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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

________________________________________________________________

MEIRE ORLANDO SERAPIÃO

UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA ATRAVÉS DAS CRÔNICAS

LONDRINA

2011

MEIRE ORLANDO SERAPIÃO

UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA ATRAVÉS DAS CRÔNICAS

Produção Didático-Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação realizado junto a Universidade Estadual de Londrina. Orientadora: Prof.ª Angela Maria Pelizer de

Arruda LONDRINA

2011

2

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Meire Orlando Serapião

Área: Língua Portuguesa

Núcleo Regional: Londrina

Professor orientador: Angela Maria Pelizer de Arruda

IES: UEL – Universidade Estadual de Londrina

Escola de implementação: Colégio Estadual Profª Eudice R. de Oliveira – Ensino

Fundamental e Médio.

Público objeto da Intervenção: 8º Série do Ensino Fundamental

Produção Didática: Unidade Didática

Assunto: Uma experiência de Leitura através das Crônicas

3

A ‘crônica’ não é um ‘gênero maior’. Não se imagin a uma

literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho

universal dos grandes romancistas, dramaturgos e po etas. Nem se

pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que

fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gê nero menor.

“Graças a Deus”, —seria o caso de dizer, porque sen do assim ela

fica perto de nós. (CANDIDO, 1992, p. 5).

4

São vários os significados da palavra crônica. Todos, porém, implicam a

noção do tempo, presente no próprio termo, tem sua origem na palavra grega

chronos (latim), que tem seu significado relacionado ao tempo. "Lembrar e escrever:

trata-se de um relato permanente em relação com o tempo, de onde tira como

memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido." (ARRIGUCCI, 1987, p.

51).

A crônica, desde sua origem, é um relato em relacionando com o tempo,

como memória escrita, sua matéria principal, é o que fica do que se vive. No prefácio

do livro Crônicas Escolhidas de José de Alencar, João Roberto Faria (1995, p. 11)

nos explica:

Naqueles tempos, a crônica chamava-se folhetim e não tinha as características que tem hoje. Era um texto mais longo, publicado geralmente aos domingos no rodapé da primeira página do jornal, e seu primeiro objetivo era comentar e passar em revista os principais fatos da semana fossem eles alegres ou tristes, sérios ou banais, econômicos ou políticos, sociais ou culturais. O resultado, para dar um exemplo, é que num único folhetim podiam estar, lado a lado, notícias sobre a guerra da Criméia, uma apreciação do espetáculo lírico que acabara de estrear, críticas às especulações na Bolsa e a descrição de um baile no Cassino.

Na era informativa e crítica, o folhetim que fazia parte dos jornais aos

poucos foi se afastando e constituindo-se como gênero literário, a linguagem se

tornou mais leve, com uma elaboração interna complexa, carregando a força da

poesia, do humor e da ironia. Os jornais diariamente publicam crônicas, contudo,

seu aspecto literário já é incontestável, fato de conviver com o transitório propicia

uma comunicação que deve ser reveladora, sensível, agradável e sem pretensão

assim como só a literatura pode ser.

Por volta de 1930, a crônica se consolidou no Brasil, e vem adquirindo

uma importância maior em nossa literatura graças aos grandes escritores que se

dedicaram exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo,

além de outros grandes autores brasileiros, como Machado de Assis, José de

Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus

talentos a esse gênero, tornando-a extremamente significativa no Brasil.

5

O gênero literário crônica é único, produzido exclusivamente para ser

divulgado pela imprensa, seja em revistas ou em jornais, sua finalidade que já vem

pré-determinada, consiste em agradar aos leitores sempre dentro um espaço igual e

com a mesma localização, criando assim uma familiaridade entre o escritor e seus

possíveis leitores.

Na crônica, a narrativa é feita de forma intensa, e dá ao texto um ritmo

que enfatiza o tempo em que é narrado, dando importância e destaque à experiência

vivida. As metáforas e simbologias usadas na crônica dão um lirismo constante no

texto.

