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ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: [email protected] Comentários referentes ao período entre 05/06 a 11/06/2009 Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 1 Daniel Claudy da Silveira 2 1 Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA. 2 Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI. DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ

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ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: [email protected]

Comentários referentes ao período entre 05/06 a 11/06/2009

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1 Daniel Claudy da Silveira2

1 Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,

coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA. 2 Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI.

DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ

ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: [email protected]

Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT Produto

Data

GRÃO DE SOJA (US$/bushel)

FARELO DE SOJA (US$/ton. curta)

ÓLEO DE SOJA (cents/libra peso)

TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)

5/6/2009 12,25 396,00 39,73 6,23 4,44

8/6/2009 12,32 401,70 39,40 5,98 4,35

9/6/2009 12,43 407,80 39,45 6,13 4,44

10/6/2009 12,46 413,40 38,61 5,95 4,35

11/6/2009 12,67 428,00 38,20 5,94 4,41

Média 12,43 409,38 39,08 6,05 4,40

Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.

Médias semanais* (compra e venda) no mercado de lotes brasileiro - em praças selecionadas (em R$/Saco)

SOJA Var. % relação média anterior

RS - Passo Fundo 51,50 2,39

RS - Santa Rosa 51,13 2,66

RS - Ijuí 51,13 2,66

PR - Cascavel 50,24 2,74

MT - Rondonópolis 46,88 2,98

MS - Ponta Porã 46,38 1,48

GO - Rio Verde (CIF) 47,00 0,64

BA - Barreiras (CIF) 43,50 0,93

MILHO Var. % relação média anterior

Argentina (FOB)** 189,50 3,21

Paraguai (CIF)** 129,38 3,09

Paraguai (FOB)** 165,00 1,66

RS - Erechim 22,38 4,07

SC - Chapecó 23,09 1,80

PR - Cascavel 20,56 3,33

PR - Maringá 20,58 1,35

MT - Rondonópolis 16,08 2,13

MS - Dourados 19,31 2,24

SP - Mogiana 20,89 1,69

SP - Campinas (CIF) 23,09 1,08

GO - Goiânia 18,94 1,87

MG - Uberlândia 19,69 2,43

TRIGO*** Var. % relação

média anterior

RS - Carazinho 470,00 0,00

RS – Santa Rosa 470,00 0,00

PR - Maringá 541,25 -0,14

PR - Cascavel 535,00 0,00

* Período entre 05/06 e 11/06/09 Fonte: CEEMA com base em dados da Safras & Mercado. ** Preço médio em US$ por tonelada. *** Em Reais por tonelada

Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul

Produto milho

(saco 60 Kg) soja

(saco 60 Kg) trigo

(saco 60 Kg)

R$ 18,61 47,18 24,16

Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS.

Preços de outros produtos no RS

Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul

Produto 11/06/2009

Arroz em casca (saco 60 Kg) 25,12

Feijão (saco 60 Kg) 65,58

Sorgo (saco 60 Kg) 14,88

Suíno tipo carne (Kg vivo) 1,65

Leite (litro) cota-consumo (valor bruto) 0,59

Boi gordo (Kg vivo)* 2,48 (*) compreende preços para pagamento em 10 e 20 dias Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS.

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MERCADO DA SOJA:

As cotações da soja em Chicago voltaram a subir, após o anúncio do relatório do USDA na quarta-feira, dia 10. O fechamento desta quinta-feira (11) ficou em US$ 12,67 por bushel, algo que não era visto desde o final de agosto passado. Na prática, o relatório pode ser considerado neutro, entretanto, o fato de ter reduzido mais uma vez os estoques finais dos EUA, agora para a nova safra 2009-10, manteve as cotações aquecidas. O relatório, na sua essência, indicou o seguinte:

1) Manteve a área que está sendo cultivada nos EUA em 30,8 milhões de hectares, fato que indica um aumento de apenas 0,5% em relação ao ano anterior;

2) A produção de manteve em 87 milhões de toneladas, com um crescimento de 8% sobre 2008-09;

3) Todavia, os estoques finais para o próximo ano ficaram em 5,72 milhões de toneladas, ou seja, 8,7% abaixo do apontado em maio, porém, 91% acima do que está sendo estimado para 2008-09;

4) Com isso, os preços médios para o novo ano comercial ficaram entre US$ 9,00 e US$ 11,00 por bushel, aumentando 55 centavos de dólar em cada extremidade do patamar indicado em maio, contra US$ 10,00 para a média de 2008-09 e US$ 10,10 por bushel para a média de 2007-08;

5) Em termos mundiais a produção foi aumentada para 241,67 milhões de toneladas, contra 210,91 milhões no corrente ano comercial;

6) Os estoques finais mundiais sobem para 51 milhões de toneladas (51,88 milhões em maio), contra 41,85 milhões de toneladas no ano anterior;

7) A produção brasileira está estimada em 60 milhões de toneladas, a da Argentina em 51 milhões e as importações da China em 38,1 milhões de toneladas (38,8 milhões estimadas para o atual ano comercial 2008-09).

