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Processo 01/300.289/2015 Fls Data 31/07/2015 Rubrica O Pregoeiro e sua equipe de apoio receberam recurso impetrado pela licitante MCI TECNOLOGIA E SERVIÇOS LTDA-EPP contra a Habilitação, no PE0634/2015 que versa sobre Prestação de Serviços de manutenção predial preventiva, corretiva e emergencial nas dependências da IplanRio, abrangendo serviços de pedreiro, pintura, hidráulica, elétrica, marcenaria, serralheria, telefonia e climatização, fornecimento de peças e insumos, pertencentes ao (s) código (s) de serviços 2581720001, devidamente descritos, caracterizados e especificados no Termo de Referência, parte integrante deste Edital, a ser executado nos seguintes endereços apontados no Termo de referência, em especial no item 3(Da Localização dos ambientes). Recurso da licitante MCI: Passada a fase de lances, a Recorrida foi declarada vencedora do certame e, ato contínuo, convocada para apresentar a documentação de habilitação e complementos, foi declarada habilitada para prosseguir no processo. Entretanto, como de fato restará demonstrado nestas razões recursais a citada licitante descumpriu termos do Edital e, desta forma o Sr. Pregoeiro deverá rever a sua decisão reconsiderando-a para declara-la inabilitada. Analisando os documentos trazidos então pela ora Recorrida, observam-se neles inconsistências insuperáveis e que levarão certamente à sua inabilitação. III NO MÉRITO Assim, com todo o respeito que nos merece o Sr. Pregoeiro, entende esta Recorrente que o mesmo se houve com evidente equívoco ao declarar habilitada a licitante EMIDA INSTALAÇÕES LTDA, então vencedora do certame, em decorrência de documentação inconsistente. III.1 - DA REPRESENTAÇÃO DA RECORRIDA De início cabe esclarecer que a procuração outorgada pela Recorrida, documento de fls. 255, designando a Sra. Joseane Vaz Emídio Guimarães Alves sua representante, está maculada por vício que a torna inválida para a finalidade a que se destina. Trata-se de documento outorgado em “18 de setembro de 2.015”, o qual estaria concedendo poderes para “...representá-lo, nos atos relativos a esta Licitação, ...”(SIC). No entanto, o Edital foi emitido no dia 28 de setembro de 2015, portanto, posterior à outorga da citada procuração. É evidente que não há outorga de poderes específica para a Licitação do Pregão 634/2015, o que leva à nulidade de quaisquer atos praticados pela Sra. Joseane Vaz Emídio Guimarães Alves, no presente certame, sendo motivo bastante para inabilitação da Recorrida. Os atos por ela praticados podem trazer prejuízos irreparáveis à Administração Pública, pois a assinatura da Sra. Joseane consta de documentos que devem ser assinados obrigatoriamente por quem tem poderes legitimados pela pessoa jurídica para representa-la, quais sejam: a proposta e as declarações.

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Processo 01/300.289/2015

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Data 31/07/2015

Rubrica

O Pregoeiro e sua equipe de apoio receberam recurso impetrado pela licitante MCI TECNOLOGIA E SERVIÇOS LTDA-EPP contra a Habilitação, no PE0634/2015 que versa sobre Prestação de Serviços de manutenção predial preventiva, corretiva e emergencial nas dependências da IplanRio, abrangendo serviços de pedreiro, pintura, hidráulica, elétrica, marcenaria, serralheria, telefonia e climatização, fornecimento de peças e insumos, pertencentes ao (s) código (s) de serviços 2581720001, devidamente descritos, caracterizados e especificados no Termo de Referência, parte integrante deste Edital, a ser executado nos seguintes endereços apontados no Termo de referência, em especial no item 3(Da Localização dos ambientes).

Recurso da licitante MCI:

Passada a fase de lances, a Recorrida foi declarada vencedora do certame e, ato contínuo, convocada para apresentar a documentação de habilitação e complementos, foi declarada habilitada para prosseguir no processo. Entretanto, como de fato restará demonstrado nestas razões recursais a citada licitante descumpriu termos do Edital e, desta forma o Sr. Pregoeiro deverá rever a sua decisão reconsiderando-a para declara-la inabilitada. Analisando os documentos trazidos então pela ora Recorrida, observam-se neles inconsistências insuperáveis e que levarão certamente à sua inabilitação. III – NO MÉRITO Assim, com todo o respeito que nos merece o Sr. Pregoeiro, entende esta Recorrente que o mesmo se houve com evidente equívoco ao declarar habilitada a licitante EMIDA INSTALAÇÕES LTDA, então vencedora do certame, em decorrência de documentação inconsistente. III.1 - DA REPRESENTAÇÃO DA RECORRIDA De início cabe esclarecer que a procuração outorgada pela Recorrida, documento de fls. 255, designando a Sra. Joseane Vaz Emídio Guimarães Alves sua representante, está maculada por vício que a torna inválida para a finalidade a que se destina. Trata-se de documento outorgado em “18 de setembro de 2.015”, o qual estaria concedendo poderes para “...representá-lo, nos atos relativos a esta Licitação, ...”(SIC). No entanto, o Edital foi emitido no dia 28 de setembro de 2015, portanto, posterior à outorga da citada procuração. É evidente que não há outorga de poderes específica para a Licitação do Pregão 634/2015, o que leva à nulidade de quaisquer atos praticados pela Sra. Joseane Vaz Emídio Guimarães Alves, no presente certame, sendo motivo bastante para inabilitação da Recorrida. Os atos por ela praticados podem trazer prejuízos irreparáveis à Administração Pública, pois a assinatura da Sra. Joseane consta de documentos que devem ser assinados obrigatoriamente por quem tem poderes legitimados pela pessoa jurídica para representa-la, quais sejam: a proposta e as declarações.

