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MEDICAMENTO MAIS COMERCIALIZADO EM NANUQUE-MG PARA
DISFUÇÃO ERETIL
Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem – UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE
e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected]
Jorgiane Bolsanello Pignaton - Graduado em Enfermagem - UNEC, Especialista em Saúde Pública com Ênfase em
Saúde da Família - UNEC e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail -
Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia – Bioquímica e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador
do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque – e-mail -
Resumo: A Disfunção sexual é caracterizada por um distúrbio sexual devido a alterações fisiológica ou
psicológica de um determinado indivíduo que não consegue ter ou manter uma ereção satisfatória
adequada. Para elaboração desta pesquisa foi feito um levantamento bibliográfico sobre o tema, e uma
pesquisa de campo em 03 (Três farmácias) denominadas Farmácia A e B para quantificar e mensurar qual
ou quais medicamento são mais utilizados para tratamento da Disfunção Erétil em Nanuque-MG, no qual
obtivemos como resultado o Citrato de Sildenafila como medicamento mais comercializado e consumido
neste município para tratamento da DE
Palavras-Chave: Disfunção Eretil, Tratamento, Sidenafila
1. Introdução
A disfunção sexual é caracterizada por distúrbios no desejo sexual associados a alterações
psicofisiológicas e às mudanças no ciclo sexual. É considerada importante problema de saúde
pública nos Estados Unidos, afetando 43% das mulheres e 31% dos homens, com idade entre 18
anos e 59 anos (SOUZA et al., 2011).
A disfunção eretil - DE, é definida como a inabilidade persistente por um periodo mínimo
de 06 meses de obter e manter uma ereção firme o suficiente para permitir uma performance
sexual satisfatória (PARDINI et al., 2015).
A DE, apesar de não ser uma patologia letal, mas interefere na qualidade de vida,
interação social, bem como pode-ser um indicardor de doenças subjacentes relacionata ao
sistema cardiovascular (ABDO et al., 2006).
Os problemas decorrentes do próprio desgaste do organismo como doenças, problemas
familiares e financeiros, dentre outros, podem causar dificuldades sexuais (PARDINI et al.,
2015).
As causas da DE podem ser divididas em orgânicas, que possuem origem vascular,
neurogênica, endócrina, e causas psicogênicas, que estão relacionadas ao estresse emocional,
depressão (PARDINI et al., 2015).
Os fatores de risco mais comumente correlacionados à DE: hipertensão arterial sistêmica,
diabetes mellitus, cardiopatias, tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade, doenças
prostáticas, depressão e idade (ABDO et al., 2006).
2
Fatores socioeconômicos, tais como baixa renda e baixo grau de escolaridade,
desemprego e estado civil solteiro têm sido também associados à presença de dificuldades de
ereção (ABDO et al., 2006).
No Brasil, um estudo publicado por Abdo (2006) apud Alves et al., (2012), realizado em
18 grandes cidades em que foram entrevistados homens com idade acima dos 18 anos, mostrou
que a prevalência de DE na amostra foi de 45,1% (31,2% de DE mínima, 12,2% de DE
moderada e 1,7% de DE completa). Esta prevalência aumentou com a idade e na presença
concomitante de problemas como hipertensão arterial, diabetes e altera- ções na próstata, dentre
outros critérios.
Problemas de saúde podem dificultar a expressão da sexualidade, mas a correta
identificação e tratamento da DE podem garantir o desempenho sexual.
Objetivo desta pesquisa é mensurar quantitativamente o medicamento mais utilizando
para Disfução eretil no Municipio de Nanuque-MG.
2. Referencial
2.1 Disfução eretil
A DE está frequentemente associada a uma quantidade significativa de desordens
orgânicas e pode, em alguns casos, ser a manifestação inicial de um desses transtornos
A DE pode ser primária, quando existente desde a primeira experiência sexual, ou
secundária (adquirida). Em termos de etiologia, a DE tradicionalmente tem sido classificada
como sendo psicogênica, orgânica ou mista (orgânica e psicogênica). Como foi referido
anteriormente, já se acreditou no passado que quase todos os casos de DE eram causados por
fatores psicológicos. Atualmente se reconhece que mais de 80% dos casos de DE estão
significativamente associados com uma ou mais desordens orgânicas (SCHIAVINI e DAMIÃO,
2010).
Para Alves et al. 2012 a ereção é um evento neurovascular reflexo causado por diferentes
estímulos, que ativam a via NOGMPc e causam o intumescimento do pênis. A sexualidade
contribui para a saúde e o bem-estar do ser humano. A DE é uma doença que afeta
significantemente a autoestima do homem e a relação com seus parceiros, causando prejuízo na
qualidade de vida sendo necessário o tratamento psicológico e farmacológico. Entretanto, as
terapias disponíveis ainda não são eficazes em todos os pacientes devendo ser investigadas novas
alternativas terapêuticas.
Para que aconteça a ereção óxido nítrico - NO promova a ereção através do relaxamento
da musculatura lisa principalmente dos corpos cavernosos para que o sangue flua e o encha de
sangue. Seu mecanismo de ação consiste na ativação da adenilato ciclase, provocando, assim, o
aumento do monofosfato de guanosina cíclico - GMPc, intracelular, que através de cascatas
bioquímicas promove o relaxamento do músculo liso. O NO é sintetizado a partir da L-arginina
pela enzima oxido nítrico sintase (NOS). A NOS existe sob a forma constitutiva e induzível. A
presença de óxido nítrico garante a permanência da ereção. As condições são diferentes,
incluindo hipóxia e condições, ácido-basic extremas, ou outras formas mecânicas que podem
levar à disfunção erétil pela regulação defeituosa de NOS (MAIA et al., S. D)
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Dados de dois grandes estudos nacionais, de 2001 e 2006, revelaram que no Brasil 45%
da população maior de 18 anos apresenta algum grau de DE (SOUZA et al., 2011).
