medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal maringá

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA, GENÉTICA E BIOLOGIA CELULAR ESPECIALIZAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA JULIO CEZAR BUSIGNANI Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá 2016

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Page 1: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA, GENÉTICA E BIOLOGIA CELULAR

ESPECIALIZAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA

JULIO CEZAR BUSIGNANI

Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da

medula espinhal

Maringá

2016

Page 2: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

JULIO CEZAR BUSIGNANI

Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da

medula espinhal

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Especialização em Biotecnologia do

Departamento de Biotecnologia da Universidade

Estadual de Maringá como requisito parcial para

obtenção do título de Especialista em

Biotecnologia.

Orientador: Prof. Me. Julio Cesar Polonio

Maringá

2016

Page 3: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

JULIO CEZAR BUSIGNANI

Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da

medula espinhal

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-graduação Especialização

em Biotecnologia do Departamento de Biotecnologia da Universidade Estadual de Maringá,

como requisito parcial para obtenção de título de especialista pela comissão julgadora

composta pelos membros:

COMISSÃO JULGADORA

Prof. Dr. .....................

(colocar universidade onde trabalha)

Aprovado em:

Local da defesa:

Page 4: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente a Deus, por estar sempre presente, dando-me força e sabedoria.

Obrigado Senhor, por permitir-me chegar até aqui, por ter sempre me acompanhado durante a

jornada de minha vida.

À Universidade Estadual de Maringá, em especial ao Departamento de Biotecnologia pela

possibilidade de realizar este curso e pela possibilidade de sentir-me motivado para novos

desafios.

Agradeço aos professores em nome do Coordenador: Prof. Dr. João Alencar Pamphile pela

amizade que desempenharam com dedicação às aulas ministradas.

À minha esposa, Tânia Mara Vendramini Busignani, pela dedicação em me fortalecer para

continuar durante toda esta caminhada e por me apoiar, ajudar e confortar em todos os

momentos de dificuldade.

Ao meu orientador, Mestre e doutorando Júlio Cesar Polonio, pela paciência, dedicação,

conselhos, amizade, pelo exemplo de dedicação e empenho ao ensino e à pesquisa.Aos

colegas de curso, que são muitos para aqui serem citados, pela amizade, apoio e demonstração

de companheirismo.

Agradeço à secretária do departamento Sra. Edenir Ferreira P. Antonio pela amizade, carinho

e atenção disponibilizada na condução e suporte do curso.

Às minhas filhas, Manuela e Marina, por compreender a minha ausência nos momentos em

que precisei dedicar-me aos estudos.

Page 5: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da

medula espinhal

RESUMO

As lesões e as doenças da medula espinhal, na medicina veterinária e humana, classicamente,

sempre tiveram um prognóstico sombrio. Esse prognóstico não diz repeito somente à natureza

da doença, mas também à dificuldade de indicar tratamento, uma vez que se refere a um órgão

extremamente sensível à manipulação direta. As descobertas sobre como as células-tronco

adultas imunomodulam os sinais moleculares proporcionaram evidenciar os efeitos

parácrimos envolvidos na reparação dos tecidos lesados. Existem, porém, problemas éticos

relacionados às células-tronco obtidas de embriões, que estão sendo transpostos por outras

fontes de célula-tronco estudadas, principalmente oriundas das células somáticas adultas ou

estaminais do tecido adiposo, da polpa dental e do bulbo olfatório. Foi demonstrado em

vários trabalhos, a capacidade de se diferenciar em uma variedade de tecidos, incluindo ossos,

cartilagem e neurônios. Verificou-se que células-tronco adultas são encontradas em todos os

animais com capacidade de manter e reparar tecidos danificados. No entanto, ao se tratar de

implante em medula com injúria, o contato das células-tronco, no local, produzem uma

variedade de fatores bio-ativos que contribuem nos resultados positivos da reparação. Como a

busca da cura para a paralisia ainda permanece indefinida, há resultados encorajadores, os

quais contribuíram para aumentar os interesses na terapia regenerativa. Portanto, nesta revisão

serão retratadas as terapias que utilizam células-tronco, com ênfase nas células estaminais

adultas induzidas, os resultados experimentais na regeneração em injúrias da medula espinhal,

aplicados em modelos animais, com perspectivas futuras para a medicina humana, os tipos de

células-tronco mais comumente usados, além dos obstáculos que essas tecnologias

enfrentarão.

Palavras-chave: Célula-tronco. Lesão medular. Veterinária. Regeneração celular.

Page 6: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Comparação entre os possíveis efeitos que as lesões na medula podem causar em

humanos e cães. (Fonte: O autor)............................................................................................. 12

Figura 2. Estratégias de reprogramação celular para terapia genética/celular.........................21

Page 7: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Tipos de células estaminais mais importantes ........................................................14

Page 8: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BO bulbo olfativo

CEE células estaminais embrionárias

CEM células estaminais mesenquimais

CETA célula estaminal do tecido adiposo

CEO células ensheathing olfativas

CEPi células estaminais pluripotentes induzidas

CFD células do folículo dental

CPE célula progenitora endotelial

CPN célula progenitora neural

CT células-tronco

CTA células-tronco adultas

CTAc célula tecido adiposo canino

CTAH célula do tecido adiposo humano

CTCU célula-tronco do cordão umbilical

CTD célula-tronco dental

CTDTc células-tronco derivadas do tecido adiposo canino

CTE célula-tronco embrionária

CTH células-tronco hematopoiéticas

CTM células-tronco mesenquimais

CTN células-tronco neural

CTNa células-tronco neural adulta

CTMO células-tronco da medula óssea

CTPD células-tronco da polpa dental

DPC duplicações da população celular

DPS duplicação populacional

LME lesão da medula espinhal

PBM proteína básica de mielina

PEG polietilenoglicol

PPL proteínas protoeolíticas

SNC sistema nervoso central

Page 9: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………...09

2 METODOLOGIA………………………………..........................................……….10

3 REVISÃO DE LITERATURA ……………………...........................……………..10

3.1 As lesões da medula vertebral e sua fisiopatologia...............................................10

3.2 As células-tronco adultas ou somáticas................................................................13

3.3 As células-tronco específicas ou células-tronco neurais.......................................15

3.4 As células-tronco estaminais ou germinativas....................................................16

3.5 As células-tronco estaminais pluripotentes induzidas ........................................20

3.6 As aplicações médicas das células CEPi ...............................................................20

3.7 As células-tronco extraídas do tecido adiposo .....................................................23

3.8 As células ensheathing olfativas (CEO).................................................................24

4 PERSPECTIVAS E DESAFIOS TÉCNICOS ........................... ............................29

5 CONCLUSÃO ...........................................................................................................32

REFERÊNCIAS ............................................................................................ ..............32

Page 10: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

9

1 INTRODUÇÃO

Ao final do século XIX, o histologista e neurocientista Santiago Ramón y Cajal

(Nobel de medicina de 1906) estabeleceu o dogma central de neurologia em 1923: "O sistema

nervoso central é uma estrutura fixa, estável e imutável”(COLUCCI-D’AMATO et al., 2006),

isto é, novos neurônios não são possíveis de adição ou regeneração no sistema nervoso central

(SNC), ideia que prevaleceu durante vários anos (GOEL, 2016).

Recentemente, essa crença tem sido contestada por um número de estudos que

mostram que áreas limitadas do SNC adulto são, de fato, capazes de regeneração. Mesmo

mudando esse conceito, a realidade curativa em que se propõe alcançar mostra um longo

caminho a ser percorrido até o alcance da realidade da cura completa e efetiva. Isso se deve,

uma vez que os ensaios pré-clínicos demonstram para uma pouca reparação celular, em lesões

no SNC, resultando em prognósticos pouco favoráveis (KEYVANI et al., 2006).

As células-tronco (CT), por definição, são capazes de se auto renovar e se diferenciar

em vários tipos de células, apresentando, assim, uma solução valiosa para doenças do SNC,

como precursoras de neurônios e células da glia, essas últimas agindo como suporte

nutricional para o implante aos novos neurônios (RITFELD et al., 2011).

