matriz risco perigo

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  • UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PS-GRADUAO ESPECIALIZAO EM ENGENHARIA DE

    SEGURANA DO TRABALHO

    GUILHERME SEMPREBOM MELLER

    ELABORAO DA MATRIZ DE RISCOS E PERIGOS EM UMA EMPRESA DE BENEFICIAMENTO DE CARVO-MINERAL

    CRICIMA, JUNHO DE 2011.

  • GUILHERME SEMPREBOM MELLER

    ELABORAO DA MATRIZ DE RISCOS E PERIGOS EM UMA EMPRESA DE BENEFICIAMENTO DE CARVO-MINERAL

    Monografia apresentada Diretoria de Ps-graduao da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obteno do ttulo de Especialista em Engenharia de Segurana do Trabalho

    Orientador: Prof., MSc. Clvis Norberto Savi

    CRICIMA, JUNHO DE 2011.

  • Dedico este trabalho Deus por estar sempre me iluminando e proporcionando momentos de intensa felicidade, como a concluso deste trabalho. meus familiares, em especial minha me Izabel S. Meller (in memorian), pelo seu apoio em todos os momentos da minha vida, por toda sua trajetria vitoriosa, pelo amor e carinho oferecido, alm dos ensinamentos simples e fraternos transmitidos.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus por estar sempre presente em minha vida. A minha me, Izabel Semprebom Meller (in memorian) por toda sua fora,

    garra, humildade, amor e carinho. Ao meu pai Edilberto Joo Meller, pela educao, formao, apoio e

    incentivo que sempre me proporcionou, sendo fundamental para a realizao do meu ideal.

    Ao meu orientador e amigo Clvis Norberto Savi, no s pela orientao e ensinamentos profissionais, mas tambm pelo companheirismo constante, por quem tenho muita admirao.

    A Carbonfera Siderpolis, especialmente a engenheira Conceio Aparecida Barbosa Mattos por oportunizar uma bolsa de estudos para cursar a Ps-Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho. Sem esta bolsa, no estaria concluindo esta Especializao.

    minha noiva, Las Mendes de Resendes, pelo amor, carinho, dedicao e ajuda na elaborao de alguns trabalhos da Ps-Graduao (inclusive este).

    A todos que sempre me apoiaram, dando-me foras para a realizao de mais um sonho.

  • No sabendo que era impossvel, foi l e fez.

    Jean Cocteau

  • RESUMO

    A principal atividade econmica do sul do estado de Santa Catarina baseou-se, durante vrias dcadas, na extrao e beneficiamento do carvo mineral. Porm, nesta atividade existe um grande potencial de acidentes de trabalho, onde, desde os seus primrdios vem tendo como consequncia bito, doena ocupacional e incapacitao total ou parcial, pelo fato dessa atividade ser de alto risco para os colaboradores. No entanto, com a presso generalizada do Ministrio Pblico, DNPM e da sociedade civil, aliada s exigncias do mercado, as carbonferas esto passando a atuar no gerenciamento de riscos sade e segurana ocupacional. Um dos requisitos da OHSAS 18001 trata-se da identificao de perigos, avaliao de riscos e determinao de controles. Tambm na Norma ISO 14001, no seu item 4.3.1 aborda sobre os Aspectos e Impactos Ambientais de uma organizao. No presente trabalho elaborou-se uma matriz de riscos e perigos associados sade e segurana ocupacional (SSO) gerados no processo de beneficiamento de carvo da Carbonfera Siderpolis Ltda, onde esta j possui a certificao na ISO 14001 e busca futuramente certificao na OHSAS 18001.

    .Palavras-chave: Gesto Integrada, Segurana e Sade Ocupacional (SSO), OSHAS 18001, ISO 14001, minerao. .

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1: Bacia Carbonfera de Santa Catarina. ............................................................... 15 Figura 2: Ciclo PDCA. ........................................................................................................... 21 Figura 3: Unidade Lageado, Urussanga

    SC .................................................................. 31 Figura 4: Fluxograma da Carbonfera Siderpolis. ........................................................... 35 Figura 5: Remoo dos rejeitos e carregamento dos caminhes. ................................. 36 Figura 6: Circuito de Britagem ............................................................................................. 37 Figura 7: Usina de Beneficiamento Lageado. ................................................................... 38 Figura 8: Jigues da Usina Lageado. ................................................................................... 39 Figura 9: Ptio de blendagem. ............................................................................................. 39

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1: Fases de um gerenciamento de riscos ............................................................ 34 Quadro 2: Ciclo 6W-2H ......................................................................................................... 34 Quadro 3: Classificao dos Riscos SSO. ..................................................................... 41 Quadro 4: Risco SSO

    Critrio Freqncia .................................................................. 42 Quadro 5: Avaliao do Risco SSO

    Critrio Escala .................................................. 42 Quadro 6: Avaliao do Risco SSO

    Critrio Durao ............................................... 42 Quadro 7: Avaliao do Risco SSO

    Critrio Gravidade ............................................ 43 Quadro 8: Risco SSO

    Critrio Legislao ................................................................... 43 Quadro 9: Risco SSO

    Critrio Efeito Sobre a Imagem ............................................. 43 Quadro 10: Risco SSO

    Critrio Partes Interessadas ................................................ 44 Quadro 11: Clculo do Resultado de Significncia .......................................................... 44 Quadro 12: Modelo para Classificao do Risco SSO ................................................. 44 Quadro 13: Resultado da Significncia dos Riscos SSO ............................................. 45 Quadro 14: Classificao dos Riscos SSO (Balana) .................................................. 45 Quadro 15: Classificao dos Riscos SSO (Caixa de Alimentao) .......................... 46 Quadro 16: Classificao dos Riscos SSO (Escolha Manual) .................................... 46 Quadro 17: Classificao dos Riscos SSO (Britagem). ............................................... 47 Quadro 18: Classificao dos Riscos SSO (Jigagem) ................................................. 47

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas AIA

    Avaliao de Impactos Ambientais BSI

    British Standards Institution BVQI

    Bureau Veritas Quality International CEPCAN

    Comisso Executiva do Plano do Carvo Nacional CSN

    Companhia Siderrgica Nacional DNV

    Det Norske Veritas DORT

    Distrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho ISO

    International Organization for Standartization LER

    Leso por Esforo Repetitivo NBR

    Norma Brasileira NR

    Norma Regulamentadora OHSAS

    Occupational Health and Safety Assessment Series PCMSO

    Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PDCA

    Plan, Do, Check e Action PPRA

    Programa de Preveno de Riscos Ambientais RFF. SA

    Rede Ferroviria Federal. Sociedade Annima ROM

    Run Off Mine RS

    Resultado de Significncia SGA

    Sistema de Gesto Ambiental SGS

    Systems & Services Certification SIECESC

    Sindicato da Indstria da Extrao de Carvo do Estado de Santa Catarina SIG

    Sistema Integrado de Gesto SSO

    Sade e Segurana Ocupacional SST

    Sade e Segurana do Trabalho

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................................... 11 1.2 Objetivo geral................................................................................................... 12 1.1.2 Objetivos especficos .................................................................................... 13 1.3 Justificativa ...................................................................................................... 13

    2 FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................ 15 2.1 Histria do carvo mineral em Santa Catarina ................................................ 15 2.2 Segurana e Ambiente de Trabalho ................................................................ 18 2.2.1 Gesto do Risco Ambiental .......................................................................... 19 2.2.2 Sistemas de Gesto Ambiental (ISO 14001) ................................................ 19 2.2.3 Aspectos ambientais ..................................................................................... 21 2.2.4 Avaliao de aspectos/impactos ambientais ................................................ 22 2.2.5 Sistemas de Gesto de Segurana e Sade Ocupacional (OHSAS 18001) 23 2.2.6 Identificao de perigos e Avaliao de Riscos ............................................ 25 2.2.7 Sistema Integrado de Gesto (SIG) .............................................................. 28

    3 METODOLOGIA.................................................................................................... 31 3.1 rea de Estudo ................................................................................................ 31 3.2 Desenvolvimento do Planejamento ................................................................. 32 3.3 Planejar (PLAN) ............................................................................................... 34 3.3 Executar (DO) .................................................................................................. 35 3.3.1 Lavra ............................................................................................................. 36 3.3.2 Beneficiamento ............................................................................................. 36 3.3.3 Britagem ....................................................................................................... 37 3.3.4 Usina de Beneficiamento .............................................................................. 38 3.4 Avaliao de Riscos associados SSO .......................................................... 40

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS ...................................................... 45 4.1 Verificar (CHECK) ............................................................................................ 45 4.2 Agir Corretamente (ACTION) .......................................................................... 47

    7 CONCLUSO ....................................................................................................... 49 REFERNCIAS ........................................................................................................ 50 ANEXOS .................................................................................................................. 55

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    1 INTRODUO

    A minerao de carvo geralmente citada como atividade econmica mais visvel e de significativo impacto ambiental e com grande potencial de acidentes de trabalho na Regio Sul Catarinense, sendo de fundamental importncia para a economia, j que o carvo mineral responsvel por uma significativa poro da energia gerada nessa regio.

