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Comportamento em sala de aula “ A Universidade é pública e de todos”! Esta frase é muito citada por docentes e alunos das Universidades Federais, contudo, há alguns que não entendem ou não levam a sério tal citação. De fato, a UFRGS é pública, de todos, mas isto não significa que tudo está liberado e cada um pode agir como bem entender dentro das dependências da Universidade. Outra frase que vem sendo repetida por alunos, e até por alguns docentes, é a seguinte: “Nós pagamos salários dos professores, logo estes tem que atender nossas exigências!”. É verdade que a sociedade paga impostos, assim como os próprios servidores da UFRGS tem descontado imposto de renda na fonte, e alguma parte deste dinheiro é para a Educação. Se a Universidade é de todos, então tem que haver um regramento, uma organização, mas alguns alunos, professores e funcionários não querem se submeter à autoridade, e o resultado está nas recorrentes notícias nas páginas policiais de jornais e TV, ou seja, de maneira sistemática a UFRGS vem sendo assunto policial nas mídias. A Maioria dos alunos da UFRGS não conhece o Código Disciplinar Discente, e mesmo aqueles que o conhecem, não temem serem punidos. Quanto aos docentes, a maioria conhece o Estatuto do Servidor Público, mas mesmo assim, alguns não temem as consequências, e praticam ações que temos visto na mídia. A seguir constam algumas normas a serem seguidas durante o semestre. (1 o ) Será feita apenas uma chamada, ao final da aula. É de responsabilidade do aluno responder à chamada. Se o aluno optar por vir à aula somente para responder a chamada, então deverá assumir a consequência de não ter um desempenho adequado na disciplina. (2 o ) Segundo orientação da Reitoria, o uso do celular é permitido em aula, mas o aparelho não pode emitir som, nem o aluno poderá atender chamadas durante a aula. O uso do celular será para acompanhar o conteúdo que o professor está apresentando. Não é

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Comportamento em sala de aula

“ A Universidade é pública e de todos”! Esta frase é muito citada por docentes e alunos das Universidades Federais, contudo, há alguns que não entendem ou não levam a sério tal citação. De fato, a UFRGS é pública, de todos, mas isto não significa que tudo está liberado e cada um pode agir como bem entender dentro das dependências da Universidade. Outra frase que vem sendo repetida por alunos, e até por alguns docentes, é a seguinte: “Nós pagamos salários dos professores, logo estes tem que atender nossas exigências!”. É verdade que a sociedade paga impostos, assim como os próprios servidores da UFRGS tem descontado imposto de renda na fonte, e alguma parte deste dinheiro é para a Educação. Se a Universidade é de todos, então tem que haver um regramento, uma organização, mas alguns alunos, professores e funcionários não querem se submeter à autoridade, e o resultado está nas recorrentes notícias nas páginas policiais de jornais e TV, ou seja, de maneira sistemática a UFRGS vem sendo assunto policial nas mídias.

A Maioria dos alunos da UFRGS não conhece o Código Disciplinar Discente, e mesmo aqueles que o conhecem, não temem serem punidos. Quanto aos docentes, a maioria conhece o Estatuto do Servidor Público, mas mesmo assim, alguns não temem as consequências, e praticam ações que temos visto na mídia.

A seguir constam algumas normas a serem seguidas durante o semestre.

(1o) Será feita apenas uma chamada, ao final da aula. É de responsabilidade do aluno responder à chamada. Se o aluno optar por vir à aula somente para responder a chamada, então deverá assumir a consequência de não ter um desempenho adequado na disciplina.

(2o) Segundo orientação da Reitoria, o uso do celular é permitido em aula, mas o aparelho não pode emitir som, nem o aluno poderá atender chamadas durante a aula. O uso do celular será para acompanhar o conteúdo que o professor está apresentando. Não é permitido ao aluno fazer fotos ou filmar o professor ou colegas. Durante as provas o celular deverá ficar na mochila sem emitir som ou vibração.

(3o) As provas são individuais, sem consulta ao professor ou colegas. Não será permitida troca de material durante a prova. As provas serão apresentadas ao aluno após a correção. O aluno deverá conferir a correção e as pontuações, e após devolver ao professor. As provas poderão ser obtidas após os prazos legais de divulgação dos conceitos pelo Instituto de Matemática. As provas serão armazenadas no gabinete do professor por um prazo de seis meses, sendo que após serão incineradas. Esta atitude do professor se deve a alunos mal intencionados, que levaram provas para casa, alteraram as respostas, e depois exigiram do docente a modificação da nota.