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A proposta, ao ser assinada por quem não possui poder para tanto não traz segurança nenhuma à Administração Pública de que a Recorrida irá honrar seus termos por todo prazo contratual, até mesmo porque, quem assinou não se responsabilizará por isto, pois não há respaldo em documento jurídico válido para tanto. Já as declarações, ao serem assinadas por pessoas estranhas à pessoa jurídica, traz rigorosa insegurança à Administração Pública, na medida em que todos os atos ali declarados não terão validade, e portanto, a responsabilidade sobre os atos praticados pela Recorrida, serão da Administração Pública, podendo inclusive trazer sérios prejuízos ao erário. III.2 – ATESTADO DE VISITA O item ”8” do Edital, por meio dos seus subitens, 8.01 e 8.02, estabelece a obrigatoriedade de se realizar a VISITA TÉCNICA, cuja regulamentação, porém, está contemplada no subitem “B.2”, do item 13 do Edital não tendo sido observada pela Recorrida. Como será demonstrado nesta peça recursal, a Recorrida ao deixar de cumprir a regulamentação prevista no subitem B.2, acima citado, torna irregular o referido documento. Os subitens 8.01 e 8.02 estão assim redigidos: 8.01 A visita técnica é obrigatória e deverá ser agendada junto ao Pregoeiro da IplanRio e realizada em até 03 (três) dias úteis antes da data marcada para a realização da licitação. 8.02 A visita tem por objetivo apresentar às empresas os locais e equipamentos a fim de que estas conheçam e obtenham dados necessários para a execução dos serviços. Por sua vez dispõe o subitem B.2 do item 13: “13. DA HABILITAÇÃO B) DOCUMENTAÇÃO RELATIVA À QUALIFICAÇÃO TÉCNICA (B.2) Comprovação, feita através de ATESTADO DE VISITA fornecido pelo órgão licitante e assinado por servidor responsável, bem como pelo representante legal com habilitação técnica, de que visitou local de prestação de serviço e tomou conhecimento das condições para execução dos serviços. (B.2) Comprovação, feita através de ATESTADO DE VISITA fornecido pelo órgão licitante e assinado por servidor responsável, bem como pelo representante legal com habilitação técnica, de que visitou local de prestação de serviço e tomou conhecimento das condições para execução dos serviços. Data vênia, o subitem “B.2” não foi cumprido pela licitante Recorrida.

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Verificando o sistema eletrônico o mesmo noticia que houve um pedido de esclarecimento sobre a questão envolvendo o tem “8” acima transcrito, confrontando-o com o subitem “B.2”, o que ocorreu nos seguintes termos: Esclarecimento 08/10/2015 12:46:10 Quanto à visita técnica: No edital item 8: “8.01 A visita técnica é obrigatória e deverá ser agendada junto ao Pregoeiro da IplanRio e realizada em até 03 (três) dias úteis antes da data marcada para a realização da licitação. 8.02 A visita tem por objetivo apresentar às empresas os locais e equipamentos a fim de que estas conheçam e obtenham dados necessários para a execução dos serviços” Nesse item não nos informa nenhum profissional para realização da visita técnica. Porém no item: “(B.2) Comprovação, feita através de ATESTADO DE VISITA fornecido pelo órgão licitante e assinado por servidor responsável, bem como pelo representante legal com habilitação técnica, de que visitou local de prestação de serviço e tomou conhecimento das condições para execução dos serviços.” Nesse item exige que o Atestado de visita seja assinado pelo Representante Legal com habilitação Técnica. **Entendemos que a visita deverá ser realizada por um representante vinculado à empresa, pois no item 08 que é o item de visita não nos indica nenhum profissional especifico para realização da visita. Nosso entendimento está correto? (d.n.) A resposta ao pedido foi publicada para conhecimento de todos os interessados, na mesma data, com o seguinte texto: Resposta 08/10/2015 12:46:10 Correto o entendimento. A visita deverá ser realizada por um representante vinculado à empresa, não havendo necessidade de nenhum profissional técnico especifico para realização da visita, conforme prevê o item 8 do edital. Os requisitos dos profissionais devem observar o descrito no Termo de referência, em especial no item 14 ´Qualificação profissional das equipes de manutenção". Como se observa, a resposta acima eliminou qualquer dúvida quanto à forma com que os licitantes deveriam observar para atender ao dispositivo sobre a VISITA TÉCNICA ao definir que o ato deveria se cumprido por um representante VINCULADO à parte interessada. No entanto, como se vê às fls. 316, a visita em questão, realizada pelo Sr. Jarbas Cardoso Leal Filho, no dia 14/10/2015, porém, não há qualquer comprovação da sua situação de eventual vinculação com relação à Recorrida, desatendendo, assim, imperativo do Edital. Frise-se que, os documentos legalmente admitidos para a demonstração do vínculo com a empresa são, exclusivamente: a Carteira de Trabalho ou Ficha de Registro, Contrato de Prestação de Serviços e Contrato Social para o caso de sócio/acionista. Nenhum destes documentos constam dos autos deste certame. Desta forma, a Recorrida não poderá prosseguir no certame pois a visita técnica foi realizada por pessoa não vinculada à pessoa jurídica impondo-se a sua inabilitação.

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III.3 – DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA A habilitação da Recorrida quanto à qualificação técnica também se encontra comprometida haja vista que os atestados apresentados não atendem à exigência do subitem “B.1” do item 13 do Edital, cujo texto transcreve-se a seguir a título de pronta referência: (B) DOCUMENTAÇÃO RELATIVA À QUALIFICAÇÃO TÉCNICA (B.1) Comprovação de aptidão para o desempenho de atividades pertinentes e compatíveis com o objeto em características, quantidades e prazos, mediante a apresentação de atestados de capacidade técnica, emitidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior ao objeto da licitação. (d.n.) Analisando os Atestados da licitante Recorrida, constata-se que, não obstante a quantidade apresentada, os mesmos não cumprem o exigido no Edital, haja vista que carecem de qualificação e até de características com o objeto licitado. Vejamos: - Atestados fls. 260/261 - expedido pelo Hospital de Força Aérea do Galeão – se refere apenas a sistemas de ar condicionado, cuja vigência foi de apenas 03 meses. Desta forma, data vênia, não atende em características e prazo. - Atestados fls. 264 e 267 – expedido pelo Instituto de Engenharia Nuclear, vigorou por apenas 08 meses e, também, não cumpre o Edital. - Atestado fls. 270/295 – expedido pela Fundação Cidade das Artes, datado de 01/07/2014, teve início em 22/05/2013, somando-se, assim, 13 meses apenas. Obs.: Note-se que a CAT de fls. 268/269, registra a baixa da ART relativa ao Atestado de fls. 270/295, como tendo concluído a “OBRA E SERVIÇO” em 30/09/2014. Diante desse fato, fica evidente que um eventual maior prazo a se considerar seria de no máximo 16 meses. De modo algum, repita-se, não atende ao exigido no Edital. - Atestado de fls. 298/310 – emitido pelo Comando da Aeronáutica – Base Aérea de Santa Cruz, deixa de atender o dispositivo do Edital, em relação ao objeto (Construção de ETE). - Atestado de fls. 313/315 – emitido pelo Comando da Aeronáutica – prazo de apenas 10 meses. Como se observa todos os atestados acima referenciados e que foram apresentados pela Recorrida não atende ao quesito prazo na qualificação técnica exigida no subitem “B.1” do item 13 do Edital. A execução contratual objeto deste certame será de 24 (vinte e quatro) meses, prazo consideravelmente superior àqueles demonstrados nos atestados da Recorrida. Ao apresentar atestados com prazos curtos, sugere-se que a Recorrida não tenha (ainda que apenas comprovadamente) capacidade técnica para manutenção de contratos por longos prazos, e com isto, afasta a segurança jurídica necessária e almejada pela lei à Administração Pública.

