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Carinne Magnago Seminário Educação Interprofissional e Prática Colaborativa na Saúde Faculdade Meridional - IMED Grupo de Pesquisa Políticas, Programas e Ações de Educação na Saúde – PPAES IMS/UERJ E-mail: [email protected]

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Carinne Magnago

Seminário Educação Interprofissional e Prática Colaborativa na Saúde

Faculdade Meridional - IMED

Grupo de Pesquisa Políticas, Programas e Ações de Educação na Saúde – PPAES IMS/UERJ

E-mail: [email protected]

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EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE

PRÁTICA COLABORATIVA

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Educação

transformadoraInterdependência

profissional

EQUIDADE EM SAÚDE

Centrada na pessoa e baseada na

população

- Líderes como agentes de mudança

- Educação baseada em

competências e na comunidade

- Equipes interprofissionais

- Compartilhamento de tarefas

- Tecnologias da informação

inovadoras

EIP e prática

colaborativa

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Nelson Mandela University

Competências

nucleares

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As competências colaborativas são definidas como aquelas que viabilizam

o trabalho em equipe efetivo, resolutivo e alinhado às necessidades de

saúde.

A produção científica apresenta contribuições valorosas que podem

contribuir para o reconhecimento, construção e/ou ajuste dessas

competências, em consonância ao contexto em que a EIP é operada.

As publicações mais conhecidas no cenário internacional são as matrizes

de competências do Canadá e dos EUA, que servem como guia para o

desenvolvimento de currículos de processos de formação na saúde.

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National Interprofessional Competency Framework - Canadian Interprofessional Health Collaborative

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Interprofessional Collaboration Competency Domain

Interprofessional Education Collaborative – IPEC 2016

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1. Acessar informações

2. Avaliar as necessidades

3. Desenvolver o plano

4. Implementar o plano

5. Avaliar os resultados

6. Desenvolver melhorias

Area Health Education Center IPE, West Virginia University

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Categorias analíticas Questões norteadoras Elementos da EIP

Objetivos- Os objetivos declarados promovem/contribuem a prática

colaborativa?

- Duas ou mais profissões apreendendo juntas

- Desenvolvimento de atitudes e competências para a prática colaborativa

- Aprendizado sobre o papel de cada profissão

- Estabelecimento de objetivos comuns

- A colaboração profissional como estratégia de melhoria da qualidade da

atenção

Fundamentação teórica - O Programa informa sua fundamentação teórica?- Bases em teorias educacionais que promovam a aprendizagem reflexiva

e colaborativa em serviço

Estrutura e métodos de ensino-

aprendizagem

- O aprendizado interprofissional é incorporado ao programa?- A aprendizagem interprofissional deve estar prevista na estrutura

curricular, integrando os módulos/unidades

- O Programa adota a prática baseada em evidências?- Aprendizagem baseada em evidências científicas; e na mutualidade e

reciprocidade

- O Programa é formado por valores interprofissionais? - Conjugação de métodos pedagógicos comuns e compartilhados

- São adotados métodos de aprendizagem interativa?- Utilização de metodologias de aprendizado que integrem diferentes

recursos interativos e de contextualização

- Todas as profissões estão representadas no planejamento

do ensino?

- Recursos pedagógicos que promovam o aprendizado compartilhado

entre diferentes profissões

- Usuários e cuidadores são envolvidos no processo de

aprendizagem?

- Aprendizagem baseada na inclusão e centralização do usuário e na

participação efetiva dos profissionais do serviço nas práticas educativas

Mecanismos de avaliação

- A aprendizagem interprofissional é avaliada?- Processos avaliativos contínuos dos aprendizes, que verifiquem o

desenvolvimento de competências e atitudes profissionais

- Como o Programa é avaliado?- Avaliação periódica do programa que permita o replanejamento dos

métodos pedagógicos

- Os resultados são divulgados?

- Os resultados das práticas educacionais devem ser divulgados para

auxiliar o desenvolvimento de novas experiências que aprimorem os

contextos educacionais

Adaptado de Barr H. Ensuring quality in interprofessional education. CAIPE Bulletin. 2003; (22): 2-3

Matriz orientadora para avaliação de contextos educacionais na perspectiva da EIP

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Revisão sistemática encontrou 128 ferramentas quantitativas para avaliação da educação interprofissional ou prática colaborativa

(CIHC, 2012)

Jefferson Scale of Attitudes toward Physician-Nurse Collaboration

Scale of Attitudes Toward Physician-Pharmacist Collaboration

Necessidade de um instrumento genérico

psicometricamente sólido para medir atitudes em

relação à colaboração entre estudantes e profissionais

da profissão de saúde, independentemente de sua

formação acadêmica ou áreas de atuação.

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▪ Escala psicométrica cujo objetivo é mensurar a atitude em relação àcolaboração interprofissional de estudantes e profissionais de saúde.

▪ Instrumento original: Jefferson Scale of Attitudes Toward InterprofessionalCollaboration (JeffSATIC), desenvolvido por Hojat et al. (2014). Foi testado evalidado com 1.976 estudantes americanos e australianos de diferentesprofissões da saúde.

▪ Adaptado transculturalmente e validado no Brasil (Abed, 2015)

▪ tradução, retrotradução, avaliação por comitê de especialistas e aplicaçãode pré-teste.