Trata-se de células primitivas, que durante o desenvolvimento do organismo dão

origem a outros tipos celulares geradores de diversos tipos de tecidos. Tais células possuem a

capacidade de autorreplicar – gerando cópias idênticas de si mesmas – e de se diferenciar em

vários tecidos (MONTEIRO et al., 2010). Elas podem ser classificadas quanto ao seu poder de

diferenciação: as totipotentes, as quais podem se diferenciar em todas as células embrionárias

e extraembrionárias; as pluripotentes, que podem produzir todos os tipos celulares do

embrião; as multipotentes, que podem gerar células de várias linhagens; as oligopotentes, que

podem produzir células dentro de uma única linhagem; e as unipotentes, que produzem

somente um único tipo de célula (GRINFELD e GOMES, 2004).

As células-tronco ainda oferecem a possibilidade de atuar como fonte de reposição de

células em tecidos danificados para tratar doenças como, o mal de Parkinson, o traumatismo

da medula-espinhal, os infartos, as queimaduras, as doenças do coração, o diabetes, as

osteoartrites, a artrite reumatóide entre outras (GRINFELD e GOMES, 2004). Observa-se

ainda, uma capacidade de desenvolver órgãos inteiros em laboratório e servir de modelos para

estudos e de implantes, na substituição de órgãos danificados (NARDI, 2007).

Page 11: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

10

Em medicina veterinária, a administração de células-tronco, em clínicas, já é uma

realidade. Isso pode ser interpretado como uma evidência de ser uma terapia promissora,

como modelo no tratamento de doenças crônicas humanas (FORTIER, TRAVIS, 2011;

MARKOSKI, 2016).

Portanto, essa revisão, tem por objetivos retratar as terapias que utilizam células-

tronco com ênfase em células adultas induzidas, em resultados pré-clinicos, na medicina

regenerativa, especificamente, em resultados da medula espinhal com perdas da sensibilidade

e função motora, aplicadas em modelos animais. Também serão discutidas as perspectivas

futuras para apliacação na medicina humana, os tipos de células-tronco mais comumente

usadas, bem como os resultados experimentais, além das dificuldades que limitam essas

tecnologias.

2 METODOLOGIA

Utilizando os critérios de inclusão e exclusão pré-especificados com palavras-chaves,

foram identificadas as publicações que relatam as experiências relevantes ao tema. Tais

experiências foram selecionadas, independente do ano de publicação, por meio de pesquisas

limitadas àquelas indexadas, com a descrição de experiências com animais e possíveis

aplicações em seres humanos. A ferramenta utilizada para pesquisa e gerenciamento dos

documentos foi o software Mendeley sob as versões desktop e on-line.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 As lesões da medula vertebral e sua fisiopatologia

A história das lesões da medula espinhal começa com os antigos papiros cirúrgicos,

como os de Edwin Smith e os escritos médicos que descrevem a lesão como "vértebra

esmagada em seu pescoço". Essas lesões, bem como os sintomas de deterioração neurológica,

tratadas com massagens permaneceu como terapia até o fim da Segunda Guerra Mundial,

quando o primeiro centro de reabilitação voltado ao tratamento de pacientes com lesões na

medula espinhal foi aberto (ANDERBERG et al., 2007).

Sabe-se que a medula espinhal é o principal condutor de sinais ou impulsos nervosos

entre o cérebro e o corpo. As lesões que podem ocorrer são completas ou parciais, privando o

indivíduo da mobilidade e de estímulos sensoriais, bem como do controle do sistema nervoso

Page 12: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

11

autónomo nas regiões abaixo do nível da lesão (Figura 1). Mas leva-se em conta o grau e a

localização em humanos, uma vez que a maioria das lesões da medula espinhal afeta os

segmentos cervicais, tornando os pacientes paraplégicos ou tetraplégicos (BARNABÉ-

HEIDER e FRISÉN, 2008).

Em cães, sua maior frequência está associada a lesões de impacto súbito, como por

exemplo, quando o animal é atingido por um automóvel. Em lesões primárias, na coluna,

podem ocorrer lacerações da medula, compressão da coluna (a partir do disco ou coágulo e

até mesmo seu rompimento), abalo da coluna associado à fratura vertebral ou hérnia de disco,

afetando o fluxo sanguíneo por coágulos levando à embolia (KARIMI-ABDOLREZAEE et

al., 2006).

As lesões na medula espinhal (LME) são classificadas de acordo com o tempo de

ocorrência, desde a lesão inicial: aguda - dentro de alguns dias de LME; subaguda - uma a

duas semanas após a lesão; ou crônica - quatro semanas ou mais após a lesão. Essa

classificação é importante para determinar as estratégias de transplante de células (BEN-HUR

et al., 2010).

Vale lembrar que, o trauma medular também se classifica em duas fases: a primária e

a secundária. A fase primária (mecânica) corresponde essencialmente a ruptura da arquitetura

normal da medula espinhal, na qual gera danos aos neurônios (THURET et al., 2006). Já a

fase secundária pode durar de alguns minutos a vários meses, resultando em isquemia e

resposta inflamatória.

A extensão do impacto e o grau da lesão neuronal secundária são fatores

determinantes na funcionalidade do tecido. Eles provocam o desequilíbrio da homeostase

iónica, com o acúmulo de neurotransmissores, como o glutamato, um neurotransmissor

excitatório do SNC, que em excesso, contribui para o bloqueio parcial ou completo na

condução axonal dos impulsos nervosos. Isso pode gerar sequelas motoras e sensitivas,

observadas em pacientes com LME (OYINBO, 2011).

Logo que o dano ocorre, agentes neurorregenerativos tendem a agir para promover o

crescimento axonal. ATP (trifosfato de adenosina) e "subprodutos da necrose celular são

liberados (ATP, DNA, e K +), criando um ambiente citotóxico pós-lesão ativado pelas células

da microglia, recrutando mais fagócitos (AHUJA et al., 2016). Isso torna o ambiente da lesão

desfavorável às células transplantadas, como também a falta de promotores para a

implantação das células-tronco torna a abordagem dependente de uma preparação no local da

ferida medular para a fixação , sobrevivência e proliferação das células (EFTEKHARPOUR

et al., 2008).

Page 13: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

12

Figura 1. Comparação entre os possíveis efeitos que as lesões na medula podem causar em

humanos e cães (Fonte: O autor).

Page 14: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

13

Diante destas condições, uma das opções seria a utilização de medicamentos, tais

como a eritropoietina e minociclina, que demonstraram, em ensaios pré-clínicos em modelos

animais, propriedades neuroprotetoras (KWON et al., 2005). Os rearranjos, que ocorrem nos

canais iônicos ao longo dos axónios, prejudicam ainda mais a propagação dos potenciais de

ação (NASHMI e FEHLINGS, 2001). Assim sendo, com a cronicidade da lesão uma cicatriz

é formada por células mortas formando uma barreira física impedindo a substituição por

células regenerativas .

Estruturas integras dos neurônios, como as bainhas de mielina, são fundamentais para

que ocorra a condução dos impulsos elétricos (SEKHON e FEHLINGS, 2001; GLEDHILL et

al., 1973), sua regeneração é fundamental para recuperação das funções (PLEMEL et al. 2014

; SIDDIQUI et al., 2015).

Dasari e colaboradores (2007) investigaram a remielinização axonal em lesões da

medula espinhal por meio da utilização de células-tronco do cordão umbilical (CTCU) e

demonstraram que a diferenciação dessas em neurônios, oligodendrócitos e astrócitos,

promovem o aparecimento de bainhas de mielina. Elas são encontradas em torno dos

axônios, quando aplicadas nas áreas lesionadas da medula espinhal, pelo fato de induzirem a

síntese de proteína básica de mielina (PBM) e proteínas proteolíticas (PPL), e promovem, na

área da lesão, a formação de mielina, recuperando a função locomotora (DASARI et al.,

2007), como também recupera a integração das vias aumentando a velocidade da condução

nervosa.

