memorial - lagoas de estabilização

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DISCIPLINA: TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOCENTE RESPONSÁVEL: Prof. Msc. LOURIVALDO BERNADINO Discente: GUILHERME AUGUSTO TEODORO GIACOMETI PROJETO DIMENSIONAMENTO DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO DEZEMBRO/2014 CUIABÁ – MT

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Lagoas facultativas e Maturação

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTAL

    DISCIPLINA: TRATAMENTO DE GUAS RESIDURIAS

    DOCENTE RESPONSVEL: Prof. Msc. LOURIVALDO BERNADINO

    Discente:

    GUILHERME AUGUSTO TEODORO GIACOMETI

    PROJETO DIMENSIONAMENTO DE LAGOAS DE ESTABILIZAO

    DEZEMBRO/2014

    CUIAB MT

  • Sumrio

    1. INTRODUO........................................................................................................................................ 3

    2. MEMORIAL DESCRITIVO ....................................................................................................................... 4

    2.1. LAGOAS DE ESTABILZAO .............................................................................................................. 4

    2.2. LAGOA FACULTATIVA ....................................................................................................................... 5

    2.3. LAGOA DE MATURAO .................................................................................................................. 7

    3. MEMORIAL DE CLCULO .............................................................................................................. 9

    4. MANUAL DE OPERAO LAGOA FACULTATIVA E MATURAO ...................................................... 11

    4.1. ATIVIDADES DIRIAS DO OPERADOR ............................................................................................ 12

    4.2. LIMPEZA DAS LAGOAS ........................................................................................................... 15

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................ 16

  • 3

    1. INTRODUO

    Com o aumento do consumo de gua por parte de todos os setores da sociedade, populao

    em geral, indstria e agropecuria, cresce tambm a problemtica dos resduos lquidos que so

    gerados mediante a esse consumo exacerbado de gua.

    Visando a soluo e ou remediao dessas problemticas, foram criados inmeros mtodos de

    tratamento desse efluente, neste projeto dimensionaremos um sistema conhecido com lagoas de

    estabilizao, no qual todo seu tratamento realizado de forma natural, por meio de microorganismos

    presentes nos efluentes que chegam at a estao de tratamento de esgoto.

    Com tal aplicao desse sistema de tratamento visamos primeiramente a proteo ambiental

    por parte do no contaminao/poluio do esgoto nos corpos hdricos tanto subterrneos quanto

    superficiais, alm de preservar tambm a imagem do municpio perante a populao, eliminando maus

    cheiros, e m viso estratgica da cidade.

    Por se tratar de um dimensionamento de lagoas de estabilizao para tratar um efluente

    domstico, sem grandes concentraes de cargas orgnicas nem outros contaminantes, foi adotado

    para esse projeto uma variao do conhecido sistema australiano, apresentando uma lagoa facultativa

    seguida de uma lagoa de maturao. Sendo a lagoa facultativa para reduo da DBO e a lagoa de

    maturao sendo responsvel pela reduo de microorganismos que possam causar doenas e

    malefcios a populao.

  • 4

    2. MEMORIAL DESCRITIVO

    2.1. LAGOAS DE ESTABILZAO

    Os sistemas de lagoas de estabilizao constituem-se na forma mais simples para

    rateamento de esgotos, apresentando diversas variantes com diferentes nveis de simplicidade

    operacional e requisitos de rea.

    Principais Sistemas

    Lagoas Facultativas

    Lagoas Anaerbias Lagoas Facultativas

    Lagoas Aeradas Facultativas

    Lagoas Aeradas de Mistura Completa Lagoas de Decantao

    Lagoa de Maturao

    Aspectos Relevantes s Condies Brasileiras

    Disponibilidade de rea

    Clima favorvel (temperatura e insolao)

    Operao simples

    Pouca mecanizao

  • 5

    Podem ser definidas como um corpo dagua intico, construdo pelo homem, destinado a

    armazenar resduos lquidos de natureza orgnica esgoto domstico bruto, sedimentado, despejos

    industriais que so tratados por processos fsicos, biolgicos e bioqumicos, denominados

    estabilizao.

    Esses processos naturais, sob condies parcialmente, controlados, so responsveis pela

    transformao de compostos orgnicos putrescveis em compostos minerais ou orgnicos mais

    estveis.

