matriz e infraestrutura da mobilidade urbana -...
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MSC. CRISTINA BADDINI
“Matriz e infraestrutura da mobilidade urbana”
São Paulo, 13 de abril de 2018
MSC. CRISTINA BADDINI LUCAS
O que é uma CIDADE HUMANA
• EQUIDADE na apropriação do sistema viário;
• ACESSIBILIDADE PARA TODOS (30 a 40 % são a pé), calçadas , equipamento de transferência intermodal e veículos acessíveis;
• PRIORIDADE na gestão e investimento aos modos coletivos e não motorizados;
• RESTRIÇÃO AO ACESSO DOS AUTOMÓVEIS no tempo e no espaço aos automóveis (áreas centrais, corredores, e demais áreas de mobilidade urbana densa);
• FIM DOS SUBSÍDIOS AOS AUTOMÓVEIS;
• REFORMA URBANA, obras viárias condicionadas a terem investimentos em Transporte público, não motorizado e de acessibilidade a todos;
• MOBILIZAÇÃO SOCIAL: paz no trânsito e mobilidade para todos.
Matriz de Viagens
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O que estamos fazendo?
6
Belo Horizonte Londrina
Blumenau Maceió
Campinas Mauá - Diadema
Campo Grande Natal
Caxias do Sul Niteroi
Criciúma Porto Alegre
Curitiba Recife
Diadema - São Paulo Rio de Janeiro
Fortaleza Salvador
Goiânia Santos
Joinville São Paulo
João Pessoa Uberlândia
Juiz de Fora Maringá
O que estamos fazendo?
BRT no Brasil
7 milhões de passageiros/dia;
87 Corredores; e
562 Km.
7
2. O que estamos fazendo?
2 1
12
1
24
7
1 23
68
23
1
17
1
36
10
13 4
9
12
3
Aer
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Ciclovia
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Terminais
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info
rmad
o
N° de propostas
Percentual do Total
69 propostas cadastradas
8
Vendas de autos e principalmente motocicletas aumentaram
muito nos últimos 10 anos ao mesmo tempo que o volume de
passageiros transportados nos sistemas de ônibus caiu
Vendas de autos e motos x Pas. Transp. bus
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Índ
ice (
1998=
100)
Autos Motos Pas. Transp. bus
Venda de motos
Venda de automóveis
Passageiros transp. nos ônibus*
* Capitais brasileiras
Alterações do padrão de mobilidade urbana no Brasil
Vendas de autos e motocicletas
Taxa anual de crescimento (%)
Autos 7% aa.
Motos 13% aa.
PIB 4% aa.
Fonte: Anfavea, abraciclo
9
A CRISE
MOBILIDADE URBANA
10
Pessoas x veículos
11
Pessoas x veículos
12
Comparação da divisão modal
Fonte: GEIPOT Fonte: ANTP
71%
29%
T. Público T. Individual
Mobilidade nas áreas
metropolitanas do Brasil - 1977 Mobilidade nas áreas
metropolitanas do Brasil - 2009
50%50%
T. Público T. Individual
MOBILIDADE URBANA
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Alterações do padrão de mobilidade urbana no Brasil
Fonte: A MOBILIDADE URBANA NO BRASIL – IPEA/2010
649
208 216
200
259
1.525 1.641
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
Bondes Trens Ônibus Auto
Milh
õe
s d
e v
iage
ns/
ano
Modo de tranporte
Mobilidade na cidade do Rio de Janeiro, 1950 e 2005
1950
2005
INFRAESTRUTURA DAS REDES DE TRANSPORTE
PÚBLICO
8 faixas para automóveis
SISTEMAS ESTRUTURADRES PROMOVEM
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DAS
CIDADES
O transporte coletivo torna as cidades mais racionais.
Investir em transporte coletivo é viável economicamente.
É um investimento estrutural na cidade.
Cidade fica mais competitiva.
Melhora a qualidade de vida.
Garante o direito à mobilidade urbana sustentável.
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Pessoas x Veículos
58,3
20,5 24,6
68,7
7,6 7,9 9,62,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
(%)
Automóvel Ônibus Lotação Outros
USO DA VIA POR VEÍCULOS E PESSOAS
- Média Global -
Volume Véiculos Volume Pessoas
Iniqüidades:
• Transporte coletivo atende 70%
das pessoas nos corredores e fica
confinado em pouco mais de
20% do espaço viário
• Carro - inverso
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O que foi feito
Recursos (milhões) x Modal
INTEGRAÇÃO MODAL
Propostas sociedade civil sistema intermodal, sustentável, eficiente
• Eixo estruturante: trilhos
• Linhas alimentadoras locais: ônibus, bicicletas
• Rede cicloviária
• Rede aquaviária
• Rede de calçadas com acessibilidade
• Ruas verdes
INTEGRAÇÃO: física, tarifária - consulta, participação sociedade, transparência -
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Externalidades
Quais os impactos negativos desse novo padrão de mobilidade?