(4o) Queixas sobre o conteúdo da disciplina, sistema de avaliação e o plano de ensino devem ser direcionadas à coordenação da disciplina.

(5o) Pedidos de eliminação de disciplina, condições de sala de aula, colisão de horário devem ser feitas ao coordenador da comissão de graduação do curso ao qual o aluno pertence.

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(6o) A interação entre alunos é permitida, mas somente assuntos relacionados à disciplina. A sala de aula não é o local adequado para discussões sobre convicções políticas, religiosas, culturais, para isso há os locais adequados para isso.

(7o) Bullying contra professores e alunos serão tratados como assédio moral, crime passível de punição. Não são permitidos comentários sobre modo de vestir, corte de cabelo, nome da pessoa, seja do professor ou de colegas, colocar apelidos ou assediar sexualmente alguém em sala de aula.

(8o) Constitui falta grave mandar outra pessoa responder chamada ou fazer provas em seu lugar.

(9o) O uso do correio eletrônico é somente para assuntos da disciplina, sendo que o aluno responderá pelo uso inadequado, tal como: ofensas ou difamações a professores, colegas ou monitor.

(10º) Na UFRGS existe um órgão chamado NAD (Núcleo de Assuntos Disciplinares). Este órgão é constituído por uma comissão que julga processos administrativos relativos a docentes e discentes.

Depois de todas essas considerações, que são óbvias, sempre haverá alguns que acreditam estarem imunes a qualquer punição. A seguir estão alguns fatos que ocorreram na Universidade, e que devem servir de contraexemplo.

Ocorrências envolvendo alunos da UFRGS

Aluno antissemita na UFRGS

Sindicância na UFRGS investiga aluno acusado de anti-semitismo

LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre

A atuação de grupos neonazistas no Rio Grande do Sul, detectada e apurada pela polícia gaúcha há dois anos, chegou à universidade pública federal.

Sindicância da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) investiga o aluno de ciências autuariais pela disseminação do anti-semitismo e intenção de usar a presidência do diretório acadêmico para ajudar a financiar um clandestino Partido Nacional-Socialista Brasileiro.

A suposta agremiação, que se autodeclara nazista e atua em Porto Alegre (RS), costumava se reunir informalmente em uma pizzaria no bairro Menino Deus --mudou de endereço após ter sido descoberta, passando a não manter um local fixo para seus encontros.

Lopes era candidato à presidência do diretório. Renunciou quando seus oponentes apresentaram à direção da faculdade e-mails que assina com conteúdo anti-semita. O aluno reconhece ter redigido e-mail no qual fala em "deter esses odiosos vermes judeus". Nega, porém, o que fala em conseguir fundos.

Segundo a UFRGS, a mensagem é a seguinte: "Caso consiga obter o cargo que estou pleiteando, sei que poderei dar um apoio concreto ao NS [Nacional-Socialista] de Porto Alegre, pois me será disponibilizada uma gama de recursos".

O procurador-geral da UFRGS, Armando Pitrez, cogita a possibilidade de, após a sindicância de 30 dias, o

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aluno ser expulso, além de processado criminalmente --o caso seria levado ao Ministério Público Federal.

Outros casos

A Folha apurou que há pelo menos quatro grupos de diferentes vertentes fazendo apologia da discriminação étnica, religiosa, racial, contra comunistas, ciganos e deficientes físicos e mentais. "Eles se movem com eficiência. Vem gente do exterior, grupos musicais que tocam para 20 pessoas. Essa rede vem pregando pela internet", disse Jair Krischke, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que ajuda a subsidiar a polícia com informações.

A reportagem teve acesso a trechos de diálogos no Orkut. Exemplo: "Aqui [Porto Alegre] tem o bairro Bom Fim, onde 70% [pelo que eu sei] dos moradores são de origem judaica. (...) Dá vontade de largar uma bomba nesse bairro." "Em SP tinham que explodir com aquele maldito Shopping Higienópolis e exterminar todos esses ratos do bairro também, malditos judeus (...)." "Camaradas, vocês estão muito visados... excluam isto [as mensagens] logo." "Verdade, duvido que não tenha um judeu lendo tudo aqui... melhor combinar por fora."