3.2 As células-tronco adultas ou somáticas

No indivíduo adulto, diferentes tecidos possuem a capacidade de renovação e

reparação total ou parcial (Tabela 1). Exemplos são: o sangue e a epiderme, que estão

constantemente se renovando. Em contrapartida, enquanto alguns tecidos, como o hepático,

podem ser reparados por completo, outros como músculos e tecidos nervosos apresentam um

potencial reduzido de auto reparação (NARDI, 2007).

Verifica-se que essa característica está relacionada com a presença de células-tronco

que se encarregam da reparação, proliferando as chamadas células tronco adultas (CTA) ou

células-tronco somáticas (WAGERS e WEISSMAN, 2004). A aptidão clonogênica capacita

essas células a renovar as estruturas dos tecidos que vão morrendo ao logo da vida

(MARKOSKI, 2016; BYDLOWSKI; et al., 2009).

Page 15: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

14

Tabela 1. Tipos de células estaminais mais importantes

Tipos de

células

Capacidade

de

diferenciação

Fonte de

obtenção

Vantagens Desvantagens Referência

Célula-tronco

embrionária

Pluripotentes Blastocisto Pluripotencia Dificuldades

éticas e

biofabricação

(VAZIN;

FREED, 2010;

MURRY;

KELLER, 2008)

Progenitores

neurais

Multipotentes Tecido fetal

embrionário

Questões

éticas e

biofabricação

(WALTON, N.

M.;et al., 2006)

Células-tronco

do sistema

nervoso

central

Multipotentes Tecido do

Sistema

Nervoso

Central

Autóloga, não

há questões

éticas

impedindo

Diferenciação

limitada;

questões de

biofabricação;

coleta evasiva

(GARZON-

MUVDI, et al.,

2009)

Células-tronco

mesenquimais

adultas

Multipotentes Medula óssea

(adultas)

Autólogas, de

fácil obtenção,

sem

preocupações

éticas

Potencial

limitado em

diferenciar-se;

biofabricação

dificultada

(CAPLAN,

2007)

Células-tronco

do cordão

umbilical

Multipotentes Cordão

umbilical

Autólogas,

sem

preocupações

éticas

Potencial de

diferencial

limitado

(WITKOWSKA-

ZIMMY, 2011)

Células

estaminais

pluripotentes

induzidas

Multipotentes

e Pluripotentes

Pele;

Tec.

gorduroso;

Entre outras

Autólogas,

sem

preocupações

éticas; Grande

potencial de

pluripotencia

Requerem

adição de

vetores virais

para

pluripotencia

induzida;

biofabricação

complexa.

(VERMA;

VERMA, 2011)

Com a função de manter a homeostase do tecido, receptores de superfície avisam às

células, quando ocorre uma lesão do órgão ou tecido, havendo a migração destas CT para

reparar ou substituir as áreas afetadas (WALSH e ANDREWS, 2003).

Essas células são indiferenciadas no meio de tecidos diferenciados, até a sua

especialização nos processos de crescimento, renovação e reparo. Um exemplo clássico é a

recuperação do fígado, após a perda da massa tecidual (WAGERS e WEISSMAN, 2004). As

CTA possuem algumas vantagens se comparadas com as células embrionárias, como: maior

facilidade de seu isolamento e a purificação; sem haver impedimento legal por questões éticas

e plenamente aceita em atividades experimentais; a possibilidade de obtenção autóloga com

menor imunogenicidade e rejeição, extraída de várias fontes teciduais, possivelmente, com

menor capacidade de formação de teratomas (tumores germinativos) (WAGERS e

WEISSMAN, 2004).

Barzaga et al. (2016) demonstraram o potencial de células estaminais de tecidos

adiposos (CETA) como fonte abundante de células para uso na terapia regenerativa, gerando

Page 16: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

15

células progenitoras endoteliais (CPE) e células progenitoras neurais (CPN), tecido com

grande volume e de fácil obtenção em modelos animais com grande reserva como os suínos

(ZUTTION et. al).

As CTA em embriões são isoladas em fase de blastocisto, porém enfrentam problemas

éticos, quanto à sua utilização (NARDI, 2007; OSTENFELD e SVENDESEN, 2003). Já os

tecidos provenientes da polpa dentária tem se mostrado fonte de CT, igualmente ao tecido

adiposo. Sua extração tem pouca invasão e dor, pois são provenientes do descarte de materiais

ortodônticos (YAO et al., 2004). Enquanto as células olfativas ensheathing COE,

semelhantes à macroglia neural, tem se mostrado também como uma estratégia terapêutica

(KAWAJA et al., 2009) e com grande capacidade de promover a reparação neural, em

conjunto com a bioengenharia (NOMURA et al., 2006). Tabakow et al. (2014) relatam que

COE autólogas têm sido usadas com sucesso para permitir que pacientes paralisados voltem a

andar novamente. Na medula óssea podemos encontrar duas populações distintas de CTs, as

quais coexistem de maneira funcional e interdependente: as células-tronco hematopoiéticas

(CTH) e as células-tronco extraídas do estroma da medula óssea (CTMO), são as mais

utilizadas nas terapias celulares. As CTMO são consideradas seguras devido seu baixo risco

em transformações malignas (NARDI, 2007).

3.3 As células-tronco específicas ou células-tronco neurais

Em outros tempos, acreditava-se que o sistema nervoso não se regenerava, sendo

incapaz dos neurônios se autorenovarem, ou seja , não ocorria a aneogêneses neural. Esse

fenômeno só ocorria apenas nos primeiros estágios embrionários e não de forma completa, ou

seja, o indivíduo nascia com uma determinada quantidade de neurônios e, conforme ocorria a

morte celular, esse número decrescia sem possibilidade de substituição futura. Atualmente,

estudos demonstraram que existem células-tronco estaminais neurais adultas no cérebro e na

medula espinhal, que são responsáveis pela capacidade de regeneração e autorenovação

(GRITTI et al., 2002).

Essas células são isoladas de diferentes regiões do cérebro, onde proliferam in vitro

mantendo assim sua população (GAGE, 2002) e produzindo fatores mitogênicos (PGF-2,

EGF) para dar origem a novos neurônios, astrócitos, oligodendrócitos e a maioria das células

do sangue (SOUZA et al., 2003; JOHANSSON et al., 1999). Sabe-se ainda que as

células-tronco neurais (CTN) dão origem a três camadas germinativas primárias: a

Page 17: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

16

endoderme, a mesoderme e a ectoderme, que é a origem de todos os tecidos de vertebrados

(OSTENFELD e SVENDSEN, 2003).

Segundo Maia et al., (2012), as principais classes de células do sistema nervoso central

são as células nervosas (neurônios) e as células gliais (macroglia e microglia). Elas são

responsáveis pela produção de mielina e sustentação mecânica e metabólica.

As células ependimais, que revestem a superfície luminal da parede ventricular adulta,

ou os astrócitos, que residem na zona subventricular adjacente (células do tipo B), têm sido

sugeridas como uma fonte de células-tronco neurais adultas (CTNa) multipotentes (GRITTI

et al., 2002).

Atualmente, a melhor forma de obtenção da CTNa é através de biopsia do bulbo

olfatório (BO) (JESUS et al ., 2011; SOUSA et al; 2003; LINDEN, 2010). Trata-se de uma

abordagem pouco invasiva, se comparado com cirurgias cerebrais. Por meio dessa técnica,

podemos obter culturas de células progenitoras proliferativas, capazes de formar neuroesferas,

as quais são estruturas não aderentes com capacidade proliferativa, constituídas de células-

tronco neurais e células diferenciadas, associadas por elementos de matriz extracelular

(CAMPOS, 2004).

Salienta-se ainda que as CTNa expressam proteínas, tais como: a nestina, que

identifica a célula-tronco, a proteína ácida glial fibrilar (GFAP), a fibra estrutural NeuN e

marcadores de superfície MAP-2 (BARNABÉ-HEIDER; FRISÉN, 2008; PANAHI-JOO;

SOLOUK, 2015; MAYEUR et al., 2013).

