medidas de emergência. primeiros socorros conjunto de medidas aplicadas às vítimas de lesões ou...
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Medidas de emergência
Primeiros socorros
Conjunto de medidas aplicadas às vítimas de lesões ou males súbitos, com o objetivo de fornecer uma ajuda temporária até a chegada do socorro especializado.
Termos utilizados Urgência: situação onde não há risco à
vida. Emergência: situação onde há risco à vida . Socorrista: pessoa que presta os primeiros
socorros. Socorro Básico: são os procedimentos não
invasivos. Socorro avançado: são os procedimentos
invasivos (somente pessoas especializadas e médicos).
Aspectos legais do socorrismo
Omissão de socorro – art. 135 do Código Penal:
Todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a quem esteja necessitando, tendo três formas para fazê-lo:
Atender, Auxiliar quem esteja atendendo ou Solicitar auxílio
Exceções da Lei
Menores de 16 anos, maiores de 65 anos, gestantes a partir do terceiro mês de
gravidez, deficientes visuais, mentais e físicos
(incapacitados).
Informações essenciais
Exceção da Lei Consentimento Consentimento expresso Consentimento explícito Abandono Negligência Quebra de protocolo Agravamento da lesão
Quando chamar o resgate?
Não reconhecer uma situação de emergência é a principal causa de agravamento do problema!
A segunda é o atendimento inadequado!
Saber o que fazer e o que não fazer pode significar desde o alívio do sofrimento até a salvação de vidas!
Reconhecer uma emergência
Sinais e sintomas apontados pelos médicos:
Desmaios sucessivos, Dor ou pressão torácica / ou abdominal, Tontura repentina, fraqueza ou
alteração na visão; Dificuldade para respirar ou respiração
curta e rápida, Vômito intenso e persistente,
Sinais e sintomas:
Dor repentina e forte em qualquer parte do corpo,
Vontade repentina de se suicidar ou de matar,
Sangramentos que não parem mesmo após 10 – 15 minutos de pressão direta,
Ferimentos com borda que não retornam à posição original,
Lesões que provocam alterações nos movimentos ou na sensibilidade,
Sinais e sintomas:
Lesões em órgãos funcionais (mãos, pés, face e genitália),
Ferimentos penetrantes ou empalamento,
Mordida de animal ou humana, Alucinação ou perda do raciocínio lógico, Pescoço endurecido, associado com
febre e dor de cabeça, Alteração comportamental
acompanhada de febre alta que não abaixa com antitérmico,
Sinais e sintomas:
Pupilas desbalanceadas, perda de consciência, cegueira ou vômito contínuo após lesão na cabeça,
Lesão na coluna vertebral, Queimadura grave, Envenenamento Overdose de droga.
Sinais e sintomas
Hemorragias externas. Deformidades de partes do corpo. Coloração diferente da pele. Presença de suor intenso. Inquietação. expressão de dor intensa.
Procedimentos Gerais de Primeiros Socorros
Avaliação do ambiente (cenário).
Avaliação da situação.
Avaliação primária da vítima.
Avaliação do cenário
Certifique-se que o local da cena é seguro para proceder com os primeiros socorros.
Evite tornar-se outra vítima. Nunca coloque sua segurança em risco!
Avaliação da situação
Causa do problema – mecanismo da lesão ou natureza do mal súbito.
Número de vítimas.
Obs: esta avaliação não deve demorar mais que 10 segundos
EPI – Equipamento de Proteção Individual
Antes de examinar uma vítima o socorrista deve se proteger para evitar riscos de contaminação através do:
Sangue ou secreções – hepatite A, B* e C, Aids ou tuberculose.
Produtos tóxicos
Material de proteção
Luvas, máscaras de proteção facial para aplicar insuflações (RCP) ou ambú, óculos de proteção e etc.
Avaliação inicial da vítima
Fale com a vítima – se responder significa que está respirando.
Pesquise o nível de consciência perguntando a data, nome, se sabe o que aconteceu, onde está, onde dói etc.
Se a vítima não responder toque na região da clavícula e pergunte: POSSO AJUDAR?
Se não obtiver resposta assuma que a vítima está inconsciente.
Ameaça iminente à vida
Observar se existe alguma condição que ameace iminentemente a vida da vítima.
Procurar por alteração ou ausência da respiração (ABC).
