e verificado o preenchimento de alguns requisitos. Os requisitos exigidos para benefício deste regime especial estão definidos por despacho Ministerial com o 11820-A/2012, de 4 de Setembro que veio a ser alterado para um regime mais favorável para os investidores pelo Despacho n.º 1661-A/2013 de 28 de Janeiro. O art.º 3º do referido Despacho dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna dispõe que os requisitos quantitativos mínimos são a transferência de capitais de valor igual ou superior a um milhão de euros; ou a criação de pelo menos dez novos postos de trabalhado; ou, por último, a aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a meio milhão de euros.
Ora, a aquisição de bens imobiliários de valor superior a 500.000,00 euros tem sido a forma que a maioria dos estrangeiros de fora do Espaço Schengen (em especial chineses, árabes e russos) utilizam como meio de obtenção do direito de residência em Portugal e, consequentemente, como porta de entrada no Espaço Europeu.
Este regime especial do “Visto Gold” tem tido maior expressão dado que tem conseguido uma dinamização do mercado imobiliário num momento em que a nível nacional se encontra em depressão.
Comparativamente com os outros países europeus que adotaram um regime idêntico poderemos dizer que as regras nacionais são idênticas às dos nossos vizinhos espanhóis, uma vez que o regime, quanto ao imobiliário, prevê também um valor de meio milhão de euros de investimento atribuindo um prazo do visto de residência pelo prazo de um ano renovável por dois até a um máximo de cinco anos.
A Letónia é o país europeu que exige um investimento menor para a atribuição do visto de residência e cujo valor é de 150.000,00 euros. A Grécia exige 250.000,00 euros; a Ilha de Malta 275.000,00 euros e a Irlanda exige um regime misto de 450.000,00 euros de investimento imobiliário e de 500.000,00 euros em investimento de capital. Assim, o investimento em imobiliário de 500.000,00 euros e visitas a Portugal de 7 dias, seguidos ou interpolados, no 1º ano e 14 dias, seguidos ou interpolados, nos subsequentes períodos de dois anos permitem aos investidores e seus familiares a obtenção de residência em Portugal ficando, consequentemente habilitados a circular em todo o Espaço Schengen sem limitações. Consideramos então que esta é uma medida excecional para atrair investimento estrangeiro e pelo que se tem observado tem tido efeitos relevantes no mercado imobiliário sendo uma clara alternativa ao investimento nacional como dinamizador do mercado imobiliário.
Consultório Jurídico Av. Estados Unidos da América, 103 - 5º Esq. 1700-168 LISBOA - PORTUGAL Nº Único: 707 502 275 Tm.+351 96 617 82 31 Fax+351 21 352 96 95 www.consultoriojuridico.net
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