    As lagoas de estabilizao so habitadas por vrios tipos de organismos vivos bactrias, algas

    e etc que coexistem de interao entre eles e o prprio meio ambiente.

    Essas comunidades de seres vivos, assim como os seres humanos, est sujeita a continuas

    mudanas e difcil predizer, com certeza, quando e como eles ocorrero. Os principais fatores que

    afetam os organismos desse meio ambiente e, em consequncia, a prpria eficcia so:

    Disponibilidade de energias e nutrientes para o seu crescimento: mudana no tipo de

    resduos;

    Efeitos das interaes entre os prprios seres vivos da comunidade;

    Mudanas ambientais de natureza fsica, tais como temperatura, umidade e radiao

    solar;

    Mudanas sazonais na operao das lagoas.

    2.2. LAGOA FACULTATIVA

    Neste processo, o esgoto afluente entra continuamente em uma extremidade da lagoa e sai

    continuamente na extremidade oposta. Ao longo deste percurso, que demora vrios dias, uma srie de

    eventos contribui para a purificao dos esgotos. Parte da matria orgnica em suspenso tende a

    sedimentar, vindo a constituir o lodo de fundo. Este lodo sofre processo de decomposio por

    microorganismos anaerbios. A matria orgnica dissolvida, conjuntamente com a matria orgnica

    em suspenso de pequenas dimenses, no sedimenta, permanecendo dispersa na massa lquida, onde

  • 6

    sua decomposio se d por bactrias facultativas, que tm a capacidade de sobreviver tanto na

    presena, quanto na ausncia de oxignio.

    Tem de 1,5 a 3 metros de profundidade. O termo "facultativo" refere-se mistura de condies

    aerbias e anaerbias (com e sem oxigenao). Em lagoas facultativas, as condies aerbias so

    mantidas nas camadas superiores das guas, enquanto as condies anaerbias predominam em

    camadas prximas ao fundo da lagoa.

    Embora parte do oxignio necessrio para manter as camadas superiores aerbias seja

    fornecido pelo ambiente externo, a maior parte vem da fotossntese das algas, que crescem

    naturalmente em guas com grandes quantidades de nutrientes e energia da luz solar.

    As bactrias que vivem nas lagoas utilizam o oxignio produzido pelas algas para oxidar a

    matria orgnica. Um dos produtos finais desse processo o gs carbnico, que utilizado pelas algas

    na sua fotossntese.

    Este tipo de tratamento reduz grande parte do lodo, e ideal para comunidades pequenas,

    normalmente situadas no Interior do Estado.

  • 7

    2.3. LAGOA DE MATURAO

    As lagoas de maturao so empregadas no tratamento tercirio dos esgotos possibilitando o

    polimento do efluente tratado, sendo sua funo principal a remoo de patognicos. Porm, a

    remoo dos nutrientes contidos nos esgotos afluentes no muito efetiva, razo pela qual o presente

    estudo objetiva obter a melhoria da remoo de amnia e fosfato via modificao da lagoa de

    maturao por meio de placas de PVC.

    As placas possibilitam o desenvolvimento de um biofilme, e este incorpora N e P em sua

    biomassa e/ou favorecem processos de nitrificao. Foram estudadas uma lagoa de maturao com

    placas de PVC (LMB), e uma lagoa convencional como controle (LM), ambas com volume til de 7,60m3

    e rea superficial de 15,2m2 (profundidade de 0,5m, comprimento de 9,5m e 1,60m de largura).

    Os suportes na LMB foram colocados verticalmente e abaixo da superfcie da gua no sentido

    longitudinal da lagoa, totalizando 30m2 de rea de suporte para aderncia de biofilme, correspondente

    a duas vezes a rea superficial da lagoa. Tanto LM quanto LMB foram operadas em paralelo, com tempo

    de deteno hidrulica (TDH) de 10 dias e uma vazo de 31,7 L/h. Como afluente destas lagoas utilizou-

    se o efluente de uma lagoa facultativa piloto provida de chicanas (LF) com volume til de 10,99m3, rea

    superficial de 10,5m2 e profundidade de 1,05m., que operou sob um TDH de 5 dias e com uma vazo

    de 91,6 L/h. A LF foi alimentada com efluente proveniente da lagoa anaerbia (LA) da ETE Continental

    de Florianpolis.

