medicina tradicional chinesa: os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e...

14
Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva Camellia sinensis na redução do conteúdo da gordura corporal Anne Selenia de Souza Borges 1 [email protected] Dayana Priscilla Maia Mejia 2 Pós-graduação em Acupuntura Faculdade FAIPE Resumo Este artigo aborda a medicina tradicional chinesa e enfatiza a terapia fitoterápica, reconhecida no tratamento de doenças internas, cujo funcionamento ocorre por meio da ingestão de ervas. E umas dessas ervas é a Camellia sinensis, uma planta de origem asiática, cultivada no Brasil, bem adaptada e reconhecida pelo seu efeito benéfico na redução do conteúdo da gordura corporal. Como questionamento fez a seguinte indagação: quais são os principais benefícios oferecidos pela erva Camellia sinensis para a redução do conteúdo de gordura? Teve como objetivo principal investigar na literatura os prováveis benefícios atribuídos à erva Camellia sinensis para a redução do conteúdo de gordura. A metodologia utilizada consistiu em pesquisa bibliográfica com finalidade descritiva e método dedutivo. Os resultados obtidos evidenciaram que os principais benefícios oferecidos pela erva Camellia sinensis para a redução do conteúdo de gordura são redução do apetite e aumento do catabolismo de gorduras. Palavras-chave: Medicina Tradicional Chinesa; Terapia Fitoterápica; Erva Camellia sinensis. 1 Introdução A medicina tradicional chinesa oferece elementos para a promoção da saúde e bem estar, sua utilização no ocidente cresce a cada dia e ganha novos adeptos em busca da longevidade e qualidade de vida, uma vez que, é utilizada no tratamento das mais variadas patologias. Entre estas patologias está a obesidade, uma doença multifatorial e de difícil tratamento que vem causado muita preocupação e tornando-se um dos grandes desafios para os profissionais da área de saúde. Nesse cenário, a medicina tradicional chinesa surge como uma forma de contribuir para amenizar esse quadro preocupante. 1 Pós-graduanda em Acupuntura 2 Orientadora. Mestre em Bioética.

Upload: others

Post on 08-Jun-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva Camellia sinensis na

redução do conteúdo da gordura corporal

Anne Selenia de Souza Borges1

[email protected]

Dayana Priscilla Maia Mejia2

Pós-graduação em Acupuntura – Faculdade FAIPE

Resumo

Este artigo aborda a medicina tradicional chinesa e enfatiza a terapia fitoterápica,

reconhecida no tratamento de doenças internas, cujo funcionamento ocorre por meio da

ingestão de ervas. E umas dessas ervas é a Camellia sinensis, uma planta de origem asiática,

cultivada no Brasil, bem adaptada e reconhecida pelo seu efeito benéfico na redução do

conteúdo da gordura corporal. Como questionamento fez a seguinte indagação: quais são os

principais benefícios oferecidos pela erva Camellia sinensis para a redução do conteúdo de

gordura? Teve como objetivo principal investigar na literatura os prováveis benefícios

atribuídos à erva Camellia sinensis para a redução do conteúdo de gordura. A metodologia

utilizada consistiu em pesquisa bibliográfica com finalidade descritiva e método dedutivo.

Os resultados obtidos evidenciaram que os principais benefícios oferecidos pela erva

Camellia sinensis para a redução do conteúdo de gordura são redução do apetite e aumento

do catabolismo de gorduras.

Palavras-chave: Medicina Tradicional Chinesa; Terapia Fitoterápica; Erva Camellia

sinensis.

1 Introdução

A medicina tradicional chinesa oferece elementos para a promoção da saúde e bem

estar, sua utilização no ocidente cresce a cada dia e ganha novos adeptos em busca da

longevidade e qualidade de vida, uma vez que, é utilizada no tratamento das mais variadas

patologias.

Entre estas patologias está a obesidade, uma doença multifatorial e de difícil

tratamento que vem causado muita preocupação e tornando-se um dos grandes desafios para

os profissionais da área de saúde. Nesse cenário, a medicina tradicional chinesa surge como

uma forma de contribuir para amenizar esse quadro preocupante.

1 Pós-graduanda em Acupuntura 2 Orientadora. Mestre em Bioética.

Page 2: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

2

Os alimentos funcionais fazem parte da medicina tradicional chinesa e oferecem

diversos vegetais, e entre estes está o chá, uma das bebidas mais populares do mundo, cujo

consumo está associado a hábitos nutricionais saudáveis.

A erva Camellia sinensis está na classe dos tipos de chás, sua planta de origem

asiática é cultivada e bem adaptada no Brasil. Esse vegetal tem como principais categorias

o chá verde, branco, oolong e preto, que se diferenciam de acordo com seu processamento.