Da composição aparentemente solta, do ar de coisa sem necessidade

que costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade do cotidiano, e elabora uma

linguagem natural. Sem pretensão, humaniza e como compensação recupera certa

profundidade de significado e um acabamento de forma, que de repente podem

fazer dela uma inesperada, embora discreta, candidata à perfeição, o fato de ficar

tão perto do dia a dia, age como quebra do monumental e da ênfase.

A literatura corre com frequência risco, cujo resultado é quebrar no leitor a possibilidade de ver as coisas com retidão e pensar em conseqüência disto. Ora, a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas – sobretudo porque quase sempre utiliza o humor (CANDIDO, 1992, p. 14).

No início, dizer com precisão crítica o que eram as crônicas parecia

impossível. Arrigucci (2001, p. 6). diz que:

Desde o princípio, deve ter sido difícil dizer, com precisão crítica, o que eram aquelas crônicas. Pareciam esconder a complexidade pressentida sob límpida naturalidade. Disfarçavam a arte da escrita numa prosa divagadora de quem conversa sem rumo certo, distraído com o balanço da rede, passando o tempo, mais para se livrar do ócio e do tédio, sem se preocupar com o jeito de falar. E, no entanto, uma prosa cheia de achados de linguagem, conseguida a custo, pelejando-se com as palavras: um vocabulário escolhido a dedo para o lugar exato; uma frase em geral curta, com preferência pela coordenação, sem temer, porém, curvas e enlaces dos períodos mais longos e complicados; uma sintaxe, enfim, leve e flexível, que tomava liberdades e

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cadências da língua coloquial, propiciando um ritmo de uma soltura sem par na literatura brasileira contemporânea.

Rubem Braga foi "o primeiro a elevar a crônica ao nível da mais alta

categoria literária", como o colocaram Antonio Candido e José Aderaldo Castello

(1964, p.359). Poeta bissexto, Braga foi o primeiro escritor brasileiro a notabilizar-se

única e exclusivamente através das crônicas. Seus poemas só foram reunidos em

volume em 1980, quando já era um escritor consagrado. Nunca escreveu contos ou

romances, e mesmo o livro “Melhores Contos” de Rubem Braga reúne

exclusivamente crônicas.

A crônica passa por diversas variações,

dependendo do tempo, espaço, fato ou mesmo um

acontecimento com quem escreve, diante disso

temos as seguintes divisões:

1- Crônica descritiva

Quando uma crônica explora a

caracterização de seres animados e inanimados num

espaço, viva como uma pintura precisa como uma

fotografia ou dinâmica como um filme, temos uma crônica descritiva. A captação

impressionista, particularizada e conotativa dos elementos define a descrição

subjetiva; a captação referencial, impessoal e denotativa define a descrição objetiva.

O descritivismo é sempre veículo para reflexões numa crônica centrada na

descrição.

O mato

Rubem Braga (Jornalista e embaixador) 1913-1932 Rubem Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, em 1913. Fez os estudos em sua cidade natal e, em Niterói, freqüentou a Faculdade de Direito, formando-se, em 1932, em Belo Horizonte. Ingressou no jornalismo, trabalhou na imprensa de Minas Gerais, São Paulo, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Para os Diários Associados, cobriu a Revolução Constitucionalista. Em 1944, foi à Itália como correspondente de guerra. Tornou-se famoso como cronista de jornais e revistas de grande circulação. Visitou países da América e da Europa, foi embaixador em Marrocos. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 1990.

<http://whttp://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1463.htmlww.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1463.html>

7

Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois da lenta chuva

que passou toda a manhã caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a

cidade entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o trabalho e as

promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e saiu andando

lentamente por aquele morro coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O

capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da calça; o mato escurecia

sem vagalumes nem grilos. (Rubem Braga)

Disponível: <www.coladaweb.com/redacao/cronica>

2- Crônica narrativa

Menor que um conto e maior que uma piada, a crônica narrativa conta um

episódio cativante cuja trama é leve e digestiva, envolvendo muita ação, poucas

personagens e uma conclusão inusitada. O humor anedótico ou a crítica mordaz são

os traços mais comuns da crônica narrativa. Geralmente, não há intromissão do

narrador (digressões, comentários, apontamentos dissertativos).

