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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista PLANO ESTRATÉGICO DAS INTERVENÇÕES DE PLANO ESTRATÉGICO DAS INTERVENÇÕES DE BENEFICIAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES BENEFICIAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DE DIVISÃO DE INTERVENÇÃO PÚBLICOS DE DIVISÃO DE INTERVENÇÃO LOCAL LOCAL 2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO RELATÓRIO DE ESTÁGIO ÍNDICE I INTRODUÇÃO 6 II O CONCELHO DE SINTRA 9 1 C ONTEXTO H ISTÓRICO 9 1.1 O CONCELHO E VILA DE SINTRA 9 1.2 POPULAÇÃO E TERRITÓRIO 11 1.3 AS FREGUESIAS DA DIL2 15 Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL2 1

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

PLANO ESTRATÉGICO DASPLANO ESTRATÉGICO DAS

INTERVENÇÕES DE BENEFICIAÇÃO DOSINTERVENÇÕES DE BENEFICIAÇÃO DOS

ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DE DIVISÃOESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DE DIVISÃO

DE INTERVENÇÃO LOCALDE INTERVENÇÃO LOCAL  22

RELATÓRIO DE ESTÁGIORELATÓRIO DE ESTÁGIO

ÍNDICE

I INTRODUÇÃO 6

II O CONCELHO DE SINTRA 9

1 C O N T E X T O H I S T Ó R I C O 91.1 O CONCELHO E VILA DE SINTRA 91.2 POPULAÇÃO E TERRITÓRIO 111.3 AS FREGUESIAS DA DIL2 15

2 C Â M A R A M U N I C I P A L D E S I N T R A 232.1 SERVIÇOS MUNICIPAIS E UNIDADES ORGÂNICAS 232.2 ROSM 232.3 MEIOS DISPONÍVEIS 25

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL21

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

III CARACTERIZAÇÃO DAS ACÇÕES E PROCEDIMENTOS EXISTENTES OU A INTRODUZIR NA DIL2 – ESPAÇOS VERDES 27

1 E L A B O R A Ç Ã O D E U M P L A N O E S T R A T É G I C O 27

2 AQ U I S I Ç Ã O D E S E R V I Ç O S , M A T E R I A I S E R E Q U I S I Ç Õ E S 32

3 Q U A N T I F I C A Ç Ã O , G E S T Ã O E C O N T R O L O D E P R O C E S S O S D E A Q U I S I Ç Õ E S D E M A T E R I A I S , R E Q U I S I Ç Õ E S E G E S T Ã O D O A R M A Z É M 34

3.1 QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAIS 343.1.1 Aquisição de Materiais para execução de obra 343.1.2 Aquisição de Materiais para acções de manutenção 353.1.3 Aquisição de Materiais para cedência às Juntas de Freguesia 363.2 GESTÃO E CONTROLO DOS MATERIAIS 37

4 E L A B O R A Ç Ã O D O S P R O J E C T O S D E A R Q U I T E C T U R A P A I S A G I S T A 38

5 AD J U D I C A Ç Ã O E F I S C A L I Z A Ç Ã O D E E M P R E I T A D A S D E O B R A S P Ú B L I C A S 42

6 EX E C U Ç Ã O D E P R O J E C T O S D E A R Q U I T E C T U R A P A I S A G I S T A P O R

A D M I N I S T R A Ç Ã O D I R E C T A 43

7 G E S T Ã O E M A N U T E N Ç Ã O D O S E S P A Ç O S V E R D E S P E L A B R I G A D A D E J A R D I N E I R O S 46

8 P O D A S E AB A T E S D E Á R V O R E S Q U E R E P R E S E N T A M U M P E R I G O P A R A A P O P U L A Ç Ã O 54

9 AC O M P A N H A M E N T O D O S E S P A Ç O S E M M A N U T E N Ç Ã O P E L A S J U N T A S D E F R E G U E S I A 55

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

10 F I S C A L I Z A Ç Ã O D E A P O I O A A S S O C I A Ç Õ E S D E C A R Á C T E R S O C I A L N O Â M B I T O D A R E C U P E R A Ç Ã O E M A N U T E N Ç Ã O D O S E S P A Ç O S V E R D E S 56

11 RE C E P Ç Ã O E R E S P O S T A D E R E C L A M A Ç Õ E S O U P E D I D O S D E M U N Í C I P E S 57

IV PLANO DE ESPAÇOS VERDES PARA UMA ÁREA PADRÃO E ESPAÇOS VERDES DIVERSOS SELECCIONADOS 58

1 IN T R O D U Ç Ã O 58

2 C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D A S D I F E R E N T E S T I P O L O G I A S D E E S P A Ç O S E X I S T E N T E S N O C O N C E L H O 60

3 LE V A N T A M E N T O E C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D E U M A Á R E A P A D R Ã O E D O S E S P A Ç O S I N D E P E N D E N T E S S E L E C C I O N A D O S E M P I R I C A M E N T E 62

4 D E F I N I Ç Ã O D E P R I O R I D A D E S 64

V PLANO ESTRATÉGICO PARA 2006 66

1 IN T R O D U Ç Ã O 66

2 P R O J E C T O S D E A R Q U I T E C T U R A P A I S A G I S T A 682.1 PROJECTOS DE ARQUITECTURA PAISAGISTA PARA 2006, ESTIMATIVAS DE CUSTO, E TIPOS DE EXECUÇÃO 682.2 PROGRAMA DE INTENÇÕES 692.3 CRONOGRAMA DE INTERVENÇÃO 70

3 AQ U I S I Ç Ã O D E M A T E R I A L 71

4 P R O G R A M A Ç Ã O F I N A N C E I R A 73

VI CONCLUSÕES 74

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VII ÍNDICE DE IMAGENS, QUADROS, DESENHOS E ANEXOS 76

VIII BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 78

IX Anexos 79

Câmara Municipal de Sintra, Abril de 2005

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL24

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Nota Introdutória

Para ingressar nos Quadros Técnicos da Câmara Municipal de Sintra é necessária a realização de um relatório de estágio, este relatório deverá ser entregue no prazo mínimo de um ano após a data do início das funções.

O relatório deverá ser realizado sobre as funções a desempenhar pelo funcionário em estágio, o qual, se dedica à realização de projectos de beneficiação de espaços verdes na área de intervenção da DIL2.

Assim, o presente relatório procura, pela sistematização, organização das intervenções e criação de novos procedimentos internos gerir e controlar os processos com mais clareza e dinamismo.

Esta sistematização pressupõe a apresentação do território em questão, a descrição das acções a desempenhar pela Divisão de Intervenção Local 2 no Sector de Espaços Verdes e ainda a definição de métodos de caracterização e gestão sistematizados, tais como: a elaboração de um Plano de Espaços Verdes e de um Plano Estratégico de Beneficiação dos Espaços Verdes.

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AgradecimentosO presente relatório não teria sido

realizado sem a colaboração dos elementos em funções na Divisão de Intervenção Local 2, de um modo muito especial, a Engª. Marta Girão que me deu todo o apoio na elaboração deste relatório.

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Quero agradecer ainda ao meu Marido e família, os meus maiores apoiantes em tudo.

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PLANO ESTRATÉGICO DASPLANO ESTRATÉGICO DAS

INTERVENÇÕES DE BENEFICIAÇÃO DOSINTERVENÇÕES DE BENEFICIAÇÃO DOS

ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DAESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DA

DIVISÃO DE INTERVENÇÃO LOCAL 2DIVISÃO DE INTERVENÇÃO LOCAL 2

I Introdução

De acordo com a legislação em vigor, para se ser funcionário efectivo numa Câmara Municipal é necessária a realização de um estágio de um ano, no final do estágio o funcionário que pretende permanecer em funções deverá apresentar um relatório de Estágio, este relatório deverá ser avaliado por um Júri definido pela Câmara Municipal.

O presente relatório inscreve-se no âmbito supracitado. Após reunião com os membros constituintes do Júri, ficou definido o tema “Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da Divisão de Intervenção Local 2” (adiante designada por DIL2), bem como a estrutura principal do estágio focando apenas as intervenções no sector de espaços verdes.

O presente relatório procura, pela sistematização, organização das intervenções e criação de novos procedimentos internos; gerir e controlar os processos com mais clareza e dinamismo.

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No presente documento, não são apresentadas ideias revolucionárias ou com carácter inovador, procura-se no entanto, pensar e sistematizar os processos e intervenções. Ou seja, as operações a realizar pelo sector de espaços verdes da DIL2 estão bem definidas no ROSM (Regulamento e Organização dos Serviços Municipais), e não são diferentes de muitas outras empresas ou organismos públicos onde se aplicam procedimentos de controlo e gestão das operações. Estes procedimentos funcionam como elementos de regulação e são instrumentos que, (se aplicados), permitem diminuir o risco que é função do “Ser Humano”. Ou seja, os processos não ficam dependentes da faculdade humana de memorizar as operações efectuadas, nem de uma pessoa apenas.

Assim, após caracterização do concelho para apresentação e descrição da situação de referência, são apresentadas as principais acções de intervenção do sector de espaços verdes da DIL2, sua caracterização, e a definição de processos estruturantes e reguladores das acções a desempenhar. Em seguida é apresentado para uma área padrão, um esboço de um plano de Espaços Verdes com caracterização das diferentes tipologias de intervenção.

Um plano de espaços verdes completo deveria apresentar o levantamento e caracterização de todos os espaços verdes do concelho propriedade actual ou futura da Câmara Municipal de Sintra. O seu levantamento e caracterização em exclusivo para a área de intervenção da DIL2 é fazível, mas comprometendo o contexto e envolvência de cada espaço existente nas áreas limite com outras freguesias do mesmo concelho.

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A realização de um plano de espaços verdes para o presente relatório é um trabalho demasiado exaustivo, não conciliável com as funções a desempenhar pela funcionária. Considera-se, no entanto, que a caracterização das diferentes tipologias de espaços e os parâmetros em que deveria ser realizado o plano de espaços verdes é uma mais valia para o presente relatório, permitindo construir uma linha de raciocínio sequencial e coerente. Assim, foi feito um levantamento numa área padrão, onde se encontram e são caracterizadas todas as tipologias de intervenção.

Na caracterização de cada uma das tipologias, entre outros factores, descreve-se o tipo de intervenção que este necessita e o nível de prioridade de intervenção que este assume. Num plano de espaços verdes geral para o concelho esta classificação resultaria num levantamento de todas as áreas de intervenção e respectivo escalonamento conforme prioridades destes, o que fundamentaria todas as intervenções e prioridades definidas.

No presente relatório a amostra considerada no levantamento de espaços verdes não é suficiente para definir as áreas prioritárias a intervir no sector de espaços verdes da DIL2, assim, são apresentados e caracterizados novos espaços cuja prioridade é definida por um conhecimento empírico da área de intervenção. Estes espaços são caracterizados e o programa estratégico para 2006 é definido para execução destes.

Um dos principais procedimentos propostos é a realização de um plano estratégico para 2006. Como se poderá constatar, ao longo do relatório, este plano estratégico deve apresentar-se fundamentado no plano de espaços verdes. Com as prioridades de intervenção bem

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definidas, torna-se imediato o escalonamento das intervenções, a realização de um cronograma das operações, a realização do cronograma financeiro e a previsão estimada da quantidade de materiais necessários à prossecução dos objectivos definidos.

Para melhor sistematização dos processos, são realizados alguns estudos paralelos que procuram padronizar as acções, tendo em vista a realização do plano estratégico para 2006.

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II O Concelho de Sintra

1 CONTEXTO HISTÓRICO

1.1 O CONCELHO E VILA DE SINTRA

Sintra ou Suntria, a mais antiga forma medieval conhecida, aponta para o radical Indo-Europeu “astro luminoso”, “sol”.

Por diferentes motivos, entre os quais avultam o peculiar clima proporcionado pelo maciço orográfico que constitui a Serra de Sintra; a fertilidade das terras depositadas nas várzeas circundantes; a proximidade do estuário do Tejo, sem esquecer ainda a vizinhança de uma importante cidade cosmopolita e empório de variadas trocas comerciais (a velha Olisipo, de provável fundação tartéssica durante a primeira metade do 1° milénio a.C., actual Lisboa), desde cedo, a região de Sintra foi alvo de uma intensa ocupação humana de que subsistem, um pouco por toda a parte, vestígios das mais diferentes épocas.

In "Sintra Património da Humanidade"

Do ponto de vista urbanístico, o Centro Histórico de Sintra, desenvolve-se durante a época muçulmana. O tecido urbano na Idade Média é condicionado pelas principais vias de acesso. No século XVI, Constroem-se quintas de recreio em redor da Vila e promovem-se obras de embelezamento e de adaptação aos novos

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conceitos estéticos de habitabilidade, nesta época Sintra era um ponto de Estadia para a Corte e Monarquia.

In "Sintra Património da Humanidade"

No século XVIII, porém, o constante interesse da corte pela Vila de Sintra desloca-se para outras terras – Mafra e Queluz. Sintra é então orientado em direcção à Serra. Verificam-se, assim, algumas transformações do tecido urbano tradicional.

Em 1850, procedeu-se ao primeiro levantamento topográfico cadastral rigoroso da Vila. Verifica-se pela análise desta planta, que a Vila de Sintra se desenvolvia então para a periferia, ao longo das vias de acesso principais já delineadas em períodos anteriores. Foi nesta época que D. Fernando II adquiriu o Palácio da Pena e uma grande quantidade de terrenos na sua envolvente. O rei tomou ainda o cuidado de restaurar as florestas da Serra onde milhares de árvores foram plantadas, principalmente carvalhos e pinheiros mansos indígenas, ciprestes mexicanos, acácias da Austrália, e tantas outras espécies que contribuem perfeitamente para o carácter romântico da Serra.

No século XIX, verificaram-se as mais graves alterações no tecido urbano tradicional com a queda da Monarquia e a implantação da República, destrói-se a muralha em redor do Paço Real assim como as "aposentadorias" medievais em volta do terreiro. Simultaneamente, eleva-se a altura das habitações e preenchem-se os logradouros com novas construções.

