memórias de um sargento de milícias - 3ª a - 2013

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Seminário apresentado na E. E. Profa. Irene Dias Ribeiro, em Ribeirão Preto, 2013.

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  • 1. {{ E.E Prof. Irene Dias RibeiroE.E Prof. Irene Dias Ribeiro Disciplina: Lngua PortuguesaDisciplina: Lngua Portuguesa Gustavo Ferreira BaleeiroGustavo Ferreira Baleeiro

2. {{ Memrias de um SargentoMemrias de um Sargento De MilciasDe Milcias Manuel AntnioManuel Antnio 3. Manuel Almeida (1831-1861) foi escritor eManuel Almeida (1831-1861) foi escritor e mdico brasileiro. Autormdico brasileiro. Autor dede um nico romanceum nico romance "Memrias de um Sargento de Milcias". Fez"Memrias de um Sargento de Milcias". Fez parte de gerao romntica. Patrono da cadeiraparte de gerao romntica. Patrono da cadeira n28 da Academia Brasileira de Letra. Manueln28 da Academia Brasileira de Letra. Manuel Almeida (1831-1861) nasceu no Rio de JaneiroAlmeida (1831-1861) nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de novembro de 1831. Filho dosno dia 17 de novembro de 1831. Filho dos portugueses Antnio de Almeida e Josefinaportugueses Antnio de Almeida e Josefina Maria de Almeida. Ficou rfo de pai com 10Maria de Almeida. Ficou rfo de pai com 10 anos de idade. Concluiu o curso de medicinaanos de idade. Concluiu o curso de medicina em 1855, mas no exerceu a profisso,em 1855, mas no exerceu a profisso, dedicando-se ao jornalismo.dedicando-se ao jornalismo. Biografia do autorBiografia do autor 4. Foi redator e revisor do jornal Correio Mercantil,Foi redator e revisor do jornal Correio Mercantil, onde em 1852 publicava semanalmente emonde em 1852 publicava semanalmente em fascculos e que depois formaria o seu nicofascculos e que depois formaria o seu nico romance "Memrias de um Sargento de Milcias".romance "Memrias de um Sargento de Milcias". Comeou a fazer sucesso entre os leitoresComeou a fazer sucesso entre os leitores cariocas mas, o autor se escondia atrs docariocas mas, o autor se escondia atrs do pseudnimo "Um brasileiro". "Memrias de umpseudnimo "Um brasileiro". "Memrias de um Sargento de Milcias" conta a vida do povo, queSargento de Milcias" conta a vida do povo, que vivia nas casas simples do Rio de Janeiro. Ovivia nas casas simples do Rio de Janeiro. O romance relata as peripcias de Leonardo, seusromance relata as peripcias de Leonardo, seus casos com Luisinha, com quem acaba se casandocasos com Luisinha, com quem acaba se casando no final. Publicado em 1853, em livro, passou ano final. Publicado em 1853, em livro, passou a ocupar um lugar especial na histria doocupar um lugar especial na histria do romantismo brasileiro. 5. Foi nomeado diretor da TipografiaFoi nomeado diretor da Tipografia Nacional, tornou-se amigo e protetor doNacional, tornou-se amigo e protetor do funcionrio Machado de Assis. Disposto afuncionrio Machado de Assis. Disposto a entrar para a poltica, dirigiu-se de vapor aentrar para a poltica, dirigiu-se de vapor a Campos, estado do Rio, quando houve oCampos, estado do Rio, quando houve o naufrgio, perto de Maca. Disse o crticonaufrgio, perto de Maca. Disse o crtico Jos Verssimo, no sculo XIX "NaufragouJos Verssimo, no sculo XIX "Naufragou com ele a maior esperana da literaturacom ele a maior esperana da literatura brasileira".brasileira". Manuel Antnio de Almeida morreu no diaManuel Antnio de Almeida morreu no dia 28 de novembro de 1861.28 de novembro de 1861. 