3.4 As células-tronco estaminais ou germinativas

As primeiras ideias sobre as populações de células-tronco mesenquimais não

hematopoiéticas remontam, ao século XIX, à partir dos trabalhos do patologista alemão

Cohnheim. Ele defendia a hipótese de que células derivadas da medula não-hematopoiéticas

do osso poderiam migrar por meio da corrente sanguínea para locais distantes da lesão e

participar na regeneração de tecidos (HERNIGOU, 2015).

Em circunstâncias normais alguns tecidos, tais como o sangue, a pele, o intestino, o

trato respiratório e o testículo tendem a perpetuar sua autorenovação. A maioria das células

dos tecidos em mamíferos adultos exibem baixo volume de células renovadoras, respondendo

fracamente à pressão de regeneração, como o coração, enquanto outros respondem muito bem

como o fígado. Essas observações foram interpretadas como um indicativo da existência de

Page 18: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

17

função regenerativa das células-tronco dentro de alguns tecidos e a falta de função de células

estaminais em outros tecidos (WAGERS e WEISSMAN, 2004).

São dois tipos de células: as células estaminais embrionárias (CEE) e as células

estaminais pluripotentes induzidas (CEPi). As CEPi são derivadas de células somáticas,

através da expressão ectópica de determinados fatores numa localização que, normalmente,

não acontece a transcrição, incluindo Oct4, Sox2, KLF4, c-Myc, Nanog e Lin28 (esse último

regulador da pluripotência) (MAHERALI et al., 2008).

As CEPi podem ser obtidas em qualquer fase da vida humana e a partir de várias

células somáticas específicas do doador (fibroblastos da pele, células adiposas e de sangue

periférico, etc.). Essas são as razões pelas quais o uso de CEPi é, atualmente, a estratégia

preferida na biomedicina (WARREN et al., 2010), podendo originar vários tipos de células do

organismo, via diferenciação para quase todos os tipos celulares (WARREN et al., 2010),

porém, com potêncial terapêutico limitado pelo risco em originar tumores (YAMANAKA,

2012).

Devido à sua capacidade proliferativa multipotêncial, as células derivadas da

placenta também ganharam interesse como células de origem e candidatas no campo da

reparação de danos nos nervos. Em estudos realizados com a indução de células estaminais,

que tem a capacidade de se diferenciar ou autorenovar, derivadas de placenta

humana, conseguiram a diferenciação em células neurais, que transplantadas na região da

medula espinhal, após lesão medular em ratos, obtiveram resultados positivos contribuindo

para a restauração da ferida na medula espinhal, sem causar a rejeição (LI et al., 2014).

As células estaminais embrionárias (CEE) são geralmente obtidas a partir da pré-

implantação de blastocistos, na fase de embriões, criados durante procedimentos de

fertilização in vitro. Também podem ser gerados por transferência de núcleos de células

somáticas ou ativação partenogenética de ovos. Pelos riscos das CEE transplantadas

apresentarem teratomas, essas devem ser diferenciadas, antes do enxerto (PANAHI-JOO;

SOLOUK, 2015).

Existem duas formas conceituais diferentes de empregar células estaminais para a

reparação da medula espinhal. Em primeiro lugar, pode-se utilizar o transplante de células

estaminais somáticas para a medula lesionada. Em segundo, as células estaminais neurais

endógenas, existentes na própria medula espinhal adulta, podem ser recrutadas ou moduladas

para promover a recuperação (BARNABÉ-HEIDER e FRISÉN, 2008). Os primeiros

estudos, os quais demonstraram o potencial de transdiferenciação das CTM em células

neurais, foram conduzidos por Woodbury et al., (2000) e Sanchez-Ramoz et al. (2000), onde

Page 19: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

18

utilizaram células adultas provenientes da medula óssea de humanos e de roedores. Esse

experimento apresentou uma rápida mudança morfológica em fibroblastos sem a necessidade

de se transformar em célula-tronco para gerar neurônios com marcadores neurais. Utilizando

agentes químicos, vários foram os protocolos que tiveram como base a utilização de fatores

de crescimento neurotrópicos, tais como líquido cefalorraquidiano autólogo, produtos de

fitoterapia e outros agentes químicossintéticos (MAIA et al., 2012).

Estudos mostraram que, quando o transplante foi adiado por 2 semanas após a lesão,

ocorreu uma taxa de sobrevivência substancial de 40% das células transplantadas. Isso sugere

a eficiência do fator de crescimento para maximizar a sobrevivência da célula

(EFTEKHARPOUR et al., 2008).

A baixa taxa de sobrevivência de células estaminais mesenquimais (CEM) da medula

óssea transplantadas in vivo continua a ser um problema. Para promover a sobrevivência de

neurônios motores a Neurotrofina-3 seria uma ferramenta a melhorar o efeito terapêutico.

Conforme foi demostrado por pesquisas, em que a transfecção in vitro do gene da

neurotrofina-3 aumenta o número de células estaminais mesenquimais de medula óssea na

região da lesão da medula espinhal (EFTEKHARPOUR et al., 2008; DONG, Y.; YANG, L,;

et al.,2014).

Diante disso, tem sido difícil gerar linhagens celulares específicas com alta pureza e

sem anormalidades cariotípicas. As preocupações com o transplante de células neurais

derivadas de células CNE em LME esbarram em problemas éticos de derivação celular, pois

aumentam as possibilidade de formação de tumores, resultando em uma diferenciação

incompleta ou aberrante, e não em células neurais (MOTHE e TATOR, 2012).

Estudos recentes com foco em fontes alternativas de células-tronco tem mostrado que

as células-tronco dentais (CTD), incluindo as células-tronco da polpa dentária (CTPD) e as

células do folículo dental (CFD), possuem propriedades de células estaminais mesenquimais,

com potencial de diferenciação em células neurais e em diferentes tipos de células, tais

como osteócitos, condrócitos e adipócitos (ISOBE et al., 2016).

Esses dados propõem novas fontes para a terapia com células estaminais de potencial

alternativa para o tratamento de neuropatias entre elas a isquemia cerebral (YALVAC et

al.,2009).

Isso permitirá que os profissionais da saúde informem aos pacientes ou a seus

representantes legais que, embora essa ainda seja uma técnica experimental, ela mostra-se

promissora e que esses tecidos, que são normalmente descartados, podem ser recolhidos e em

um banco e criopreservados para uso futuro (JESUS et al., 2011).

Page 20: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

19

As técnicas para a coleta e cultivo de células, a partir de dentes de leite, provaram ser

relativamente simples e rápidas, porém, são necessários cuidados, no momento da coleta pelo

fato do risco de contaminação, pela cavidade bucal e pelos dentes cariados (JESUS et al.,

2011).

Na área da veterinária, as células-tronco e as derivadas de tecido adiposo canino

(CTDTc) demonstraram grandes possibilidades de fornecer células-tronco com ótimas

propriedades biológicas (GUERCIO et al., 2012).

Em células do bulbo olfatório (CBO) foram observadas células parecidas com células

da glia de neurônios primeiramente identificadas por Golgi (1875) e Blanes (1898).

Inicialmente, eles consideraram como células de Schwann do sistema olfativo, devido à sua

localização dentro da mucosa olfativa e bulbo olfatório. Uma das primeiras indicações das

suas propriedades veio de um estudo imuno-histoquímico de nervos olfativos, utilizando

anticorpos para a proteína glial fibrilar ácida (GFAP), um marcador geralmente considerado

para definir os astrócitos. Como as células de Schwann dos nervos olfativos expressam

GFAP, sugerem uma semelhança com os astrócitos, que são células neurológicas

(COLUCCI-D’AMATO et al., 2006; HIGGINSON e BARNETT, 2011).

Assim sendo, verifica-se que estudos clínicos ainda são necessários para a

transferência de resultados experimentais com animais para seres humanos. Investigações

utilizando CTMO autóloga não manipulada, isto é, não reprogramada e lesão transversal da

medula espinhal (LME) de pacientes humanos, resultaram em dados de 20 pacientes com

LME completa e que receberam transplantes entre 10 a 467 dias após a lesão. O estudo

demonstrou que a implantação das células parecem ser seguras não havendo complicações

após a implantação celular, mas mesmo assim são necessários um maior número de estudos

para que os implantes sejam definitivamente seguros. Também constatou-se que o transplante,

dentro de uma janela terapêutica de 3-4 semanas após a lesão, vai desempenhar um papel

importante em qualquer tipo de células estaminais no tratamento LME (SYKOVÁ; et al.,

2006) (PARK et al., 2013).