Choro, veia e cachaça

Enterro de pobre sempre tem cachaça. É para ajudar a velar pelo

falecido. Sabem como é; pobre só tem amigo pobre e, portanto, é preciso haver um

incentivo qualquer para a turma subnutrida poder agüentar a noite inteira com o

ar compungido que o extinto merece.

Enfim, a cachacinha é inevitável, seja numa favela carioca, seja num

bairro pobre da cidade do interior; Foi o que aconteceu agora em Ubá (MG), terra do

grande Ari Barroso. (Stanislaw Ponte Preta)

Disponível: <www.coladaweb.com/redacao/cronica>

3- Crônica narrativo-descritiva

Quando um texto alterna momentos narrativos com flagrantes descritivos,

temos uma abordagem narrativo-descritiva. Dessa forma, as ações detêm-se para

que o leitor visualize, mentalmente, as imagens que a sensibilidade do autor registra

8

com palavras. O que se observa no texto assim qualificado é a predominância da

sucessão de ações sobre as inserções descritivas.

Observe essas características na brevidade da crônica abaixo.

Brinquedos

Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar se incendiara. E foi uma

espécie de festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam

chispas e labaredas pelo bairro todo. As crianças queriam ver o incêndio de perto,

não se contentavam com portas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam

bombeiros entre jorros d’água. A eles não interessava nada, peças de pano, cetins,

cretones, cobertores, que os adultos lamentavam. Sofriam pelos cavalinhos e

bonecas, os trens e os palhaços, fechados, sufocados em suas grandes caixas.

Brinquedos que jamais teriam possuído, sonho apenas da infância, amor

platônico. (Cecília Meireles)

Disponível: <www.coladaweb.com/redacao/cronica>

4- Crônica lírica

Quando a nostalgia, a saudade e a emoção predominam, tentando

traduzir poeticamente a linguagem dos sentimentos, a crônica é lírica.

Apelo

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias,

para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de

esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na

mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite pela primeira vez coalhou. A notícia de sua

perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo

da escada. (Dalton Trevisan)

Disponível: <www.coladaweb.com/redacao/cronica>

5- Crônica reflexiva

Se a interioridade do autor projeta-se sobre a realidade que o cerca,

interpretando-a e registrando-a através de conjecturas, inferências e associações de

idéias, temos a crônica reflexiva.

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Vitória nossa

O que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia?

Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se

entende porque não queremos ser tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por

não nos termos, nem aos outros. Não temos nenhuma alegria que tenha sido

catalogada. Temos construído catedrais e ficado do lado de fora, pois as catedrais

que nós mesmos construímos tememos que sejam armadilhas. (Clarice Lispector)

Disponível: <www.coladaweb.com/redacao/cronica>

6- Crônica metalinguística

Na crônica metalingística, o autor volta-se para o ato de escrever, sob a

forma de uma reflexão despretensiosa, de uma retrospectiva das primeiras

experiências com as letras, de uma análise da palavra.

Crônica tem esta vantagem: não obriga ao paletó-e-gravata de

editorialista, forçado a definir uma posição correta diante dos grandes problemas;

não exige de quem afaz o nervosismo saltitante do repórter, responsável pela

apuração do fato na hora mesma em que ele acontece; dispensa a especialização

suada em economia, finanças, política nacional e internacional, esporte, religião e o

mais que imaginar se possa. (Carlos Drummond de Andrade)

Disponível: <www.coladaweb.com/redacao/cronica>

7- Crônica comentário

Cercando-se de impressões críticas, com ironia, sarcasmo ou humor, a

crônica-comentário resulta num texto cujo ponto forte são as interpretações do autor

sobre um determinado assunto, numa visão quase jornalística.

