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CADERNO SEAPEdição II
_____________________Memória de
oito anos de gestão
“Dizemos: afinal somos aquilo que pensamos, amamos, realizamos.E eu acrescentaria: somos aquilo que lembramos.
Além dos afetos que alimentamos, a nossa riqueza são os pensamentos que pensamos, as ações que cumprimos, as lembranças que conservamos e não deixamos apagar e das quais somos o
único guardião”
Norberto Bobbio,em “O Tempo da Memória”
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APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) traz aqui a segunda edição do “Caderno Seap”. Enquanto o primeiro, elaborado em novembro de 2010, teve como objetivo essencial subsidiar o grupo de transição entre o governo atual e o governo eleito, este pretende dar mais um passo.
Além, claro, de servir de base para a próxima gestão à frente do Executivo estadual e, particularmente, à frente da pasta, esta edição procura registrar o contexto em que ocorreram as decisões e ações que se deram no período que agora se encerra.
De modo que esta edição se preocupou também em trazer números, dados e outras informações de caráter mais relatoriais e técnicas – estão, elas, no anexo. Mas o trabalho, como poderá ser observado, focouse na recuperação dos acontecimentos, sob o ponto de vista, evidentemente, da equipe no comando da Secretaria e, portanto, sob a ótica de determinada forma de pensar e encarar a administração pública.
O Caderno II é aberto pelo prefácio da procuradora de Estado Maria Marta Renner Weber Lunardon, que esteve como titular da Seap em quase todo o período da atual gestão (entre julho de 2004 e dezembro de 2010). No primeiro ano e meio do atual governo, Maria Marta foi diretorageral da Secretaria, quando então comandada pelo economista Reinhold Stephanes.
Em seguida, o “Caderno Seap II” vai aos relatos propriamente ditos, distribuídos em seis capítulos, definidos com critérios que mesclaram cronologia e aglutinação de temas ou fatos correlatos. A edição termina, como já citado, com os anexos com os principais dados e realizaçõeschave por área de atuação da Secretaria.
Você observará que durante o relato não há citações dos nomes das pessoas que conduziram projetos, dos que atuaram nos casos adiante tratados. Poderia haver o risco de se omitir, por circunstâncias da narrativa, o nome de alguém. Todos os que, de alguma forma, deram sua contribuição, dentro da sua alçada, de suas funções, de suas habilidades, todos que deram condições para que a Secretaria funcionasse – e cada um é capaz de reconhecer como e o quanto estava ao alcance e pôde participar – são responsáveis pelas realizações aqui assinaladas. Sintamse todos, pois, agradecidos e reconhecidos pelos feitos.
ÍNDICE
● Apresentação............................................................................................................03
● Prefácio....................................................................................................................05
● Em janeiro de 2003: tomando pé da situação...........................................................08
● Etapa seguinte: assumindo funções..........................................................................10
● Primeiros frutos, primeiras conquistas......................................................................12
● Trabalho aprovado. É 2007, e ele continua...............................................................18
● Desafios, sempre eles................................................................................................22
● Anexos I – Dados por área de atuação......................................................................25
● Anexos II – Recorte das repercussões (apenas na versão impressa)..........................26
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PREFÁCIO
Muito embora o tempo de oito anos seja bem pouco tempo para consolidar uma revolução, ela foi iniciada. O fato é que nesse período de janeiro de 2003 a dezembro de 2010 testemunhamos um processo muito intenso de mudanças na Administração Pública, uma alteração de paradigmas, tanto no que se refere à administração pública brasileira como estadual e municipal, e não poderia ser diferente.
Com o alerta dado no final de 2002 e início de 2003, de que era preciso focar a atuação dos administradores públicos e da chamada máquina administrativa no cidadão (e no cidadão menos provido, que precisa da interferência do Estado) para a melhoria dos serviços públicos, iniciouse um caminhar paulatino mas direcionado, firme, de passagem: da perspectiva burocrática para a perspectiva de gestão, no qual as camadas chamadas funcionais, logísticas e estruturais, enfim, todo o aparato estatal com o seu alto custo deve estar voltado para a melhoria das entregas de serviços à coletividade, sendo comum ouvir aos quatro cantos a diretriz de “melhora da qualidade do gasto”, não só com o significado de ganhos percentuais ou financeiros de economia nesta ou naquela compra, “redução de custeio”, contratação ou empreitada, como também numa melhora da equação entre o investimento público e o resultado ou a eficácia alcançada.
Houve necessidade da retomada de capacidade de planejamento da coisa pública, tal seja, na formulação e execução daquilo que hoje se repete nas falas dos políticos e gestores a existência e aprimoramento das políticas públicas...
A vida das pessoas, pelo que se vê e ouve, estará resolvida se houver e for fielmente executada tal e qual “política pública” para suprimento das mais diversas necessidades. Na verdade estes vocábulos têm um centro referencial teórico adotado pelo próprio ordenamento jurídico infraconstitucional, significando em resumo: políticas, como pilares, fundações, estruturas que dão sustentação a outras e a todas as ações de Estado, e são públicas porque o Estado toma conta, é responsável; daí ser tão importante que elas existam e sejam sentidas pela sociedade, a partir da existência deste ente abstrato e impessoal que é o Estado, Estado este que se reveste, no mais das vezes e nas suas apresentações e representações, com a cara e a roupa de seus governantes.
Pois bem, estas políticas públicas funcionam além de substrato, como norte, como placa de sinalização, para todas as outras iniciativas de governo, e por opção democrático constitucional devem, para legitimarse, estar apoiadas nos programas de governo, nos planos de governo escolhidos pelos eleitores nas urnas.
Durante toda a gestão dos governantes eleitos no Estado do Paraná, para o período aqui comentado – Roberto Requião e Orlando Pessuti houve necessidade de rememorar estes conceitos que podem parecer simples, mas às vezes se perdem num cotidiano exasperante, quando se procura, como no caso da Secretaria de Estado da Administração e Previdência, dar conta das tarefas diárias e deixar as coisas funcionando...
Houve sim a mais absoluta necessidade de retomar a capacidade do Estado, aí entendido, da pessoa jurídica Estado do Paraná, de responder às necessidades públicas, passando do alardeado bom (e ultrapassado) Estado mínimo, para o Estado eficiente e presente, com a predominância, sempre, do interesse público. Também não é demais
ressaltar que interesse público é aquele sentimento que é de toda a coletividade para que ela se desenvolva, adquirindo um contorno em certos casos e quando está sob avaliação comparativa, de contraposição ao interesse privado. É público porque é inerente à vontade de todos, à “res publica”, ao Estado de Direito.
A predominância desse interesse público esteve voltada para o desenvolvimento das regiões mais carentes de intervenção estatal e a tarefa foi e será árdua, pois com isto rompese um paradigma como dissemos no início, difícil de ser absorvido sob o ponto de vista políticoeleitoral, ou seja, procurase abandonar a microvisão, pulverizada, atomizada, pontual, em busca da macrovisão, integrada, programática e geral, tudo com um objetivo muito claro, que permeia sustentabilidade de crescimento, o da redução das desigualdades tanto entre pessoas como entre regiões de um mesmo território.
Foram estas premissas que soaram muito fortes às ações da Seap desde o primeiro dia de governo; uma Secretaria que é servidora entre todos os servidores e que não pode e não deve contentarse em ser um fim em si mesma, mas servir de instrumento às demais secretarias e órgãos.
Havia a determinação de nosso governador, Roberto Requião, de mudar a “cara” da gestão pública paranaense e a Seap buscou com afinco e garra cumprir tal desiderato, dotando a estrutura do Poder Executivo – e, por consequência, as políticas públicas eleitas de suporte logístico de meios materiais e pessoais para tanto.
Suas premissas ou pressupostos foram agilidade, eficiência e transparência, numa atuação inter relacionada com outros órgãos do Poder Executivo, onde as palavras de ordem foram: planejamento, ações multidisciplinares e transversais, acompanhamento, controle e uso da tecnologia da informação que se desenvolveu em progressão geométrica no período para “administrar”.
Conseguimos alcançar estes objetivos e cumprir nossas metas de forma satisfatória? Acredito que sim, mas jamais de maneira a satisfazer sem duras críticas as muitas e cada vez mais sofisticadas reivindicações da sociedade, seja em qualidade, seja em quantidade. Pode parecer muito fácil aplicar “de ofício” a Constituição e a Lei, mas tal não ocorre em nosso País. É preciso muita coragem de uma equipe competente, disposta e bem humorada.
São muitas as amarras, as formalidades e a desconfiança...
A figura que me parece mais apropriada para representar este trabalho é a do quebra cabeça. Para que todas as peças estejam nos seus lugares é preciso buscar os exatos contornos de cada uma das figuras, analisar os seus detalhes, fazer o encaixe e, então, quando pensamos que tudo está “em ordem” surge uma surpresa que exige de nós criatividade e união...
As ações da Seap descritas neste caderno simples são ações de Estado, têm caráter de permanência e de perenidade. São inominadas, pertencem ao serviço público paranaense. Serão mudadas, reformadas, ampliadas e melhoradas, mas como em todo o processo, houve o tempo de oito anos, que é bem pouco tempo para consolidar uma revolução mas é tempo suficiente para iniciála.
Desse trabalho árduo e nem sempre prazeroso, que tentaremos resumir para não
esquecer, o principal é termos humildade suficiente para reconhecer que muito ainda há de ser feito para a efetividade, para a “entrega” boa de serviços aos cidadãos , mas que isso não nos impeça de ter serenidade e alegria, em reconhecer o engrandecimento daquilo que já foi conquistado.
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EM JANEIRO DE 2003: TOMANDO PÉ DA SITUAÇÃO
A atual equipe nas posições de comando na Seap assume, logicamente, após a posse, em 1º de janeiro de 2003, do governador Roberto Requião e seu vice, Orlando Pessuti. Para a Secretaria de Estado da Administração e da Previdência o governador Requião designara o economista Reinhold Stephanes, que acumulava experiência como ministro, secretário de Estado e de Município e parlamentar, entre outras funções, além de ser referência nacional em questões previdenciárias. Para a DiretoriaGeral, foi nomeada a procuradora do Estado Maria Marta Renner Weber Lunardon.
A primeira providência do novo titular da pasta e da diretorageral foi a de se inteirar das decisões que deveriam ser tomadas com mais urgência e, também, definir os nomes dos que ocupariam os cargos de chefia, assessoramento e gerência das unidades que compõem a Secretaria. Para esses postos, deuse total preferência a servidores de carreira, técnicos ou profissionais da área que deveriam comandar.
Àquela altura, quando o Estado saía de um período de oito anos de governo marcado pelos ideais e práticas neoliberais, quais sejam elas, em síntese, a da presença mínima do poder público no desenvolvimento da sociedade, a Seap, enquanto órgãomeio do Poder Executivo, tinha papel restrito ao cumprimento de obrigações e rotinas burocráticas dentro das suas atribuições. Se o Estado, de um modo geral, havia sido enfraquecido para o mínimo estar presente na sociedade, a Secretaria da Administração, por tabela, “ausente” estava também.
A Secretaria não dispunha, naquele momento, de informações e dados básicos, compilados, que pudessem fornecer à nova equipe um panorama da situação do Poder Executivo, mesmo que apenas dentro do campo de atuação da Seap. O novo grupo encontrou não mais que uns “postits” e uma folha de papel, elaborada pela Diretoria de Recursos Humanos, com a lista das questões que exigiam, para as semanas seguintes, decisões ou ações necessárias de serem tomadas com brevidade. Na lista havia ainda a relação de problemas crônicos, estruturais, sucintamente abordados.
Entre esses lembretes, estava o da implementação de novos valores de tabelas de remuneração dos policiais civis e militares, definidos em lei do ano anterior e ansiosamente aguardados pelas duas corporações. Foi preciso, então, em poucos dias, tomar pé da situação financeira do Estado, verificar a viabilidade de se iniciar a implantação de tais compromissos, administrar a pressão, legítima, por parte daqueles servidores, e tomar a decisão. Com a contribuição das pastas da Fazenda e do Planejamento, e com o empenho da área de recursos humanos da Seap, foi possível encarar esse primeiro desafio e cumprir o compromisso.
Vale mencionar também que o estilo de governar do novo chefe do Executivo, Roberto Requião, refletia, diretamente, em providências que cabiam à Seap e levavam a uma nova forma de conduzir a administração do Estado.