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Com o objectivo de contrariar esta tendência é realizado, em 1949, o Plano de Urbanização de Sintra, que visa controlar a expansão urbanística. Uma certa anarquia urbanística predominou até meados dos anos oitenta, felizmente longe do Centro Histórico e em direcção oposta à Serra, mantendo-se a uma distância considerável os novos bairros habitacionais. O plano de De Groer (1949), entretanto elaborado para defender a Vila e os seus arredores imediatos de previsíveis agressões urbanísticas, foi felizmente respeitado e contribuiu, de forma decisiva, para que Sintra e a sua Serra sejam hoje praticamente o que foram no século XIX.

In "Sintra Património da Humanidade"

A Paisagem Cultural de Sintra enquadra-se simultaneamente nas categorias II, IV e V do parágrafo 24 estabelecidas pela UNESCO na “Orientations devant guider la mise en oeuvre de la Convention du Patrimoine Mondial”. Tendo sido classificada, pela UNESCO, como Património Mundial - sob a designação "PAISAGEM CULTURAL DE SINTRA".

In "Sintra Património da Humanidade"

O Concelho de Sintra encontra-se actualmente dividido em 20 freguesias que se apresentam no mapa de seguida.

1.2 POPULAÇÃO E TERRITÓRIO

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Fig.1 Mapa do concelho e freguesias de Sintra.

O território de Sintra, com uma área de 319,4Km2 e hoje, com cerca de 363749 habitantes distribuídos em 20 freguesias (ver fig.1), tem sido alvo de diversas pressões, que advêm das suas características marcadamente periurbanas, fruto da sua proximidade com a capital.

Integrado na Área Metropolitana de Lisboa (adiante designada por AML; ver fig.2), o Município de Sintra tem sofrido alguns entraves e obstáculos a um desenvolvimento integrado e harmonioso, a que não foi alheio o empobrecimento do tecido económico e social e que

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teve consequências, inclusive, em termos de planeamento urbanístico.

A fuga da população de Lisboa – pólo do mercado de trabalho – e a sua concentração no município – dada a sua proximidade com a capital e integração na AML – levou à explosão demográfica e ao consequente crescimento do ritmo de construção.

Fig.2 Concelho de Sintra e concelhos da AML.Paralelamente, não se procedeu à necessária criação de infra-

estruturas e de equipamentos, assistindo-se à degradação urbanística e ambiental, e ao aparecimento de grandes áreas de habitação degradadas.

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O plano urbanístico de Sintra não foi capaz de evoluir com as novas realidades, demonstrando-se até impeditivo de qualquer tentativa de resposta.

A situação do território do Município de Sintra, na Divisão de Intervenção Local 2, implicou que fosse sofredor do desordenamento provocado pelas migrações.

A partir de 1960 o peso da população residente no concelho de Sintra passa a assumir valores sempre crescentes, o que corresponde ao acelerar da metropolização do seu território. Da mesma forma aumenta a densidade populacional (hab/Km2 – ver quadro 1).

Quadro 1 – Variação da população do Concelho de Sintra entre 1940 e 2001.

Anos 1940

1950 1960 1970 1981 1985 1991 2001

Densidade

Populacional

(hab/m2)

133 178 235 368 716 748 817 1139

População

45082

60424

79890

124893

226428

251483

260951

363749

Intervalo Temporal - 40-50 50-60 60-70 70-81 81-85 85-91

91-2001

Taxa de Cresc.

(%)- 34%

32.2%

56.3%

81.3%

11.06%

3.7%39.4%

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Como podemos observar no quadro apresentado, a população em 2001 é oito vezes superior à população em 1940, ou seja em seis décadas a população assumiu sempre um estado crescente.

Verifica-se assim, que a taxa de crescimento da população no concelho de Sintra tem um aumento de cerca de 30% entre 1940 e 1960, com um aumento quase em dobro, com 56,3% entre 1960 e 1970. A maior taxa de crescimento dá-se no entanto entre 1970 e 1981 com um valor de 81%. Estas taxas de crescimento acelerado são valores comuns para os outros concelhos da AML. A desaceleração de crescimento entre 1981 e 1991 parecia prever uma tendência para diminuição do peso da AML ou para migrações de população para outros concelhos da AML que não Sintra, no entanto apresenta-se uma nova fase de crescimento entre 1991 e 2001 com um valor de 39,4%.

Lisboa e Sintra em 2001 mantêm-se, tal como em 1991, como os concelhos mais populosos da região de Lisboa e Vale do Tejo e dos mais populosos de Portugal. Nos últimos anos estes dois concelhos sofreram migrações populacionais em sentidos opostos, assim a diferença de habitantes entre ambos diminui consideravelmente.

De acordo com o recenseamento geral da População de 1981 de uma população total de 226428, 96841 indivíduos pertenciam à população activa. Dentro da população activa, 3470 indivíduos com emprego no Sector I, 39095 indivíduos com emprego no sector II e 54726 com emprego no sector III. A população agrícola é relativamente mais importante nas freguesias a Norte e Noroeste do concelho, o Sector secundário apresenta maior representatividade em Belas, Rio de Mouro, Montelavar, S. Pedro e S. João das Lampas.

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As freguesias a Sul/Sudeste, freguesias mais próximas do concelho da Amadora e Lisboa, tal como esperado apresentam maior especialização para o Sector terciário.

O número de activos em 1981, residentes no concelho de Sintra, cujo local de trabalho se localizava noutro concelho, era de 48500 indivíduos, correspondendo a 50% da população activa residente. A maior parte dos activos que trabalham fora do concelho têm emprego no sector terciário em Lisboa ou na Amadora.

A par e passo com o crescimento da população e aumento do desenvolvimento da migração da população para o concelho de Sintra, crescem os números de edifícios entre 1991 e 2001 de 41553 para 51411 edifícios, notando-se assim um crescimento de 9858 edifícios construídos entre 1991 e 2001. Contava-se no concelho, com 2726 edifícios construídos antes de 1919; 3077 edifícios construídos entre 1919 e 1945, 14180 edifícios construídos entre 1946 e 1970 e ainda 21570 edifícios construídos entre 1971 e 1990, segundo valores dos Censos de 2001. De acordo com estes valores denotamos um crescimento constante de cerca de 10000 edifícios/ano entre 1971 e 2001.

O crescimento assumido nas décadas apresentadas deixaram feridas urbanísticas e geraram o empobrecimento socio-económico da população, marcas estas difíceis de eliminar.

Este crescimento reflecte-se ao nível físico, e nos planos Social e Económico.

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Assim o Concelho de Sintra é composto por uma área de carácter urbano – composta pelas freguesias imediatas ao concelho da Amadora, as freguesias a sudeste do concelho. No seguimento destas encontram-se freguesias com carácter periurbano, onde coexistem bairros de vivendas unifamiliares (tais como Casais de Mem Martins), com bairros urbanos com prédios superiores a 10 andares (tais como Rinchoa, Cavaleira ou Tapada das Mercês); estas freguesias encontram-se também a sudeste, mas numa disposição mais central. Consegue-se ainda distinguir no concelho de Sintra uma terceira área composta apenas por áreas rurais ocupada por três quartos do concelho de Sintra. Neste terceiro eixo sofrem-se pressões com características específicas, pressões urbanísticas de estâncias balneares, construção ilegal para segundas habitações, em áreas protegidas e arribas fosseis de grande instabilidade.

1.3 AS FREGUESIAS DA DIL2

Dada a complexidade social e urbanística do concelho de Sintra, a gestão e manutenção do meio urbano, na Câmara de Sintra encontra-se ao Encargo de Divisões de Intervenção Local (DIL). Existem 3 divisões de Intervenção Local, a área em que se desenvolve o presente relatório é a DIL2, que tem ao seu encargo as freguesias urbanas e freguesias rurais tais como: a freguesia de Algueirão - Mem Martins, Rio de Mouro, Belas e Casal de Cambra.

Apresenta-se em seguida uma caracterização sucinta de cada freguesia, do seu contexto histórico e a sua evolução urbana até aos dias de hoje.

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Figura 3. Freguesias da Divisão de Intervenção Local 2

Algueirão – Mem Martins

Tal como outras freguesias do concelho de Sintra, em Algueirão-Mem Martins encontram-se vestígios da presença do homem no passado. É o caso da Eremida de São Romão, materiais recolhidos em Currais do Chão e o cipo prismático que serve de base ao Cruzeiro de Sacotes.

A freguesia de Algueirão-Mem Martins encontra-se na área saloia, como tal a arquitectura nas suas habitações são típicas desta cultura, com construções térreas e de sobrado.

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No início do século, nestas construções saloias, nasceram as primeiras queijadas. Eram feitas pelas mulheres das famílias da vila que as vendiam para Lisboa e Sintra, enquanto que os Homens andavam nos campos na produção de cereais de sequeiro e hortas saloias nos vales que abasteciam os mercados das redondezas.

Festejam-se de 3 a 8 de Setembro as festas da Nossa Sra. da Natividade na praça que envolve a Capela da Nossa Senhora da Natividade. Esta capela foi construída pela boa vontade e determinação da população. A sua construção foi iniciada em 1930 e terminada em 1933.

A freguesia de Algueirão - Mem Martins é hoje constituída pelas componentes rural e urbana. Esta tem registado um crescimento na sequência de afluxos sucessivos de agentes provenientes de vários pontos do país.

Foi nos finais do séc. XIX, com a inauguração da linha-férrea, o crescimento das vilas iniciou-se. A 1962 deu-se a revisão administrativa com a criação da Freguesia de Algueirão - Mem Martins com cerca de 1623 hectares.

O crescimento populacional acentuou-se mais ainda a partir de 1974/75 com a chegada ao país de 860 mil compatriotas nossos provenientes das antigas províncias ultramarinas, na sequência da “Descolonização”. Com efeito as “linhas de Sintra e Cascais e o concelho de Loures albergaram presentemente muitos milhares destes portugueses.

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Quanto à zona rural, que durante dezenas de anos fez parte do celeiro que abastecia Lisboa, começou a ceder ao avanço do cimento armado. Com o crescimento acelerado e desmedido das últimas décadas resultam problemas organizacionais e estruturais na Freguesia.

Hoje inteiramente dissociada da região saloia, Algueirão - Mem Martins é uma autêntica vila urbana, com prédios altos, congestionamentos de trânsito e falta de espaços verdes. Actualmente, segundo os censos de 2001, cerca de 62557 pessoas habitam a freguesia de Algueirão - Mem Martins

Rio de Mouro

Esta povoação encontra-se na bifurcação da linha de Sintra com a linha do Oeste. A seis quilómetros da sede do concelho de Sintra e a quinze da cidade de Lisboa. A freguesia de Rio de Mouro é rica em recursos hídricos, encerrando nos seus limites a Ribeira das Jardas, ribeira da Azenha, Ribeira da Lage, Ribeira das Estribeiras, Ribeira do Marmelo. Estas ribeiras, proporcionaram, ao longo da sua história, uma luxuriante vegetação, onde predominavam os vinhedos, os pinheiros, os eucaliptos e as oliveiras.

No decorrer da segunda metade do século XX, o progressivo desenvolvimento da freguesia teve como consequência mais grave o desaparecimento parcial desta grande mancha de verde.

Segundo a tradição, o nome da freguesia- “Rio de Mouro” relaciona-se com um mouro, governador do castelo de Sintra, chamado Albarraque. Este, sempre descrito como um forte

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combatente contra a reconquista Cristã, terá morrido aquando da conquista do Castelo de Sintra por D. Afonso Henriques em 1147 e caído no rio de Oeiras, o qual tomará o nome de Rio de Mouro.

A vila de Rio de Mouro tem o seu início com a construção, de uma igreja a Nossa Sra. de Belém, por D. Sebastião, para repouso dos frades Belenenses. É em redor desta igreja, que a partir dessa data, se desenvolve a população da actual freguesia.

Cerca do séc. XVIII, o início da laboração de uma fábrica de estamparia e tinturaria provoca um grande desenvolvimento na vila. Ao mesmo tempo, as trocas comerciais incrementam-se com a celebrizada feira das Mercês. Uma feira antiga, que movimentava de forma extraordinária o comércio da freguesia e à qual acorriam milhares de pessoas das redondezas, até pelos costumes próprios e pelas tradições que ela encerrava.

Rio de Mouro é uma povoação essencialmente industrial. Indo mais longe, dir-se-ia que a freguesia faz da industrialização um dos seus “ex-libris”. Empresas de grande dimensão, como a Tabaqueira, a Portucel, a Fricarnes ou a Parker, entre outras, têm aqui as suas instalações fabris e contribuem de forma inequívoca para o desenvolvimento económico da povoação e para a ocupação da sua população activa. O aumento demográfico é, aliás, outra das consequências da crescente industrialização de Rio de Mouro.

As primeiras referências que temos de Rio de Mouro são em 1758, onde o pároco local refere que a povoação era constituída por 591 almas. Em 1890, segundo o primeiro recenseamento oficial à população portuguesa em que a freguesia tinha 1380 habitantes,

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em 1930, o número de habitantes era de 2839 e dez anos depois de 3790 pessoas. Desde então a população continua a crescer. Actualmente o número é superior a quarenta mil e com tendências para continuar a crescer.

Em 1995 a povoação de Rio de Mouro era elevada à categoria de vila. Rio de mouro é hoje um importante aglomerado Urbano com uma elevada componente industrial. Para que a indústria continuasse a crescer de importância, a Agricultura, por exemplo, tem muito menos importância do que à meio século atrás. Nessa altura, as frutas e o vinho da região eram muito afamadas.

Em Rio de Mouro nasceram e viveram figuras importantes, tais como: o escultor Francisco de Santos, Adães Bermudes ou Mestre Leal da Câmara que aqui tem a sua casa Museu devidamente conservada.

Belas

A meio caminho entre Sintra e Lisboa, Belas é uma das freguesias mais antigas do Concelho de Sintra e uma daquelas onde os vestígios arqueológicos mais abundam. Extinto em 24 de Outubro de 1855, o então concelho de Belas e todo o seu termo, incluindo a própria freguesia actual, seria então integrado no concelho de Sintra.