1 - avaliação das vias aéreas 2 - respiração 3 - circulação
Análise primária - ABC
Avalie a circulação
Abrir as vias aéreas - A
Vítima consciente – não puder falar, chorar ou tossir – possível obstrução (usar a manobra de Heimlich).
Vítima inconsciente com a face voltada para cima - obstrução causada pela língua?! (técnica de hiperextensão cervical e tração mandíbular)* somente se não houver suspeita de lesão vertebral.
*Em caso de lesão – realizar apenas a técnica de tração mandibular**.
Manobra de Heimlich - OVACE
Também conhecida como “compressões abdominais”.
Destinada às obstruções causadas por corpos estranhos sólidos.
Em cças e adultos é realizada no epigástrio .
Pessoas obesas é realizada sobre o esterno
Manobra de Heimlich
Qualidade da respiração – B.
Observe se há dificuldade em respirar, sons incomuns, ronco, chiado ou sibilos.
Primeira consideração – se a vítima está respirando
Segunda consideração – qualidade e ritmo
Ventilação / respiração
Observar se ventila;
Se a ventilação é eficaz;
Se os movimentos torácicos são simétricos;
Se existem lesões abertas do tórax;
Circulação – C.
Sinais de circulação:
respiração, tosse, movimentos, temperatura, coloração da pele e pulso.
Atente para uma possível hemorragia.
Parada respiratória
Inicie a respiração boca a boca Ventilar lentamente (1,5 a 2
segundos) Observar expansão torácica Verifique o pulso carotídeo Efetuar uma ventilação a cada 5
segundos Cheque o pulso a cada 1 minuto
Parada cardiorrespiratória
Pedir auxílio Posicionar a vítima em decúbito dorsal Localizar o apêndice xifóide Comprimir o esterno cerca de 3 a 5 cm Efetue 30 compressões torácicas /
ritmo 100 por miun. Efetue 2 ventilações (30:2) Verifique o pulso a cada 2 mim. Reinicie a RCP pelas 30 compressões
Resumo
Vias aéreas obstruída Desobstrua
Respiração ausente Ventilação boca a boca
Parada cardíaca e/ou hemorragias internas ou ext.
Massagem cardíaca / técnicas hemostáticas
Estado neurológico Observar melhora ou piora
Exposição ruim, roupas,objetos
Retirar o que possa estar impedindo ( hipotermia*)
Protocolo – Fraturas
Fratura: solução de continuidade.
Duas categorias – fechada ou aberta.
Fechada – a pele fica intacta. Aberta – a pele é rompida. Obs.: potencial de lesão aos tecidos
e órgãos circundantes.
Tipos de fraturas
Sinais e sintomas
Incapacidade de usar o membro; Crepitação Histórico da lesão – a vítima em
geral descreve ter ouvido o barulho do osso quebrando.
Encurtamento, angulação, rotação atípica, etc.
Procedimentos - Fraturas
Procure determinar o mecanismo do trauma;
Exponha o local da lesão – remova ou corte a roupa;
Avalie a circulação e a resposta motora;
Use o mnemônico CSM; Use a sigla RICE Use talas para imobilizar as fraturas. Procure atendimento médico.
Complicações das fraturas
Complicações vasculares e neurológicas
Instabilidade associada Tecidos sem suprimento sangüíneos
2 – 3 horas Redução de fraturas! – quando
executar?
Lesões articulares
Luxação ou sub-luxação: perda total ou parcial da congruência articular.
Principal sinal é a deformidade acompanhada de dor intensa, inchaço e inabilidade de mover a articulação.
Entorse - movimento realizado além dos limites fisiológicos podendo resultar em lesões ligamentares.
Procedimentos - Luxação
Avalie - CSM; Avalie o pulso distal do local da
lesão; Use a sigla RICE Use talas para imobilizar a
articulação na posição encontrada NUNCA – tente reduzir uma luxação; Procure assistência médica.
Distensão muscular
Ruptura das fibras musculares. Sinais e sintomas: dor aguda Extrema sensibilidade ao toque no
músculo; Relevo irregular; Fraqueza e perda da função; Rigidez e dor quando a vítima tenta
movimentar o músculo.
Lesões musculares
Distensão - ruptura das fibras musculares.
Contusão – provocada por um golpe no músculo.
