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OESTE E VALE DO TEJO OESTE E VALE DO TEJO Junho 2004 Nº13 MELHOR AMBIENTE Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo MELHOR AMBIENTE Continua pág. 3, 4 e 5 O Ambiente é um dos pilares fundamentais do Desenvol- vimento Sustentável. A Região de Lisboa e Vale do Tejo possui valores ambientais e paisagísti- cos únicos que têm de ser defendidos e colocados ao serviço do desenvolvimento do País. É esse o nosso maior desafio. < foto: Mário Cales - www.mariocales.pto

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O E S T E E V A L E D O T E J OO E S T E E V A L E D O T E J OJ u n h o 2 0 0 4N º 1 3

MELHOR AMBIENTE

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo

MELHOR AMBIENTE

Continua pág. 3, 4 e 5

O Ambiente é um dos pilaresfundamentais do Desenvol-vimento Sustentável. A Regiãode Lisboa e Vale do Tejo possuivalores ambientais e paisagísti-cos únicos que têm de serdefendidos e colocados aoserviço do desenvolvimento doPaís. É esse o nosso maiordesafio. <

foto: Mário Cales - www.mariocales.pto

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Centra l izarna Gestão

Descentra l izarna Execução

Durante séculos, Portugal con-cretizou políticas centralizado-ras da população, das activi-dades, da Administração Públicae dos recursos indispensáveis aoseu desenvolvimento.

A litoralização das pessoas e das activi-dades económicas mais dinâmicas e abipolarização do sistema urbanonacional evidenciam o desequilíbrioterritorial do nosso País.

Temos um país desigual; um país dese-quilibrado; um país a diferentesvelocidades. Este velho modelo deorganização administrativa, económi-ca e social é inaceitável, inviável,insustentável.

Por um lado, gerou os enclaves metro-politanos, animados por processosacelerados de crescimento económicoe demográfico, fragilizados, todavia,por fenómenos de desorganização ter-ritorial, desqualificação urbana eexclusão social.

Por outro lado, gerou territóriosrurais e interiores cada vez mais per-iféricos e isolados, ameaçados portendências e dinâmicas de desertifi-cação humana, institucional e empre-sarial.

A criação das Áreas Metropolitanas deLisboa e do Porto pela Lei n.º 44/91,de 2 de Agosto, a fim de enquadrar,nomeadamente, a articulação deinvestimentos e de serviços de âmbitometropolitano, veio reforçar asassimetrias existentes ao ignorar asrestantes áreas urbanas do país, quenão mereceram qualquer soluçãoinstitucional.

Contrariar este quadro passa pordesenvolver e aprofundar os princí-pios do desenvolvimento sustentável,da subsidiariedade, da descentraliza-ção e da autonomia do Poder Local.

Urge reorganizar e equilibrar o sis-tema urbano nacional, apostando emnovas áreas metropolitanas e em novascentralidades, vocacionados para apromoção do desenvolvimentoeconómico, social e ambiental.

O novo enquadramento legal vempotenciar e impulsionar o aproveita-mento de novas oportunidades e a res-olução de problemas que ultrapassamclaramente as fronteiras municipais,com o objectivo claro de que o serviçopúblico dos municípios seja prestadocada vez com maior eficiência e commenos custos, para permitir ao interi-or a capacidade de adquirir dimensãoe massa crítica para poder correspon-der às suas missões.

A nova ordem nacional passa pelareorganização do território, tendo emconta a criação de novas áreas metro-politanas, comunidades urbanas ecomunidades intermunicipais, cujoscontornos espaciais não são à partidaimpostos, devendo emergir da von-tade dos municípios em função dosseus enquadramentos regionais einteresses estratégicos de desenvolvi-mento.

Importa contrariar velhas tradições

institucionais, centradas no individu-alismo e no isolacionismo, que porvezes orientaram o funcionamento daAdministração Pública portuguesa,Central e Local, promovendo e apro-fundando o desenvolvimento derelações institucionais de complemen-taridade e de solidariedade entre osmunicípios territorialmente contígu-os.

As Grandes Áreas Metropolitanasdeverão integrar pelo menos novemunicípios contíguos e 350 000 habi-tantes, enquanto as ComunidadesUrbanas deverão integrar pelo menostrês municípios contíguos e 150 000habitantes.