A idade real de uma cultura é normalmente registrada em duplicações da população

celular (DPC). Porém, Colter et al. (2000) descobriram que CTM pode ser expandida até 30

DPCs. Os estudos demostraram uma série de alterações, nos parâmetros fisiológicos

funcionais e moleculares que ocorreram durante as culturas de longo prazo. Essas alterações

incluíram: o Fenômeno Hayflick típico do envelhecimento celular (FEHRER e

LEPPERDINGER, 2005) e o potencial de proliferação é diminuído pelo fato do

encurtamento dos telômeros (COLTER et al., 2000; BONAB et al., 2006).

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20

Markoski (2016) descreve que as colônias derivadas de uma única célula de CTM

pode ser expandidas até um máximo de 50 DPCs em cerca de 10 semanas.

3.5 As células-tronco estaminais pluripotentes induzidas

Em 2006, as células estaminais induzidas com propriedades semelhantes a células

embrionárias estaminais puderam ser geradas a partir de fibroblastos de rato por introdução

simultânea de quatro genes. Essas células modificadas são designadas como células-tronco

estaminais pluripotentes induzidas (CEPi).

As células adultas foram geneticamente reprogramadas para um estado de células-

tronco embrionárias e forçadas a expressar genes e fatores importantes para a manutenção

das propriedades, os quais definem uma célula-tronco embrionária. Embora essas células

cumpram os critérios que definem as células estaminais pluripotentes, clinicamente não se

sabe se CEPi diferem em eficiência da células estaminais embrionárias (CEE)

(YAMANAKA, 2012; VASKOVA et al., 2013; WARREN et al., 2010; AHUJA et al., 2016).

3.6 As aplicações médicas das células CEPi

A tecnologia de reprogramação de CEPi possibilitou modelar células adultas para

tratar doenças humanas (Figura 2). Essa tecnologia é eficaz, principalmente às desordens

neurodegenerativas. Nesse tratamento, as células CEPi, específicas do próprio paciente

obtidas por biópsia da pele, tem as células isoladas e transformadas por co-expressão ectópica

de fatores da transcrição (WARREN, L et al.,2010).

Também podem ser utilizadas em casos em que se conhece a mutação causadora da

doença (a exemplo da doença de Parkinson), em que o direcionamento de genes pode ser

utilizado para reparar a sequência de DNA. As células CEPi específicas de pacientes com

correção de genes, então, sofrem diferenciação dirigida para o subtipo neuronal afetado (por

exemplo, neurônios dopaminérgicos do mesencéfalo) e serem transplantadas para o cérebro

do paciente (enxertar o eixo nigroestriatal) (PERNAUTE, et al., 2003).

Alternativamente, é dirigido a diferenciação das células CEPi, específicos do paciente,

para o subtipo neuronal afetado, permitindo que a doença do paciente seja modelada in vitro

e potenciais medicamentos podem ser testados, auxiliando na descoberta de novos compostos

terapêuticos.

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21

Figura 2. Estratégias de reprogramação celular para terapia genética/celular (ROBINTON, D. A.;

DALEY, G. Q., 2012)

O desenvolvimento de CEPi se refletiu na fusão das três principais correntes científicas, que

por sua vez levou a novos ramos adicionais de investigação. A primeira corrente foi a

reprogramação por transferência nuclear. Em 1962, John Gurdon divulgou a notícia que seu

laboratório tinha gerado girinos de ovos não fertilizados e que tinham recebido um núcleo das

células intestinais de rãs adultas (GURDOM, 1962 ).

Em três décadas mais tarde, Ian Wilmut e seus colegas relataram o nascimento de

Dolly, o primeiro mamífero gerado por clonagem somática de células epiteliais mamarias

(WILMUT et al., 1997 ).

O sucesso obtido com a clonagem somática demonstrou que as células diferenciadas

ainda contém toda a informação genética que é necessária ao desenvolvimento de organismos

inteiros e que contêm fatores de ócitos, que podem reprogramar os núcleos das células

somáticas.

Em 2001, o grupo de Takashi Tada mostrou que CES também contém fatores que

podem reprogramar células somáticas (TADA et al., 2001). No entanto, ainda há debates que

buscam saber se CEPi são funcionalmente equivalente a CTE.

Essa questão deve ser respondida apenas pela ciência, não pela política de negócios

médicos, pois a eficiência do processo de transplante permanece baixa, normalmente, menos

do que 1% de fibroblastos transfectados para tornar CEPi.

Page 23: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

22

No início das pesquisas, a baixa eficiência em se diferenciar em outros tecidos

levantou a possibilidade das CEPi não serem células estaminais e sim células que

coexistiam na cultura de fibroblastos (YAMANAKA, 2012).

Estudos anteriores demostraram que as CEPi podem ter como fonte linfócitos igual

aos fibroblastos diferenciados em neurónios pós-mitóticos (KIM et al., 2009). Assim, a

maioria, se não todas as células somáticas, tem um potencial para se tornar CEPi, embora com

eficiências diferentes.

Há muitas maneiras de gerar CEPi livre de integração. Esses métodos incluem o

plasmídeo (YOSHIDA et al., 2009), o vírus Sendai (FUSAKI et al., 2009), o

adenovírus(YUAN et al., 2008), os RNAssintéticos (WARREN et al., 2010), as proteínas

induzidas ou células-tronco neurais, por meio da "expressão do gene forçada", que pode ser

usadas para reparar áreas cerebrais danificadas ou tratar doenças degenerativas (YUAN e

ARIAS-CARRIÓN, 2008).

Verifica-se ainda a ocorrência de várias tentativas para induzir a reprogramação por

moléculas pequenas como plasmídeos e vírus Sendai, que atualmente são utilizados

rotineiramente em muitos laboratórios.

No Centro de Pesquisa e Aplicação Celular da Universidade de Kyoto, identificou-se

que os métodos que mais favoreceram a reprogramação das células-tronco são o uso de

plasmídeos epissomal e/ou retrovírus para estudos in vitro. A rotina de utilizar esses métodos

é devido sua simplicidade e reprodutibilidade (YAMANAKA, 2012).

Os métodos laboratoriais utilizados têm revelado que o padrão de expressão de genes,

como microRNAs, metilação do DNA, bem como conjuntos dos padrões de modificações

covalentes das histonas ou epigenética fazem das CEPi, semelhantes às células estaminais

embrionárias.

No entanto, foram demonstradas que as CEPi possuem algumas características

específicas que podem ser adquiridas durante o processo de reprogramação (VASKOVA et

al., 2013), além de traços de epigenéticose transcriptomicosdo tecido do doador. Essas

características residuais de tecido somático de origem são chamadas de "memória

epigenética", na qual podem modificar as expressões dos genes sem alterar as sequências das

bases no DNA (PAYÃO et al., 2009).

Enquanto as células CEPi prometem abrir uma nova era com grandes oportunidades

em ciências biomédicas, em termos de terapias celulares e medicina regenerativa, são as

preocupações relacionadas com a segurança da terapia celular um dos fatores a serem

resolvidas antes da aplicação clínica (YAMANAKA, 2012).

Page 24: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

23

A introdução de genes em células somáticas adultas se transformam em células-tronco

com pluripotência celular comparada às células embrionárias. Com a evolução das pesquisas

em células autólogas somáticas do sangue ou de fibroblastos da pele, modificadas em CEPi

para transplante em lesões medulares, resolve problemas éticos e de rejeição em transplante.

Oh et al., (2012) fizeram a utilização de célula estaminal do tecido adiposo (CTEA)

induzidas à diferenciação neuronal, juntamente com Matrigel (scaffold), onde comparou

modelos animais caninos com o controle. A partir desse experimento, observa-se que houve

uma melhora significativa e apresentaram maior apoio sobre as patas traseiras e redução da

fibrose.

