mercado interno: forte e em expansão. 30 milhões de pessoas cruzaram a linha de pobreza. 20...

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Mercado Interno: forte e em expansão. 30 milhões de pessoas cruzaram a linha de pobreza.

20 milhões de brasileiros entraram na classe média,que abrange mais de 50% dos brasileiros.

Mercado Externo: em recuperação. demanda da agroenergia mitigada pela crise, mas voltará.

FAO estima que, até 2025, a população global passará de 6,2 bilhões de pessoas para 8,3 bilhões. A demanda por alimentos se expandirá de 2,45 bi de toneladas de alimentos, para 3,97 bi. Será necessário dobrardobrar a produção agrícola mundial em 18 anos.

O crescimento da demanda mundial por alimentos e energia produzidos de forma sustentável é certo.

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50.000

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150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

Agricultura Pastagens e Áreas não utilizadas

Fonte: FAO

Essa demanda será suprida pelo Brasil.

Participação no Mercado

Internacional

Exportações Brasileiras

Participação no Mercado

Internacional

Exportações Brasileiras

ETANOL 52,0% 3,5 bilhões de litros 66,7% 8,9 bilhões de litros

AÇÚCAR 58,4% 21 milhões de ton 74,3% 32,6 milhões de ton

SOJA 36,0% 25,7 milhões de ton 40,0% 36,5 milhões de ton

MILHO 13,0% 11,5 milhões de ton 21,4% 22,9 milhões de ton

ALGODÃO 4,8% 520 mil ton 9,3% 689 mil ton

CAFÉ 28,1% 26,5 milhões de sacas 30,0% 29,1 milhões de sacas

FRANGO 44,6% 3,6 milhões de ton 89,7% 6,6 milhões de ton

SUÍNOS 10,1% 625 mil ton 21,0% 1,1 milhão ton

HOJE 2018/2019

Fonte: MAPA

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6.000

7.000

8.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

+ de 10% do IED + de 10% do IED direcionado ao direcionado ao agronegócioagronegócio

Fonte: BACEN

Haverá um forte fluxo de recursos para o agronegócio brasileiro.

Esse fluxo de recursos virá via investimentos diretos, financiamentos e mercado de capitais.

É preciso criar condições para que o produtor rural brasileiro acesse os recursos da forma mais direta possível, beneficiando-se das condições de custo e prazo via financiamentos e mercado de capitais.

o produtor precisa ter

crédito

(confiança)

O que o investidor ou o financiador desejam? Segurança jurídica.

Adequada avaliação do risco.

Retorno compatível com suas expectativas e o risco assumido.

Taxa.

Prazo.

Garantias.

Modelo de negócio.

Risco X Preço do dinheiro é o fator determinante. não é a situação patrimonial e as garantias oferecidas

que definem o risco de um negócio, mas a capacidade e a confiabilidade da geração de caixa, ou seja, certeza quanto à capacidade de pagamento.

o risco de um tomador de recursos não é definido em função exclusivamente do seu histórico, mas da comparação da sua performance com a do segmento em que ele atua.

as taxas de juros praticadas nas operações consideram a probabilidade e o valor da perda projetada.

dependência de aspectos biológicos e climáticos.

assimetria das informações que fundamentam a decisão do plantio, em todo o mundo.

crescente concentração de fornecedores e compradores.

impossibilidade de descontinuidade da atividade, após o plantio/geração do plantel.

A renda da atividade produtiva rural é volátil.

Políticas públicas de garantia de renda:

garantia de preço e/ou de mercado.

indenização de perdas em decorrência de intempéries climáticas.

assunção de risco e/ou custo de crédito.

Crédito rural (Lei 4.829/1.965).

Política de Garantia de Preços Mínimos (Decreto/Lei 79/1966).

Proagro (Lei 5.969/1973).

No Brasil, as bases da política agrícola foram estabelecidas na décadas de 60/70

Esses instrumentos evoluiram assimetricamente.

PROAGRO

PGPM

CRÉDITORURAL

PROAGROMAIS

SEGURO RURAL

OPÇÕES PRÊMIOS

MERCADOSFUTUROS

CRÉDITO RURAL BANCÁRIO

CRÉDITOCOMERCIAL

Fonte dos recursos: de públicos para de mercado.

Risco das operações: da União para o agente financeiro.

Beneficiários: de produtores rurais para clientes bancários.

Participação na produção: de majoritária para 1/3 do custo de produção.

O Crédito Rural não foi aperfeiçoado e sofreu mudanças no seu escopo:

o produtor passou a ter que se valer de recursos mais onerosos.

os gastos do Tesouro com equalização de taxas são significativos.

o crédito rural perdeu eficiência como instrumento anti-cíclico.

Observância da regulamentação bancária, em especial a Resolução 2.682/1999, do BACEN, que implica em classificação de risco e provisões de crédito em função de aspectos como, entre outros: grau de endividamento; fluxo de caixa; pontualidade; atrasos nos pagamentos; renegociações.

O Crédito Rural tornou-se um crédito bancário.

Mas é pouco atraente para os bancos.

alto custo operacional. impossibilidade de cobrar o preço de acordo com o risco da operação.

dependência de decisões de Governo, muitas vezes tomadas com atraso.

É preciso fazer uma reengenharia no crédito rural.

crédito rotativo, renovável, para o conjunto de empreendimentos da propriedade.

taxas estabelecidas de acordo com o risco da operação.

compulsoriedade da adesão a mitigadores de risco, como o seguro rural, a proteção de preços e fundos garantidores e/ou fundos de catástrofe.

incentivo a tecnologia e sustentabilidade.

É preciso implementar um modelo de sustentação da renda que viabilize a tomada de outros créditos que não somente o rural.

Plano de Safra plurianual, definindo as bandas de intervenção oficial e estabelecendo políticas públicas diferenciadas de garantia de renda, considerando o perfil do produtor e as cadeias produtivas.

Sistema de registro de compromissos dos produtores e gravames da produção agropecuária.

Aperfeiçoamento da CPR, LCA, CDCA, CRA, CDA-WA, NCA.

Forma simplificada de constituição do produtor rural como pessoa jurídica.

Universalização do seguro agrícola e a disponibilização de instrumentos de proteção à renda, com ou sem subsídios.

É preciso implementar um modelo de sustentação da renda que viabilize a tomada de outros créditos que não somente o rural.

Redução da volatilidade da renda.

Melhoria da classificação de risco.

Mais disposição em tomar o risco do agronegócio brasileiro.

Desintermediação.

Custos financeiros menores.

Mais recursos para o produtor.

É preciso implementar um modelo de sustentação da renda que viabilize a tomada de outros créditos que não somente o rural.

Mais capacidade de investimento.

Aumento do uso de tecnologia, produtividade e produção.

Mais alimentos.

Mais divisas.

Mais renda.

Mudanças estruturais e comportamentais não são fáceis de implementar.

É preciso disposição para dialogar, construir consensos, estabelecer uma agenda comum, conscientizar as partes, comprometer os envolvidos com os resultados, discernir o que é desejado do que é possível e perseguir a implementação das medidas acordadas.

Muito obrigado!