A transparência absoluta, cobrada diariamente pelo novo chefe do Executivo, obrigou os gestores a se acostumarem com a publicização de todos os atos, feitos e, principalmente, dos entraves, das distorções, sem, todavia, ceder a pressões corporativistas, de quaisquer segmentos e interesses da sociedade, tampouco da mídia, que em grande
parte agiu em oposição intransigente ao novo governo.
Os problemas e os desafios teriam de ser tratados às claras, a portas abertas. Aos poucos a importância dessa postura foi sendo assimilada, e as críticas – se sempre justas ou não, inevitáveis a partir do momento em que há exposição pública das situações – gradativamente tinham de ser gerenciadas.
Outra marca desse novo perfil era o conhecimento amplo e não raro aprofundado das mais variadas questões da administração pública. Isso exigia, da equipe que integrava o novo governo – e, portanto, da nova gestão à frente da Secretaria da Administração – preparo, domínio dos assuntos, dos argumentos que direcionavam a uma ou outra decisão.
A atuação em rede com outros órgãos da chamada “áreameio” foi fundamental. Mais do que nunca a Seap precisou interagir, e buscar a interação, com órgãos como secretariais do Planejamento, da Fazenda, Casa Civil, Ouvidoria e Corregedoria Geral, Celepar, Procuradoria Geral do Estado, Paraná Previdência e atores externos, como Tribunal de Contas, Ministério Público, Poder Judiciário. Ainda a aproximação com as faculdades e universidades estaduais bem como o envolvimento com a área de comunicação social do governo (Agência de Notícias, Rádio e Televisão Paraná Educativa) foram imprescindíveis para que o conhecimento pleno, a transparência, a abertura à crítica e à construção fossem se concretizando.
A prática de interlocução com agentes internos e externos logo passou a ser característica principal do gabinete da Secretaria, a porta de entrada da pasta, de distribuição das tarefas e processos. Em julho de 2004, com a ida do então secretário Stephanes para o Planejamento e com a nomeação de Maria Marta para a titularidade da Seap, para a DiretoriaGeral foi designada Regina Gubert, servidora de quase três décadas de carreira com conhecimento amplo e aprofundado do Estado, e para a chefia de gabinete o advogado, também de carreira, José Chede. Ambos assumiram a missão da interlocução interna e externa.
A diretorageral, principalmente, com a interlocução interna, o que incluiu tanto a relação com os setores da Seap como com os demais órgãos da administração estadual e de outras esferas de poder. Missão essa cumprida por Regina com reconhecida de forma unânime competência e envolvimento com as causas; com cordialidade, alegria e disposição preservadas mesmo durantes as batalhas mais árduas e incompreensões difíceis de serem superadas. O relacionamento de âmbito mais políticoinstitucional ficou a cargo do chefe de gabinete, que teve papel importante, por exemplo, como interlocutor da Seap no Conselho Nacional de Secretários da Administração (Consad).
Uma rotina de diálogo foi instituída – em franqueza e frequência inquestionavelmente inéditas – com os sindicatos que representam todas as categorias do funcionalismo. Num governo marcado pelo mais profundo respeito aos movimentos sociais, a Secretaria da Administração foi o canal entre o Executivo e os sindicatos, mesmo em questões que não diziam respeito diretamente a decisões ou possibilidade de atuação da pasta. Nem sempre foi possível o consenso, porém, em nenhum momento faltou abertura, disponibilidade em esclarecer e sinceridade para dar as respostas aos questionamentos.
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ETAPA SEGUINTE: ASSUMINDO FUNÇÕES
Ao mesmo tempo em que tomava pé da situação e dava encaminhamento às questões mais urgentes, o novo governo precisava iniciar a implementação de seu programa, consagrado pelo voto popular, cuja concretização era aguardada não é exagero dizer com certa expectativa. As políticas públicas que a nova gestão propusera e, aos poucos, começava tornálas realidade, exigiriam de fato exigiram – maior, mais intensa atuação da máquina estatal. Naturalmente, pois, a Secretaria da Administração, como órgãomeio dentro da estrutura de governo, passou gradativamente a ter funções mais efetivas na elaboração dessas políticas.
Os casos práticos são muitos, entretanto o espaço aqui é para se abordar os mais relevantes ou emblemáticos. Um exemplo: a opção políticoideológicoadministrativa de se eliminar – ou, ao menos, restringir ao máximo – terceirizações e locações. A estrutura do Estado, seja de material ou de recursos humanos, necessária para a elaboração e execução das políticas públicas, deveria, nessa proposta referendada pelas urnas, ser uma estrutura própria, permanente. Para a transição entre o modelo anterior, de delegação e contratação, para o que estava sendo adotado, a Secretaria da Administração teve papel preponderante.
Coube à Seap, por meio do seu Departamento de Transporte Oficial (Deto), conduzir o processo de substituição do carros oficiais antes locados por veículos próprios, a serem incorporados ao patrimônio do Estado. Os cerca de 3 mil veículos alugados foram gradativamente substituídos pelos próprios. Logo no primeiro ano, foram comprados 250; outros 2.390 no ano seguinte (2004) e mais 400 em 2005. A partir da substituição praticamente completa, carros velhos passaram a ser leiloados para geração de receita necessária à renovação da frota. Em 2010, a frota oficial do Poder Executivo está em 22.900 (administração direta, autárquica e indireta).
Outro tipo de locação comum era a de imóveis. Em muitos casos, ela é imprescindível ou mais interessante à administração pública. No entanto, a regra passou a ser a de se evitar esse tipo de expediente e a de se estabelecer mecanismos que assegurassem contratos menos onerosos ao Estado. Em outubro de 2003, um decreto fixou que, ao renovar ou firmar contratos de locação, o poder público transferiria para o proprietário o pagamento de impostos, taxas e seguros contra incêndio. Até então, não havia regras quanto a isso.
Havia, ainda, uma dificuldade eminente: obter um panorama da relação, localização, situação e estado dos bens imóveis. Foi necessário iniciar um trabalho “artesanal”. Reidentificar e relocalizar um a um, para redocumentálos. Cerca de 200 passaram por esse processo. Só vencida essa etapa é que se teria condições de se criar sistemas que fornecessem informações mais precisas sobre o patrimônio imóvel do Estado e de obter um norte sobre quando e onde caberia locação.
Na gestão das compras de produtos e contratações de serviços indispensáveis ao funcionamento da máquina e ao atendimento, na ponta, ao cidadão, a Seap retomou a função de centralizar a execução das licitações. Os processos licitatórios, claro, continuaram a ser demandados e a ter ponto de partida no órgão que necessitava do produto ou do serviço. A Secretaria, por meio do seu Departamento de Administração de Materiais (Deam, conhecido na estrutura do Executivo), passou a assumir a realização dessas licitações.
A centralização teve como intuito garantir o controle rigoroso, exigido pelo novo governo, de compras e contratações mais econômicas e transparentes, realizadas sob a mais absoluta lisura. Das pesquisas de mercado para fixação dos valores máximos nos editais à ocorrência de descontos ínfimos ou exagerados nas disputas, passando pela quantidade e real necessidade dos objetos licitados, tudo deveria estar consistentemente argumentado.
Todas as licitações, dos órgãos da administração direta, autárquica e indireta passariam a, obrigatoriamente, ser publicadas na internet, no portal específico existente e que, mais adiante, seria reformulado. O pregão eletrônico, ferramenta recém instituída, teria de ser regra, e não exceção. Para isso, frisase, foi salutar a parceria firmada com o Banco do Brasil, que até hoje hospeda os pregões realizados virtualmente pelo Governo do Paraná em suas licitações.
Voltando às terceirizações, havia um outro tipo, a terceirização de trabalhadores para a prestação dos serviços públicos que, por decisão políticoadministrativa da nova gestão, também deveria ser revertida. Além das terceirizações de pessoal, a decisão incluía eliminar os contratos precários. A premissa era a de que serviços públicos, do seu planejamento à execução, só poderiam ser prestados e exercidos por trabalhadores efetivos, funcionários de carreira, com todos os direitos e obrigações de um servidor público.
A substituição dos terceirizados e contratos precários teria de ser feita de forma gradativa. Primeiro, porque os direitos trabalhistas precisariam rigorosamente ser cumpridos. Em segundo lugar, porque para uma substituição se requereria a abertura de concursos públicos, que são processos os quais, pela preocupação com a lisura e transparência, levam tempo para serem concluídos. E, por fim, a contratação propriamente dita – a nomeação de cada novo integrante do quadro de efetivos do Estado depende de disponibilidade e viabilidade orçamentária e financeira.
A tarefa, essencialmente atribuição da Seap, foi assumida. O setor responsável pela gestão dos concursos – a Divisão de Recrutamento de Seleção de Recursos Humanos (DSRH), do Departamento de Recursos Humanos precisou resgatar a expertise adormecida – há anos o Executivo não realizava concursos – e executar a missão. A Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional (Dims), responsável por constatar a aptidão (no que se refere ao estado de saúde) de cada um dos ingressos, viuse a voltar a desenvolver essa atividade.
Em conjunto com as áreas mais críticas no que se referia à existência de terceirizados e contratos precários (educação, saúde e sistema penitenciário, sobretudo), a Seap, já no início de 2004, lançou os primeiros editais das duas dezenas de concursos públicos realizados durante a gestão que se encerra agora em 2010.
Importante lembrar também de uma decisão emblemática na área previdenciária: o fim da taxação dos aposentados e pensionistas do regime de previdência do funcionalismo público estadual. Enfrentando críticas dos analistas mais ortodoxos, porém sustentado por uma razão inegavelmente justa – um aposentado passa a vida inteira contribuindo para previdência, portanto nada mais sem sentido que continuar descontando de suas aposentadorias essa contribuição – o governador Roberto Requião tomou a decisão e bancou a medida, mantida pelo sucessor Orlando Pessuti até o final deste governo que se encerra.
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PRIMEIROS FRUTOS, PRIMEIRAS CONQUISTAS
Se as funções do Estado deveriam ser assumidas por servidores desse Estado, faziase imprescindível que esses servidores tivessem, pois, condições e instrumentos para atender aos anseios e à demanda da sociedade. De nada adiantaria a mera substituição de mãodeobra terceirizada por pessoal concursado. Esses novos trabalhadores, e aqueles que já faziam parte dos quadros efetivos mas se viram, nos oito anos anteriores, praticamente à margem do processo de decisão e execução das políticas públicas, precisariam de preparo e perspectivas para serem incorporados à nova forma de o poder público atuar.
Essa necessidade não apenas impôs mais tarefas à equipe da Secretaria da Administração – em especial às das divisões da área de recursos humanos – como propiciou a concretização de ideias e projetos. Ideias e projetos que eram de um governo, todavia que nasceram para serem projetos do Estado, permanentes.
Os primeiros frutos da empreitada começavam a ser colhidos.
Em outubro de 2004, portanto com menos de dois anos de gestão, o governador Roberto Requião assinava o decreto que criava a Rede Escola de Governo do Paraná, cuja gerência executiva estaria vinculada à Secretaria da Administração. A rede veio para consolidar os centros de formação e desenvolvimento de pessoal que boa parte das secretarias e demais órgãos já dispunha, ao integrar as ações que essas unidades realizavam ou passassem a promover, para os servidores de suas áreas.
E a Escola de Governo foi concebida também para promover a capacitação daqueles técnicos e profissionais que atuam nas áreasmeio do Estado, de modo a formar na administração pública um corpo de funcionários efetivos, de carreira qualificados para pensar, propor, elaborar e planejar programas e ações governamentais.
Da concepção ao que temos hoje realizado pela Escola de Governo daria um livro – deu, de fato; a instituição lança neste final de um ano um livro registrando seu primeiro qüinqüênio de vida. Basta, por ora, citar que a Escola de Governo oferece, gratuitamente, cursos de gestão pública em níveis de graduação e pós (de especialização a mestrado). Uma iniciativa conduzida em conjunto com as instituições de ensino superior públicas do Paraná (estaduais e federais), e num modelo e abrangência inéditos no país.
O ato de se capacitar continuamente é, acima de tudo, voluntário. A vontade para se investir na carreira está ligada a outros fatores profissionais motivadores. A valorização – por meio de bons salários e de perspectivas de desenvolvimento na profissão – é determinante.
Estavam aí mais duas barreiras: a remuneração do funcionalismo, defasada há anos, e carreiras desorganizadas ou com estrutura desatualizada para a nova forma de atuar que se esperava do Estado. Era a hora de se reverter essa situação.