Assim, no curto prazo (até julho) o mercado deve se manter em alta, encontrando um nível de resistência ao redor de US$ 13,00 por bushel. Todavia, se olharmos os meses futuros em Chicago, particularmente entre setembro e novembro, percebemos que o mercado perde cerca de dois dólares por bushel. Ou seja, no médio e longo prazo, diante de tais números de safra, as cotações deverão recuar, para ficarem ao redor da média agora indicada pelo USDA. Lembramos que a média histórica (37 anos) é de US$ 6,39 por bushel. Nesse contexto, jogará um peso importante na tendência o relatório definitivo de plantio para os EUA, previsto para o próximo dia 30 de junho. Pode haver surpresas no mesmo, com um relativo aumento na área semeada com soja, fato que anteciparia a baixa das cotações. Mesmo assim, nestes últimos três anos, considerando já 2009-10, as cotações em Chicago foram excepcionais e jamais vistas em uma série tão longa. Dito isso, vale ainda destacar que os estoques dos EUA, junto aos 15 maiores óleos de grãos e gorduras animais, recuaram 2% em abril passado, ficando em 2,28 milhões de toneladas.

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Por outro lado, a oferta mundial de girassol, em 2009-10, deverá chegar a 34,6 milhões de toneladas, registrando um recuo de 900.000 toneladas em relação ao ano anterior. No hemisfério norte a produção deverá recuar 1,8 milhão de toneladas, chegando a 26,6 milhões de toneladas no próximo ano comercial. Já as exportações de girassol chegaram a 2,2 milhões de toneladas em 2008-09, aumentando 900.000 toneladas em relação ao ano anterior. Na Índia, Oil World estima que a produção de colza, em 2008-09, tenha subido para 6,2 milhões de toneladas, após 4,85 milhões no ano anterior. A área semeada sofreu acréscimo de 15%, porém, a produtividade média estaria sendo mais baixa nesse ano. Enfim, a produção de óleo de palma da Malásia, em 2009, deverá atingir a 17,8 milhões de toneladas. Na Argentina, o mercado continuou sem grandes negócios, diante da menor safra obtida. A colheita, até o dia 04 de junho alcançava 98%, devendo estar encerrada nesse momento. No Brasil, os preços se mantiveram estáveis, com elevações no final da semana devido a melhoria de Chicago. Todavia, o câmbio continuou a dificultar maiores ganhos já que fechou a quarta-feira (10) em R$ 1,95. Assim, a média gaúcha no balcão ficou em R$ 47,18/saco, enquanto os lotes giraram ao redor de R$ 51,50/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes ficaram entre R$ 44,00/saco em Barreiras (BA) e R$ 50,35/saco em Cascavel (PR). O mercado continua com vendas pontuais dos produtores, sendo que em muitas regiões o vencimento de compromissos bancários força a venda de maiores volumes. A safra está se encaminhando para o final de sua comercialização e registra preços muito bons, para não dizer excelentes, fato que se manteve em quase todo o período. Para essa atual safra a Conab, já na semana anterior, confirmou um volume de 57,3 milhões de toneladas sobre uma área de 21,5 milhões de hectares. Para a safra futura, já preocupa o menor volume de adubos adquiridos pelos produtores. Fato que se explica pelos ainda altos custos do insumo, o mesmo inquieta porque pode comprometer a produtividade das futuras safras. Segundo a ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos), nos primeiros cinco meses de 2009 as compras nacionais de NPK recuaram 26% em relação a igual período de 2008. Abaixo segue o gráfico da variação de preços da soja e seus derivados no período de 15/05 e 11/06/2009.