A nova solução institucional vem dar aresposta necessária para o planeamen-to e para a gestão de espaços urbanosalargados, pretendendo-se assegurar aconcertação de estratégias, planos,programas, projectos, investimentos eserviços municipais de âmbito e deinteresse metropolitano ou supramunicipal.

Pretende-se também assegurar a ade-quada articulação das intervençõesdos municípios, do Governo e dosserviços da Administração Central emdiversos domínios do desenvolvimen-to. A principal inovação reside,todavia, na faculdade da instituição deComunidades Urbanas, as quais dev-erão integrar órgãos deliberativos,executivos e consultivos: aAssembleia, a Junta e o Conselho dasComunidades Urbanas.

A instituição das ComunidadesUrbanas deverá contribuir, nomeada-mente, para a estruturação de pólosurbanos, indispensáveis ao desenvolvi-mento dos territórios menos dinâmi-cos e menos competitivos dePortugal, permitindo esbater as

N o v a s C e n t r a l i d a d e s

Miguel RelvasEx-Secretário de Estado da Administração Local

E d i t o r i a l

assimetrias regionais.

Desta forma, assegura-se a governabil-idade, a funcionalidade e a qualidadedos subsistemas urbanos portugueses,cada vez mais alargados, complexos einterdependentes, respondendo à von-tade e à necessidade manifestadas pelosautarcas portugueses e pelos demaisdecisores públicos, no sentido de par-ticiparem activamente na constituiçãode redes de cooperação, de associaçõese de parcerias institucionais.

Com este novo enquadramento, é pos-sível planear e gerir de forma maisequilibrada o território, potenciandosinergias e um melhor aproveitamentodos recursos existentes.

Destaca-se a coordenação com aadministração central no âmbito dasaúde, cobrança de impostos, edu-cação, infra-estruturas de saneamentobásico e abastecimento público, ambi-ente, conservação da natureza e recur-sos naturais, segurança e protecçãocivil, acessibilidades e transportes,equipamentos de utilização colectiva,promoção do turismo e cultura, val-orização do património, apoios aodesporto, à juventude e às actividadesde lazer.

Estas instituições de âmbito supramunicipal poderão contratualizar osserviços com a administração central epor outro lado os municípios deverãoacordar as competências que nelas del-egam.

Em suma, a instituição de GrandesÁreas Urbanas e de ComunidadesUrbanas e Comunidades intermunici-pais, constituirá um avanço histórico edecisivo nos domínios do planeamentoestratégico e do desenvolvimento sus-tentável das novas realidades urbanasde Portugal.<

O Desenvolvimento Sustentável éo caminho imprescindível para ofuturo do nosso País.Infelizmente, o ambiente é muitasvezes visto como um escolho aodesenvolvimento, quando nãomesmo como algo hermético e atédifuso que só existe para criardificuldades ao normal funciona-mento do País.A mudança estrutural assente na sus-tentabilidade é fundamental paraPortugal e para a Região de Lisboa e Valedo Tejo (RLVT). Os desafios que hoje se colocam sãoenormes. A RLVT é, cumulativamente,a região do País economicamente maisdesenvolvida, mais urbanizada, com amaior densidade populacional do conti-nente e com a agricultura mais intensi-va. É, ainda, o segundo destino turísticodo país em número de visitantes, o quese traduz por enormes pressõesurbanas, agrícolas e produtivas sobre osrecursos, o território e o litoral.Se, por um lado, existem na região val-ores ambientais e paisagísticos únicosque têm de ser intransigentementedefendidos, por outro lado, esta defesanão pode tornar-se num obstáculo aodesenvolvimento de uma região que é omotor do país.A CCDR-LVT enfrenta actualmentedesafios internos de reestruturaçãoinerente à fusão das duas instituiçõesque lhe deram origem (CCR eDRAOT), que, aliados aos conhecidosconstrangimentos financeiros, condi-cionam os "timmings", as soluções eadiam a reposição de algumas condiçõese meios de trabalho, com óbvios resulta-dos negativos sobre a produtividade e amotivação.Mas isto não significa que a CCDR-LVTolhe exclusivamente para dentro. Claroque se revela necessário um esforçointerno adicional, mas como meio parapreparar o grande desafio externo que éo desenvolvimento da Região. Nesteesforço inclui-se a construção de umamentalidade sustentável, competitiva,equilibrada e inovadora entre a CCDR-