Cãimbra – espasmo muscular involuntário.
Procedimentos
Utilize a sigla RICE para lesões nos ossos, articulações e músculos.
Utilize talas em fraturas e entorses. Nunca aplique compressa diretamente
a pele ou além de 20 -30 minutos. Nunca aplique gelo em pessoas
portadoras de Síndrome de Reynaud ou vítimas de congelamento daquela região
Lesões na cabeça
Escalpo
Fratura de crânio
Lesão cerebral
procedimentos
Lesão de escalpo: Utilize luva; Controle o sangramento aplicando
pressão cuidadosa sobre o ferimento*; * se suspeitar de fratura de crânio, aplique
pressão apenas ao redor do ferimento, usando uma compressa em forma de anel;
Mantenha a cabeça da vítima ligeiramente elevada (se não houver lesão na C.V.).
Fratura de crânio
Sinais e sintomas: Dor no local da lesão Deformidade do crânio * Sangramento pela orelha ou nariz ou
perda de líquido cerebrospinal (Licor) Sinal de guaxinim e de “Battle” Pupilas desbalanceadas ou dilatadas Ferimento perfurante, empalamento,
FAF
Procedimentos
Monitorar o ABC Cubra o ferimento com compressa
estéril seca Imobilize a a cabeça e o pescoço da
vítima Controle o sangramento aplicando
pressão ao redor do ferimento.
Lesão cerebral
Sinais e sintomas :
Expressão facial confusa Distração Anda na direção errada, perde a relação
espaço-temporal Fala (sem sentido), andar cambaleante
e dificuldade para se manter ereto, pergunta a mesma coisa após ter obtido resposta.
Procedimentos
Procure atendimento médico especializado para qualquer lesão cerebral
Suspeite de lesão da coluna Monitore o ABC Controle o sangramento externo, mas
nunca o “interno” (risco de aumento da pressão intracraniana )
Atente para vômito, posicione a vítima de lado .
Atenção
Nunca eleve as pernas de vítimas de lesão craniana, isto provocará aumento da pressão intracraniana.
Nunca limpe ou lave ferimento aberto no crânio – isso poderá provocar infecção.
Infelizmente são poucas as ações que podem ser tomadas por um socorrista neste caso.
Dicas
Observe o equilíbrio da vítima em posição ortostática.
Dor de cabeça - aumento da intensidade Náusea e vômito – o vômito inicial é
previsível e não serve como indicador de gravidade da lesão, porém se reaparecer, sim!
Dificuldade com a visão – pupilas desbalanceadas, imagem dupla
Fala – dificuldade para falar ou compreender
Lesão na coluna vertebral
Lesões que atingem a cabeça indicam possibilidade de lesão na coluna vertebral (chicote).
Fragilidades pré-existentes ocultas. Lesão completa ou incompleta da
medula espinal
Sinas e sintomas
Vítima consciente:
Dor ao movimentar braços e pernas; Insensibilidade, adormecimento,
fraqueza, formigamento ou queimação dos membros.
Incontinência intestinal ou urinária; Paralisia dos membros. Deformidade no alinhamento vertebral.
Vítima inconsciente
Procure por DFaFI; Avalie a resposta motora pinçando a
pele das mãos ou pés. A ausência de reação pode significar lesão da coluna vertebral.
Pergunte sobre o ocorrido aos presentes .
Na dúvida – atenda como se a vítima estivesse com lesão da C. V.
Procedimentos
Imobilize a vítima impedindo qualquer movimento
Avalie o ABC Avaliação sensitiva e motora da
vítima Não remova a vítima Observar critérios de remoção* Estar preparado para ocorrência de
vômito
Lesão no nariz
Sangramento nasal Epistaxe (sangramento anterior) Sangramento posterior – para dentro
da cavidade oral e faríngea ( considerado grave / emergência)
Fratura de nariz Obs.: suspeite de lesão na coluna*
Procedimentos
Posicione a vítima sentada Flexione ligeiramente a cabeça para
que o sangue saia pela parte anterior evitando engasgo, náusea,etc.
Pince as narinas e “empurre” o nariz contra a face
Aplique compressa de gelo sobre o nariz e sobre a face.