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Não fosse assim, a exigência da lei (art. 30 da Lei 8.666/93) e do edital (subitem B.1 do item 13) não fariam o menor sentido, se qualquer prazo de execução contratual fosse suficiente para comprovar a capacitação técnica das licitantes. O que a lei pretendeu, e o edital sabidamente ratificou, foi a segurança de que a empresa a ser contratada execute este contrato tal qual demonstrou ter executado outros. E não tendo demonstrado isto, qual a segurança se tem de que agora a Recorrida irá fazê-lo? Diante do exposto é de notar que não houve uma análise adequada da documentação, revelando, data vênia, o equivoco ao declarar a habilitação da Recorrida. IV – DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR Por fim, cabe esclarecer também que a Recorrida deixou de atender ao disposto no Anexo VIII do Edital o qual determina que aos licitantes entregar juntamente com a documentação de habilitação uma descrição, denominada “DESCRIÇÃO EXEMPLIFICATIVA DOS SERVIÇOS E ROTINAS DE MANUTENÇÃO”. (d.n.), relativa aos serviços a serem executados, conforme especificado no Anexo I do Termo de Referência. Referida obrigação do Edital, inclusive, foi objeto de pedido de esclarecimento, realizado no dia 09/10/2015, às 11:44:50, com resposta imediata como segue: Esclarecimento 09/10/2015 11:44:50 PERGUNTA 2: No Anexo VIII - Descrição exemplificada dos Serviços (ANEXO I do TR) do edital tem a seguinte observação “a licitante deverá apresentar o anexo I do Termo de Referência devidamente preenchido - DESCRIÇÃO EXEMPLIFICATIVA DOS SERVIÇOS E ROTINAS DE MANUTENÇÃO”. Perguntamos se a observação correta não é “a licitante deverá apresentar o anexo II do Termo de Referência devidamente preenchido - MODELO DE PROPOSTA COMERCIAL ”.(d.n.) Resposta 09/10/2015 11:44:50 Resposta: A licitante deverá apresentar a descrição exemplificativa dos serviços e rotinas de manutenção, conforme anexo I do Termo de referência que corresponde ao anexo VIII do edital. A licitante TAMBÉM deverá apresentar o Anexo I do edital que é a PROPOSTA DETALHE que corresponde ao anexo II do Termo de referência. Em suma, a licitante deverá apresentar: Anexo I – Proposta Detalhe (conforme anexo II do TR); Anexo IV – Declaração de Ilícitos Trabalhistas; Anexo V - Declaração de Fato Superveniente; Anexo VI – Declaração de Conformidade ao Decreto 19.381/2001; Anexo VIII - Descrição exemplificada dos Serviços (ANEXO I do TR); Anexo IX – Modelo de Planilha de Custo(ANEXO III do TR); Além, evidentemente, da documentação de habilitação expressa no item 13 do edital. (d.n.) A obrigatoriedade no cumprimento dos referidos Anexos, ou seja, entregar juntamente com a documentação a DESCRIÇÃO em questão, como condição para cumprir as exigências do processo licitatório.

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Referido documento é tão importante no presente processo licitatório que, quando da abertura da sessão, na fase de habilitação, o Sr. Pregoeiro fez questão de exigir da Recorrida a entrega da citada DESCRIÇÃO, como se vê Do “CHAT”, no dia 20/10/2015, com mensagem iniciada às 10:03:42, com a seguinte redação: “A licitante vencedora, na fase de habilitação deve apresentar a documentação referente ao item 13 do edital. Além disso, deve apresentar na fase de habilitação: Anexo I – Proposta Detalhe (conforme anexo II do TR)... ...Anexo IV – Declaração de Ilícitos ..... ...Anexo VII – Quadro Estimativo de Valores da ....; Anexo VIII – Descrição exemplificada dos serviços (Anexo I do TR);...”d.n.) Não fosse importante a entrega desse documento, sequer teria sido incluído no edital e, consequentemente, não teria sido exigido pelo Sr. Pregoeiro. Todavia, compulsando os documentos do processo, a referida Descrição exemplificada não foi encontrada dentre aqueles entregues pela Recorrida, incorrendo assim em descumprimento do Edital que, com tantas outras irregularidades já exaustivamente demonstradas nesta peça recursal, certamente levará à sua inabilitação. VI – PLANILHA DE CUSTOS A Planilha de Custos também apresenta irregularidade insanáveis, mormente nos itens de letras “C” e “F”, do Submódulo 4.4: Provisão para Rescisão, fls. 450, senão vejamos: No item da letra “C”, há a seguinte determinação: “Multa sobre o FGTS e contribuições sociais sobre o aviso prévio indenizado (Obrigatória a cotação de 0,24% sobre o valor do Módulo 1- Composição da Remuneração” (d.n.) No entanto, a licitante ora Recorrida utilizou-se um percentual muito inferior, equivalente a 0,0009748%, em total desacordo com o Anexo III do Termo de Referência. Situação idêntica ocorre com o item da letra “F” do citado quadro Submódulo 4.4 – Provisão para Rescisão, o qual estabelece o seguinte: “Multa sobre o FGTS e contribuições sociais sobre o aviso prévio trabalhado (Obrigatória a cotação de 4,76% sobre o Módulo 1 – Composição da Remuneração”. (d.n.) Por seu turno a Recorrida utilizou-se de um percentual de 0,0926074%, também muito inferior à cotação do Termo de Referência – Anexo III. Persistindo os citados percentuais poderá inclusive colocar em risco a Administração considerando que o custo da prestação dos serviços, tornaria inviável a execução do contrato. Mesmo que os percentuais fossem corrigidos pela Recorrida, objetivando respeitar o mandamus editalício, ainda sim a planilha de custos da referida empresa insinuaria sua inexequibilidade, pois os percentuais JÁ REDUZIDOS de "Taxa de