Não foi um trabalho fácil, tampouco rápido. Era preciso agir com responsabilidade. Cumprir, sim, os compromissos de plataforma de governo, mas com absoluta responsabilidade, sem medidas demagógicas que poderiam satisfazer reivindicações das categorias dos servidores, entretanto comprometer a capacidade do Estado de sustentar sua
folha de pagamento e demais investimentos.
O processo foi construído com os profissionais de recursos humanos das secretarias de atividades finalísticas e sustentado por constante e franco diálogo com os sindicatos que representam os servidores. Com pouco menos de um ano e meio de gestão, o Governo do Paraná conseguia implantar um novo plano de cargos e carreira do magistério da educação básica. Na sequência, com todo o zelo, os demais quadros passaram por reformulações que levaram a aumentos salariais, eliminações de distorções e estabeleceram perspectivas de ascensão na carreira.
Para ficar na área da educação, não se pode esquecer do que foi feito no ensino superior, um dos mais longos, minuciosos e exaustivos trabalhos de reorganização dos quadros. Havia completa distorção de remuneração entre cargos semelhantes, de uma faculdade ou universidade para outra. E, pior, os 11 mil cargos ocupados que compunham a estrutura funcional existiam na prática, mas formalmente não havia ato legal que os reconhecesse. Aqueles que estavam se aposentando tinham sua aposentadoria contestada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que também não aprovava ingressos para esses cargos.
Sendo assim, ao mesmo tempo que um grupo de trabalho formado por técnicos e profissionais de RH da Seap, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e das faculdades e universidades dedicaram meses analisando os planos que regiam a carreira de docentes e dos demais servidores das instituições de ensino superior, a fim de diagnosticar as distorções e propor as retificações necessárias, um outro grupo precisou conferir, uma por uma, a ficha funcional de cada servidor do ensino superior. Um trabalho, praticamente, de reidentificação de cada pessoa e de que função exercia, para que o cargo que ocupava pudesse, finalmente, ter reconhecimento formal.
Em julho de 2005, o governador Roberto Requião assinava decreto regularizando a vida funcional dos 11 mil servidores e enviava à Assembleia Legislativa projeto de lei que reformulava as carreiras dos professores e dos agentes universitários. Aprovado pelo Legislativo, em setembro o projeto era sancionado e transformado em lei pelo Executivo. As reformulações aumentavam a remuneração dos docentes em 18,7%, em média (em alguns casos chegava a 32%), e em até 83% a dos agentes universitários.
Mais que isso: a reorganização padronizava tabelas salariais, propiciando isonomia salarial aos servidores – se exercessem a mesma função passava a ter base salarial idêntica, independente de qual faculdade ou universidade fosse funcionário, o que não ocorria.
Nó para desatar, todavia, não faltava. Havia um passivo que exigiria cumprimento dos preceitos legais mas muita sensibilidade social também. O problema se acumulava há mais de uma década: o “caso fundinho” (mais adiante se compreenderá a razão desse “apelido”)
Um total de 2.600 servidores atuavam nos mais diversos órgãos da administração direta e autárquica, contratados depois de 1988 (promulgação da Constituição Federal) sob regime celetista, sem concurso público. A maior parte estava nas áreas de saúde e educação, em funções de apoio, muitos deles sequer com a escolaridade mínima completa.
Desde 1998, o Tribunal de Contas do Estado não estava reconhecendo as
aposentadorias de servidores nessa situação, e recomendava o desligamento imediato daqueles que estivessem com essa contratação precária. Para que os funcionários pudessem se aposentar, o INSS, em acordo com o Estado, assumiu o pagamento dessas aposentadorias, desde que o Estado repasse as contribuições – daí a denominação “fundinho”, uma referência à destinação específica de recursos necessários ao repasse acordado.
Quanto aos desligamentos, a orientação da Procuradoria Geral do Estado era para que não ocorressem. Afinal, tratavamse de trabalhadores que acumulavam mais de uma década de serviços prestados ao Estado e sem qualquer tipo de responsabilidade pela situação precária de contrato em que se encontravam.
Os funcionários foram escolarizados, até pelo menos a conclusão do ensino fundamental. Num concurso para a contratação de funcionários para as escolas, aberto em agosto de 2006 para 3,2 mil vagas inicialmente e que, agora no final de 2010, ainda vigência, tem a contratação de mais 5 mil em tramitação, esses funcionários puderam utilizar o tempo de serviço em escola na prova de títulos.
Esse imbróglio e o das disparidades dos quadros do ensino superior são apenas dois exemplos marcantes de todo o trabalho de reformulação, de todos os quadros de pessoal estatutário, ao longo dos quatro primeiros anos de gestão. Ao final de 2006, a situação estava uniformizada – mais para frente, poderia ser feito um ou outro aperfeiçoamento, no entanto em regra os servidores tinham, em todas as áreas, carreiras atualizadas, que valorizavam o trabalhador do poder público e em consonância com a conveniência e viabilidade do Estado.
Tudo construído com a mais absoluta responsabilidade e transparência. Nem sempre o entendimento era imediato, ou pleno. Fora todos os cuidados técnicos, formais e legais, precisouse de muita habilidade para lidar com a incompreensão corporativista, de um lado, e com o desconhecimento, quando não máfé, vindo da oposição políticopartidária ao governo, que tinha na grande mídia espaço frequente e, por que não dizer, amplo e desproporcional – para estabelecer sua versão na “opinião publicada” como verdade inconteste.
De um lado, a pressão por aumentos que, de uma só vez, representasse a reposição de anos sem valorização salarial. De outro lado, a “opinião publicada” dando destaque e reforçando o coro por essa demanda, ao mesmo tempo que ora sutil ora ferozmente, ora direta ora indiretamente condenava os acréscimos na folha de pagamento de pessoal.
O fato concreto era – e é – que, para este governo, “folha de pagamento de pessoal” não se resumia a meras despesas de custeio, que, na ótica neoliberal ainda ecoando, tinham de ser contidas. Encarouse sempre recursos destinados a folha de pagamento como parte dos investimentos que o governo fazia no Paraná.
Para melhorar o ensino, o atendimento à saúde, o policiamento, para elaborar programas de fomento à produção, à geração de empregos, o Estado precisava – precisa sempre – de gente. De técnicos e profissionais pagos dignamente, e em quantidade suficiente à execução das tarefas que surgiam. Contratar mais servidores e aumentar seus salários era investir. Com muito critério, sempre. E não só porque uma lei de responsabilidade fiscal impõe limites e prevê punições aos infratores dela, mas sim pela
seriedade com que a coisa pública merece e deve ser tratada.
A tomada de qualquer decisão requer, para que a responsabilidade seja garantida, conhecimento da situação, dos impactos que ela envolve. Obter panoramas assim se tornou factível a partir da implantação de um novo sistema informatizado de dados, com uma ferramenta que abrisse o leque de relatórios gerenciais possíveis. A base desse sistema é a folha de pagamento, e um gradual processo (complexo) de migração das folhas de todos os quadros, do sistema antigo para o novo, foi concluído, sem nenhum tipo de ocorrência relevante.
O Sistema de Assistência à Saúde (SAS) do funcionalismo é outro ponto no qual, na primeira etapa de governo, obtevese sensível melhora. Num esforço imensurável para que o sistema pudesse satisfazer às necessidades dos beneficiários, refezse, entre 2003 e 2004, a regionalização do SAS. Com ela, já em 2006 o número de municípios com instituição contratada alcançava o triplo da quantidade de localidades encontradas (11) no começo da gestão.
Reorganizouse, como se observa, a área de recursos humanos, e reorganizar também foi o verbo conjugado nas outras áreas de atribuição da Seap e que levou a Secretaria – e ao governo e ao Estado – a obter nos primeiros anos resultados exitosos.
Na gestão do transporte oficial, por exemplo, chegouse ao primeiro quadriênio do atual governo com a implantação e consolidação de um modelo de manutenção e abastecimento da frota que evitava desperdícios e desvios, e possibilitava ao administrador público ter conhecimento de como e quanto custava ao Estado manter seus veículos e viaturas. O sistema de Central de Viagens obtivera nova regulamentação e cada vez mais abarcava um maior número de órgãos públicos. Igualmente um sistema seguro, rigoroso no controle das despesas com diárias.
Dois modelos – o de manutenção da frota e o de viagens dos servidores – que despertaram o interesse das administrações públicas de outras unidades da federação. De forma alguma pode se deixar de falar ainda da gestão documental, uma atribuição que a Seap cumpre por meio do Departamento Estadual de Arquivo Público. O Arquivo Público do Paraná se tornou referência na preservação da memória oficial, sendo contemplado nos últimos oitos anos com uma série de reconhecimentos.
Um, entre tantos feitos: o Arquivo do Paraná se integrou ao “Memórias Reveladas”, programa da Casa Civil da Presidência da República de abertura dos arquivos da ditadura militar. O Paraná, durante o primeiro governo de Requião entre 1991 e 1994, foi o primeiro Estado a extinguir e tornar público os acervos da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), que ficaram sob os cuidados do Arquivo Público. Com o “Memórias Reveladas”, os acervos foram integrados ao arquivo digital criado em 2009 pelo programa do governo federal.
A valorização e o fortalecimento do que é público ficou simbolizada também na decisão do governador Roberto Requião de transferir para as instituições financeiras federais as contas do Estado. Desde 2000, com a privatização do Banco do Estado do Paraná (Banestado), o comprador, o Itaú, assumiu o monopólio da operação dos recursos públicos. Em 2005, o contrato se encerrou e não foi prorrogado nem renovado. Atendendo preceito constitucional, o dinheiro público foi transferido para bancos públicos.
As contas da administração direta passaram para o Banco do Brasil; da administração indireta e autárquica, para a Caixa Econômica Federal. Responsável pelo processamento da folha de pagamento dos servidores da administração direta, a Seap teve papel protagonista nesse processo de mudança.
Em menos de dois meses – e em época de final de ano quando, além das folhas mensais, há a folha do 13º – todas as contas para depósito dos vencimentos dos servidores foram transferidas, do Itaú para o Banco do Brasil. Um intenso trabalho operacional e de orientação aos servidores foi fundamental para que a megamigração, em tempo curto, ocorresse sem problemas e maiores transtornos, bem como tivesse suas razões compreendidas.
Tanto Banco do Brasil como Caixa são hoje parceiros em investimentos no Paraná (os recursos aplicados na agricultura familiar, saneamento e habitação, sobretudo, são recordes nos últimos cinco anos). Fortalecidos, agiram de forma decisiva para que o país sofresse muito pouco os impactos da crise global eclodida em 2008 e que até hoje abate o mundo, principalmente os países do Norte.
O fortalecimento da Secretaria ultrapassava as portas de sua sede. Com o novo governo, a Seap intensificou também sua relação com os órgãos correlatos nas demais unidades da federação e com a União.
Uma aproximação com a intenção de aprender, de aproveitar o que estava sendo feito de bom fora do nosso território, mas com a tarefa de mostrar que, quando a meta era tornar o Estado mais presente e transparente, tinha muito a oferecer. A Seap participava ativamente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad). As experiências que começavam a ser adotadas eram frequentemente levadas, e compartilhadas, com outros Estados.
Em 2006, o Paraná recebeu uma edição do Fórum do Consad, realizado em Curitiba. Na oportunidade, foi apresentado um balanço do grupo de trabalho constituído para elaborar proposições de alteração na lei federal de licitações. A contribuição do Estado do Paraná – que começava a esboçar um projeto de lei estadual – foi efetiva. Àquela altura, o Estado era referência na utilização da modalidade pregão eletrônico e na transparência dos processos licitatórios.
Outro ponto de destaque daquela edição – a 63ª – do Fórum Consad foi o sistema de previdência dos servidores estaduais do Paraná. O então presidente da Paraná Previdência, José Maria Correia, explanou sobre o patrimônio do fundo, a política de realizar aplicações financeiras apenas em instituições públicas e a origem daquele modelo: em 1992, a criação de um fundo previdenciário era o embrião do que é hoje o órgão com a qual a Seap mantém contrato de gestão das aposentadorias e pensões do funcionalismo.
Mesmo sem taxar os inativos e com todos os aumentos salariais promovidos – todos, frisase, estendidos aos aposentados e pensionistas também , a Paraná Previdência, neste período de governo, nunca enfrentou problemas para honrar compromissos, e deixa o fundo administrado de forma a garantir que as gerações futuras de aposentados do serviço público tenham seus benefícios assegurados. Ao realizar aplicações financeiras essencialmente em instituições públicas, o fundo estadual do Paraná foi um dos poucos a
não acumular prejuízos decorrentes da crise econômica global que eclodiu entre 2008 e 2009.