6. Uma obra de transio para o Realismo. O livro contaUma obra de transio para o Realismo. O livro conta a histria do jovem Leonardo, filho de pais separadosa histria do jovem Leonardo, filho de pais separados que criado pelo padrinho barbeiro, sendo uma pesteque criado pelo padrinho barbeiro, sendo uma peste tanto criana quanto mais velho. No comeo indicadotanto criana quanto mais velho. No comeo indicado para ser clrigo, sua rejeio a Igreja lhe leva a vadiar.para ser clrigo, sua rejeio a Igreja lhe leva a vadiar. Na companhia do padrinho na casa de D. MariaNa companhia do padrinho na casa de D. Maria conhece Luisinha, por quem se apaixona. Luisinha noconhece Luisinha, por quem se apaixona. Luisinha no entanto se casa com um espertalho de nome Josentanto se casa com um espertalho de nome Jos Manoel. Quando o padrinho morre ele volta a morarManoel. Quando o padrinho morre ele volta a morar com o pai, mas por pouco tempo porque este ocom o pai, mas por pouco tempo porque este o expulsa de casa por causa de seus desentendimentosexpulsa de casa por causa de seus desentendimentos com a madrasta.com a madrasta. resumo do enredoresumo do enredo 7. Vai morar na casa de um amigo dos tempos que era sacristo (oVai morar na casa de um amigo dos tempos que era sacristo (o tio queria lhe preparar para a vida clerical) e conhece Vidinha,tio queria lhe preparar para a vida clerical) e conhece Vidinha, por quem se apaixona. Aps muitas intrigas feitas pelospor quem se apaixona. Aps muitas intrigas feitas pelos pretendentes de Vidinha, sai desta casa tambm e nomeadopretendentes de Vidinha, sai desta casa tambm e nomeado pelo major Vidigal, figura policial constante na obra, soldado.pelo major Vidigal, figura policial constante na obra, soldado. No param por a suas diabruras e ofensas e sabotagens com oNo param por a suas diabruras e ofensas e sabotagens com o major lhe garantem a cadeia. A madrinha e a tia de Luisinhamajor lhe garantem a cadeia. A madrinha e a tia de Luisinha intercedem em seu favor e este no s liberto, masintercedem em seu favor e este no s liberto, mas promovido a sargento. Logo aps isto morre Jos Manoel epromovido a sargento. Logo aps isto morre Jos Manoel e reata o namoro com Luisinha. Transferido para as Milcias,reata o namoro com Luisinha. Transferido para as Milcias, casa-se com ela. A obra toda um verdadeiro marco para acasa-se com ela. A obra toda um verdadeiro marco para a transio para o Realismo: os personagens no so idealizados,transio para o Realismo: os personagens no so idealizados, o amor no supervalorizado e idealizado (e muito menos soo amor no supervalorizado e idealizado (e muito menos so as volveis mulheres), o heri est longe de perfeito existe umaas volveis mulheres), o heri est longe de perfeito existe uma certa comicidade incomum nos romances da poca.certa comicidade incomum nos romances da poca. 8. Em Memrias de um sargentoEm Memrias de um sargento de milcias, os personagensde milcias, os personagens so planos, ou seja, eles noso planos, ou seja, eles no mudam seu comportamentomudam seu comportamento no desenrolar da histria.no desenrolar da histria. Ex:Ex: "Um grito de espanto,"Um grito de espanto, acompanhado de umaacompanhado de uma gargalhada estrondosa dosgargalhada estrondosa dos granadeiros, interrompeu ogranadeiros, interrompeu o major. Descoberta a cara domajor. Descoberta a cara do morto, reconheceu-se ser ele omorto, reconheceu-se