A freguesia de Belas apresenta uma quantidade enorme de vestígios do passado, entre eles: pegadas de dinossauros, estações arqueológicas que remontam ao paleolítico e Megalítico, as Antas da Estria, Senhor da Serra, Pego Longo e do Monte Abraão, uma

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barragem, uma mina (o monte Suímo) e uma estrada Romana. Construídas em fases mais tardias, contamos com a Quinta de Belas, Quinta das Águas Livres, e a Quinta do Senhor da Serra (1318), entre outras, não esquecendo ainda os tradicionais “fofos de Belas”.

Belas é atravessada por alguns cursos de água, tais como: a Ribeira de Carenque, Jamor e a Ribeira da Jarda, cujas nascentes na Serra da Carregueira alimentavam os campos agrícolas donde saía o trigo mourisco, conhecido por Durazio.

A palavra Belas tem vindo a ser citada em lendas, como resultante de duas irmãs muito bonitas ali residentes, mas o topónimo deve ter origem nas “Belas e límpidas águas” de nascentes ali existentes, tendo como parece caído o vocábulo águas e perdurado o “Belas”.

Outrora o concelho de Belas era um importante ponto de estadia para a corte, no entanto após a construção do Mosteiro de Mafra e do Palácio de Queluz, Belas foi perdendo influência a favor destes. Os fidalgos deram preferência a Mafra, não só para passarem o seu tempo de lazer, mas também para caçadas, e reuniões de alto nível. De tal maneira que, a 24 de Outubro de 1855, o concelho de Belas extingue-se passando a localidade para o concelho de Sintra.

Nos tempos que se seguiram Belas foi sendo desmembrada, a actual Amadora passou para Carnaxide, em 1925 é formada a freguesia de Queluz, saindo do território de Belas com os Lugares de Massamá, Ponte Pedrinha, Pendão, Gargantada e Casal de Afonsos. Pouco tempo depois perde Agualva/Cacém e em 1979 os Lugares de

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Carenque, Dabeja e Portela da Fonte Santa para o Concelho da Amadora.

Actualmente a economia dominante é a indústria, o comércio, o turismo desportivo os serviços e ainda alguma agricultura.

Actualmente a freguesia de Belas apresenta uma área total de 23,12Km2 com um número total de habitantes de 21172, segundo censos de 2001.

Casal de Cambra

É uma das freguesias mais recentes do concelho de Sintra apresentando cerca de 270 hectares e 9865 habitantes no censo de 2001. Foi criada apenas em 12 de Julho de 1997 através do desmembramento da freguesia de Belas. Situada quase no extremo sudeste do concelho, muito perto do de Lisboa, é delimitada pelas freguesias de Caneças e Almargem do Bispo, a norte; Belas, a poente; Casal de S. Brás do concelho da Amadora, a Sul e Famões a nascente. Agrupa os lugares de Casal de Cambra, Serra de Santa Helena e Olival Santíssimo.

A história de Casal de Cambra remonta a épocas anteriores aos moçarabes, apesar de não se terem encontrado registos arqueológicos significativos; em Caneças encontra-se uma estação paleolítica, onde sobressaem as antas das Pedras altas e do Cabeço do Bispo.

Quase no limite da Freguesia, foi descoberta uma barragem romana que, ao que se presume, fazia parte da rede de

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abastecimento de água à cidade de Lisboa, introduzida em Portugal pelos Romanos.

O nome da Freguesia deriva de Casaes de Câmara – casais agrícolas. Um topónimo que está relacionado com a forma como foi povoada toda esta região no período subsequente à fundação da nacionalidade.

A freguesia de Casal de Cambra é constituída pelos bairros do Casal de Cambra, Serra da Helena e duas ruas do Olival do Santíssimo. Nasceu nos anos 60/70, quando os terrenos começaram a ser adquiridos no intuito de aí serem construídas habitações unifamiliares. Vendidos pelo senhor Mota de Alcanena, em lotes de 5000m2, área mínima prevista pela legislação para se poder construir. Quando os proprietários iniciaram a construção das moradias, esbarraram com a recusa da câmara em conceder os respectivos licenciamentos, alegando desconhecer o loteamento em causa. Ninguém desistiu e assim, se foi construindo, entre multas, tribunais e obras embargadas. Casal de Cambra tornou-se rapidamente num bairro clandestino, chegando a ser um dos maiores bairros clandestinos da Europa.

A população é constituída, essencialmente, por pessoas vindas do Alentejo, Beiras, Minho e trás dos montes, que vieram trabalhar para Lisboa, residentes nos arredores da Pontinha e Odivelas.

Muitas pessoas vieram da província, onde tinham um pedaço de terra. Era uma forma de prosseguir a sua matriz de vida e possibilidade de fazer uma casa e uma horta.

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Assim, a partir da década de 60 deste século, Casal de Cambra começou a registar um desenvolvimento extraordinário sendo elevado a Freguesia em 1997.

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2 CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA

2.1 SERVIÇOS MUNICIPAIS E UNIDADES ORGÂNICAS

Dada a extensão do concelho de Sintra e as diferentes realidades que encerra, a gestão dos espaços exteriores na malha urbana, da Câmara de Sintra encontra-se ao Encargo de Divisões de Intervenção Local (DIL). Existem 3 divisões de Intervenção Local, a DIL1 com uma área particularmente rural, incluindo a área a Norte e Oeste da Vila de Sintra, é composto pelas freguesias de São João das Lampas, Terrugem, Montelavar, Pêro Pinheiro, Almargem do Bispo, Santa Maria e São Miguel, São Martinho, Colares e São Pedro de Penaferrim A DIL1 ocupa em área quase três quartos da área do concelho. A DIL2, com freguesias urbanas e freguesias rurais tais como: a freguesia de Algueirão - Mem Martins, Rio de Mouro, Belas e Casal de Cambra. A DIL3 apresenta um meio de intervenção predominantemente urbano, com grande parte da sua fronteira com o concelho da Amadora, inclui as Freguesias de Cacém, Mira Sintra, Massamá, Queluz, Agualva, São Marcos e Monte Abraão.

As divisões de Intervenção Local (DIL) encontram-se sob alçada do Departamento do Ambiente e Intervenção Local (DAI) inserido na Direcção Municipal de Obras e Intervenção Local. De acordo com o âmbito de intervenção das DIL, definido no ROSM, e com vista á prossecução dos seus objectivos, as DIL necessitam de estar em contacto constante com outras unidades orgânicas, tais como o Departamento de Urbanismo (DUR), o Departamento de Obras Municipais (DOM), os SMAS, Divisão de Aprovisionamento, o Gabinete de SIG e a Divisão de Património Imóvel, entre outras.

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

A comunicação e partilha de informação entre diferentes divisões e departamentos, não é simples nem imediata; assim, tendo em vista a celeridade de execução dos projectos, estes pontos críticos deverão ser claramente definidos e antecipados.

2.2 ROSM

De acordo com o definido no ROSM, as principais atribuições da DIL 2 contam-se com:

1. Atribuições genéricas das DIL:“Assegurar, nas zonas territoriais das respectivas competências, intervenções oportunas e multidisciplinares no âmbito da conservação ambiental (higiene pública e espaços verdes) e da manutenção e conservação de infra-estruturas da responsabilidade municipal.”“Garantir uma actuação muito próxima dos cidadãos, dos agentes sociais e dos acontecimentos, dotada de grande autonomia e responsabilidade.”2. No âmbito do planeamento e gestão municipal:“(...) a elaboração anual de um plano de manutenção

devidamente quantificado em termos de mão-de-obra, materiais e outros factores, e programado no tempo. (...)”

“Gerir os recursos próprios que lhe forem atribuídos (...) de forma racional e tecnicamente evoluída, assegurando as tarefas técnicas e administrativas necessárias ao correcto funcionamento do sistema de gestão instituído pela Câmara Municipal”;

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“Manter a par de um esforço crescente de planeamento e programação, uma adequada capacidade para responder de forma flexível, às necessidades operativas de urgência ou imprevistas.”

Os princípios explicitados no ROSM traduzem-se numa quantidade de aspectos a desenvolver pelo sector de espaços verdes, apresentando-se em seguida as principais acções:

1. Elaboração de um plano estratégico das acções da DIL22. Aquisição de Serviços, Materiais e requisições;3. Quantificação, gestão e controlo de processos de aquisições

de materiais, requisições e gestão do armazém;4. Elaboração dos Projectos de Arquitectura Paisagista;5. Adjudicação e Fiscalização de Empreitadas de Obras

Públicas;6. Execução de Projectos de Arquitectura Paisagista por

Administração Directa;7. Gestão e manutenção dos espaços verdes pela Brigada de

Jardineiros;8. Podas de Árvores e abate de árvores que representam um

perigo para a população;9. Acompanhamento dos Espaços em Manutenção pelas Juntas

de Freguesia;10. Fiscalização e apoio a Associações de carácter social no

âmbito da recuperação e manutenção dos espaços verdes.11. Recepção e resposta de reclamações ou pedidos de

Munícipes.

A primeira das acções apresentada, é realizada à medida que se torna necessário definir novas prioridades. O que se propõe realizar

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no presente relatório é a definição com antecedência de um plano de acções e a sua concretização no tempo.

Cada uma destas atribuições apresenta um leque de acções a desempenhar para a correcta execução de cada um dos pontos anteriores. Cada uma destas acções será descrita em seguida, tal como os procedimentos a ter em conta.

2.3 MEIOS DISPONÍVEIS

Meios HumanosPara execução dos objectivos definidos para os espaços verdes,

na DIL2 estão ao Serviço actualmente:

Chefe de Divisão:- 1 Engº do Ambiente

Sector de Espaços Verdes:- 1 Arqª. Paisagista;- 1 Engª Florestal;- 1 Engº Agro-industrial;- 2 Estagiários do Ambiente;- 1 Encarregado Geral;- 25 Jardineiros distribuídos em 2 Equipas;- 4 Motoristas.

Administrativos para a DIL2:- 1 Chefe de secção dos Administrativos- 2 A. Administrativas

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

- 1 Assistente Admistrativa Principal- 1 Fiscal de higiene e limpeza

Meios MateriaisOs meios informáticos disponíveis são insuficientes, limitando

claramente a realização dos projectos nos parâmetros exigidos actualmente, uma vez que não existem computadores suficientes, e/ou software disponível para realização dos vários elementos de projecto, tal como Photoshop ou CorelDraw, (ou outro programa de edição de imagem), arcview (para tratamento e edição de cartografia) e autocad ( ou outro programa vectorial de desenho como landcad, MicroStation ou Vector Works), entre outros. No entanto, a vontade e determinação dos funcionários da DIL2 permite que se continue a construir e executar espaços novos ou em manutenção.

Relativamente a bases cartográficas, a Câmara de Sintra encontra-se bem munida, pois o gabinete de Sistemas de Informação Geográfica detém e disponibiliza a toda a câmara bases sobre todo o concelho em formato compatível com o Autocad ou com o Arcview. Estas bases à escala 1:1000, 1:2000 ou 1:5000, embora não sejam suficientes para projectos de pequena área, para áreas extensas e planas são suficientes, constituindo em qualquer dos casos um bom ponto de partida. Estas bases são compostas por ortofotomapas, plantas vectoriais em Dxf, Dwg ou Shp com informação acerca das vias, nomes de ruas, espaços verdes, edificado, rede ferroviária, equipamento público, redes de infra-estruturas, entre outros.

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Para realização de um plano de espaços verdes, estas bases são suficientes; a disponibilização destas bases à DIL2, permitiria criar um novo projecto interno que envolveria a criação de uma planta de espaços verdes com delimitação e caracterização dos espaços públicos.

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III Caracterização das Acções e Procedimentos Existentes ou a Introduzir na DIL2 – Espaços Verdes

1 ELABORAÇÃO DE UM PLANO ESTRATÉGICO

O ponto de partida para elaboração de um Plano Estratégico, como referido, pressupõe o levantamento e caracterização do espaço público da DIL2 e consequente classificação com realização de um plano de espaços verdes. Após levantamento e caracterização dos espaços deverá ser definida a prioridade relativa de intervenção entre as várias áreas a recuperar ou beneficiar. Realizadas estas metas deverá ser realizado o Plano Estratégico com apresentação de um cronograma de intervenção, planos de intenção para as áreas prioritárias com um cronograma financeiro e um cálculo de materiais a requisitar.

Considerando que um Arquitecto Paisagista terá capacidade para elaborar cerca de 12 projectos por ano deverão ser previstos anualmente no plano estratégico 10 projectos. Desta forma deixa-se um espaço livre no cronograma temporal para a realização de 2 Projectos em áreas imprevistas cuja necessidade de execução não se antevia.

Dos 10 espaços a executar anualmente, deverão ser considerados espaços a realizar por administração directa e espaços a realizar por Adjudicação a Empreiteiros de Obras Públicas.

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Assim anualmente deverão ser definidas 10 áreas, 7 das quais para execução por empreitada e 3 por administração directa, estes valores são definidos empiricamente podendo, no entanto, ser aferidos dependendo dos espaços e áreas em projecto a definir anualmente.

Os critérios a utilizar para definição das prioridades de intervenção deverão ser variados, tais como:- Áreas que apresentam potenciais perigos à segurança Pública;- Localidade (os projectos a realizar anualmente não deverão

encontrar-se todos na mesma freguesia);- População que serve o espaço;- Visibilidade do espaço;- Área do espaço;- Custo estimado de execução de cada espaço (razão entre a área

e o valor estimado para cada tipologia de espaço);- Envolvente, (proximidade a outras áreas de intervenção, ou áreas

contíguas a intervir);- Tipo de projecto: Recuperação ou Construção de um Espaço

Público;- Relevância histórica ou cultural do espaço;- Relevância estratégica ou política.

Assim será elaborada uma planta onde se definem os principais eixos viários, áreas com elevada densidade urbana, áreas com contexto histórico ou cultural demarcado e, claro, os Espaços Públicos pertencentes às diferentes tipologias de intervenção. O Cruzamento de toda esta informação deverá por si definir a prioridade de intervenção de cada espaço. Serão seleccionados os espaços com níveis prioritários mais elevados.

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Anualmente deverão ser definidos 10 espaços e o tempo máximo de vigência de cada programa estratégico deverá ser de 4 anos, prevendo-se a execução mínima de 40 projectos. Este contexto temporal apresenta uma longevidade média para que não se torne obsoleto e as prioridades não sejam questionadas, ao mesmo tempo que apresenta uma previsibilidade suficiente que permita a apresentação do cronograma das intervenções ao munícipe e a previsão a médio prazo das acções a realizar.