A DE aumenta com a idade. Resultados do Health Professionals Follow-up Study
(HPFS)10, que avaliou a influência da idade no comportamento sexual de norte-
americanos, revelaram que na faixa dos 50-59 anos, 10% julgam sua função erétil ruim
ou muito ruim, enquanto na faixa dos 70-79 anos esse número aumentou para 47%10.
Outro estudo revelou que 5% dos homens de 40 anos e 15% daqueles com 70 anos têm
DE completa. Além dos distúrbios de ereção, o desejo sexual também diminui com a
idade, afetando 8% dos homens na quinta década de vida e cerca de 30% dos
septuagenários (SOUZA et al., 2011).
2.2 Causas da Disfunção eretil
Pode ser neurológica, endócrina, psicogênica, farmacogênica ou vascular, sendo esta
última a forma mais comum de problemas de ereção, diretamente associada ao estilo de vida
(SOUZA et al., 2011).
O exercício físico tem sido indicado no tratamento das doenças cardiovas culares , pulmonares e musculoesqueléticas, entretanto, a maioria dos estudos tem priorizado o efeito do exercício em diversas disfunções metabólicas, dando pouca ou nenhuma atenção à
função sexual (SOUZA et al., 2011).
O aumento de peso, independentemente de outros fatores de risco, prediz piores escores
em diversos domínios da função sexual como desejo, ereção, ejaculação e satisfação13. No
estudo Health Professionals Follow-up Study10, homens com IMC>28,7kg/m² apresentavam
risco 30% maior para DE do que aqueles com IMC (SOUZA et al., 2011).
Relação entre fumo e DE entre homens de 31-49 anos. A amostra consistiu de 4462
homens, com 45% deles tabagistas regulares. Após avaliação, observou-se similar
prevalência dos fatores de risco vascular associados à impotência. A DE foi de 3,7%
entre os fumantes e de 2,2% entre os não fumantes (p=0,005), com risco relativo para
DE de 1,5 (95%IC, 1,2-2,6), mesmo sem levar em consideração a quantidade de cigarro
ou os anos de uso(SOUZA et al., 2011).
Diabete e a DE, Existem duas formas clínicas da diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) e o tipo
2 (DM2). "A primeira é aquela em que as células beta-pancreáticas são destruídas, causando
deficiência na produção de insulina, e pode ser considerada uma doença autoimune. Essa forma
da doença encontra-se presente em 5% a 10% do total de casos registrados" (OLIVEIRA et al.,
2016).
Em meta-análise com 9123 pacientes diabéticos tipos 1 e 2, mostraram que o pobre
controle glicêmico estava associado ao desenvolvimento de doenças vasculares
periféricas, cerebrais e coronarianas. Estas se caracterizam por doença inflamatória,
sistêmica e silenciosa, resultantes das alterações no endotélio. Pelo fato de a artéria
peniana medir praticamente a metade da artéria coronária, a irrigação do pênis pode
apresentar obstrução no lúmen antes da manifestação de angina do peito28. A obstrução
da artéria peniana é um dos principais causadores da disfunção erétil (SOUZA et al.,
2011).
Tabela 1: Fatores de reisco e doenças associada à DE
Envelhecimento e Doenças Crônicas Maus hábitos, Iatrogenias e outros fatores
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Envelhecimento (declínio de funções
fisiológicas)
Abuso de álcool e drogas
Depressão Tabagismo
Diabete Melito Obesidade
Hipertensão Arterial Baixos níveis de atividade física
Hiperlipidemia Medicações
Coronariopatias Cirurgias pélvicas (próstata, bexiga, reto,
vascular)
Doenças vasculares periféricas Trauma (medula espinhal, pélvico, perineal)
Doenças crônicas (ex. insuf. renal crônica)
D. neurológicas (ex. esclerose múltipla)
Endocrinopatias (hipo/hipertireoidismo,
hiperprolactinemia, hipogonadismo)
Doença de Peyronie, Priapismo
Fonte: SCHIAVINI e DAMIÃO (2010)
Tabela2: Medicamento assocaidos à disfunção erétil
Digoxina Álcool
Diuréticos tiazídicos Drogas ilícitas
Antidepressivos Bloqueadores dos receptores H2-
Antiandrogénios Agentes antidislipidêmicos
Anti-hipertensivos Medicamentos citotóxicos
Antipsicóticos citotóxicos C
Fonte: SCHIAVINI e DAMIÃO (2010)
Atualmente, as pessoas podem recorrer a intervenções medicamentosas ou a tratamentos
terapêuticos, dietas e exercícios para resolver esses impasses relacionado a Disfunção Eretil
(PARDINI et al., 2015).
2.3 Medicamentos utilizados para Tratamento da disfução eretil
A flacidez peniana é resultante de um estado relativamente elevado do tônus simpático.
Os músculos lisos no corpo cavernoso estão em um estado de contração, e o fluxo de sangue no
corpo cavernoso é relativamente baixo, com fluxo venoso igual. A estimulação sexual resulta em
liberação neuromediada não adrenérgica, não colinérgica do óxido nítrico no interior do corpo
cavernoso. O óxido nítrico combina- -se com a enzima guanilato ciclase nas células da
musculatura lisa para a produção de GMP cíclico (GMPc); este, por sua vez, provoca o
relaxamento da musculatura lisa, tornando possível a ereção. GMPc é degradado num processo
que envolve a enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5). Isto ocorre para evitar que o pênis fique
ereto permanentemente (SCHIAVINI e DAMIÃO, 2010).