LVT e os diversos agentes da Região.Ao nível dos pelouros ambientais aCCDR-LVT tem em mãos váriosdesafios fundamentais entre os quaisdestaco:- A recuperação de infra-estruturas fun-damentais como o sistema de diques doTejo, alguns dos quais sem manutençãohá vários anos;- A monitorização de toda a bacia doTejo em termos de caudais líquidos esólidos, incluindo a elaboração de umplano específico para a extracção deinertes;- A introdução de uma maior disciplinana extracção de inertes com a implan-tação de um sistema similar ao existenteno rio Douro, que através de sofisticadatecnologia, com recurso a GPS permitea fiscalização em tempo real;- A implementação dos Planos deOrdenamento da Orla Costeira, queacumulam um atraso considerável;- O reforço das infra-estruturas tec-nológicas de monitorização dos recur-sos (ar, água, resíduos);- O reforço das equipas que monitor-izam, fiscalizam e licenciam as áreas daságuas, resíduos e actividades económi-cas, de forma a encurtar os prazos deanálise e a actuar com celeridade noscasos de incumprimento.Portugal - e a nossa Região em particu-lar - não tem alternativa. Um País com-petitivo e desenvolvido tem de sê-lo deforma sustentável. É esse o nossodesafio, é esse o nosso objectivo, e paratal estamos a trabalhar. <

Pedro Afonso de Paulo Ex-Vice-presidente da CCDR-LVT

A m b i e n t e é D e s e n v o l v i m e n t o

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P O L I S T o m a r

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POLIS de Tomaravança a bom ritmo

A intervenção do ProgramaPOLIS na cidade de Tomarabrange uma área de 208 hectarese centra-se no rio Nabão e naarticulação do Centro Históricocom a zona de expansão maisrecente da cidade.

As suas principais acções consistem naqualificação e diversificação funcionaldas margens do rio; na construção doParque do Açude de Pedra como pólode recreio e lazer; na valorização e pro-tecção da Mata do Outeiro dos Frades,e na reformulação dos espaços de lazere desporto existentes no centro dacidade. Neste projecto integram-se oPavilhão Municipal e o EstádioMunicipal, cujas obras de requalificaçãose vão iniciar em breve, incluindo assuas envolventes, e que serão servidospor um parque de estacionamento, cujaexecução se encontra já em estadoavançado.

Foram projectadas outras acções, cujanatureza e localização se insere nafilosofia de intervenção do POLIS, mascujo financiamento será assegurado porentidades públicas e privadas exterioresao Programa POLIS. É o caso das obrasde relocalização e construção doParque de Campismo na área do Açudeda Pedra e dos projectos “TomarCiência-Viva” e “Tomar Cidade-Viva”.

A intervenção do núcleo POLISenvolve um investimento base de

20.552 milhares de Euros, enquantoque o investimento global, incluindo osinvestimentos públicos e privados com-plementares, já referidos, ascende a ummontante de cerca de 41.134 milharesde Euros.<

Conselho Regional aprova

Plano deActividades 2004

O Conselho Regional de Lisboa eVale do Tejo realizou, no passadodia 15 de Abril, na FundaçãoCidade de Lisboa, a sua terceirareunião.

A discussão e votação do Plano deActividades da CCDR-LVT para 2004constuiu o principal ponto da ordem detrabalhos. A elaboração deste documentoteve em linha de conta, tanto as novascompetências nos domínios do ordena-mento do território e do ambiente, comoas novas áreas metropolitanas da Região,nomeadamente as três ComunidadesUrbanas, entretanto formadas: Oeste,Lezíria do Tejo e Médio Tejo.

Do ponto de vista da organização interna,a CCDR-LVT passou a ser constituída por8 Direcções de Serviços.

Outra inovação a sublinhar prende-secom a separação das funções de licencia-mento e de fiscalização, cabendo, a partirde agora, as responsabilidades de licencia-mento aos serviços centrais e as funçõesde fiscalização aos serviços sub-regionais.