Voltando ao Consad, o Paraná recebeu nova edição do fórum em 2008, dessa vez em Foz do Iguaçu. Entre 2008 e 2009, o Estado do Paraná, com a secretária Maria Marta Lunardon, ocupou a vicepresidência do organismo.
18
TRABALHO APROVADO. É 2007, E ELE CONTINUA
A metáfora é a seguinte: imagine uma casa, precisando de reparos em todos os cômodos, de troca no encanamento, de reboco e pintura nas paredes, de substituição do piso, de conserto nos móveis e eletrodomésticos. Ao mesmo tempo em que essa completa reforma e substituição precisava ser feita, cheia de limitações para que pudesse ser concretizada, essa mesma casa carecia de ser ampliada, ter novos equipamentos, uma estrutura mais adequada à realidade.
Pois bem, nos quatro primeiros anos, a Seap, como uma “governanta” do Estado, tratou de providenciar, no que estava ao alcance, a reforma que se fazia urgente. Mas não pôde esperar o término das obras de recuperação para começar as de expansão. Precisou tocar as duas, com todos os transtornos inerentes a intervenções assim, superados porque não se perdeu a certeza: cada chão renovado, cada parede levantada, significava um conquista, para a coletividade.
O trabalho dos primeiros quatro anos, tudo indicou, havia sido aprovado. O governo que em 2002 fora eleito para resgatar o papel do Estado de protagonista na promoção do bem comum podia seguir nesse rumo, referendaram as urnas em 2006. Em 2007, portanto, um novo mandato se iniciava.
Apesar das alterações naturais em novos períodos de gestão, na Secretaria da Administração não houve mudanças. A titular da pasta e sua equipe foram mantidas para dar sequência a uma missão que já trazia resultados, consideráveis, mas que poderiam – e deveriam – avançar. A reforma da casa estava praticamente completa; uma e outra nova estrutura estava montada, todavia muito terreno precisava ser ocupado.
Se não houve mexidas na equipe, houve mudança de endereço. Com a inauguração do Palácio das Araucárias, a Seap deixou o Centro Administrativo Santa Cândida. A transferência não era uma simples mudança de sede. A Seap, então situada a 15 quilômetros do Centro Cívico, passava a estar localizada no mesmo prédio da governadoria. Se a Secretaria cada vez mais atuava nas tomadas de decisões do Executivo, passava a estar fisicamente localizada no núcleo dessa tomada de decisões. Não era o novo status, a vantagem, e sim a agilidade que a proximidade passou a propiciar.
Internamente, a Secretaria criou uma espécie de “Planejamento Estratégico”, um conjunto de 41 projetos, em todas as áreas de atribuição da pasta, a serem iniciadas a partir de 2008. Projetos que tivessem como instrumento de planejamento, execução e acompanhamento as tecnologias de informação disponíveis, adequadas às necessidades das tarefas da Seap.
Com bagagem e credibilidade adquirida nos obstáculos superados, a Seap passou a ser convocada para novos desafios. A participação efetiva na Operação Mãos Limpas (grupo de trabalho criado pelo governador Requião para lidar especificamente sobre segurança pública), desde 2004, credenciou a Seap a integrar o Conselho Revisor, comissão constituída para acompanhar o desenrolar dos programas de governo, com ênfase nas obras públicas. Um desafio de importância ímpar, para o qual a Secretaria da Administração também se integrou, foi o de rever a prática de fornecimento de medicamentos. Além dos remédios entregues cotidianamente a pacientes cadastrados em programas do Sistema
Único de Saúde (SUS), era cada vez maior a quantidade – e o dispêndio de recursos – de medicamentos que o Executivo se via obrigado a fornecer por decisões judiciais.
Medicamentos nem sempre de eficácia comprovada, geralmente fabricados por único laboratório. Todos eles, evidentemente, caros. O governador Roberto Requião lançava o debate: algo de estranho estava acontecendo. Por que a avalanche de decisões judiciais determinando o Estado a comprar de multinacionais remédios, aparentemente sem muito critério científico? Até que ponto o Estado estava de fato sendo obrigado a garantir a saúde de sua gente ou não estava a serviço de um possível esquema que envolvia transnacionais, advogados e juristas?
Fomentar essa reflexão não representava, de forma alguma – como via mídia os opositores tentaram fazer crer insensibilidade com pessoas necessitando de todo tipo de ajuda que lhe dessem esperanças de cura, ou de amenização do sofrimento. Pelo contrário, propor o debate era defender essas pessoas, a sociedade, que via sua fragilidade sendo explorada.
O problema tinha de ser encarado e uma comissão foi constituída para avaliar o que se sucedia e propor, dentro da alçada do Estado, soluções. A Secretaria da Administração fez parte do núcleo desse grupo, que envolvia ainda Procuradoria Geral do Estado e Secretaria da Saúde.
Foram levantados os medicamentos mais comprados, principalmente por decisões judiciais. Estabeleceuse, para facilitar o processo de compra – e, consequentemente, para agilizar o fornecimento aos pacientes – a utilização dos sistemas de registros de preços, constituídos por meio de pregões eletrônicos. Era praticamente a estreia do sistema de registro de preços para a compra e contratações, previsto na lei estadual de licitações que em agosto de 2007 entrava em vigor (um trabalho da Procuradoria Geral do Estado e que teve o apoio da Seap).
A constituição dos sistemas de registros de preços foi incorporada às atribuições da Seap. Pelo êxito que essa ferramenta cada vez mais demonstrava, a Secretaria passou a ser incluída entre os órgãos responsáveis por obras, ações e programas emblemáticos do atual governo, para que aplicasse a sistemática nos trâmites licitatórios necessários para a concretização desses programas. Vale salientar que as licitações passaram a ter acompanhamento direto da assessoria jurídica do gabinete da secretária de Estado, com a finalidade, claro, de assegurar o cumprimento da legislação, mas de propiciar eficiência e ganhos que fossem além, muito além, daqueles mínimos fixados em atos legais.
A equipe da Seap, por exemplo, foi chamada para atuar nas licitações para registro de preços de máquinas agrícolas do “Trator Solidário”, maior programa de mecanização da agricultura familiar desenvolvido no país. O financiamento da compra, pelos pequenos agricultores, seria feito pelo Banco do Brasil. O Estado seria a garantia ao banco e o Estado fixaria também os valores dos tratores a serem adquiridos.
Realizou, então, pregão presencial para registro de preços de dois tipos de tratores agrícolas, de 55 e 75 cavalos. A montadora que oferecesse o maior desconto em relação ao preço máximo seria a vencedora e responsável por vender aos pequenos agricultores, por aquele preço registrado, os tratores, financiados pelo Banco do Brasil.
O registro de preços passou a ser adotado também para a contratação de serviços de manutenção, limpeza, conservação e vigilância dos edifícios públicos. O modelo licitatório elaborado pela Secretaria da Administração instituiu também a regionalização desses registros de preços. Para cada região, uma licitação; os órgãos públicos em cada região contratariam a empresa vencedora da licitação e com preço registrado, em sua região propriamente dita.
A regionalização e o sistema de registro de preços também foram aplicados na contratação de serviços de obras padronizadas, como a da construção dos centros da juventude, das bibliotecas cidadãs, dos centros de saúde da mulher e da criança, das quadras poliesportivas cobertas. O sistema de registro de preços da Secretaria da Administração passou a ser instrumento ainda para compra do acervo das bibliotecas cidadãs, dos equipamentos hospitalares da rede que se expandia (44 novos hospitais), merenda escolar, ônibus para o transporte escolar, entre centenas de outros itens.
Se, no começo de tudo, em 2003, era o pregão eletrônico a novidade nos processos licitatórios, de 2007 em diante era o sistema de registro de preços que aprimorava as compras e contratações públicas. Municípios, outras esferas de poder e até outras unidades da federação passaram a consultar o Paraná e, na maioria das vezes, utilizar o sistema do Estado.
Como se viu no capítulo anterior, houve dedicação, por vezes exaustiva, ao trabalho de reorganização, ampliação e profissionalização dos quadros de pessoal. Se em quatro anos foi possível implementar reformulações em todas as carreiras, que garantiram aumentos salariais para cada uma delas e, dentro de cada uma, para cada um dos cargos; se também houve fôlego para a criação de um órgão específico para cuidar da capacitação do funcionalismo – a Escola de Governo – a reforma da casa estava completa. Recuperada, restava, contudo, expandila, adequalá à nova dinâmica, a novas necessidades.
No que se refere à remuneração dos servidores – ponto sempre mencionado quando se trata de recursos humanos – um passo histórico se deu logo no primeiro ano do segundo mandato consecutivo, em 2007. Com as distorções salariais entre carreiras e, pior, entre cargos dentro delas se não 100% resolvidas, sem dúvida absolutamente minimizadas, passou a ser possível fixar uma espécie de “database” para o funcionalismo, uma data de referência, anual, para reajuste geral. Por decisão do então governador Roberto Requião, essa data seria o 1º de maio, Dia do Trabalho, em projeto enviado a e aprovado pela Assembleia Legislativa.
A aplicação de índice único, de reajuste geral, impacta de forma significativa na folha de pagamento de pessoal (só agora em 2010, R$ 38 milhões/mês). Individualmente, isto é, no bolso de cada servidor, esse reflexo não é proporcionalmente gigantesco. No entanto, dá ao trabalhador a segurança de que a inflação (IPCA) não vai correr sua renda, já que será reposta anualmente pelo reajuste geral. Dá à administração pública a possibilidade de melhor planejar sua política de remuneração de seus quadros, ao impedir acúmulo de perdas.
Planejamento como o que viabilizou uma completa alteração na estrutura remuneratória dos policiais civis e militares. Ao longo dos anos, para compensar a falta de aumentos salariais substanciais, no vencimento base, instrumentos como gratificações foram sendo criados nas tabelas das duas carreiras. Melhorava, momentaneamente, a
renda, mas aos poucos recheavam as tabelas de “penduricalhos” que tornavamnas complexas, ao mesmo tempo que a raiz delas, o vencimento base, mantinhase estagnado.
Uma “reengenharia” foi providenciada; deu origem a um projeto de lei encaminhado a e aprovado pela Assembleia e sancionado ainda pelo governador Roberto Requião, dias antes de se desligar e transmitir o cargo ao vice, o sucessor Orlando Pessuti. Conforme previsto no projeto, a implantação da reformulação se dá em etapas e eleva em sete vezes o salário de um policial – militar ou civil – em início de carreira em relação ao salário de início de carreira encontrado em janeiro de 2003.
Antes dos policiais, um compromisso com os servidores das escolas estaduais foi cumprido. Num trabalho que envolveu principalmente a Secretaria da Educação, na elaboração, e da Administração, na implantação, o Governo do Paraná criou o Quadro dos Funcionários da Educação Básica, a partir do entendimento de que todo o corpo de funcionários de uma escola, e não só os professores, são educadores, e por isso mereceriam um plano de carreiras diferenciado.
Ainda na área de recursos humanos, a Secretaria da Administração preparou o Estado para a efetivação de um programa emblemático do atual governo: a rede de 44 novos hospitais, entre novos, ampliados e completamente reformados. No que se refere ao suprimento de equipamentos e materiais, nos últimos dois anos mensalmente vêm sendo realizados pregões eletrônicos para a constituição de registros de preços. Desde o mais convencional móvel – uma cadeira para sala de espera, por exemplo – até os mais complexos instrumentos e aparelhos foram (e estão sendo) licitados, em processos que primam pelo rigor com os preços máximos, com divulgação mais ampla possível para que se assegure competição e compras a menores custos.
Também estão em andamento dois concursos públicos abertos no segundo semestre de 2009, para mais de 100 funções e especialidades dos três cargos do Quadro Próprio do Poder Executivo, com candidatos já aprovados em provas objetivas. O concurso vence no segundo semestre mas, claro, pode ser renovado por mais dois anos. Assim, até 2013, o Estado tem assegurados concursos necessários à contratação de pessoal para os hospitais, à medida que vão sendo inaugurados. Só neste ano, já houve ingressos para os hospitais Zona Norte e Zona Sul de Londrina, Ponta Grossa, Paranaguá e Guaraqueçaba.
Na capacitação de pessoal, a Escola de Governo expandiu seus programas e ampliou a presença no interior. Destaque, nessa esfera, para o Encontro de Servidores Públicos Estaduais, circuito que percorreu 20 cidades em cada uma das duas edições – 2009 e 2010. A oferta de programas de pósgraduação também aumentou, com a abertura, inclusive, de dois cursos de mestrado.