5
Dentre as opções terapêuticas disponíveis estão os inibidores de Fosfodiesterase do tipo .
Constituem a terapia oral mais utilizada atualmente, promovendo o relaxamento da célula
muscular do tecido cavernoso, condição necessária para obtenção da ereção. Atualmente
possuem registro no Brasil a lodenafila na dose de 80 mg, a Sildenafila nas doses de 25, 50 e 100
mg, a Vardenafila nas doses de 5, 10 e 20 mg e a Tadalafila na dose de 20 mg (PARDINI et al.,
2015).
A substância que elimina a ação do óxido nítrico é a fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5). As
medicações que combatem a disfunção erétil são todas inibidoras da PDE-5.
O citrato de sildenafila (Viagra) é um potente inibidor da PDE-5. Ao inibir essa enzima, o
citrato de sildenafila resulta em maiores concentrações de GMPc, melhoria do relaxamento do
músculo liso e ereções mais fáceis de obter, mais consistentes e prolongadas, desde que a
estimulação sexual esteja presente, em primeiro lugar (SCHIAVINI e DAMIÃO, 2010).
Há, no mercado, outros três inibidores da PDE-5, a vardenafila (Levitra da Bayer), a
tadalafila (Cialis da Lilly) e a lodenafila (Helleva da Cristália). Têm, basicamente, o mesmo
mecanismo de ação do citrato de sildenafila, diferindo em aspectos farmacocinéticos e
farmacodinâmicos (SCHIAVINI e DAMIÃO, 2010).
Injeção peniana o paciente usa uma agulha pequena (27 a 30 gauge) para injetar uma dose
de droga vasoativa ou mistura de drogas em um de seus corpos cavernosos. Como o septo entre
os dois corpos cavernosos é incompleto, uma substância injetada em um dos corpos cavernos
atinge ambos os corpos, que irão ficar eréteis. Existem, nos Estados Unidos, duas drogas para
injeção peniana: alprostadil (Caverject, Pharmacia & Upjohn) e alprostadil como um complexo
alfadex (Edex, Schwarz Pharma) (SCHIAVINI e DAMIÃO, 2010).
2.3.1 Sitrato de Sidenafila
Medicamento disponivel em 25mg, 50mg e 100mg, está indicado para o tratamento da
disfunção erétil, que se entende como sendo a incapacidade de atingir ou manter uma ereção
suficiente para um desempenho sexual satisfatório. É necessário estímulo sexual. Não é indicado
para o uso em mulheres (BUMERAD, 2013).
Está contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a
qualquer componente da fórmula. Potencializa o efeito hipotensor dos nitratos de uso agudo ou
crônico, estando, portanto, contraindicada a administração a pacientes usuários de qualquer
forma doadora de óxido nítrico, nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos; tanto os de uso
frequente quanto os de uso intermitente (BUMERAD, 2013).
Principais efeitos colaterais: As reações adversas mais comumente relatadas foram
cefaleia e rubor, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes. As reações adversas estão
listadas por sistemas e órgãos e classificadas pela frequência. As frequências são definidas como:
reação muito comum (> 1/10) e reação comum (> 1/100 e < 1/10) (BUMERAD, 2013).
Sistema Nervoso: Muito Comuns: cefaleia (sildenafila: 10,8% vs placebo: 2,8%).
Comuns: tontura (sildenafila: 2,9% vs placebo: 1,0%) (BUMERAD, 2013).
Vascular: Muito Comuns: vasodilatação (rubor) (sildenafila: 10,9% vs placebo: 1,4%).
Ocular: Comuns: visão anormal (visão turva, sensibilidade aumentada à luz) (sildenafila: 2,5%
vs placebo: 0,4%) e cromatopsia (leve e transitória, predominantemente distorção de cores)
(sildenafila: 1,1% vs placebo: 0,03%) (BUMERAD, 2013).
6
Cardíaco: Comuns: palpitação (sildenafila: 1,0% vs placebo: 0,2%).
Respiratório, torácico e mediastinal: Comuns: rinite (congestão nasal) (sildenafila: 2,1%
vs placebo: 0,3%) (BUMERAD, 2013).
Gastrintestinal: Comuns: dispepsia (sildenafila: 3,0% vs placebo: 0,4%).
Nas doses acima da variação de dose recomendada, eventos adversos foram semelhantes àqueles
detalhados acima, mas foram relatados com mais frequência.
Após a análise de estudos clínicos duplo-cegos, placebo-controlados, envolvendo mais de 700
pessoas-ano utilizando placebo e mais de 1300 pessoas-ano tratadas com sildenafila, observou-se
que não há diferenças entre a taxa de incidência de infarto do miocárdio e a taxa de mortalidade
cardiovascular quando os pacientes tratados com sildenafila foram comparados àqueles
recebendo placebo. A taxa de incidência de infarto do miocárdio foi de 1,1 por 100 pessoas-ano,
para homens recebendo tanto placebo quanto sildenafila. E a taxa de incidência de mortalidade
cardiovascular foi de 0,3 por 100 pessoas-ano, para homens recebendo tanto placebo quanto
sildenafila (BUMERAD, 2013).