Este Plano de Actividades marca, tam-bém, uma aposta da CCDR-LVT nos sis-temas e nas tecnologias da informação,colocando-os ao serviço da transparênciae da eficácia, quer no relacionamento comas autarquias locais, quer com os cidadãos.

Por último, destaca-se a forte aposta nosrecursos humanos e na sua qualificação,apresentando-se a este nível um novo ealiciante desafio, com a escolha daCCDR-LVT como uma das dez entidadespúblicas que serão pioneiras na imple-mentação do POC-P em 2005.

Nesta reunião do Conselho Regional pro-cedeu-se, também, à aprovação doRegimento deste órgão de consulta daCCDR-LVT, tendo sido, ainda, fornecidoaos membros, na sua maioria presidentesde câmara, uma informação sobre o 3ºQuadro Comunitário de Apoio (QCA III)e a preparação do QCA IV. <

CMIA - Simulação 3D

POLIS do Cacém jáestá em marcha

Finalmente, as obras do POLISdo Cacém já estão no terreno,resolvidos que foram os impass-es iniciais. Desde que assumiu apresidência da sociedade CacémPOLIS, o Presidente da CCDR-LVT, Eng. Fonseca Ferreira, emestreita articulação com aCâmara de Sintra, deu toda aprioridade ao desbloqueamentodesses impasses.

Trata-se de uma operação integrada derequalificação urbana com uma fortecomponente de valorização ambien-tal, que engloba uma área de 45hectares, centrada na Baixa do Cacém,tendo como acções estruturantes, des-ignadamente: a regularização do leitoda Ribeira das Jardas e a construção doParque Linear da sua envolvente; oreordenamento da circulação viáriainterna e a construção de novos aces-sos externos; a reestruturação daestação ferroviária e a criação dointerface rodo-ferroviário; a requalifi-cação e revitalização de espaços cen-trais como a Nova Baixa e o Largo doMercado; a regeneração e recom-

posição do edificado de parcelas cen-trais; a criação e alargamento dosespaços públicos e das áreas verdes,enquadrando edificações equilibradase de qualidade; e a definição e imple-mentação de uma estrutura verdeassente no sistema de espaços públicose no sistema ribeirinho.

O projecto POLIS do Cacém integra-

se numa operação co-financiada peloFEDER, no âmbito do PORLVT,através das Medidas 2.1 e 3.18, e doPOA, envolvendo um investimentobase estimado em 123.333 milharesde Euros, ao qual acrescerá cerca de34.500 milhares de Euros de outrosinvestimentos públicos e privados. <

p r o g r a m a P O L I S

P O L I S C a c é m

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A entrada no segundo triéniodos Programas de IniciativaComunitária (PIC) URBAN IIAmadora (Damaia-Buraca) eLisboa (Vale de Alcântara) vemmarcar, por um lado, uma maiorconcretização dos projectos noterreno e, por outro lado, umamelhor articulação entre asCâmaras Municipais e asAssociações Locais.

O PIC URBAN II Amadora (Damaia-Buraca) abarca na sua zona de inter-venção, para além de um tecidourbano consolidado, dois bairros comgraves problemas sócio-económicos eurbanísticos: a Cova da Moura e aAntiga Estrada Militar. Numa primeirafase, a Câmara Municipal da Amadoraapostou num conjunto de equipamen-tos – “Parque Infantil do JardimCentral da Buraca” e “InstalaçõesDesportivas e Culturais na RuaAndrade Corvo”, por exemplo -, paramais recentemente, após um trabalhocontinuado com as associações locais,estar já em curso um conjunto alarga-do de projectos imateriais/apoiosocial, nomeadamente: “MãesAdolescentes”, “Escolas deExcelência”, “Net Rodas”, entre out-ros. Por fim, salienta-se ainda o JardimCentral da Buraca, com um investi-mento total de cerca de 500 mileuros, que permitirá dotar a área deuma zona verde ordenada com 7.000

m2 onde pontuam espaços como o dosjogos tradicionais ou o “playground”.