Fonte: ANTP
• Aumento acidentes
• Aumento
congestionamentos urbanos
• Grandes iniquidades no uso
do espaço público
• Aumento da Poluição
• Consumo exagerado de
combustíveis
• Perda de desempenho do
transporte público
• Aumento dos gastos
familiares com transporte
Deslocamentos urbanos - população dos municípios com mais de 60 mil habitantes
IMPACTOS DO USO CRESCENTE DE
AUTOMÓVEIS E MOTOS
MEDIDAS DE DISCIPLINAMENTO E RESTRIÇÃO
DO USO DO AUTOMÓVEL
Restrição do automóvel como gestão pública da mobilidade
Vias exclusivas para o transporte público em determinados horários
Fechamento temporal do acesso a áreas centrais
Integração do automóvel ao transporte coletivo
Rodízio de placas
Pedágio urbano
Política de estacionamento
O uso indiscriminado do AUTOMÓVEL e seus problemas
-20
-10
0
10
20
30
40
Poluentes locais
Energia Custo Área viaImp
ac
to (%
)
Variável
20% do bus p/ auto
20% do bus p/auto e moto
20% do auto p/ bus
1,0 0
1,3 0
1,6 0
1,9 0
2,2 0
2,5 0
2,8 0
3,1 0
3,4 0
<24 0 2 40-48 0 4 80-90 0 90 0-1 .80 0 >1.80 0
Renda Familiar (U$)
V
g
/
d
i
a
/
h
a
b
Mobilidade e Renda - Taxas de mobilidade e renda, SP, 1997
MOBILIDADE COM A RENDA
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Pessoas x veículos
GASTO ENERGÉTICO
Externalidades: aumento poluição
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Emissões CO2 por passageiroKM dos veículos motorizados
Fonte: Elaboração própria
Emissões Ocupação
Quilométricas média vei. Emissões/PasKm Índice emissão
Modalidade KgCo2/Km Passageiros Kg Co2/passKm* (metrô=1)
Metrô 3,16 900 0,0035 1,0
ônibus 1,28 80 0,0160 4,6
Automóvel** 0,19 1,50 0,1268 36,1
Motocicleta 0,07 1,00 0,0711 20,3
Veículos
pesados 1,28 1,50 0,8533 243,0
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Políticas públicas
Políticas de combustíveis
Evolução preços: gasosina x diesel (IPCA)
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
jul/99
jul/00
jul/01
jul/02
jul/03
jul/04
jul/05
jul/06
jul/07
jul/08
jul/09
ìnd
ice j
ul9
9=
1
Gasolina
Óleo diesel
30
Externalidades: acidentes
Fonte: Datasus
CUSTOS DA MOBILIDADE
Problema
Sofrimento diário:
•dos que usam transporte público
•dos que viajam a pé
•em bicicleta
•em motocicleta
•em carros individuais
Custos
•Saúde
•Qualidade de vida
•Economia
•Meio ambiente
•Urbanismo
•Poder público
Combate a atual política de mobilidade urbana:
esta política garante e amplia os privilégios aos automóveis;
é excludente.
Objetivos de uma nova política:
ampla mobilização da sociedade;
construir uma agenda comum de lutas;
eixos de luta: mobilidade para todos;
investimentos permanentes no transporte público;
barateamento das tarifas para a inclusão social;
prioridade para o transporte público no trânsito;
transporte público com desenvolvimento econômico e respeito ao meio ambiente.
Transporte público com inclusão social, desenvolvimento sustentável e geração de emprego e renda
TARIFAS
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36
Conclusões
A situação do transporte coletivo é crítica!
Esforços imediatos já foram iniciados para evitar o agravamento da
crise de mobilidade urbana;
Investimentos em infraestrutura devem ser constantes ampliados;
É essencial buscar a eficiência nos investimentos (benefícios e
custos);
Lei 12.587/2012 (“Código Brasileiro de Transportes) representa um
marco histórico; e
PL 310/2009 poderá contribuir para a inclusão socioeconômica de
milhares de brasileiros.
Rumo a um sistema de transporte
competitivo e sustentável
. menos 60% emissões de gases efeito estufa até 2020
. rede de transporte interurbanos intermodais
. transportes urbanos e suburbanos ecológicos
. diminuir a dependência do petróleo
. inovar para o futuro: crescimento econômico, criação de emprego, sustentabilidade
COMISSÃO EUROPEIA - LIVRO BRANCO - Bruxelas, 2011//eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2011:0144:FIN:PT:PDF
Palma de Mallorca – transporte público fonte: www.dailymail.co.uk
Cidades: velocidade baixa
Paz no Trânsito
Cidades para a pessoas
Cidade verde
Melhora no serviço de transporte
Maior disponibilidade de dados para estudos
Segurança para o usuário
Maior controle operacional
Aumento da qualidade operação do serviço
Ampliação dos serviços oferecidos ao munícipe
Melhora da imagem da cidade
A utilização de novas tecnologias traz para o
sistema:
Carros elétricos
Bicicletas Compartilhadas
Ônibus de Bairro - Elétrico
Ônibus Elétrico
Rua verde, de lazer
Carro Elétrico