Buscando compreender um pouco mais sobre esse assunto, fez-se o seguinte

questionamento: quais são os principais benefícios oferecidos pela erva Camellia sinensis

para a redução do conteúdo de gordura?

Como objetivo, foi proposto investigar na literatura os prováveis benefícios

atribuídos à erva Camellia sinensis para a redução do conteúdo de gordura.

A relevância da temática abordada se encontra na preocupação com o nível de

obesidade da população brasileira, revelado pelo Ministério da Saúde e publicado nas

mídias, apesar da reeducação alimentar ser recomendada e estimulada por órgãos

competentes. Logo, a contribuição da medicina tradicional chinesa para amenizar esse

quadro se torna relevante, devido oferecer o uso de novas práticas terapêuticas. Sendo assim,

compreender o assunto, de forma científica, sobre a relação entre a ingestão do chá da erva

Camellia sinensis e a redução do conteúdo de gordura, pode esclarecer dúvidas de outros

profissionais da área de nutrição, como também, espera-se contribuir para a população na

busca por uma melhor qualidade de vida.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse estudo consistiu em pesquisa

bibliográfica com fins descritivos e método dedutivo.

2 Um olhar sobre a Medicina Tradicional Chinesa

A medicina tradicional chinesa envolve um vasto campo de saberes e práticas que

vem se desenvolvendo no ocidente desde os anos 60. Dentre suas práticas, algumas foram

incorporadas de forma mais estruturada, como a acupuntura, uma das práticas terapêuticas

mais difundidas com fortes raízes nos países ocidentais (SOUZA; LUZ, 2011).

De acordo com Cintra e Pereira (2012), a medicina chinesa foi desenvolvida há

milênios por uma população geograficamente, socialmente e culturalmente distinta do

mundo ocidental. Sua atuação é diferente da biomedicina e inclui do diagnóstico ao

Page 3: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

3

tratamento, intervenções diretas no corpo humano fundamentada na ideia de que a energia

organiza a matéria orgânica.

Cintra e Figueiredo (2010) explicam que na medicina chinesa o organismo é visto

como um sistema energético e funcional e as doenças são desequilíbrios energéticos ou

desarmonia das funções orgânicas. Os fenômenos que ocorrem nos órgãos são explicados

por meio de um conjunto de fatores patológicos de origem interna ou externa ao organismo

que revelam como a base energética da existência e a expressão da matéria.

A medicina tradicional chinesa conforme Maciocia (2007), enfatiza o equilíbrio

como uma questão chave da saúde: o equilíbrio entre repouso e o exercício, na dieta, nas

atividades sexuais e no clima. Qualquer desarmonia contínua pode tornar uma causa para a

patologia.

Um dos pilares da medicina tradicional chinesa de acordo com Souza e Mejia (2012),

é a fitoterapia, considerada como a principal modalidade no tratamento de doenças internas,

pois regulariza a energia presente no corpo e introduz energia no sistema. A Terapia

fitoterápica funciona por intermédio da ingestão de ervas as quais exercem uma influência

interna direta, na fisiologia e na patologia do corpo.

2.1 Alimentos Funcionais – Definição e Composição Química

De acordo com Moraes e Colla (2006), o termo alimentos funcionais surgiu no Japão

na década 80, são processados e nutritivos, e seus ingredientes auxiliam diversas funções

específicas do corpo. O Comitê de Alimentos e Nutrição do Instituto de Medicina da FNB

(Federação Náutica de Brasília) afirma que os alimentos funcionais são aqueles que podem

proporcionar benefício à saúde, além dos nutrientes tradicionais que eles contêm.

Conforme Lamarão e Fialho (2009), o International Food Information Council

(IFIC) define os alimentos funcionais como aqueles que provêm benefícios adicionais à

saúde, mesmo contendo os nutrientes já atribuídos a eles. Conforme a Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA), a resolução nº 18, de 30 de abril de 1999 estabelece que a

propriedade funcional está relacionada com o papel metabólico ou fisiológico que o nutriente

ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções

normais do organismo humano.

Page 4: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

4

Os alimentos funcionais são a terceira geração de alimentos colocados no mercado

com a finalidade de promover a saúde ou gerar e manter uma condição de saúde nos

indivíduos (VIDAL et al., 2012). O quadro 1 mostra a composição química dos alimentos

envolvidos em alguns mecanismos de ações benéficas causadas pela ingestão de alimentos

funcionais.

Mecanismo de ação Componente químico

Atividades antioxidantes e proteção de órgãos

vitais (fígado, cérebro, rins, sistema

cardiovascular, etc...)

Vitaminas antioxidantes (A, C, E), ácido fólico,

ubiquinona, flavonoides, isoflavonas, catequinas,

antocianinas, carotenoides, licopeno e fenólicos.