    Semanalmente "in situ", foram medidos oxignio dissolvido, transparncia por disco de Secchi

    e temperatura das lagoas (LF, LMB e LM). Em laboratrio foram analisados os seguintes parmetros:

    DBOt, DBOs, DQOt, DQOs, ST, STV, STF, SS, N-NH4+, N-NO2-, N-NO3-, P-PO43- Clorofila a, pH,

    alcalinidade total, coliformes totais e fecais, condutividade e turbidez. Foi efetuado estudo por

    microscopia tica qualitativa para identificao de organismos em LF, LMB e LM.

    Realizou-se tambm um estudo de Fish, para a identificao de microrganismos do biofilme,

    bem como, perfis longitudinal/ horrio e de estratificao trmica (variao nictemeral) em pontos

    determinados na LMB e LM. Ao logo do estudo a qualidade sanitria do efluente, medida por meio de

  • 8

    indicadores de Coliformes fecais foi satisfatria. O sistema apresentou eficincia de 92,5% e 91,1% para

    LMB e LM, respectivamente. A eficincia na transformao de nitrognio amoniacal foi de 53,5% (LMB)

    e 47,2% (LM). Como resultado do Fish foram encontradas raras clulas hibridizadas de Nitrospina sp.

    De um modo geral, a LMB apresentou resultados mais eficazes na remoo de patognicos e na

    transformao de nitrognio amoniacal. Os resultados indicam que, alm de processos de evaporao

    e fixao de amnia, possivelmente houve tambm processo de nitrificao em LMB, fato que pode

    ser confirmado pela existncia de Nitrospina sp. responsvel pela nitrificao no biofilme.

    Os resultados obtidos na avaliao do perfil longitudinal e horrio demonstraram que seria

    conveniente a realizao de mais um perfil para uma avaliao pela ANOVA (anlise de varincia) com

    o intuito de determinar a hidrodinmica das lagoas. No perfil nictemeral, para as diferentes

    profundidades, pode-se verificar que os fatores que influenciaram fortemente as condies de

    funcionamento das lagoas foram temperatura e a intensidade solar. O desenvolvimento deste estudo

    permitiu um melhor entendimento dos fatores que interferem no processo de tratamento de esgoto

    sanitrio atravs de lagoas de maturao.

  • 9

    3. MEMORIAL DE CLCULO

    DADOS DE ENTRADA

    Populao inicial (hab) Horizonte de Projeto

    (anos) Populao Final (hab) per capita (L/hab.dia) Coeficiente de retorno

    10.000 15 10.600 220 0,8

    Vazo da ETE (m/dia) DBO afluente (S0 - mg/L)

    Temperatura (T - C)

    Coliformes fecais (N0)-(CF/100ml)

    1.866 350 25 5,E+07

    LAGOA FACULTATIVA (2 em paralelo)