O plano estratégico deverá apresentar um programa de intervenção para cada espaço e uma estimativa de custos, que embora pouco exacta pelo facto de ser baseada no programa de intervenção, permite avaliar o tipo de execução que o espaço poderá sofrer (Administração directa ou Empreitada de Obras Públicas) e o tempo de execução.

Com os dados anteriores deverá ser elaborado um cronograma temporal, de realização do projecto, lançamento da empreitada (se for o caso), e execução da obra. Desta forma o munícipe estará sempre informado das acções a realizar na sua freguesia e concelho.

Com a elaboração de um programa estratégico as acções no espaço seriam enquadradas, ou seja, os espaços contíguos seriam todos tratados em simultâneo, os acessos, criação de novos lugares de estacionamento e as intervenções seriam ordenadas e orientadas por directivas integradas com a envolvente. Os novos projectos a realizar estariam associados do ponto de vista conceptual com a envolvente. Espaços próximos com prioridades de intervenção

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distintas poderiam ser realizados em fases diferentes, mas com programas associados.

Por exemplo (ver desenho 03), o eixo de ligação ao IC19 constituído pela R. das Vagens, R. António Feijó, R. Vitorino Nemésio e Av. Capitães de Abril é um dos eixos de maior tráfego e importância na Freguesia de Algueirão-Mem Martins, este eixo necessita de uma intervenção continuada, redefinindo passeios, estacionamentos, pracetas, sinalética e percursos pedonais. A intervenção em toda esta área de momento não é possível, uma vez que o IC19 se encontra em fase de alargamento, e, tendo em conta a sua grande extensão esta deveria ser feita por troços minimizando o impacte sobre a população; este tipo de intervenção deverá ser realizada parcelada apenas quando sustentada num programa comum e contínuo.

Encontramos ainda espaços adjacentes a intervir, com níveis de degradação distintos e com áreas distintas. Quando se estudam espaços individualmente encontram-se soluções que no conjunto podem concorrer entre si. Se as referidas áreas gozarem de um programa conjunto preconizam-se espaços articulados que preenchem diferentes valências e que em conjunto dão uma resposta mais eficaz às necessidades da população envolvente.

Um plano estratégico, sustentado num plano de espaços verdes (plano de caracterização dos espaços verdes num concelho), permite ordenar o conjunto do espaço urbano e as intervenções a realizar com maior eficácia. Ou seja, a valência específica de cada área em projecto encontra-se na sua identidade, e esta é uma função comparativa. Acrescenta-se ainda que a envolvente de cada

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL239

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espaço confere-lhe a sua identidade específica e a realização de qualquer projecto deverá estar contida num todo. Quando isolada gera um projecto volante.

A realização de um programa estratégico apresenta uma quantidade de mais valias, tais como:- O processo de decisão das prioridades apresenta-se

fundamentado em critérios previamente definidos. - A divulgação do programa de execução dos projectos com

antecedência suficiente permite a divulgação dos mesmos junto de outras entidades orgânicas que possam intervir no mesmo espaço, tais como SANEST, SMAS, DUR, DOM, Electricidade e Telefones, entre outros.

- A definição dos projectos a realizar com antecedência permite encurtar tempos de espera e consequentemente os tempos de resposta e execução dos espaços, pois permite pedir com antecedência informação patrimonial à DPIM e avançar com os processos de Aquisição dos Levantamentos Topográficos dos espaços em questão.

- Permite ainda divulgar ao munícipe quais os espaços contemplados no plano estratégico, quais os critérios que definiram a prioridade de intervenção nos espaços seleccionados e a lista de espaços alvo de acções de beneficiação.

- O plano estratégico deverá apresentar, como referido, um programa de intervenção e um programa financeiro, permitindo estes, com alguma exactidão, cabimentar verbas, realizar processos de aquisições de materiais e fornecimentos com maior exactidão do que a actual.

- Tal como referido, a acção integrada dos projectos em questão conta-se ainda como uma mais valia, pela atribuição de funções

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distintas ou contíguas a espaços próximos mas com prioridades distintas de intervenção.

O plano estratégico a definir deverá ainda incluir um plano de manutenção dos espaços verdes construídos pelos Jardineiros da DIL2, por empreitada de Obras Públicas ou espaços que se encontram já em manutenção. O plano de manutenção deverá apresentar o cronograma das intervenções, um cronograma financeiro e um plano de aquisição de materiais.

A introdução de uma nova componente de construção de jardins, aumenta as funções das equipas de Jardinagem. Desta forma a organização temporal e a sistematização das acções a desenvolver pelas equipas de jardinagem, permitem gerir as prioridades das intervenções realizando as acções de manutenção, construção, podas das árvores, entre outras, de uma forma integrada.

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2 AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS, MATERIAIS E REQUISIÇÕES

O processo de aquisição e fornecimento de materiais é feito pelo Sector de aprovisionamento. Estes processos são realizados com base empírica, ou através de pedidos específicos das várias divisões. Os processos de fornecimentos contínuos são processos comuns que não envolvem grande especificidade, e são caracterizados por apresentarem uma grande margem de manobra nos pedidos finais, apenas o valor global, final do fornecimento poderia ser alterado de acordo com as estimativas anuais a definir.

Assim que os processos de fornecimentos contínuos e aquisições de materiais ficam disponíveis é realizada uma cópia de cada processo para as divisões com indicação da verba disponível para cada divisão. Para aquisição de algum dos produtos constantes nestes processos basta realizar o contacto com o fornecedor e encomendar o material específico. Para materiais não específicos, quando se verifica a sua necessidade, deverá ser feita uma requisição à Secção de Aprovisionamento. Em casos de aquisição de grandes volumes de materiais deverá ser pedido à secção de Aprovisionamento a abertura e lançamento de um processo de aquisição específico de materiais. Estes processos são por vezes demorados, pois envolvem prazos legais específicos para a elaboração e lançamento do processo de concurso, prazos de entrega das propostas, abertura e adjudicação dos processos.

Na divisão de Intervenção Local 2 existe um terminal informático com o software – SAP; este efectua o controlo de todas as saídas de

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materiais do armazém do aprovisionamento e entrada no armazém da DIL2. Quando dão entrada do armazém da DIL2 aparece como material requisitado para a DIL2. O material que for utilizado nas obras deverá ser apontado nas folhas de obra. Á medida que vai sendo utilizado, o material vai sendo descarregado do SAP-DIL2, desta forma existe um controlo efectivo do que se encontra em armazém e do gasto total do processo de concurso.

Nem tudo o que é requisitado se encontra no SAP. Desta forma, para todos os restantes materiais deverá ser previsto um ficheiro informático extra que permita fazer a gestão de todos os produtos não incluídos no SAP, onde se deverá registar a entrada e saída dos restantes produtos.

O desfasamento entre a fase de Programa Estratégico, a fase de projecto e a fase de execução da obra permitem-nos fazer uma estimativa global do tipo de materiais e serviços necessários com maior exactidão, tais como: aquisição de material vegetal, material de rega, inertes, terras, levantamentos topográficos, maquinaria, massas, sinalética, vedações, equipamento e todo o tipo de material não normalizado que é necessário adquirir com brevidade suficiente para que a obra não sofra atrasos no seu prazo de execução.

Estas estimativas, cruzadas com a realização exacta das folhas de Obra, permitem uma sistematização e avaliação contínua da existência dos materiais; para tal, cada material utilizado e definida nas folhas de obra das acções de manutenção e de construção de espaços verdes, será debitado do programa SAP existente na DIL2.

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Esta estimativa permite com alguma antecedência avaliar a necessidade de adquirir mais ou menos materiais anualmente, sem incorrer em erros que impliquem a requisição excessiva de materiais que poderão ou não, ser reutilizados.

Os processos de aquisição de materiais específicos que actualmente são pedidos e realizados apenas quando se encontram falhas no fornecimento, poderiam ser previstos com alguma antecedência, minimizando o tempo de espera pelo fornecimento de cada material.

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3 QUANTIFICAÇÃO, GESTÃO E CONTROLO DE PROCESSOS DE AQUISIÇÕES DE MATERIAIS, REQUISIÇÕES E GESTÃO DO ARMAZÉM

O Material requisitado pela DIL2 é utilizado para diversas funções, para execução de projectos de arquitectura paisagista, para acções de manutenção e para apoio e fornecimento às juntas de freguesia. Para cada uma destas situações apresenta-se em seguida o cálculo a realizar para obtenção de um valor final, estimado para vários materiais.

3.1 QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAIS

3.1.1 Aquisição de Materiais para execução de obra

Na realização e execução de um projecto de arquitectura paisagista, é possível definir uma percentagem orçamental que é normalmente atribuída a cada fase da obra.

No seguimento do exposto, e com o conhecimento das estimativas orçamentais para as diferentes áreas de intervenção poderemos estabelecer um índice de valores financeiros necessários para cada descritor, tais como: rede de rega, rede de drenagem, material vegetal, construção civil, etc.

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No quadro que se segue define-se para cada fase da obra o valor percentual necessário para a execução do espaço. Este valor foi calculado com base em projectos antigos, calculando em primeiro lugar a percentagem do valor utilizado por cada fase relativo ao total final, seguido da realização de uma média ponderada entre os vários projectos considerados. Foi considerado um nível de representatividade superior para os projectos realizados por Administração directa e um nível inferior para os projectos realizados por adjudicação a empreiteiro de Obras Públicas, uma vez que o material requisitado será para execução de projectos por Administração Directa (ver quadro 2).

Quadro 2 – Estimativa de gastos por descritor de trabalhos na Obra

Descritor % EstimadaTrabalhos preparatórios –

Movimento de Terras 13,61%Rede de Rega 10,65%Rede de Drenagem 4,55%Pavimentos 15,81%Construção Civil – Aquisição de

Serviços 22,83%Construção Civil - DIL2 5,46%Terra Vegetal 4,90%Plantações 11,77%Sementeiras 4,14%Tutores 1,74%Equipamento 1,57%Tela e Casca de Pinho 2,97%

Total 100,00%

Assim, após realização do cronograma de actividades e as estimativas de custo para os projectos de arquitectura paisagista cuja obra será realizada por administração directa, estaremos em

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condições de avaliar as quantidades de materiais realmente necessários à execução dos projectos definidos e programados.

3.1.2 Aquisição de Materiais para acções de manutenção

De acordo com o apresentado no capítulo 7. é possível prever com alguma exactidão a quantidade de materiais necessários para manutenção dos espaços entregues às brigadas de Jardineiros. Para tal, deveria ser realizado, com base nas tabelas apresentadas no capítulo 7., uma caracterização de todos os espaços em manutenção, estimando os tempos utilizados anualmente em cada espaço e as quantidades de produtos e materiais necessários. Esta avaliação não será realizada, será apenas descrito o processo para a sua realização.

Com o cronograma de intervenção dos projectos a realizar teremos a quantidade de espaços realizados em 2006 cuja manutenção ficará ao encargo das Brigadas de Espaços Verdes da Câmara Municipal de Sintra, até entrega às respectivas Juntas de Freguesia para Manutenção. Calcular-se-á para cada espaço um prazo de 3 meses em manutenção até entrega.

3.1.3 Aquisição de Materiais para cedência às Juntas de Freguesia

Anualmente as Juntas de Freguesia pertencentes à área de Intervenção da DIL2 solicitam o apoio da Câmara Municipal de Sintra na cedência de algum material necessário às suas manutenções.

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Esta cedência é essencialmente constituída por material de rega, plantas, entre outros. A cedência de material deveria ser feita, não aleatoriamente, mas sim com base na proporção de espaços que cada freguesia detêm para manutenção ou, em casos especiais, para pequenas áreas, que a Junta de Freguesia entenda beneficiar e apresentadas atempadamente à DIL2.

Não deverá ser previsto qualquer tipo de cedência de material que esteja englobado nas acções próprias da manutenção para áreas previstas e entregues às Juntas de Freguesia. No entanto, materiais específicos, que não se encontrem previstos nas acções de manutenção poderão ser cedidos, materiais para beneficiação de novos espaços, bem como material para espaços em manutenção em relação aos quais se pretenda realizar uma remodelação.

Como a previsão do material a ceder para acções de beneficiação e remodelação de espaços verdes, pressupõe o conhecimento prévio e atempado dos espaços, e esta estimativa não depende da DIL2, mas sim das Juntas de Freguesia, optou-se por calcular o valor máximo do material a ceder em função da proporção dos espaços em manutenção por cada Junta de Freguesia. Este valor não deverá ultrapassar em percentagem os 2% da área em Manutenção.

Assim, de acordo com os protocolos realizados com as Juntas de Freguesia, para as manutenções, conseguimos definir valores de materiais a ceder anualmente para cada Junta de Freguesia.

Com os cálculos apresentados, atingimos um valor global de cedência, mas os processos de aquisição de materiais são distintos,

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desta forma, utilizamos a fórmula encontrada no ponto 3.1.1, para definirmos o valor total para cada aquisição de materiais.

3.2 GESTÃO E CONTROLO DOS MATERIAIS

De acordo com o apresentado anteriormente, a gestão e controlo de alguns processos de aquisição de materiais presentes em armazém é realizado pelo programa SAP. Quando necessário, são requisitados os materiais e é dada a entrada dos materiais no armazém da DIL2 e entram no SAP. Quando estes são utilizados em obra são incluídos em folhas de obra, a realizar mensalmente, onde o material será debitado do armazém e no SAP. No final do ano os valores apresentados no SAP deverão coincidir com o material em armazém.

Todo o material presente no armazém deverá ser contabilizado à entrada e à saída, para que, a qualquer instante, se possa ter uma leitura real do material existente e do material em falta.

Como nem todo o material requisitado é controlado pelo SAP, dever-se-ia prever um sistema de controlo alternativo que gerisse convenientemente todos os materiais e que cruzasse o valor global de cada processo de aquisição com o valor utilizado.

Desta forma, entidades independentes, no seio da mesma unidade orgânica que sejam responsáveis pela execução de requisições funcionariam com uma mesma base de dados, onde, para cada nova requisição se debitaria ao valor global do respectivo processo o valor da requisição, em valor monetário e em quantidade

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de material. Assim, sob a forma de exemplo apresenta-se no Anexo I um quadro tipo onde deveriam ser anotadas todas as requisições, o material e respectivo valor monetário.

