lagoas de estabilização - ete

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Profa. Dra. Gersina N. da Rocha Carmo Junior LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

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Descrição de Lagoas de Estabilização para uma ETE.

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Page 1: Lagoas de Estabilização - ETE

Profa. Dra. Gersina N. da Rocha Carmo Junior

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

Page 2: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

Há séculos existem lagoas artificiais ou naturais que recebem despejos animais, de uso domésticos, e de pequenas comunidades.

Realizam os fenômenos típicos e próprios de depuração das lagoas de estabilização.

Sem que os especialistas se dêem conta

Page 3: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOAs primeiras lagoas

Fenômenos constatados – Santa Rosa, na California (USA, 1924)

Evitar custo de uma estação de tratamento, se fez passar o esgoto sobre um leito de pedra.

Colmatação dos vazios e acumulação do esgoto.

Efluente da “lagoa” com características de um filtro biológico.

Page 4: Lagoas de Estabilização - ETE

-Fesseden na Dakota do Norte (USA, 1928).

Não se tinha conseguido construir o sistema de tratamento para uma nova rede de coleta;

Não havendo corpo receptor adequado

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

As primeiras lagoas

Efluente foi dirigido a uma depressão do terreno fora da cidade.Qualidade do efluente final, comparado a de um tratamento secundário.

Permaneceu em operação durante 30 anos.

Page 5: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

Apenas nos últimos 50 anos Experimentos objetivos e critérios racionais de projetos começaram a ser desenvolvidos.

Década de 40, apareciam lagoas com acompanhamento de sua operação, a partir da qual se procurava conhecer os parâmetros de acompanhamento.

Page 6: Lagoas de Estabilização - ETE

Pesquisa objetivaPesquisa objetiva

Nos Estados Unidos: Estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul, 1948:

Primeira lagoa projeta para receber e tratar especificamente esgoto bruto

Lagoa de MaddockLagoa de Maddock

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

Page 7: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

Aproximadamente nesta mesma época na Austrália

Estudos para realizar o tratamento de esgotos em lagoas

Pioneiro em lagoas em série

““Lagoas Australianas”Lagoas Australianas”

Page 8: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO1950, 1960

Desenvolvimento maior:

Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Israel, África do Sul, Índia, Canadá, e na América Latina, no Brasil, México, Colômbia, Peru, Costa Rica, Cuba, Equador.

BRASILBRASIL

Primeira lagoa construída a de São José dos Campos, São Paulo

Sistema Australiano

Page 9: Lagoas de Estabilização - ETE

Indicação de uso das lagoas de estabilização:

Devido aos seguintes aspectos:

Suficiente disponibilidade de área em um grande número de localidades;

Clima favorável (temperatura e insolação elevadas);

Operação simples;

Necessidade de poucos ou nenhum equipamento.

Muito adequada para as condições do Brasil e da América Latina

Solução plenamente aceitável

Page 10: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

ConceitoSão sistemas de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica (oxidação aeróbia ou fermentação anaeróbia) e/ou redução fotossintética das algas

Simplicidade e eficiência no processo, baixo custo de construção e operação, condições climáticas extremamente favoráveis.

Completa aceitação no Brasil.

Page 11: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃODiversas variantes do sistema de lagoas de estabilização

Costumam ser classificada em:

lagoas anaeróbias;

Lagoa facultativas;

Lagoas estritamente aeróbias;

Lagoas de maturação;

Lagoas de polimento;

Lagoas aeradas;

Lagoas com macrófitas

Page 12: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOLAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOModernamente, as lagoas devem cumprir dois objetivos principais:

A proteção ambiental

Remoção da DBO

A proteção da saúde pública

Remoção de organismos patogênicos

Page 13: Lagoas de Estabilização - ETE

Eficiência

Matéria orgânica dissolvida no efluente

30 a 50mg/l

Eficiência de DBO entre 75 a 85%

Lagoa de maturação em série têm-se alcançado até 99,999%

Page 14: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOESTABILIZAÇÃO

Escolha do processo de tratamento por lagoas:

•Onde a terra é barata;

•Clima favorável;

•Se deseja método de tratamento que não requeira equipamentos;

•Não requeira capacidade especial de operadores.

Construção simples, envolvendo principalmente movimento de terra

Page 15: Lagoas de Estabilização - ETE

Terminologia frequentemente adotada

Relaciona-se à sua posição na série de unidades de tratamento

Lagoa primária: primeira lagoa da série

Lagoa Facultativa ou anaeróbia recebe esgoto bruto

Lagoa secundária: segunda lagoa da sérieRecebe esgoto da lagoa à montante, facultativaLagoa terciárias, quaternárias, etc: ocupam a terceira, quarta etc posição na série

Usualmente lagoas de maturação

Page 16: Lagoas de Estabilização - ETE

posição na série de unidades de tratamento

Page 17: Lagoas de Estabilização - ETE

Lagoas de Estabilização

Tem que existir equilíbrio entre a condições locais e a carga poluidora.

Projeto criterioso

Caso contrário, inconvenientes:

Exalação de mau cheiro;

Estética desfavorável;

Efluente com DBO elevada;

Coliformes fecais em excesso;

Mosquitos, etc.