    Porm, nos ltimos anos, devido s presses generalizadas do Ministrio Pblico Federal, Departamento Nacional de Produo Mineral (DNPM), Sociedade e Mercado, as carbonferas perceberam a necessidade de uma postura organizacional e pr-ativa, contemplando os aspectos ambientais e de segurana e sade dos colaboradores.

    Atualmente muitas empresas esto percebendo que um acidente de trabalho custa muito mais do que a sua preveno, partindo desta viso, muitas organizaes esto investindo no gerenciamento de riscos sade e segurana ocupacional.

    Antigamente, acidentes que ocasionavam perdas eram vistos como fatalidades e considerados obras do acaso. Porm essa viso foi se modificando, aps a possibilidade de reduo de prmios de seguros e a necessidade de proteo da empresa frente a riscos de acidentes.

    S a partir deste aumento do prmio de seguros que o trabalho de preveno de acidentes e reabilitao passou a ser mais respeitado.

    Em funo disso, e com a preocupao das mineradoras em se adequarem legislao ambiental e de segurana, iniciou-se a busca pela Certificao ISO 14001 e OSHAS 18001.

    A ISO 14001 uma Norma sobre Sistema de Gerenciamento do meio ambiente cujos requisitos fundamentais so sustentados pelo atendimento legislao, a preveno da poluio e melhoria contnua dos processos. A implantao do SGA foi uma das exigncias da FATMA, com anuncia do Ministrio Pblico, bem como requisito contratual imposto pela TRACTEBEL ENERGIA S.A., principal comprador do carvo produzido na regio.

    Dentre os elementos que a norma ISO 14001 determina que sejam planejados, implementados e mantidos existem: poltica, levantamento dos aspectos

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    e impactos, requisitos legais, objetivos e metas ambientais, responsabilidade, autoridade e treinamento, comunicao, controle operacional, monitoramento e medio, no conformidade, ao corretiva e preventiva, auditorias, anlise crtica e situaes de emergncias, onde para os impactos significativos deve ser elaborado e implementado um Plano de Atendimento a Emergncias (PAE).

    J para as questes de sade e segurana ocupacional a Norma que norteia as organizaes a estabelecerem um sistema de gesto de SSO a OHSAS 18001:2007

    Sistemas de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho. Ela especifica os requisitos para um sistema de gesto de segurana e sade no trabalho (SST), para permitir que qualquer tipo de organizao controle de forma mais eficaz seus riscos de acidentes e doenas ocupacionais e melhore seu desempenho em sade e segurana no trabalho.

    Os requisitos da Norma OHSAS 18001 foram baseados nos requisitos da Norma ISO 14001, de tal forma que uma organizao possa implementar um Sistema de Gesto Integrado (SGI), contemplando e atendendo as duas Normas.

    No presente trabalho avaliou-se os riscos e perigos gerados no processo de beneficiamento de carvo da Carbonfera Siderpolis, sendo construda uma Matriz de Riscos SSO, como forma de atender um dos requisitos da OSHAS 18001:2007.

    1.2 Objetivo geral

    Elaborar uma matriz de riscos e perigos associados SSO, gerados durante o processo de beneficiamento de carvo, como forma de atender a um dos itens da OSHAS 18001, que trata da Identificao de perigos, avaliao de riscos e determinao de controles.

  • 13

    1.1.2 Objetivos especficos

    Analisar o fluxograma do processo de beneficiamento de carvo da Carbonfera Siderpolis;

    Identificar os principais perigos/riscos sade e segurana do trabalho no processo de beneficiamento de carvo;

    Elaborar a matriz de riscos e perigos do processo de beneficiamento;

    Propor melhorias no processo de beneficiamento para minimizar riscos e perigos identificados na matriz.

    1.3 Justificativa

    Devido mudana de postura das empresas em relao aos aspectos ambientais e de segurana, aliada rigorosa atuao do Ministrio Pblico quanto dos rgos fiscalizadores e clientes, agir com responsabilidade fator primordial para que as empresas atinjam um grau de excelncia.

    Muitas organizaes esto implementando um sistema de gesto da sade ocupacional e segurana como parte de sua estratgia de gerenciamento de riscos para tratar questes como a mudana de legislao e proteo de sua fora de trabalho. Um sistema de gesto da segurana e sade ocupacional promove um ambiente de trabalho mais saudvel e seguro porque uma ferramenta que permite s organizaes identificar de forma consistente e controlar os riscos para a sade e segurana, reduzindo o potencial de acidentes, melhorando a conformidade legal e o desempenho da organizao como um todo.

    Como forma de se adequarem s exigncias da sociedade e aos requisitos legais, as empresas mineradoras do sul catarinense buscaram a Certificao Ambiental ISO 14001, seguindo normas, implementando aes e elaborando procedimentos de forma a manter o controle de suas atividades e atendimento da legislao pertinente.

    No s pensando nos aspectos ambientais, mas tambm no bem estar dos seus colaboradores, as carbonferas esto buscando implementar a norma

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    OSHAS 18001:2007, como forma de atender as novas exigncias e integrar as normas ISO 14001:2004 e OSHAS 18001:2007.

    Nesse sentido, os aspectos ambientais e os riscos sade e segurana ocupacional quando no so bem gerenciados, podem gerar grandes despesas para a organizao. Esses aspectos e perigos devem ser avaliados para a empresa agir de forma preventiva, reduzindo ou eliminando a probabilidade de ocorrncia de acidentes envolvendo colaboradores ou partes interessadas.

    Nesse sentido, a conscientizao mundial de elaborar e adotar polticas que conciliem desenvolvimento econmico com eliminao de desperdcios, respeito ao ser humano e ao meio ambiente, revela o quanto fundamental a adoo de ferramentas deste tipo pelas organizaes brasileiras.

    Melo et al (2002) afirma que o Brasil gasta hoje cerca de 4% do PIB nacional com assuntos ligados a acidentes de trabalho. necessrio investir em preveno para que haja uma reduo dos erros e falhas (acidentes) antes que os mesmos ocorram.

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    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Histria do carvo mineral em Santa Catarina

    A Bacia Carbonfera de Santa Catarina (Figura 01), localizada a sudeste do estado, estende-se das proximidades de Morro dos Conventos, no litoral ao sul, at as cabeceiras do rio Hiplito, ao norte. No limite oeste, atinge Nova Veneza, e a leste, a linha natural de afloramento vai at Lauro Mller a Brusque do Sul. A Bacia possui um comprimento conhecido de 95 quilmetros e compreendida na rea delimitada pelas coordenadas geogrficas 2811 a 2903 de latitude sul e 4910 a 4937 de longitude oeste. (CETEM, 2001 apud MELLER 2008).

    Figura 1: Bacia Carbonfera de Santa Catarina. Fonte: KREBS, 2005.

    Como observa Cetem (2001 apud Meller 2008) a extrao do carvo mineral no sul catarinense apresentou-se, desde os seus primrdios, como atividade

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    econmica fundamental ao desenvolvimento de toda a regio e teve a sua comercializao atrelada a decises governamentais.