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Administração" e "Lucro" seriam gravemente afetados, ao ponto de, inclusive, aproximar-se do percentual zero, o que como se sabe, nos dias de hoje, é impraticável e inaceitável. VII - DOS TERMOS DO EDITAL E DO JULGAMENTO À LUZ DA LEI 8.666/93. Avaliando, pois, a documentação técnica trazida pela licitante Recorrida observa-se que não está em consonância com as regras pré-estabelecidas no ato convocatório e por essa razão deverá ser inabilitada com exclusão do presente certame. Como se sabe as decisões não podem se afastar dos dispositivos do edital. Como se sabe o Legislador estabeleceu no art. 3º a Lei 8.666/1993, os princípios fundamentais que devem nortear os processos licitatórios, interessando de perto no presente caso a estrita vinculação dos julgamento ao instrumento convocatório. Referido artigo se encontra redigido sob o seguinte teor, transcrito para pronta referência: Art 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (SIC) Também a teor do art. 45 da Lei 8.666/93, os julgamentos deverão obrigatoriamente observando os critérios estabelecidos no ato convocatório que assim dispõe: Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de Licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.(g.n.) Por todo o exposto, impõe-se a inabilitação da Recorrida, pois, a decisão na forma como se apresenta, permissa vênia, encontra-se em total desacordo com o Edital, pela absoluta falta de prova de qualificação da mesma para uma eventual execução contratual. Como se sabe o processo licitatório tem por objetivo, dentro do caráter competitivo, a escolha da proposta mais vantajosa para a Administração Pública, mas, devem ser atendidos, minimamente, todos os aspectos legais e também os termos do ato convocatório. VI - CONCLUSÃO: Diante dos fundamentos e esclarecimentos expendidos nestas RAZÕES recursais aliados aos princípios e preceitos legais que norteiam os processos licitatórios, a RECORRENTE requer:

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Que seja PROVIDO o presente recurso administrativo para declarar a INABILITAÇÃO da licitante EMIDA INSTALAÇÕES LTDA ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa Senhoria, requer, também desde já, que o faça subir à apreciação da Autoridade superior, fazendo prevalecer o Direito e a JUSTIÇA! Contra-Recurso da licitante EMIDA: A empresa Recorrente alega, em apertada síntese, que a proposta de preços apresentada pela Recorrida foi elaborada de forma equivocada e que também a EMIDA não cumpriu integralmente as regras editalícias relativas a habilitação. III – DOS FATOS Em primeira análise, pode-se observar que a Recorrente se funda em argumentos equivocados desprovidos de amparo legal ou até mesmo de bom senso. A Recorrente ilustra um entendimento margeado no fato de que a Recorrida não apresentou documentos suficientes para sua habilitação e que elaborou equivocadamente seu preço. Que a mesma não considerou os aspectos definidos no edital, por isso não apresentou preço dentro dos critérios estabelecidos no Edital. Ocorre, todavia que a Recorrente ignorou diversos fatos quando da elaboração de seu recurso administrativo, que fatalmente o levará ao insucesso, na medida em que deverá ser negado provimento. A fim de melhor demonstrar a impropriedade dos argumentos deduzidos pela Recorrente, a Recorrida irá combatê-los de individualmente, na foram abaixo. QUANTO A REPRESENTAÇÃO DA RECORRIDA Em suas primeiras linhas de argumentação, ataca infundadamente a Recorrente a representação da ora Recorrida. Alega que a procuração acostada aos autos não conteria poderes específicos para atuação no presente feito. Que teria sido expedida antes da realização do presente certamente. Aduz que tal fato macula os atos praticados pela empresa Recorrida, o que gera a necessidade de inabilitação do mesmo. Nobre Julgador a representação da Recorrida, ao contrário do alegado, está completamente regular e por isso os atos praticados pela empresa EMIDA, através de sua representante, não carecem de reparo. Não está a empresa legalmente obrigada a outorgar poderes a sua procuradora para representação específica em determinada licitação. Não é correto, nem coerente requerer e exigir que uma empresa emita a procurações para cada processo licitatório, pois se assim fosse deveria ela contratar uma pessoa somente para emissão de tais documentos, o que é inadmissível. Situação análoga temos nas procurações conferidas pelas empresas a seus

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gerentes, onde nelas constam poderes para representação da sociedade comercial perante instituições bancárias e órgãos da Administração Pública, sem que haja direcionamento específico a que órgão ou banco, mas, todavia, é inconteste que tal documento possui valor legal representativo. Ora, a signatária dos documentos acostados aos autos é procuradora da empresa, com poderes para representar a Recorrida em todas as licitações que esta venha participar, possuindo todos os poderes necessários a correta representação, tudo conforme se vê do instrumento particular de procuração outorgado a mesma. De qualquer forma, ainda que não houvesse sido apresentada a procuração específica, em razão da teoria da aparência os atos praticados pela representante da recorrida seriam válidos. A teoria da aparência pressupõe, como sua denominação indica, que uma situação irreal (simples aparência) seja aceita como verídica, desde que presentes determinados requisitos, quais sejam, objetivamente: a) situação de fato cercada de circunstâncias tais que manifestamente se apresentem como se fora uma segura situação de direito; b) situação de fato que assim passa ser considerada segundo a ordem geral e normal das coisas - error communis fact jus; c) que, nas mesmas condições acima, apresente o titular aparente como se fora titular legítimo, ou direito como se realmente existisse. E subjetivamente: a) a incidência em erro de quem, de boa-fé, a mencionada situação de fato como situação de direito considera: d) a escusabilidade desse erro apreciada segundo a situação pessoal de quem nele incorreu (TJRJ – Ap. 586-89, 28.11.89, 1ª CC, Rel. Des. Renato Maneschy, in ADV JUR, 1990, p. 136, v. 48146). Veja-se, então que a signatária pode praticar todos os atos necessários a sua representação seja em razão dos poderes conferidos, seja pela aparência correta de representar o interesse da Empresa. Ademais, a procuração apresentada pela Recorrida respeita as normas legais estabelecidas no código civil. Desta forma, é obrigatório prevalecer o entendimento de que todos os documentos emitidos pela Recorrida são válidos. QUANTO AO ATESTADO DE VISITA Após indicar a inexistente falha na representação, passou a Recorrente a discorrer sobre o suposto não atendimento aos itens 8.01 e 8.02 do edital. Observando que Recorrida não teria apresentado documento capaz de comprovar o vínculo entre ela e o representante que realizou a visita técnica. O entendimento exposto pela Recorrente carece de fundamentação legal. Não existe no edital cláusula que obrigue a empresa a apresentar o documento citado no recurso que se combate. Os subitens 8.01 e 8.02 estão determinam que:

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8.01 A visita técnica é obrigatória e deverá ser agendada junto ao Pregoeiro da IplanRio e realizada em até 03 (três) dias úteis antes da data marcada para a realização da licitação. 8.02 A visita tem por objetivo apresentar às empresas os locais e equipamentos a fim de que estas conheçam e obtenham dados necessários para a execução dos serviços. Em complemento, o subitem B.2 do item 13 assim determina: (B.2) Comprovação, feita através de ATESTADO DE VISITA fornecido pelo órgão licitante e assinado por servidor responsável, bem como pelo representante legal com habilitação técnica, de que visitou local de prestação de serviço e tomou conhecimento das condições para execução dos serviços. (B.2) Comprovação, feita através de ATESTADO DE VISITA fornecido pelo órgão licitante e assinado por servidor responsável, bem como pelo representante legal com habilitação técnica, de que visitou local de prestação de serviço e tomou conhecimento das condições para execução dos serviços. Para atendimento aos itens transcritos a Recorrida enviou o representante Jarbas Cardoso Leal Filho, que no dia 14/10/2015, executou a vistoria e tal documento foi enviado junto com o demais inerentes a habilitação. Veja-se então que a Recorrida atendeu integralmente a norma prevista no edital, ou seja, fez a vistoria, com representante vinculado e dentro do prazo contido no edital. Todavia, ao contrário do alegado pela Recorrente, não existe no edital regra que determine a apresentação de documento que comprove o vínculo entre o representante que fez a vistoria e a Licitante. Tal documento, na verdade, deveria, e foi apresentado quando da realização da vistoria, momento em que houve a identificação do representante e prova de seu vínculo com a Licitante. O entendimento exposto no recurso advêm de entendimento particular e subjetivo de avaliação emitido exclusivamente pela Recorrente, mas que a Licitação Pública não comporta. É inadmissível requerer que a administração pratique atos e requeira documentos não previstos no edital, e se isso ocorrer haverá flagrante violação aos estatutos legais aplicáveis a licitação. Como se sabe, a administração está vinculada ao instrumento convocatório, e por isso só pode exigir os documentos relacionados no Edital de Licitação, nada mais. Desta forma, não procede a alegação recursal quanto ao tema em combate. QUANTO AOS ATESTADOS DE CAPACIDADE TÉCNICA Após os combates acima, alegou, mais uma vez infundadamente, que os atestados de capacidade técnica apresentados pela Recorrida não atendem as normas do edital, pois não seriam compatíveis com o requerido no edital. Mais uma vez incorre em erro a Recorrente, pois como se vê dos autos, a

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Recorrida apresentou inúmeros atestados de capacidade técnica, dentre eles destacam-se os atestados emitidos pelo HOSPITAL DA FORÇA AÉREA DO GALEÃO, INSTITUTO DE ENGENHARIA NUCLEAR e FUNDAÇÃO CIDADE DAS ARTES onde o objeto de cada um é a manutenção predial. No que se refere a comprovação de habilitação técnica, o edital de licitação estabelece a apresentação de: (B) DOCUMENTAÇÃO RELATIVA À QUALIFICAÇÃO TÉCNICA (B.1) Comprovação de aptidão para o desempenho de atividades pertinentes e compatíveis com o objeto em características, quantidades e prazos, mediante a apresentação de atestados de capacidade técnica, emitidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior ao objeto da licitação. Do transcrito acima, é fácil concluir que o atestado de capacidade técnica a ser apresentado pelas licitantes, devem possuir similitude com o objeto licitado, que no presente caso é: 4. OBJETO DA LICITAÇÃO 4.01 Contratação de empresa para Prestação de Serviços de manutenção predial preventiva, corretiva e emergencial nas dependências da IplanRio, abrangendo serviços de pedreiro, pintura, hidráulica, elétrica, marcenaria, serralheria, telefonia e climatização, fornecimento de peças e insumos, pertencentes ao (s) código (s) de serviços 2581720001, devidamente descritos, caracterizados e especificados no Termo de Referência, parte integrante deste Edital, a ser executado nos seguintes endereços apontados no Termo de referência, em especial no item 3(Da Localização dos ambientes). Considerando que o objeto da Licitação é o serviço de manutenção predial, e que nos três atestados de capacidade técnica citados acima dispõem que a Recorrida prestou, satisfatoriamente, os serviços de manutenção predial, descrevendo inclusive quais sistemas estão envolvidos, fica fácil observar que a empresa EMIDA cumpriu sua obrigação e comprovou ter executado serviços compatíveis com o objeto licitado. Vale destacar o atestado fornecido pela Fundação Cidade das Artes, órgão vinculado a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, em que afirma que a Licitante presta desde maio de 2013 serviços de manutenção predial, em instalações superiores ao do IplanRio. Analisando os atestados carreados aos autos, em especial os mencionados acima, pode-se constatar que a Recorrida comprovou sua capacidade para executar serviços de manutenção predial em instalações similares ao da IplanRio, não havendo que se falar, portanto, em desobediência a norma contida no Edital. A Recorrente, a fim de tentar justificar seus atos, concorda que os atestados apresentados pela Recorrida contemplam serviços compatíveis, mas afirma que nenhum dos atestados refere-se a execução de serviços por prazo de 24 meses.