De como não ler um poema

Há tempos me perguntaram umas menininhas, numa dessas pesquisas,

quantos diminutivos eu empregara no meu livro A rua dos Cataventos.

Espantadíssimo, disse-lhes que não sabia. Nem tentaria saber, porque poderiam

escapar-me alguns na contagem. Que essas estatísticas, aliás, só poderiam ser

feitas eficientemente com o auxilio de robôs1. Não sei se as menininhas sabiam ao

10

certo o que era um robô. Mas a professora delas, que mandara fazer as perguntas,

devia ser um deles. (Mário Quintana)

Disponível: <coladaweb.com/redacao/crônica>

8 - Crônica Humorística – apresenta uma visão irônica ou cômica os fatos.

VIDA MODERNA

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.

E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de

chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.

Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o

que consome o dobro do tempo. (Luís Fernando Veríssimo)

Disponível: <http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=8518>

9 - Crônica poética

Caracteriza-se pelo flagrante de aspectos sentimentais, nostálgicos ou de

simples beleza da vida urbana, especialmente do Rio de Janeiro. Seu maior

expoente é Rubem Braga , seguido por legítimos poetas-prosadores como Carlos

Drummond de Andrade, Antônio Maria, Paulo Mendes Ca mpos e outros. Este

tipo de comentário poético parece em desuso, provavelmente devido à violência e a

degradação na vida das grandes cidades brasileiras. Veja-se este fragmento da

crônica Procura-se, de Rubem Braga :

Procura-se aflitivamente pelas igrejas e botequins, e no recesso dos lares

e nas gavetas dos escritórios, procura-se insistente e melancolicamente, procura-se

comovida e desesperadamente, e de todos os modos e com muitos outros advérbios

de modo, procura-se junto a amigos judeus e árabes, e senhoras suspeitas e

insuspeitas, sem distinção de credo nem de plástica, procura-se junto às estátuas e

na areia da praia e na noite de chuva e na manhã encharcada de luz, procura-se

com as mãos, os olhos e o coração um pobre caderninho azul que tem escrito na

capa a palavra endereços e dentro está todo sujo, rabiscado e velho.

Disponível: <http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores.html>

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OBJETIVO GERAL

_Desenvolver o gosto pela leitura a partir de condições adequadas,

tendo os gêneros charge e crônica como ponto de partida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

_Compreender que a charge é a representação visual de fatos que

marcam o contexto social;

_Reconhecer os elementos que compõe o gênero textual crônica;

_Desenvolver a habilidade de leitura e análise de crônicas e

charges, assimilando os conteúdos propostos.

O tema de estudo deste trabalho é explorar o gênero textual charge e

crônica como incentivo à leitura. O estudo da crônica e da charge é importante para

os alunos, porque é por meio dele que poderão conhecer os diferentes gêneros

textuais e através da imagem estabelecer uma ligação entre o real e o imaginário

sendo a imagem mediadora entre o mundo da leitura e escrita, reconhece

ensinamentos e, a partir da observação de fatos do cotidiano, passam a refletir

sobre as virtudes humanas.

A finalidade desse projeto é utilizar a charge e crônica que são textos

escritos de forma cômica ou irônica abordando assuntos atuais, para favorecer o

resultado positivo no processo de ensino aprendizagem dos conteúdos propostos.

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A linguagem é vista como um instrumento de interação social. E é por

intermédio dessa ação social que a linguagem caracteriza-se, fundamentalmente,

pela semelhança. Através do discurso e da ação verbal dotada de intenção o

homem interage socialmente, tenta influenciar o comportamento dos seus

interlocutores ou faz com que compartilhem suas opiniões. Assim, a linguagem

passa a ser encarada como forma de ação, ação sobre o mundo dotada de

propósito, transmissora de ideologia, caracterizando-se, portanto, pela

argumentatividade. A charge são textos não verbais que despertam e chamam a

atenção do leitor. A crônica é um gênero que tem relação com a ideia de tempo e

consiste no registro de fatos do cotidiano em linguagem literária, conotativa.