    Etapa Clculo Frmula Sigla Valor Unidade

    1 Carga afluente de DBO5 carga = concentrao (S0) * Q L 652,96 Kg/dia

    2 Adoo da taxa de aplico superficial Ls 220,00 kgDBO5/ha.dia

    3 rea Requerida rea = carga/taxa de aplicao A 29.680,00 m

    4 Adoo de um valor de profundidade H 1,80 m

    5 Volume resultante volume = A * H V 53.424,00 m

    6 Tempo de deteno resultante tempo = V/Q t 28,64 dias

    7 Adoo de um valor para o coeficiente de remoo de DBO K 0,35

    8 Correo para temperatura de 25C KT = K20 * ^(temp-20) KT 0,45

    8.1 Adoo de um coeficiente para temperatura 1,05 -

    9 Estimativa da DBO soluvel efluente DBOs = S0/(1+K*t) S 31,75 mg/L

    10 Estimativa da DBO particulada efluente DBOp 28,00 mgDBO5/L

    11 DBO total efluente DBOte = S + DBOp DBOt 59,75 mg/L

    12 Eficiencia de remoo da DBO Eficiencia = (S0-S)/S0 E 90,93 %

    13 Dimenses das Lagoas (2) Proporto de 2,5 (L/B) B 77 m

    13.1 Duas lagoa funcionando em paralelo. Medidas para 1 lagoa L 193 m

    14 rea total requerida para todo o sistema, cerca de 25% > A At 37.100,00 m

    15 rea per capita Ap = At / Populao final Ap 3,50 m/hab

    16 Acumulo de lodo anual 0,05 m/hab * Populao final 530,00 m/ano

    17 Acumulo de lodo final de projeto Lodo anual * horizonte 7.950,00 m/20 anos

    18 Espessura em 1 ano Acumulo 1 ano/ A 1,79 cm/ano

    19 Espessura final de projeto Espessura 1 ano * horizonte 35,71 cm/20 anos

    20 Taxa de preenchimento de lodo em 20 anos 19,84 %

    1

    1

  • 10

    21 Remoo de coliformes nas Lagoas Facultativas

    21.1 Numero de disperso d = 1/(L/B) d 0,40 -

    21.2 Coeficiente de remoo de coliformes Kb = 0,542 * H^-1,259 Kb 0,26

    21.3 Correo para temperatura de 25C Kbt = Kb20 * ^ (t-20) Kbt 0,36

    21.4 Concentrao efluente de Coliformes a = RAIZ(1+4*K*t*d) a 4,13 -

    21.5 N = N0 * ((4*a)*e^(1/2*d) / ((1+a)*e^(a/2*d) - ((1-a)*e^(-a/2d)) N 6,1E+05 CF/100ml

    26 Eficincia de remoo de coliformes E = ((N0-N)/N0)*100 E 98,77 %

    LAGOA MATURAO (com chicanas)

    Etapa Clculo Frmula Sigla Valor Unidade

    1 Volume V = t de deteno (12 dias) * Q V 22.387,20 m

    2 rea superficial A = V/H A 22.387,20 m

    3 Adotar valor de profundidade H 1,00 m

    4 Dimenses da Lagoa externas Proporto de 2,5 (L/B) B 150 m

    L 150 m

    5

    Dimenses da Lagoa internas

    L/B = L/B * (n+1) | n = chicanas (L/B)i 16 -

    5.1 3 chicanas Bi 37 m

    4 trechos Li 150 m

    5.2 Comprimento total do sistema L * n de trechos L 600 m

    6 rea total requerida para todo o sistema, cerca de 25% > A At 27.984,00 m

    21 Remoo de coliformes na Lagoa de Maturao

    21.1 Numero de disperso d = 1/(L/B) d 0,06 -

    21.2 Coeficiente de remoo de coliformes Kb = 0,542 * H^-1,259 Kb 0,54

    21.3 Correo para temperatura de 25C Kbt = Kb20 * ^ (t-20) Kbt 0,36

    21.4 Concentrao efluente de Coliformes a = RAIZ(1+4*K*t*d) a 1,45 -

    21.5 N = N0 * ((4*a)*e^(1/2*d) / ((1+a)*e^(a/2*d) - ((1-a)*e^(-a/2d)) N 1,2E+02 CF/100ml

    26 Eficincia de remoo de coliformes E = ((Nf-Nm)/Nf)*100 E 99,98 %

    27 Eficincia de remoo global Eg = ((N0-Nm)/N0)*100 Eg 100 %

    28 Unidades log removidas -LOG(1-Eg/100) logr 5,61 log removidas

    1

    1

    1

    1

  • 11

    4. MANUAL DE OPERAO LAGOA FACULTATIVA E MATURAO

    Para se atender aos objetivos de um tratamento de esgotos, faz-se necessrio a execuo

    eficiente de atividades de inspeo, operao, manuteno e avaliao de desempenho.

    Avaliao de desempenho visa conhecer as condies reais de funcionamento de instalao e

    o acumulo desse conhecimento, atravs de parmetros de controle, permite:

    Dominar instalao em termos de maneja-la tanto em condies normais como em

    situaes especiais;

    Prever problemas que possam ocorre.

    Esse conhecimento s conseguido atravs de controle operacional da instalao.

    Quando o controle rotineiro revelar que a instalao no est funcionando satisfatoriamente,

    ou h insuficincia de dados para se assegurar uma anlise mais racional dos problemas, recomenda-

    se uma avaliao de desempenho.

    O controle adequado do processo envolve o conhecimento das composies qualitativas e

    quantitativas do esgoto afluente as lagoas de estabilizao; entrada da lagoa e sada da lagoa. Em cada

    um deles so efetuadas diversas analises e medies que sero utilizadas para se determinar como est

    se desenvolvendo o processo de tratamento.