Modulação de enzimas de detoxificação de

xenobióticos (compostos tóxicos)

Isoflavonas, flavonoides, isotiocianatos, indol-3-

carbinol e compostos sulfurados.

Diminuição da agregação plaquetária e do risco de

trombose e aterosclerose

Compostos sulfurados e polifenólicos.

Alterações no metabolismo do colesterol e

diminuição do risco de aterosclerose

Antocianinas, polifenólicos, compostos sulfurados e

curcumina.

Controle nas concentrações de hormônios

esteróides e do metabolismo endócrino

Isoflavonóides são uma alternativa para a terapia de

reposição hormonal, tendo como efeitos benéficos a

diminuição do risco de câncer, de doenças

cardiovasculares e da osteoporose (inibem a atividade

dos osteoclastos, células ósseas responsáveis pela

reabsorção óssea)

Redução da pressão sanguínea

Compostos sulfurados, potássio e dietas ricas em

minerais e fibras.

Efeitos antibacterianos e antivirais

Compostos sulfurados, especialmente a alicina

(bactericida) e terpenóides.

Atividades anti-inflamatórias Polifenólicos; inibem a produção de prostanóides,

mediadores do processo inflamatório.

Efeitos anticancerígenos

Licopeno (câncer de próstata), resveratrol (potente

indutor da morte de células tumorais), tocotrienóis

(indutor da morte de células neoplásicas), fibras

vegetais (diminuem a absorção de agentes indutores

do câncer e aumentam a velocidade de digestão e

excreção do bolo fecal.

Proteção da visão contra a ação dos radicais livres,

catarata e degeneração macular.

Luteína

Diminuição da absorção da glicose Beta-D-glucanas (fibra alimentar)

Fonte: Vidal et al. (2012, p. 47).

Quadro 1 – Mecanismos de ação de alguns componentes químicos encontrados nos alimentos funcionais

Os benefícios proporcionados pelos alimentos funcionais decorrem de diversos

efeitos metabólicos e fisiológicos que contribuem para um melhor desempenho do

organismo.

Matsubara e Rodriguez-Amaya (2006) afirmam que o chá é uma das fontes mais ricas

em flavonoides que são polifenóis que ocorrem naturalmente em alimentos de origem

vegetal. Os flavonoides consistem em metabólitos secundários de plantas subdivididos em

Page 5: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

5

seis classes: flavonas, flavanonas, isoflavonas, flavonóis, flavanóis e antocianinas. Os chás

são considerados alimentos funcionais devido a presença de flavonoides.

Para Senger et al. (2010), os alimentos funcionais são considerados promotores de

saúde, pois contêm substâncias que contribuem para a redução dos riscos de algumas

doenças crônicas, devido a seus componentes ativos, podendo influenciar na qualidade e

expectativa de vida das pessoas. Essas substâncias bioativas devem possuir algumas

características como: – ação metabólica ou fisiológica específica; – alegação de propriedade

de saúde; – relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à

saúde; – alegação de propriedade funcional, relativa ao papel metabólico ou fisiológico em

funções normais do organismo humano.

2.2 Composição das Folhas da Erva Camellia sinensis

A erva Camellia sinensis (Figura 1) de acordo com Silva e Pereira (2013), é de

origem asiática e faz parte da família Theaceae. É uma árvore de pequeno porte cultivada no

Brasil, no Vale do Ribeira no Estado de São Paulo, e bem adaptada. Seus principais tipos de

chás se diferenciam pelo seu processamento. As folhas de chá, não fermentadas, apresentam

um teor de cerca de 15 a 20% em proteínas, 5% em glicídios, de 1 a 4% em ácido ascórbico,

vitaminas do complexo B, sais minerais, principalmente o flúor e bases púricas e 30% em

proantocianidinas, como as procianidinas, prodelfinidina e derivados, teasinensinas,

asamicaínas, ácidos fenólicos, principalmente o gálico e cafeico, polifenóis,

monoglicosídeos de flavonóis e flavonas, catecóis, epicatecóis livres e epigalocatecóis

esterificados pelo ácido gálico e de 10 a 24% em taninos.

Fonte: Silva e Pereira (2013)

Figura 1 – Árvore Camellia sinensis

Page 6: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

6

Nishiyama (2010) cita três tipos básicos de chás de Camellia sinensis, o preto, verde

e oolong ou amarelo, que se diferenciam pela forma de beneficiamento das folhas. Conforme

Santos (2014), além dos 3 tipos de chás citados por Nishiyama, existe o chá branco, que é

proveniente dos brotos e flores da Camellia sinensis.