Page 18: Lagoas de Estabilização - ETE

LAGOAS DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃOESTABILIZAÇÃO

Vantagens:

Simplicidade e confiabilidade da operação

Processos naturais confiáveis:Não há equipamentos que possam estragar ou;Esquemas especiais requeridos

•Natureza é lenta, necessitando longos tempo de detenção, o que implica em grandes requisitos de áreas;

•Atividade biológica afetada pela temperatura.

Desvantagens

Page 19: Lagoas de Estabilização - ETE

A escolha por uma lagoa facultativa se dá, principalmente, em locais com elevada radiação solar e baixa nebulosidade. Neste tipo de lagoa, o seu funcionamento é estritamente natural, sem necessidade de equipamentos

Período de detenção ...................... > 20 diasPeríodo de remoção do lodo .......... > 20 anosProfundidade ........................... 1,00 a 1,50 mEficiência (DBO) ...... ................. 70 a 85%Eficiência (coliformes) ------------- 60 a 99%

Page 20: Lagoas de Estabilização - ETE

O processo de lagoas facultativas, apesar de possuir uma eficiência satisfatória, requer grandes áreas, muitas vezes não disponível na localidade em questão. Há, portanto, a necessidade de se buscar soluções que possam implicar na redução da área total requerida. Uma destas soluções é o sistema de lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas

Período de detenção .......3 a 5 diasPeríodo de remoção do lodo ........ > 10 anosProfundidade ......................... 1,00 a 1,50 m(facultativa)Profundidade ......................... 4,00 a 1,50 m(anaeróbia)Eficiência (DBO) ......................... 70 a 90%Eficiência (coliformes) ................ 60 a 99%

Page 21: Lagoas de Estabilização - ETE

As lagoas aeróbias efetuam a depuração das águas residuárias através da remoção da matéria orgânica e de algumas substâncias inorgânicas pelo metabolismo diverso, em presença de oxigênio dissolvido na água.

Período de detenção ............. 3 a 5 diasPeríodo de remoção do lodo > 10 anosProfundidade ................ 1,00 a 2,50 mEficiência (DBO) ................ 70 a 90%Eficiência (coliformes) ------ 60 a 96%

Page 22: Lagoas de Estabilização - ETE

Uma forma de reduzir ainda mais o volume da lagoa aerada é o de se aumentar o nível de aeração, fazendo com que haja uma turbulência tal que, além de garantir a oxigenação, permite ainda que todos os sólidos sejam mantidos em suspensão no meio líquido. A denominação mistura rápida é, portanto, advinda do alto grau de turbulência de energia por unidade de volume, responsável pela total mistura dos constituintes em toda lagoa.

Período de detenção ............. 2 a 4 diasPeríodo de remoção do lodo .... < 5 anosProfundidade .................. 3,50 a 5,00 mEficiência (DBO) .................... 70 a 90%Eficiência (coliformes) ........... 60 a 99%

Page 23: Lagoas de Estabilização - ETE

Objetivo: principal objetivo do tratamento terciário é a remoção dos organismos patogênicos e dos nutrientes.

• Lagoa maturação • Lagoa de polimento

Normalmente antes do lançamento final no corpo receptor, é necessário proceder à desinfecção das águas residuais tratadas para a remoção dos organismos patogênicos ou, em casos especiais, à remoção de determinados nutrientes, como o nitrogênio (azoto) e o fósforo, que podem potenciar, isoladamente e/ou em conjunto, a eutrofização das águas receptoras.

Page 24: Lagoas de Estabilização - ETE

As lagoas de maturação são usadas como segundo estágio de tratamento após lagoas facultativas ou outro tipo de tratamento convencional. A sua função principal é a remoção de nutrientes e patogênicos. Neste tipo de lagoa existe a predominância total de condições aeróbias, portanto, sua profundidade é equivalente a das lagoas facultativas. Tipo de lagoa que recebe um afluente cuja DBO está praticamente estabilizada e o oxigênio dissolvido se faz em toda a massa líquida.

Período de detenção .......... 7 dias por lagoaProfundidade ........................ 1,00 a 2,50 mEficiência (DBO5) ...................... 50 a 70%Eficiência (coliformes) ..................>99,9%

A remoção de DBO em uma lagoa de maturação é pequena, pois são necessárias duas lagoas de maturação em série para se obter bons resultados.

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As lagoas de polimento são conceitualmente similares às lagoas de maturação, mas recebem esta nomeclatura específica por realizarem o polimento de efluentes de estação de tratamento, em particular o UASB. Tal se deve ao fato dos reatores anaeróbios não atingirem elevadas eficiência de remoção de DBO, requerendo usualmente um pós-tratamento, ou seja, um polimento.

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Apesar das lagoas de polimento serem sistemas simples, de baixo custo e fácil construção e operação, também necessitam de tratamento complementar de seus efluentes, pois, geralmente não atendem alguns padrões de emissão estipulados na Resolução 357/05 do CONAMA, como por exemplo, para nitrogênio, fósforo e E.coli, sendo em alguns casos necessária a retirada do excesso de algas que podem crescer na lagoa.

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