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Agrop. catarinense, v.9, n.4, dez. 1996 7

Mercado potencialMercado potencialMercado potencialMercado potencialMercado potencial

Receptividade do consumidor de Florianópolis aReceptividade do consumidor de Florianópolis aReceptividade do consumidor de Florianópolis aReceptividade do consumidor de Florianópolis aReceptividade do consumidor de Florianópolis ahortigranjeiros sem agrotóxicoshortigranjeiros sem agrotóxicoshortigranjeiros sem agrotóxicoshortigranjeiros sem agrotóxicoshortigranjeiros sem agrotóxicos

Léo Teobaldo Kroth, Moacir Bet, Rene Kleveston eCarlos Leomar Kreuz

sociedade atual está passando poruma fase que tem como caracte-

rísticas o predomínio do individualis-mo, do imediatismo, do consumismo eda busca incessante de lucro e de bensmateriais. Em razão disso, ficam mas-carados ou relegados a um segundoplano outros aspectos como segurança,saúde, convivência social e o própriomeio ambiente, que, com certeza, es-tão relacionados com a obtenção deuma melhor qualidade de vida.

Na área alimentar, por exemplo, osistema mercadológico vincula a quali-dade dos produtos ao padrão tecnológicode produção utilizado, que privilegia,sobretudo, o uso excessivo de insumosquímicos industriais, gerando produ-tos de valor contestável, muito maisvalorizados em função de sua aparên-cia e da produtividade obtida do quepropriamente pela sua qualidade nutri-cional, sendo, ainda, um processo pro-dutivo insustentável e que causa danosao homem e ao meio ambiente.

O acesso crescente e variado a infor-mações sobre um novo e emergenteenfoque - mudança no paradigma dequalidade de vida - possibilita às pesso-as questionarem o atual modelo, vis-lumbrando novas perspectivas, condu-zindo a uma mudança de mentalidade.Assim, cada vez mais as pessoas estãoagregando novos valores, que passam ater igual ou maior importância que ospredominantes. Esta mudança está le-vando um maior número de pessoas avalorizarem fatores como o lazer, asaúde preventiva, o desenvolvimentopessoal, a busca do bem comum, oaumento da expectativa de vida, a pre-servação do meio ambiente, refletindonuma melhor e mais sustentável qua-lidade de vida.

Um desses fatores é o crescimentoda importância dada à qualidade dosalimentos, tanto no seu valor nutricio-

nal e ausência de substâncias prejudici-ais à saúde, quanto no seu processoprodutivo, que privilegie a preservaçãodo meio ambiente.

A agricultura é uma ação do homemsobre o meio, alterando as relaçõesentre os seres vivos, permitindo a ob-tenção de recursos de diversas nature-zas, fundamentalmente alimentícios.Nas últimas décadas, as técnicas deprodução em uso proporcionaram amanipulação dos fatores de produção ea obtenção de colheitas expressivas.Isto, porém, tem sido feito sem conside-rar os impactos negativos, às vezes decaráter irreversível, que esta forma deagricultura exerce sobre os ecossiste-mas. Essa agricultura, conhecida porconvencional, seguindo as regras dachamada �Revolução Verde�, é baseadano monocultivo de variedades de altorendimento e com o emprego massivode produtos químicos e alta tecnologia,procurando o máximo rendimento porunidade de área, sob condições de inten-sa exploração do solo, ignorando suasrepercussões sobre o meio e a saúde dosseres vivos (1).

As conseqüências deste enfoquereducionista têm levado a uma série deprejuízos ao ecossistema, tais como: al-to custo energético, perda da fertilidadee erosão do solo, contaminação dos re-cursos naturais, perda da qualidade na-tural dos alimentos, degradação do meioambiente, perda da diversidade genéti-ca, problemas sociais, entre outros (1).