Propriedades Farmacodinâmicas: A sildenafila sob a forma de sal citrato, é uma
terapêutica oral para a disfunção erétil. A sildenafila é um inibidor seletivo da fosfodiesterase-5
(PDE-5), específica do monofosfato de guanosina cíclico (GMPc). Mecanismo de Ação - o
mecanismo fisiológico responsável pela ereção do pênis envolve a liberação de óxido nítrico nos
corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido nítrico ativa a enzima guanilato ciclase,
que por sua vez induz um aumento dos níveis de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc),
produzindo um relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos, permitindo o influxo de
sangue. A sildenafila não exerce um efeito relaxante diretamente sobre os corpos cavernosos
isolados de humanos, mas aumenta o efeito relaxante do óxido nítrico através da inibição da
fosfodiesterase-5 (PDE-5), a qual é responsável pela degradação do GMPc no corpo cavernoso.
Quando a estimulação sexual causa a liberação local de óxido nítrico, a inibição da PDE-5
causada pela sildenafila aumenta os níveis de GMPc no corpo cavernoso, resultando no
relaxamento da musculatura lisa e no influxo de sangue nos corpos cavernosos. A sildenafila, nas
doses recomendadas, não exerce qualquer efeito sobre a ausência de estimulação sexual. Estudos
in vitro mostraram que a sildenafila é seletiva para a PDE-5. Seu efeito é mais potente para a
PDE-5 quando comparado a outras fosfodiesterases conhecidas (10 vezes para a PDE-6, > 80
vezes para a PDE-1 e > 700 vezes para a PDE-2, PDE-3, PDE-4, PDE- 7 e PDE-11). A
seletividade da sildenafila, aproximadamente 4000 vezes maior para a PDE-5 versus a PDE-3, é
importante, uma vez que a PDE-3 está envolvida no controle da contratilidade cardíaca
(BUMERAD, 2013).
Propriedades Farmacocinéticas A sildenafila apresenta uma farmacocinética dose-
proporcional, dentro do intervalo de doses recomendadas. A sildenafila é eliminada
predominantemente através do metabolismo hepático (principalmente via citocromo P450 3A4),
e é convertida a um metabólito ativo com propriedades semelhantes à sildenafila inalterada.
Absorção - A sildenafila é rapidamente absorvida após administração oral, apresentando uma
biodisponibilidade absoluta média de 41% (variando entre 25 - 63%). A sildenafila, a uma
concentração equivalente a 3,5 nM, inibe em 50% a atividade da enzima humana PDE-5, in
vitro. Em homens, a média da concentração plasmática máxima de sildenafila livre, após a
administração de uma dose única oral de 100 mg, é de aproximadamente 18 ng/mL ou 38 nM.
As concentrações plasmáticas máximas observadas são atingidas de 30 a 120 minutos (em média
60 minutos) após uma dose oral, em jejum. Quando a sildenafila é administrada com uma
refeição rica em lípides, a taxa de absorção é reduzida, verificando-se um atraso médio de 60
7
minutos no Tmáx e uma redução média de 29% na Cmáx, contudo, a extensão de absorção não
foi significativamente afetada (ASC reduzida em 11%). Distribuição - O volume médio de
distribuição da sildenafila no estado de equilíbrio (steady-state) é de 105 litros, indicando sua
distribuição nos tecidos. A sildenafila e o seu principal metabólito circulante, o N-desmetil,
apresentam uma ligação às proteínas plasmáticas de aproximadamente 96%. A ligação proteica é
independente da concentração total do fármaco. Com base nas medidas de sildenafila no sêmen
de voluntários sadios, foi demonstrado que menos de 0,0002% (em média 188 ng) da dose
administrada estava presente no sêmen, 90 minutos após a administração do fármaco.
Metabolismo: A sildenafila sofre depuração hepática principalmente pelas isoenzimas
microssomais CYP3A4 (via principal) e CYP2C9 (via secundária). O principal metabólito
circulante, que mais tarde também é metabolizado, resulta da N-desmetilação da sildenafila. Esse
metabólito apresenta perfil de seletividade para as fosfodiesterases semelhante a da sildenafila e
potência de inibição in vitro para a PDE-5 de aproximadamente 50% da verificada para o
fármaco inalterado. As concentrações plasmáticas desse metabólito são de aproximadamente
40% da verificada para a sildenafila em voluntários sadios. O metabólito N-desmetil é
amplamente metabolizado, apresentando meia-vida terminal de aproximadamente 4 h.
Eliminação: O clearance total da sildenafila é de 41 L/h, com meia-vida terminal de 3-5 horas.
Após administração oral ou intravenosa, a sildenafila é excretada sob a forma de metabólitos,
predominantemente nas fezes (aproximadamente 80% da dose oral administrada) e em menor
quantidade na urina (aproximadamente 13% da dose oral administrada) (BUMERAD, 2013).
2.3.2 Cloridrato de vardenafila
É apresentado na forma de comprimidos revestidos, nas dosagens de 5 mg, 10 mg e 20
mg. É indicado para pacientes com disfunção erétil, isto é, incapacidade de alcançar ou manter
suficiente ereção do pênis para obter uma relação sexual satisfatória. Deve ser ingerido no
máximo uma vez por dia, cerca de 25 a 60 minutos antes da atividade sexual. não é indicado para
uso em mulheres e crianças (MIMURA, 2016).
Reações adversas: As reações adversas mais comuns são: dor de cabeça, vermelhidão
da face, indisposição estomacal, náuseas, tontura e congestão nasal. As reações adversas menos
comuns são: sonolência, aumento de lacrimejamento e alterações visuais, pressão
arterial alta, pressão arterial baixa e queda da pressão ao levantar repentinamente, falta de ar,
sangramento nasal, testes de função hepáticaanormais, inchaço na face, reação de
fotossensibilidade, dores nas costas, aumento da creatinina fosfoquinase no sangue, dor
muscular, hipersensibilidade, ansiedade, desmaio, convulsão, perda da memória geral
temporária, aumento da pressão intra-ocular, dor no peito, infarto do
miocárdio, inchaço na garganta, rigidez muscular, ereção aumentada
e ereção involuntária dolorosa e persistente do pênis (MIMURA, 2016).