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Inicialmente a Recorrida repudia tal afirmação, pois como dito anteriormente o atestado fornecido pela Fundação Cidade das Artes, cita serviços que são executados desde maio de 2013, ou seja, há mais de 24 meses. Não obstante a informação o atestado fornecido pela Fundação Cidade das Artes fazer menção a serviços de complexidade superior e em prazo maio que 24 meses, deve-se prevalecer o entendimento que todos os documentos devem ser similares ao objeto da licitação, o qual, no presente caso não cita o prazo de execução. A informação acima é importante, porque não se pode vincular a similitude dos atestados a todas as nuances do contrato, ou seja, ao prazo, valor, entre outros. No que se refere ao prazo, tal condição é, inclusive, vedada pela Lei n.º 8.666/93. A legislação aplicável determina que os atestados devem contemplar serviços similares, e não idênticos em características ou prazos. O caput do artigo 30º da Lei Federal 8.666, limita as respectivas documentações relativas à qualificação técnica que deverão estar, direta e exclusivamente, ligada ao objeto da licitação, são elas: Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica LIMITAR-SE-Á A: II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; § 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a: I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; § 2o As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no instrumento convocatório. § 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior. § 5o É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação. § 6o As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação de

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relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia. § 8o No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos. § 9o Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais. § 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do § 1o deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração. Constata-se do transcrito acima que o legislador estabeleceu que a Administração pode exigir dos licitantes, para fins de comprovação de qualificação técnica, EXCLUSIVAMENTE, os documentos citados no artigo 30 da Lei 8.666/93. MAIS NENHUM. Não sendo permitido o que persegue a Recorrente. Deve-se destacar, que a administração pública, não pode permitir ou exigir, de forma alguma, qualquer comprovação que venha exacerbar o prescrito em Lei, sob pena ocorrer à nulidade de seu ato. Entender de forma diversa do exposto acima, e acatar o requerimento perseguido pela Recorrente, é ferir os preceitos legais que norteiam o procedimento licitatório, mas notadamente o esculpido no artigo terceiro da Lei 8.666/93. QUANTO A DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR Em sua última argumentação quanto aos documentos de habilitação da Recorrida, a Recorrente afirma que houve descumprimento ao determinado no Anexo VIII do Edital, que supostamente determina que os licitantes devem entregar um documento denominada “DESCRIÇÃO EXEMPLIFICATIVA DOS SERVIÇOS E ROTINAS DE MANUTENÇÃO”. Apesar de constar no edital o citado acima, a Recorrente, todavia, não observou o esclarecimento prestado por este Pregoeiro que oportunamente informou: “Foi perguntado pelo telefone oficial do núcleo de licitação junto ao pregoeiro, telefone 3971-1569, sobre a obrigatoriedade da entrega do ANEXO VIII - Descrição exemplificada dos Serviços (ANEXO I do TR) na fase de habilitação. O pregoeiro, em diligência junto a sua diretora, Vânia Pintos, informou que tal documentação deveria ser entregue na fase de contratação, pela própria natureza do objeto.” Veja-se então que a Administração alterou a data de apresentação do documento citado pela Recorrente.

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Com a resposta acima o D. Pregoeiro desobrigou as licitantes da apresentação do referido documento, sendo desarrazoado, portanto, o pleito de inabilitação da Recorrida por não atendimento a tal item. QUANTO A PLANILHA DE CUSTOS Após o combate aos documentos entregues pela Recorrida, passou a Recorrente a discorrer sobre erros na elaboração das planilhas de custos e formação de preços da Licitante vencedora. Alega a Recorrente que o preço apresentado pela Recorrida é inexeqüível, pois contempla dois erros na tabela de encargos sociais. A alegação acima citada não corresponde a realidade, pois o preço ofertado pela Recorrida foi elaborado com base nos custos do contrato, respeitando as normas do edital e otimização de gastos da Administração Pública, sendo certo que por isso eles são suficientes para execução do contrato. De toda sorte a Recorrida enviou à Administração as planilhas contendo todas as fórmulas onde comprova ter seguido integralmente as regras do edital. IV – DO DIREITO Não obstante as explicações acima, as quais, entendemos ser suficientes para pôr fim ao debate e manter o resultado da licitação, existem outros argumentos de direito que podem ser suscitados, os quais não poderão, e certamente não serão, desprezados por essa Administração, são eles: Emérito Julgador, aliados aos esclarecimentos já prestados, em especial os concernentes as planilhas de custos de formação de preço, destacamos que o TCU em julgamento 757/97 já determinou que a Administração deve relevar omissões e corrigir erros inerentes a planilha de preços, desde que não se altere o valor vencedor. A questão acima, encontra subsídio nos artigos 24 e 29-A da Instrução Normativa 02/2008 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) que assim determinam: Art. 24. Quando a modalidade de licitação for pregão, a planilha de custos e formação de preços deverá ser entregue e analisada no momento da aceitação do lance vencedor, em que poderá ser ajustada, se possível, para refletir corretamente os custos envolvidos na contratação, desde que não haja majoração do preço proposto.(Grifou-se) Art. 29-A A análise da exeqüibilidade de preços nos serviços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra do prestador deverá ser realizada com o auxílio da planilha de custos e formação de preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta final de preço. § 2º Erros no preenchimento da Planilha não são motivo suficiente para a desclassificação da proposta, QUANDO A PLANILHA PUDER SER AJUSTADA SEM A NECESSIDADE DE MAJORAÇÃO DO PREÇO OFERTADO, e desde que