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4 ELABORAÇÃO DOS PROJECTOS DE ARQUITECTURA PAISAGISTA

De acordo com o definido no plano estratégico serão elaborados os projectos específicos de arquitectura paisagista. Para realização dos presentes projectos deverá, após definição das prioridades, ser feito um pedido de informação à DPIM de todos os espaços programados seguido de um pedido de aquisição de Levantamentos Topográficos.

Após entrega dos levantamentos topográficos deverão ser iniciados os projectos de Arquitectura Paisagista.

Para cada projecto deverá ter-se em consideração o programa de intenções e o cronograma temporal definido no plano estratégico e a forma de execução da obra definida – Administração directa ou por Empreitada de Obras Públicas.

Nos projectos serão realizadas todas as peças desenhadas necessárias a uma correcta execução da obra e as peças escritas específicas do projecto. No entanto, para o Lançamento de empreitada existem peças específicas a realizar, tal como o Programa de concurso, e as condições gerais, (a adoptar pelo empreiteiro na obra), do caderno de encargos.

Assim, para o comum dos projectos a realizar por Administração directa teremos as seguintes peças de projecto:

PEÇAS ESCRITAS:

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Índice geralMemória DescritivaCaderno de EncargosMapas de Medições e Mapa de Quantidades de TrabalhosEstimativa OrçamentalPlano de Segurança e SaúdeCálculos

PEÇAS DESENHADAS:01 - Levantamento Topográfico02 - Plano Geral03 - Cortes de Apresentação04 – Medidas Cautelares05 - Modelação do Terreno06 - Volumes de Aterro e escavação07 - Implantação Planimétrica08 - Implantação Altimétrica09 - Rede de Rega10 - Rede de Drenagem11 - Esquema de Iluminação (não inclui o projecto da

especialidade)12 - Plano de Pavimentos13 - Plano de Equipamentos14 - Plano de Plantação de árvores, arbustos e trepadeiras15 - Plano de Plantação de herbáceas e sementeiras16 - Plano de Pormenores

O projecto e a execução da Obra por administração directa poderá ser realizada por indivíduos distintos da DIL2, e assim a definição do projecto deverá ser tão exacta como para o lançamento

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de uma empreitada. No entanto poderão apresentar algumas diferenças na execução de algumas peças escritas, tais como: na organização e descritores no mapa de medições e orçamentos. Ou seja, no mapa de medições para lançamento de empreitada os critérios de medições deverão obedecer ao registo legal, no mapa de medições a realizar para empreitada por administração directa os descritores poderão estar aferidos aos termos e valores de requisição da câmara. As estimativas orçamentais, (cuja função é meramente indicativa), também apresentam valores diferentes, uma vez que o custo de mão-de-obra é diferente e que a obra no final não apresenta qualquer mais valia financeira.

Da mesma maneira, o caderno de encargos nos capítulos Cláusulas Gerais e Cláusulas Especiais serão diferentes, apresentando as mesmas obrigações no que respeita aos livros de obra, sinalização e prazos de execução da obra, mas não apresenta qualquer tipo de definições no que respeita a subempreitadas, pagamentos ao empreiteiro, instalação de estaleiro, entre outros.

Assim a acrescentar à lista de peças a elaborar para projectos com Lançamento e adjudicação de empreitadas teremos apenas o Programa de Concurso, o Caderno de Encargos específico e o Painel de Identificação de Obras (Memória descritiva e desenhos).

De acordo com o exposto, a definição do tipo de Obra com que cada projecto será executado, apresenta uma grande mais valia pois influencia a gestão, organização e realização do projecto.

Cada projecto deverá ser composto no mínimo por 3 fases, a elaboração do Programa de intenções no plano estratégico, o estudo

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prévio e o projecto de execução. Cada fase cumpre um objectivo específico e não deverá ser ultrapassada.

- O Programa de Intenções é dotado de uma visão articulada de todos os espaços.

- O Estudo Prévio, permite a apresentação a todos os indivíduos intervenientes em cada situação e obter a aprovação do conceito de intervenção para o espaço. A fase de estudo prévio deverá apresentar completas e bem definidas todas as acções da intervenção, um plano geral e cortes finalizados, bem como comprovada a exequibilidade das propostas apresentadas. Deverá ainda apresentar uma estimativa orçamental que deverá encontrar-se próxima da definida no programa de intenções.

Quando existirem muitas alterações a realizar ao estudo prévio deverá ser apresentado um segundo estudo para aprovação. Uma vez aprovada a fase de estudo prévio poder-se-á avançar de forma sustentada para o projecto de execução.

Enquanto o estudo prévio se encontra para aprovação, deverá iniciar-se o estudo prévio do projecto seguinte na lista de prioridades do Plano estratégico e este deverá ter informação da DPIM e o Levantamento Topográfico.

- O projecto de execução é a fase final do projecto que define todas as condições e pormenores técnicos da construção, é composto pelas peças de apresentação e pelas peças técnicas do projecto. As peças escritas para lançamento de concurso deverão ser realizadas em simultâneo com a fase de projecto de execução.

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O Projecto de execução com todas as peças necessárias ao processo de Lançamento de Concurso deverá ser aprovado, e lançado o concurso. Deverá permanecer sempre uma cópia completa de cada projecto, onde se arquivam todos os ofícios e documentos necessários no processo de adjudicação e/ou execução da Obra.

O lançamento do concurso é o processo seguinte à execução do projecto e é um processo moroso que é composto por várias fases. Tem início com o pedido de aprovação e cabimento da verba necessária à realização do projecto, segue-se o envio convite e do projecto às empresas seleccionadas, abertura das propostas, a avaliação económico financeira dos concorrentes, reunião da comissão de análise das propostas, comunicação aos participantes do resultado do concurso, cabimento definitivo, adjudicação, apresentação dos documentos pelo concorrente vencedor e auto de consignação.

Entre cada uma das fases existem prazos legais a respeitar que prolongam o processo por 2 a 4 meses. Apenas com a entrega dos documentos e auto de consignação se poderá dar início à obra, ponto onde termina a fase de Projecto.

No caso de empreitadas por administração directa o ponto de aprovação do projecto de execução define o final da fase de projecto e o início da fase de Obra.

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5 ADJUDICAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE EMPREITADAS DE OBRAS PÚBLICAS

Terminado o Projecto de Execução, aprovado e Adjudicado, deverá ser nomeado pelo Chefe de Divisão um responsável dentro da DIL2 para acompanhamento e fiscalização da Obra. A este serão entregues todas as peças do projecto e originais para acompanhamento da mesma. Deverá ser elaborado e afixado no sector administrativo um mapa, onde figuram todas as obras em curso e o técnico responsável.

O acompanhamento e fiscalização de Empreitadas de Obras Públicas é um processo relativamente simples, que envolve apenas a visualização atenta e comparativa do que se apresenta definido em projecto e o que se encontra em obra. O responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra deverá encontrar-se munido das ferramentas teóricas e conhecimento das técnicas a empregar na obra.

O responsável da obra deverá exigir, mesmo quando estes se apresentem negligenciáveis pela dimensão ou características da obra, os livros de registo da obra, painéis, estaleiro, certificados e todas as condições definidas em caderno de encargos de forma a minimizar o risco de erros ou acidentes.

Todos os processos deverão seguir os parâmetros legais, devendo os pedidos, as propostas de alteração e respectivas respostas ser apresentadas por escrito, e deverão haver registos de todas as opções realizadas na obra, aumentando o profissionalismo, responsabilidade e a clareza dos intervenientes no processo.

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De acordo com o definido no caderno de encargos, mensalmente deverão ser feitos autos de medição e emitidas facturas para pagamento ao empreiteiro das fases terminadas da obra.

No final da obra e de acordo com o definido no Caderno de Encargos deverá ser realizado o auto de recepção provisória e iniciado o prazo de garantia.

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6 EXECUÇÃO DE PROJECTOS DE ARQUITECTURA PAISAGISTA POR ADMINISTRAÇÃO DIRECTA

Terminada a fase de projecto e estando este aprovado, poderá iniciar-se a fase de Obra. Para execução de obras por administração directa é muito importante o acompanhamento constante da obra. Enquanto na execução de obras adjudicadas a um empreiteiro de obras públicas o empreiteiro realiza todo o trabalho necessário à preparação e realização da obra, nas obras por administração directa todo o trabalho de aquisição de meios e materiais necessários se encontra ao encargo da DIL2.

Neste caso, da mesma maneira que no processo por adjudicação de empreitada, deverá ser nomeado um responsável pela execução da obra. Tal como no capítulo anterior o responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra deverá encontrar-se munido das ferramentas teóricas e conhecimento das técnicas a empregar na obra. No entanto, este processo apresenta uma execução e acompanhamento muito mais complexo e exigente do que no caso anterior.

A execução de empreitadas por administração directa deveria estar bem balizada por procedimentos específicos, de forma a sistematizar todas as acções para que não se percam registos essenciais da obra, tais como quantidades de materiais utilizados, quantidade de maquinaria disponibilizada, registo do pessoal, entre outros.

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Antes do início da obra de empreitada por administração directa, esta deverá ser preparada convenientemente, ou seja, deverão ser realizados os seguintes passos:- Cronograma das actividades;- Definição dos pontos críticos da obra;- Definição de prazos para execução das variadas fases;- Realização de uma lista de materiais necessários para cada fase;- Realização de listagem de equipamentos necessários para cada

fase da obra;- Realização de listagem de pessoal necessário para cada fase da

obra;- Realização de um dossier de obra, onde deverão constar folhas

diárias com campos predefinidos para preenchimento pelo encarregado da obra, onde deverá ser apontado todo o material gasto, o pessoal que participou na obra, número de horas de trabalho, maquinaria utilizada, entre outros, (ver anexo II); o dossier da obra deverá guardar ainda todas as guias de transporte necessárias, as folhas de horas do pessoal sub empreitado e equipamento.

- Deverão ser requisitados com antecedência suficiente os materiais para a obra, para que não existam demasiadas quebras na obra por falta de material ou equipamento;

- Deverão ser estudadas convenientemente todas as peças de projecto, deverão ser definidos pontos de acesso à obra, pontos de início e de finalização da obra;

- A obra deverá ser vedada e deverão ser respeitadas todas as condições de segurança e saúde.

- Deverá ser previsto um local de depósito de materiais e de equipamento;

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- Antes do início da Obra deverá ser comunicado e bem explicado pelo responsável da obra ao encarregado todas as fases da obra e acções que vão ser levadas a cabo na presente obra. Deverá ainda ser realizada uma reunião de início de obra com todo o pessoal onde será apresentada a obra e todas as condições que deverão ser respeitadas na execução da mesma.

Terminada a fase de preparação da obra deverá ser comunicado aos intervenientes e a todos os possíveis interessados que se irá dar início à obra e a data prevista.

Não deverá ser requisitado todo o material no início da obra, pois podem ocorrer falhas, erros ou omissões no projecto, que aumentem ou diminuam os volumes calculados inicialmente. A requisição do material deverá ser feita a passo com o avanço da obra, mas com antecedência suficiente para que não se comprometa o seu andamento.

O responsável deverá estar muito presente na obra, pois este orientará todos os trabalhos de implantação do projecto e piquetagem, correcção de cotas, quantidades de materiais e dos trabalhos de construção do espaço. Deverá certificar-se de que o livro de obra está a ser correctamente preenchido e que a obra está a ser executada de acordo com as melhores normas de construção de espaços.

O responsável da obra deverá ainda realizar as diligências necessárias junto de outras entidades orgânicas, quando se revele necessário, para execução de determinadas estruturas previstas no projecto e que constituem encargo dessas entidades.

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Existem certas fases da obra que, quando iniciadas necessitam de ficar terminadas em curto espaço de tempo e nestas situações torna-se necessário recorrer à extensão do horário de trabalho dos funcionários. Estas situações podem ser previstas com antecedência e deverão ser comunicadas ao responsável pelas brigadas. Sempre que possível a necessidade de extensão dos horários deverá ser compensada com o aumento de efectivos na obra nesse período.

Se forem postas em prática todas estas directivas, os processos de construção da obra serão muito simplificados pela sistematização dos acontecimentos.

Mensalmente, da agregação de todas as folhas diárias deverá ser realizada uma folha de obra mensal. Com esta folha de obra deverá ainda ser estimado o custo mensal da obra.

No final deverá ser realizado um balanço da quantidade de material e do custo final da obra.

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7 GESTÃO E MANUTENÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES PELA BRIGADA DE JARDINEIROS

Actualmente, tal como referido, a maioria dos espaços verdes estão entregues às Juntas de Freguesia para manutenção. Contudo existem alguns espaços ainda em manutenção pelas brigadas de Jardineiros, tais como: Parque Urbano da Serra das Minas, Bairro da COOPALME em Algueirão - Mem Martins, Rotunda da Cavaleira, Quinta de Sta. Teresinha, Rotunda do Plus, Rotunda da Repsol, Rotunda de S. Carlos, Canteiro na Luís de Camões – Serra das Minas, Museu do Humor e Museu Leal da Câmara.

Existe, no entanto, uma nova vertente de trabalho – a construção de espaços verdes. A construção de novos espaços verdes implica ainda a respectiva manutenção pelos Jardineiros da DIL2, até que estes sejam entregues para manutenção pelas Juntas de Freguesia. Para além destas duas componentes de intervenção, os jardineiros da DIL2 participam ainda nas podas das árvores, acções de recuperação e limpeza de espaços pontuais, e sempre que se dá alguma intempérie que provoque danos em espaços verdes, são as brigadas que dão resposta.

A Dil2 tem ao seu encargo cerca de 25 jardineiros e 4 motoristas. Estes encontram-se distribuídos em duas equipas distintas, com áreas de intervenção distintas.

Para que se dê inicio ao processo eficaz de construção de espaços verdes, deveria ser constituída uma nova equipa de jardineiros, a qual teria ao seu encargo a construção de novos espaços. Desta

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forma facilitar-se-iam os trabalhos de acompanhamento do responsável da obra, uma vez que estes se iam especializando e conhecendo as técnicas de construção de espaços verdes.