O chá verde é constituído de folhas secas colhidas de diferentes partes da planta,

o que determina os vários tipos de chás disponíveis. Já o chá preto passa por

diversas etapas de processamento, dentre elas a de “fermentação”, que consiste,

na verdade, de uma oxidação enzimática dos flavanóis a teaflavinas, que

constituem um grupo característico deste tipo de chá (MATSUBARA;

RODRIGUEZ-AMAYA, 2006, p. 380).

Conforme Schmitz et al. (2009), o chá-verde proveniente da Camellia sinensis tem

como principais componentes terapêuticos os polifenóis, flavonoides e catequinas. Entre

suas ações biológicas tem-se a antioxidante, quimioprotetora, anticarcinogênico e anti-

inflamatória. Sua ação antioxidante se destaca contra os radicais livres que tem importante

papel em processos patológicos.

Duarte et al. (2014) afirmam que além das catequinas, o chá verde tem outros

compostos orgânicos, como a cafeína e aminoácidos. O mesmo se diferencia do chá preto

durante o seu processamento, na produção do chá verde as enzimas foliares são inativadas

imediatamente após a colheita das folhas, e na fabricação do chá preto, as catequinas são

oxidadas enzimaticamente, gerando uma mistura complexa de polifenóis, constituída de

teaflavinas, teasinensinas e tearubiginas.

Lamarão e Fialho (2009) explicam que a composição das folhas do chá depende de

diversos fatores, como clima, estação, processo utilizado na horticultura, como também o

tipo e idade da planta. A maioria dos polifenóis do chá verde se apresenta como flavanóis, e

entre estes, as catequinas são predominantes, e as quatro principais são (-)-epicatequina

(EC), (-)-3-galato de epicatequina (GEC), (-)-epigalocatequina (EGC) e 3-galato de

epigalocatequina (GEGC).

2.3 Os Efeitos Benéficos da Erva Camellia sinensis no Conteúdo de Gordura

Vários estudos, segundo Duarte et al. (2014), evidenciam que o chá obtido da planta

Camellia sinensis tem alta quantidade de flavonoides e são capazes de promover a

Page 7: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

7

diminuição do peso e gordura corporal, reduzir o apetite e auxiliar no tratamento da

obesidade e diminuir a concentração de colesterol total.

Miranda (2014) ensina que o efeito cardioprotetor do chá da erva Camellia sinensis

tem relação com a ação de seus compostos fenólicos, cujas propriedades tem a capacidade

de diminuir as gorduras no sangue, uma vez que aumenta a oxidação de gorduras e o gasto

calórico, com isso, contribui para a perda de peso e diminuição de massa gorda, além de

ajudar a manter o peso adquirido após a perda.

De acordo com Lamarão e Fialho (2009), entre os efeitos benéficos do chá verde, a

redução da gordura corporal tem recebido grande atenção. Evidências apontam que o extrato

do chá verde contendo 25% de 3-galato de epigalocatequina (GEGC) pode reduzir o apetite

e aumentar o catabolismo de gorduras se for ingerido em torno de 3 copos diários,

equivalente 240 e 320mg de polifenóis.

Conforme Vera-Cruz et al. (2010), após pesquisar as ações e os mecanismos

moleculares do chá verde da erva Camellia sinensis em ratos da linhagem Wistar-Hannover

machos, com obesidade induzida por dieta hipercalórica, os resultados evidenciaram uma

perda do peso corporal significativa nesses animais.

Segundo Senger et al. (2010), os compostos bioativos do chá verde tem potencial

para promover benefícios a saúde, fato demonstrado por meio de diversos estudos como

mostra o quadro 1.

Tipos de Doenças

Tipo de

estudo

Principais

População

Período de

Intervenção e

Dosagem

Resultados

Doenças

cardiovasculares

Caso

controle

520 pacientes

(379 homens e

141 mulheres)

1 mês (125-

249 g/mês

de folhas secas

do chá verde)

Redução do risco de doença arterial

coronariana em homens, odds ratio

de 0.62 (95%CI 0.38-1.01)

comparados com aqueles que não

bebiam o chá verde (p<0.001). Nas

mulheres não foi encontrado o efeito

protetor.

Ensaio

clínico

14 mulheres

5 semanas

(350 mg de

catequinas,

equivalente a

8,4 g de chá

verde)

Melhora na função vascular. A

resposta da artéria braquial a

compressão aumentou de forma

significativa (p<0,0001) após o

tratamento com extrato de chá

verde. Significativa redução

(37,4%) na concentração de LDL

oxidada. Redução significativa na

concentração de triglicérides

(p=0,04).