A agricultura convencional tem sidogrande utilizadora de recursos nãorenováveis e insumos industrializados,bem como de sistemas monoculturaisaltamente mecanizados que requeremcultivos constantes, causando perdasacentuadas e freqüentes das camadasaráveis do solo e aumento da incidênciade pragas e doenças, levando os agricul-tores a fazerem aplicações de agrotóxicos

mais freqüentemente (2).Uma outra visão de agricultura está

tomando vulto nos dias atuais. Essavisão faz parte de um movimento quedefende o uso de tecnologias alternati-vas, como resposta às conseqüênciasnegativas da agricultura convencionalsobre a qualidade dos alimentos e domeio ambiente. Por existirem diversosníveis de alteração do equilíbrio natu-ral provocados pelo homem, pode-seutilizar uma série de métodos agrícolasfundamentados em princípios ecológi-cos, que procuram, primordialmente,manter a vida do solo (1).

Esta nova visão de agricultura bus-ca processos e técnicas mais naturais evem sendo chamada, entre outras de-nominações, de agricultura orgânica ealternativa. Conceitualmente, a agri-cultura orgânica pode ser definida comoum sistema de produção que evita, ouexclui amplamente, o uso de fertilizan-tes, pesticidas, reguladores de cresci-mento e aditivos para a alimentaçãoanimal, obtidos sinteticamente. Tantoquanto possível, os sistemas baseiam--se na rotação de culturas, utilização deresíduos de culturas, estercos animais,leguminosas, adubos verdes, lixo orgâ-nico, cultivo mecânico, minerais natu-rais e controle biológico de pragas edoenças, visando manter a estrutura eprodutividade do solo, fornecer nutri-entes às plantas e controlar insetos,ervas invasoras e outras pragas (3).

De acordo com a Lei de AlimentosOrgânicos da Califórnia - EUA (TheCalifornia Organic Foods Act) de 1979,estes alimentos devem atender os se-guintes requisitos:

� Serem produzidos, colhidos, distri-buídos, armazenados, processados eembalados sem a aplicação de fertili-zantes, pesticidas ou reguladores decrescimento, sinteticamente compos-tos.

A

8 Agrop. catarinense, v.9, n.4, dez. 1996

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� No caso de culturas perenes, ne-nhum fertilizante, pesticida ou regula-dor de crescimento sinteticamente com-posto deverá ser aplicado na área ondeo produto for cultivado, num período dedoze meses antes do aparecimento dosbotões florais, e durante todo o seuperíodo de crescimento e colheita.

� No caso de culturas anuais ebianuais, nenhum fertilizante, pesti-cida ou regulador de crescimento sinte-ticamente composto deverá ser aplica-do na área onde o produto for cultivado,num período de doze meses antes dasemeadura ou transplante, e durantetodo o período de seu crescimento ecolheita (3).

Além destes conceitos existem, ain-da, os referentes à denominada agri-cultura alternativa.

O Programa de Agricultura Alter-nativa da Secretaria de Agricultura eAbastecimento do Estado do Paranáelaborou a seguinte conceituação: agri-cultura alternativa é o conjunto desistemas de produção com enfoqueholístico, que busquem a maximizaçãodos benefícios sociais, a auto-sustenta-ção, a redução da dependência deinsumos e energia não renovável e apreservação do meio ambiente, atra-vés da otimização dos recursos natu-rais e socioeconômicos disponíveis (4).

Em 1989, o Conselho Nacional dePesquisa - NRC (5) - órgão formado porrepresentantes da Academia Nacionalde Ciências, da Academia Nacional deEngenharia e do Instituto de Medicina,todos dos EUA - definiu a agriculturaalternativa como qualquer sistema deprodução de fibras ou de alimentos quebusque os seguintes objetivos:

� Aumentar a incorporação de pro-cessos naturais, tais como a fixação denitrogênio, ciclo de nutrientes, rela-ções praga/predador, dentre outros, nosprocessos produtivos agrícolas.