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se comprove que este é suficiente para arcar com todos os custos da contratação. (Incluído pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009). (Grifou-se) Em razão de estabelecido acima, podemos concluir que ainda que se considere que as planilhas de preços contenham os IRRISÓRIOS erros informados pela Recorrente, o que se admite apenas em função do debate, estas podem ser alterada a qualquer tempo, a fim de corrigir equívocos que supostamente existam, desde que tais correções não onerem o preço final já proposto. Desta forma, ainda que os argumentos deduzidos pela Recorrente, quanto as planilhas apresentadas pela Recorrida, sejam pertinentes, o que negamos veementemente, estes fatos não podem ensejar a desclassificação da mesma, pois o edital permite a correção de tais documentos, tal qual transcrito acima. Veja-se então, que a empresa Recorrida possui todas as qualificações necessárias para executar os serviços contratados, apresentou o menor preço dentre a licitantes, mas, no entanto, pretende a Recorrente que esta seja desclassificada em função de supostos e inexistentes erros no preenchimento das planilhas. D. Julgador, alguns licitantes e alguns membros da Administração entendem que se deve perseguir os menores dos erros ou omissões cometidos pelas licitantes, quando da apresentação de suas propostas. Desclassificando aqueles que cometeram pequenos e risíveis equívocos, como se este fosse o intuito e o propósito da licitação, o que notadamente, trata-se de um grave erro na interpretação dos dispositivos legais aplicado ao caso, consagrados, em especial, pela Lei 8.666/93 e pela legislação que trata sobre Pregões. A licitação não é um jogo de quem erra menos, não é um jogo de quem possui os melhores documentos, aqueles que citam, coincidentemente, exatamente o que está exigido no edital de licitações. A licitação é um instrumento sério, e deve ser utilizado com bom senso, sobriedade e responsabilidade pela Administração para contratação, e não servir de negócio exclusivo de alguns poucos licitantes que foram astutos para cumprir todas as pequenas e inúteis nuances do Edital. A Administração Pública quando da análise dos documentos de habilitação e propostas apresentados pelos licitantes, deve julgá-los de acordo com os princípios aplicáveis, sendo um deles o da vinculação ao instrumento convocatório, e outros que se sobrepõem a este que é o do bom senso, da proporcionalidade e da razoabilidade, como fez o MPF até a presente data. Evidentemente, o Edital, no sistema jurídico-constitucional vigente, constitui lei entre as partes, é norma fundamental da concorrência, seu objetivo exclusivo é determinar o objeto da licitação, discriminando os direitos e obrigações dos intervenientes e o Poder Público, além de disciplinar o procedimento adequado ao estudo e julgamento das propostas. Prova de que o bom senso se sobrepõe ao princípio da vinculação ao edital, é que nada impede que o Judiciário, ao interpretar o Edital de Licitação, modifique a

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cláusula desnecessária ou decisão conflitante com o ordenamento jurídico, entendendo que estes extrapolam os ditames da Lei. Desta forma, não pode a administração deixar de agir com o bom senso, e desclassificar licitantes que supostamente tenham cometidos meros erros materiais, ou por apresentar documentos que não contenham pequenas nuances estabelecidas no edital, ou expressão de palavras em sua exatidão, ou questões outras que não trazem qualquer relevância ao julgamento. Não pode a Administração agir com “FORMALISMOS” desregrados que só trarão prejuízos a Administração. Deve-se observar que o Tribunal de Contas da União (TCU) vem, de forma unânime, firmando o entendimento contrário aos formalismos desregrados. Neste sentido o Ministro Adylson Motta, do TCU, em decisão proferida, esclareceu ainda mais a matéria, decidindo que: “o apego a formalismos exagerados e injustificados é uma manifestação perniciosa da burocracia que, além de não resolver apropriadamente problemas cotidianos, ainda causa dano ao Erário, sob o manto da legalidade estrita. Esquece o interesse público e passa a conferir os pontos e vírgulas como se isso fosse o mais importante a fazer. Os princípios da proporcionalidade e razoabilidade acarretam a impossibilidade de impor conseqüências de severidade incompatível com a irrelevância de defeitos. Sob esse ângulo, as exigências da Lei ou do edital devem ser interpretadas como instrumentais.” (TC 004809/1999-8, Decisão 695-99, DOU 8/11/99, p.50, e BLC n. 4, 2000, p. 203) No mesmo sentido do até aqui exposto, traz-s à colação o magistério do sempre atual Hely Lopes Meirelles, in Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 20ª Ed., p. 248: "Procedimento formal, entretanto, não se confunde com ‘formalismo’, que se caracteriza por exigências inúteis e desnecessárias. Por isso mesmo, não se anula o procedimento diante de meras omissões ou irregularidades formais na documentação ou nas propostas, desde que, por sua irrelevância, não causem prejuízo à Administração e aos licitantes. A regra é a dominante nos processos judiciais: não se decreta a nulidade onde não houver dano para qualquer das partes - ‘pas de nullité sans grief’, como dizem os franceses." (Grifou-se) Na mesma linha de pensamento encontra-se Marçal Justem Filho, em seu Livro Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 9ª edição, São Paulo Dialética, 2002, p. 73: “o critério para decisão de cada fase deve ser a vantagem da Administração. Isso acarreta a irrelevância do puro e simples formalismo do procedimento. Não se cumpre a lei através do mero ritualismo dos atos. O formalismo do procedimento licitatório encontra conteúdo na seleção da proposta mais vantajosa. Assim, a série formal de atos estrutura-se e orienta-se pelo objetivado. Ademais será nulo o procedimento licitatório quando qualquer fase não for concretamente orientada para a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração.” Seguindo os preceitos doutrinários, a Jurisprudência vem se firmando no mesmo

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sentido. Como exemplo, encontramos na Jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça - STJ assim deliberou: “Consoante ensinam os juristas, o principio da vinculação ao edital não é "absoluto", de tal forma que impeça o judiciário de interpretar-lhe, buscando-lhe o sentido e a compreensão e escoimando-o de cláusulas desnecessárias ou que extrapolem os ditames da lei de regência e cujo excessivo rigor possa afastar, da concorrência, possíveis proponentes, ou que o transmude de um instrumento de defesa do interesse publico em conjunto de regras prejudiciais ao que, com ele, objetiva a administração.” (Grifou-se) (...) “O formalismo no procedimento licitatório não significa que se possa desclassificar propostas eivadas de simples omissões ou defeitos irrelevantes.” (MS 5418 / DF; MANDADO DE SEGURANÇA 1997/0066093-1; Rel. Ministro DEMÓCRITO REINALDO (1095); PRIMEIRA SEÇÃO; 25/03/1998; DJ 01.06.1998 p. 24) Cumpre ressaltar que a defesa do interesse público deve estar acima da mera observância de pequenos erros. A Administração não pode se submeter à prática do rigor formalista, exagerado e absoluto, a ponto de levar o agente público a desclassificar uma Licitante, em especial, a que apresentou o menor preço, em função dos fatos descritos na peça recursal, principalmente porque se tais erros existiram, o próprio edital prevê a possibilidade de consertá-los, sem que se faça necessário desclassificar a licitante vencedora, que apresentou menor preço. Veja-se então que a Recorrente pretende que a Administração sofra prejuízos, em razão dos risíveis argumentos deduzidos em seu recurso, os quais não são procedentes. Cabe elucidar, que as atribuições do pregoeiro facultam-lhe decidir sobre algumas questões envolvendo preços, marcas, qualidade dos produtos e condições de aceitabilidade das propostas. O pregoeiro deve obrigatoriamente permitir que pequenos equívocos sejam corrigidos pelos participantes das licitações, a fim de melhor executar suas tarefas e defender o interesse público, que deve prevalecer. V – DA CONCLUSÃO Pelas razões acima esgrimidas é de se concluir que os abjetos argumentos deduzidos pela Recorrente são imprestáveis para alteração do resultado do pregão, pois não trouxeram aos autos qualquer fato que comprove seu alegado, ou que comprove a pertinência da desclassificação da proposta da Recorrida. Em contraposição aos argumentos deduzidos pela Recorrente, a Recorrida demonstra aqui e em sua planilha de custos, que seu preço cumpre integralmente as necessidades contratuais, demonstrando que a mesma não incorreu em erro quando elaborou sua proposta, e quanto aos documentos de habilitação apresentados, os quais se encontram em conformidade com o edital de licitação. Diante do discorrido acima, comprovado restou que a licitante EMIDA cumpriu