Estudante Nazista é um dos principais articuladores do Movimento Anticotas Raciais na UFRGS

"Peço a ajuda de vocês, pessoas intrinsecamente envolvidas com a causa Nacional-Socialista no Brasil, para pensarmos, juntos, uma maneira eficaz de deter esses odiosos vermes judeus." Com esta frase em junho de 2005 o estudante de Ciências Atuariais de 22 anos, ganhou notoriedade nacional.

Principal envolvido um dos mais sérios casos de racismo e anti-semitismo em uma instituição federal de ensino superior, o estudante foi alvo de sindicância, com o objetivo de averiguar a divulgações de idéias racistas e facistas através da chapa da qual fazia parte, durante as eleições para o diretório acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas.

Sob as vistas grossas da Reitoria, durante dois anos grupos de extrema direita se organizaram e propagaram ódio racial e promessas de violência através da internet, buscando novos adeptos através da rede de relacionamentos Orkut.

O estudante que há dois anos atrás em entrevista com a Folha de São Paulo se declarou facista, afirmando até ter "amigos negros" e não odiar judeus por não conhecer nenhum, integra agora um grupo maior, que com uma roupagem politicamente correta, tem ganhado prestígio e força com o espaço aberto pelas mídias comerciais e nas articulações estabelecidas com docentes de faculdades mais elitizadas da UFRGS como a Faculdade Medicina. 

Nos últimos meses, como consequência de processos judiciais abertos contra mantenedores de perfis racistas, e devido a notoriedade do posicionamento contra as cotas, os acadêmicos de extrema direita, integrantes do movimento de estudantes contra as cotas, eliminaram grande parte das mensagens de cunho racista anti-sionista, comunidades relacionadas e quaisquer outras provas incriminantes de seus perfis.

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Grupo de estudantes anarquistas da UFRGS

Grupo anarquista que atacou sedes policiais e de partidos políticos é alvo de operação no RS

Estudantes de mestrado e doutorado da UFRGS estão envolvidos em ao menos 11 ataques com coquetéis molotov, segundo a polícia; ainda não há prisões decretadas.

Material de apologia a atos de vandalismo foi apreendido em Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana. Foto: Divulgação/Polícia Civil RSUm grupo autointitulado anarquista foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 25, em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Segundo a investigação que resultou na Operação Érebo, estudantes de cursos de pós-graduação, na faixa dos 25 a 35 anos, organizaram ao menos onze ataques com coquetéis molotov a sedes policiais, de partidos políticos, bancos, concessionárias de veículos, uma igreja católica e prédios de entidades judaicas na capital gaúcha.

O primeiro caso registrado, em 2013, foi o incêndio de três viaturas dentro do pátio da sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Em um dos ataques mais recentes, em julho deste ano, o grupo espelhou protestos anarquistas que ocorriam durante a cúpula do G20, na Alemanha, e ateou fogo em um carro em frente ao consulado alemão em Porto Alegre, segundo a polícia.

Espancamento de aluno indígena. Essa até o Datena ficou indignado!

Manifestantes cobram providências da UFRGS após agressão a estudante indígenaPublicado em: Março 31, 2016

Estudantes fizeram um ato com caminhada pelo campus da UFRGS em solidariedade ao indígena agredido| Aos gritos de “Racistas, fascistas não passarão”, estudantes e representantes de coletivos de indígenas e de negros, além de movimentos sociais, fizeram um protesto, na tarde desta quinta-feira (31), na Capital, contra as agressões    sofridas na madrugada do dia 20 de março por estudante cotista indígena de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal para apurar os autores da tentativa de homicídio e injúria racial e também foi instalada uma sindicância pela UFRGS.

Nerlei foi agredido a socos e pontapés por um grupo de jovens próximo à Casa do Estudante da UFRGS, mesmo depois de já estar caído. Ele, acompanhado por um sobrinho, teria ido ao local visitar um parente, quando foi insultado pelos demais estudantes. “O que esse índio está fazendo aqui”, teriam provocado os jovens. As agressões físicas foram registradas pelas câmeras. O ato desta quinta-feira começou em frente à faculdade de Direito, onde diversos estudantes e representantes de coletivos fizeram manifestações. “Nós não somos brancos, somos miscigenados, está na hora de a UFRGS ouvir nossa resposta”, afirmou uma estudante, tom seguido por outros manifestantes que reclamaram de discriminação por parte da própria universidade.