Além disso, identificou-se que a expressão de neurotrofinas, como fator de

crescimento do nervo (NGF) e neurotrofina-3 foi aumentada, os marcadores inflamatórios

COX2 e interleucina-6 (IL-6) foram diminuídos, Cdc42 e Rac1 foram aumentados e vários

outros marcadores de regeneração neural . Os efeitos anti-inflamatórios e estrutural

percebidos com associação da CTEAcom Matrigel podem melhorar a eficácia das células-

tronco mesenquimais neuro-induzidas (PARK et al., 2012).

3.7 As células-tronco extraídas do tecido adiposo

O tecido adiposo pode representar uma fonte potencial de células-tronco adultas para

aplicações na engenharia de tecidos e medicina veterinária. Ele pode ser obtido em grandes

quantidades, sob anestesia local, e com o mínimo desconforto.

O tecido adiposo canino é obtido por biópsia de tecido adiposo subcutâneo ou

lipectomia assistida por sucção (ou seja, lipoaspiração). O tecido adiposo é processado para se

obter uma população de fibroblastos de células semelhantes a células estaminais derivadas de

tecido adiposo humano (CTAh).

Essas células estaminais derivadas de tecido adiposo canina (CTAc) podem ser

mantidas in vitro durante períodos prolongados com duplicação da população estável e baixos

níveis de senescência (VIEIRA et al., 2010).

O estroma do tecido adiposo é rico em células progenitoras de haste capazes de sofrer

diferenciação osteogênica, condrogênica e linhagens adipogênicas, em condições in vitro ,

bem como in vivo, com capacidade de conservação sob criopreservação em azoto líquido sem

perder a capacidade morfológica de fibroblastos (MARTINELLO et al., 2011).

A coleta utilizada para CTA é minimamente invasiva para o paciente e de transplante

autólogo (DASARI et al., 2014; BLACK et al., 2007).

Page 25: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

24

Penha et al. (2014) examinaram os efeitos terapêuticos de células-tronco

mesenquimais (CTM) autólogas da medula óssea, em transplantes em quatro cães com lesões

medulares traumáticas naturais.

As CTM foram cultivadas in vitro, e a taxa de proliferação e de viabilidade das

células foram avaliadas. Foram preparadas suspensões de células e administradas

cirurgicamente na medula espinhal. Os animais foram clinicamente avaliados e examinados

por ressonância magnética nuclear. Dez dias após o procedimento cirúrgico observou-se no

transplante de CTM uma recuperação progressiva do reflexo panículo e reduziu a resposta à

dor superficial e profunda, embora ainda baixos os reflexos proprioceptivos, além das

respostas de reflexo dos membros posteriores com movimentos atáxicos, cada cão

demonstrou uma melhoria ao longo do tempo: Recuperação do reflexo consciente ocorreu

simultaneamente com melhora moderada nas funções do intestino e da bexiga urinária em

dois dos quatro cães. Até o 18º mês de acompanhamento clínico, observou-se uma melhoria

clínica notável acompanhada por melhora nos movimentos em três dos quatro cães. No

entanto, nenhum ganho clínico foi associado a alterações na ressonância magnética. Os

resultados desse estudo pré-clínico indicam que CTM da medula óssea tem um grande

potencial como terapia em injúrias medulares (PENHA et al., 2014).

Modelos animais como pequenos roedores têm várias limitações ao extrapolar os

resultados para seres humanos: o pequeno tamanho limitam a demanda proliferativa

implantado no tecido transplantado e ainda o curto período de vida do rato também impede as

medições e estudos de longo prazo. Modelos em grandes animais, como o cão, ganham mais

fidelidade nos resultados para tratamento a patologias humanas.

Considera-se que há muitos modelos caninos, em que doenças genéticas humanas

são melhores caracterizadas, do que outros animais, tornando-os ideais como ferramenta para

estudos in vitro e in vivo em avaliação pré-clínica para o rastreio de drogas (VIEIRA et al.,

2010; BREHM et al., 2012).

3.8 As células ensheathing olfativas (CEO)

A ideia de usar implantes intra-espinhais de células olfativas ensheathing (CEO)

surgiu como uma estratégia terapêutica para melhorar a recuperação pós-lesão medular em

experimentação com animais de laboratório para futuras aplicações em seres humanos

paralisados (KAWAJA et al., 2009).

Page 26: Medicina regenerativa humana e veterinária no tratamento de lesões da medula espinhal Maringá

25

As células (CEO) são células gliais ensheathing obtidas a partir de lâmina própria

da mucosa nasal para captação de neurônios receptores olfativos. Essas células têm

semelhanças com células de Schwann e astrócitos com um fenótipo mais próximo das células

de Schwann. Essas são células da neuroglia do sistema nervoso periférico, as quais formam as

bainhas isolantes de mielina dos axônios periféricos (MAYEUR et al.,2013).

Elas são obtidas da mucosa nasal (lâmina própria) e tem se mostrado efetivas em

lesões da medula, em modelos animais (SAMADIKUCHAKSARAEI, 2007), pouco invasiva

em autotransplante (KAWAJA et al., 2009; TETZLAFF; et al., 2011; GOEL,2016;

SIDDIQUI et al.,2015) isoladas de ratos, cães, porcos, primatas não humanos e em seres

humanos (KAWAJA et al., 2009).

No entanto, a maioria dos transplantes experimentais têm se concentrado em células

do bulbo olfatório e da mucosa, que são mais acessíveis, mesmo não tenham sidos

comparadas as suas eficiências com as demais células-tronco utilizadas em testes pré-clínicos

na recuperação da medula. (MAYEUR et al., 2013; RAISMAN, 2001).

É possível que mecanismos de neuroproteção promovam a recuperação funcional no

local da lesão, porém, os reais resultados clínicos com CEO são modestos (TETZLAFF; et

al., 2011).

As CEO em cultivo são de difícil identificação (BARNETT; RIDDELL,

2007;HIGGINSON E BARNETT, 2011; BREGMAN et al.,2002). Uma vez resolvida a

questão metodológica de isolamento e caracterização da CEO a estratégia terapêutica de

regeneração medular será viável (KAWAJA et al., 2009).

Como ocorre a falta de matriz extracelular no local da lesão em orientar e organizar as

células de cura no interior da ferida situação que interfere com o processo de regeneração

após a lesão, diversos estudos foram realizados para investigar o potencial de enxertos

bioscaffold (estruturas artificiais para implante) promovendo a regeneração na lesão

(DONNELLY et al., 2012), fornecendo uma ponte, através da qual os axónios em regeneração

podem ser corretamente guiados de uma extremidade da lesão para a outra extremidade.

A aplicação dessas combinações e mais os diferentes fatores de crescimento e

componentes celulares, formando as camadas, promovem os efeitos de cura

(SAMADIKUCHAKSARAEI, 2007). Segue exemplos desses componentes:

O colagénio, Neuragen ™ Nerve Gide, um enxerto de nervo periférico de colágeno

tipo I, que recebeu autorização da FDA para ser comercialização em 2001, tem demonstrado

que a inclusão de colagénio, suplementado com fatores de crescimento de fibroblastos1

(FGF1) ou neurotrofina3(NT3) dentro dos canais de guia de hidrogel melhoram a regeneração

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26

axonal, o FGF1, regeneração reticular de neurônios motores do tronco cerebral vestibulares

(TSAI et al., 2006).

O alginato é uma matriz extracelular derivada de algas castanhas ou marrom que, a

partir da qual uma esponja foi desenvolvida para a reticulação das fibras com ligações

covalentes Poli (ahidroxiácidos). Trata-se de polímeros sintéticos biodegradáveis com

excelente biocompatibilidade e a possibilidade de mudar suas especificações e, especialmente,

suas propriedades mecânicas e taxas de degradação, por alteração da composição e

distribuição das suas unidades de repetição (NOVIKOVA, L. N. 2006).