Agora no final de 2010, o Ministério do Planejamento lançou um programa de qualificação de servidores em todo o Brasil (de todas os poderes e esferas de governo) baseado no modelo do curso de Tecnólogo em Gestão Pública que a nossa Escola de Governo, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, universidades e faculdades estaduais e o Instituto Federal do Paraná implantaram em 2008 e que contempla, hoje, cerca de 13 mil servidores, entre estaduais e municipais.
Uma mostra – e, por que não dizer, um reconhecimento também de que estamos no caminho certo.
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DESAFIOS, SEMPRE ELES
Humildade e modéstia não podem comprometer a capacidade de reconhecer os feitos e os legados deixados. Devem, por outro lado, estar na medida certa para assumir que nem tudo o que foi almejado de fato se concretizou pelas mais variadas e específicas razões.
Os desafios que persistem, entretanto, são relativos. Aqui, se abordará aquilo que, sob o ponto de vista (políticoideológicoadministrativo) da atual equipe, considerase fundamental encampar. Eventualmente, para um outro olhar, quiçá, não seja prioridade. Competenos mencionálos. Encarálos ou não, vai da escolha dos próximos que tiverem a missão de decidir.
O mais imediato, talvez, seja o de dar continuidade a processos em andamento A conclusão deles, pelos assuntos que envolvem, inevitavelmente teria de ser deixada para o próximo período de governo. Um deles se citou no capítulo anterior: o ingresso dos funcionários para a nova rede de hospitais 100% SUS que o Governo do Paraná vem implantando nos últimos anos. Os concursos estão em vigência; chamar os candidatos dentro do cronograma de inaugurações dos hospitais e dentro da capacidade financeira do Estado é tarefa a ser cumprida no decorrer dos próximos meses.
Na área de educação, no que diz respeito a pessoal, há necessidade de sequência às contratações de cerca de 5 mil funcionários para as escolas estaduais, que começaram a ser chamados para avaliação médica no final de 2010. São servidores que substituirão contratos temporários, firmados para suprir necessidades de pessoal que surgiram ao longo do período em decorrência da expansão da rede estadual de ensino nos últimos anos.
Fica para o começo de um novo período de gestão uma segunda etapa do processo de revisão de enquadramento de servidores do Quadro Próprio do Poder Executivo. É, aliás, mais um dos enroscos históricos que desde 2003 procuramos eliminar e, após muitas tentativas e esforços, enfim um caminho prudente foi encontrado.
Contextualizando, de forma resumida: funcionários contratados antes de 1988 (promulgação da Constituição Federal) foram, em 2002, com a criação do Quadro Próprio do Poder Executivo, reenquadrados, do quadro antigo (o “geral”) para o novo. Havia servidores que, à época de contratados, tinham escolaridade inferior ao momento de criação do novo quadro, porém exerciam funções da profissão para a qual tinham se formado. Na migração para o novo quadro, tais servidores não foram colocados no cargo condizente com a função que, de fato, estavam exercendo. Ficaram, como se apelidou, “desenquadrados”.
O atual governo tentou, em 2004, por meio de lei de autoria do Executivo e aprovada pela Assembleia Legislativa, efetuar o reenquadramento. A lei foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). Desde então, o governo (sobretudo Secretaria da Administração e Procuradoria Geral do Estado) vinha se dedicando à matéria, com o intuito de, primeiro, internamente, estabelecerse um consenso sobre o entendimento da situação e, a partir daí, encontrar saídas que técnica e – obviamente legalmente pudessem ser adotadas.
Uma completa e didática nota técnica da Procuradoria Geral do Estado orientou os procedimentos a serem seguidos. Assim, no segundo semestre deste ano, iniciouse o trabalho de reparar o erro e a injustiça com servidores prejudicados por aquele “desenquadramento”. Cerca de 1,8 mil processos foram analisados; 267 foram deferidos, com o reenquadramento dos respectivos servidores. Outros 800 não atendiam aos itens da nota técnica e foram indeferidos. Em torno de 700 processos foram devolvidos aos autores para que documentação indispensável para deferimento ou não fosse incluída.
A análise desses 700 processos é, portanto, o trabalho que precisa ter continuidade. Um grupo de servidores de diversos órgãos está, voluntariamente, dedicandose à tarefa. Terá, para os próximos meses, a incumbência de concluir a nova análise e apontar a decisão para cada um deles.
Essas são providências pontuais. Há também os desafios macros, de ordem mais estratégica.
Sobre concursos, depois de todos os ingressos realizados no período – 63 mil desde 2003 – e as principais áreas supridas, é o momento de se estabelecer novos critérios para a definição de contratações. Nem sempre será preciso abrir concurso para repor aposentadoria ou ampliar quadros; em algumas situações, um rearranjo de funções, um remanejamento de pessoal pode ser opção mais interessante. Ainda assim, é de se considerar como essencial a abertura de contratações para funções na áreameio – pela demanda urgente, nos oitos anos últimos foram priorizadas as áreasfins.
A implementação de um novo plano de custeio da Paraná Previdência é uma delas. O projeto já está no Legislativo e muito provavelmente só terá apreciação definitiva no primeiro semestre de 2011.
O SAS é outra atribuição que merece reflexão sobre o modelo, ainda que em oito anos tenhamos triplicado a rede. A falta de regulamentação, na Constituição Federal, sobre quais despesas podem ser efetivamente computadas como despesas em saúde pública e ainda eventuais dificuldades em se conseguir prestadores de serviços nas mais variadas regiões do Paraná deixam sempre a dúvida sobre a viabilidade do atual modelo. O fato é que, em que pesem problemas, alguns pontuais, alguns perenes, não se chegou a um consenso sobre um modelo alternativo que mantivesse as vantagens do atual (ausência de contribuição financeira por parte do servidor, estrutura enxuta para supervisionamento do Sistema, disponibilidade de recursos para manter a presença expandida etc).
Internamente, a Secretaria talvez precise de um novo organograma, mais atualizado às atribuições que assumiu nos últimos oito anos. A estrutura organizacional é herdada do tempo em que a Secretaria era apenas “Secretaria da Administração”, quando existia uma autarquia que unia a assistência à saúde do servidor, a seguridade funcional e a previdência (o Instituto de Previdência do Estado, IPE e IPESaúde).
Frente à iminente necessidade de se reestabelecer as funções do Estado, e dessa forma de tornálo estruturado, forte e presente de novo, a prioridade foi se voltar a essa atribuição, utilizandose da estrutura interna da Secretaria então vigente.
Partamos para desafios externos à Secretaria mas que exigem atuação da pasta.
O primeiro, uma revisão na estrutura atual dos cargos em comissão. Talvez seja necessário comparar simbologias e denominações dos cargos com as reais funções exercidas (ou que devem ser exercidas) por profissionais comissionados. E, com base nessa análise atualizada, providenciar as alterações necessárias.
Fundamental é, contudo, se definir um mecanismo de avaliação de desempenho funcional – não só dos cargos em comissão, como dos cargos efetivos também. Há que se encontrar instrumentos que assegurem uma avaliação consistente, não sujeita nem a retaliações ou perseguições, tampouco livre de favores pessoais. Não se fez até hoje porque identificar esse equilíbrio, além de difícil, exige compreensão da importância por parte dos gestores, da coletividade e dos próprios servidores.
As reformulações nos quadros promovidas nos últimos anos procuraram vincular as ascensões na carreira não apenas ao tempo de serviço na estrutura pública, mas também à capacitação contínua do funcionário. É ainda insuficiente. Não basta promover pelos anos dedicados à carreira ou pelos cursos concluídos ao longo do tempo. É preciso saber em que grau essa experiência e esse aprimoramento educacional estão sendo aplicados em prol da administração pública – em prol da comunidade. A ascensão deve ser proporcional à qualidade dessa contribuição.
E está em mensurar essa qualidade outro desafio que impõe. O Estado brasileiro dispõe há algum tempo de indicadores em áreasfinalísticas: acesso à escola, qualidade do ensino, mortalidade infantil, expectativa de vida, para citar os mais comuns. O Estado brasileiro carece, ainda, de indicadores nas áreasmeio. Em quanto, numericamente, um programa de qualificação resulta em profissionalização da gestão? Estatisticamente, qual a relação entre servidores bem remunerados, com planos de carreiras consolidados, e a eficiência da máquina pública? Não é obrigação da Seap achar a resposta para essas questões, no entanto a Secretaria pode ajudar na construção desse caminho.
Uma frente nessa desbravada pode se dar com plena integração entre as áreas jurídicas e administrativas da gestão pública. De parte da Seap conseguimos estabelecer experiênciapiloto, com os sistemas de contratação de terceirizados para serviços de vigilância e limpeza dos órgãos públicos.
A rotina de atuação conjunta entre os grupos administrativos dos órgãos e a Procuradoria Geral do Estado tem eliminado demandas judicias por não cumprimento, por parte das empresas contratadas, de obrigações trabalhistas. Esse tipo de integração precisa se fixar em todos os setores e atribuições; jurídico e administrativo devem um subsidiar o desenrolar das tarefas do outro. A assistência do jurídico evita entraves judiciais futuros; a assistência do administrativo leva o entendimento jurídico a acompanhar a dinâmica, a realidade, de cada atribuição e ação administrativa.
A transparência, como se notou ao longo desse relato – este documento é um exemplar dessa preocupação – foi incorporada às práticas da administração pública. Hoje, o Governo do Paraná tem na internet dos mais corriqueiros (a notícia de uma inauguração, por exemplo) aos mais complexos e até pouco inimagináveis dados (salários de cada servidor, diárias pagas, despesas em geral).
Colocamse os seguintes desafios, o qual não compete unicamente a esta Secretaria mas que pode ter nela uma importante colaboradora: primeiro, reorganizar, sistematizar
essas informações. De, por vezes, tão dispersas, acabam tendo sua existência ignorada. Segundo: preparar os gestores a lidarem com essa gama de informações públicas e, sobretudo, preparálos para os inevitáveis (em regra, legítimos) questionamentos. Terceiro, o mais iminente: promover as adequações necessárias à Lei da Transparência aprovada neste final de ano pela Assembleia Legislativa.
A Seap, nos últimos anos – como já se registrou aqui , marcou presença na construção de uma administração pública brasileira mais eficiente e focada na qualidade do serviço prestado na ponta. Além da vicepresidência do Consad nos anos de 2008 e 2009, desde 2003 atua nos fóruns do organismo, na elaboração do planejamento estratégico do Conselho, entre outras atividades.
Esse voluntarismo e os êxitos das inovações que adotou no Estado do Paraná reservam à Secretaria grande expectativa, no âmbito do Consad, para os próximos anos. Plural – o Consad congrega secretários de Estados governados pelas mais diferentes agremiações partidárias e linhas ideológicas , não haverá nenhum tipo de problema à nova equipe da Seap se integrar ao Conselho. E muito contribuir também.
Enfim, a tripulação entrega a nau abastecida, suprida dos indispensáveis e essenciais elementos para uma viagem segura. Chegar até este ponto de atracação foi superar tormentas, mares revoltos. Foi contar também com muita união, determinação, comprometimento que forneceram a habilidade e a competência para estar, hoje, num ponto de onde se avista um horizonte de perspectivas.
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ANEXOS I – Dados por área de atuação
SOBRE A SEAP
Órgão da administração direta do Poder Executivo do Estado do Paraná que responde, em conjunto com outros órgãos da “áreameio” do Executivo propriamente dito, pela gestão da máquina governamental.
GABINETE DA SECRETÁRIA− Secretária de Estado: Maria Marta Renner Weber Lunardon− Diretorageral: Regina Gubert− Chefe de Gabinete: José Chede− Assessoria Jurídica: Vivian Aparecida Ciscato Chuchene Bonato e Jeane Andreane
Pavelegini de Medeiros de Britto− Assessoria de Imprensa: Wagner de Alcântara Aragão− Assessoria técnica: Higina Maria de Melo Motta, Alair Fabro Carneiro, Sirlei de Fátima
Travenssoli e Yolanda Lugoboni Soares− TELEFONE: 4133136156
Atribuições da SeapCabe à Secretaria definir e implementar medidas e políticas nas áreas de gestão de pessoas, assistência à saúde do servidor, seguridade funcional, gestão de compras de materiais e contratações de serviços, gestão dos contratos administrativos e de prestação de serviços, gestão de transporte oficial, gestão patrimonial e gestão documental.