ser ele o PersonagensPersonagens 9. LEONARDOLEONARDO protagonista que garante unidade protagonista que garante unidade narrativa.narrativa.O sargento de milciasO sargento de milcias aqueserefereottulodaaqueserefereottuloda obra Leonardo, embora o personagem obtenha esseobra Leonardo, embora o personagem obtenha esse cargosomentenasltimaspginasdolivro.cargosomentenasltimaspginasdolivro. LEONARDO-PATACALEONARDO-PATACA pai de Leonardo, um meirinhopai de Leonardo, um meirinho (oficial de Justia) que fora vendedor de roupas em(oficial de Justia) que fora vendedor de roupas em Lisboae,durantesuaviagemaoBrasil,conheceMariaLisboae,durantesuaviagemaoBrasil,conheceMaria das Hortalias, o que resultar no nascimento dedas Hortalias, o que resultar no nascimento de Leonardo.Leonardo. MARIA DAS HORTALIASMARIA DAS HORTALIAS me de Leonardo, uma me de Leonardo, uma saloia (camponesa) muito namoradeira, quesaloia (camponesa) muito namoradeira, que abandonaofilhoparaficarcomoutrohomem.abandonaofilhoparaficarcomoutrohomem. 10. O COMPADRE (OU PADRINHO)O COMPADRE (OU PADRINHO) dono de uma dono de uma barbeariaetomaaguardadeLeonardoapsospaisbarbeariaetomaaguardadeLeonardoapsospais abandonarem a criana. Torna-se um segundo paiabandonarem a criana. Torna-se um segundo pai para ele.para ele. A COMADRE (OU MADRINHA)A COMADRE (OU MADRINHA) mulher gorda e mulher gorda e bonachona, apresentada como ingnua,bonachona, apresentada como ingnua, frequentadora assdua de missas e festas religiosas.frequentadora assdua de missas e festas religiosas. MAJOR VIDIGALMAJOR VIDIGAL homem alto, no muito gordo, homem alto, no muito gordo, com ares de moleiro. Apesar do aspectocom ares de moleiro. Apesar do aspecto pachorrento, era quem impunha a lei de modopachorrento, era quem impunha a lei de modo enrgico e centralizado.enrgico e centralizado. 11. MARIA REGALADAMARIA REGALADA -umantigoamordeVidigal.-umantigoamordeVidigal. AjudaaComadreeaD.MariaalibertarLeonardoAjudaaComadreeaD.MariaalibertarLeonardo dacadeia.dacadeia. DONA MARIADONA MARIAmulheridosaemuitogorda,nomulheridosaemuitogorda,no erabonita,mastinhaaspectobem-cuidado.Eraerabonita,mastinhaaspectobem-cuidado.Era rica e devotada aos pobres. Tinha, contudo, orica e devotada aos pobres. Tinha, contudo, o vcio das demandas (disputas judiciais).Tem avcio das demandas (disputas judiciais).Tem a guardadaLusinha.guardadaLusinha. LUISINHALUISINHAsobrinhadedonaMaria.Seuaspecto,sobrinhadedonaMaria.Seuaspecto, inicialmente sem graa, se transformainicialmente sem graa, se transforma gradualmente, at se tornar uma raparigagradualmente, at se tornar uma rapariga encantadora.encantadora. 12. VIDINHAVIDINHAmulatade18a20anos,muitobonita,quemulatade18a20anos,muitobonita,que atraiasatenesdeLeonardo.atraiasatenesdeLeonardo. MESTRE-DE-REZAMESTRE-DE-REZA Homem que ensina escravos a Homem que ensina escravos a rezar.AjudaJosManuel.rezar.AjudaJosManuel. JOS MANUELJOS MANUEL- salafrrio e calculista, casa-se com- salafrrio e calculista, casa-se com Luisinhapordinheiroemorre.Luisinhapordinheiroemorre. CHIQUINHACHIQUINHA- casa-se com Leonardo Pataca. Arranja- casa-se com Leonardo Pataca. Arranja muitasbrigascomLeonardo(filho),quandoestemoramuitasbrigascomLeonardo(filho),quandoestemora comseupai.filhadaComadrecomseupai.filhadaComadre H ainda outros, que no tem muita importncia,H ainda outros, que no tem muita importncia, comocomo: Toma-largura: Toma-largura, sua, sua esposaesposa. Os. Os primosprimos, a, a meme,, irmsirms ee tiatia de Vidinha. Osde Vidinha. Os granadeirosgranadeiros ee TomasTomas amigoamigo de Leonardo. Ede Leonardo. E TeotnioTeotnio.. 