    O carvo catarinense foi descoberto em 1822 por tropeiros que desciam a Serra do Doze (Serra do Rio do Rastro), em direo a Laguna. A explorao do minrio em Santa Catarina ocorreu inicialmente na regio de Lauro Muller. (CETEM, 2001 apud MELLER 2008).

    Belolli (2002 apud Meller, 2008) ressalta que os relatos feitos por estes tropeiros propagaram-se rapidamente at chegarem ao conhecimento da Corte Imperial, a qual enviou vrias misses de pesquisadores e cientistas regio sul de Santa Catarina a fim de estudar o fenmeno . Verificou-se poca que tais pedras eram muito semelhantes ao carvo mineral, uma substncia muito utilizada na Inglaterra como fonte de energia para uso industrial e domstico.

    Em 1884, entrou em operao um trecho virio ligando Lauro Mller a Imbituba, pertencente Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina. Com os estudos de caracterizao mineral e de viabilidade econmica do carvo, realizou-se em 1876 a primeira tentativa de explorao comercial do minrio em Lauro Mller. (BELOLLI, 2002 apud MELLER, 2008).

    No entanto a dcada de 1970 e o incio da de 1980 marcaram a efetiva diversificao da economia regional, a partir da mecanizao nos processos de lavra e de criao de subsdios. (CETEM, 2001, p. 9).

    Entretanto, em 1988 foi suspenso qualquer tipo de subsdio ao carvo, inclusive o frete, iniciando seu declnio econmico. Mas, a crise maior do setor deu-se na era Collor de Mello , em setembro de 1990, com a assinatura da Portaria Federal n 801, desregulamentando totalmente o setor. (SCHEIBE, 2002 apud MELLER, 2008).

    A Portaria Federal n 801 de 17 de setembro de 1990, relatada abaixo, onde:

    desregulamentou o setor carbonfero, retirando a interveno do Estado nos sistemas de produo, preos e comercializao do carvo, estabelecendo o fim da compulsoriedade de compra do carvo metalrgico nacional pela siderurgia e liberando totalmente as importaes de carvo mineral. Esta mudana radical e abrupta na estrutura produtiva e comercial, sem qualquer planejamento que observasse o aspecto social, teve como conseqncia imediata a perda do mercado do carvo metalrgico. As caractersticas do jazimento, tornando um carvo de alto custo, e a estrutura de transporte, tornaram invivel competir com o carvo metalrgico importado, que alm de ter um custo menor, tinha alquota de importao zero. (SIECESC, 1994, p. 260).

  • 17

    Ainda sobre a desregulamentao do carvo, Scheibe (2002, p. 51) ressalta que a situao reverteu-se a partir de novembro de 1989, quando as empresas carbonferas passaram a comercializar diretamente com a ELETROSUL, em Capivari de Baixo.

    Mesmo com a negociao direta com a ELETROSUL, Scheibe (2002) esclarece que nesta mesma fase, observou-se um decrscimo na compra de carvo energtico pelo setor cimenteiro, reduzindo seu consumo para 1 milho de toneladas, durante os anos de 1989, 1990 e 1991.

    J em 1990, a produo total de carvo foi de pouco mais da metade registrada em 1989 (2,4 x 106 t). (REDIVO, 2002 apud MELLER, 2008). A partir da, a produo se estabilizou no patamar de 5 a 6 milhes de toneladas por ano, basicamente para atender o setor termoeltrico do Estado. No ano de 1999 o Brasil produziu 4,95 milhes de toneladas, sendo 42,4% de Santa Catarina, 56,2% do Rio Grande do Sul e 1,4% do Paran. (MELLER, 2008).

    Com a falta de mercado para o carvo metalrgico o Lavador de Capivari foi desativado, fazendo com que as minas produzissem seus prprios sistemas de beneficiamento. (SCHEIBE, 2002, p. 52).

    Siecesc (1994 apud Meller, 2008) destaca que o setor carbonfero catarinense produzia 400.000 t/ms de carvo vendvel em 1985 e passou para 160.000 t/ms em 1994, com a reduo de 5.000 postos de trabalho direto.

    A partir de 1999 houve um aumento do consumo de carvo vendvel, sendo explicado pela entrada em operao da Usina Jorge Lacerda IV, no Complexo de Capivari de Baixo, duplicando a demanda mensal de carvo CE-4500. (SIECESC, 1994).

  • 18

    2.2 Segurana e Ambiente de Trabalho

    Torres e Gama (2005 apud Heleodoro 2009) afirmam que o ambiente, sade e segurana tm uma inter-relao no sistema produtivo da indstria mineira e dentro da atividade da explorao de minas. Uma boa qualidade ambiental pode implicar uma boa sade humana e vice-versa, de igual forma uma boa segurana ser refletida em poucos acidentes e como conseqncia boa sade ocupacional e vice-versa, finalmente as aes com segurana podem permitir melhorar o ambiente e vice-versa. A relao entre a segurana e o ambiente est em que uma boa segurana influi na boa qualidade ambiental.

    J para Stares (1997 apud Medeiros 2003), a proteo do meio ambiente e da segurana e sade dos empregados, est alcanando patamares de exigncia como nunca visto antes. Agregar valor ao produto atravs do aperfeioamento de um sistema de gesto integrado, aliado aos aspectos econmicos trazidos pelo aumento da eficcia e reduo dos desperdcios, pode ser uma grande vantagem competitiva para a empresa.

    Os acidentes do trabalho e as doenas adquiridas no trabalho devido a condies inadequadas afetam a performance geral da empresa e por isso precisam ser gerenciados sob o risco de interferir negativamente em sua competitividade. (MEDEIROS, 2003 apud MELLER, 2008).

    Neste sentido, deve-se efetuar a caracterizao do ambiente, que consiste num levantamento detalhado e minucioso de todas as informaes que permitam caracterizar o ambiente. A investigao sobre processos de proteo e estudo de detalhe usado para recolher a informao necessria, para selecionar um processo de proteo ambiental ou medida corretiva que se encontre dentro das exigncias das normas e leis do programa. (TORRES E GAMA, 2005 apud MELLER, 2008).

  • 19

    2.2.1 Gesto do Risco Ambiental

    Silva (2007 apud Meller, 2008) considera risco ambiental, tudo que tem potencial para gerar acidentes no trabalho, em funo de sua natureza, concentrao, intensidade e tempo de exposio. Divide-se em agentes fsicos, qumicos, biolgicos e ergonmicos.

    As responsabilidades por danos ambientais levaram as empresas a prever a gesto do risco ambiental, fundamentalmente em empresas cuja atividade reverte perigosidade. (TORRES E GAMA, 2005 apud MELLER, 2008).

    Como observa Torres e Gama (2005 apud MELLER, 2008) a imagem pblica, a regulamentao, os seguros e os custos financeiros, fazem necessrio prevenir a gesto do risco de um acidente industrial. Esta gesto realiza-se em diversos nveis da empresa e com diferentes prioridades prevendo diversos cenrios de acidentes e planificando o inesperado.

    Uma das ferramentas mais importantes para gesto dos riscos ambientais na minerao o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que tem por objetivo o reconhecimento e a reavaliao dos fatores de riscos presentes nos diversos setores de trabalho, bem como o planejamento das aes prioritrias visando eliminao ou, pelo menos, a reduo desses riscos. (PGR, 2007).

    No PGR est descrito os aspectos estruturais do programa, a estratgia e metodologia de ao, forma de registro, manuteno e divulgao dos dados, bem como a periodicidade e a forma de avaliao do desenvolvimento do programa e o planejamento anual com os prazos para a sua implantao conforme o cronograma anual. (PGR, 2007).

    2.2.2 Sistemas de Gesto Ambiental (ISO 14001)

    A ISO (International Organization for Standartion), que possui sede em Genebra, Suia e foi fundada em 1946, uma organizao no-governamental que congrega mais de 100 pases, inclusive o Brasil. (ASSUNPO, 2007 apud HELEODORO, 2009).

  • 20

    Assunpo (2007 Heleodoro, 2009) ressalta que a ISO tem como objetivo o desenvolvimento de normas internacionais consensuais e voluntrias para modelos de fabricao, comunicao comrcio e sistema de gerenciamentos.

