matriz curricular - educação · repetição de conteúdos e utilização de métodos tradicionais...

21
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ CURRICULAR 1 a SERIE (6 ANOS) ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

Upload: phamlien

Post on 15-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO

ENSINO FUNDAMENTAL

MATRIZ CURRICULAR

1a SERIE (6 ANOS)

ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA IVO NARCISO CASSOL

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO EDNALDO DA SILVA LUSTOSA

COORDENADOR GERAL PASCOAL DE AGUIAR GOMES

GERENCIA DE EDUCAÇÃO SÔNIA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA CASIMIRO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL FLÁVIO DE JESUS

ELABORAÇÃO EQUIPE DE FORMAÇÃO CONTINUADA/ P RODE F/G E/S E D U C

CONTRIBUIÇÕES SETOR PEDAGÓGICO DAS REPRESENTAÇÕES DE ENSINO DE:

ALVORADA ARIQUEMES

BURITIS CACOAL

CEREJEIRAS ESPIGÃO DO OESTE

EXTREMA GUAJARÁ

JI-PARANÁ NOVA BRASILÂNDIA NOVO HORIZONTE

NOVA MAMORÉ PIMENTA BUENO ROLIM DE MOURA

SANTA LUZIA VILHENA

ÍNDICE

1. Apresentação .......................................................................................... 04

2. O Currículo .............................................................................................. 05

3. Orientações Didáticas ............................................................................. 08

4. Avaliação ................................................................................................. 10

5. Matriz Curricular 5.1. Língua Portuguesa ............................................................................ 11

5.2. Matemática ........................................................................................ 13

5.3. Ciências ........................................................................................ 15

5.4. História ....................................................................................... 16

5.5. Geografia ........................................................................................ 17

5.6. Arte ........................................................................................ 18

5.7. Educação Física ................................................................................ 20

5.8. Ensino Religioso ................................................................................ 21 6. Bibliografia ............................................................................................... 22

APRESENTAÇÃO

A ampliação do ensino fundamenta! para nove anos possibilita avanços importantes na

busca da inclusão e êxito das crianças no sistema escolar.

A entrada de alunos, um ano mais cedo na escola assegura um tempo mais longo de

convívio escolar com maiores oportunidades de aprendizagem.

A aprendizagem não depende apenas do aumento do tempo de permanência na

escola, mas também do emprego mais eficaz desse tempo: a associação de ambos pode contribuir

significativamente para que os estudantes aprendam mais e de maneira mais prazerosa.

Para tanto, algumas orientações pedagógicas que respeitem as crianças como sujeitas

da aprendizagem se fazem necessárias, a fim de propiciar momentos de reflexão que

possibilitem o aprimoramento da prática docente em sala de aula.

O CURRÍCULO

A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, nos remete a reflexões e

indagações sobre como se deve ou não ensinar as crianças nas diferentes áreas do currículo.

O primeiro passo, é ter a criança como foco principal, levando em conta a sua

individualidade, e respeitando as suas limitações. Além disso, a valorização das características

próprias da região, favorece uma aprendizagem significativa, visto que estas crianças estão

inseridas neste contexto sócio-cultural.

As características culturais estão impregnadas nas produções infantis, basta ter um olhar

sensível para percebê-las.

Este olhar permiti-nos conhecer melhor, as crianças, e também valorizar suas produções.

É com este objetivo que se vem buscando construir a matriz curricular para a 1- série do

ensino fundamental de nove anos. Não sendo esta mera repetição dos conteúdos trabalhados no

último ano da pré-escola, nem da 1 - série do ensino fundamental de oito anos, mas sim, uma

mesclagem destas propostas, pois a criança de seis anos de idade passa a fazer parte como

sujeito a quem falta conteúdos da educação infantil ou um sujeito que será preparado, nesse

primeiro ano, para os anos seguintes do ensino fundamental.

Devemos compreender que essa criança está no ensino obrigatório e, portanto, precisa

ser atendida em todos os objetivos legais e pedagógicos estabelecidos para essa etapa de ensino.

Para a construção desta proposta, devemos ter como referência as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental, na qual enfatiza os seguintes princípios: a) Princípios

éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; b)

Princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à

ordem democrática; c) Princípios estéticos da sensibilidade, criatividade e diversidade de

manifestações artísticas e culturais.

É importante que o trabalho pedagógico com as crianças de seis anos de idade, nas séries

iniciais do ensino fundamental, garanta o estudo articulado das Ciências Sociais, das Ciências

Naturais, das Noções Lógico-Matemáticas e das Linguagens.

Para tanto, algumas orientações retiradas do documento editado pelo MEC intitulado

"Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientações para a inclusão da criança de seis anos de

idade". Favorecem a construção de uma matriz curricular que melhor atenda na totalidade esta

criança.