De acordo com as DCEs de Língua Portuguesa (2008, p. 56) a leitura é

vista como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas,

políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler,

o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua

formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem.

A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual

da Língua que ela possui, “[...] depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o

texto é uma potencialidade significativa, mas necessita da mobilização do universo

de conhecimento do outro - o leitor - para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p. 54-

55).

Esse processo implica uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico,

acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto leva o outro e

orienta para uma política de singularizarão do leitor que, convocado pelo texto,

participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a

sua experiência de vida.

Para Silva (2005, p. 24),

[...] a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz.

Os educandos da oitava série terão a oportunidade de desenvolver

procedimentos de leitura e escrita, utilizando a charge e a crônica, pois por trás do

humor e da simplicidade presentes nelas, existe um trabalho estilístico que a torna a

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mais agradável e cativante porta de entrada para o mundo da leitura. Embora não

seja necessária essa divisão serial, a justificativa de optar por desenvolver o trabalho

com a oitava série encontra-se no fato de priorizar o estudo do conto e de obras

literárias nas séries posteriores; pois, os alunos estarão mais próximos de iniciar

análises literárias no Ensino Médio. Dessa forma, o estudo da charge e da crônica

ocorrerá num contexto significativo, o que possibilitará que os alunos desenvolvam a

leitura desse gênero. Neste projeto serão trabalhados os gêneros Crônica Charge,

através de textos xerocados, jornais, revistas, TV pen drive e internet. A seguir a

relação de algumas Crônicas e Charges a serem trabalhados e também sugestões

de atividades.

No primeiro momento, começarei apresentado aos alunos o projeto “Uma experiência de Leitura através das Crônicas” e que faz parte do PDE (Programa de Desenvolvimento do Estado).

Num segundo momento, a sala será dividida em grupos para serem feitas

leituras de algumas crônicas de Moacyr Scliar, que se aproximam mais da nossa

realidade, retiradas dos livros “O Imaginário Cotidiano”, “ Histórias que os jornais não

Contam”, e da “Coletânea de Crônicas das Olimpíadas de Língua Portuguesa 2010”

e as “Crônicas humorísticas” de Luiz Fernando Veríssimo escolhidas posteriormente.

As charges deste trabalho serão retiradas do portal “Charge.com.br” e apresentadas

em sala de aula através da TV pen drive, serão trabalhadas também as charges de

jornais para que se faça uma relação entre charge e crônica.

Feitas as leituras acima, vamos entender melhor os aspectos das crônicas

fazendo a análise de algumas crônicas e charges, nas atividades a seguir:

Parte 1

Analisar o conhecimento dos educandos em relação à crônica e ampliar

esse conhecimento, realizando um trabalho de leitura e de escrita sobre o texto

proposto. Perguntarei se eles sabem o que é uma crônica e se sabem o significado

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desta palavra, depois das respostas dos alunos, apresentarei o significado e a

origem da palavra e sobre os assuntos abordados pelas crônicas, e onde são

veiculadas e será apresentado o nome de alguns cronistas brasileiros.

Para leitura das crônicas de Moacyr Scliar “Espírito Natalino” e “A noite

em que os hotéis estavam cheios”, será feito o uso da Tv pen drive com charges e

imagens sobre o Espírito Natalino e um texto jornalístico com a seguinte reportagem:

'Papai Noel' que matou três nos EUA comete suicídio .

MOACYR SCLIAR

“Homem disfarçado de Papai Noel tenta matar publicitária em SP.”

