memórias de um sargento de milícias -curso ideia

37

Upload: milena-ayala

Post on 02-Aug-2015

136 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia
Page 2: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

• Literatura na UNICAMP. • Em termos práticos, a prova da segunda fase da

UNICAMP deve estruturar-se da seguinte forma: seis questões de língua portuguesa e seis questões de literatura. Entre as questões de língua portuguesa, propagandas, charges ou tirinhas e textos retirados de Jornal (O Estado de S. Paulo e Correio Popular, primordialmente) são as fontes linguísticas mais prováveis de serem encontradas na prova, visto que há alguns anos a UNICAMP lança mão dessas estruturas textuais para elaborar suas questões.

Page 3: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

• Entre as questões de literatura, duas provavelmente trarão poesias (grandes chances de serem selecionados poemas dos dois livros de leitura obrigatória e as quatro restantes farão recortes de quatro obras em prosa, também entre as que estão na lista obrigatória desse ano). A título de curiosidade, o candidato pode saber que dificilmente seus concorrentes deixam respostas em branco quando a questão de literatura envolve poemas. Paradoxalmente, poucos são aqueles que alcançam pontuação máxima nessas questões.

Page 4: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

EXEMPLOUNICAMP

Manuel Antônio de Almeida deseja contar de que maneira se vivia no Rio popularesco de D.João VI; as famílias mal organizadas,os vadios, as procissões, as festas e as danças, a polícia; o mecanismo dos empenhos, influências, compadrios, punições que determinavam certa forma de consciência e se manifestavam por certos tipos de comportamento(...) O livro aparece, pois como sequência de situações.

(Antônio Cândido).

Page 5: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Podemos entender a “sequência de situações” a que se refere Antônio Cândido como uma série de pequenos relatos no interior de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.

a) Quem dá unidade, na obra, a essa sequência de relatos aparentemente soltos? Leonardo

b) Cite um desses relatos e mostre como ele se articula com a linha mestra do romance. Todos os episódios relacionam-se de alguma forma com Leonardo.

Page 6: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

ROMANCE URBANO

A história se passa no Rio de Janeiro, no subúrbio carioca, nas primeiras décadas do século XIX. Os personagens são membros da pequena burguesia, das classes populares ou mesmo classes baixas; são funcionários públicos e militares de baixas patentes.

Page 7: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – contexto histórico

“A Pacotilha” e a briga entre Liberais (luzia) e Conservadores (saquarema):

-As brigas políticas ganhavam espaço nos jornais;

-Esses também serviam a uma espécie de “descompostura” (enfardamento), ou seja, crítica de costumes da época:

“Ao C. da rua do Cano, que não é bonito o amo (=patrão) andar a jogar os socos com seus caixeiros quanto estes têm toda a razão.”

“Tome sua bengala de camarão e vá até a rua da Imperatriz, a um célebre barbeiro, e diga-lhe que será bom não dar tanto com a língua

contra o próximo, nem ameaçar com pancadas, como em certa rua ameaçou, e mesmo dizer que espancava o filho do Ilmo. Sr... Lembre-lhe

que há polícia na terra.”

Page 8: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias - origens

- Foi no contexto da Pacotilha e durante as brigas dos partidos conservadores e liberais que se publicou as

Memórias em forma de Folhetim;

- Folhetim: - Texto ficcional que se publicava em capítulos semanais ou

diários em um jornal e cuja duração podia ser de semanas ou de anos.

- As Memórias de um sargento de milícias contém características típicas do folhetim seriado:

- Capítulos publicados semanalmente;- Interligados;

- Elaborados de forma a criar um “clima” de forma a induzir o leitor a acompanhar o capítulo seguinte.

Page 9: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – características gerais da obra

-Elas também começam a ser publicada em um período de campanha eleitoral e dentro do jornal dos “liberais” (A Pacotilha)

-Suas características de humor e comicidade a relacionam com os panfletos políticos de sua época.

-Alegoria da situação política presente no Brasil: - críticas aos sistemas judiciário e educacional;

- à polícia;- ao clero;

- aos imigrantes portugueses;- à falta de educação dos personagens.

-Por que o livro escrito em 1852-1853 enfoca o Brasil da época de D. João VI (1808-1821)?

-Talvez de forma irônica o autor estivesse querendo dizer que o seu momento histórico não era nada diferente daquele;-Sátira social: o governo propagava que o Brasil progredia; já as Memórias poderiam estar querendo dizer o contrário: nada mudava no cenário nacional.- ironia e oposição veladamente expressas em tom de humor.