A constituição de uma brigada específica de construção de jardins facilitaria a atribuição do pessoal à obra, que de outra forma teria que ser feito diariamente ou semanalmente.

Todas as Brigadas são geridas por um encarregado geral que estabelece as acções a desempenhar, os pedidos e levantamentos de materiais e efectua a ligação entre os funcionários das brigadas e a chefia.

Com a realização de um plano estratégico sistematizam-se os processos de manutenção e construção dos espaços verdes, ou seja, anualmente define-se com maior precisão as acções a tomar e sua respectiva calendarização, a realização de um mapa de intervenções para as áreas em manutenção, contemplando todos os espaços verdes que vão ser construídos ao longo do ano. Desta forma gere-se mais facilmente o pessoal prevendo e gerindo épocas de maior e menor actividade.

Com a correcta definição de todas as acções a realizar, sua época e duração é possível gerir os trabalhos de forma que nada fique em falta e que todas as acções sejam realizadas convenientemente, no seu tempo e sem qualquer prejuízo.

A definição de um plano estratégico, também em acções cíclicas, permite uma maior eficácia no desempenho do pessoal, pois todas as acções estão à partida definidas, diminuindo as indefinições e

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imprevistos. A previsão dos trabalhos a executar anualmente permite requisitar todo o material necessário para a sua execução, que, tal como na construção dos espaços verdes, permite uma maior eficácia na realização dos trabalhos e uma diminuição dos tempos de espera.

A realização de um Cronograma de actividades no âmbito da manutenção de espaços verdes, implica uma definição com base empírica de todas as acções necessárias para uma área tipo com relvado, herbáceas, sebe, arbusto, árvore, bancos em madeira, sistema de rega, entre outros. Em seguida são realizadas e apresentadas tabelas onde são definidas as acções principais permitindo uma futura realização de um cronograma dos trabalhos de manutenção. Este cronograma não será apresentado no presente relatório pois encontra-se fora do seu âmbito de realização. Contudo, opta-se por apresentar e definir um percurso onde se tornaria possível a execução do referido cronograma, bem como a realização de uma estimativa económica real e por espaço para a manutenção dos espaços entregues à junta.

Assim, define-se para cada um dos descritores todas as intervenções necessárias à sua manutenção. Em seguida apresentamos uma tabela (ver quadro 3) com os elementos alvo de acções de manutenção no espaço público, as acções de manutenção de carácter mais geral a realizar, o custo de cada intervenção para a unidade considerada, o tempo que cada acção demora a realizar, o número de acções a realizar em cada ano e a quantidade de matéria a utilizar (se for necessário algum consumo de matéria na acção), a época de realização da acção e o somatório de todos os tempos de acção gerando um tempo total utilizado na acção referida, por ano.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL264

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Quadro 3. Acções a realizar para manutenção de Espaços Verdes e custos Associados.

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Relvado (10 m2)

Sementeira (3,5€/kg)

22.7€ 180 1 0.6 Kg Out. e Mar. 3

Rega Manual

434€ 30 124 - Jul. a Set. 62

Rega Automática

217€ 15 124 - Jul. a Set. 31

Cortes 168€ 60 24 - - 24Mondas 73.5€ 210 3 - Primavera 10.5Adubação/ Fertilização (0,75€/Kg)

44€ 15 8 5 Kg Primavera 2

Ressementeira e Rolagem

19.2€ 150 1 0.4 Kg Out. e Mar. 2.5

Limpeza 189€ 60 27 - - 27Arejamento 28€ 240 1 - Out. e Mar. 4

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL265

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Prado (10 m

2)

Sementeira 22.7€ 180 1 0.6 Kg Out. e Mai. 3Rega Manual

42€ 30 12 - Jul. a Set. 6

Rega Automática

21€ 15 12 - Jul. a Set. 3

Cortes 42€ 60 6 - - 6Mondas 73.5€ 210 3 - Primavera 10.5Adubação/ Fertilização

44€ 15 8 5 Kg Primavera 2

Ressementeira e Rolagem

19.2€ 150 1 0.4 Kg Out. e Mar. 2.5

Limpeza 189€ 60 27 - - 27Arejamento 28€ 240 1 - Out. e Mar. 4

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Herbácea

Vivaz(10 m

2)

Sementeira (40€/Kg)

18.7€ 300 0.5 0.06 Kg Out. e Mar. 2.5

Plantação 88€ 420 1 60 un Out. e Mar. 7Regas Manual

378€ 60 54 - Jul. a Set. 54

Monda 588€ 420 12 - Primavera 84Limpeza 1134€ 180 54 - - 162

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL266

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Substituição 44€ 420 0.5 30 unOut. ou

Abr.3.5

Adubação 7€ 30 2 8 Kg Primavera 1

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Herbácea

Anual (10 m

2)

Sementeira 39.4€ 300 1 0.06 Kg Out. e Mar. 5Plantação 88€ 420 1 60 un Out. e Mar. 7Regas 378€ 60 54 - Jul. a Set. 54Monda 588€ 420 12 - Primavera 84Limpeza 1134€ 180 54 - - 162Substituição 88€ 420 1 60 un

Out. ou Abr.

7

Adubação 9.5€ 30 1 8 Kg Primavera 0.5

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Sebe(10 m

Plantação 32€ 60 1 5un Out. e Mar. 1Rega 84€ 30 24 - Jul. a Set. 12

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL267

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

l)

Limpeza 84€ 30 24 - - 12Poda 84€ 240 3 -

Nov. a Mar.

12

Tratamentos Fitossanitários

4.5€ 30 1 1 dl Primavera 0.5

Tutoragem 20.5€ 90 1 - - 1.5

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Arbusto

(1 un)

Plantação 6.2€ 10 1 1un Out. e Mar.0.166

Rega 14€ 5 24 - Jul. a Set. 2Limpeza 14€ 5 24 - - 2Poda 1.75€ 15 1 -

Nov. a Mar.

0.25

Tratamentos Fitossanitários

0.6€ 5 1 0.01dl Primavera 0.083

Tutoragem 1.16€ 10 1 - - 0.166

Material

Vegetal

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Árvore

Plantação 87€ 60 1 1 Out. e Mar. 1Rega 3.5€ 5 6 - Jul. a Set. 0.5Limpeza 7€ 5 12 - - 1

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL268

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

(1 un)

Poda 14€ 120 1 -Nov. a Mar.

2

Tratamentos Fitossanitários

4.5€ 30 1 1 cl Out. 0.5

Tutoragem 8€ 20 3 1ml cinta - 1

Infra-Estrut

uraAcção

Custo/

acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Rega

Subs. Emissores

14€ 60 2 4un Mai. e Jul. 2

Regulação 7€ 10 6 - - 1Programação

2.31€ 10 2 - Jun. e Out. 0.33

Drenagem

Desobstrução e limpeza de valas (ml)

1.16€ 10 1 - Out. 0.166

Constru-ção Civil

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Elementos de Água

Limpeza 560€ 180 3 - - 9

Escadas (m2)

Limpeza 42€ 15 24 - - 6

Rampas (ml)

Limpeza 42€ 15 24 - - 6

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL269

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Caldeiras (un)

Limpeza 28€ 10 24 - - 4

Lancil (ml)

Limpeza 14€ 5 24 - - 2

Pavimento (m2)

Limpeza 28€ 10 24 - - 4

Equipa-

mento

AcçãoCusto

/ acção

Tempo Acção (min)

Nº acções (ano)

Quant. por

acção

Época da

acção

Tempo

Total da

acção (h)

Bancos Substituição 257€ 240 0.25 0.25 - 1Papeleiras

Substituição207€ 240 0.25 0.25 - 1

Frades Substituição 68.5€ 120 0.25 0.25 - 0.5Eq. Infantil

Substituição 512.25€

420 0.25 0.25 - 1.75

Bebedouro

Substituição 387€ 240 0.25 0.25 - 1

Vedação (ml)

Substituição 11.75€ 60 0.25 0.25 - 0.25

Corrimão (ml)

Substituição43.5€ 120 0.25 0.25 - 0.5

Parque de Bicicletas

Substituição

507€ 240 0.25 0.25 - 1

Na apresentação dos tempos de execução não se entrou em consideração com os tempos de deslocação ao local, montagem do equipamento e inicio do trabalho, uma vez que esta tabela procura

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL270

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

ser geral para intervenção em vários pontos do conselho e para espaços com variadas escalas.

Consideram-se 2 deslocações diárias de ida e volta para o local a desempenhar funções, ocupando estas deslocações um tempo médio de 30 min pois incluem a selecção do material necessário, e deslocação ao local de trabalho e início das tarefas. Para voltar estimam-se os mesmos 30 min, para arrumar o material, transporte, voltar à base e arrumar o material na base. Assim a cada dia de 7h de trabalho de um jardineiro deverão subtrair-se 2h restando apenas 5h de trabalho efectivo. O valor da hora considerado deverá ser acrescido do valor dos tempos mortos.

Considera-se nestas tabelas as acções básicas e frequentes de manutenção e amortização do produto, não se entrando em conta com a substituição anual dos equipamentos, luminárias, equipamento de drenagem, ou equipamento e mobiliário urbano, uma vez que estas apresentam um tempo de vida maior do que o previsto no presente plano. Para o sistema rede de rega, são previstas acções mais frequentes, tais como: detecção de falhas ou entupimentos, substituição de emissores, substituição de tubagem incluindo abertura de valas.

Os valores atribuídos para o descritor temporal são valores empíricos; as quantidades de aplicação, épocas e custo são valores reais, estimados de acordo com o estabelecido nas normas ou regras específicas de cada acção e material em específico.

De acordo com o referido mapa, estamos agora em condições de estabelecer, para cada espaço em manutenção um custo real, o tempo do pessoal afecto a cada espaço e as principais épocas de

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL271

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

trabalho. Os intervalos vazios constantes na calendarização do pessoal serão preenchidos com as restantes acções de construção de jardins. Desta forma poderemos estabelecer com um certo grau de confiança uma calendarização das acções de manutenção no plano estratégico.

As tabelas apresentadas poderão ainda ser utilizadas para estimar um custo real, para manutenção das áreas entregues à junta; para calcular o valor final de manutenção em cada área entregue à junta deverá ser feito o cálculo para cada espaço individualmente, considerando todos os elementos existentes em cada espaço.

Na calendarização do pessoal torna-se importante prever alguns tempos livres, pois poderão existir acções imprevistas a realizar, ou atrasos na realização das acções calendarizadas, devido a más condições climatéricas ou quaisquer outras situações imprevistas. Com a existência de tempos livres mantém-se a possibilidade de realização de acções não previstas e de aferição dos tempos no calendário.

Esta calendarização não será realizada no presente estudo uma vez que estas acções não se encontram no âmbito das acções específicas do Arquitecto Paisagista em funções na DIL2 e ainda porque o levantamento das áreas em manutenção se apresentava bastante exaustivo para o âmbito do trabalho. Considerou-se no entanto importante referir a possibilidade de prever estas acções e o tempo que poderiam utilizar com vista a uma gestão totalmente integrada e sistematizada das acções do Sector de Espaços Verdes.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL272

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

8 PODAS E ABATES DE ÁRVORES QUE REPRESENTAM UM PERIGO PARA A POPULAÇÃO

Uma das acções a realizar no Sector de Espaços Verdes da DIL2 é a poda das árvores. Esta acção ocorre num período específico do ano – entre Novembro e Março, e é realizada pelas equipas da Brigada de Jardineiros. Quando decorre a época das podas, todos os esforços lhe são dirigidos. As acções de manutenção, construção de jardins, resposta a munícipes, etc, deverão ser articuladas com as podas.

A gestão e acompanhamento das podas, tal como o acompanhamento e realização de obras de arquitectura paisagista, deverá ser realizado por indivíduos munidos com os meios intelectuais e técnicos que permitam uma correcta condução do material vegetal arbóreo nas freguesias da DIL2. Para acompanhamento das podas, é feito anualmente um levantamento de todo o Material vegetal Arbóreo a podar, e o respectivo diagnostico dos indivíduos. Após o levantamento é feito um escalonamento das áreas de intervenção e um cronograma das actividades.

O cronograma das actividades, no caso das podas é um procedimento complicado de implementar, pois estas são realizadas na época de maior probabilidade de ocorrência de chuvas. Assim, embora seja definido um cronograma de actividade este deverá ser composto apenas por dias úteis, definindo o tempo mínimo, em dias úteis corridos, em que se desenvolveria a acção das podas. O tempo

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL273

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

máximo será o estimado de forma empírica em que se consideram os meses entre Novembro e Março.

Nesta fase deverão apenas ser asseguradas as podas e a manutenção dos espaços. Quando se encontrarem concluídas as podas, deverá então iniciar-se a construção dos espaços verdes. Esta fase deverá coincidir com a entrega pelo aprovisionamento dos processos de aquisição de serviços completo.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL274

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

9 ACOMPANHAMENTO DOS ESPAÇOS EM MA NUTENÇÃO PELAS JUNTAS DE FREGUESIA

Os espaços em manutenção pertencentes às freguesias de Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Belas e Casal de Cambra encontram-se na sua maior parte entregues às juntas de freguesia para que esta os mantenha. Para tal, é cedido apoio financeiro pela Câmara Municipal de Sintra às freguesias, comprometendo-se estas a manter os espaços com boa qualidade. Os espaços em manutenção pelas juntas deveriam ser alvo de fiscalização contínua por parte da Câmara, alertando para situações de abandono e negligência e propondo até em alguns casos a substituição de material vegetal ou a remodelação de algumas áreas.

Deveria ser realizado um levantamento com cartografia associada e com a caracterização de cada espaço entregue à junta. Esta caracterização deveria incluir um levantamento fotográfico de cada espaço, as condições em que foi entregue à Junta de Freguesia, indicações do tipo de intervenções para cada área, a área de intervenção, o equipamento existente, bem como todas as características que permitam estimar e controlar as acções de manutenção efectuadas. Também este levantamento deveria estar incluído no plano de espaços verdes a realizar, possibilitando-nos a definição fundamentada e criteriosa dos apoios a ceder, (por área em manutenção), facilitando ainda o acompanhamento e fiscalização da manutenção dos espaços.