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Alunos “enxergam” servidores públicos como “vagabundos”. No cartaz colocado na porta da Central de Identificação, em janeiro de 2018, “picharam” as frases “De novo” e “Vamos trabalhar vagabundos”.

Denúncias de plágios em trabalhos acadêmicos (05/10/2004)

Em vista da relevância da denúncia de plágio praticado no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação (PPGCOM) da UFRGS, por meio do qual Gilberto Kmohan obteve o título de Mestre em Comunicação e das sucessivas manifestações sobre o assunto no Observatório, é importante dar notícia aos leitores do OI dos desdobramentos do caso. A denúncia da fraude foi feita à Reitoria da UFRGS em 3 de maio de 2001, logo há 3 anos e 4 meses.

Da denúncia até hoje, o autor do plágio sequer foi chamado a dar explicações sobre o assunto, nas sucessivas e ilegais comissões (não me refiro a processos administrativos disciplinares inócuos) criadas na Universidade para investigar o caso. Nem ele, nem os membros da banca ou seu orientador Sérgio Capparelli. Muito menos o denunciante – no caso eu-, ou o professor Francisco Rüdiger, da UFRGS que, depois de interar-se do processo, manifestou-se em vários artigos sobre a fraude e suas implicações éticas, também no OI. Uma das comissões ilegais inventada na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico), denominada de Estudo Técnico e formada por três doutores, chegou a levantar a hipótese de plágio não intencional, na tentativa de, algum modo, salvar uma farsa que compromete os integrantes da banca que direta ou indiretamente, por negligência, imprudência ou incompetência, a exaltaram quando de sua avaliação.

Ao longo destes mais de três anos, o caso não foi esquecido. Entre professores e alunos da UFRGS, tornou-se motivo de comentários sarcásticos e vem dando margem a especulações, por sua longeva inconclusão. Duas delas são mais salientes: (a) ou houve a fraude e por alguma misteriosa razão, ela está sendo acobertada para preservar os integrantes da banca (b) não foi bem assim e o que há de falso na dissertação de Kmohan é acidental e relativamente comum em trabalhos acadêmicos.

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Alunos homofóbicos na FFCMPA

Dois alunos da Medicina perderam vaga na FFCMPA após sindicância. Os dois alunos trocaram e-mail comentando que era para discriminar pacientes homossexuais e até deixá-los sem atendimento médico.

Alunos ofendem professoras do Instituto de Matemática

Dois alunos foram descobertos, através do Moodle, após trocarem mensagem difamatórias a respeito de duas professoras da Licenciatura da Matemática. Ambos alunos chamaram as professoras de “Barangas”, e além disso comentaram sobre um “ataque” contra elas.

Ameaças de ataques ao Campus do Vale da UFRGS é registrada em redes sociais

20/03/2019 - 14:02 e atualizado em 20/03/2019 - 18:42

Uma das mensagens compartilhada mostra que a suposta intenção do grupo é "exterminar mulheres de exatas e negros"

Começaram a circular em redes sociais, nesta quarta-feira, imagens sugerindo que um grupo de jovens pode estar planejando um suposto ataque no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Uma das mensagens compartilhada mostra que a intenção é “exterminar mulheres de (cursos de ciências) exatas e negros”.

Ainda em mensagens compartilhadas, um professor pede, via e-mail interno, que colegas mantenham atenção no ambiente de trabalho, especialmente a “indivíduos desconhecidos e em situações suspeitas”. O e-mail relata ainda que o reitor da Instituição, Rui Oppermann, já conversou com diretores de centros, em reunião ocorrida ontem.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade se manifestou no Facebook, divulgando uma nota em que pede segurança aos estudantes e lembra do ataque que ocorreu na semana passada em uma escola municipal de Suzano (SP). O Diretório salientou que está em contato com a Reitoria e com as autoridades responsáveis a fim de cobrar um reforço na segurança em todos os campi da Ufrgs.

A assessoria de comunicação da Ufrgs divulgou uma nota (confira abaixo) afirmando que outras instituições do País também receberam ameaça de atentado e que já acionou, preventivamente, o setor de segurança da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Já a Polícia Federal informou à reportagem que recebeu “a notícia por parte da Ufrgs e está dando o devido tratamento à informação”.