Page 10: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – características gerais da obra

-O grande diferencial da obra: -a linguagem cômica;

- tom farsesco, ligado à linguagem coloquial da época.

-É, sem dúvida, a obra mais interessante do Romantismo Brasileiro: romance cômico que

se afasta dos traços idealizantes que caracterizam as obras “sérias”.

Page 11: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – características gerais

• A linguagem é marcada pelo tom coloquial;• Descrição de cenas do cotidiano da cidade do Rio

de Janeiro, com seus batizados, procissões, folias;• Narração dinâmica; • Descrição subordinada à narração• Sketches ou quadros aparentemente soltos sobre

cenas e costumes;• Linguagem irônica;• Personagens caricaturais: pertencem em sua maior

parte à chamada arraia miúda;• o autor foge do ambiente aristocrático, o que

confere maior realismo à obra.

Page 12: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Estudo da obra

A questão da verossimilhança:-veracidade: verdade;

-Verossimilhança: aparência de verdade;-O ideal romântico: os autores tentam dar

caráter de verdade às suas histórias imaginárias;

-A verossimilhanças nas Memórias: presença de informações, ditas verdadeiras, históricas,

que foram oferecidas ao narrador por um colega de repartição que dizia ter vivido no

tempo de El Rei.

Page 13: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – características gerais

Debret e o Rio de Janeiro das Memórias

Page 14: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Classificação da obra

A) Características românticas:- A paixão idealizada de Leonardo e Luizinha;

- A trama: os personagens conhecem-se, apaixonam-se, mas algo impede seu amor;

- A presença do destino que une os personagens;- A presença do final feliz idealizado;

- Intriga romanesca: paixão do herói pela heroína; obstáculo à realização desse paixão (a intervenção de José Manuel); desvios e

percalços do herói (o surgimento de Vidinha, a perseguição do Vidigal); a superação dos

obstáculos (o abandono de Vidinha, o perdão do Vidigal, a morte de José Manuel); e a “conclusão

feliz”.

Page 15: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Classificação da obra

B) Características realistas:-A postura anticlerical do autor;

-Heróis mais próximos do real, os quais alternam em seu comportamento atitudes

boas ou más (ou seja, não são maniqueístas);-Maior objetividade na abordagem das

relações humanas;-Abordagem renovadora das relações

amorosas: não há sentimentalismo exagerado.

Page 16: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Classificação da obra

C) Características próprias da obra:-Ritmo de crônica policial: mais ação que

emoção;-Linguajar característico das classes baixas;-Uso da ironia que beira o tom escrachado;

-A necessidade de sobrevivência é o elemento motivador das relações humanas e

não o humor;-“Romance malandro”

Page 17: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Estudo da obra - narrador

-Narrador em 3ª. pessoa; observador, com momentos de onisciência

-Como entender o termo Memórias: nesse caso, trata-se de um relato ditado pela lembrança; características

de romance histórico; crônica de costumes.-Características do narrador:

- conversa com o leitor;

- tece julgamentos sobre os outros personagens, critica;

- usa digressões, metalinguagem;

- narrador inovador para a sua época

Page 18: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Estudo da obra: tempo e espaço

TEMPO:-Enfoca o período pré-romantico: entre 1808 e 1822, época em que D.João VI está no Brasil:

“Era no tempo do rei.”

-ESPAÇO:-Subúrbios cariocas;

-Enfoca as classes baixas;-Detalha a vida do povo.

Page 19: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Estudo da obra: tempo e espaço

-Exemplo de espaço:

“Uma das quatro esquinas que formam a rua do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente,

chamava-se nesse tempo – O canto dos meirinhos; e bem lhe assentava o nome, porque aí o lugar de

encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração).

Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; (...) O

extremo oposto eram os desembargadores: ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o

círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações (...). Daí sua influência moral.”

Page 20: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Estudo da obra: personagens

CARACTERÍSTICAS GERAIS:-Descrição de hábitos sociais;

-Retrato de tipos sociais da época;-Personagens tipos: representantes de sua

classe social (ou função social). Compare com os personagens de Gil Vicente:

- Ex.: o barbeiro, a parteira, a cigana, o fidalgo, o toma-largura, o mestre-de-

cerimônias.

Page 21: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Personagens e enredo

PRINCIPAL:-Leonardinho:

-Primeiro anti-herói da literatura brasileira;-É o herói malandro, atrapalhado, traquinas e mal educado;

-Foi criado pelo padrinho (barbeiro);-O padrinho queria fazer dele um padre;

-A madrinha, artista;-Cada personagem da história planeja um final para ele;

-Mas ele acaba se transformando em vadio, “vadio mestre”;-É ele quem dá unidade aos quadros que compõem a obra e

“amarra” as diversas narrativas.-Ele é o AGREGADO.