Page 8: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

8

Estudo

transversal

711 homens e

796 mulheres

com histórico

de hipertensão

Consumo

regular diário

de 120-599 mL

de chá verde

durante pelo

menos um ano

Reduziu em 46% o risco de

desenvolver hipertensão e o

consumo de mais de 600 mL por dia

reduziu o risco em 65%.

Câncer

Caso

controle

130 casos de

câncer de

próstata e

274 controles

Consumo

habitual

de chá verde a

longo

prazo

O risco de câncer de próstata foi

inversamente proporcional ao

consumo de chá verde. A odds ratio,

em relação aos não consumidores de

chá, foi 0,28 (IC 95%=0,17-0,47)

para consumidores, 0,12 (IC

95%=0,06-0,26), para consumo há

mais de 40 anos e 0,09 (95%

CI=0,04-0,21) para os que

consumiam mais de 1,5 kg de folhas

por ano.

Caso

controle

501 casos de

câncer de

mama e 594

controles

Consumo

regular de

chá verde

Redução significativa do risco de

câncer de mama em consumidoras

do chá verde, mantida após o ajuste

de potenciais fatores de confusão.

Peso corporal

Estudo

transversal

1103

indivíduos

adultos

Consumo

habitual

de chá verde a

longo prazo (10

anos ou mais)

O hábito de consumo de chá verde a

longo prazo mostrou relação direta

com a diminuição da gordura

corporal e da relação cintura-

quadril.

Fonte: Senger et al. (2010, p. 294)

Quadro 1 - Alguns estudos epidemiológicos envolvendo a administração de chá verde

Duarte el al. (2014, p. 32) também citam que o chá verde, obtido da planta Camellia

sinensis vem recebendo atenção por meio de vários estudos que demonstram sua eficácia na

redução da gordura corporal, na prevenção da obesidade e das doenças à ela associadas.

“Atua na prevenção da obesidade devido ao seu efeito termogênico e a capacidade de oxidar

a gordura corporal”.

O efeito termogênico do chá verde, conforme Floriano e Rios (2012), consiste na

interação entre catequinas, cafeína e noradrenalina. A epigallocatequina galato (EGCG)

regula várias enzimas relacionadas ao anabolismo e catabolismo lipídico, como a acetil Coa

carboxilase, ácidos graxos sintetase, lipase pancreática, lípase gástrica e lipooxigenase,

modula a mitogênese e faz a estimulação endócrina e a função metabólica nas células de

gordura.

Na ótica de Oliveira e Mendes (2014), um potencial tratamento para a obesidade

pode ocorrer por meio de substâncias que atuam sobre o sistema ou o seu neurotransmissor,

noradrenalina. Nesses grupos de substâncias com efeitos sobre o peso corporal, fazem parte

alguns componentes do chá da erva Camellia sinensis.

Page 9: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

9

Batista et al. (2009) assevera que os componentes do chá verde, responsáveis pela

redução nas concentrações sanguíneas do colesterol total e do LDL-colesterol, têm sido

evidenciados por meio de vários estudos. Entretanto, os responsáveis por essas alterações

ainda não foram totalmente esclarecidos. Alguns estudos apontam os flavonoides

(catequinas) como responsáveis, em especial a epigalocatequina gallate (EGCG), devido à

sua alta concentração de polifenóis antioxidantes.

Os flavonoides da planta parecem inibir a catecol-O-metiltransferase (COMT),

enzima responsável pela degradação de norepinefrina, um neurotransmissor

envolvido no aumento da termogênese e na oxidação de gorduras. Devido à

inibição desta enzima, há um prolongamento da atuação na norepinefrina, com

consequente aumento dos seus efeitos no gasto energético e oxidação de lipídios

(DUARTE et al., 2014, p. 36).

Beltran et al. (2014) explicam que devido a sua composição, o chá verde tem a

capacidade de promover inúmeros benefícios à saúde, o que justifica os diversos estudos

sobre seu consumo. Entretanto, embora ainda haja resultados que apontem dados

controversos, a maioria das pesquisas é satisfatória, o que indica que a bebida pode oferecer

benefícios ao tratamento de diversas patologias, especialmente da obesidade e do sobrepeso.

Cardoso et al. (2010) compactuam com a mesma opinião de que o mecanismo pelo

qual o chá verde possa diminuir o percentual de gordura corporal ainda não está bem

elucidado. E explicam que, em relação à dose e ao modo de administração do chá, a

American Dietetic Association sugere o consumo de 4-6 xícaras de chá verde ao dia para

obtenção dos efeitos benéficos do chá verde.

Ainda sob a ótica de Cardoso et al. (2010), quanto ao modo de preparo, para cada

litro de água é recomendado utilizar quatro colheres de sopa de erva fresca ou duas colheres

de erva seca, esquentar a água até pouco antes da ebulição e despejá-la nas folhas de chá

bem devagar e do alto, desse modo, ocorre redução do processo oxidativo e abafa a infusão

por cerca de 2 a 3 minutos. O chá deve ser consumido entre as refeições para não interferir

na biodisponibilidade de nutrientes provenientes das refeições principais.