O PIC URBAN II Lisboa (Vale deAlcântara), em resultado da avaliaçãointercalar realizada durante o ano de2003 terá, a partir de meados de2004, uma zona de intervenção que seestenderá desde a Avenida da Índia atéao Bairro da Liberdade. Este alarga-mento foi feito de forma a abrangertrês outros bairros com característicaspróximas dos que resultaram doprocesso de realojamento do antigoCasal Ventoso – Bairro do Alvito,Bairro da Liberdade e Bairro daQuinta da Bela Flor.

O Programa de Lisboa foi marcadopor algumas vicissitudes logo após asua aprovação (alterações políticas naCâmara Municipal de Lisboa eextinção do Gabinete de Reconversãodo Casal Ventoso), que condicionarama execução física e financeira. Ao con-trário do que sucedeu no Programa daAmadora, em Lisboa os primeirosprojectos aprovados foram do tipoimaterial/apoio social: “PlanoIntegrado de Prevenção daToxicodependência” e “Plano deCompensação Sócio-Educativa –

Acções em Tempo Curricular e Acçõesem Tempo Extra-Curricular”, porexemplo.

Durante o ano de 2003, a CâmaraMunicipal de Lisboa candidatou maisde uma dezena de projectos, onde sedestacam os de tipo físico –

“Modelação da Encosta do CasalVentoso”, “Reforço da Iluminação” oua “Reformulação do Parque Infantil daQuinta do Cabrinha”. Por último,destaca-se a instalação do PavilhãoDesportivo Municipal da Avenida deCeuta, com um investimento de367.722 €, que reforçará a oferta emequipamentos desportivos da ZonaURBAN e da cidade de Lisboa, ereabilitará um espaço que ainda recen-temente acolhia o Gabinete de Apoio aToxicodependentes. <

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U R B A N

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URBAN com maior concretização no terreno

TagusValley noProjecto REPARTIR

No âmbito do Projecto REPARTIR -Rede de Prospectiva e de Animaçãovisando reforçar os Pólos Tecnológicosde Inovação e de Investigação e organi-zar a sua complementaridade noSUDOE -, no qual a CCDR-LVT éparceira, realizou-se a 4 de Março emToulouse, um Seminário sobre“Estratégias Regionais para aInvestigação face aos desafios doEspaço Europeu”. Nesta iniciativa par-ticiparam as entidades parceiras doprojecto, tendo a representação daRLVT sido assegurada pelo Dr.Alexandre Caldas, Director doTagusValley, uma das instituições queintegra o Grupo de AcompanhamentoRegional do projecto.<

INTERREG III comforte participação

Está a decorrer a 2ª Convocatória doPrograma INTERREG III B “EspaçoAtlântico”, podendo os projectos serapresentados até 30 de Junho.

Tendo em conta o facto dos montantesdisponíveis para as prioridades A e Cserem pouco significativos, o Comitéde Acompanhamento, realizado a 1 deMarço de 2004, decidiu que esta con-vocatória iria apenas abrir para as

Jardim Central da Buraca

Quinta do Cabrinha

c o o p e r a ç ã o

Prioridades B e D.

A Prioridade B - Desenvolvimento deSistemas de Transporte que garantamuma Mobilidade Sustentável e aMelhoria do Acesso à Sociedade deInformação, conta com um montanteFEDER disponível de 14.141.724 €,sendo a taxa máxima de apoio de57%.

Por sua vez, a Prioridade D - Reforçoe Promoção da Identidade Atlânticaface à Globalização, conta com ummontante FEDER disponível de7.874.113 €, sendo a taxa máxima de58%.

Refira-se, ainda, que os agentes daRLVT participam em 24 dos 58 pro-jectos aprovados na 1ª convocatória aoINTERREG III B “Espaço Atlântico”.Está, igualmente, prevista uma 2ªConvocatória para apresentação deprojectos ao Programa INTERREG IIIB “Sudoeste Europeu”, que vai decor-rer entre 1 de Junho e 31 de Julhopróximos.

Dos 50 projectos aprovados na 1ª con-vocatória, os agentes da Região deLisboa e Vale do Tejo participam em14.