Fratura de nariz
Não tente alinhar o nariz Contenha o sangramento Aplique gelo sobre o nariz e face por
15 minutos
Lesão do dente
Avulsão de dente – 90% dos dentes avulsionados poderiam ter sidos salvos se aplicados os primeiros socorros adequadamente.
O tempo é fator preponderante do reimplante
Deve-se manter os fragmentos de fibras hidratados adequadamente
Procedimentos
Solicite que a vítima lave a boca com água limpa e coloque um rolete de gaze enfiado dentro do local do dente avulsionado, para estancar o sangramento
Localize o dente avulsionado e segure-o pela coroa, nunca pela raiz
Lave o dente sem esfregar (ou na própria saliva)
Reimplante de dente
Tente reinserir o dente no máximo em 30 minutos (- 1% por minuto) sem agravar as condições da vítima.
Procure alinhar com o dente adjacente
Aplique um pouco de força até que esteja nivelado.
Caso o reimplante não seja possível, coloque o dente dentro de um copo de leite frio.
Existe recomendações para colocar o dentre dentro da boca para prevenir a desidratação das fibras, porém este procedimento é contra-indicado no caso de cçs – risco de engolir o dente.
Procure um dentista imediatamente
Dente quebrado
Remova com cuidado sangue e sujeira que possam estar na área atingida, com uma gaze estéril umedecida,
Aplique compressa de gelo sobre a face
Se suspeitar de fratura na mandíbula – imobilize a mandíbula com uma bandagem passando sob a mandíbula e sobre a cabeça
Procure atendimento imediato
Lesões no Tórax
Todas as vítimas de lesão no tórax devem ser avaliadas e reavaliadas para o ABC.
Vítima consciente – manter sentada reclinada ou com a região afetada voltada para baixo. Esta posição evita que o sangue vá para o lado não afetado.
Fratura de costelas
Normalmente as costelas fraturam na lateral do tórax.
A vítima sente dor ao respirar, tossir ou movimentar-se.
Procedimentos
Posicione a vítima de forma confortável Coloque um travesseiro ou cobertor
dobrado sobre a região para estabilizar a fratura
Não restrinja a respiração com a bandagem
O membro superior pode ser usado para estabilizar a fratura
Algumas vítimas declaram sentir conforto ao deitar sobre o lado acometido
Objeto empalado no tórax
Imobilize o objeto Não tente remover o objeto pois
poderá provocar sangramento e saída de ar dos pulmões para dentro da cavidade torácica
Procure assistência médica
Lesão no tórax
Ferimento aspirante
Ocorre quando um ferimento penetrante abre uma passagem para a cavidade torácica, por onde o ar entra e sai a cada respiração.
Procedimentos
Solicite que a vítima EXPIRE, deixando o ar sair da cavidade, então, aplique o curativo de três pontas para impedir que o ar entre na cavidade torácica através do ferimento. Utilize se possível material plástico.
Esse curativo funcionará como uma válvula unidirecional
Curativo de três pontas
Lesão na pelve
Fratura na pelve produz muita dor. Se houver suspeita deste tipo de
fratura não avalie comprimindo a pelve.
Nunca: role a vítima. Nunca: movimente a vítima, sempre
que possível aguarde a chegada do Resgate.
Procedimentos
Atenda a vítima para o estado de choque;
Coloque um preenchimento entre os membros inferiores . Se os joelhos estiverem flexionados não tente estender, preencha o espaço por baixo dos joelhos .
Mantenha a vítima sobre uma superfície rígida .
Chame o resgate
Exame físico
Comece avaliando pela cabeça, pescoço, tórax, abdome, pelve e extremidades.
Procure por (D.Fa.F.I.). Deformidades – fraturas ou luxações. Ferimentos abertos – rupturas na pele. Flacidez – alterações dos tecidos e
sensibilidade ao toque. Inchaço – edema (proporções
aumentadas).
D.Fa.F.I.
Seqüência de avaliação
Cabeça:
solicite que alguém a estabilize impedindo o movimento do pescoço.
Procure por (DFaFI) ao redor do crânio. Observe se há presença de fluído
saindo das orelhas ou nariz, como sangue ou fluído céfalo raquidiano (Licor).
D.Fa.F.I.
Avaliação
Extremidades: Olhe e sinta toda a extensão do M.S. e
M.I. procurando por DFaFI. Verifique a circulação: pulso radial
(M.S.) e pulso tibial (próx. maléolo medial (M.I.).