    Em relao s normas da famlia ISO 14.000, elas visam direcionar padronizao para as questes ambientais de qualquer tipo de organizao, utilizando sistemticas para implementar, monitorar, avaliar, auditar, certificar e manter um sistema da gesto ambiental objetivando reduzir e eliminar impactos adversos ao meio ambiente. (ASSUNPO, 2007 apud MELLER, 2008).

    Ao abordar sobre a norma ISO 14.001 Assunpo (2007 Heleodoro 2009) ressalta que os Sistemas de Gesto devem ser estruturados e integrados s demais atividades da organizao e que necessitam ser regularmente avaliados atravs de Auditorias Ambientais.

    Como ressalta Assumpo (2007 apud Meller, 2008), a norma ISO 14.001 a nica de sua famlia que possibilita a obteno do certificado, pois ela descreve requisitos a serem cumpridos com posterior verificao e avaliao, e as demais somente apresentarem diretrizes, orientaes e atitudes a serem adotadas.

    O contexto da norma possui uma sistemtica fundamentada no princpio do clico PDCA (Planejar, Desenvolver, Chegar e Agir) (Figura 2), ou da Melhoria Contnua, que se inicia na consistncia de uma Poltica Ambiental declarada, seguida de um planejamento e da implementao de um SGA, para aps possuir uma avaliao do sistema e encerrar na Anlise Crtica . (ASSUNPO, 2007).

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    Figura 2: Ciclo PDCA. Fonte: ASSUNPO, 2007 apud MELLER, 2008.

    2.2.3 Aspectos ambientais

    Para NBR ISO 14001:2004 um dos pilares do sistema de gesto ambiental a empresa demonstrar seu desempenho ambiental, atravs do controle dos impactos ambientais de suas atividades, assim como de seus produtos e servios. Tambm se deve buscar o atendimento da legislao cada vez mais exigente, e a presso de rgos regulamentadores, investidores, clientes e sociedade organizada. (HELEODORO, 2009).

    Heleodoro (2009) afirma que os conceitos de aspecto e impacto ambiental esto explicitados na norma NBR ISO 14001:2004, a qual define o primeiro como

  • 22

    um elemento das atividades ou produtos ou servios de uma organizao que pode interagir com o meio ambiente e um aspecto ambiental significativo aquele que tem ou pode ter um impacto significativo. O impacto ambiental definido como qualquer modificao do meio ambiente, adversa ou benfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organizao.

    Seiffert (2006 apud Heleodoro 2009) considera que aspecto e impacto ambiental guardam entre si uma relao direta de causa e efeito. So exemplos de aspectos ambientais relacionados ao produto: consumo de matria-prima e insumos de produo, consumo de gua, de energia, descarte de resduos slidos, emisso de efluentes, produo e emisses atmosfricas.

    2.2.4 Avaliao de aspectos/impactos ambientais

    A norma NBR ISO 14001:2004 (ABNT, p. 14) recomenda que a organizao estabelea critrios e um mtodo para determinar a significncia dos impactos, quando seus aspectos e impactos associados forem muitos. A norma recomenda ainda que o mtodo utilizado fornea resultados coerentes e inclua o estabelecimento e a aplicao dos critrios da avaliao, tais como aqueles relativos s questes ambientais, questes legais e s preocupaes das partes interessadas internas e externas.

    Avaliao de impactos ambientais um instrumento de poltica ambiental, formado por um conjunto de procedimentos, capaz de assegurar, desde o incio do processo, que se faa um exame sistemtico dos impactos ambientais de uma ao proposta e de suas alternativas. (SPADOTTO, 2002 apud SILVA, 2007).

    Para Torres e Gama (2005 apud Meller, 2008) a Avaliao de Impactos Ambientais

    AIA tem por finalidade a identificao, a predio, a interpretao, a preveno, a correo e a ponderao dos impactos ambientais que um projeto ou atividade produziria no caso da sua realizao, com a possibilidade de evitar ou reduzir os nveis aceitveis. ndices e padres permitem elaborar uma matriz base de nveis de impacto ambiental que, no estudo se considerem trs nveis: leve, moderado e alto.

  • 23

    Esta matriz de base serve para a identificao do impacto ambiental negativo e expressa o nvel correspondente utilizando o mbito de ao definido e a caracterizao do ambiente. (TORRES; GAMA, 2005 apud MELLER, 2008).

    A situao do problema ambiental identificado na organizao deve ser apresentado numa matriz de aspectos e impactos ambientais. (MELLER, 2008).

    2.2.5 Sistemas de Gesto de Segurana e Sade Ocupacional (OHSAS 18001)

    A norma OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series

    Srie de Avaliao de Sade e Segurana Ocupacional) foi proposta em 1996, por um grupo de organismos certificadores (BSI, BVQI, DNV, Lloyds Register, SGS, entre outros) e por entidades nacionais de normalizao da Irlanda, Austrlia, frica do Sul, Espanha e Malsia. Considerada como a primeira norma para certificao de sistemas de gesto de Sade e Segurana Ocupacional (SSO) de alcance global, foi publicada oficialmente pela BSI e entrou oficialmente em vigor em 15/04/1999. (DE CICCO, 2009).

    Esta norma foi desenvolvida para ser compatvel com a ISO 9001:1994 (para Sistemas de Gesto da Qualidade) e com a ISO 14001:1996 (para Sistemas de Gesto Ambiental), com o objetivo de facilitar s empresas a implementao de Sistemas Integrados de Gesto, totais ou parciais. (DE CICCO, 2009).

    Seiffert (2008) relata ainda que a norma OHSAS 18001 estabelece um processo de gesto de SSO que visa reduzir ou eliminar completamente os riscos aos funcionrios e outras partes interessadas, pertencentes organizao que possam estar expostos a determinados riscos do dia-a-dia de realizao de suas atividades.

    De Cicco (2009) ressalta que a OHSAS 18001 , sobretudo, aplicvel a uma empresa que deseja ou necessita:

    Estabelecer um Sistema de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho, para eliminar ou minimizar riscos aos trabalhadores e outras partes interessadas que possam estar expostos a riscos de acidentes e doenas ocupacionais associados as suas atividades;

    Implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gesto da SST;

    Assegurar-se de sua conformidade com sua poltica de SST definida;

    Demonstrar tal conformidade a terceiros;

  • 24

    Buscar certificao de seu Sistema de Gesto da SST por uma organizao externa;

    Realizar uma auto-avaliao e emitir autodeclarao de conformidade com a norma.

    Para De Cicco (2009) os benefcios potenciais a um eficaz Sistema de Gesto da Segurana e Sade do Trabalho incluem:

    Assegurar aos clientes o comprometimento com a gesto SSO;

    Manter boas relaes com trabalhadores e sindicato;

    Fortalecer a imagem da empresa junto aos seus clientes diretos ou indiretos;

    Melhoria da imagem pblica da empresa;

    Reduzir acidentes que impliquem em responsabilidade civil (incapacitao ou morte);

    Maior motivao dos funcionrios;

    Maior produtividade relacionada a baixa taxa de absentesmo;

    Maior facilidade de acesso a financiamentos;

    Possibilidade de obteno de seguros patrimoniais a custos mais reduzidos;

    Incorporao de forma sistematizada cultura da organizao do Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO), regulamentados pelo Ministrio do Trabalho;

    Melhorar a relao entre a organizao e os rgos pblicos de fiscalizao trabalhistas;

    Implantar um processo sistematizado de anlise de riscos e avaliao de perigos relacionados a incidentes e acidentes de sade e segurana ocupacional e ambiental;

    Permitir compartilhar experincias sobre preveno de risco trabalhista sobre uma base normativa comum.