  • 12

    4.1. ATIVIDADES DIRIAS DO OPERADOR

    Para melhor funcionamento da estao os operadores devem ser bem treinados conforme

    algumas recomendaes

    a) Percorrer o permetro do sistema de tratamento, bem como o de cada lagoa procurando

    verificar;

    Se no existe nenhum mourao de cerca enfraquecido ou arame arrebentado,

    visando impedir a entrada de animas e pessoas;

    O estado de conservao dos gramados de proteo dos diques internos e externos;

    Os avisos ao redor da estao, lembrando de que se trata de uma estao de

    tratamento de esgoto e que pode apresentar problemas a sade da pessoa.

    O estado das calhas de chegada do esgoto evitando assim problemas no calculo de

    vazo e se houver um produto qumico despejado na entrada do sistema.

    Se os nveis de operao esto em conformidade.

    b) Anotar as variveis meteorolgicas: temperatura, precipitao, pluviometria e ventos. Na

    ficha diria de operao do sistema.

    Em relao as lagoas facultativas e maturao algumas recomendaes e operaes especificas

    devem ser fiscalizadas e atendidas a fim do melhor tratamento e consequentemente melhor

    disponibilidade do efluente ao corpo hdrico receptor.

    a) Mediar a temperatura dos esgotos afluente, nvel da lamina da lagoa, ph no afluente da

    lagoa, slidos sedimentveis no esgoto bruto, OD a 20 cm abaixo da superfcie pelo menos

    3 vezes ao dia, anotar na ficha diria da operao.

    b) Havendo crostas de escumas nas lagoas, essas devem ser jateadas com gua, destrudas

    com rastelos ou removidas com peneiras.

    c) Cuidar da conservao dos taludes de gramados a fim de evitar problemas de eroso do solo

    da estao.

    d) Combater qualquer inicio de eroso nos taludes.

  • 13

    e) Caso no se tenha faixa de lajotas de concreto altura da lamina de agua, manter os taludes

    limpos, nos pontos de contatos com os lquidos, nesse caso mudar os nveis de superfcie

    liquida a cada 15 dias.

    f) Manter limpos os dispositivos de entrada do esgoto afluente.

    g) Controlar o nvel de agua de acordo com a insolao e eficincia do projeto.

    h) Manter os poos vertedores dos afluentes longe de qualquer contato com o efluente

    tratado.

    O exemplo de planilha para operao diria por parte do operador da estao de tratamento

    de esgoto segue na imagem a seguir:

  • 14

  • 15

    4.2. LIMPEZA DAS LAGOAS

    O lodo acumulado numa lagoa de estabilizao deve ser removido quanto a sua espessura

    atingir a metade da lamina de agua da operao

    Os procedimentos adotas na limpeza esto listados a seguir;

    a) a lagoa cujo lodo ser removido, sara temporariamente do circuito. Os esgotos devero ser

    desviados para uma outra clula em uso ou em ultimo caso para o curso de agua. Esta

    operao dever ser realizada de forma gradual de modo a no prejudicar o funcionamento

    da lagoa.

    b) Os stop-logs das caixas de sada devem ser removidos sequencialmente, de forma

    gradativa, e os lquidos encaminhados para outra clula em uso. A lamina de agua dever

    ser rebaixa at alcanar a camada de lodo.

    c) O lodo exposto ao sol perder, paulatinamente, sua agua e secar ao ar livre.

    d) Quando o lodo apresentar rachaduras e tornar-se manusevel com garfos de brita, dever

    ser retirado da lagoa e utilizado como condicionador de solo na prpria estao.

  • 16

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ARCEIVALA, S. L. wastewater treatment and diposal engineering and ecologu in pollution

    control. New Yourk, Marcel Dekker, 1981. P.

    AZEVEDO NETTO, J.M. & ALVAREZ, G.A. Manual de hidrologia 7 ed. So Paulo.

    AZEVEDO NETTO, J.M. & ALVAREZ, G.A. Tratamento de guas residurias. So Paulo,

    DAE. 1970

    MANUAL DE OPERAO NORMA TCNICA. Operao e manuteno de lagoas de

    estabilizao. Companhia ambiental do Estado de So Paulo.