13. Otempocronolgico,eaimportnciadissoOtempocronolgico,eaimportnciadisso marcaraevoluodosfatosnavida"picaresca"marcaraevoluodosfatosnavida"picaresca" deLeonardinho.Apalavraevoluo,nestecaso,deLeonardinho.Apalavraevoluo,nestecaso, deve ser lida exclusivamente em relao aosdeve ser lida exclusivamente em relao aos eventos, j que psicologicamente no h umeventos, j que psicologicamente no h um notvel amadurecimento do personagem nonotvel amadurecimento do personagem no decorrer da estria.decorrer da estria. ExEx:: PassemosPassemos por alto sobre os anos quepor alto sobre os anos que decorreram desde o nascimento e batizado dodecorreram desde o nascimento e batizado do nosso memorando, e vamosnosso memorando, e vamos encontencontr-lo j nar-lo j na idade de sete anos.idade de sete anos. TempoTempo 14. O espao fsico apresentado na obra o meioO espao fsico apresentado na obra o meio urbanobrasileirodosculoXIX.AhistriasepassaurbanobrasileirodosculoXIX.Ahistriasepassa noRiodeJaneiro,edescreveseusprincipaispontos,noRiodeJaneiro,edescreveseusprincipaispontos, comoigrejas,principaisruas,masdescrevetambmcomoigrejas,principaisruas,masdescrevetambm pontos bem margem da sociedade, comopontos bem margem da sociedade, como acampamentosdeciganosebares.acampamentosdeciganosebares. ExEx:: Era o Tempo do rei .. Uma das quatro esquinas queEra o Tempo do rei .. Uma das quatro esquinas que formamasruasdoOuvidoredaquitanda.formamasruasdoOuvidoredaquitanda. Ex:Ex: Formavam um dos extremos da formidvel cadeiaFormavam um dos extremos da formidvel cadeia judiciariaqueenvolvidatodooRiodeJaneironotempoemjudiciariaqueenvolvidatodooRiodeJaneironotempoem queademandaeraentrensumelementodevida.queademandaeraentrensumelementodevida. Ex:Ex:IgrejadaSaondeMariafazobatizadodeseufilho..IgrejadaSaondeMariafazobatizadodeseufilho.. eSpAoeSpAo 15. O foco narrativo em terceira pessoa, com um narradorO foco narrativo em terceira pessoa, com um narrador onisciente, que interfere no texto, faz obser-vaes eonisciente, que interfere no texto, faz obser-vaes e busca contato com o leitor (tentativa de dilogo).busca contato com o leitor (tentativa de dilogo). Existe dinamismo e ao em todo o decorrer daExiste dinamismo e ao em todo o decorrer da histria.histria. Ao final da obra, o que impera a ordem sobre aAo final da obra, o que impera a ordem sobre a desordem, fechando-se o processo de carna-valizao.desordem, fechando-se o processo de carna-valizao. Forma-se, no todo, um grande painel do Rio de Ja-nei-roForma-se, no todo, um grande painel do Rio de Ja-nei-ro na poca enfocada. A crtica social pode ser sentida nona poca enfocada. A crtica social pode ser sentida no desen-volvimento da trama.desen-volvimento da trama. Leonardo foi o precursor de Macunama, o qual sLeonardo foi o precursor de Macunama, o qual s Foco NArrATivoFoco NArrATivo 16. O leitor, que sem dvida sabe muito bem de quantoO leitor, que sem dvida sabe muito bem de quanto eram nossos pais centres, devotos e temente a Deuseram nossos pais centres, devotos e temente a Deus se admirara talvez de ler que houve razes policiaisse admirara talvez de ler que houve razes policiais para a extino de um oratrio.para a extino de um oratrio. Pois enganava-se redondamente quem tal julgasse:Pois enganava-se redondamente quem tal