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Gráfico da Variação das Cotações da Soja entre 15/05 e 11/06/09

(CBOT)

11,10

11,25

11,40

11,55

11,70

11,85

12,00

12,15

12,30

12,45

12,60

15/05 a

21/0

5/09

22/05 a

28/0

5/09

29/05 a

04/0

6/09

05/06 a

11/0

6/09

Período Semanal

US

$/b

ush

el

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Gráfico da Variação das Cotações do Farelo de Soja entre 15/05 e

11/06/09 (CBOT)

345,00

352,50

360,00

367,50

375,00

382,50

390,00

397,50

405,00

412,50

15/05 a

21/0

5/09

22/05 a

28/0

5/09

29/05 a

04/0

6/09

05/06 a

11/0

6/09

Período Semanal

US

$/T

on

ela

da C

urt

a

Gráfico da Variação das Cotações do Óleo de Soja entre 15/05 e

11/06/09 (CBOT)

36,75

37,10

37,45

37,80

38,15

38,50

38,85

39,20

39,55

39,90

40,25

15/05 a

21/0

5/09

22/05 a

28/0

5/09

29/05 a

04/0

6/09

05/06 a

11/0

6/09

Período Semanal

Cen

ts/L

ibra

Peso

MERCADO DO MILHO: As cotações do milho em Chicago não acompanharam as da soja, fechando esta quinta-feira (11) em US$ 4,41 por bushel, contra US$ 4,48 uma semana antes. O relatório do USDA, considerado neutro, acabou confortando a posição do cereal, na medida em que não indicou forte redução de área semeada nos EUA e o volume produzido ficou o mesmo de maio.

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Assim, o referido relatório, divulgado no dia 10-06, indicou o seguinte:

1) Uma área de 34,4 milhões de hectares sendo semeada nos EUA, igualando-se ao indicado em maio e apenas 1,16% abaixo do registrado no ano anterior;

2) A produção estadunidense chegará a 303,2 milhões de toneladas, recuando apenas 1,37% sobre o ano anterior;

3) Todavia, os estoques finais dos EUA foram reduzidos em 4,8% em relação a maio, para 27,7 milhões de toneladas, fato que reduz os mesmos em 31,9% em relação ao ano anterior;

4) Os preços médios para 2009-10 ficam agora entre US$ 3,90 e US$ 4,70 por bushel, contra US$ 4,20 em 2008-09 e 2007-08, e US$ 3,70 e US$ 4,50 apontados em maio para o novo ano comercial;

5) Em termos mundiais, o relatório indicou uma produção de 781,46 milhões de toneladas, contra 787,27 milhões no ano anterior;

6) Os estoques mundiais ficariam em 125,46 milhões de toneladas em 2009-10, após 138,54 milhões um ano antes;

7) A futura produção da Argentina está estimada em 15 milhões de toneladas enquanto a do Brasil ficou em 54 milhões de toneladas (estima-se que nosso país exporte 10 milhões de toneladas no próximo ano comercial).

Devemos notar que, mesmo com a forte redução nos estoques de milho, tanto dos EUA quanto do mundo, Chicago recuou para o cereal. Assim, o comportamento do mesmo demonstra uma contradição entre as notícias da soja e do milho, fato que reforça o sentimento de que as cotações da soja deverão baixar no médio prazo. Nem mesmo a melhoria dos preços do petróleo, que chegou a US$ 71,00 por barril no final da quinta-feira (11), motivou elevações do milho. Ou seja, os movimentos em Chicago e nas demais bolsas mundiais estão muito mais ao sabor da especulação, e a busca por ganhos fáceis e rápidos, do que levados por reais fatos de mercado. Na Argentina, a tonelada FOB de milho chegou a US$ 165,00 enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 130,00. Ainda na Argentina, a atual colheita de milho chegou a 91% em 04 de junho, contra 84% em igual período do ano anterior. No mercado brasileiro, as médias voltaram a subir diante da redução das expectativas de produção da safrinha, já que as geadas atingiram fortemente as lavouras paranaenses, havendo novas geadas previstas para esse final de semana. Assim, o balcão gaúcho ficou em R$ 18,61/saco, enquanto o sorgo foi negociado, na média, a R$ 14,88/saco. Nos lotes, o norte gaúcho bateu em R$ 22,50/saco, enquanto nas demais praças do país os mesmos giraram entre R$ 16,10 em Rondonópolis (MT) e R$ 23,15 por saco em Chapecó (SC). Portanto, o mercado se mantém aquecido, confirmando as últimas tendências indicadas. Não há, no momento, indicativo de recuo nesses preços, porém, a partir da colheita da safrinha, em meados de julho, poderemos assistir a um impacto de oferta momentânea, a qual poderá frear o ímpeto dos preços. Em isso ocorrendo, os mesmos retomarão suas elevações a partir de outubro. Sobretudo se as exportações chegarem aos níveis de 8 milhões de toneladas, fato que nesse momento está difícil devido ao câmbio desfavorável.