Avalie a sensibilidade, temperatura e movimentos . Se a vítima estiver consciente, solicite movimentos circulares dos dedos das mãos e do pés.
Avaliação
Avaliação / extremidades
Peça para a vítima apertar a sua mão. Peça uma leve flexão plantar (contra a
resistência da mão do socorrista). Avalie e compare os resultados
bilateralmente. Ausência de sensibilidade ou
movimento podem significar lesão periférica ou central (coluna vertebral). Não deixe a vítima realizar movimentos. Imobilizar cabeça e pescoço.
Avaliação
Trauma grave
Ferimentos penetrantes na cabeça, tórax, abdômen ou na região entre pescoço e ombros.
Acidentes automobilísticos com capotamento, vítima atirada para fora do veículo, alta velocidade, queda ou atropelamento de motocicleta ou bicicleta.
Ao fazer a avaliação
NUNCA: agrave as condições da vítima ou permita contaminação de ferimentos.
NUNCA: movimente uma vítima com suspeita de lesão na coluna.
Vítimas graves: monitore a cada 5 minutos.
Vítimas conscientes, gravidade leve: monitore a cada 15 minutos.
Seqüência de Avaliação da vítima
Mecanismo de trauma grave:
Imobilize a cabeça – se a lesão envolver cabeça, pescoço, tórax ou dorso.
Avalie o ABC, fazendo um exame físico da cabeça aos pés – se possível obtenha o SAMPLE.
Seqüência de Avaliação da vítima
Vítima sem mecanismo de trauma grave:
Exame indicado para a área de queixa principal.
Exemplo: vítima torceu o tornozelo. Inicie pelo tornozelo procurando por
DFaFI.
Protocolo - sangramentos
Sangramento - externo / interno. Hemorragia (sangramento grave, intenso)
Sangramento externo: 3 tipos 1- arterial - (o sangue esguicha do
ferimento). 2- venoso - (flui uniformemente / as veias
colabam). 3- capilar - (aspecto oleoso, flui
lentamente)
Procedimentos
Primeira ação: controlar o sangramento. Utilize barreiras de proteção (E.P.I.). Se necessário remova a roupa da vítima. Aplique gaze estéril sobre toda a
extensão do ferimento e aplique pressão direta com seus dedos ou palma da mão.
Eleve o M.S. ou M.I. acima do coração. Caso não tenha sido suficiente, faça
pressão nas artérias correspondentes - braquial e ou femoral
Procedimentos
Nunca remova a primeira gaze empapada de sangue .
Nunca toque o ferimento (último recurso). Não utilize torniquete para estancar
sangramento – risco de futura amputação.
Se encontrar uma vítima com torniquete, nunca afrouxe-o, isso poderá matar a vítima.
Nunca dê nada para a vítima ingerir (possível cirurgia).
Controle do sangramento
Procedimentos
Hemorragia interna:
Monitore o ABC; Considere vômito – mantenha a vítima
em decúbito lateral esquerdo. Atenda para o estado de choque –
eleve os MMII cerca de 30 cm. Cubra a vítima (perda de temperatura) Chame o resgate
Estado de choque
Caracterizado como falha no sistema circulatório que não consegue abastecer adequadamente uma ou mais partes do organismo.
Qualquer ferimento produz choque em algum grau!!!!
Classificação
Choque hipovolêmico: - escape de sangue ou perda de fluídos.
Choque cardiogênico: - falha na “bomba” débito cardíaco diminuído.Choque distributivo – falha na tonicidade
dos vasos sanguíneos. 1- choque séptico - (toxinas bacterianas) 2- choque neurogênico – SNC. Choque anafilático – reação alérgica forte
*
Sinais e sintomas de choque
Estado mental alterado, ansiedade e combatividade;
Palidez, frio, pele fria e pegajosa, lábios e base da unha descoloradas;
Náusea e vômito Pulso rápido e fino, respiração curta
e rápida; Inconsciência (estado grave de
choque).
Procedimentos
Atenda imediatamente lesões que ameacem a vida e outros traumas graves;
Deite a vítima em decúbito dorsal e eleve os MMII cerca de 30 cm, para facilitar o retorno venoso;
Cubra a vítima para prevenir contra a perda de calor corporal.