julgasse: pensava em coisa muito mais agradvel; pensava empensava em coisa muito mais agradvel; pensava em Luizinha. Pensando nela no podia, verdade, abster-Luizinha. Pensando nela no podia, verdade, abster- se de ver surgir diante dos olhos o terrvel Josse de ver surgir diante dos olhos o terrvel Jos Manuel.Manuel. Comeou ele pela origem do pequeno; remontou Comeou ele pela origem do pequeno; remontou pisadela ao belisco com que a Maria e o Leonardopisadela ao belisco com que a Maria e o Leonardo Tinham comeado o seu namoro na viagem a LisboaTinham comeado o seu namoro na viagem a Lisboa ao Rio de Janeiro.ao Rio de Janeiro. 17. Memrias de um sargento de milciasMemrias de um sargento de milciasfoi escrito emfoi escrito em forma defolhetim(os captulos eram publicados emforma defolhetim(os captulos eram publicados em sequncianosjornaisdapoca,oqueprendiaoleitor,sequncianosjornaisdapoca,oqueprendiaoleitor, pois deixava um suspense em relao ao captulopois deixava um suspense em relao ao captulo posterior).Essacaractersticautilizadaatualmenteemposterior).Essacaractersticautilizadaatualmenteem novelas,comoumresquciodofolhetim,comafinalidadenovelas,comoumresquciodofolhetim,comafinalidade decolocarotelespectadoremsuspense.decolocarotelespectadoremsuspense. Um grito de espanto, acompanhado de umaUm grito de espanto, acompanhado de uma gargalhada estrondosa dos granadeiros,gargalhada estrondosa dos granadeiros, interrompeu o major. Descoberta a cara do morto,interrompeu o major. Descoberta a cara do morto, reconheceu-se ser ele o nosso amigo Leonardo!...reconheceu-se ser ele o nosso amigo Leonardo!... EstiloEstilo 18. Trata-se de um romance de costumes queTrata-se de um romance de costumes que retrata as camadas populares do Rio deretrata as camadas populares do Rio de Janeiro na poca de D.Joo VI, com suasJaneiro na poca de D.Joo VI, com suas festas religiosas os ajustes matrimoniais,festas religiosas os ajustes matrimoniais, almdeexporoshbitospoucoinocentesdoalmdeexporoshbitospoucoinocentesdo clero.clero. Ex:Ex: Isso Exasperou o Leonardo; aIsso Exasperou o Leonardo; a lembrana do amor aumentou-lhe alembrana do amor aumentou-lhe a dor da traio, e o cimes e a raiva dedor da traio, e o cimes e a raiva de que se achava possudoque se achava possudo transbordaram em socos sobre atransbordaram em socos sobre a Maria, que depois de uma tentativaMaria, que depois de uma tentativa intil de resistncia desatou a correr,intil de resistncia desatou a correr, VErossimilhanaVErossimilhana 19. racionalizaes ideolgicasracionalizaes ideolgicas presentes na literatura brasileira:presentes na literatura brasileira: indianismo, nacionalismo, grandezaindianismo, nacionalismo, grandeza de sofrimento, redeno pela dorde sofrimento, redeno pela dor etc.etc. Memrias de um Sargento deMemrias de um Sargento de Milcias: Obra RomnticaMilcias: Obra Romntica Era no tempo do rei em que seEra no tempo do rei em que se passa a histria das Memrias depassa a histria das Memrias de um Sargento de Milcias. No livro oum Sargento de Milcias. No livro o leitor v a fuga de um sargento paraleitor v a fuga de um sargento para as suas memrias pelos olhos doas suas memrias pelos olhos do narrador. O prprio ttulo denota anarrador. O prprio ttulo denota a moVimEnto litErriomoVimEnto litErrio 20. AhistriacontemmuitoselementosrealistasmasseuAhistriacontemmuitoselementosrealistasmasseu autor,ManuelAntniodeAlmeidaaescreveuduranteautor,ManuelAntniodeAlmeidaaescreveudurante