� Reduzir a utilização de recursosexternos à propriedade que ofereçamriscos de poluição ambiental ou para asaúde dos produtores rurais e dos con-sumidores.

� Maior produtividade pelo uso po-tencial de espécies vegetais e animais.

� Compatibilizar os sistemas de pro-dução com o potencial produtivo e aslimitações físicas das terras agrícolas,

para assegurar uma sustentabilidadede longo prazo nos níveis de produçãoatuais.

� Atingir uma produção eficiente elucrativa enfatizando o melhoramentoda capacidade de gerenciamento e aconservação do solo, da água, da ener-gia e dos recursos biológicos (5).

Pesquisa efetuada sobre agricultu-ra orgânica no Estado do Rio de Janei-ro apresentou as seguintes conclusões:

� A saúde pessoal e da família émotivação básica que leva os consumi-dores a optarem por uma alimentaçãobaseada em produtos de origem orgâ-nica, que entendiam como sendo semagrotóxicos.

� Com relação ao preço, este fatornão era considerado relevante.

� Os consumidores alegavam queconsumiam produtos da agriculturaconvencional devido a não disponibili-dade de produtos orgânicos.

� Rejeitou a hipótese de que os con-sumidores de produtos orgânicos pos-suem uma consciência ambiental (2).

Neste trabalho objetivou-se avaliara percepção dos consumidores de pro-dutos hortigranjeiros da cidade de Flo-rianópolis, SC, a respeito dos benefí-cios ou vantagens dos produtos classi-ficados como alternativos e sua dispo-sição em adquiri-los.

Material e métodos

O trabalho constou de 150 entrevis-tas realizadas com consumidores deprodutos hortigranjeiros, feitas atra-vés de questionários, aplicados ao aca-so, em sete supermercados da áreaurbana do município de Florianópolis,SC, no período de 17 a 20 de junho de1996, sem horário preestabelecido, comos entrevistados sendo abordados nomomento da escolha dos produtos nasgôndolas.

Para efeito de uniformização de con-ceitos e entendimento do assunto porparte dos entrevistados, bem como paraestabelecer uma perfeita distinção en-tre produtos convencionais e alternati-vos, optou-se pelas seguintes defini-ções:

� Produtos convencionais: produzi-dos com uso intensivo de adubos quí-micos industriais e agrotóxicos, apre-

sentando uniformidade de tamanho,geralmente tendo boa aparência, pro-duzidos com riscos de contaminaçãodos produtos, do agricultor e do meioambiente e são, normalmente, maisbaratos que os produtos alternativos,no atual sistema de mercado.

� Produtos alternativos: produzi-dos sem o uso de insumos químicossintéticos, tendo geralmente menoruniformidade de tamanho, aparênciainferior e preço 20% maior que osprodutos convencionais, porém com agarantia da ausência de resíduos tóxi-cos nos produtos, sem ocasionarem adegradação ambiental e a intoxicaçãodo agricultor.

Resultados e discussões

O resultado da pesquisa demonstraque 77% dos entrevistados estão dis-postos a adquirir produtos hortigran-jeiros classificados como alternativos,enquanto 23% continuariam compran-do produtos convencionais, em funçãodas melhores características visuais eda diferença de preço, considerandoque os alternativos seriam em tornode 20% mais caros que os convencio-nais (Figura 1).

Vários entrevistados afirmaram quea compra de produtos alternativos es-taria condicionada à confiabilidade naprocedência dos produtos, com a ga-rantia de terem sido produzidos pormétodos alternativos, sem o uso deprodutos químicos e que a apresenta-ção dos produtos e a constância naoferta também são fatores preponde-rantes na opção de compra.

Há necessidade de se criar meca-nismos ou organismos que tenhamfunção fiscalizadora e credenciadorada produção alternativa, como formade criar �marcas�, torná-las conheci-das e assim propiciar confiabilidadeaos produtos. Esta questão foi por di-versas vezes manifestada pelos entre-vistados.