Obs.: previna o choque mesmo em vítimas ainda sem sinais e sintomas
Protocolo - Ferimentos
Ferimentos a abertos – ruptura na pele que provocam sangramento externo e abrem caminho para infecções.
Tipos de ferimentos: Escoriação (abrasão, arranhão,
queimadura por atrito) – bastante doloroso/ remoção da pele / impregnação de partículas do agente lesivo.
Procedimentos
EPI; Acesso ao ferimento (remova roupas
se for o caso); Controle o sangramento;
NUNCA: tente lavar ferimentos extensos, muito sujos ou graves.
NUNCA: esfregue ferimentos (risco de edemaciar o tecido)
Procedimentos - Amputação
Controle o sangramento; Atenda a vítima para o estado de
choque; Recupere a parte amputada, leve-a
com a vítima para o hospital;
Tratamento da parte amputada
Não lave a parte amputada; Envolva a parte amputada em gaze
estéril seca ou em um pano muito limpo; Coloque-a dentro de um saco plástico. Coloque-o sobre um outro saco com gelo
para esfriar a parte amputada sem resfriá-la.
NUNCA: envolva a parte amputada em gaze úmida ou deixe que a peça se congele!
Amputação
Parte amputada sem ser esfriada: Por + de 6 horas – chances mínimas
de reimplante . 18 horas tempo máximo de uma
peça bem acondicionada e esfriada. Tecido muscular sem sangue perde a
viabilidade após 4 – 6 horas.
Amputação
Objeto Empalado
Exponha a área removendo ou cortando roupas;
Não remova nem movimente o objeto empalado.
Controle o sangramento com pressão ao redor do objeto;
Se necessário corte o objeto para dar melhor estabilidade e prevenir movimentos.
Problemas mais Freqüentes
Emergências relacionadas ao calor
O aumento da temperatura ambiente é responsável por uma série de distúrbios no organismo, mas o único que ameaça a vida é a intermação.
Sinais: pele quente, temperatura corporal elevada e estado mental alterado
Procedimentos / intermação
1- procure atendimento médico imediato, mesmo se a vítima apresentar melhora
2- remova a vítima imediatamente para um local fresco
3- deixe a vítima apenas com as roupas íntimas
4- mantenha a cabeça e os ombros da vítima ligeiramente elevados
5- Resfrie a vítima imediatamente
Intermação
Borrifar água e abanar (suor artificial) esta medida é ineficaz se a umidade relativa do ar estiver acima de 75%.
Aplique compressa de gelo na: Virílha Axilas Ao lado do pescoço
Desidratação
Remova a vítima para um lugar fresco Dê água para a vítima beber. Se não
melhorar em 20 minutos, administre bebida isotônica
Eleve as pernas da vítima 20 ou 30 cm Remova o excesso de roupas Borrife água na vítima e abane Se não obtiver melhora dentro de 30
minutos procure atendimento médico
Emergências relacionadas ao frio
Hipotermia – a temperatura corporal interna abaixa quando o organismo não consegue produzir calor na mesma proporção em que está perdendo.
Pode ser fatal quando a temperatura interna abaixa em torno de 32° C
Ela pode ocorrer em qualquer temperatura ambiente, incluindo locais fechados e dias de verão
Hipotermia
Como identificar:
Alteração do estado mental – desorientação, apatia, mudança de personalidade e agressividade incomum
Tremedeira inicio 36°c / cessa aos 32°c (ou se subir). O diferencial será o nível de consciência!
Abdome frio Hipotermia branda ou profunda
Hipotermia
Hipotermia profunda – vítima fria, tremedeira cessa
Hipotermia branda – tremedeiras, fala incompreensível, lapso de memória, descoordenação motora, dificuldade para manter-se ereta.
Procedimentos
Impeça a perda de calor corporal: Remova a vítima do frio Envolva a vítima em cobertores ou
similares (cabeça – perda de calor 50 a 80%)
Troque as roupas molhadas Movimente a vítima com cuidado – risco
de fribilação ventricular Mantenha a vítima na horizontal Chame o resgate
Afogamento
Realizar abordagem conforme técnica apropriada:
Alcançar / lançar / remar / “entrar”
Alcançar: vara longa ou similar
Lançar : arremessar algo que flutue
Remar: caso esteja disponível utilize um barco (popa)
Afogamento
Entrar: somente entre na água se você for um exímio nadador e tiver treinamento para fazê-lo. Ainda assim este é um procedimento de alto risco.