Propriedades Farmacodinâmicas: A ereção do pênis é um processo hemodinâmico
baseado no relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso e das respectivas arteríolas.
Durante o estímulo sexual, as terminações nervosas do corpo cavernoso liberam óxido nítrico
(NO), ativando a enzima guanilato-ciclase, o que resulta no aumento do nível de monofosfato
cíclico de guanosina (GMPc) no corpo cavernoso. Isso, por sua vez, desencadeia o relaxamento
do músculo liso, permitindo o aumento do influxo de sangue no pênis (MIMURA, 2016).
O nível efetivo de GMPc depende por um lado da taxa de síntese via guanilato-ciclase e,
por outro, da taxa de degradação das fosfodiesterases (PDEs) hidrolisadoras de GMPc. A PDE
8
predominante no corpo cavernoso humano é a fosfodiesterase de tipo 5 (PDE5), específica para
GMPc (MIMURA, 2016).
Ao inibir a PDE5, a enzima responsável pela degradação de GMPc no corpo cavernoso, a
vardenafila potencialmente eleva o efeito do NO endógeno liberado localmente no corpo
cavernoso em função da estimulação sexual. A inibição cloridrato de vardenafila de PDE5 pela
vardenafila conduz à elevação dos níveis de GMPc no corpo cavernoso, resultando em
relaxamento da musculatura lisa e influxo de sangue no corpo cavernoso. Portanto, a vardenafila
potencializa a resposta natural à estimulação sexual. Estudos em preparados enzimáticos
purificados mostraram que vardenafila é um inibidor altamente seletivo e muito potente da
PDE5, com CI50 de 0,7 nM para PDE5 humana (MIMURA, 2016).
O efeito inibidor de vardenafila é mais potente sobre a PDE5 que sobre outras
fosfodiesterases conhecidas (>15 vezes que sobre PDE6, >130 vezes que sobre PDE1, >300
vezes que sobre PDE11 e >1.000 vezes que sobre PDE2, 3, 4, 7, 8, 9 e 10). In vitro, vardenafila
causa elevação de GMPc no corpo cavernoso humano isolado, resultando em relaxamento
muscular. Em coelhos conscientes, vardenafila causa ereção peniana dependente da síntese
endógena de óxido nítrico, sendo potencializado por doadores de óxido nítrico (MIMURA,
2016).
Propriedades Farmacocinéticas: Após administração oral, vardenafila é absorvida
rapidamente. A Cmax já pode ser atingida após 15 minutos; em 90% dos casos a Cmax é
atingida em 30 a 120 minutos (média: 60 minutos) após administração oral em jejum.
Devido ao considerável efeito de primeira passagem, a biodisponibilidade oral absoluta média é
de aproximadamente 15%. Após administração oral de vardenafila, a AUC e a Cmax aumentam
quase proporcionalmente à dose em toda a faixa de dosagem recomendada (5-20 mg)
(MIMURA, 2016).
Quando se ingere vardenafila com uma refeição altamente gordurosa (contendo 57%
de gordura) a taxa de absorção é reduzida, com um aumento de Tmáx de 60 minutos e uma
redução média de 20% na Cmáx. A AUC de vardenafila não foi afetada. Após uma refeição
normal (contendo 30% de gordura), nenhum dos parâmetros farmacocinéticos de vardenafila
(Cmáx, Tmáx e AUC) foi afetado. Tendo em vista estes resultados, vardenafila pode ser ingerida
com ou sem alimentos (MIMURA, 2016).
2.3.3 Tadalafila
Disponivel em dose 20mg ou 5mg (diário). Tadalafila 20mg é indicado para o tratamento
da disfunção erétil. Tadalafila 5mg DIÁRIO é indicado para o tratamento da disfunção erétil e
indicado para o tratamento dos sinais e sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB) em
homens adultos incluindo aqueles com disfunção erétil (PREDA, 2014).
Mais de 1.000 pacientes foram tratados por mais de um ano e mais de 1.300 pacientes
foram tratados por mais de 6 meses. Em estudos clínicos placebo-controlados de fase 3, a taxa de
descontinuação devido a eventos adversos em pacientes tratados com tadalafila foi de 3,1%,
comparada a 1,4% de pacientes tratados com placebo. Nestes estudos, os eventos adversos
relatados com tadalafila foram geralmente leves ou moderados, transitórios e diminuíram com a
continuação do tratamento (PREDA, 2014).
9
Nos estudos clínicos, os seguintes eventos adversos foram relatados:
Reação Muito Comum (> 10%): dor de cabeça;
Reação Comum (> 1% e < 10%): dor lombar, tontura, dispepsia, rubor facial, mialgia e
congestão nasal;
Reação Incomum (> 0,1% e < 1%): hiperemia conjuntival, sensações descritas como dor no olho,
inchaço das pálpebras e dispneia;
Reação Muito Rara (< 0,01%): Corpo Como um Todo: reações de hipersensibilidade, incluindo
erupção cutânea, urticária, edema facial, síndrome de Stevens-Johnson e dermatite esfoliativa
(PREDA, 2014).
Características farmacológicas: É um tratamento oral para disfunção erétil, é um
inibidor reversível, potente e seletivo da guanosina monofosfato cíclica (GMPc) - fosfodiesterase
específica tipo 5 (PDE5). A tadalafila tem fórmula empírica C22H19N3O4 representando um
peso molecular de 389,41. O nome químico é pirazino [1′,2′:1,6]pirido[3,4-b]indol-1,4-diona, 6-
(1,3-benzodioxol-5-il)-2,3,6,7,12,12a-hexahidro-2-metil-, (6R,12aR). É um sólido cristalino
praticamente insolúvel em água e muito pouco solúvel em etanol (PREDA, 2014).