Pelo conceito amplo de qualidadetotal, um dos pilares que a sustenta éa segurança, que significa produtossem riscos para o homem e para oambiente. Neste sentido, para que omercado de produtos alternativos con-siga se firmar, há necessidade de se

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ampliar os conhecimentos dos consumi-dores a respeito de todos os aspectosenvolvidos no processo de produção agrí-cola, tanto convencional quanto alter-nativo, além da simples propaganda doproduto.

A maioria dos consumidores decidepela compra prioritariamente pelo visu-al. Entretanto, uma série de outrosfatores também influencia na decisãode compra, como por exemplo a garan-tia da sanidade e durabilidade. Assim, aprodução alternativa, que hoje na opi-nião dos entrevistados seria a escolhi-da, em virtude de outras característicasque não as visuais (saudáveis, maisnutritivos, etc.), precisa ter embutidaos aspectos visuais, para não dependersomente do conhecimento que o usuá-rio tem das vantagens citadas.

Nos locais pesquisados, não foi cons-tatada a oferta de produtos hortigran-jeiros classificados como alternativos.

De acordo com a Figura 2, pode-seobservar que os consumidores da classede renda menor que R$ 500,00 se-riamos que percentualmente opta-riammenos pelos produtos alternativos (65%),o que pode ser atribuído ao fator preço,e que os consumidores da classe derenda maior que R$ 2.000,00 seriam osque estariam mais dispostos a adquiri-rem produtos alternativos (87%).

Considerando-se esses dados e os doCenso Demográfico do IBGE (6) (Figura3), tem-se que 70% das famílias da áreaurbana do município de Florianópolis,SC, estão dispostas a comprar produtoshortigranjeiros alternativos.

Foi aferida, também, a percepçãodos entrevistados com relação aos bene-fícios proporcionados pelos produtos al-ternativos (Figura 4). Com relação aprimeira resposta (primeira opção), ouseja, qual o benefício percebido como omais importante na visão do entrevista-do, observa-se que 81% dos entrevista-dos têm a saúde individual como o fatormais relevante proporcionado pelos pro-dutos alternativos.

A Figura 5 mostra a distribuiçãopercentual de todas as citações de bene-fícios proporcionados pelos produtos al-ternativos, independente da prioridadede citação, onde percebe-se novamenteque a opção saúde individual é prepon-derante (62%), aparecendo, po-

Figura 1 -Disposição dosconsumidores naaquisição deprodutoshortigranjeiros

Figura 2 - Disposição de compra de produtos hortigranjeiros alternativose convencionais conforme as classes de renda

Produto convencionalProduto alternativo

Figura 3 - Classesde renda dos chefesde domicílio da áreaurbana domunicípio deFlorianópolis, SC -1991

Figura 4 - Percepção dos entrevistados com relação aos benefícios proporcionados pelosprodutos alternativos - primeira opção

Saúde individual - 81%Maior valor nutricional - 7%Sem danos ao meio ambiente - 0,6%Não intoxica o agricultor - 0,6%Não sabe - 7%Outros - 3,8%

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Mercado potencialMercado potencialMercado potencialMercado potencialMercado potencial

tura convencional.� A maioria dos entrevistados mani-

festou baixo conhecimento sobre osprocessos e insumos envolvidos na pro-dução agrícola, seja convencional oualternativa.

Agradecimentos

Aos Supermercados Santa Mônica,Angeloni, Comper e Imperatriz porpermitirem a realização das entrevis-tas em seus estabelecimentos, aos co-legas engenheiros agrônomos EdsonSilva e Adriano Martinho de Souza peloauxílio na realização das entrevistas eao engenheiro agrônomo Sadi SérgioGrimm pelas sugestões.