Page 22: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Leonardo

-AÇÕES: - Origens e infância do memorando:

-Mãe: A Mariazinha: em Portugal, foi “bulinada” por um filho de um capitão. Este, por estar vindo ao Brasil, “paga” pelo erro do filho. A Maria conhece Leonardo Pataca no navio e engravida dele (Leonardo é o filho de uma pisadela e de um

beliscão). Esse capitão também irá proteger Leonardo filho;-Leonardinho nasce, é uma criança chorona, cresce mal educado e de má índole; -Quando tinha sete anos, o pai pegou a mãe em adultério e, durante a briga dos

dois, Leonardinho rasga os autos do pai. Este, vendo a “obra meritória” do garoto, pega-o pelas orelhas e lhe dá um pontapé que lhe faz viajar pelos ares.

-O garoto foge e se esconde na barbearia do padrinho que ficava em frente à sua casa.

- aos nove anos, foge de casa, acompanhando uma procissão, faz amizade com dois ciganinhos e dorme com eles no acampamento dos ciganos.

- Passou a vida entre diabruras e se transformou em um grande vagabundo.-É com ele que acontecem as peripécias românticas: apaixona-se por Luizinha, é

impedido de realizar seu amor, apaixona-se por Vidinha, a cigana, desilude-se com este amor;

- Luizinha fica viúva e eles se casam.-Leonardo recebe a herança do padrinho e de Luizinha. Fica rico e feliz.

Page 23: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Estudo da obra: personagens

-LEONARDO PATACA (PAI):“Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe

(=vendedor ambulante) em Lisboa, sua pátria; aborreceu-se do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de

que o vemos hoje empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos.”

-Dá a pisadela no pé da Maria, no navio a caminho do Brasil;-Vai morar com ela. Quando descobre que ela o trai, dá-lhe uma surra e é

abandonado por ela;-Abandona o filho com o padrinho;

-Apaixona-se pela cigana, que não quer nada com ele;-Desiludido, vai pedir “fortuna” para conseguir o amor da cigana;

-O Vidigal chega no momento da “fortuna” e leva o Leonardo preso;- Protegido pela comadre (a parteira), esta vai pedir àquele capitão que providencie

a soltura de Leonardo.-No final, casa-se com a sobrinha da comadre (que o ajudava sempre com

segundas intenções), tem outro filho e sossega na vida. - A comadre faz com que pai e filho se aproximem; Leonardinho vai morar com a

nova família: o pai, sua mulher, a comadre.- Leonardinho não se dá com a esposa do pai e acaba fugindo de novo de casa.

Page 24: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Luisinha

LUISINHA:-Heroína romântica apresentada com características anti-

românticas:“Era a sobrinha de D. Maria já muito desenvolvida,

porém que, tendo perdido as graças da menina, ainda não tinha adquirido a beleza da moça: era alta, magra, pálida:

andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços finos e

compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe até o pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e os olhos, como uma

viseira.”-Apesar de sua aparência, tem a índole de uma verdadeira

heroína romântica: sacrifica-se, casando com José Manoel (o procurador de D. Maria) para satisfazer a vontade da tia.

-Única herdeira de D. Maria;- Viúva, por manobras da comadre, reencontra Leonardinho e

casa-se com ele.

Page 25: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Vidinha

VIDINHA

-a cigana;-Mulher de muitos homens;

-Une-se a Leonardinho em suas orgias, nas festas dos ciganos;

-Bonita, mulata, de dentes brancos, lábios úmidos e altura regular;

- voz sedutora;- Leonardo a trai com a Mulher do Caldo; Vidinha descobre e o

expulsa de casa.- é por ela que Leonardinho abandona Luisinha;

-Vidinha torna-se amante do Toma-Largura.

Page 26: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Major Vidigal

MAJOR VIDIGAL:-Personagem histórica: referência ao chefe de polícia Miguel Nunes Vidigal, nascido no Rio de Janeiro em 1745. Vidigal

tornou-se famoso pela eficiência e brutalidade de seus métodos policiais.