Propriedades Farmacodinâmicas: quando a estimulação sexual causa a liberação local de
óxido nítrico, a inibição da PDE5 pela tadalafila produz níveis elevados de GMPc no corpo
cavernoso. Isso resulta no relaxamento da musculatura lisa e na entrada de sangue nos tecidos
penianos, produzindo uma ereção. A tadalafila não tem efeito na ausência de estimulação sexual
(PREDA, 2014).
Estudos in vitro mostraram que tadalafila é um inibidor seletivo da PDE5, encontrada na
musculatura lisa do corpo cavernoso, próstata e bexiga, bem como em musculatura lisa vascular
e visceral, musculoesquelético, plaquetas, rins, pulmões, cerebelo e pâncreas. O efeito da
tadalafila é mais potente sobre a PDE5 que sobre outras fosfodiesterases. A tadalafila é mais que
10.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE1, PDE2, PDE4 e PDE7, enzimas que
são encontradas no coração, cérebro, vasos sanguíneos, fígado, leucócitos, tecido
musculoesquelético e outros órgãos. A tadalafila é mais que 10.000 vezes mais potente para
PDE5 que para PDE3, uma enzima encontrada no coração e vasos sanguíneos. Esta seletividade
para a PDE5 sobre PDE3 é importante porque PDE3 é uma enzima envolvida na contratilidade
cardíaca. Adicionalmente, a tadalafila é aproximadamente 700 vezes mais potente para PDE5
que para PDE6, uma enzima encontrada na retina e que é responsável pela foto transdução. A
tadalafila é também mais que 9.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE 8, 9 e 10;
e 14 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE11. A distribuição nos tecidos e os efeitos
fisiológicos da inibição da PDE8 até PDE11 não foram esclarecidos (PREDA, 2014).
Propriedades Farmacocinéticas: Absorção: a tadalafila é rapidamente absorvida após
administração oral e a concentração plasmática máxima média observada (Cmáx) é atingida num
tempo médio de 2 horas após a administração. A biodisponibilidade absoluta da tadalafila após
dose oral não foi determinada (PREDA, 2014).
A velocidade e extensão da absorção da tadalafila não são influenciadas pela alimentação,
portanto, Tadalafila pode ser tomado com ou sem alimento. O período da administração (manhã
versus noite) não teve efeitos clinicamente relevantes sobre a velocidade e extensão da absorção
(PREDA, 2014).
Distribuição: o volume de distribuição médio é de aproximadamente 63 litros, indicando
que a tadalafila é distribuída nos tecidos. Em concentrações terapêuticas, 94% da tadalafila está
10
ligada às proteínas plasmáticas. Menos de 0,0005% da dose administrada aparece no sêmen de
indivíduos sadios (PREDA, 2014).
Metabolismo: a tadalafila é predominantemente metabolizada pelo citocromo P450
(CYP) isoforma 3A4. O maior metabólito circulante é a glucuronida metilcatecol. Este
metabólito é pelo menos 13.000 vezes menos potente que a tadalafila para PDE5.
Consequentemente, não é esperado que seja clinicamente ativo nas concentrações observadas
dos metabólitos (PREDA, 2014).
Eliminação: o clearance oral médio para a tadalafila é 2,5 L/h, e a meia-vida média é de
17,5 horas em indivíduos sadios. A tadalafila é excretada predominantemente como metabólitos,
principalmente nas fezes (aproximadamente 61% da dose) e, em menor extensão, na urina
(aproximadamente 36% da dose).
Os parâmetros farmacocinéticos da tadalafila em indivíduos sadios são lineares com
respeito ao tempo e à dose. Num intervalo de dose de 2,5 a 20 mg, a exposição (área sob a curva
- AUC) aumenta proporcionalmente com a dose. As concentrações plasmáticas no estado de
equilíbrio são alcançadas dentro de 5 dias de dose única diária. A farmacocinética determinada
em uma população de pacientes com disfunção erétil é similar à farmacocinética em indivíduos
sem disfunção erétil (PREDA, 2014).
2.3.4 Injeções intracavernosas - alprostadil
Pó liofilizado injetável 10 mcg ou 20 mcg de alprostadil. É indicado para o tratamento da
disfunção erétil de etiologia neurogênica, vasculogênica, psicogênica ou mista.
Reações adversas / Efeitos colaterais: Dor Peniana: A reação adversa mais frequente
após a injeção intracavernosa de Caverject® é dor peniana de intensidade de leve a moderada,
relatada em aproximadamente 11% das auto-injeções por homens nos estudos clínicos. Foi
relatada pelo menos uma vez em cerca de um terço de todos os pacientes, embora apenas 3% dos
pacientes descontinuaram ou uso por este motivo. Fibrose peniana, inclusive angulação, nódulos
fibróticos e doença de Peyronie foram relatadas em 3% dos pacientes de ensaios clínicos gerais.
No entanto, em um estudo de auto-injeção no qual o tempo de uso foi de até 18 meses, a
incidência de fibrose peniana foi de cerca de 8% (BUMERAD, 2015).
Hematoma/Equimose no local da injeção: em 3% dos pacientes foi relatado hematoma no
local da injeção e, em 2% dos pacientes, equimose no local da injeção; ambos os eventos foram
relacionados a erros na técnica de aplicação. Assim, a orientação adequada do paciente na
técnica de autoaplicação é importante para minimizar o potencial de ocorrência de
hematoma/equimose (BUMERAD, 2015).