Quanto ao Programa INTERREG IIIC “Zona Sul” decorreu, entre 8 deMarço e 30 de Abril, a 3ªConvocatória para apresentação decandidaturas (redes e projectos indi-viduais). Relativamente às OperaçõesQuadro Regionais (OQR), o prazodecorrerá até dia 8 de Outubro de2004.<

Hungria, RepublicaCheca e Coreia

visitaram a RegiãoA CCDR-LVT acolheu, desde o iníciodo ano, três delegações estrangeirasda Hungria, Republica Checa eCoreia.

No passado dia 22 de Janeiro, umadelegação de SzabolcsSzatmár-Bereg,a região mais a leste da Hungria, visi-tou a RLVT, tendo o programa decor-rido em Abrantes e na Golegã, con-tando com a colaboração destesmunicípios.

Dadas as características da região visi-tante e o interesse em conhecer aforma como são geridos os fundosestruturais europeus, bem como osprojectos de desenvolvimento e ino-vação regional, o programa incluiuuma breve apresentação do PORLVTe do LISACTION, em Abrantes,seguidas de uma visita a alguns pro-jectos apoiados no âmbito daquelesprogramas, nomeadamente oAquapolis e o TagusValley.

Durante a tarde, a comitiva, constituí-da por elementos da administraçãolocal e regional e de outras entidadescom responsabilidade no desenvolvi-mento daquela região húngara, visitouo projecto EcusPólis, na Golegã,apoiado no âmbito da medida VALTE-JO do PORLVT.

No dia 2 de Fevereiro, a CCDR-LVTfoi convidada a participar no progra-ma da visita a Portugal de técnicos dedesenvolvimento industrial daCzechInvest, a Agência de Apoio aoInvestimento na República Checa.Esta visita inseriu-se no Projecto“APZ – Industrial ZonesAccreditation Programme”, que tempor objectivo formar técnicos dedesenvolvimento industrial que ven-ham a ser os promotores do desen-volvimento das zonas/parques indus-triais em toda a República Checa.

Uma das componentes do projectoconsiste numa deslocação dos partici-pantes do curso a outros países daUnião Europeia, com o objectivo devisitar entidades que desenvolvamactividades similares, tendo já ocorri-do visitas à Irlanda e à Escócia.

No dia 6 de Maio, uma delegação daRepública da Coreia deslocou-se a

Portugal numa visita de estudo com oobjectivo de conhecer a política dedesenvolvimento regional do país,bem como o caso de sucesso que foi aEXPO 98.

Depois de uma visita ao actual Parquedas Nações, a comitiva foi recebida naCCDR-LVT para uma apresentaçãodo essencial da estratégia de desen-volvimento regional de Lisboa e Valedo Tejo, bem como o papel quedesempenham os fundos estruturais eo Programa Operacional Regional,em particular, no desenvolvimento daRegião.<

Presidente daCCDR-LVT

no 3º Fórum sobreCoesão Europeia

O Presidente da CCDR-LVT par-ticipou nos passados dias 10 e 11 deMaio no 3º Fórum sobre a CoesãoEuropeia, em Bruxelas, noParlamento Europeu. Este Fórumreuniu um vasto conjunto de respon-sáveis europeus pelas políticas dedesenvolvimento das regiões com oobjectivo de discutir a reforma dapolítica de coesão e as orientaçõespara o QCA IV (2007/2013).

A sessão de abertura contou com apresença de Jacques Barrot, membroda Comissão, actual responsável peloPolítica Regional, bem como doPresidente Romano Prodi e de MichelBarnier, anterior responsável poraquela área.<

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PROPRIEDADE: COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJORUA ARTILHARIA UM, 33 1269-145 LISBOA . TEL 21 383 71 00 . FAX 21 384 79 89

www.ccr-lvt.pt . [email protected] . DIRECTOR: ANTÓNIO FONSECA FERREIRA . COORDENAÇÃO EDITORIAL: DANIEL ADRIÃOPAGINAÇÃO: ANA GARCIA . IMPRESSÃO: CORLITO, ARTES GRÁFICAS, LDA . TIRAGEM 2000 EXEMPLARES

Decorreu no passado dia 21 deMaio, na sede da CCDR-LVT, emLisboa, uma reunião com a par-ticipação dos serviços de orde-namento do território e deambiente deste organismo,tendo como tema de discussãoo processo de revisão do regimeda Reserva Ecológica Nacional(REN).