Literatura citada

1. MORENO, J.L.; CABANILLAS, A.G. La agri-cultura ecológica. Madrid: MAPA, 1990.31p. (MAPA. Hojas Divulgadoras, 11/90).

2. ASSIS, R.L. de. Diagnóstico da agriculturaorgânica no Estado do Rio de Janeiro epropostas de difusão. Itaguaí: Universi-dade Federal Rural do Rio de Janeiro,1993. 154p. Tese Mestrado.

3. UNITED STATES DEPARTMENT OFAGRICULTURE - USDA. Relatório erecomendações sobre agricultura orgâ-nica. Brasília: CNPq. 1984. 128p.

4. COSTA, M.B.B. da. Princípios da agriculturaalternativa. In: SIMPÓSIO DE AGRI-CULTURA ECOLÓGICA, 1., 1993, Cam-pinas, SP, Anais. Campinas: FundaçãoCargill, 1993. p.1-16.

5. NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC.Alternative agriculture. Washington,DC: National Academy Press, 1989. 449p.

6. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRA-FIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censodemográfico de 1991 - Santa Catarina.Rio de Janeiro: IBGE, 1994. 363p.

Léo Teobaldo Kroth, eng. agr., Cart. Prof. no

26.687-0/D, CREA-SC, EPAGRI, C.P. 502, Fone(048) 234-0066, Telex 482 242, Fax (048) 234-1024, 88034-901 Florianópolis, SC; MoacirBet , eng. agr., Cart. Prof. no 1.587-D, CREA-SC, EPAGRI, C.P. 502, Fone (048) 234-0066,Telex 482 242, Fax (048) 234-1024, 88034-901Florianópolis, SC, Rene Kleveston, eng. agr.,Cart. Prof. n o 3.790-D, CREA-SC, EPAGRI,C.P. 502, Fone (048) 234-0066, Telex 482 242,Fax (048) 234-1024, 88034-901 Florianópolis,SC e Carlos Leomar Kreuz, eng. agr., M.Sc.,Cart. Prof. no 12.553-D, CREA-PR, EPAGRI,CTA do Alto Vale do Rio do Peixe, EstaçãoExperimental de Caçador, C.P. 591, Fone (049)662-1142, Telex 492 330, 89500-000 Caçador,SC.

Figura 5 - Percepção dos entrevistados com relação aos benefícios proporcionados pelosprodutos alternativos, sem ordem de prioridade na citação

Saúde individualMaior valor nutricionalSem danos ao meio ambienteNão intoxica o agricultorNão sabeOutros

Figura 6 - Disposição para aquisição de produtos hortigranjeiros de acordocom os níveis de escolaridade

Produto convencionalProduto alternativo

rém, com alguma importância (18%), ovalor nutricional dos alimentos. Obser-va-se claramente o pouco interesse dosconsumidores quanto ao meio ambien-te e à saúde dos agricultores.

Outra variável estudada foi a influ-ência do nível de escolaridade na dispo-sição de compra de hortigranjeiros (Fi-gura 6). Os resultados mostram que onível de escolaridade não influencia adisposição de compra de hortigran-jeiros.

Conclusões

� Existe um mercado potencial paraprodutos hortigranjeiros classificadoscomo alternativos desde que haja dis-ponibilidade dos produtos nos locaishabituais de compra. A exploração des-

te potencial está vinculada à ofertaconstante dos produtos hortigranjeirosalternativos e em locais de fácil acesso,tendo em vista que os entrevistadosnão manifestaram disposição de alte-rarem sua rotina de compra na buscados produtos alternativos.

� Com relação à classe de renda, osníveis mais baixos manifestaram rela-tivamente menor disposição de com-pra, o que pode ser creditado ao fatorpreço, relativamente maior nos produ-tos alternativos.

� A saúde individual é o mais impor-tante benefício percebido pelos consu-midores como justificador da opçãopelos produtos alternativos. Consta-tou-se uma baixa preocupação quantoaos danos ambientais e a intoxicaçãodo agricultor ocasionados pela agricul-