(Caderno Cotidiano–FSP–18/12/01). Primeira coisa que ele fez, ao chegar em casa,

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foi tirar a roupa de Papai Noel: estava muito quente, suava em bicas. Também

queixou-se de dor na coluna. Isso é por causa do saco que você carrega, observou

a mulher. De fato pesava bastante, o tal saco. A razão ficou óbvia quando ele

esvaziou o conteúdo sobre a mesa: revólveres, granadas, submetralhadoras, vários

pentes de munição. Já não dá para sair de casa sem um arsenal resmungou. 0 seu

mau humor era tão óbvio que ela tentou amenizá-lo, puxando conversa. Como foi o

seu dia, perguntou. — Um desastre foi a azeda resposta. — Mais uma vez errei a

pontaria. Já é a segunda vez nesta semana. — Isto é o cansaço — disse ela. —

Você precisa de um repouso. - Disponível < http://sitenotadez.net/cronicas >

1. As Crônicas de Moacyr Scliar “ Espírito Natalino” e "A noite em que os hotéis estavam cheios”, tem em seus títulos significados parecidos e em seu contexto mensagens carregadas de egoísmo diferentemente daquilo que sugere os títulos. 1.1. Após a apresentação das charges e imagens natalinas na TV pen drive será feita uma leitura individual e silenciosa . Depois, os alunos, farão a leitura oral da mesma. O professor observará a fluência, ritmo e uso da pontuação.

1.2. Após a leitura da crônica Espírito Natalino os alunos resolverão as atividades

propostas.

Análise da Crônica: Espírito Natalino de Moacyr Scliar

a) Quem é o autor da crônica? O que você sabe sobre

ele?(Resumir oralmente vida e obra de MOACYR

SCLIAR, e pedir biografia completa como tarefa extra-

classe.)

b) Qual objetivo da Crônica de Moacyr Scliar?

c) Qual o fato que mais chamou a atenção nesta

crônica?

d) É uma crônica é interessante? Por quê?

e) Qual a relação que existe entre a situação vivida pela personagem da crônica e

do nosso dia a dia?

Moacyr Jaime Scliar (Porto Alegre, 23 de março de 1937 — Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2011) foi um escritor brasileiro. Formado em medicina, trabalhou como médico especialista em saúde pública e professor universitário. Sua prolífica obra consiste de crônicas, contos, romances, ensaios e literatura infantojuvenil Moacyr Jaime Scliar morreu por volta da 1 hora do dia 27 de fevereiro de 2011, aos 73 anos, de falência múltipla dos órgãos. Disponível:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Moacyr_Scliar>

- acesso

16

f) O Título da Crônica indica algumas interpretações, seria realmente o “ESPÍRITO

NATALINO” que está sendo apresentado no texto? Por quê?

g) Qual seria então o verdadeiro sentido do título do texto?

h) No último parágrafo, temos a seguinte afirmação: Ninguém é imune ao espírito

natalino. Por que o autor termina o texto com essa citação?

Moacyr Scliar

O casal chegou à cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem;

ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel,

hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro.

Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem de

maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da

portaria olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem

disse que não tinha, na pressa da viagem esquecera os documentos.

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— E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem

documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta

ou não!

Disponível : <http://sitenotadez.net/cronicas>

Parte 2

Atividades:

a) Compare a linguagem das duas crônicas lidas e faça análise: o cronista foi

engraçado, irônico, poético ou crítico? Justifique sua resposta com um trecho de

cada uma das crônicas.

b) É possível determinar com clareza o espaço e o tempo em que se passa a

história? Justifique sua resposta.

c) Por que o texto “A noite em que os hotéis estavam cheios”, se enquadra no

gênero crônica?

d)) O texto “A noite em que os hotéis estavam cheios”, é narrador em 1ª ou 3ª

pessoa? Qual é o efeito provocado no leitor por essa escolha? Justifique sua

resposta com um trecho do texto.

e) As duas Crônicas de Moacyr Scliar: “ Espírito Natalino” e "A noite em que os

hotéis estavam cheios”, tratam basicamente do mesmo assunto. Qual é o assunto?

E o que as diferencia? Qual a semelhança entre elas?