    A norma OHSAS 18001:2007 apresenta a seguinte estrutura:

    1. Objetivo; 2. Publicaes de referncia; 3. Termos e definies; 4. Requisitos do sistema de gesto da SST;

    4.1. Requisitos gerais; 4.2. Poltica de SST; 4.3. Planejamento;

    4.3.1. Identificao de perigos, avaliao de riscos e determinao de controles;

    4.3.2. Requisitos legais e outros;

  • 25

    4.3.3. Objetivos e metas e programas; 4.4. Implementao e operao;

    4.4.1. Recursos, funes, responsabilidades e autoridades; 4.4.2. Competncia, treinamento e conscientizao; 4.4.3. Comunicao; 4.4.4. Documentao; 4.4.5. Controle de documentos; 4.4.6. Controle operacional; 4.4.7. Preparao e resposta a emergncias;

    4.5.Verificao; 4.5.1. Monitoramento e medio do desempenho; 4.5.2 Avaliao do atendimento a requisitos legais e outros; 4.5.3. Investigao de incidente, no conformidade, ao

    corretiva e ao preventiva; 4.5.4. Controle de registros; 4.5.5. Auditoria interna;

    4.6. Anlise pela direo.

    2.2.6 Identificao de perigos e Avaliao de Riscos

    Nas ltimas dcadas, as organizaes passaram a ser cada vez mais cobradas socialmente quanto aos problemas relacionados s suas atividades, os itens relacionados a segurana industrial passaram a se tornar obrigatrios em sua pauta, particularmente no que tange sade ocupacional e questes ambientais, tornando-se de grande importncia a gesto de riscos a eles associados nas vrias etapas dos processos organizacionais. (SEIFFERT, 2008 apud HELEODORO, 2009).

    Seiffert (2008 apud Heleodoro, 2009) descreve que a anlise de riscos e a implantao de programas de gesto de riscos tornaram-se grandes ferramentas para preveno de acidentes industriais, fazendo com que muitas organizaes passassem a adotar uma postura proativa, atravs da gesto de seu risco industrial.

  • 26

    Como menciona Benite (2004 apud Heleodoro, 2009) impossvel ocorrer um acidente e suas conseqncias sem a presena de um perigo, dessa forma as empresas devem buscar o total conhecimento dos perigos e riscos existentes em seus ambientes de trabalho, estabelecendo uma sistemtica que permita a criao de um inventrio dos perigos existentes, contemplando a avaliao dos riscos envolvidos.

    Silva (2004 apud Seiffert, 2008) considera que a noo de risco est ligada idia de ameaa, onde um evento indesejvel e danoso venha ocorrer com determinada probabilidade, quanto ao perigo, ele a ameaa em si, ainda no mensurvel e no totalmente evidente, onde a ameaa no tem uma probabilidade definida, porm sabe-se que ela existe. Tal distino poder provocar polmica, mas sugere-se que seja aceita para que o raciocnio se torne mais claro.

    Segundo a norma OHSAS 18001:2007, perigo pode ser definido como fonte ou situao com potencial de provocar leses pessoais, problemas de sade,

    danos propriedade, ao ambiente de trabalho, ou uma combinao desses fatores . Assim possvel identificar que o conceito de perigo igual a soma dos atos inseguros e condies inseguras.

    Para realizar a identificao dos perigos, necessrio criar uma metodologia para ser seguida. Essa identificao no padro para todas as empresas, devido s diferenas no processo produtivo. Cada organizao deve realizar sua prpria metodologia, que esteja de acordo com as necessidades e caractersticas em termos de detalhes. Um mtodo utilizado comumente para identificar perigos relacionar estes nas etapas do processo produtivo. (BERKENBROCK, 2010).

    (Segundo a OHSAS 18.001:2007, risco a combinao da probabilidade de ocorrncia de um evento perigoso ou exposies com a gravidade da leso ou doena que pode ser causada pelo evento ou exposies).

    J para TORREIRA (1997), risco a medida das probabilidades e conseqncias de todos os perigos de uma atividade ou condio. Pode ser definido como a possibilidade de dano, prejuzo ou perda.

    Assim, tem-se o risco somente quando se tem a exposio ao perigo. Ento, o risco relacionado probabilidade de ocorrncia, e a severidade: (BERKENBROCK, 2010).

  • 27

    R = P x S Onde: R = risco P = probabilidade S = severidade (conseqncia, severidade)

    Para facilitar, pode-se dizer que a probabilidade o resultado de quantas vezes o risco pode virar um evento, e a severidade quo grande ou pequeno pode ser o dano sade, ao bem material ou a outro. (BERKENBROCK, 2010).

    A NR 9 (Programas de Preveno de Riscos Ambientais) - Portaria 3214/78

    Ministrio do Trabalho e Emprego, considera como riscos ambientais os agentes fsicos, qumicos e biolgicos existentes nos ambientes de trabalho que, em funo de sua natureza, concentrao ou intensidade e tempo de exposio, so capazes de causar danos sade do trabalhador. (HELEODORO, 2009).

    Para Chaib (2005 apud Heleodoro, 2009) os riscos mecnicos (ou riscos de acidentes) e ergonmicos que no esto descritos na NR 9, tambm podem ser considerados como agentes que podem causar acidentes e doenas.

    Nesse sentido, risco ocupacional a probabilidade de ocorrer acidente ou doena na realizao de atividades no trabalho. As atividades que podem apresentar risco ocupacional se encontram descritas tanto na legislao previdenciria quanto na trabalhista. (VENDRAME, 2008).

    O risco ocupacional decorre da exposio do trabalhador a fatores de riscos no ambiente de trabalho, de vrias espcies, descritas a seguir:

    1) Fatores de riscos ambientais: agentes nocivos fsicos, qumicos e biolgicos, ou a associao destes:

    Agentes fsicos so formas de energia: rudos, vibraes, calor, presses anormais, radiaes ionizantes, entre outros;

    Agentes qumicos so as substncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratria, ou ser absorvidos pelo organismo (pela pele ou por ingesto): nvoas, neblinas, poeiras, fumos, gases, vapores de substncias nocivas presentes no ambiente de trabalho;

    Agentes biolgicos so os microorganismos como bactrias, fungos, parasitas, bacilos, vrus, entre outros.

  • 28

    2) Fatores de riscos das operaes: risco mecnico e ergonmico.

    Riscos mecnicos: queimaduras, quedas, prensamentos, cortes, amputaes, entre outros.

    Riscos ergonmicos: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho etc. (VENDRAME, 2008).

    2.2.7 Sistema Integrado de Gesto (SIG)

    Viegas (2000) ressalta que os Sistemas Integrados de Gesto surgiram como respostas s necessidades das empresas de implementarem diversos sistemas como qualidade, gesto ambiental e de segurana e sade ocupacional, de uma forma racional e menos pesada para a estrutura das organizaes.

    Santos et al (2004) observa que a presso competitiva forou as empresas a uma incessante busca da reduo de custos e aumento da eficincia. Em meados da dcada de 1990 surgiram os primeiros sistemas denominados Sistemas Integrados de Gesto - Enterprise Resource Planning - (ERP).

    A proposta destes sistemas a gesto da empresa como um todo, oferecendo informaes mais precisas, baseadas em dado nico, sem as redundncias e inconsistncias encontradas nas aplicaes anteriores, que no eram integradas entre si. (SANTOS, et al 2004).

    Para Shillito (1995), a integrao de sistemas de gesto com enfoques na qualidade, sade e segurana do trabalho e meio ambiente mais complicado do que pode parecer. Apesar da atrao bvia pela integrao, j que todos estes interesses devem ser dirigidos por razes legais ou contratuais, e existe apenas uma (pelo menos oficialmente) gesto na organizao.

    Shillito (1995) ainda relata que existem quatro principais obstculos a serem vencidos para uma integrao bem sucedida. So eles:

    Diferena cultural entre as disciplinas;

    O processo de integrao somente pode ser realizado com as trs disciplinas (qualidade, SST e meio ambiente) no mesmo estgio

  • 29

    cultural, a saber: Cultura do atendimento a regras ou Cultura do Comando, Cultura da Engenharia, Cultura dos Procedimentos e Cultura Comportamental;

    Diferena nos objetivos;

    Responsabilidade administrativa na implementao e operao;

    A responsabilidade de direo e controle da integrao deve estar estabelecida;

    Impresses profissionais e institucionais;

    Este obstculo criado pelos consultores e gerentes e, na verdade, um duplo obstculo: (1) diferentes opinies entre os profissionais das diferentes disciplinas; (2) as barreiras entre os mundos dos "donos, desenvolvedores, operadores, contratantes".