▪ validação de constructo e de confiabilidade com 128 profissionais da APS

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▪ Possui 20 itens, que devem ser respondidos utilizandovariáveis de concordância/discordância medianteescala do tipo Likert com 7 níveis:

(1) discordo completamente --- concordo completamente (7)

▪ A atitude em relação à colaboração é refletida noescore total na escala, que pode variar de 20 a 140,com pontuações mais altas indicando atitudes maispositivas.

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▪ Estudo inédito de José Rodrigues Freire Filho (2018) – “Educação e práticasinterprofissionais no Programa Mais Médicos: implicações na formação e notrabalho em saúde do contexto brasileiro” - tese de doutorado USP

▪ Objetivo Geral - analisar as propostas e as ações pedagógicasdesenvolvidas no âmbito do PMM a partir dos referenciais teóricos emetodológicos da EIP e das práticas colaborativas em saúde.

▪ Objetivo Específico - comparar as atitudes em relação à colaboraçãointerprofissional de profissionais de saúde componentes de equipes deSaúde da Família participantes do eixo do provimento emergencial doPMM.

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Há diferenças de atitudes em relação à colaboração interprofissional de profissionais componentes de equipes de ESF participantes do PMM?

▪ Comparou as atitudes em relação à colaboração interprofissional de profissionaisde saúde componentes de equipes da ESF participantes do PMM, tendo em vistaos três diferentes perfis:

▪ equipe com médicos brasileiros

▪ equipe com médicos intercambistas individuais

▪ equipe com médicos advindos da cooperação entre a OPAS, Brasil e Cuba

▪ Realizado com 63 profissionais de Minas Gerais, em nov/dez 2016

▪ Aplicada EJARCI e questionário de caracterização

▪ Análise estatística

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▪ A pontuação final do somatóriodos itens variou de 88 a 139pontos, com mediana de 121(±11,97; IC95%: 119,56-122,09).

▪ O perfil do médico, quer seja

brasileiro, intercambista ou

cubano, não refletiu em maior

ou menor inclinação dos

componentes da equipe para o

trabalho interprofissional.

P E R F I L DA E QU I P E N M É D I A M E D I ANAD E S VI O

PA D R Ã OP

Médicos (n=11)

Brasileiro 4 120,7 121 3,3

0.315Cooperado (Cubano) 4 127,2 127,5 4,1

Intercambista 3 126,6 132 15,6

Equipes (n=63)

Brasileiro 18 119 121 12,2

0.924Cooperado (Cubano) 27 119,4 122 12,5

Intercambista 18 118,5 117,5 11,5

• As atitudes dos enfermeiros foram mais

positivas que as dos demais profissionais.

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▪ Identificada diferença estatisticamente maior em profissionais com nível superior(p<0.001), enquanto o escore dos profissionais com especialização não diferiram(p=0.383).

▪ A nacionalidade e a natureza jurídica das instituições de ensino superior onde segraduaram os médicos não atribuíram diferenças significativas em relação aosescores obtidos com as respostas desses profissionais (p=0.662; p=1).

▪ A análise entre a média das respostas da escala com o tempo de profissão resultouem correlação positiva e significativa (R(s)= 0368; p=0.003), insinuando que quantomaior o tempo de profissão, maior é a disposição para atitudes colaborativas.

▪ A apreciação comparativa entre o escore da escala e o tempo de formação dosrespondentes (R(s)=-003; p=0.987), de atuação no SUS (R(s)=-008; p=0.973) e deatuação na ESF (R(s)=-030; p=0.897), por sua vez, não indicou correlação.

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Abed MM. Adaptação e validação da versão brasileira da Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à ColaboraçãoInterprofissional: um estudo em profissionais da atenção básica [dissertação]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás;2015.

Barr H. Ensuring quality in interprofessional education. CAIPE Bulletin. 2003; (22): 2-3.

Canadian Interprofessional Health Collaborative. A National Interprofessional Competency Framework. Vancouver,Canada: CIHC; 2010.

Centre for the Advancement of Interprofessional Education – CAIPE. Interprofessional Education Guidelines 2017.United Kingdom: CAIPE; 2017.

Freire Filho JR. Educação e práticas interprofissionais no Programa Mais Médicos: implicações na formação e notrabalho em saúde do contexto brasileiro [tese]. Ribeirão Preto, SP: USP; 2018.

Hojat M, Ward J, Spandorfer J, Arenson C, Winkle LJV, Williams B. The Jefferson Scale of Attitudes TowardInterprofessional Collaboration (JeffSATIC): development and multi-institution psychometric data. J Interprof Care. 2015[cited Jul 29, 2017];29(3):128-44. Available from: http://dx.doi.org/10.3109/13561820.2014.962129

Interprofessional Education Collaborative. Core competencies for interprofessional collaborative practice: 2016 update.Washington, DC: Interprofessional Education Collaborative; 2016.

WHO [World Health Organization]. (2010). Framework for action on interprofessional education & collaborative practice.Geneva, Switzerland: World Health Organization.

WHO [World Health Organization]. (2013). WHO education guidelines: Transforming and scaling up heath professionals’education and training. Geneva, Switzerland: World Health Organization.

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Obrigada!