3 Metodologia

Este artigo consiste em uma revisão do conhecimento disponível na literatura sobre

o tema, utilizando-se os descritores: Medicina tradicional chinesa; alimentos funcionais;

Page 10: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

10

características da erva Camellia sinensis; efeitos e benefícios da erva Camellia sinensis para

o emagrecimento.

Constituiu-se em pesquisa bibliográfica com finalidade descritiva e método dedutivo.

Conforme Gil (2007), a pesquisa bibliográfica é embasada a partir de material já elaborado,

constituído principalmente de livros e artigos. O método dedutivo, de acordo com Prestes

(2007), parte de conceitos mais abrangentes até chegar ao tema especificamente proposto.

Os dados para a construção da revisão de literatura foram coletados em acervos

literários que incluiu artigos e periódicos pesquisados na base de dados Scientific Electronic

Library Online (Scielo) e sites especializados, cuja busca ocorreu nas produções científicas

publicadas no período entre 2006 e 2014.

4 Resultados e Discussão

A medicina tradicional chinesa envolve saberes e práticas (SOUZA; LUZ, 2011).

Atua diferente da biomedicina e inclui do diagnóstico ao tratamento, intervenções diretas no

corpo humano fundamentada na ideia de que a energia organiza a matéria orgânica

(CINTRA e PEREIRA, 2012). Um dos pilares da medicina tradicional chinesa é a fitoterapia

e funciona por intermédio da ingestão de ervas as quais exercem uma influência interna

direta, na fisiologia e na patologia do corpo (SOUZA e MEJIA, 2012).

Uma das ervas que faz parte da fitoterapia é a Camellia sinensis, planta de origem

asiática e faz parte da família Theaceae. Suas folhas, não fermentadas, apresentam um teor

de cerca de 15 a 20% em proteínas, 5% em glicídios, de 1 a 4% em ácido ascórbico, vitaminas

do complexo B, sais minerais, principalmente o flúor e bases púricas e 30% em

proantocianidinas, como as procianidinas, prodelfinidina e derivados, teasinensinas,

asamicaínas, ácidos fenólicos, principalmente o gálico e cafeico, polifenóis,

monoglicosídeos de flavonóis e flavonas, catecóis, epicatecóis livres e epigalocatecóis

esterificados pelo ácido gálico e de 10 a 24% em taninos (SILVA e PEREIRA, 2013).Os três

tipos básicos de chás da Camellia sinensis são o preto, verde e oolong ou amarelo, que se

distinguem pela forma de beneficiamento das folhas (NISHIYAMA, 2010). Conforme o chá-

verde proveniente da Camellia sinensis tem como principais componentes terapêuticos os

polifenóis, flavonoides e catequinas (SCHMITZ et al. (2009). A maioria dos polifenóis do

chá verde se apresenta como flavanóis, e entre estes, as catequinas são predominantes, e as

Page 11: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

11

quatro principais são (-)-epicatequina (EC), (-)-3-galato de epicatequina (GEC), (-)-

epigalocatequina (EGC) e 3-galato de epigalocatequina (GEGC) (LAMARÃO e FIALHO,

2009).

O chá verde, obtido da planta Camellia sinensis vem recebendo atenção por meio de

vários estudos que demonstram sua eficácia na redução da gordura corporal, na prevenção

da obesidade e das doenças à ela associadas (DUARTE et al. (2014). A ação de seus

compostos fenólicos, cujas propriedades tem a capacidade de diminuir as gorduras no

sangue, uma vez que aumenta a oxidação de gorduras e o gasto calórico, contribui para a

perda de peso e redução de massa gorda, além de ajudar a manter o peso adquirido após a

perda (MIRANDA, 2014). Evidências apontam que o extrato do chá verde contendo 25% de

3-galato de epigalocatequina (GEGC) pode reduzir o apetite e aumentar o catabolismo de

gorduras se for ingerido em torno de 3 copos diários, equivalente 240 e 320mg de polifenóis

(LAMARÃO e FIALHO,2009). Entretanto, Batista et al. (2009) asseveram que essas

propriedades do chá verde ainda não foram totalmente esclarecidas. Embora ainda haja

resultados que apontem dados controversos, a maioria das pesquisas é satisfatória, o que

indica que a bebida pode oferecer benefícios ao tratamento de diversas patologias,

especialmente da obesidade e do sobrepeso (BELTRAN et al., 2014).