-Representa a ordem e a lei;-É a força policial e moral;

-Persegue insistentemente Leonardinho;- liberta Leonardinho pela influência de uma ex-prostituta, sua

ex-amante, Maria Regalada. É nesse momento em que a ordem e a desordem alcançam também o Major: as leis são

revistas por interesses particulares.-No final, transforma Leonardinho em Sargento de Milícias

(milícia= guarda civil);

Page 27: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias –Personagens: Maria da Hortaliça

-Maria da Hortaliça:-Mãe de Leonardinho;

-Saloia: desonesta; espertalhona;-Abandona Leonardo e volta para Lisboa com

seu novo amante, o capitão de um navio;-Não se tem mais notícia dela.

Page 28: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: A comadre

A comadre (a parteira):-torna-se madrinha de Leonardinho;

-Quer torná-lo artista;-Bem relacionada, vive tirando o afilhado de

apuros;-Casa sua filha Chiquinha com o Leonardo pai;

-Acaba ajudando o Leonardinho a casar-se com Luisinha, depois que esta fica viúva.

Page 29: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: o padrinho

-O padrinho (barbeiro):-Torna-se padrinho de Leonardinho por

influência de Maria e da comadre;-Teria que o afilhado fosse cônego;

-Tinha sido médico de um navio negreiro e acaba ficando com a fortuna do comandante

do navio, embora tivesse prometido entregá-la à filha do comandante;

-É essa fortuna que Leonardinho herda com a morte do padrinho.

Page 30: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Maria Regalada

-Maria Regalada:-Ex-prostituta, foi amante do Major Vidigal;

-É por sua interferência que Leonardinho deixa de ser granadeiro para se tornar Sargento de

Milícias.

Page 31: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Dona Maria

-Dona Maria:-Beata, honesta e de posses;

- adora as demandas (os processos);-Através de uma demanda, fica com a guarda

da sobrinha, Luisinha;-Gostava de Leonardinho e queria transformá-

lo em um rábula (=advogado);-Vivia perseguida por José Manoel, que estava

interessado em seu dinheiro;

Page 32: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

“D. Maria tinha bom coração, era benfazeja, devota e amiga dos pobres, porém em compensação dessas virtudes tinha um dos

piores vícios daquele tempo e daqueles costumes: era a mania de demandas. [processos] Como era rica, D. Maria alimentava esse vício

largamente; as suas demandas eram o alimento da sua vida; acordada pensava nelas, dormindo sonhava com elas...”

Page 33: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: José Manoel

José Manoel:-Esperto, interessado no dinheiro de D. Maria;

-Quando Luisinha chegou à casa de D. Maria, tratou de conquistá-la, para se casar com ela, já que ela

era a única herdeira da tia;- foi vítima de fofoca da comadre, para tentar afastá-

lo de D. Maria;- com a ajuda de um padre, consegue desmentir a

trama e casar-se com Luisinha;-Tornou-se uma verdadeira máquina de calcular;

-Morre do coração, deixando Luisinha livre para se casar com Leonardinho.

Page 34: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens: Toma-Largura

-Toma-Largura:-Trabalhador da Uxaria (almoxarifado);

-Quando Leonardinho vai trabalhar lá, o Toma-Largura mandava Leonardinho levar o caldo

para a mulher;-Leonardinho acaba tendo um caso com ela (a mulher do caldo) e é corrido de lá pelo Toma-

Largura;-Torna-se amante de Vidinha

Page 35: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens

• - O mestre de cerimônias:- Padre santo na aparência, mas devasso nas

atitudes;- Tem um caso com a cigana que é

descoberto por causa das travessuras de Leonardinho;

- É desmoralizado por Leonardo Pataca que faz com que o Vidigal o descubra na casa da cigana, durante a festa de aniversário dela.

Page 36: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias – Personagens

• A vizinha:- encrenqueira;- Vê maldade em todos os atos de Leonardinho;- É sempre vítima das travessuras de

Leonardinho.

Page 37: Memórias de um sargento de milícias -curso ideia

Memórias de um sargento de milícias: comentários1. O leitor incluso e a metalinguagem:

“Satisfaçamos agora em poucas palavras a curiosidade que têm sem dúvida os leitores de saber como chegara o Leonardo à posição em que se achava.”

2. O narrador dialoga com o leitor, criticando, comentando e ironizando os personagens;

3. Uso de digressões;4. Presença do “happy end”;5. Realismo de observação;6. O anti-herói malandro;7. Um curioso traço de composição: geralmente os capítulos são

iniciados pela descrição do painel social da época:

“As festas daquele tempo eram feitas com tanta riqueza e com muito mais propriedade que as de hoje: tinham entretanto alguns lados bastante cômicos; um deles era a música de barbeiros à porta.”