Unidades que formam a SeapA Secretaria é composta pelas seguintes unidades e suas respectivas áreas de atuação:
− Coordenadoria de Administração de Serviços (CAS): cuida da gestão dos contratos administrativos e de prestação de serviços nos órgãos da administração direta e autárquica do Executivo.
− Coordenadoria de Patrimônio do Estado (CPE): responde pela gestão do patrimônio móvel e imóvel do Executivo estadual.
− Departamento de Administração de Materiais (Deam): cuida da gestão dos processos licitatórios para a compra de produtos e contratação de serviços para os órgãos da administração direta e autárquica do Executivo (exceto licitações para obras, quando não sejam na modalidade registro de preços).
− Departamento de Assistência à Saúde (DAS): responde pelo Sistema de Assistência à Saúde (SAS) do Servidor.
− Departamento Estadual de Arquivo Público (Deap): atua na gestão de documentos oficiais – desde a seleção para descarte e guarda, até a adoção de normas arquivísticas que garantam a guarda ordenada, a recuperação e conservação. Também providencia meios que assegurem o acesso público a tais documentos e a preservação do valor histórico e cultural deles.
− Departamento de Transporte Oficial (Deto): cuida da gestão do transporte oficial do Executivo – da frota oficial às viagens dos servidores.
− Departamento de Recursos Humanos (DRH): responsável pela gestão de pessoal do Executivo.− Departamento de Seguridade Funcional (DSF): é o elo entre a Seap e a Paranaprevidência, órgão
responsável pela gestão das aposentadorias e pensões dos servidores estaduais do Paraná.
Dados gerais sobre a Seap− A Seap tem seu gabinete na ala C do 3º andar do Palácio das Araucárias, sede do Executivo Estadual, no
Centro Cívico, em Curitiba.− Ocupa, com suas unidades, também as alas A, B e D do mesmo andar, e ainda as alas A e B do segundo
andar.− A Secretaria tem também unidades no Centro Administrativo Santa Cândida (bloco 6, sede da Gerência
Executiva da Escola de Governo), e ainda a sede do Departamento Estadual de Arquivo Público, no bairro Cabral, ambos na capital.
− Nas demais Secretarias de Estado, a Seap está presente por meio dos seguintes grupos setoriais:− Grupo de Recursos Humanos Setorial (GRHS);− Grupo Administrativo Setorial (GAS)
− A Seap tem 250 funcionários.
Áreas de atuação
GESTÃO DE CONTRATOS E SERVIÇOSUNIDADE RESPONSÁVEL: Coordenadoria de Administração de Serviços (CAS)
COORDENADOR: Marisa Ribeiro de LimaTelefone 4133136068
Atribuição essencialGestão dos contratos de prestação de serviços firmados entre os órgãos administração direta e autárquica do Executivo e os prestadores propriamente dito, no que se refere ao funcionamento e manutenção das repartições, edifícios e estruturas públicas. São, em linhas gerais, contratos de serviços de vigilância; de manutenção, limpeza, asseio e conservação; de telecomunicações (telefonia fixa e móvel e transmissão de dados); de impressão e reprografia; de abastecimento de água e energia elétrica.
Sistemas e instrumentos legais− Sistema de Gestão de Contratos− Decreto 2.391/2008− Decreto 3.242/2008− Resolução 1.352/2007− Resolução 4.896/2008− Resolução 4.507/2008
Realizaçõeschave− Adotouse o Sistema de Registro de Preços para a contratação, por parte de cada órgãos público, dos
serviços de vigilância; e dos de manutenção, limpeza, asseio e conservação dos edifícios e estruturas públicas.
− Os Sistemas de Registros de Preços, e portanto as respectivas licitações para cada um, foram regionalizados.
− Os editais de licitação são rígidos quanto à exigência de cumprimento de obrigações trabalhistas por parte das empresas. O modelo foi resultado de um amplo trabalho, conjunto, que envolveu instituições como Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e Ministério Público do Trabalho.
− O acompanhamento do cumprimento desses contratos, inclusive no que se refere ao respeito às cláusulas trabalhistas, é feito de forma conjunta com a Procuradoria Geral do Estado (PGE).
− Para os serviços de telefonia fixa e móvel, também optouse pelo Sistema de Registro de Preços.− Para os serviços de transmissão de dados, foi instituído o Sistema de Telecomunicações do Paraná, o qual
se utiliza da rede de fibra óticas da Copel Telecomunicações e da expertise da Celepar.− Início a novo processo de contratação de serviços de impressão e reprografia, após levantamento
criterioso sobre a demanda (produção de impressões e cópias), que possibilitou a identificação das reais necessidades de equipamentos e produção, equalizando a franquia contratada à real produção.
− Início a processo de contratação de empresa especializada na prestação de serviços de fornecimento, instalação e manutenção de aproximadamente 30 mil ramais telefônicos, nos órgãos da administração direta e autárquica do Poder Executivo.
Dados gerais− Licitações para Sistemas de Registros de Preços para vigilância e limpeza desburocratizaram os trâmites:
diminuição de 76,53% na quantidade de processos e de 42% na de contratos assinados.− Número de postos de vigilância: 1.864− Número de postos de limpeza, asseio e conservação contratados: 4.061, em todo o Estado.− Redução de 65% nas despesas com tarifas de telefonia móvel.− Redução de 25% nas despesas com tarifas de telefonia fixa.− Economia média de 63% com a utilização da Copel Telecomunicação para a transmissão de dados e
multimídia (Sistema de Telecomunicações do PR)
Áreas de atuação
GESTÃO PATRIMONIALUNIDADE RESPONSÁVEL: Coordenadoria de Patrimônio do Estado (CPE)
COORDENADOR: Ciro Cercal FilhoTelefone 41 33136065
Atribuição essencialCentraliza dados e informações sobre os bens móveis e imóveis da administração direta e autárquica do Poder Executivo Estadual, bem como define e implementa ações na área de gestão desse patrimônio.
Sistemas e instrumentos legais− Sistema AAB – gerenciamento de bens móveis do Estado.
− Decreto nº 5.985/1989− Resolução conjunta Sepl/Sefa nº 002/2009− Decreto nº 4.336/2009− Decreto nº 5.289/2009− Resolução Seap nº 8.726/2009− Resolução Seap nº 8.727/2009
− Sistema LOC – controle de locações do Estado.− Decreto 4.804/2001− Decreto 1.993/2003− Decreto 897/2007− Lei Federal nº 8.666/1993
− Sistema GPI – gerenciamento de patrimônio imóvel (em fase de implantação)− Constituição do Estado do Paraná− Lei Estadual nº 15.469/2007− Lei Estadual nº 10.429/1993− Lei Federal nº 9.504/1997− Lei Federal nº 11.300/2006− Decreto nº 4.336/2009
Realizaçõeschave− Reidentificação e relocalização de mais de 200 imóveis até então nãodocumentados.− Aprimoramento das regras a serem observadas pelos órgãos públicos estaduais, quando da locação de
imóveis ao priorizar a ocupação de imóveis próprios e, no caso das locações, estabelecendo condições em contratos menos onerosas ao Estado. As locações dependem de autorização da CPE/Seap, após cumprimento dos requisitos.
− Finalização do Sistema de Gestão Patrimonial de Imóveis do Estado do Paraná (GPI), pela Celepar, em fase de implantação pela CPE.
− Contratação de empresa para desenvolvimento de Projeto Piloto para Levantamento Cadastral de Imóveis do Patrimônio Estadual em Curitiba e Região Metropolitana (36 municípios), com recursos do Programa Nacional de Apoio à Modernização da Gestão e Planejamento dos Estados (Pnage, governo federal) – trabalhos em fase inicial.
− Instituição de numeração única e uso de etiqueta com código de barras para controle de bens móveis, sem alterações, desde sua aquisição até a destinação final.
− Introdução do uso de coletores de dados para facilitar o inventário de bens móveis – a ser implantado a partir de dezembro de 2010.
Dados gerais− Número atual de contratos de locação: 446− Total estimado de bens móveis: 1.975.000 itens− Total estimado de bens imóveis: 15.000− Número de processos de usucapião: 2.174 (de 01/012010 a 30/09/2010)
Áreas de atuação
GESTÃO DOCUMENTALUNIDADE RESPONSÁVEL: Departamento Estadual de Arquivo Público (Deap)
DIRETORA: Daysi Lúcia Ramos de AndradeTELEFONE: 4133522299
Atribuição essencialO Arquivo Público define e implementa normas arquivísticas necessárias para a devido recolhimento, guarda, recuperação, conservação e preservação dos documentos oficiais gerados nos órgãos da administração direta e autárquica. Também atua como órgão de memória histórica e cultural do Paraná, ao instituir meios que garantam acesso ao público de tais documentos, seja para os fins históricos e culturais propriamente dito, como para fins de pesquisas acadêmicas, por exemplo.
Sistemas e instrumentos legais− Programa de Gestão Documental nos órgãos da administração direta e autárquica do Poder Executivo
(Resolução 3.107/95, Resolução Seap 12.220/98, Decreto 2.866/2004, Decreto 274/2007).− Resolução do Conselho Nacional dos Arquivos Públicos (Conarq) nº 31/2010.− Norma Brasileira de Descrição Arquivística de Documentos (Nobrade; Resolução Conarq nº28/09)
Realizaçõeschave− Discussões para a criação de um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (Sigad).− Definição de procedimentos para gestão de documentos eletrônicos.− Produção de obras de valor históricocultural e de instrumentos de pesquisas, como os catálogos sobre
índios, afrodescendentes, imigração polonesa e japonesa no Paraná.− Promoção e participação de eventos técnicos e científicos sobre políticas arquivísticas e modernização dos
arquivos públicos− Integração a projetos do Arquivo Público Nacional, como o “Memórias Reveladas” (projeto do governo
federal de abertura e integração dos arquivos do período da ditadura militar).
Dados gerais− Tamanho atualizado do acervo: 4.000 metros lineares de documentos físicos, ou cerca de 16 milhões de
unidades documentais.− Entre 20032010, quase 200 visitas técnicas ao Arquivo Público, com a participação de cerca de 2.000
pessoas.
Áreas de atuação
GESTÃO DAS LICITAÇÕESUNIDADE RESPONSÁVEL: Departamento de Administração de Materiais (Deam)
DIRETOR: Roberto Antônio DalledoneTelefone: 41 33136400
Atribuição essencialResponde pela gestão dos processos licitatórios da administração direta e autárquica do Poder Executivo, atribuição essa que inclui a execução das licitações; a constituição, acompanhamento e controle dos sistemas de registros de preços; o cadastramento, e manutenção desse cadastro, de fornecedores e consignatárias; a adoção de medidas que busquem agilidade, transparência e segurança aos processos licitatórios.
Sistemas e instrumentos legais− Sistemas AAX, AAL, Sideam, licitacoese do Banco do Brasil, Comprasnet, SEI Tribunal de Contas do
Estado do Paraná. e GMS.− Lei federal 8.666/1993, lei federal 10.520/2002, lei estadual 15.608/2007. Decretos estaduais
6.180/2002; 1.311/1999, 1.690/99, 897/2007 e 1.391/2008; 5892/2009; 5.980/2009; 3.014/2008; 2.916/2008, 5.996/09.
Realizaçõeschave− Participação na elaboração da Lei Estadual de Licitações.− Participação na elaboração de proposta de alteração da lei federal de licitações, em conjunto com
Ministério do Planejamento e com Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad).
− Reformulação do Portal Compras Paraná− Implantação do Sistema de Gestão de Materiais e Serviços (Sistema GMS), composto dos seguintes
módulos: cadastro estadual de fornecedores, catalogação de itens objetos de licitação; fase interna da compra; fase externa (licitações propriamente ditas); almoxarifado; contratos e convênios.
− Instituição do Sistema de Registros de Preços como prática e regra para a compra de produtos e contratações de serviços.
− Regionalização e Sistemas de Registros de Preços para obras e serviços de projetos padrões (quadras cobertas, centros de saúde da mulher e da criança, bibliotecas cidadãs), os quais reduziram em até 25% os valores obtidos em relação aos valores máximos.
− O Sistema de Registro de Preços trouxe também mais planejamento para as compras, como a de medicamentos – inclusive os adquiridos por demanda judicial.