Tratou-se de uma iniciativa do presi-dente da CCDR-LVT, Eng. AntónioFonseca Ferreira, inserido num pro-grama de desburocratização dosserviços por si impulsionado, e quesurge da necessidade de actualizaçãodos procedimentos dos serviços, nasequência da decisão do Governo deencomendar à Universidade Técnicade Lisboa um estudo com vista à elab-oração de um novo regime da REN,da responsabilidade do Prof. SidónioPardal.

Este debate, que reuniu cerca de duasdezenas de técnicos, teve como moteuma das matérias mais complexas dagestão do ordenamento do território,com o objectivo de clarificar os pro-cedimentos e os circuitos por forma atornar mais célere e eficaz a gestão daREN pelos serviços da CCDR-LVT.

O encontro contou com a partici-pação de dois reputados especialistas,o Eng. Ricardo Magalhães, ex-Secretário de Estado do Planeamentoe o Arq. Hipólito Bettencourt, coor-denador da elaboração do PROT-AML. Ambos centraram as suas inter-venções na análise das implicações doregime da REN com os PlanosDirectores Municipais (PDM).

A primeira intervenção coube aoEng. Ricardo Magalhães que historioua evolução da política de ordenamen-to do território em Portugal, desde1975, ano em que são publicados osprimeiros dois diplomas que intro-duzem regras sobre a gestão territo-rial, até ao ano de 1990, quando sãopublicados os decretos-lei 69/90 e93/90 que instituem os PDM.

Segundo este ex-governante, a elabo-ração do regime da REN, com fortesimplicações na elaboração da 1º ger-ação de PDM, surgiu num contextode “escassez de informação e, mesmoessa, muitas vezes desfocada da reali-dade”. Para Ricardo Magalhães osdois maiores constrangimentos queajudam a justificar muitas das defi-ciências e omissões verificadas noactual regime da REN, e, conse-quentemente, dos PDM, prendem-se, por uma lado, com a ausência decartografia de base e, por outro lado,com a inexistência de figuras deenquadramento de hierarquia superi-or, nomeadamente planos nacionais eplanos regionais de ordenamento doterritório (PROT).

Ricardo Magalhães admitiu que oregime da REN está em muitas situ-ações desadequado da realidade insti-tuída no terreno, mas recusou a ideiaque a REN seja responsável pela faltade desenvolvimento e pela desertifi-cação de muitos concelhos do país,como reclamam alguns autarcas.Segundo afirmou o ex-governante:“Portugal seria, hoje, um país muitomais pobre e feio se não houvesseREN”.

A principal deficiência conceptual da

1ª geração de PDM, segundo esteespecialista, reside no facto de estesapenas conterem uma carta de condi-cionantes, sublinhando o seu carácterproibitivo, e de não preverem umacarta de recursos, que consagrasseuma componente positiva.

Por seu turno, o Arq. HipólitoBettencourt, a quem coube a inter-venção seguinte, chamou a atençãopara a necessidade de criar uma 2ªgeração de PDM expurgada dos errosda geração anterior. Para este espe-cialista, a informação hoje disponívelna fotografia aérea e na cartografiaimpõe uma avaliação muito maisobjectiva na elaboração da nova ger-ação de PDM.

Hipólito Bettencourt chamou ainda aatenção para a necessidade de a 2ªgeração de PDM acautelar asquestões relacionadas com a edifica-bilidade, que tanta polémica têm ger-ado ao nível dos actuais PDM. Paraeste especialista, a REN e a ReservaAgrícola Nacional (RAN) nãoresolvem por si só os problemas dagestão urbanística, a edificabilidadedo espaço rústico é um factor centralque tem de encontrar uma abor-dagem clara no âmbito dos futurosPDM.

Durante esta reunião foi, ainda, apre-sentada uma proposta do Dr. RaulSimão, técnico da CCDR-LVT, comvista à clarificação e agilização dosprocedimentos e circuitos dosserviços deste organismo no querespeita à gestão da REN, particular-mente no relacionamento com osmunicípios. <

CCDR-LVT debateu novo regime da RENCCDR-LVT debateu novo regime da REN

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