É aconselhável realizar o resgate em dois socorristas e abordar a vítima consciente pelas costas.
Afogamento
Retire a vítima da água mantendo a liberação das vias aéreas e o alinhamento da coluna cervical.
Posicione-a em DDH. Realize a avaliação primária - (ABC) Se ocorrer PCR iniciar a RCP – (30x2) Não perca tempo tentando tirar a água
dos pulmões , esteja atento para o vômito Previna a hipotermia retirando as vestes e
secando a vítima. Chame o resgate
Afogamento
Tente informar:
A temperatura aproximada da água. Se o afogamento ocorreu em água
doce ou salgada. Tempo provável de submersão. Se a vítima já foi encontrada em
PCR, ou se ocorreu parada durante o socorro.
Picada de Cobra
Picada de Cobra
Mordida de cobra – todas as serpentes são venenosas mas apenas 4 espécies são peçonhentas:
Botrópico – Jararaca* Laquético - Surucucu Crotálico - Cascavel Elapídico - Coral
Grupo (botrópico e laquético):
Veneno hemotóxico
surucucujararaca
Cobras
Sinais e sintomas do grupo (botrópico e laquético):
reações locais – dor persistente que aumenta gradativamente, inchaço e vermelhidão no local da picada, arroxeamento, podendo aparecer bolhas, abscessos ou necrose tecidual
Marca das presas (2 pontos separados) Face: sem alteração / normal Sangue: incoagulável (nos casos graves)
Grupos elapídico e crotálico
Veneno neurotóxico
Coral / Cascavel
Sinais e sintomas dos grupos elapídico e crotálico
Reações locais: dor pouco intensa ou incomum no local da picada, a região afetada parece normal apresentando pequeno inchaço, sensação de formigamento ou adormecimento que se difunde pelo membro
Face: pálpebras superiores caídas ou semi-serradas, diminuição ou perda da visão
Cascavel / Coral
Picada da cascavel: Corpo: dores musculares, particularmente na
nuca. Urina: escassa e escura (em casos graves)
Picada da coral: Salivação grossa, dificuldade para engolir e
as vezes para falar. Se a vítima apresentar agitação e
inconsciência, morrerá em poucas horas por parada respiratória
Cobras
Sintomas sistêmicos - em alguns casos a vítima pode ainda apresentar:
Náusea, vômito, suor Fraqueza muscular, paralisia dos N.
cranianos Fragilidade capilar Taquicardia Parestesias periorais , disfagia
Pica da cobra
Mordidas
Procedimentos - peçonhentas
O veneno se difunde nos primeiros 30 minutos Tome cuidado com a cobra as vezes elas
atacam novamente (afaste os curiosos) Acalme a vítima, não permita que ela faça
nenhum esforço Retire tudo que possa garrotear pois haverá
inchaço Lave o local com bastante água corrente Manter a região afetada abaixo do coração (se
possível) Encaminhar a vítima para atendimento
médico imediato
Cobra Coral
Somente no caso de mordida por cobra coral:
Aplique bandagem constritiva sem apertar muito, envolvendo todo o membro.
Dê bastante água se a vítima tiver condições de engolir
OBS.:Protocolo Americano
Picada de insetos
Abelhas – são os únicos insetos que deixam ferrão com bolsa de veneno embebido no local da picada.
Lave o local para prevenir infecção Aplique gelo no local da picada Veneno ácido (bicarbonato de sódio)
reduz a coceira e o inchaço local Veneno da vespa é alcalino (vinagre /
limão) sobre o local Protocolo Americano*
Aranhas
armadeira Viúva-negra Aranha marrom
Mordida de aranha
Três aranhas são conhecidas por provocar morte em seres humanos – aranha marrom / viúva negra / armadeira
Armadeira: não produz teia, hábito noturno
Viúva negra: teia irregular, suspensas entre a vegetação, hábito diurno
Aranha marrom: teia irregular, hábito noturno
Procedimentos gerais
Mordidas de aranha ou escorpião: Manter a vítima em repouso Lavar o local afetado com água e
sabão Coloque gelo sobre o local da
mordida* (prot. Americano) Monitore o ABC Procure atendimento médico