Dados gerais− De 2003 a outubro de 2010 foram realizadas, via Deam, 4.239 licitações, para os órgãos da administração
direta e autárquica do Poder Executivo, ou mais de 46 por mês, quase duas por dia − Pregão: 3.822− Concorrência pública: 282− Tomada de preços: 30− Convite: 105
Áreas de atuação
GESTÃO DE TRANSPORTE OFICIALUNIDADE RESPONSÁVEL: Departamento de Transporte Oficial (Deto)
DIRETOR: Auro Josephat DalmolinTELEFONE: 41 33136001
Atribuição essencialGestão da frota oficial, o que incluiu centralização dos dados e dos procedimentos necessários à manutenção dos veículos, ao registro dos veículos oficinais no Detran, e ao cadastramento dos veículos em sistema informatizado. Também responde pela gestão da viagens dos servidores, o que inclui acompanhamento centralizado dos trâmites necessários à liberação e realização de deslocamentos dos funcionários, a trabalho, para fora da sede de seu órgão de atuação; e ainda gestão de transporte de pessoas e objetos do interesse da administração no âmbito estadual. A coleta, triagem e distribuição de correspondência oficial também faz parte, via setor de malote, das atribuições do Deto.
Sistemas e instrumentos legais− Lei estadual 6.636/1974.− Decreto 249/1975.− Lei estadual 13.403/2001.− Decreto 6.180/2002.− Decreto 3.498/2004 (Central de Viagens)
Realizaçõeschave− Substituição da frota alugada por frota própria (patrimônio do Estado).− Implantação dos sistemas centralizados de controle de abastecimento e de manutenção de veículos
oficiais. Obtevese redução de 40% nos gastos com abastecimento e manutenção de veículos.− Contratação descentralizada de 35 empresas de manutenção, em 20 pólos regionais.− Renovação constante da frota, inclusive com a receita obtida com leilões de veículos usados.− Nova regulamentação e novo sistema informatizado da Central de Viagens e Diárias.− Aquisição direta de passagens aéreas, e não mais via agências de viagens, medida que reduziu em 17,8%
os gastos com compras dessas passagens.− Publicação dos relatórios da Central de Viagem na internet (inclusive com valores de diárias pagos aos
servidores)
Dados gerais− Sistemas atendem uma frota de 23.200 veículos, sendo 20.800 do Poder Executivo e 2.400 dos outros
poderes.− Estão ativos 18.881 cartões corporativos para pagamento de diárias aos servidores. Não são cartões com
limite de crédito; o servidor detentor do cartão só obtém os valores correspondentes à sua diária para a realização de sua viagem.
Confira em “Anexos” os seguintes dados detalhados: i) total de veículos abrangidos pelo sistema de abastecimento, por pólo; ii) número de procedimentos de manutenção liberados e despesas; iii) número de viagens autorizadas e a respectiva soma de suas diárias; iv) idade média da frota oficial; v) número de veículos vendidos em leilões e receita obtida; vi) estatísticas do setor de malote.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS GERALUNIDADES RESPONSÁVEIS: Departamentos de Recursos Humanos (DRH), de Assistência à Saúde do Servidor (DAS) e de Seguridade
Funcional (DSF)
Atribuição essencialResponde pelas políticas na área de recursos humanos aplicáveis aos quadros de pessoal dos órgãos da administração direta e autárquica do Poder Executivo, no que se refere a cargos e salários, recrutamento e seleção (concursos públicos), capacitação, processamento da folha de pagamento, perícia médica e saúde ocupacional, assistência à saúde e seguridade funcional.
Realizaçõeschave− Reformulação de todas as carreiras da administração direta e autárquica do Poder Executivo.− Recuperação dos salários, inclusive com reajustes gerais anuais.− Substituição de terceirizações e contratos precários por pessoal concursado, com planos de carreira,
cargos e salários.− Criação de um órgão específico (Escola de Governo do Paraná, com Gerência Executiva vinculada ao DRH
da Seap) para planejar, coordenar e executar programas de capacitação profissional.
Dados gerais (setembro 2010)− As políticas de gestão de pessoas são direcionadas a um universo de 267.100 cargos ocupados, sendo
desse total:− 184.500 cargos de servidores na ativa− 82.400 inativos (aposentados e pensionistas)
− Do total de cargos ocupados de servidores na ativa, têmse:− 139.300 são dos quadros funcionais (13 quadros)− 9.900 de CLTs (Emater, empresas dependentes de recursos do Tesouro, Apaes e Paraná
Educação)− 31.400 contratos de regime especial (temporários)− 3.900 cargos em comissão, sendo 1.500 de servidores de carreira e 2.400 sem vínculo.
− Para o universo de 267.100 cargos ocupados de servidores na administração direta e autárquica do Poder Executivo, têmse, em 2010, os seguintes valores de folha de pagamento:
− Total da folha: R$ 720 milhões/mês− Desse total, 63% correspondem à folha de pagamento dos cargos da ativa; 20%
aposentados, 8% pensionistas, 5% de encargos e 4% de outras despesas correntes (como auxílio transporte para servidores da educação).
− Folha de pagamento com cargos em comissão está em R$ 10,2 milhões/mês, ou 1,4% do total.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – CARGOS E SALÁRIOSUNIDADE RESPONSÁVEL: Divisão de Cargos e Salários do Departamento de Recursos Humanos (DCRH)
CHEFE DA DIVISÃO: Cristiane Macedo GubertTELEFONE: 4133136134
Atribuição essencialImplementação de medidas relacionadas à estrutura de cargos e salários dos quadros e carreiras da administração direta e autárquica do Poder Executivo estadual.
Realizaçõeschave− Reformulações em todos os quadros nos últimos oito anos, com destaque para profundas modificações
estruturais que modernizaram as seguintes carreiras:− Magistério da educação básica− Docentes e demais carreiras das instituições estaduais de ensino superior− Polícias civil e militar
− Criação do Quadro Próprio de Peritos Oficiais− Criação do Quadro Próprio de Funcionários da Educação Básica− Implantação das promoções e progressões, de acordo com a legislação de cada quadra/carreira. − Instituição do reajuste geral anual, a partir de 2007, tendo o 1° de maio como datareferência.
Dados gerais− Reorganizações carreiras propiciaram ganhos salariais específicos para cada carreira, cargo e função. Em
média, esses ganhos alcançaram 60%, aproximadamente.− Índice acumulado de reajuste geral entre 2007 e 2010 é de 20,5%.− Ganhos com as reformulações dos quadros, mais o reajuste geral, proporcionaram aumentos na
remuneração de até 90% em média, nos últimos oito anos.
Confira em “Anexos”: i) Relação dos quadros funcionais e atos oficiais que os regulamentam.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – FOLHA E CADASTROUNIDADE RESPONSÁVEL: Divisão de Cadastro do Departamento de Recursos Humanos (DCRH).
CHEFE DA DIVISÃO: Lúcia Mara IjailleTELEFONE: 41 33136173
SUBUNIDADES SETOR DE ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMA – SAS
CHEFE: Ana Cristina Richter Rissi SETOR DE CADASTRO FUNCIONAL – SCF
CHEFE: Maria Emilia Rosa de Mattos SETOR DE CONSIGNAÇÕES
CHEFE: Celia Terezinha Barchik Antoniácomi
Atuação essencialProcessa a folha de pagamento dos servidores da ativa dos órgãos da administração direta do Poder Executivo Estadual, bem como dados cadastrais, funcionais e financeiros desses servidores.
Sistemas e instrumentos legais− Ferramenta Meta (M4)− Sistema Integrado de Pagamento – SIP− Cadastro de Histórico de Recursos Humanos – RHC− Histórico de Pagamento de Pessoal – PPH− Pagamento de Pessoal Especial – PPE− Sistema de Pagamento de PessoalIntegrações – PPI− Sistema Automatizado de Consignações – PRConsig− Sistema de Atualização Cadastral – PACRH
Realizaçõeschave− Migração das contas para depósito de salário dos servidores da ativa da administração direta para o
Banco do Brasil.− Implantação de nova plataforma informatizada (“Meta 4”) de cadastro e folha de pagamento.− Programa de Atualização Cadastral Permanente de Recursos Humanos (PACRH), o qual incluiu o
recadastramento de todos os servidores da ativa, aposentados e pensionistas da administração direta e autárquica do Poder Executivo.
− Implantação de sistema informatizado de gestão das consignações do funcionalismo (PRConsig).− Implantação de sistema de obtenção de relatório preliminar sobre a folha de pagamento, com
apontamento dos acréscimos em comparação ao mês anterior, para avaliação do comportamento das despesas e eventuais ajustes necessários, antes do envio para os bancos oficiais para depósito dos salários.
− Por setor, vale destacar realizações específicas:
SETOR DE ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMA – SAS
− Gerenciamento das folhas de pagamentos normais e complementares dos servidores da ativa e contratados sob regime especial de trabalho dos órgãos da administração direta.
− Implantação em folha de pagamento de decisões judiciais.− Elaboração dos cronogramas de execução das folhas de pagamentos.− Coordenação e gerenciamento do PACRH.
SETOR DE CADASTRO FUNCIONAL – SCF
APOSENTADORIAS:− Elaboração da resolução de aposentadoria e reserva remunerada para servidores civis e
militares.
ABONOS DE PERMANÊNCIA:− Elaboração da resolução de concessão de abono de permanência aos servidores civis e
militares.
SETOR DE CONSIGNAÇÕES – SC
− Implantação e gerenciamento do PRConsig
Dados gerais
SETOR DE ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMA – SAS
− Gerenciamento das folhas de pagamentos normais e complementares dos 175.900 cargos de servidores da ativa e contratados sob regime especial de trabalho dos órgãos da administração direta.
−SETOR DE CADASTRO FUNCIONAL – SCF
APOSENTADORIAS:− Média de 200 aposentadorias concedidas/mês.
ABONOS DE PERMANÊNCIA:− Média de 160 concessões de abono permanência/mês.
ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO:− Média de 1.300 adicionais gerados/mês.
CONTAGENS DE TEMPO− Média de 500 processos mês, devido a concursos realizados no âmbito Estadual.
SETOR DE CONSIGNAÇÕES – SC
− Gerenciamento de 122 consignatárias− Gerenciamento de 242.043 contratos de consignações facultativas, que somam valor de R$
37.257.773,86 (setembro/2010).
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – CONCURSOS PÚBLICOSUNIDADE RESPONSÁVEL: Divisão de Seleção e Recrutamento do Departamento de Recursos Humanos (DSRH)
CHEFE DA DIVISÃO: Magda FreitasTELEFONE: 41 33136140
Atribuição essencialGestão dos processos de recrutamento e seleção para contratação de servidores públicos dos órgãos da administração direta e autárquica do Poder Executivo, bem como da movimentação de servidores. A gestão pode ser de todo o processo ou parcial no caso daqueles que são delegados ao órgão para os quais se destinam as contratações.
Sistemas e instrumentos legais− Sistema AHA – Admissão de Pessoal.− Sistema META4 / Módulo de Disposição Funcional.− Decreto 2.508/2004 – Regulamento dos concursos públicos.− Leis Complementares Estaduais nº 108/2005 e 121/2007 – Contratação Temporária.− Decreto 4512/2009 Contratação Temporária.− Decreto 3827/2008 – Disposição Funcional.
Realizaçõeschave− Regulamentação, em lei estadual, da contratação temporária, mediante Contrato de Regime Especial
(CRES).− Retomada das contratações por concursos públicos para a substituição de terceirizados e de contratos
temporários; substituição de desligamentos e aumento dos quadros, necessidade dos investimentos feitos em educação, saúde, sistema penitenciário, segurança, centros de socioeducação, fomento à agropecuária, extensão rural, estradas de rodagem, trânsito, entre outras áreas.
− Contratação de instituições públicas com expertise em processos de seleção, como Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), bem como contratação das empresas prestadoras de serviços de exames médicos admissionais, avaliados pela Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional (Dims) do Departamento de Recursos Humanos (DRH).
Dados gerais
− Entre 2003 e 2010, ingresso de 63.689 servidores concursados; três quartos desse total para a educação básica. Números que incluem concursos realizados totalmente pela Seap e concursos delegados aos órgãosfins.
− Dos concursos com gestão total da Seap, têmse − Realizados 20 concursos públicos, totalizando 1.489 editais.− Em andamento 08 concursos, destes 03 para formação de cadastro de reserva, e 04 com
prazo de encerramento em 2011: abril (edital 128/2006) e maio (editais 195, 196 e 197/2006), todos para o Quadro Próprio do Poder Executivo e 01 para o Quadro Próprio do Poder Executivo (edital 036/2010).Total de vagas ofertadas 45.139, de inscritos 373.900 e de nomeados 33.472.
− Total de vagas autorizadas a preencher: 6.515 (referência: novembro 2010).