Ereção Prolongada/Priapismo: ereção prolongada (definida como uma ereção que dura de
quatro a seis horas) após a administração intracavernosa de Caverject® foi relatada em 4% dos
pacientes. A frequência de priapismo (definido como ereção persistente e dolorosa do pênis) foi
de 0,4% (consulte seção 4.4. Avisos e precauções especiais para uso). Na maioria dos casos,
ocorreu detumescência espontânea (BUMERAD, 2015).
Para minimizar as chances de ereção prolongada ou priapismo, Caverject® deve ser
titulado lentamente com a menor dose efetiva (vide “Posologia”). Os pacientes devem ser
instruídos a relatar imediatamente para seu médico, ou se este não estiver disponível, procurar
imediatamente assistência médica caso a ereção persistir por mais de 4 horas. Se o priapismo não
11
for tratado imediatamente, podem ocorrer danos no tecido peniano e perda permanente da
potência (BUMERAD, 2015).
As seguintes reações adversas locais foram relatadas por menos de 1% dos pacientes em
estudos clínicos após a injeção intracavernosa de Caverject®: balanite, hemorragia no local da
injeção, inflamação no local da injeção, prurido no local da injeção, inchaço no local da injeção,
edema no local da injeção, sangramento uretral, calor peniano, dormência, infecção por fungos,
irritação, sensibilidade, fimose, prurido, eritema, vazamento venoso, ereção dolorosa e
ejaculação anormal (BUMERAD, 2015).
Reações Adversas Sistêmicas: as seguintes reações adversas sistêmicas foram julgadas
pelo investigador como possivelmente relacionados ao uso de Caverject®, foram relatados por
menos de 1% dos pacientes em estudos clínicos: dor testicular, doença escrotal (vermelhidão,
dor, espermatocele), edema escrotal, hematúria, transtorno testicular (calor, inchaço, massa,
espessamento), micção prejudicada, frequência urinária, urgência urinária, dor pélvica,
hipotensão, vasodilatação, doença vascular periférica, extrassístoles supraventricular, reação
vasovagal, hipoestesia, fraqueza não generalizada, sudorese, erupção cutânea, prurido em local
não aplicado, náuseas, boca seca, aumento da creatinina sérica, cãibras nas pernas e midríase
(BUMERAD, 2015).
Alterações hemodinâmicas manifestadas como uma diminuição da pressão sanguínea em
doses superiores a 20 microgramas e aumento da frequência cardíaca em doses superiores a 30
microgramas, foram observadas durante os estudos clínicos e pareceram ser dependentes da
dose. No entanto, estas alterações foram, em geral, clinicamente sem importância, apenas três
pacientes interromperam o tratamento por causa de hipotensão sintomática (BUMERAD, 2015).
Características farmacológicas: Propriedades Farmacodinâmicas
Alprostadil é a forma natural de prostaglandina E1 (PGE1). O alprostadil tem uma grande
variedade de ações farmacológicas; a vasodilatação e a inibição da agregação de plaquetária são
os mais notáveis entre esses efeitos. Na maioria das espécies animais testadas, alprostadil relaxa
o retrator do pênis e o corpo cavernoso da uretra in vitro. Alprostadil também relaxa as partes
isoladas do corpo humano cavernoso e esponjoso, bem como segmentos arteriais cavernosos
contraídos por noradrenalina ou PGF2α in vitro. Nos macacos rabo-de-porco
(Macaca nemestrina), alprostadil aumentou o fluxo sanguíneo arterial cavernoso in vivo. O grau
e duração do relaxamento do músculo liso cavernoso neste modelo animal foi dose dependente.
O alprostadil induz a ereção com o relaxamento do músculo liso trabecular e pela dilatação das
artérias cavernosas. Isto leva à expansão dos espaços lacunares e aprisionamento de sangue por
compressão das vénulas contra a túnica albugínea, um processo referido como o mecanismo
veno-oclusivo corporal (BUMERAD, 2015).
Propriedades Farmacocinéticas: Absorção: para o tratamento de disfunção eréctil,
alprostadil é administrado por injeção no corpo cavernoso. A biodisponibilidade absoluta de
alprostadil não foi determinada (BUMERAD, 2015).
Distribuição: após a injeção intracavernosa de 20 microgramas de alprostadil, as
concentrações plasmáticas periféricas de alprostadil aos 30 e 60 minutos após a injeção (89 e 102
picogramas/mililitro, respectivamente) não foram significativamente maiores do que os níveis
basais de alprostadil endógeno (96 picogramas/mililitro). O alprostadil está ligado ao plasma,
principalmente à albumina (81% ligação) e em menor grau IV-4 fração α- globulina (55%
ligação). Nenhuma ligação significativa às eritrócitos ou glóbulos brancos foi observada
(BUMERAD, 2015).
12
Metabolismo: O alprostadil é rapidamente convertido em compostos que são
metabolizados antes da sua excreção. Após a administração intravenosa, aproximadamente 80%
do alprostadil em circulação é metabolizado em uma única passagem pelos pulmões,
principalmente por β e Ω oxidação. Então, qualquer alprostadil que entrar na circulação
sistêmica após injeção intracavernosa é muito rapidamente metabolizado. Os metabólitos
principais do alprostadil 15-ceto-PGE1, 15-ceto-13,14 dihidro-PGE1 e 13,14-dihidro-PGE1. Em
contraste ao 15-ceto-PGE1 e 15-ceto-13,14-dihidro-PGE1, que não tem atividade biológica
quase completa, o 13,14-dihidro-PGE1 mostrou baixar a pressão arterial e inibir a agregação
plaquetária. Após a administração intravenosa ou intra-arterial do alprostadil, os níveis deste
metabolito estavam na mesma ordem de grandeza que aqueles de PGE1, enquanto os níveis de
15-ceto-13,14-dihidro-PGE1, o principal metabólito em circulação, foram mais de 10 vezes
superiores. O 15-ceto-PGE1 no plasma permaneceu indetectável ao longo do período de
observação. Após a injeção intracavernosa de 20 microgramas de alprostadil, os níveis
periféricos do principal metabólito em circulação, 13,14-dihidro-15-oxo-PGE1, aumentaram para
atingir o pico 30 minutos após a injeção e retornaram aos níveis pré-dose aos 60 minutos após a
injeção enquanto os níveis periféricos de alprostadil não foram significativamente maiores que
os níveis basais. As concentrações de 13,14-dihidro-PGE1no plasma não foram determinadas
(BUMERAD, 2015).