Considerações Finais

A medicina tradicional chinesa atua diferente da biomedicina e tem entre seus pilares

a fitoterapia, que por meio da ingestão de ervas influencia diretamente o organismo humano.

Entre as ervas está a Camellia sinensis, uma planta de origem asiática, que oferece

três tipos de chás, o preto, verde e oolon.ou amarelo, que se diferenciam pela forma de

beneficiamento de suas folhas.

As folhas da erva Camellia sinensis, não fermentadas, apresentam aproximadamente

de 15 a 20% de proteínas, 5% de glicídios, de 1 a 4% de ácido ascórbico, vitaminas do

complexo B, sais minerais, principalmente o flúor e bases púricas e 30% em

proantocianidinas, como as procianidinas, prodelfinidina e derivados, teasinensinas,

asamicaínas, ácidos fenólicos, principalmente o gálico e cafeico, polifenóis,

monoglicosídeos de flavonóis e flavonas, catecóis, epicatecóis livres e epigalocatecóis

esterificados pelo ácido gálico e de 10 a 24% em taninos.

Page 12: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

12

Os prováveis benefícios atribuídos à erva Camellia sinensis para a redução do

conteúdo de gordura ocorre por meio da ação de seus compostos fenólicos, que possuem

propriedades que aumenta a oxidação de gorduras e do gasto calórico, com isso, reduz a

massa gorda.

Referências

BATISTA, Gesiani de Almeida Pierin; CUNHA, Cláudio L. Pereira da; SCARTEZINI,

Mariléia; HEYDE, Raul von der; BITENCOURT, Murílo G; MELO, Sandra Fabrício de.

Estudo prospectivo, duplo cego e cruzado da Camellia sinensis (chá verde) nas

dislipidemias. Arq. Bras. Cardiol. 2009, vol.93, n.2, p. 128-134. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000800010.>

Acesso em: 07 jul.2015.

BELTRAN, Carolina Carvalho; SILVA, Naiara Andressa da; GRIGNOLI, Laura Cristina

Esquisatto; SIMIONATO, Maria Inês Vilhena; GRIGNOLI, Carlos Roberto Escrivão. Os

benefícios do chá verde no metabolismo da gordura corporal. Revista Científica da

FHO|UNIARARAS. 2014; v.2; n.1; p. 41-49.

CARDOSO, Jéssica; MARTINS Jéssica; Júlia Benites; CONTI, Tássia; SOHN, Viviane.

Uso de alimentos termogênicos no tratamento da obesidade. 2010. Monografia

(Graduação em Nutrição) Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Ciências da

Saúde. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Rio de Janeiro, 2010.

CINTRA, Maria Elisa Rizzi; FIGUEIREDO, Regina. Acupuntura e promoção de saúde:

possibilidades no serviço público de saúde. Interface (Botucatu). 2010; vol.14; n.32; p.

139-154. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/icse/v14n32/12.pdf.> Acesso em: 17

jul. 2015.

CINTRA, Maria Elisa Rizzi; PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. Percepções de corpo

identificadas entre pacientes e profissionais de medicina tradicional chinesa do Centro

de Saúde Escola do Butantã. Saude soc. 2012; vol.21; n.1; p. 193-205. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v21n1/19.pdf.> Acesso em: 17 jul. 2015.

DUARTE, Juliane Lucas Guastuci; PRETTO, Alessandra Doumid Borges; NÖRNBERG,

Fabrícia Rehbein; CONTER, Leila Fagundes. A relação entre o consumo de chá verde e a

obesidade: revisão. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São

Paulo. 2014, jan./fev.; v.8. n.43. p. 31-39. Disponível em:

<http://vufind.uniovi.es/Record/oai:doaj.org.article:f80a2104deed45a693aac3787145387d.

> Acesso em: 07 jul. 2015.

FLORIANO, Gabriela Paranhos; RIOS, Karina Ribeiro. Uso do chá verde e da

eletrolipólise sobre a gordura corporal. 2012. Disponível em:

<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/834/.> Acesso

em: 28 jul. 2015.

Page 13: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

13

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

LAMARAO, Renata da Costa; FIALHO, Eliane. Aspectos funcionais das catequinas do chá

verde no metabolismo celular e sua relação com a redução da gordura corporal. Rev. Nutr.

Campinas. 2009, vol.22, n.2, p. 257-269. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200008.>

Acesso em: 07 jul. 2015.

MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa: Um texto

abrangente para Acupunturistas e Fisioterapeutas – São Paulo: Roca, 2007.

MATSUBARA, Simara; RODRIGUEZ-AMAYA, Delia B. Conteúdo de miricetina,

quercetina e kaempferol em chás comercializados no Brasil. Ciênc. Tecnol. Aliment.