    Os princpios bsicos para a integrao foram resumidos por Shillito (1995), como sendo:

    1) Unidade de propsitos: toda organizao, ou unidade da organizao, deve estar unida num projeto, e isto requer um sistema para prover esta unio.

    2) O sistema deve ser equipado para melhoria contnua, e isto requer a avaliao de qual performance pretendida.

    3) Boa engenharia, processo, produto e projeto so essenciais. Ambiente de trabalho tambm importante na gerao de altos padres de comportamento, individual e de grupo.

    4) Cincia de que pequenos incidentes, defeitos e no conformidades so sintomas de problemas tanto no sistema de gesto, como de oportunidades de melhoria. "Feedback" essencial para melhoria do desempenho.

    5) Enquanto a quantificao habilita o controle, ela pode tambm habilitar o breakthrough. Benchmarking prov um elemento essencial quantificao.

  • 30

    6) Idias e inovao devem ser encorajadas em todos os nveis da fora de trabalho. A inovao deve ser contnua, e no deixada para a reviso anual.

    7) O sistema de gesto deve ser prprio para a organizao e seus membros e no vice-versa. O sistema de gesto no deve ter de carregar passageiros.

    8) A eliminao dos quatro obstculos comentados anteriormente.

  • 31

    3 METODOLOGIA

    Tendo como finalidade alcanar os objetivos traados, realizou-se um estudo de caso na empresa Carbonfera Siderpolis Ltda.

    3.1 rea de Estudo

    Meller (2008) afirma que a Carbonfera Siderpolis reiniciou suas atividades de minerao de carvo, no ano de 2005, com a lavra de subsolo na Unidade Mina do Trevo, na localidade de Rio Albina, municpio de Siderpolis.

    No ano de 2007, com a exausto da reserva da Mina do Trevo, passou a desenvolver a atividade de beneficiamento de rejeitos carbono-piritosos, instalando-se na localidade de Santana, municpio de Urussanga (Figura 03). A principal caracterstica do relevo onde est instalada a Unidade Produtiva a alterao topogrfica, pela disposio dos estreis e rejeitos das minas a cu aberto e subsolo. (MELLER, 2008).

    Figura 3: Unidade Lageado, Urussanga

    SC Fonte: CARBONFERA SIDERPOLIS, 2008

  • 32

    De acordo com Meller (2008), atualmente a empresa conta com 36 funcionrios e produz cerca de 33.000 toneladas/ms de produto bruto e 3.400 toneladas/ms de produto acabado (Carvo Energtico

    CE-4500) tendo como principal cliente a TRACTEBEL, cuja cota comercial de 3.900 toneladas/ms.

    3.2 Desenvolvimento do Planejamento

    Para a execuo desse trabalho, utilizou-se a metodologia adotada por Meller (2008), contando com as informaes tcnicas referentes aos processos de minerao: extrao, britagem, beneficiamento, blendagem, transporte e disposio de rejeitos.

    Nesse contexto, tambm empregou-se as normas ISO 14001, OSHAS 18001, Normas Reguladoras de Minerao (Portaria DNPM n. 12 de 22/01/2002); NR 22

    Segurana e Sade Ocupacional na Minerao (Portaria n. 63, 02/12/2003); NR9

    Programa de Preveno de Riscos Ambientais

    PPRA e PDCA (Planejar, Desenvolver, Checar, Agir).

    Heleodoro (2009) afirma que requisito bsico para qualquer planejamento um abrangente diagnstico da situao, e nesse aspecto torna-se muito importante a utilizao do ciclo PDCA (em ingls Plan, Do, Check e Action), o qual uma ferramenta gerencial de tomada de decises para garantir o alcance das metas desejveis, sendo composto das seguintes etapas:

    PLAN

    (Planejar)

    Definir as metas a serem alcanadas;

    Definir o mtodo para alcanar as metas propostas.

    DO

    (Executar)

    Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento;

  • 33

    Coletar dados que sero utilizados na prxima etapa de verificao do processo;

    Nesta etapa so essenciais a educao e o treinamento no trabalho.

    CHECK

    (Verificar, checar)

    Verificar se o executado est conforme o planejado, ou seja, se a meta foi alcanada, dentro do mtodo definido;

    Identificar os desvios na meta ou no mtodo.

    ACTION

    (Agir corretivamente)

    Caso sejam identificados desvios, necessrio definir e implementar solues que eliminem as suas causas;

    Caso no sejam identificados desvios, possvel realizar um trabalho preventivo, identificando quais os desvios so passveis de ocorrer no futuro, suas causas, solues etc.

    Lapa (2006) ressalta que para uma correta adequao para a construo de uma metodologia de identificao de perigos e avaliao de riscos ocupacionais, devem-se seguir algumas premissas, caractersticas e fases para nortear o seu desenvolvimento. O Quadro 01 demonstra as fases de um gerenciamento de riscos, incorporando os princpios de Simplificao, Reprodutividade, Flexibilidade, Utilizao, Integrao, Associativa.

  • 34

    Quadro 1: Fases de um gerenciamento de riscos

    Fonte: Lapa (2006).

    3.3 Planejar (PLAN)

    Para facilitar no planejamento deste trabalho utilizou-se a ferramenta 5W e 2H, que baseada em 6 perguntas estabelecendo um plano de ao, conforme mostra o Quadro 02.

    Quadro 2: Ciclo 6W-2H Who? (Quem?) Guilherme S. Meller What? (O que?) Elaborar uma matriz de Riscos Sade e Segurana Ocupacional. Where? (Onde?) Na Carbonfera Siderpolis Ltda

    How? (Como?) Conhecendo o processo produtivo e realizando uma avaliao dos riscos SSO, utilizando referncias de estudo para avaliao

    When? (Quando?) Durante os meses de janeiro, fevereiro, maro e abril de 2010. Why? (Por que?) Para facilitar no gerenciamento dos riscos SSO.

    How much? (Quanto custa?)

    R$ 350,00 (cpias, impresses, fotografias, visitas de campo, transporte).

    Gerenciamento dos riscos

    1. Mapear os riscos

    2. Avaliar os riscos

    3. Definir a tolerabilidade dos riscos

    4. Definir os indicadores de desempenho

    5. Definir o plano de controle

    6. Implantar aes de controle

    7. Conduzir anlise crtica

    8. Aes corretivas e preventivas

  • 35

    3.3 Executar (DO)

    Aps concluir o planejamento, realizou-se o levantamento dos riscos SSO no processo de beneficiamento de carvo da empresa em estudo. A metodologia utilizada baseou-se na proposta por Heleodoro (2009).

    Para levantamento dos riscos SSO, elaborou-se um fluxograma simplificado de toda atividade, baseando-se no Fluxograma da Unidade Lageado (anexo I), com objetivo de facilitar a anlise das operaes realizadas na empresa estudada (Figura 4). Nesta etapa, contou-se com o apoio do Encarregado da Usina, bem como o tcnico de segurana do trabalho.

    Figura 4: Fluxograma da Carbonfera Siderpolis. Fonte: CARBONFERA SIDERPOLIS, 2008 apud MELLER, 2008.

  • 36

    As principais operaes mineiras so: extrao, britagem, beneficiamento, blendagem, transporte e disposio de rejeitos, conforme descritos a seguir.

    3.3.1 Lavra

    Meller (2008) afirma que a lavra realizada em antigos depsitos de rejeito de carvo mineral dispostos a cu-aberto (Figura 5) depositados por antigas mineradoras, no municpio de Urussanga/ SC. Inicialmente o material extrado dos depsitos atravs de escavadeira hidrulica que carrega caminhes trucados com capacidade de 20 toneladas e transportados at a caixa de britagem ou depositado prximo a mesma para posterior britagem e beneficiamento.

    Figura 5: Remoo dos rejeitos e carregamento dos caminhes. Fonte: CARBONFFERA SIDERPOLIS, 2008 apud MELLER, 2008.