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – CAPACITAÇÃO PROFISSIONALUNIDADE RESPONSÁVEL: Gerência Executiva da Escola de Governo do Paraná, vinculada ao DRH
GERENTE: Marli Aparecida Jacober PasqualinTELEFONE: 4133516145
Atribuição essencialPlaneja, define, implementa e executa programas de capacitação continuada do funcionalismo. Articula, por meio da rede formada pelos centros de formação e desenvolvimento dos órgãos da administração direta, autárquica e indireta do Poder Executivo, as ações promovidas também por esses centros. Responde também pela Central de Estágios no Governo do Paraná.
Sistemas e instrumentos legais− Decreto 3.764/2004− Sistema de Cursos da Escola de Governo− Sistema Gerenciador de Estágio do Estado− Sistema do Portal do Conhecimento− Sistema do Saberes em Gestão Pública / Repositório Institucional− Site para Realização de Eventos− Sistema Mapa da Oferta das Capacitações nas Escolas de Governo / Parceria Escola Nacional de
Administração Pública (Enap)
Realizaçõeschave− A partir da criação da Escola de Governo, em 2004, planejamento, implementação e acompanhamento de
programas de educação formal do servidor público (ensinos fundamental, médio e superior e pósgraduação lato e stricto sensu), de educação continuada, de desenvolvimento de competências técnicas, gerenciais e comportamentais, e de capacitação para o ensino à distância.
− Realização de duas edições do Encontro Paranaense de Servidores Públicos, circuito que percorreu, em cada edição, 20 municípios levando ações de capacitação profissional e desenvolvimento pessoal.
− Atuação em rede com os centros de formação e desenvolvimento dos órgãos da administração direta, autárquica e indireta do Poder Executivo.
− Produção e gestão do conhecimento em administração pública, por meio da criação de repositório institucional, de revista virtual sobre gestão pública e da publicação de trabalhos em livros.
− Implantação de programas de desenvolvimento sóciocultural e bemestar do servidor.− Parcerias com instituições públicas educacionais (faculdades e universidades estaduais e federais) e de
capacitação (Escolas de Governo de outras esferas e unidades da federação; Escola Nacional de Administração Pública, Enap).
Dados gerais− Entre 2003 e 2010, foram oferecidas e preenchidas 1 milhão de vagas em 5.700 eventos de capacitação
dos programas da Rede Escola de Governo do Paraná. Numa média aritmética, pelo número de vagas preenchidas é como se cada servidor da ativa, do Poder Executivo Estadual, tivesse passado por pelo menos quatro eventos de capacitação profissional no período.
− Atende hoje 7.300 estagiários, de ensino médio, profissionalizante e ensino superior, que atuam nos órgãos da administração direta e autárquica do Poder Executivo estadual.
− Outros dados como número de cursos de pósgraduação realizados ou em andamento e servidores contemplados; número de eventos realizados no interior e vagas preenchidas.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – SAÚDE DO SERVIDOR UNIDADE RESPONSÁVEL : Departamento de Assistência à Saúde (DAS)
DIRETOR: Eduardo MischiattiTELEFONE: 4133136160
Atribuição essencialGestão do Sistema de Assistência à Saúde do Servidor (SAS), benefício concedido aos servidores públicos estaduais da ativa e inativos, civis e militares, bem como a seus dependentes legais.
Sistemas e instrumentos legaisLegislação: decretos nº 5303/2002 (criação do SAS) e nº 5356/2002;Sistemas: SASWEB e META4.
Realizaçõeschave− Expansão do SAS, por meio de uma nova regionalização do Estado: o Paraná foi dividido em macro e em
mesorregiões, nas quais os prestadores responsáveis pela respectiva macro passaram a ser obrigados a manter pontos para atendimento básico nas mesos de sua região. Assim, além das 16 macrorregiões préestabelecidas foram identificados 23 municípios pólos, que passaram a ser mesorregiões daquelas 16 macros.
− Com isso, a rede triplicou: de 11, passou para 33 o número de municípios contemplados com prestador de serviços do SAS.
− Implantação de relatórios gerenciais, com informações de produtividade do contratado, para gestão do sistema.
− A gestão do sistema se aproximou do servidor: os núcleos regionais do SAS intensificaram seu papel de acompanhamento da prestação dos serviços por parte do hospital contratado; a Ouvidoria Geral do Estado se integrou ao recebimento de queixas e encaminhamento por soluções; um portal específico foi criado na internet (www.sas.pr.gov.br)
− Os beneficiários, por meio de seus representantes sindicais, tiveram participação ativa no acompanhamento dos serviços prestados pela rede.
Dados gerais− O SAS contempla 420 mil pessoas (ou vidas, nomenclatura utilizada na área).− O orçamento para o SAS em 2010 foi de R$ 104 milhões.− A rede de instituições contratadas para atender pelo SAS realiza em média 2 milhões de procedimentos
médicos e ambulatoriais por ano; 816.500 consultas anuais e 32 mil internações, também por ano.− A média anual de usuários atendidos pelas macrorregiões e suas respectivas mesorregiões é de 48 %, ou
seja, mais de 200.000 beneficiários diferentes utilizaram o sistema pelo menos uma vez no ano.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – SEGURIDADE FUNCIONAL E PREVIDÊNCIAUNIDADE RESPONSÁVEL: Departamento de Seguridade Funcional (DSF) e Paranaprevidência
PRESIDENTE DA PARANAPREVIDÊNCIA: Munir KaramTELEFONE: 41
Atribuição essencialGestão das aposentadorias e pensões do funcionalismo público, desde o recebimento de pedidos, análise e concessão do beneficio propriamente dito, até a gestão do patrimônio e dos recursos financeiros necessários para a sustentação do sistema.
Sistemas e instrumentos legais
Realizaçõeschave− Fim da taxação dos inativos− Interiorização do atendimento ao segurado, por meio de parcerias com núcleos da Educação e Polícia
Militar.− Participação no Paraná em Ação.− Gestão responsável e eficiente dos recursos e ativos, com administração colegiada e transparente;
aplicações em bancos públicos, sólidos.− Atualização do plano de custeio.
Dados gerais− Paranaprevidência tem R$ 5 bilhões em ativos financeiros.− Total de Benefícios Pagos (Aposentadorias e Pensões) R$ 270 milhões/mês− Quantidade de aposentados: 71.845 (três Poderes)− Quantidade de Pensionistas: 24.751 (três Poderes)
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – GERENCIAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕESUNIDADE RESPONSÁVEL: Assessoria da diretoria do DRH
ASSESSORA: Suzete MatiasTELEFONE: 4133136324
Atribuição essencialObter, organizar, consolidar e tornar públicos dados e informações, inclusive financeiros, da área de recursos humanos da administração direta e autárquica do Poder Executivo, com o objetivo de se levantar panoramas e diagnósticos que subsidiem a tomada de decisões e afiram resultados dessas decisões e medidas implementadas.
Realizaçõeschave− Articulação com as divisões do DRH e com órgãos outros da áreameio da administração pública estadual
para o estabelecimento de rotina de levantamento e fornecimento dos dados, de modo a se criar e se consolidar a cultura da importância dos relatórios gerenciais para o gestor público.
− Criação do boletim RHInformação.− Publicação do RHInformação na internet, boletim que traz dados e informações financeiras sobre folha
de pagamento e estatísticas na área de RH como número de funcionários por quadro ou por secretaria, quantidade de licenças médicas concedidas etc.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – PERÍCIA MÉDICAUNIDADE RESPONSÁVEL: Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional
CHEFE DA DIVISÃO: Marilda Zauer GuimarãesTELEFONE: 4138838362
Atribuição essencialResponsável pela análise da capacidade laborativa de novos e de servidores já pertencentes aos quadros, bem como a avaliação para a concessão ou não de licenças médicas.
Realizaçõeschave− Reformulação geral do Manual de Perícia Médica.− Aparelhamento do sistema pericial do Estado, por meio da aquisição de equipamentos médicos para todas
as 18 juntas de inspeção e perícia médica e novo mobiliário para a sede da divisão em Curitiba.− Constituição de câmara técnica e desenvolvimento de projeto de saúde ocupacional para os servidores do
Executivo estadual. Projeto já em construção conjunta com o Fórum de Servidores Estaduais (formado por 14 sindicatos das diversas categorias do funcionalismo).
Áreas de atuação
GESTÃO DE PESSOAS – JURÍDICAUNIDADE RESPONSÁVEL: Divisão Jurídica do Departamento de Recursos Humanos (DJRH)
CHEFE DA DIVISÃO: Lilian Didone CalomenoTELEFONE: 4133136265
Atribuição essencialResponde pela análise, emissão de pareceres e outras manifestações, sob o ponto de vista da legislação, acerca dos processos relativos à área de recursos humanos.
Realizaçõeschave− Atuação efetiva, dentro de suas atribuições e competências, no conjunto de ações e medidas
implementadas em toda área de gestão de pessoas.− Nomeação de um(a) procurador(a) do Estado para chefiar e coordenar da divisão.− Início do processo de expansão de atribuições da divisão, de modo a tornála uma unidade de
assessoramento jurídico direto do gabinete e lidando com questões de outras áreas de atuação da Secretaria.
Áreas de atuação
GESTÃO DE PROJETOSUNIDADE RESPONSÁVEL : ASSESSORIA TÉCNICA
ASSESSOR: Raul O. Menanteaux MorenoTELEFONE: 4133136142
Atribuição essencialAssessorar a Seap na execução do Plano Seap 20082010, formado inicialmente por um conjunto de 42 projetos – com diferentes graus de complexidade e porte – vinculados aos diversos departamentos e divisões da secretaria. Coordenar projetos informáticos, principalmente do Departamento de Recursos Humanos. Acompanhar – junto à Celepar – o planejamento, o desenvolvimento, a evolução dos trabalhos e os resultados dos projetos informáticos, e o processamento de serviços e demandas em geral.
Realizaçõeschave− Estabelecimento de uma atividade formal de coordenação de projetos informáticos junto à Celepar na
falta de uma estrutura oficial na Seap− Envolvimento direto dos Departamentos e Divisões da Seap na especificação preliminar das suas
necessidades – na forma de projetos descritivos – devidamente aprovadas antes de formalizar as demandas na Celepar.
Projetos de Destaque− Central de Viagens− Gestão de Materiais e Serviços− Gestão Patrimonial de Bens Imóveis do Estado− Sistema de Informações de Recursos Humanos− Consolidação do RHParaná – Cadastro Funcional e Folha de Pagamento
MAIS INFORMAÇÕES
− Página da Seap: www.seap.pr.gov.brNesta página, a Seap tem suas unidades apresentadas. Está lá uma seção de notícias com a divulgação jornalística das ações da pasta. E ainda a publicação dos relatórios da “Central de Viagens”; a relação de todos os servidores do Executivo e os respectivos salários, inclusive dos cargos em comissão, entre outras informações na área de recursos humanos.
− Portal do Servidor: www.portaldoservidor.pr.gov.brCriado em 2004, é voltado preferencialmente aos servidores públicos estaduais, mas traz dados e informações referentes ao funcionalismo também de interesse da comunidade em geral. Está lá ainda a relação de todos os servidores do Executivo e os respectivos salários, inclusive dos cargos em comissão. Por meio dele há o link para o PRConsig, no qual são publicados, entre outros dados, os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos consignados.
− Portal Escola de Governo: www.escoladegoverno.pr.gov.br Divulga os eventos de capacitação profissional do funcionalismo. A partir dele também se tem acesso ao repositório “Saberes em Gestão Pública”(www.saberes.seap.pr.gov.br) e à publicação virtual “Saberes – Gestão Pública em Revista” (www.revistasaberes.seap.pr.gov.br).
− Portal do SAS: www.sas.pr.gov.brCanal de informação e comunicação de “mãodupla” entre a gestão do SAS e o beneficiário do sistema. Publica a relação de todos os prestadores de serviços. O beneficiário encontra no portal também quais tipos de atendimentos são cobertos pelo SAS e orientações gerais.
− Portal da Paranaprevidência: www.paranaprevidencia.pr.gov.brEstatísticas sobre o fundo previdenciário e todas as informações e orientações necessárias para o servidor público, sobre aposentadorias e pensões, estão nesse espaço na internet.
− Portal Compras Paraná: www.comprasparana.pr.gov.brÉ o espaço na internet onde todas as licitações do Governo do Paraná são publicadas, e tem sua divulgação reforçada na seção de notícias. Pelo portal os fornecedores fazem e atualizam cadastro; por ele também se acessam os sistemas de registros de preços de produtos e serviços licitados pelo Estado.
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ANEXOS II – Um pouco da repercussão(apenas na versão impressa)