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Para leitura das crônicas de Luiz Fernando

Veríssimo: “Como aprendi a chamar a policia” e

“Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua

vida...” será passado para os alunos o videoclipe

das músicas dos Titãs disponíveis no: <

http://www.youtube.com/watch?v=Nj6bHk7LmoM>

<ttp://www.youtube.com/watch?v=8ltZtNg_rwI>

“Polícia” e Epitáfio.

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém

andando sorrateiramente no quintal de casa.

Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham

lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas

internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar

um ladrão ali,espiando tranqüilamente.

Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Erico Verissimo. Disponível: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Fernando_Verissimo> -

19

Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.

Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.

Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para

ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

Luiz Fernando Veríssimo Disponível: <http://www.sosvip.com.br/2010/06/luis-fernando-verissimo-aprenda-chamar.html.>

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar encontraram na

portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você

está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de

algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e

bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão

grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.

Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

Disponível: <WWW.pensador.uol.com.br/cronicas_de_luis_fernando_verissimo/>

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Parte 3

As duas crônicas analisadas nesta parte são humorísticas, porém, não

deixam de relatar os acontecimentos do cotidiano, e elas trazem assuntos que

envolve o sentimento das pessoas.

a) Dividir a classe em dois grupos, um irá analisar a crônica :“Como aprendi a

chamar a policia” e o outro a Crônica “Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava

sua vida...” ambas de Luis Fernando Veríssimo.

b) Após a leitura das Crônicas serão propostos os seguintes tópicos para discussão:

1- A crônica narra de forma artística e pessoal fatos do cotidiano, normalmente

escolhidos nos noticiários. Que fatos estão contidos nesta crônica?

2 - A crônica é um texto curto e leve, escrito com objetivo de divertir o leitor ou levá-

lo a refletir sobre a vida e o comportamento humano. Como estas características

estão presentes na crônica escolhida?

3 - O narrador presente na crônica pode ser do tipo observador ou personagem.

Como é o narrador da crônica analisada?

4 - Analise a linguagem empregada na crônica. Trata-se de uma linguagem formal

ou informal? Justifique sua resposta com um trecho do texto.

5 - Nas crônicas:“Como aprendi a chamar a policia” e “Faleceu ontem a pessoa que

atrapalhava sua vida...”, temos demonstração de alguns sentimentos nem um pouco

nobres, quais seriam esses sentimentos, comprove com frases do texto.

21

Para leitura das crônicas de “A

Última Crônica” de Fernando Sabino os

alunos assistiram o vídeo clipe dos Titâs

“Comida” disponíveis no <

<http://www.youtube.com/watch?v=BtqCX0ueX3s>

Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café

junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com

êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada

um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo

humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao

Fernando Tavares Sabino (Belo Horizonte, 12 de outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2004) foi um escritor e jornalista brasileiro. Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro), vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: "Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!"

Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Sabino

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circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de

esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me

simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo

a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança:

"assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem

assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que

merecem uma crônica.

Disponível: <www.releituras.com/i_samuel_fsabino.asp>

Parte 4

Agora uma Crônica para reflexão. Nesta Crônica, Fernando Sabino, faz

uma discreta referência ao racismo que era predominante no início do século

passado.

1 - A leitura da crônica será de forma individual e silenciosa. Depois, os alunos farão

a leitura oral da mesma para que o professor observe a fluência, ritmo e uso da

pontuação.

2- Entregar aos alunos questões escritas referentes à relação autor/leitor/texto.

a) Quem é o autor desta crônica? Você já ouviu falar sobre ele?

(Resumir oralmente vida e obra de Fernando Sabino, e pedir biografia completa

como tarefa extra-classe.)

b) Esta crônica chama a atenção do leitor, por se tratar de um assunto polemico e

muito interessante. Qual seria esse assunto?

c) Podemos afirmar que, realmente, que há ideia de discriminação no texto? Que

tipo de discriminação?