O acompanhamento e manutenção deverá ser próximo e constante. Deveria ser feito um relatório por espaço e os apoios

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL275

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

financeiros cedidos às Juntas deveriam ser cortados em casos de manutenção indevida. Actualmente é realizado um relatório de dois em dois meses das áreas em manutenção. Sobre este relatório são cedidos os apoios. Este relatório deveria apresentar um levantamento exaustivo de cada área em manutenção e os apoios deveriam ser atribuídos de acordo com as intervenções realizadas.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL276

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

10 FISCALIZAÇÃO DE APOIO A ASSOCIAÇÕES DE CARÁCTER SOCIAL NO ÂMBITO DA RECUPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES

O apoio a associações de carácter social é atribuído nos mesmos parâmetros dos espaços entregues para manutenção pelas Juntas de Freguesia. São fundos cedidos para realização de acções de manutenção e recuperação dos espaços verdes associados a cada associação.

O acompanhamento e gestão destes espaços deveriam ser alvos do mesmo tipo de acções definidos no capítulo anterior. Deveria ser realizado um levantamento exaustivo de todos os espaços verdes das associações e das acções a realizar no âmbito da recuperação e manutenção destes espaços. Deveria, da mesma maneira, ser feito um acompanhamento e fiscalização das acções a realizar e os relatórios elaborados deverão incluir a caracterização das acções realizadas e as acções em falta. Estes relatórios deveriam repercutir-se no valor atribuído e cedido a cada associação.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL277

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

11 RECEPÇÃO E RESPOSTA DE RECLAMAÇÕES OU PEDIDOS DE MUNÍCIPES

A função da DIL2, tal como todas as outras DIL, é a execução de todo o tipo de acções que envolvam a melhoria e beneficiação dos espaços exteriores do tecido urbano da Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Belas e Casal de Cambra. Apesar de outras unidades orgânicas também intervirem pontualmente nas mesmas freguesias, todas as questões e assuntos relativos ao meio urbano que o munícipe gostaria de ver resolvidos deverão ser expostos à DIL2, que tem a responsabilidade de procurar a sua solução ou justificação e informar o Munícipe.

Para apresentação destas questões existe um departamento específico na Câmara Municipal de Sintra que é o Gabinete de Apoio ao Munícipe (adiante designado por GAM) recebendo, este gabinete, toda a correspondência proveniente do Munícipe e reencaminha-a para as divisões responsáveis. As reclamações recebidas na DIL2 são encaminhadas para o Chefe de Divisão que as distribui pelos técnicos de acordo com a sua especialidade e área de intervenção.

Quando é recebida uma reclamação de um munícipe que implique a acção das equipas de jardineiros, esta é direccionada para o encarregado, com instruções acerca da sua resolução e execução. Quando está terminada, a intervenção é descrita no pedido do munícipe e reenviado para o GAM, onde é realizado um ofício a informar o munícipe da resolução do problema.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL278

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

A Dil2 apresenta, uma quantidade de outras atribuições, não estando no entanto incluídas e descritas no presente relatório pois não se incluem no âmbito de intervenção do sector de espaços verdes, tais como: sinalização, repavimentação e pintura de acessos e vias, instalação de redes de drenagem, entre outros. A DIL2 deverá resolver ainda todos os tipos de problemas associados à construção civil, protecção civil e ambiente nas freguesias de intervenção.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL279

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

IV PLANO DE ESPAÇOS VERDES PARA UMA ÁREA PADRÃO E ESPAÇOS VERDES DIVERSOS SELECCIONADOS

1 INTRODUÇÃO

De acordo com o exposto e após apresentação e descrição das funções e atribuições da DIL2, e tendo em vista a realização de um Plano Estratégico de Intervenção nos espaços a beneficiar da DIL2, seguidamente apresenta-se, um esboço de um plano de espaços verdes para uma área padrão.

Foi seleccionada uma área padrão pois o levantamento, caracterização e cartografia de todos os espaços seria demasiado extensa e comprometendo o trabalho de projecto a realizar na DIL2 pela funcionária. A realização deste levantamento deveria ser integrado com todas as outras DIL. Procura-se com o presente trabalho alertar para a importância deste plano tendo em vista a gestão integrada dos espaços e a futura realização de Programas Estratégicos sequenciais que prevejam as acções com antecedência. Assim seleccionou-se uma área padrão representativa do total do território a intervir.

Esta área padrão foi seleccionada de forma a apresentar áreas que representem cada tipologia de espaços verdes existentes na área da DIL2.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL280

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Assim, em seguida serão definidas as diferentes tipologias de espaços existentes no território. Após definição destas apresenta-se para uma área padrão um esboço do que seria um plano de espaços verdes.

Além dos espaços definidos na amostra padrão são ainda definidos espaços seleccionados independentemente. Estes espaços são também apresentados e descritos juntamente com os outros.

A amostra padrão não encerra nos seus limites os espaços prioritários de intervenção, reconhecidos empiricamente, e assim foram seleccionados espaços adicionais que tal como os anteriores serão levantados, caracterizados e classificados numa tabela conjunta.

Após descrição e caracterização de todos estes espaços serão definidas as prioridades de intervenção para os espaços apresentados finalizando o Plano de Espaços Verdes para as áreas definidas.

Por forma a facilitar e integrar o presente relatório, apresentamos em seguida as peças desenhadas 01 a 04, apresentando estas peças desenhadas uma localização do Concelho de Sintra, Divisão de intervenção local 2, área da amostra padrão e dos espaços seleccionados:- nº01 - Planta de Enquadramento e Localização da Área

Metropolitana de Lisboa;- nº02 – Planta de Localização da Divisão de Intervenção Local 2;- nº03 – Áreas e Eixos Prioritários;

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL281

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

- nº04 – Localização da totalidade dos Espaços Verdes caracterizados;

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL282

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

2 CARACTERIZAÇÃO DAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DE ESPAÇOS EXISTENTES NO CONCELHO

No seguimento do exposto, e com vista à classificação dos espaços verdes da DIL2, apresentamos seguidamente as várias tipologias de espaços na malha urbana da DIL2:

EVB.I - Espaços do Domínio Público do Município, não intervencionados e a necessitar de Beneficiação;

EVNB.I – Espaços do Domínio Público do Município, não intervencionados sem necessitar de Beneficiação.

EVB.II – Espaços do Domínio Público do Município em Manutenção pelas Juntas ou Associações e a necessitar de remodelação.

EVNB.II – Espaços do Domínio Público do Município em Manutenção pelas Juntas ou Associações e sem necessitar de remodelação.

EVNB.III - Espaços do Domínio Público do Município em Manutenção pelas Brigadas de Jardineiros da Câmara e sem necessitar de remodelação.

EVNB.IV – Áreas de cedência de loteamentos não recepcionados.EVB.III – Espaços do Domínio Privado do Município passíveis de

serem alvo de beneficiação e remodelação pela DIL2.EVNB.V - Espaços do Domínio Privado do Município não passíveis

de serem alvo de beneficiação e remodelação pela DIL2.EVPP - Espaços em Propriedade Privada, não passíveis de serem

alvo de beneficiação e remodelação pela DIL2, estes espaços incluem escolas, áreas agrícolas particulares, espaços industriais, etc.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL283

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EVProt – Espaços Verdes em áreas protegidas, DPH, RAN, REN.EVDesc – Espaços Verdes cujo proprietário é ainda desconhecido

da DIL2;URB – Malha Urbana sem presença de espaços públicos.

A última categoria de espaços não se apresenta como uma “tipologia” de espaço, mas uma área inteira cuja propriedade é dos munícipes e onde não existe qualquer tipo de espaço público livre.

A amostra padrão seleccionada encontra-se em Rio de Mouro, na Serra das Minas. A área seleccionada ocupa 1,05Km2 e apresenta os seus limites entre quatro plantas cartográficas, planta nº4163352, 4163354, 4164311 e 4164313.

Os restantes espaços foram seleccionados entre as áreas exteriores em espaço público que necessitam de intervenção.

Apresentamos em seguida a peça desenhada nº 05, 06 e 07 onde se classificam de acordo com estas tipologias os espaços inseridos na amostra padrão os seleccionados individualmente.- nº05 Caracterização de Espaços Verdes na Amostra Padrão- nº06 Caracterização de Espaços Verdes Seleccionados em

Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro;- nº 07 Caracterização de Espaços Verdes seleccionados em Belas

e Casal de Cambra.

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3 LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE UMA ÁREA PADRÃO E DOS ESPAÇOS INDEPENDENTES SELECCIONADOS EMPIRICAMENTE

Após levantamento e definição das áreas a intervir procedeu-se à visita e caracterização de cada espaço individualmente em fichas, estas fichas foram posteriormente agrupadas na tabela síntese que se segue (ver quadro 4).

A numeração utilizada na classificação dos espaços apresenta correspondência nas peças desenhadas nº05, 06 e 07.

A tabela síntese de espaços verdes caracteriza vários elementos, tais como:- número: número natural positivo atribuído ao espaço;- Identificação: o nome identificativo do espaço;- Equipa: o nome da equipa da brigada de jardineiros da DIL2 que

realiza a manutenção no espaço. Existe a equipa A e Equipa B.- Descrição: descrição/ classificação do tipo ou forma do espaço,

tal como: arruamento, separador, praça, etc.- Tipologia: Tipologia do espaço;- Área: área aproximada do espaço;- Árvores: existência de árvores, o número de indivíduos e o seu

estado fitossanitário. As árvores podem encontrar-se em boas, médias ou fracas condições fitossanitárias.

- Arbustos: idem para árvores;- Herbáceas: existência de herbáceas, o número de m2

preenchidos com herbáceas e o seu estado fitossanitário. Tal

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como os anteriores as herbáceas são classificadas em boas, médias e fracas condições fitossanitárias.

- Relvado: existência de relvado, o número de m2 preenchidos com relvado e o seu estado fitossanitário. Tal como os anteriores o relvado é classificado pela boa, média ou fraca condição fitossanitária;

- Rede de rega: existência ou não de sistema de rega e se existe sistema de rega ele é classificado em rede de rega manual ou automática;

- Bocas-de-incêndio: Existência e nº de bocas;- Drenagem: existência de rede de drenagem e tipo de sistema;- Equipamento: existência, quantidade e tipo;- Se o espaço necessita ser beneficiado;- Estimativa da intervenção no espaço em função do tipo de

beneficiação, quando este necessita de ser beneficiado;- Tipo de Execução/Obra.

Assim, para cada espaço apresentado são definidas as características apresentadas. Para algumas situações em que o espaço não necessita de intervenção e quando este apresenta uma área muito extensa, sem bases cartográficas, não foi levantada a quantidade de material vegetal existente apenas atestada a sua existência e qualidade.

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4 DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Após classificação dos espaços apresentados, entre aqueles que se apresentam como a beneficiar, foi realizada uma tabela para definição e cálculo das prioridades relativas dos espaços apresentados (ver quadro 5).

Os critérios de selecção das prioridades utilizados são os definidos no capítulo III – 1, critérios esses que apresentamos em seguida:

- a. Áreas que apresentam potenciais perigos à segurança pública;- b. Localidade (os projectos a realizar anualmente não deverão

encontrar-se todos na mesma freguesia);- c. População que serve o espaço;- d. Visibilidade do espaço;- e. Área do espaço;- f. Custo estimado de execução de cada espaço (razão entre a

área e o valor estimado para cada tipologia de espaço);- g. Envolvente, (proximidade a outras áreas de intervenção, ou

áreas contíguas a intervir);- h. Tipo de projecto: Recuperação ou Construção de um Espaço

Público;- i. Relevância histórica ou cultural do espaço;- j. Relevância estratégica ou política.

Para cada um dos critérios definidos é utilizada uma tabela de classificação que justifica a atribuição de cada classificação numérica entre 1 e 3. O espaço com maior valor numérico final apresenta uma maior prioridade relativa (ver quadro 6).

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Cada critério terá um nível de importância relativa aos outros critérios e assim o valor atribuído a cada critério pode na realidade assumir um valor bastante superior ao de uma unidade. O valor final será encontrado pela aplicação da seguinte expressão:

Prioridade relativa = 2a+3b+2c+d+e+f+3g+h+2i+3j

Assim consideram-se os critérios “b”, “g” e “j” que, multiplicados por um factor 3, consistem nos critérios com maior peso na definição das prioridades relativas, estes critérios não têm a ver com as características intrínsecas do espaço mas são factores determinantes para selecção dos espaços a intervir. Em seguida, os critérios “a”, “c” e “i”, com factor 2, consistem em características intrínsecas de cada espaço. Por último os restantes factores “d”, “e”, “f” e “h”, critérios que não envolvem questões prioritárias.

Com os resultados finais são hierarquizados os espaços de acordo com os totais. Finalmente, e tendo em consideração as limitações da divisão são seleccionados os espaços 7 dos espaços prioritários com tipo de obra por Empreitada de Obras Públicas e 3 espaços prioritários com tipo de obra por administração directa.

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V Plano Estratégico para 2006

1 INTRODUÇÃO

O programa estratégico, tal como referido anteriormente, deve estar fundamentado num plano de espaços verdes, com a apresentação e caracterização de todos os possíveis espaços a intervir, a definição de prioridades, de acordo com os critérios acima definidos e com a posterior definição de quais os espaços a intervir em cada ano do horizonte temporal definido para cada plano estratégico.

Como referido anteriormente a realização de um plano de espaços verdes geral para toda a área de intervenção não é exequível e encontra-se fora do âmbito da intervenção do presente relatório e assim como base para o plano estratégico foi realizado um plano de espaços verdes com base na classificação de espaços numa amostra padrão e de espaços seleccionados como a beneficiar na área da DIL2.

No seguimento da caracterização destes espaços e atribuição das prioridades relativas no capítulo anterior, apresenta-se o programa de intervenção para cada um dos 10 espaços seleccionados para executar em 2006. Na classificação dos espaços foi definida uma estimativa de intervenção com base no tipo de beneficiação de cada área bem como o tipo de execução de que será alvo.

Após apresentação dos espaços verdes será definido um cronograma de intervenção nos diferentes espaços.