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Além disso, a crise econômico-financeira, que se abateu também sobre o país, provoca um forte aumento nos estoques nacionais, os quais poderão segurar, logo mais, as altas dos preços do milho. Tanto é verdade que em 31 de dezembro passado os mesmos registravam um aumento de 118,2% sobre igual período de 2007. Assim, no final do ano passado o país tinha estocado, segundo o IBGE, 8,7 milhões de toneladas. A retomada de algumas exportações, particularmente da carne suína, que acabou tendo suas vendas externas em crescimento de 9,87% entre janeiro e maio de 2009, mais as quebras das safras de verão e da safrinha, tendem a consumir tais estoques durante o ano, fato que justifica o aumento atual nos preços do milho. No entanto, conta muito para a tendência permanecer, os volumes que serão efetivamente exportados pelo país nesse ano. Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período de 15/05 e 11/06/2009.

Gráfico da Variação das Cotações do Milho entre 15/05 e 11/06/09

(CBOT)

4,10

4,15

4,20

4,25

4,30

4,35

4,40

4,45

15/05 a

21/0

5/09

22/05 a

28/0

5/09

29/05 a

04/0

6/09

05/06 a

11/0

6/09

Período Semanal

US

$/b

ush

el

MERCADO DO TRIGO: As cotações do trigo em Chicago fecharam a quinta-feira (11) em US$ 5,94 por bushel, em significativo recuo em relação aos dias anteriores. Mesmo com o recuo na produção estadunidense, indicado pelo relatório de oferta e demanda do dia 10, o mercado não reagiu, preferindo acompanhar a tendência de estoques mais consistentes. Na verdade, os números de produção e estoques estão um tanto contraditórios, fato que deverá levar a um ajuste num futuro próximo. Todavia, e por enquanto, o mercado assimila os dados divulgados e não especula tanto com esse cereal, embora o mesmo já tenha tido sua cota de alta semanas atrás. Assim, o relatório do USDA indicou o seguinte:

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1) A área semeada nos EUA, em trigo, ficou em 19,8 milhões de hectares, fato que

indica um recuo de 12,2% em relação ao ano anterior; 2) A produção final para 2009-10 está agora apontada em 54,9 milhões de

toneladas, ou seja, um recuo de 19,4% sobre o número do ano anterior; 3) Os estoques finais do cereal, nos EUA, foram reduzidos para 17,6 milhões de

toneladas, sendo 3,3% abaixo do registrado no ano anterior, porém 1,6% acima do indicado em maio passado;

4) Os preços médios para o novo ano comercial ficam entre US$ 4,90 e US$ 5,90 por bushel, caindo 20 centavos de dólar em relação ao indicado em maio, e contra US$ 6,85 que deverá ser a média de 2008-09 e US$ 6,48 por bushel que foi a média de 2007-08;

5) A produção mundial de trigo, por sua vez, está agora projetada em 656,06 milhões de toneladas, contra 682,18 milhões no ano anterior;

6) Os estoques finais mundiais, no entanto, crescem para 182,65 milhões de toneladas, contra 168,4 milhões em 2008-09;

7) Projeta-se uma produção de 11 milhões de toneladas para a Argentina, quando o mercado local fala em algo em torno de apenas 8,5 milhões, e de 5,5 milhões de toneladas para o Brasil, após as 6 milhões colhidas na última safra.

O mercado do trigo acompanha agora o desenvolvimento da safra de primavera, nos EUA, a qual vem sofrendo problemas com o clima. Todavia, por enquanto, o mercado se mantém baixista para o cereal. Na Argentina, poucas novidades igualmente, com os preços locais permanecendo em torno dos níveis da semana anterior. No Brasil, os preços se mantêm baixos e sem alteração neste início de junho, continuando a frustrar os produtores e a desestimular o novo plantio. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 24,16 por saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 470,00 por tonelada no mercado do Rio Grande do Sul e entre R$ 535,00 e R$ 545,00 por tonelada no Paraná. Nesse momento, as condições para um aumento nos preços locais diminuem rapidamente, pois chegamos a meados de junho e o mercado não demonstra reações, infelizmente. E o recuo dos preços mundiais, associado a um Real forte, apenas favorece as importações, mesmo não havendo ofertas argentinas. Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 15/05 e 11/06/2009.

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Gráfico da Variação das Cotações do Trigo entre 15/05 e 11/06/09

(CBOT)

5,60

5,70

5,80

5,90

6,00

6,10

6,20

6,30

6,40

6,50

6,60

15/05 a

21/0

5/09

22/05 a

28/0

5/09

29/05 a

04/0

6/09

05/06 a

11/0

6/09

Período Semanal

US

$/b

ush

el