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d) Qual a relação que existe entre a situação vivida pela família da crônica e a

família de nossos dias?

e) O texto “A Última Crônica” narra um cena pitoresca entre uma tradicional família,

celebrando o aniversário da filha. Busque no seu dia a dia, momentos emocionantes

de beleza e fraternidade vividos por você, e relate-os.

e) O título da crônica: “A Última Crônica” é passível de algumas interpretações. Por

que esse título? Que outro nome você daria a essa crônica?

f) Produção de texto: Fernando Sabino escreveu “A Última Crônica”, agora é a sua

vez. Escreva uma crônica com o titulo: “A Primeira Crônica”

As características abaixo foram citadas por vários autores que tentaram

entender a crônica enquanto estilo literário:

• Ligada à vida cotidiana; • Narrativa informal, familiar, intimista; • Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial; • Sensibilidade no contato com a realidade; • Síntese; • Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada; • Uso do humor; • Brevidade; • É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à fugacidade

da vida moderna.

<www.sitedeliteratura.com/Teoria/Caracteristicas.htm>

Depois de ler as crônicas, observe a linguagem empr egada em cada uma delas

e responda as seguintes questões

1- Discuta com seus colegas e concluam: quais são as características dessas

crônicas?

- Espírito Natalino:

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- A noite em que os hotéis estavam cheios:

- Como aprendi a chamar a policia:

- Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...:

- A Última Crônica

2- Que fato levou o autor a escrever esta crônica? Ilustre sua resposta com uma

frase de texto.

- Espírito Natalino:

- A noite em que os hotéis estavam cheios:

- Como aprendi a chamar a policia:

- Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...:

- A Última Crônica

3- Com base nas informações do texto, formule uma frase que possa servir de

ideia principal para as crônicas abaixo:

- Espírito Natalino:

- A noite em que os hotéis estavam cheios:

- Como aprendi a chamar a policia:

- Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...:

- A Última Crônica:

A avaliação será contínua, os alunos serão avaliados, oral e

coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo identificando avanços e dificuldades,

por meio das atividades de análise das crônicas dessa unidade. O desempenho

dos alunos durante a aula, a realização das tarefas da dramatização do texto, da

leitura oral dele, da discussão do significado das palavras desconhecidas, somadas

25

às intervenções do professor, a auto-avaliação do professor e do aluno serão

elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram

ou não desenvolvidas pelos alunos.

26

ALENCAR, José de. Crônicas escolhidas . São Paulo: Ática, 1995.

ALVES, Valeria de Oliveira. As características da crônica . Disponível em: <http://www.sitedeliteratura.com/Teoria/Caracteristicas.htm>. Acesso em: 11 ago. 2011.

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ESCRITORES. Disponível em: <http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores.html>. Acesso em: 27 jul. 2011.

FERNANDO SABINO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Sabino>. Acesso em: 11 ago. 2011.

LUIS FERNANDO VERISSIMO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Fernando_Verissimo>. Acesso em: 11 ago. 2011.

MOACYR SCLIAR. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Moacyr_Scliar>. Acesso em: 11 ago. 2011.

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27

PERFEITO, Alba Maria. Concepções de Linguagem, Teorias Subjacentes e o Ensino da Língua Portuguesa. In: _____. Concepções de Linguagem e o ensino de língua portuguesa .Maringá: EDUEM, 2005. v. 11, p. 27-79. (Formação de professores EAD 18).

RUBEM BRAGA. Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1463.html>. Acesso em: 11 ago. 2011.

SABINO, Fernando. A ultima crônica . Disponível em: <http://www.releituras.com/i_samuel_fsabino.asp>. Acesso em: 11 ago. 2011.

SCLIAR, Moacyr. Crônicas . Disponível em: <http://sitenotadez.net/cronicas/>. Acesso em: <9 jul. 2011.

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VERISSIMO, Luis Fernando. Vida moderna . Disponível em: < http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=8518>. Acesso em: 27 jul. 2011.

______. Aprenda a chamar a policia . Disponível em: <http://www.sosvip.com.br/2010/06/luis-fernando-verissimo-aprenda-chamar.html>. Acesso em: 11 ago. 2011.