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com todas as exigências editalícias e legais, por conseguinte apresentou o menor preço dentre os licitantes, logo, injusta será a decisão de desclassificar sua proposta, em especial pelos despropositados argumentos trazidos pela empresa MCI TECNOLOGIA E SERVIÇOS LTDA.–EPP., o que é juridicamente inaceitável. VI – DO PEDIDO Face de todo exposto e considerando a improcedência dos argumentos aduzidos pela empresa MCI TECNOLOGIA E SERVIÇOS LTDA.–EPP., em seus recurso administrativo, a EMIDA INSTALAÇÕES LTDA., confia em sua total rejeição, no sentido de que seja mantida a decisão desta Comissão de Licitação por meio de seu Pregoeiro, pois assim estar-se-á mantendo justa a decisão, segundo as condições editalícias. Análise do pregoeiro: DA REPRESENTAÇÃO DA RECORRIDA: Não procede o questionamento da licitante MCI, pois o edital não exige que eventual instrumento de mandato seja conferido com data posterior à publicação do aviso de licitação. O Código Civil, em seu artigo 654, dispõe que o instrumento particular valerá desde que tenha a assinatura do outorgante, indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga, com designação e a extensão dos poderes conferidos. Todos esses requisitos foram atendidos, de modo que o instrumento apresentado é válido. DO ATESTADO DE VISITA: Não procede o questionamento da licitante MCI, pois o processo administrativo, folha 320, onde consta o registro junto ao Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro – CREA-RJ, assim como as ARTs, folhas 257, 258, constam o Sr. Jarbas Cardoso Leal Filho, como Engenheiro – responsável técnico da licitante EMIDA. Sobre a Descrição exemplificativa dos serviços e rotinas de manutenção, conforme anexo I do Termo de referência que corresponde ao anexo VIII do edital, o pregoeiro cometeu um erro material ao exigir a descrição detalhada na fase de habilitação. Até pela própria natureza do objeto, tal documento deve ser exibido, conforme item 9 do Termo de referência, alínea “q”, que define, in verbis “Apresentar em até 15 (quinze) dias após celebração do Contrato a proposta de Plano de Manutenção para aprovação pela Comissão de Fiscalização.” Tal exigência do Termo de referência não foi anulada e ou combatida. A licitante EMIDA perguntou pelo telefone oficial do núcleo de licitação junto ao pregoeiro, telefone 3971-1569, sobre a obrigatoriedade da entrega do ANEXO VIII - Descrição exemplificada dos Serviços (ANEXO I do TR) na fase de habilitação. O pregoeiro, em diligência junto a sua diretora, Vânia Pintos, informou que tal documentação deveria ser entregue na fase de contratação, pela própria natureza do objeto.” Além disso, caso o documento fosse obrigatório e a licitante EMIDA não tivesse apresentado, devemos destacar que o edital prevê, conforme item

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12.16, ‘c.1’ que: A licitante poderá, ainda, suprir eventuais omissões ou falhas, relativas ao cumprimento dos requisitos e condições de habilitação estabelecidos no Edital, mediante a apresentação de novos documentos ou a substituição de documentos anteriormente ofertados, desde que os envie no curso da própria sessão pública do pregão e até a decisão sobre a habilitação, por meio de correio eletrônico para o endereço [email protected], no prazo de até 30 (trinta) minutos, após solicitação do Pregoeiro. Não há porquê se abrir o prazo de 30 minutos, pois não houve omissão ou falha da licitante EMIDA e, ainda se houvesse omissão ou falha, o edital prevê tal possibilidade de a licitante retificar tal omissão e ou falha. Desta forma, não assiste razão a licitante MCI neste pleito. DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA e PROVISÃO PARA RESCISÃO E PLANILHA DE CUSTOS: Quanto a qualificação técnica a Emida atende há 3 anos a Fundação Cidade das Artes em dois contratos sendo um deles, exatamente o mesmo objeto e um segundo na manutenção dos sistemas de climatização e de automação com valores superiores em mais de quatro vezes o nosso objeto e pelo que se presume, atua com eficiência, pois a empresa não possui nenhuma advertência no período cadastrado na Prefeitura. Com relação aos valores previstos no item 'PROVISÃO PARA RESCISÃO" não encontramos em nenhuma pesquisa na internet qualquer regulamentação que fixe um valor e/ou % mínimo para esse item e seria também inócuo, pois não teríamos como verificar durante o contrato a comprovação da reserva de qualquer valor em uma conta contábil específica criada para controle da Iplanrio. No entanto, deve-se lembrar que os valores dos benefícios e recolhimentos serão rigorosamente controlados e checados mensalmente com a planilha entregue na homologação. Desta forma não vislumbro justificativas no recurso da empresa MCI para a inabilitação da empresa EMIDA INSTALAÇÕES LTDA. Julgamento Final do Pregoeiro:

Tendo em vista a análise realizada pelo pregoeiro e sua equipe de apoio, NÃO ACEITO e julgo improcedente o recurso interposto pela licitante MCI Tecnologia e Serviços LTDA, desta forma, permanecendo habilitada a licitante

EMIDA Instalações LTDA.

Autoridade Superior: APROVO a decisão do Pregoeiro constante do referido processo, indeferindo o recurso interposto pela licitante MCI Tecnologia e Serviços LTDA, confirmando os atos praticados até o momento, permanecendo habilitada a licitante EMIDA

Instalações LTDA.