Eliminação: os metabólitos de alprostadil são excretados principalmente pelos rins, com
quase 90% da dose administrada intravenosa excretada na urina nas 24 horas após a dose. O
restante da dose é excretado nas fezes. Não há evidência de retenção de alprostadil no tecido ou
de seus metabólitos após a administração intravenosa. Em homens saudáveis, 70% a 90% do
alprostadil é extensivamente extraído e metabolizado em uma única passagem pelos pulmões,
resultando em uma meia-vida metabólica de menos de um minuto (BUMERAD, 2015).
3. Procedimentos Metodológicos
A metodologia utilizada compreendeu revisão bibliográfica, com base em artigos de
relevância sobre o tema, onde foram consultados e analisados artigos retirados das bases de
dados da scielo, literatura latino-americana e do caribe em ciências da saúde (lilacs),
medlarsonline (medline – literatura internacional em ciências da saúde) e
scientificelectroniclibrary online (scielo) e uma pesquisa de campo em duas farmácias do
Municipio de Nanuque com ituito de quantificar qual é o medicamento mais comercializado para
disfução eretil neste municipio entre Janeiro e Maio de 2017.
4. Resultados e discussões
Os medicamentos utilizados para tratar a DE não necessitam de controle especial ou
retenção de receituário médico no ato da dispensação. Desta forma, os indivíduos que não
apresentam disfunção erétil diagnosticada podem comprar tais medicamentos livrimente
(FREITAS et al., 2008)
Após levantamento de dados em 03 farmacia no municipio de Nanuque-MG denominada
como forma de preserva as farmácia elas foram denominadas Farmácia A, Farmácia, obtivemos
o seguintes resultados:
13
Tabela 1: Medicamentos mais comercializados em Nanuque-MG entre Janeiro e Maio de 2017
Fonte: Os autores (2017)
Tabela 2: Medicamentos mais comercializados em Nanuque-MG entre Janeiro e Maio de 2017
em %
Fonte: Os autores (2017)
0
50
100
150
200
250
300
350
Sildenafila Tadalafila Vardenafila Inj.Intracavernosa
Farmácia A
Farmácia B
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
Sildenafila Tadalafila Vardenafila Inj. Intracavernosa
14
Esses resultados se referece a caixa, sendo que não foram especificados quantos
compromidos cada caixa contém.
O citrato de cidenafila foi medicamento mais comercializado em Nanuque-MG entre o
periodo de Janeiro e maio de 2017 tendo uma representativaida de 82,57% das vendas de
medicamento para Tratamento de DE, o que pode justificar essa diferença grande da Cidenafila
em relação aos outros pode ser o preço mais acessivel com preço aproximado de R$5,00 a caixa
com 04 (quatro) comprimidos 50mg em quanto que a Tadalafila 20mg caixa com 04 (quatro)
comprimidos tem preço médio de R$20,00 já a Vardenafila caixa com 04 comprimidos 20mg ou
10mg ultrapassa os R$100,00 o que pode justificar a falta de comercialização do mesmo, tendo
em vista que ainda não encontra-se diponivel o Generico para comercialização e a Injeção
Intracavernosa (Caverjet) tem preço médio de R$80,0 a caixa com 01 (uma) aponla 10mg e de
R$100,00 a caixa de 20mg com 01 (uma) ampola.
Segundo uma materia pública no O globo (2016) o Citrato de Sildenafila (G) ficou 04
lurga no ranque dos medicamentos com maior faturamento em 2015
5. Considerações Finais
Disfunção eretil pode ser provocada por vários fatores (fisiologiocos, psicologicos, por
medicamento) e nos últimos anos os medicamentos utilizados para tratamento desta disfução
ganhou forte presença no mercado, melhorando a qualidade e confiança masculina, diante disto
acaba sendo muito consumido pricipalmente o citrato de Sildenafila pelo baixo custo benefício, e
tendo uma representatividade de 82,57% das vendas de medicamento para DE em Nanuque-MG,
e o colocando entre os medicamentos que teve um dos maiores faturamentos no Brasil em 2015.
6. Referencias
ABDO, Carmita Helena Najjar, OLIVEIRA JR, Waldemar Mender, SCANAVINO, Marcos de Tubino e
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BUMERAD, José Cláudio. Bula do Viagra. Registrado e Fabricado por LABORATÓRIOS PFIZER LTDA. Data
da 2013
BUMERAD, José Cláudio.Bumerad. Bula do Carverjet. Registrado e Farbicado por LABORATÓRIOS PFIZER
LTDA. Data da 2015
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Willian Leandro. Freqüência de uso de inibidores de fosfodiesterase-5 por estudantes universitários. Rev Saúde
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MIMURA, Dirce Eiko. Bula do Levitra. Resgistrado e Fabricado por Bayer Pharma AG. Bula aprovada pela anvisa
06/05/2016
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15
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