a poca romntica. Ser que o livro um romancea poca romntica. Ser que o livro um romance disfarado como obra realista? Sim. Mesmo que asdisfarado como obra realista? Sim. Mesmo que as memrias do sargento sejam realistas, deve sememrias do sargento sejam realistas, deve se considerar a obra tambm romntico por vriosconsiderar a obra tambm romntico por vrios motivos,taiscomoafugadoexagerodoromantismo,amotivos,taiscomoafugadoexagerodoromantismo,a valorizaodamalandragemeoverdadeiroamor.valorizaodamalandragemeoverdadeiroamor. Ex:Ex: Os trs filhos da primeira eram trsOs trs filhos da primeira eram trs formidveis rapages de 20 anos para cima,formidveis rapages de 20 anos para cima, empregados todos no Trem; as trs filhas daempregados todos no Trem; as trs filhas da segunda eram Trs raparigas desempregadas,segunda eram Trs raparigas desempregadas, orando pela mesma idade dos primos, e bonitaorando pela mesma idade dos primos, e bonita cada uma no seu gnero.cada uma no seu gnero. 21. Estilo indiVidual A)Empregodelinguagembemcoloquial,marcada porincorreeselinguajarlusitano,interioranoou dasperiferiasdeLisboa,lembrandoqueboaparte das personagens so imigrantes portugueses ou gentesimplesdopovo. Ex:A comadre tinha conseguido o seu fim, pelo que diz respeito sobrinha; tanto fizera, que o Leonardo, pilhando a cigana em nova infidelidade, resolveu-se ... E arranjou-se . 22. BB)) Ausncia de personagens idealizadas e deAusncia de personagens idealizadas e de anlise psicolgica:anlise psicolgica: oromancepreferefocalizaroscostumes,hbitosoromancepreferefocalizaroscostumes,hbitos e cacoetes das pessoas de camadas sociaise cacoetes das pessoas de camadas sociais inferiores, numa construo mais realista dainferiores, numa construo mais realista da sociedade suburbana do incio do sculo XIX.sociedade suburbana do incio do sculo XIX. Ex:Ex:Uma das quatro esquinas que formam as ruasUma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-sedo Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chama-se nesse tempo - O cantomutuamente, chama-se nesse tempo - O canto dos meirinhos.dos meirinhos. 23. C)Presenadohumorismo,doridculoedoburlesco:o tom geral da obra segue a tendncia da gozao, marcado que est pela construo de personagens que tendemparaocaricatural,paraomaisabsolutoridculo. Aessatendnciachamamoscarnavalizao. Ex:Umas vezes sentado na loja divertia-se em fazer caretas aos fregueses quando estes se estavam barbeando. D)Presenadaironia. Ex: Entre, Homem ... Basta de crianadas ... o passado .. passado. 24. E)Presenadametalinguagem:Aobravolta- separasimesma,comentandoos procedimentosqueestosendoempregados: palavrasutilizadas,explicaessobrecaptulos oupersonagensquedesaparecemdecena. Ex:: Enquanto o compadre, aflito, procura porEnquanto o compadre, aflito, procura por toda a parte o menino, sem que ningum possatoda a parte o menino, sem que ningum possa dar-lhe novas dele, vamos ver o que feito dodar-lhe novas dele, vamos ver o que feito do Leonardo, e em que novas alhadas est agoraLeonardo, e em que novas alhadas est agora metidometido.. 25. F)Presena de digresses: a narrativa no segue a ordem linear dos fatos, episdica e, no raro, foge da histria para comentar fatos paralelos ou para dar explicaes sobre o prprio livro. Ex: Entretanto,paraaadmiraodoleitor,fique-se sabendo que este homem tinha por oficia a das fortuna.Naqueletempoacreditava-semuitonessas coisas, e uma sorte de respeito supersficioso era atributadoaosqueexerciamsemelhanteprofisso. 