Os hidrogeles sintéticos, tais como poli [N2(hidroxipropil) metacrilamida] (pHPMA)

hidrogel (NeuroGel ™) e poli (metacrilato de metilocometacrilatode 2hidroxietilo)

(PHEMAMMA) consistem de redes reticuladas de copolímeros hidrofílicos que incham em

água e fornecem os substratos tridimensionais para fixação e crescimento celular. PHEMA

tem uma fração de volume mais baixa em comparação com NeuroGel. Quando ambos

NeuroGel e PHEMA foram implantados no córtex de rato, a NeuroGel foi invadida por

diversos elementos de tecido conjuntivo, mas PHEMA impedido o crescimento interno de

tecido conjuntivo e invasão de astrócitos (LESNÝ et al., 2002).

O polietileno glicol (PEG) é um polímero tensoativo solúvel em água. Breve

aplicação da solução aquosa do polímero para o local da lesão nos selos da medula espinal e

reparação de quebras da membrana celular, inverte a permeabilização da membrana produzida

pela lesão, inibe a produção de radicais livres (BORGENS, R. B et al.,2000)

A fibrina é derivada a partir de sangue, sendo um componente principal de formação

de coágulos. Funções de fibrina como ponte molécula para muitos tipos de interações célula a

célula. No local da lesão, muitas células ligam-se, diretamente à fibrina através dos seus

receptores de superfície. Isto ajuda a localização destas células para o local da lesão e exercer

a sua função especializada (LAURENS, N et al.,2006)

O Matrigel é uma matriz extracelular extraído do sarcoma Engelbreth Holm Swarm

(EHS) e contém laminina, fibronectina, e proteoglicanos, laminina com predominando. Em

um estudo in vitro demonstrou-se que a estimulação da proliferação celular de Matrigel

preserva as características morfológicas típicas de células ensheathing olfativas, as células de

Schwann e as células do estroma da medula óssea em cultura e também suporta o crescimento

da raiz dorsal neurônios do gânglio (IANNOTTI, C. et al.,2003)

A fibronectina (FN) é uma glicoproteína encontrada em muitas matrizes

extracelulares e no plasma. Ela está envolvida na fixação das células e migração, devido à sua

interação com receptores da superfície da célula (AHMED et al., 2003). Agregados fibrosos

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27

de fibronectina do plasma têm sido usados para fazer tapetes de fibronectina. Estas esteiras

contêm poros orientados numa única direção.

A agarose é um polissacáridio derivado de algas marinhas. Recentemente, um

andaime de agarose liofilizado com poros uniaxiais lineares que se estende através do seu

comprimento total foi produzido e a sua biocompatibilidade e capacidade para funcionar

como um depósito para fatores de crescimento foi confirmada por estudos in vitro estudos

(AHMED et al., 2003).

Estudos pré-clínicos demonstraram que os hidrogéis de polímero macroporosos à base

de derivados de HEMA ou HPMA são materiais adequados para colmatar, tapar as cavidades

após LME; as suas propriedades químicas e físicas pode ser modificadas para uma utilização

mais específica, implantes em 3D semeaduras com diferentes tipos de células pode facilitar o

crescimento de axônios CEM foram isoladas a partir de medula óssea de rato pela sua

aderência a plástico, marcadas com nanopartículas de óxido de ferro e expandido in

vitro ( SYKOVÁ, E. ,2006).

Hidrogel microporosos à base de derivados de metacrilato de 2-hidroxietilo

(HEMA)ou metacrilamida 2-hidroxipropilo (HPMA) foram preparados e em seguida,

modificados por sua copolimerização com um agente de ligação composto de reticulação

hidroliticamente degradável, N, O-dimethacryloylhydroxylamine (MANHOMA)(YIN,

W.,2002) ou por cargas eléctricas de superfície diferentes, hidrogéis semeados com CME

foram implantados em ratos com medula espinhal hemi seccionadas os hidrogéis

biodegradáveis que estavam em contato direto com o tecido da medula espinhal foram

reabsorvidos pelos macrófagos e substituído por um tecido recém formado, contendo

elementos de tecido conjuntivo, os vasos sanguíneos e processos astrocíticos GFAP-

positivos e neurofilamentos NF-160-positivos, além disso, hidrogéis semeados com CEM

marcados com nanopartículas em ratos hemiseccionados nas medulas espinhais. Foram

visíveis em imagens de Ressonância Magnética como áreas hipointensas, e subsequente

coradas histológicamente com azul da Prússia que confirmou as células marcadas

positivamente dentro dos hidrogéis (SYKOVÁ; et al., 2006 b; AHUJA et al., 2016).

Os polímeros hidrófilos, agentes tensoativos e os polímeros de três blocos são

conhecidos para selar defeitos em membranas celulares. Em experiências anteriores com

animais de laboratório essa capacidade foi explorada, usando polietilenoglicol (PEG) para

reparar os axônios da coluna vertebral após grave lesão da medula, padronizado a LME em

cobaias. (LAVERTY et al., 2004). Os resultados deste ensaio piloto forneceu evidências

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28

consistentes de que a injeção de polímeros inorgânicos em neurotrauma agudo pode ser uma

intervenção simples e útil durante a fase aguda do ferimento (LINDEN, 2010).

Com resultados promissores, em animais experimentais, estão agora a ser investigados

nos ensaios clínicos em LME, oriluzoleum bloqueador do canal de sódio e a minociclina, um

agente anti-inflamatório (BAPTISTE e FEHLINGS,2007). Entetanto, os agentes

neuroprotetores, por si só, podem ser insuficientes para promover a reparação em grande

LME, onde existe extensa perda de tecidos.

Em um modelo de rato LME (OKANO et al., 2003; HOFSTETTER et al., 2005 )

demonstrando que células estaminais adultas endógenas da medula espinal pode facilitar a

recuperação funcional, não totalmente eficiente, pois na fase aguda da LME "fase

inflamatória" devido à regulação positiva de citocinas inflamatórias, neurotransmissores

excitatórios e de radicais livres, prejudicam o transplante, por outro lado, promovem a

proliferação de células progenitoras endógenas; e a geração de substrato favorável para o

crescimento axonal e a própria vascularização (PARR et al., 2007; PARK et al., 2010; JUNG

et al.,2009; LIM et al., 2007). Na fase crônica, cerca de 2 semanas ou mais após a lesão, entra

na fase de formação de cicatriz da glia, o que também impede a regeneração axonal, portanto,

a fase subaguda da LME é considerado como a janela de tempo ótimo para o transplante.

O entusiasmo dos pesquisadores e as esperanças depositadas por uma parcela

considerável da população buscam poder um dia serem beneficiadas pelos avanços

alcançados na área da medicina regenerativa (ROWLAND et al., 2008a). Sendo que ainda são

necessárias muitas pesquisas e boa vontade políticas, éticas e morais para compor o cenário

ideal ao pleno desenvolvimento dessa nova área terapêutica. O tratamento de doenças

utilizando células-tronco ainda não é reconhecido como parte do arsenal terapêutico

clinicamente comprovado, pois ainda se considera experimental pela comunidade científica .

Ressalta-se, portanto, que o uso de células-tronco para essa finalidade encontra-se, neste

momento, restrito às pesquisas clínicas (DE e INSUMOS, 2010).

Não há ainda evidências conclusivas sobre quais tipos de células-tronco gliais ou

adultos são mais eficazes no tratamento da LME. A sua capacidade para incorporar na medula

espinhal danificada e de se diferenciarem em linhagens neurais, para exercer efeitos neuro-

protetores, regenerando axónios danificados, para melhorar os défices funcionais, ainda são

discutidos, como uma terapia única ou em combinação com outras estratégias (HERNÁNDEZ

et al., 2011).

Uma das perspectivas tentadoras é in situ, sem qualquer necessidade de cultura de

células ou de enxerto, transplantar diretamente, sem reproduzir o efeito induzido pela

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expansão e transplante de células estaminais neurais endógenas na promoção da

recuperação. Isso ofereceria uma terapia autóloga não-invasiva, que poderia contornar muitas

das limitações e riscos nas estratégias de transplante. No entanto, é difícil prever esse cenário

(BARNABÉ-HEIDER; FRISÉN, 2008; BHANOT et al., 2011).