2006, vol.26, n.2, pp. 380-385. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010120612006000200021&script=sci_abstract&tln

g=pt.> Acesso em: 07 jul. 2015.

MORAES, Fernanda P.; COLLA, Luciane M. Alimentos funcionais e nutracêuticos:

definições, legislação e benefícios à saúde. Revista Eletrônica de Farmácia. 2006; vol.3;

n.2; p. 99-112. Disponível em:

<http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/download/2082/2024.> Acesso em: 17

jul. 2015.

MIRANDA, Adriana Fernandes. Os benefícios do chá. Rio de Janeiro. 2014. Disponível

em: <http://www.anutricionista.com/beneficios-do-cha.html.> Acesso em: 26 jul. 2015.

NISHIYAMA, Márcia Fernandes et al. Chá verde brasileiro (Camellia sinensis var

assamica): efeitos do tempo de infusão, acondicionamento da erva e forma de preparo sobre

a eficiência de extração dos bioativos e sobre a estabilidade da bebida. Ciênc. Tecnol.

Aliment. 2010, vol.30, suppl.1, p. 191-196. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-20612010000500029&script=sci_arttext.>

Acesso em: 07 jul. 2015.

OLIVEIRA, Nayara Carla de; MENDES, Daniella Ribeiro G. As propriedades da Camellia

sinensis (Chá verde). 2014. Disponível em:

http://www.senaaires.com.br/Biblioteca/tcfacesa/farm2014/AS%20PROPRIEDADES%20

DA%20CAMELLIA%20SINENSIS%20(Ch%C3%A1%20verde).pdf.> Acesso em: 07 jul.

2015.

PRESTES, Maria Lucia M. A pesquisa e a construção do conhecimento científico do

planejamento aos textos, da escola à academia. 3 ed. São Paulo: Respel, 2007.

SCHMITZ, Wanderlei Onofre; CECCHINI, Rubens; ESTEVAO, Dirceu; SARIDAKIS,

Halha Ostrensky. Atividade hepatoprotetora do extrato alcoólico da Camellia sinensis (L.)

Kuntze (chá-verde) em ratos Wistar tratados com dietilnitrosamina. Rev. bras. farmacogn.

2009, vol.19, n.3, p. 702-709. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2009000500009.>

Acesso em: 22 jun. 2015.

Page 14: Medicina Tradicional Chinesa: Os efeitos benéficos da erva ... · o chá verde, branco, oolong e preto, ... (câncer de próstata), resveratrol (potente indutor da morte de células

14

SENGER, Ana Elisa Vieira; SCHWANKE, Carla H. A; GOTTLIEB, Maria Gabriela Valle.

Chá verde (Camellia sinensis) e suas propriedades funcionais nas doenças crônicas não

transmissíveis. Scientia Medica. Porto Alegre. 2010; v.20, n.4, p. 292-300. Disponível em:

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/7051/5938.

> Acesso em: 07 jul. 2015.

SILVA, A. M.; PEREIRA, K. C. O. Os benefícios do chá verde. 53o Congresso Brasileiro

de Química. Rio de Janeiro. 2013, out. Disponível em:

<http://www.abq.org.br/cbq/2013/trabalhos/7/3393-13380.html.> Acesso em: 30 jul. 2015.

SOUZA, Eduardo Frederico Alexander Amaral de; LUZ, Madel Therezinha. Análise crítica

das diretrizes de pesquisa em medicina chinesa. Hist. cienc. saude-Manguinhos. 2011;

v.18; n.1; p. 155-174. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v18n1/10.pdf.>

Acesso em: 17 jul. 2015.

SOUZA, José Neres da Silva; MEJIA, Dayana Priscila Maia. A medicina tradicional

chinesa no tratamento da obesidade. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br.>

Acesso em: 23 jul. 2015.

VERA-CRUZ, Marta; NUNES, Elaine; MENDONÇA, Lívia; CHAVES, Érika;

FERNANDES, Maria Luiza de Lima Aguilar. Efeito do chá verde (Camellia sinensis) em

ratos com obesidade induzida por dieta hipercalórica. J. Bras. Patol. Med. Lab. 2010,

vol.46, n.5, p. 407-441. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-

24442010000500010&script=sci_arttext.> Acesso em: 25 jun. 2015.

VIDAL, Andressa Meirelles; DIAS, Danielle Oliveira; MARTINS, Emanuelle Santana

Melo; OLIVEIRA, Rafaela Santos; NASCIMENTO, Raphael Mattheus Santos; CORREIA,

Maria das Graças da Silva. A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a

diminuição da incidência de doenças. Ciências Biológicas e da Saúde. Aracaju. 2012, out.;

v.1; n.15; p. 43-52. Disponível em:

<https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernobiologicas/article.> Acesso em: 17 jul.

2015.