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Veja a nota da Ufrgs:

“A Universidade Federal Rio Grande do Sul, assim como algumas outras universidades brasileiras, recebeu informações de ameaça de atentado no Campus do Vale, semelhante ao ocorrido em Suzano, SP. Diante disso, a Universidade acionou, preventivamente, o setor de segurança da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), polícias Federal e Civil e o setor de inteligência da Brigada Militar e, ainda, reforçou sua segurança interna. A UFRGS tomou essas medidas a fim de proporcionar a manutenção de todas atividades no local com segurança e tranquilidade”.

Relembre: Nesta quarta, completou uma semana do ataque que resultou em dez mortos na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, em São Paulo. Homenagens foram feitas na escola para lembrar as vítimas do massacre. Na última sexta, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de buscas e apreensão na residência de um jovem, em Santa Rosa, suspeito de fazer apologia ao massacre ocorrido em Suzano. Foram recolhidos balaclava, diários, livros, celular, bandana de caveira, entre outros itens. Em Santa Maria, o Colégio Militar reforçou a segurança interna após identificar um aluno que postou, na internet, mensagens alusivas ao ataque contra a Escola Raul Brasil, em Suzano. O autor das postagens e familiares dele receberam atendimento da seção psicopedagógica da escola e foram encaminhados ao Hospital Geral de Santa Maria.

Ocorrências evolvendo docentes da UFRGS

Episódio de racismo na Faculdade de Agronomia.

Professor é condenado por fazer piada racista18 de maio de 2009

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região publicou o acórdão com a decisão de sua 3ª Turma que condenou, no dia 28 de abril, um professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul a pagar multa por ato de racismo. O professor foi denunciado pelo Ministério Público Federal por ter feito em aula comentários racistas. As informações são do Espaço Vital.

Somente com a publicação oficial do acórdão é que veio a público o nome do professor. Embora o processo não tramite em segredo de Justiça, o TRF-4 não havia disponibilizado o nome do réu.

Conforme a denúncia do MPF, o acusado — durante o primeiro dia de aula da disciplina Leguminosas de Grãos Alimentícios, em março de 2000 — pronunciou duas frases polêmicas: “os negrinhos da favela só tinham os dentes brancos porque a água que bebiam possuía flúor” e “soja é que nem negro, uma vez que nasce é difícil de matar”.

Tais manifestações, conforme apuração do MPF provocada pelo aluno Ronaldo Santos de Freitas - que é negro e estava presente, provocaram constrangimento e indignação em todos os presentes, de forma generalizada.

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Ainda segundo a inicial, em reação à denúncia dos fatos ao Centro Acadêmico — que encaminhou carta ao diretor da Faculdade e ao chefe de departamento — o professor, na aula posterior, lançou pergunta dirigida à turma — "Alguma dúvida da aula anterior? Ficou claro?" – "com nítido olhar intimidatório direcionado ao aluno Ronaldo, tentando evitar que os fatos fossem levados adiante".

À época, foi aberta uma comissão de sindicância na faculdade, que concluiu que não havia uma conotação racista nas afirmativas do professor e que este tinha “o intuito de criar um ambiente mais descontraído no primeiro dia de aula”. A sindicância também concluiu que o professor fizera "uso de expressões informais usuais no meio rural relacionadas à raça negra".

A ação foi ajuizada contra o professor da Faculdade de Agronomia e também contra o co-réu Sérgio Nicolaiewsky, na condição de diretor da Faculdade de Agronomia, por omitir-se quando foi comunicado do fato ocorrido em aula e, também, pelo uso indevido de recursos públicos (no valor de R$ 550) para pagar a festa de confraternização dos servidores da faculdade em 1998. A ação foi julgada improcedente pelo juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara Federal de Porto Alegre (RS).

O apelo do MPF insurgiu-se somente quanto à improcedência relativa ao cometimento de ato discriminatório por parte de. Na apelação, disse o Ministério Público estar provado que "houve ação discriminatória e racista" e que esta "provocou constrangimento e indignação em todos os presentes e principalmente no único aluno negro presente".

O professor defendeu-se alegando "ter dito as frases sem intenção pejorativa" e que "valera-se de ditado corrente na zona rural, costumeiro em agricultores de origem italiana, com um conteúdo positivo, relativo ao vigor da raça negra".

Entretanto, segundo o entendimento do TRF-4, conforme alunos que testemunharam o fato, o professor Costa se retratou ao final da aula e em aulas posteriores tentado intimidar o aluno ofendido.