    3.3.2 Beneficiamento

    Como ressalta Souza (2007 apud Meller, 2008) o minrio ROM caracterizado por impurezas, cujos teores no atendem, em geral, especificao do mercado, o que torna necessrio o beneficiamento capaz de reduzir o teor de

  • 37

    elementos inertes (metais e alumino-silicatos) invariavelmente presentes no minrio bruto.

    Para que o produto comercializado atenda s condies do atual mercado, procede-se a uma srie de operaes unitrias que envolvem classificao granulomtrica (seca e mida), cominuio e separao densimtrica, de tal forma que o produto final atenda s especificaes do mercado, operaes estas que se processam com base nas caractersticas e propriedades fsico-qumicas do minrio. (SOUZA, 2007 apud MELLER, 2008).

    3.3.3 Britagem

    Aps o material ser removido da rea de lavra, os caminhes carregados com rejeito basculam no silo de britagem (Figura 06) ou depositam nas imediaes da caixa de britagem, onde so recolhidos pela p carregadeira, descarregando no silo para alimentao da britagem, com a finalidade de reduzir a granulometria do minrio. (MELLER, 2008).

    O minrio britado estocado sobre o tnel de alimentao do lavador. No entanto, quando a pilha de ROM apresenta excesso de material britado, este retirado com auxlio da p carregadeira e colocado ao lado, de modo a realizar possveis manutenes no circuito de britagem. (MELLER, 2008).

    Figura 6: Circuito de Britagem Fonte: CARBONFERA SIDERPOLIS, 2008 apud MELLER, 2008.

  • 38

    3.3.4 Usina de Beneficiamento

    A Usina de beneficiamento (Figura 07) dotada de dois lavadores, com alimentao de 60 ton/h, atravs do processo de jigagem, denominados de jigue 1 e jigue 2. Sampaio (2002 apud Meller, 2008) explica que a jigagem um mtodo de concentrao gravimtrica de minerais que consiste na estratificao vertical de leitos de partculas, com densidades crescentes de cima para baixo, originado pelo movimento de expanso e compactao deste leito.

    Industrialmente o jigue formado por uma grade onde um leito de partculas, compostos por carvo e rejeitos so alimentados. A gua forada a passar neste leito, por meio de presses positivas ou negativas, no sentido ascendente e descendente, fazendo com que o leito expanda e compacte. Este movimento faz com que ocorra a estratificao do leito de partculas. Aps, no lado oposto alimentao, ocorre separao fsica das partculas pesadas (rejeito) e das partculas leves (carvo). (SAMPAIO, 2002 apud MELLER, 2008).

    Figura 7: Usina de Beneficiamento Lageado. Fonte: CARBONFERA SIDERPOLIS, 2008 apud MELLER, 2008.

  • 39

    De acordo com Meller (2008) os jigues tm trs compartimentos responsveis pela remoo das fraes mais densas posicionadas na base do leito estratificado, identificados como rejeitos R1, R2 e R3 (figura 8). Neste processo, o jigue 1 gera dois tipos de rejeitos, caracterizados como R1 e R2, e o jigue 2 origina o R1 e R2-R3. Na seqncia os rejeitos so retirados por transportadores de caneco e jogados nos silos do jigue 1 e jigue 2. O produto flutuado nos jigues so peneirados a 0,6 mm (28 malhas) e o material retido direciona-se para os silos de cada lavador, onde so conduzidos para o ptio de blendagem (figura 9), para anlise de teor de cinzas e posterior blend.

    Figura 8: Jigues da Usina Lageado. Fonte: CARBONFERA SIDERPOLIS, 2008 apud MELLER, 2008.

    Figura 9: Ptio de blendagem. Fonte: CARBONFERA SIDERPOLIS, 2008.

  • 40

    J o material passante direcionado para o circuito de telas fixas para sofrer um pr-desge e retirada de ultrafinos (argilas e areias). O retido nas telas fixas (polpa) caem sobre uma caixa, onde o mesmo bombeado para trs hidrociclones a fim de sofrer um novo desge. (MELLER, 2008).

    Meller (2008) considera que nos hidrociclones, os finos distribuem-se em duas rotas de concentrao, denominadas de overflow e underflow. O material resultante do owerflow descartado (lamas) e o underflow direcionado para uma bateria de espirais, sendo realizada a classificao do material em dois produtos:

    Bom: Conduzido para o circuito de peneiras vibratrias e encaminhado ao ptio de mistura para posterior blend.

    Ruim: Direcionado para as peneiras vibratrias e caem junto com os rejeitos do jigue 1, onde so conduzidos para o depsito de rejeitos.

    Para finalizar, um percentual do material passante (polpa) direcionado para bacia de decantao e outro retorna para o Lavador, com uma vazo de 290 m/h.

    3.4 Avaliao de Riscos associados SSO

    Segundo Torres e Gama (2005) a situao do problema identificado na organizao deve ser apresentada numa matriz de riscos e perigos.

    Para construo da matriz de riscos associadas SSO foram realizadas pesquisas bibliogrficas, as quais serviram de subsdio para a elaborao da matriz.

    A seguir so apresentados os critrios de significncia adotados e suas escalas de valores para o preenchimento da matriz.

  • 41

    Classificao

    Seiffert (2006 apud Heleodoro 2009) em seu modelo de identificao e avaliao de aspectos e impactos ambientais caracteriza os aspectos e impactos pelos seguintes critrios: Situao, Incidncia e Tipo, esses critrios so comuns tanto para aspectos ambientais quanto para riscos sade e segurana ocupacional conforme mostra o Quadro (3).

    Quadro 3: Classificao dos Riscos SSO.

    Caracterstica

    Situao

    Incidncia

    Tipo

    Normal

    Anormal

    Direta

    Indireta

    Benfico

    Adverso

    Avaliao

    A avaliao composta por critrios que possuem escala de valores numricos, esses valores sero calculados resultando na significncia do risco SSO.

    Freqncia: Conforme o Quadro (4), a Freqncia define a probabilidade de ocorrncia do risco SSO. Valores de modelos propostos por Donald (2008) e Chaib (2005).

  • 42

    Quadro 4: Risco SSO

    Critrio Freqncia

    Freqncia

    1

    Possvel

    2

    Pouco Provvel

    3

    Provvel

    4

    Muito Provvel

    Escala: refere-se ao nmero de pessoas expostas ao risco, de acordo com o Quadro (5). Estes valores foram propostos por Donald (2008), Seiffert (2006), Chaib (2005) e Scherer (1999).

    Quadro 5: Avaliao do Risco SSO

    Critrio Escala

    Escala

    1

    At 30% dos Colaboradores

    3

    Entre 30% e 70% dos Colaboradores

    5

    Mais de 70% dos Colaboradores

    Durao: est ligada ao tempo de exposio dos colaboradores ao risco, sendo demonstrada no Quadro (6). Adaptado de Donald (2008), Chaib (2005) e Quadro N.1 do Anexo N.3 da NR 15 (Atividades e Operaes Insalubres) (MET, 2009).

    Quadro 6: Avaliao do Risco SSO

    Critrio Durao

    Durao

    1

    At 25% da Jornada de Trabalho

    3

    Entre 25% e 75% da Jornada de trabalho

    5

    Superior a 75% da Jornada de Trabalho

    Gravidade: est ligada ao nvel de leses que um determinado risco pode causar no colaborador, exemplificada pelo Quadro (7). Adaptado de Donald (2008), Seiffert (2006), Cerqueira (2006) e Chaib (2005).

  • 43

    Quadro 7: Avaliao do Risco SSO

    Critrio Gravidade

    Gravidade 1

    Leses leves 3

    Leses Moderadas 5

    Leses Graves ou Morte

    Legislao: nesse critrio abordado no Quadro (8), foi levado em considerao que quando um determinado risco SSO possui legislao aplicvel deve-se ter maior ateno com o mesmo.

    Quadro 8: Risco SSO

    Critrio Legislao

    Legislao

    1

    Quando No Existe Lei Aplicvel

    5

    Quando Existe Lei Aplicvel

    Efeitos sobre a Imagem: est relacionado com a associao que os riscos SSO tero com a organizao, conforme mostra no Quadro (9). Adaptado de Donald (2008), Lerpio (2001) e Scherer (1999).