26. GG)) Presena do narrador intruso,Presena do narrador intruso, que oque o tempo todo se intromete para dartempo todo se intromete para dar explicaes, analisar fatos ou personagens eexplicaes, analisar fatos ou personagens e conversar com o leitor.conversar com o leitor. ExEx:: -No tem sentimentos, digo-lho, e-No tem sentimentos, digo-lho, e ningum me d de desdizer.ningum me d de desdizer. -Vamos ver que diabo de historia e esta,-Vamos ver que diabo de historia e esta, bradou uma voz de estender.bradou uma voz de estender. Era o Toma-largura que, achando-se em casaEra o Toma-largura que, achando-se em casa na quela ocasio, e tendo ouvido as duasna quela ocasio, e tendo ouvido as duas primeiras apstrofes de Vidinha, chegavaprimeiras apstrofes de Vidinha, chegava para dar f que se passava.para dar f que se passava. 27. H)Presena do leitor incluso, com quem o narrador procura estabelecer conversao: 'Pr estas palavras v-se que ele suspeitaria alguma coisa; e saiba o leitor que suspeitara a verdade'. Ex:Ex: Agora devemos dar ao leitorAgora devemos dar ao leitor conhecimento da nova gente, no meio daconhecimento da nova gente, no meio da qual se acha o nosso Leonardoqual se acha o nosso Leonardo. A obra deixa transparecer a presena de diversas figuras de linguagem, bem como, hiprboles, comparaes, metforas, perfrases, trocadilhos, metonmias, linguagens forenses, sarcasmos, barbarismos, etc... 28. Nota-seque,apesarderomntico,aolongodatramaNota-seque,apesarderomntico,aolongodatrama vrios aspectos do movimento so criticados, evrios aspectos do movimento so criticados, e diversas vezes satirizados. O livro foge diversasdiversas vezes satirizados. O livro foge diversas caractersticasdoestiloromntico,orelacionamentocaractersticasdoestiloromntico,orelacionamento amoroso no idealizado, Leonardo no se mostraamoroso no idealizado, Leonardo no se mostra corajoso e ntegro, como nos padres do hericorajoso e ntegro, como nos padres do heri romntico. Mostra-se vagabundo, irresponsvel, umromntico. Mostra-se vagabundo, irresponsvel, um anti-heri.Elenoumvilo,masnorepresentaumanti-heri.Elenoumvilo,masnorepresentaum modelodecomportamento;umapessoacomum.Omodelodecomportamento;umapessoacomum.O final da histria, fugindo do estilo romntico jfinal da histria, fugindo do estilo romntico j conhecido com tragdias, Leonardo e Luizinha seconhecido com tragdias, Leonardo e Luizinha se casamevivemfelizesparasempre.casamevivemfelizesparasempre. ConClusoConCluso 29. http://pt.wikipedia.org/wiki/Memhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mem %C3%B3rias_de_um_Sargento_de_Mil%C3%B3rias_de_um_Sargento_de_Mil %C3%ADcias%C3%ADcias http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/lithttp://guiadoestudante.abril.com.br/estude/lit eratura/materia_413967.shtmleratura/materia_413967.shtml http://resumoamoreninha.blogspot.com.br/20http://resumoamoreninha.blogspot.com.br/20 09/10/tempo-espaco-foco-narrativo-estilo.html09/10/tempo-espaco-foco-narrativo-estilo.html http://www.sosestudante.com/resumos-http://www.sosestudante.com/resumos- m/memorias-de-um-sargento-de-milicias-m/memorias-de-um-sargento-de-milicias- completo.htmlcompleto.html http://www.algosobre.com.br/resumos-http://www.algosobre.com.br/resumos- literarios/memorias-de-um-sargento-de-literarios/memorias-de-um-sargento-de- milicias.htmlmilicias.html RefeRnCias BiBliogRfiCasRefeRnCias BiBliogRfiCas