O relator do processo, o juiz federal Roger Raupp Rios, convocado para atuar na corte, entendeu que “é inequívoca a violação dos princípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade”. Segundo o juiz, um professor com o grau de intelectualidade do réu não teria como ignorar o conteúdo racista nas expressões utilizadas.

Conforme o relator, expressões como as que foram usadas, "na reflexão da filosofia política contemporânea são manifestações de injustiça simbólica, que violam direitos por meio de padrões de representação, interpretação e comunicação".

Operação PhD na Faculdade de Enfermagem da UFRGS.

RS: 6 professores são presos por fraudes em bolsas de estudo

Operação PhD analisa desvios de pelo menos R$ 5,8 milhões em bolsas na Ufrgs

Seis professores foram presos nesta sexta-feira (09) em decorrência da Operação PhD, que investiga fraudes no pagamento de bolsas de estudo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Conforme os dados repassados pela Polícia Federal, docentes e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos) estão envolvidos nas irregularidades. Os seis prestaram depoimentos e estão detidos na superintendência da Polícia Federal em Porto Alegre, onde devem permanecer até terça-feira, quando vencem os mandados de prisão temporária.

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Conforme averiguado pela Polícia Federal, os seis docentes estavam envolvidos em desvios de verbas de bolsas de estudos e programas de ensino na área de Saúde Pública da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A fraude era realizada a partir da inclusão de bolsistas sem vínculo com a UFRGS no sistema, gerando até R$ 6,2 mil mensais de lucro por nome aos suspeitos. Pelo menos 20 projetos estão sendo investigados, com prejuízo comprovado de R$ 5,8 milhões.

Além dos desvios de verba, também foram identificadas irregularidades em processos seletivos e de qualificação. Um estudante comprovadamente recebeu o título de mestre através da escola de enfermagem sem nunca ter frequentado as aulas, e também foi alegado que os beneficiários devolviam parcial ou integralmente os valores das bolsas aos professores. O pagamento fraudulento de diárias e serviços terceirizados também estão entre os crimes identificados.

Os investigados responderão por associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação. A UFRGS se pronunciou através de nota alegando que "foi surpreendida nesta sexta-feira (...) e que as denúncias ora veiculadas restringem-se unicamente aos programas citados; a UFRGS, até o presente momento, não foi procurada por nenhuma instância para tratar sobre o assunto; acompanha com muita atenção os desdobramentos das investigações; coloca-se à disposição para auxiliar em todos os esclarecimentos que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos".

A Unisinos, onde atualmente leciona uma das investigadas, também emitiu nota e garantiu que "não tem vínculo com os projetos objeto da investigação (...) e que as ações da Polícia Federal não têm por alvo a Unisinos e que, dentre as pessoas referidas na investigação, está uma pesquisadora da Universidade que realizou seu mestrado e doutorado na UFRGS".

Inquérito apura pagamentos com indicativo de irregularidades

21 de março de 2019

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (21), a Operação Alforje. O objetivo é apurar desvios de recursos públicos relacionados a convênio firmado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), através da Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA), e a Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS).

Cerca de 40 policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre (9), Viamão (1) e Gravataí (1). A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar de 05 (cinco) servidores públicos e medidas de bloqueio de contas e de veículos de pessoas investigadas.

O convênio estabeleceu o repasse de 11,4 milhões de reais à FAURGS para elaboração conjunta de projetos nas áreas de engenharia e arquitetura, com vigência nos anos de 2015 a 2017.

O inquérito apura pagamentos com indicativo de irregularidades, em favor de beneficiários selecionados sem critérios técnicos e que, muitas vezes, já são vinculados à UFRGS ou à FAURGS. O esquema também funcionava para complementar a renda dos servidores da Universidade investigados, através do recebimento das bolsas. Há casos de profissionais com formação diversa da área objeto do convênio, indicados como bolsistas do projeto. Os dados da execução e da prestação de contas também são mínimos ou inexistentes. A suspeita é que mais de uma centena de pessoas pode ter sido indevidamente favorecida pela aplicação irregular dos recursos do convênio. Os investigados poderão responder por crimes como peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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Professor da UFRGS acusado de ser mentor intelectual de assassinato

Professor da Engenharia da UFRGS e esposa vão a júri popular acusados de mentores de assassinato a idosa. O planejamento foi devido a seguro de vida e bens da idosa