4 PERSPECTIVAS E DESAFIOS TÉCNICOS

Na medicina veterinária o transplante de células-tronco de medula óssea pode ser um

tratamento promissor, confiável e seguro para as lesões na medula espinhal, aguda e crônica,

trata-se de uma terapia não muito cara e não muito trabalhosa para a veterinária, onde os

valores de cada aplicação custam, em média, a partir de R$ 1,2 mil.

Normalmente, se faz entre 1 a 3 aplicações, dependendo da doença e da gravidade,

baseada na morfologia dos tecidos, sendo os cães um modelo animal ideal para estudar as

patogêneses e os tratamentos das doenças debilitantes humanas (BOEKHOFF et al., 2012).

Muitos dados pré-clínicos atuais apoiam o transplante de células e estabelecem a reparação

em modelos animais LME (BARZAGA et al., 2016).

Na medicina humana, apesar do uso indiscriminado dessas terapias por parte de

clínicas espalhadas pelo mundo, vendendo o que pela ciência ainda não pode ser vendido sem

a comprovação de cura, o presente ainda é sombrio (TURNER, et al.2016), sendo os únicos

tratamentos com eficácia comprovados àqueles com o uso de célula-tronco no tratamento de

doenças do sangue.

Considera-se que mais trabalhos precisam ser realizados para determinar (a) o tipo

de célula que é o mais adequado para o transplante, (b), o tipo de célula que tem a maior

neurogênica, isto é, potencial de plasticidade, (c) o tipo de célula ou técnica de transplante

capaz de superar o microambiente hostil e facilitar a restauração de tecido neural

danificado(ANTONIC et al., 2013).

Entre as células estaminais utilizadas em procedimentos, estão aquelas com maior

probabilidade de sucesso terapêutico que são as CTMO (isolado a partir de medula óssea ou

de tecido adiposo do estroma mesenquimal) por sua capacidade em promover a reparação de

tecidos e ativação de fatores parácrinos, imunomodulação e percepção da célula na

sinalização homing.

Deve ser dada especial atenção à saúde do paciente: quanto mais comprometida e

crônica a lesão, mais difícil é a indução da ativação homing de células-tronco e da

subsequente reparação. Curiosamente, a melhoria no resultado sensorial, parecem estar

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30

ligados às diferenças de fatores relacionados com o tratamento (isto é, biologia das células

estaminais), enquanto os resultados ligados a função motora parece ser mais direta a fatores

relacionados com a lesão, sendo, portanto, os resultados positivos menos dependente das

características biológicas das células estaminais utilizadas e sim da lesão (ANTONIC et al.,

2013).

Deve-se considerar que qualquer forma de manipulação genética em células de

conversão em estados mais primitivos, desencadeia taxa de proliferação e, portanto, um

potencial mais elevado para a malignidade, mesmo com as técnicas de transfecções lentivirais

em ensaios de transferência nuclear realizados com células somáticas maduras podem resolver

o problema de fonte de células-tronco. No entanto, não resolvem o problema da formação de

tumores. Portanto, embora promissores, estas técnicas não estão ainda prontas para uso

generalizado (LINDEN, 2010).

Mesmo com estratégias mais sofisticadas para modificar células para certas

características genéticas, no desenvolvimento de fontes purificadas de células tronco

específicas para cada tipo de tecido estarem sendo testadas, muitas questões precisam ainda

de respostas (TETZLAFF; et al., 2011).

Desta forma, muitos esforços ainda são necessários para a determinação dos

mecanismos que promovem o homing celular para a utilização da terapia celular em medicina

veterinária ou humana.

Outra abordagem promissora, que está atualmente em desenvolvimento é o

recrutamento de células-tronco autólogas, que podem ser conduzidas para se diferenciar em

neurônios maduros, a fim de repovoar áreas danificadas (WEI et al., 2013; NISHIDA et al.,

2012).

Com essa técnica, as próprias células contém o reconhecimento sobre os fatores e as

cascatas de sinalização celular, no local da lesão, que posteriormente promovem a

diferenciação neuronal e eventualmente a restauração (LIM et al., 2007).

Por fim, a reorganização dos circuitos neurais locais, auxiliado pelo repovoamento do

tecido danificado com os neurônios recém-gerados (sejam implantados ou recrutados

localmente) é crucial para restaurar a função neural a mielinização para a passagem dos

pulsos nervosos (SILVA MEIRELLES, et al., 2006).

Os mecanismos para esse processo, e maneiras de interferir com ele, permanecem

largamente desconhecidos e exigem mais esclarecimentos. Talvez o próximo passo nesta

linha de pesquisa deve ser a utilização de combinações de diferentes transplantes de células

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estaminais, uma vez que foi demonstrado que cada tipo de célula é capaz de recuperar apenas

uma parte do tecido perdido.

Em outras palavras, nenhuma célula de um único tipo individual pode recuperar toda

uma região composta de células diferentes com diferentes funções (MARIANO et al., 2014).

Futuras investigações revelarão se as células-tronco do líquido amniótico realmente irão

representar um tipo intermediário com vantagens em relação tanto às células-tronco

embrionárias quanto às adultas somáticas (BYDLOWSKI; et al., 2009).

A descoberta de quatro fatores capazes de gerar uma célula pluripotente de células

somáticas adultas, fornecendo uma fonte ilimitada de células com a possibilidade de

desenvolver terapias autólogas no futuro (WEI et al., 2013). Embora as questões

anteriormente desconhecidos com CTEPi, como memória epigenética e senescência precoce,

estão sendo estudados, essas células continuam a ser uma estratégia terapêutica

chave (VASKOVA et al., 2013). Dados claros e inequívocos em relação a essa

transdiferenciação, ainda precisam ser obtidos para fundamentar a validade de tais terapias

(MAIA et al., 2012).

No Brasil, em 2005, foi aprovada a Lei de Biossegurança, a qual regulamenta o uso

das CTEs humanas para fins de pesquisa. Porém, sua obtenção é restrita aos embriões

congelados há mais de três anos, que seriam utilizados para fertilização in vitro, porém foram

inviáveis, com consentimento dos progenitores.

É de suma importância estabelecer normas para protocolos das técnicas de expansão

celular, critérios de qualidade do produto e controles de segurança que ainda não estão

disponíveis na maioria dos países.

Agências reguladoras do governo estão esperando ansiosamente por respostas

detalhadas a estas perguntas para possam estabelecer políticas de regulatórias para enfrentar

os desafios deste campo emergente para que, dessa forma avance rapidamente para beneficiar

os pacientes que sofrem por um grande número de doenças (DE e INSUMOS, 2010).

Observa-se que ainda faltam mais trabalhos com modelos de grande porte com lesões

medulares em cães e primatas para serem considerados essenciais para confirmar os

resultados experimentais obtidos em ratos (KIRKNESS., et al., 2003). Bem como nas lesões

crônicas (TETZLAFF., et al., 2011). Assim, é muito importante provar a eficácia do

transplante de células (NAKAMURA e OKANO, 2013);(ROWLAND et al., 2008b) e

extrapolar os resultados obtidos para a espécie humana,(SYKOVÁ; et al., 2006a), além de se

ter o cuidado em considerar algumas diferenças anatômicas, como por exemplo, a importância

dos tratos córtico-espinhal e rubro espinhal, em que nos humanos lesões no trato córtico-

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espinhal resulta em hemiparesia espástica grave, enquanto que, nos cães resultam apenas em

anormalidades leves de postura e marcha, perdas mais sutil do posicionamento e alteração na

resposta de saltar. Isso se deve ao fato de que em cães, ao contrário dos humanos, o trato

rubro espinhal é mais importante para realização da marcha (SARMENTO et al., 2014a).

5 CONCLUSÃO

A partir desse percurso de pesquisa, conclui-se que as agências reguladoras serão

primordiais a respeito das pesquisas clínicas e uso de células tronco, buscando em modelos

animais a caracterização de linhagens de células semelhantes aos seus equivalentes humanos,

sendo dessa forma aplicáveis, tanto na medicina veterinária, quanto na humana.

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