    Quadro 9: Risco SSO

    Critrio Efeito Sobre a Imagem

    Efeitos sobre a imagem

    1

    Associao Fraca

    3

    Associao Moderada

    5

    Associao Forte

    Partes interessadas: busca-se nesse critrio, associar o interesse das partes interessadas, quais sejam: colaboradores, organizao e comunidade com os riscos SSO. O Quadro (10), ilustra o critrio utilizado para as partes interessadas.

  • 44

    Quadro 10: Risco SSO

    Critrio Partes Interessadas

    Partes interessadas

    1

    No Existe 3

    Somente os Colaboradores 5

    Colaboradores e Organizao 9

    Colaboradores, Organizao e Comunidade

    Clculo da Significncia: para obteno do Resultado de Significncia (RS), foi elaborado um clculo para avaliar cada risco associado SSO. Esse clculo foi baseado no modelo proposto por Donald (2008) e est apresentado no Quadro (11).

    Quadro 11: Clculo do Resultado de Significncia

    RS = Frequncia x (VEscala + VDurao + VGravidade + VLegislao +VEfeito Sobre a Imagem + VPartes Interessadas)

    *V

    Valor

    O Quadro (12) mostra que atravs desse clculo podemos classificar os riscos SSO levantados, em trs grupos:

    Quadro 12: Modelo para Classificao do Risco SSO

    Desprezveis

    01

    RS < 60

    Moderados

    60

    RS < 100

    Crticos 100

    RS

    Depois de conhecer o processo produtivo, fazer o levantamento dos riscos SSO in loco, Heleodoro (2009) afirma que importante analisar os critrios citados anteriormente e elaborar uma Matriz de Avaliao de Riscos Sade e Segurana Ocupacional, que est apresentada no Anexo 01.

  • 45

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS

    Com a matriz devidamente preenchida chegou-se ao resultado de significncia dos riscos SSO levantados. O Quadro (13) mostra a classificao dos mesmos.

    Quadro 13: Resultado da Significncia dos Riscos SSO

    Resultado de Significncia Riscos SSO

    Desprezveis 0 0,00%

    Moderados 9 39,13%

    Crticos 14 60,87%

    4.1 Verificar (CHECK)

    Para melhor entender os dados obtidos, optou-se por uma anlise crtica da matriz, verificando os riscos SSO por etapas do processo.

    Analisando o Quadro (14) observa-se que 66,67% dos riscos SSO apresentam classificao Moderada, e 33,33% apresentam classificao Crtica, devido a poeira gerada pelos caminhes que trafegam no local.

    Quadro 14: Classificao dos Riscos SSO (Balana)

    Etapa

    Balana

    Riscos SSO

    Moderados 2 66,67%

    Crticos 1 33,33%

    Total 3 100%

  • 46

    Na caixa de alimentao (Quadro 15) observa-se que 80% dos riscos SSO so classificados como riscos Crticos, desses os que apresentam o maior RS so os Agentes Fsicos (Rudo) e os Agentes Mecnicos (Infra-Estrutura precria), ambos com (RS=136).

    Quadro 15: Classificao dos Riscos SSO (Caixa de Alimentao)

    Etapa

    Caixa de Alimentao

    Riscos SSO

    Moderados 1 20%

    Crticos 4 80%

    Total 5 100%

    J na etapa de escolha manual (Quadro 16), 60% dos riscos SSO so classificados como riscos Crticos, esse fator ocorre devido aos trabalhadores exercerem uma funo que exige muito esforo fsico, exposio ao rudo, poeira e condies climticas, alm desses fatores, os colaboradores trabalham numa estrutura precria.

    Quadro 16: Classificao dos Riscos SSO (Escolha Manual)

    Etapa

    Escolha Manual

    Riscos SSO

    Moderados 2 40%

    Crticos 3 60%

    Total 5 100%

    Na britagem (Quadro 17), 80% dos riscos SSO so classificados como riscos Crticos, estando associados aos Agentes Fsicos (Rudo), Agentes Qumicos e Agentes Mecnicos (Risco de Queda) que apresentam os maiores valores de

  • 47

    significncia.

    Quadro 17: Classificao dos Riscos SSO (Britagem).

    Etapa

    Britagem

    Riscos SSO

    Moderados 1 20%

    Crticos 4 80%

    Total 5 100%

    Na ltima etapa do processo de beneficiamento de carvo (Quadro 18), 60% dos riscos SSO so classificados como riscos Moderados e 40% como riscos Crticos, sendo que os Agentes Fsicos (Rudo) e Agentes Qumicos os itens que apresentaram maior valor de significncia (RS=136).

    Quadro 18: Classificao dos Riscos SSO (Jigagem)

    Etapa

    Jigagem

    Riscos SSO Moderados 3 60%

    Crticos 2 40% Total 5 100%

    4.2 Agir Corretamente (ACTION)

    A preveno a melhor maneira de se obter bons resultados tanto na rea ambiental, quanto s relativas aos aspectos de sade e segurana ocupacional. A conscientizao e a formao dos trabalhadores no local de trabalho so a melhor forma de prevenir acidentes. A isso devemos acrescentar a aplicao das medidas de segurana coletivas e individuais inerentes atividade

  • 48

    desenvolvida. At porque, os custos dos acidentes de trabalho, para os trabalhadores acidentados e para as empresas, so elevadssimos.

    Nesse sentido, para os riscos avaliados, observou-se que em muitos casos possvel prevenir, porm em alguns casos mesmo trabalhando a preveno, os riscos continuam acontecendo, dessa forma torna-se muito importante o monitoramento do que est sendo gerado, procurando sempre minimizar o mximo probabilidade de quaisquer sinistros ou acidentes acontecerem no entorno da empresa.

    Portanto, prevenir, quer na perspectiva do trabalhador quer na do empregador, a melhor forma de evitar que os acidentes aconteam. As aes e medidas destinadas a evitar acidentes de trabalho esto diretamente dependentes do tipo de atividade exercida, do ambiente de trabalho e das tecnologias e tcnicas utilizadas.

  • 49

    7 CONCLUSO

    Para a realizao do estudo na Carbonfera Siderpolis, utilizou-se como base a Matriz de Aspectos e Impactos Ambientais, onde foi de fundamental importncia para a compreenso do trabalho.

    A partir desta Matriz, elaborou-se a Matriz de Riscos SSO, construda pela composio das variveis: situao, incidncia e tipo, podendo ser dividida em regies que caracterizam os nveis de risco avaliados. A definio dos nveis pode variar em funo do perfil de risco do gestor, dos processos avaliados e dos produtos e servios operacionalizados.

    O processo analisado mostrou atravs dos resultados obtidos, que possui em todas as etapas riscos SSO crticos, desses os que apresentaram em geral o maior Resultado de Significncia (RS=136) foram: gerao de Rudo oriunda de maquinrios e infra-estrutura inadequada para realizao de atividades.

    O gerenciamento desses riscos pode resultar na diminuio de custos com possveis acidentes, diminuio dos impactos ambientais, organizao no ambiente de trabalho, maior produo e motivao dos colaboradores.

    A gesto de risco ocupacional como apresentada, no termina na matriz de risco, ela atua tambm nas aes a serem tomadas, e com o planejamento destas aes realizado, devero ser feitos os planejamento dos investimentos para a realizao destas mesmas aes mantendo uma atualizao constante das anlises e matriz de risco buscando uma melhoria contnua, seguindo os mesmos princpios dos demais sistemas de gesto.

    A dificuldade de gerenciamento dos perigos e riscos no est na identificao dos mesmos, porm realizar um trabalho de gesto preventiva requer grande organizao e determinao, principalmente da alta administrao.

    Nessa abordagem, os resultados obtidos demonstraram que a metodologia proposta por Donald (2008) revela o quanto fundamental a adoo de ferramentas prevencionistas pelas organizaes brasileiras, podendo ser implantada por outras organizaes que visem reduo de erros e falhas (acidentes) antes que os mesmos ocorram.

  • 50

    REFERNCIAS

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  • 55

    ANEXOS

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    ANEXO 01

    (Matriz de Avaliao de Riscos Sade e Segurana Ocupacional

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  • 60