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Finalmente com o cronograma de trabalho finalizado deverá fazer-se um estudo do volume de materiais necessários para a execução dos espaços, pelo conhecimento real das áreas em execução.

Será ainda realizado um cronograma financeiro que permita prever as verbas necessárias e em que épocas, para realização das acções previstas no Sector de Espaços Verdes da DIL2.

Desta forma conseguimos, sem grande esforço prever todas as acções de construção e beneficiação de espaços verdes a realizar em 2006, publicitar estas intervenções e comunicá-las a todas as entidades orgânicas que intervêm na mesma área da DIL2, tais como SMAS, SANEST, DUR, DOM, entre outras, prevenindo e gerindo intervenções consecutivas nas mesmas áreas.

Esta planificação deveria ser levada a cabo também para as acções de manutenção dos espaços verdes e acções de poda, planeando e gerindo todo o sector de espaços verdes de forma integrada.

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2 PROJECTOS DE ARQUITECTURA PAISAGISTA

2.1 PROJECTOS DE ARQUITECTURA PAISAGISTA PARA 2006, ESTIMATIVAS DE CUSTO, E TIPOS DE EXECUÇÃO

De acordo com o exposto, em seguida apresentamos os espaços em Projecto para 2006, as respectivas estimativas de custo e tipos previstos de execução (Ver quadro 7).

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2.2 PROGRAMA DE INTENÇÕES

Para cada projecto a executar em 2006 é previsto e definido um programa de intervenção, neste programa são descritos sinteticamente vários tópicos, entre eles:- breve caracterização do espaço, - justificação da prioridade relativa, - são apresentadas as principais lacunas e pontos críticos de cada

espaço a resolver. Neste ponto deverão ser mencionados entre outros as lacunas e pontos críticos existentes entre este espaço e a sua envolvente imediata,

- é apresentada uma descrição da ligação à envolvente, no caso de existirem outros espaços verdes nas imediações, outros espaços para projecto que deverão ser levados em conta ou ainda a indicação de valências definidas pela envolvente ao espaço que não derive da própria identidade da área em estudo;

- o tipo de beneficiação da intervenção e se envolve maioritariamente acções respeitantes ao material vegetal ou se envolve grandes acções de construção civil;

- a densidade populacional;- o conceito de intervenção proposto, em traços gerais;- uma estimativa orçamental por m2;- e a forma de execução da obra, se por administração directa ou

por Empreitada de Obras Públicas.

Para cada zona é atribuída uma designação do espaço composta por duas parcelas por exemplo: Z2 – 54 e 58. Esta classificação significa que é a zona com prioridade número 2 e que diz respeito às áreas verdes denominadas na tabela de classificação dos espaços com nº 54 e 58.

Plano Estratégico das Intervenções de Beneficiação de Espaços Verdes Públicos da DIL292

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No programa de intervenção, para cada espaço é ainda descrito um programa da intervenção no espaço, onde se define o tempo de projecto, o tempo de preparação da obra ou de lançamento do concurso até adjudicação, o tempo previsto para a obra e o tempo de manutenção até entrega à junta.

Assim são apresentadas seguidamente as peças desenhadas 08 a 12 onde são apresentados os programas de intervenção das zonas 1 a 10.

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2.3 CRONOGRAMA DE INTERVENÇÃO

Com a definição das prioridades de intervenção em cada espaço, a definição do cronograma de intervenção é imediato. Com a programação dos espaços a intervir deixam de existir tempos de espera ou tempos prolongados onde se aguardam decisões ou material.

Apresenta-se em seguida o Quadro 8 onde consta o cronograma das intervenções na DIL2.

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3 AQUISIÇÃO DE MATERIAL

Pela conjugação do Quadro 2 e 6 conseguimos estimar as quantidades de materiais necessários para execução das obras previstas executar por administração directa.

Tendo em consideração que apenas as obras por administração directa utilizam material adquirido pela Câmara Municipal de Sintra, deverá ser calculado o total de todas as obras orçamentadas e a realizar por administração directa.

Assim, de acordo com o previsto no quadro 2, para um valor total estimado das obras, cada descritor irá utilizar a percentagem específica calculada. Após este cálculo encontraremos um Total 1 a utilizar por cada descritor. Como os valores estimados para realização das obras consideram o gasto com a mão-de-obra, transportes, entre outros factores independentes do material, o Total final será aproximadamente 70% do Total 1. Considera-se que uma margem média de 30% do total são parte lucro, transportes, mão-de-obra, etc., do empreiteiro.

Os descritores apresentados representam equipamentos específicos para uma fase da obra ou material, seguindo-se uma descrição dos equipamentos e materiais incluídos nas aquisições de cada descritor:

- Nos trabalhos preparatórios considera-se incluída a aquisição de equipamento de máquinas necessário a estes trabalho, todo o

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restante trabalho será assegurado pelo pessoal da Brigada de Espaços verdes.

- Rede de rega diz respeito apenas ao material necessário adquirir e deverá ser um processo de aquisição contínua.

- Rede de drenagem diz respeito ao material necessário adquirir, como caleiras, sumidouros, etc. Deverá ser uma aquisição de material contínua.

- Pavimentos diz respeito à aquisição de material para pavimento como: pedra ornamental, casca de pinheiro, saibros coloridos, lajes e blocos de pedra rectangulares para construções de frades ou bancos em situações pontuais

- Construção Civil – Aquisição de Serviços, diz respeito a aquisição de serviços de mão-de-obra.

- Construção Civil - DIL2 – Aquisição de lancis, tout venant, pedra e gravilhas tipo ou de qualquer outro material necessário à realização de obra de construção civil a realizar pela Brigada de Jardineiros da DIL2.

- Terra vegetal diz respeito ao fornecimento de terra vegetal.- Plantações diz respeito ao fornecimento de arbustos, árvores,

herbáceas, trepadeiras, palmeiras, coníferas, etc.- Sementeiras diz respeito ao fornecimento de sementes de relva

ou prado.- Tutores diz respeito ao fornecimento de tutores de madeira de

vários tamanhos podendo ser fornecidos sobre a forma de paliçadas, tutores individuais ou como vedação.

- Equipamento diz respeito ao fornecimento de equipamento que não existe em armazém na Câmara Municipal de Sintra ou em qualquer outro fornecimento contínuo, tal como bebedouros, equipamento infantil, equipamento desportivo, etc.

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- Tela e Casca de Pinho dizem respeito ao fornecimento de tela geotextil, fibra de côco, alvéolos de PVC e casca de pinheiro.

No caso de aquisição de materiais e mão-de-obra tal como no descritor “Construção Civil - Aquisição de Serviços” o “Total 1” será equivalente ao “Total Final”. Assim, em seguida apresenta-se o Quadro 9 onde se referem os valores necessários para os vários descritores.

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4 PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

Definida a quantidade de materiais que é necessário adquirir para realização das obras por administração directa, é agora calculada a verba total a cabimentar em 2006 para realização dos projectos previstos a executar por Empreitada de Obras Públicas. Parte dos projectos realizados em 2006 serão apenas cabimentados em 2007, uma vez que o tempo decorrido entre a realização do projecto final e a cabimentação final, ou seja o processo de lançamento e adjudicação da empreitada, varia entre 2 a 4 meses.

Apenas parte das verbas cabimentados em 2006 são facturadas ainda no mesmo ano, considerando que serão realizadas nas presentes obras facturas mensais considera-se que apenas a obra nas zonas 2 será terminada e facturada totalmente. As obras nas Zonas 3 e 4 serão realizadas parcialmente. As obras seguintes, nas zonas 5 e 6 serão apenas iniciadas e facturadas em 2007. As obras 7 e 8 serão cabimentadas e facturadas em 2007.

Apresenta-se em seguida o Quadro 10 onde são apresentadas as verbas aproximadas a cabimentar no ano de 2006 e o valor facturado em 2006. No ano de 2006 serão ainda facturados os trabalhos realizados e cabimentados em 2005.

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VI Conclusões

O presente relatório constitui um exercício académico de um plano estratégico de gestão das intervenções de beneficiação a implementar para o ano de 2006. Este modelo, no entanto pode ser aplicado às várias divisões de intervenção local e deverá ser estendido para horizontes temporais de 4 anos.

Pretende-se com o relatório de estágio apresentar uma forma de gestão integrada das acções de beneficiação e justificar as mais valias que este pode acarretar, bem como apresentar os principais pontos críticos no processo de execução de novos projectos.

Um dos principais pontos críticos referenciados é a morosidade existente em algumas fases do processo, como: levantamento dos limites das propriedades a ceder pela DPIM, aquisição de levantamentos topográficos, lançamento da empreitada no caso da obra ser realizada por empreitada de obras públicas, lançamento de aquisição de serviços ou materiais para realização de obras por administração directa e gestão dos materiais.

A definição de um plano estratégico permite-nos ultrapassar grande parte destes pontos críticos.

Como forma de ultrapassar os restantes pontos críticos foram definidos procedimentos complementares a implementar no Sector de Espaços Verdes da DIL2. Estes procedimentos permitem sistematizar e controlar os processos tornando-os menos dependentes do indivíduo em funções e minimizando a existência de conflitos e pontos críticos.

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Uma das maiores dificuldades encontradas no desenvolvimento deste relatório foi a inexistência de um plano de espaços verdes. Este plano de Espaços Verdes, como mencionado, deveria ser o ponto de partida para uma eficiente gestão e visualização do território.

Para além da Divisão de Intervenção Local 2, também o Departamento de Obras Municipais intervêm no mesmo espaço, criando também espaços verdes públicos. A realização de um plano de espaços verdes dentro dos parâmetros referidos e apresentados no presente relatório permitiria definir com maior clareza o âmbito de intervenção de cada unidade orgânica, uma vez que o critério financeiro ou de construção/recuperação poderá ser dúbio em determinadas situações, quando não se apresenta fundamentado na realização de um plano de espaços verdes.

Assim, no universo extenso de áreas a recuperar com um plano de espaços verdes e consequente plano estratégico seria imediata a separação entre projectos a realizar pelo DOM e pela DIL2 tornando mais eficiente a gestão destes projectos em cada divisão.

O método utilizado para realização de projectos de espaços verdes poderá ser extensivo às acções de manutenção de espaços verdes, entre outros.

Nos tempos actuais a figura de planeamento encontra-se no ponto de partida, é uma ferramenta essêncial à gestão integrada e sustentada de um município.

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VII Índice de Imagens, Quadros, Desenhos e Anexos

Índice de ImagensFigura 1 – Concelho e Freguesias de SintraFigura 2 – Concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e Ccncelho

de SintrraFigura 3 – Freguesias da Divisão de Intervenção Local 2.

Índice de QuadrosQuadro 1. Tabela de Evolução de População no Concelho de SintraQuadro 2 . Estimativa de Gastos por Descritor de Trabalhos em

ObraQuadro 3. Acções a Realizar para Manutenção de Espaços Verdes

e Custos AssociadosQuadro 4. Levantamento de Espaços VerdesQuadro 5. Atribuição de Classificação numérica por critérioQuadro 6. Prioridades de IntervençãoQuadro 7. Estimativa de Obra e Tipo de Execução PrevistaQuadro 8. Cronograma de IntervençõesQuadro9. Aquisição de Materiais e Mão de ObraQuadro 10. Cronograma Financeiro

Índice de Peças Desenhadas01. Planta de Enquadramento e Localização da Área Metropolitana

de Lisboa02. Planta de Localização da Divisão de Intervenção Local 203. Áreas e Eixos Prioritários04. Localização da totalidade dos Espaços Verdes caracterizados

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05. Caracterização de Espaços Verdes na Amostra Padrão06. Caracterização de Espaços Verdes Seleccionados em

Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro07. Caracterização de Espaços Verdes seleccionados em Belas e

Casal de Cambra08. Caracterização de Espaços Verdes – Plano de Intenções - 2006 09. Caracterização de Espaços Verdes – Plano de Intenções – 200610. Caracterização de Espaços Verdes – Plano de Intenções – 200611. Caracterização de Espaços Verdes – Plano de Intenções – 200612. Caracterização de Espaços Verdes – Plano de Intenções - 2006

AnexosAnexo I. Controlo e Gestão dos Processos de Aquisição de

MateriaisAnexo II. Folhas de Obra

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VIII Bibliografia Consultada

Documentos e Literatura:Anónimo – Rio de Mouro. Lisboa, Dicionário EnciclopédicoAnónimo – Casal de Cambra. Lisboa, Dicionário EnciclopédicoINE - DRLVT – Censos 2001 Resultados Preliminares – Lisboa e

Vale do Tejo. Lisboa, Instituto Nacional de Estatistica, 2001Gabinete do Plano Director, CMS – Modelo Territorial. Sintra,

Câmara Municipal de Sintra, 1990

Artigos Consultados:Reis, Luciano – Capela de Nossa Senhora da Natividade. Mem

Martins, Jornal da Região, 2002.Alves, Teresa M. – De região saloia a vila urbana. Algueirão-Mem

Martins, Jornal da Região, 2000.Fontes, Joaquim. – Mem Martins – Notas históricas e etnográficas.

Lisboa, Boletim da Junta de Província de Estremadura – Publicação Trimestral, 1943

Anónimo - Localidades de Algueirão e Mem Martins – De celeiro abastecedor a vila progressiva. Mem Martins, Jornal A Pena, 1997.

Silva, A. – Memorial da Freguesia de Belas – Amadora, Jornal da Amadora, 2003.

Reis, Luciano – Vila com Património. Belas, Jornal da Região, 2004.J.C.S: - Novas freguesias, vilas e cidades. Sintra, Jornal A Pena,

1997.Anónimo – O futuro passa por aqui. Sintra, Jornal A pena, 1997.Anónimo – Uma freguesia em desenvolvimento. Sintra, Jornal

Sintra regional, 2004.Anónimo – Como nasceu Casal de Cambra. Sintra, Revista da

Imprensa, 2004

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Relatório de Estágio – Arquitectura Paisagista

Sites consultadoswww.cm-sintra.pthttp://home_knet.pt/id012579/com_protaml.htmwww.aml.pt

Cartografia – Outubro de 2000, disponibilizada na rede informática da Câmara Municipal de Sintra pela Divisão de Sistema de Informação Geográfica com o nome de “Geo_Sintra”.

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IX Anexos

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