Trabalhar com os conhecimentos das Ciências Sociais nessa etapa de ensino reside,

especialmente, no desenvolvimento da reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações,

suas histórias, suas formas de se organizar, de resolver problemas e de viver em diferentes

épocas e locais. Assim, a família, a escola, a religião, o entorno social (bairro, comunidade,

povoado), o campo, a cidade, o pais e o mundo são esferas da vida humana que comportam

inúmeras relações, configurações e organizações. Propor atividades em que as crianças possam

ampliar a compreensão da sua própria história, da sua forma de viver e de se relacionar.

Identificar diferenças e semelhanças entre as histórias vividas pelos colegas e por outras pessoas

e grupos sociais próximos ou distantes, que conhecem pessoalmente ou que conheceram pelas

histórias ouvidas, lidas, vistas na televisão, em filmes, em livros, etc. Histórias individuais e

coletivas que participam da construção da historia da sociedade.

O trabalho com a área das Ciências Sociais também objetiva ajudar a criança a

pensar e a desenvolver atitudes de observação, de estudo e de comparação das paisagens, do

lugar onde habita, das relações entre o homem, o espaço e a natureza. É importante conhecer as

transformações ocorridas sob a ação humana na construção, no povoamento e na urbanização

das diferentes regiões do planeta. Perceber que a maneira como o homem lida com a natureza

interfere na paisagem e, consequentemente, na forma e na qualidade de vida das pessoas.

Propor atividades por meio das quais as crianças possam investigar e intervir sobre a realidade,

reconhecendo-se como parte integrante da natureza e da cultura.

Na área das Ciências Naturais, o objetivo é ampliar a curiosidade das crianças,

incentivá-las a levantar hipóteses e a reconstruir conhecimentos sobre os fenômenos físicos e

químicos, sobre os seres vivos e sobre a relação entre o homem e a natureza e entre o homem e

as tecnologias, possibilitando, assim, a observação, a experimentação, o debate e a ampliação

de conhecimentos científicos.

As atividades didáticas dessa área têm como finalidade desafiar as crianças, levá-las a

prever resultados, a simular situações, a elaborar hipóteses, a refletir sobre as situações do

cotidiano, a se posicionar como parte da natureza e membro de uma espécie - entre tantas outras

espécies do planeta, estabelecendo as mais diversas relações e percebendo o significado dos

saberes dessa área com suas ações do cotidiano.

O objetivo do trabalho com as Noções Lógico-Matemáticas nas séries/anos iniciais é

dar oportunidade para que as crianças coloquem todos os tipos de objetos, eventos e ações

em todas as espécies de relações. Encorajar as crianças a identificar semelhanças e

diferenças entre diferentes elementos, classificando, ordenando e seriando; a fazer

correspondências e agrupamentos; a comparar conjuntos; a pensar sobre números e quantidades

de objetos quando esses (orem significativos para elas, operando com quantidades e registrando

as situações-problemas e promovam a troca de ideias entre as crianças. Especialmente nessa

área, é fundamental o professor fazer perguntas às crianças para poder intervir e questionar a

partir da lógica delas.

O trabalho com a área das Linguagens parte do princípio de que a criança, desde bem

pequena, tem infinitas possibilidades de sua expressão. Um dos grandes objetivos do currículo

nessa área é a educação estética, isto é, sensibilizar a criança para apreciar uma pintura, uma

escultura, assistir a um fume. ouvir uma música. Nesse período, é importante a criança vivenciar

atividades em que possa ver, reconhecer, sentir, experimentar, imaginar e atuar sobre as

diversas manifestações da arte. O trabalho com as linguagens nas séries iniciais tem como

finalidade dar oportunidade para que as crianças apreciem diferentes produções artísticas e

também elaborem suas experiências pelo fazer artístico, ampliando a sua sensibilidade e a sua

vivência estética.

O trabalho pedagógico com ênfase na área das Linguagens também inclui possibilitar a,

socialização e a memória das práticas esportivas e de outras práticas corporais. Entendemos

que, em todas as áreas, ê essencial o respeito às culturas, ã ludicidade, à espontaneidade, á

autonomia e ã organização das crianças, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento humano.

Finalmente, ainda na área das Linguagens, é preciso assegurar um ensino pautado por

uma prática pedagógica que permita a realização de atividades variadas, as quais, por sua vez,

possibilitem práticas discursivas de diferentes gêneros textuais, orais e escritos, de usos,

finalidades e intenções diversa. Textos que circulam na diferentes esferas sociais e são

produzidos por interlocutores em processos interativos. Textos significativos para as crianças,

produzidos nas mais variadas situações de uso da linguagem oral e escrita, em que elas

participem como locutores e como ouvintes. É importante que o cotidiano das crianças das séries

inicias seja pleno de atividades de produção e de recepção de textos orais e escritos, tais como:

escuta diária da leitura e textos literários; produção de textos escritos mediados pela participação e

registro de parceiros mais experientes; leitura e escrita espontânea de textos diversos, mesmo

sem o domínio das convenções da escrita; participação em jogos e brincadeiras com a linguagem;

entre muitas outras possíveis. Ao lado disso, as crianças devem ser encorajadas a pensar, a

discutir, a conversar e, especialmente, a raciocinar sobre a escrita alfabética, pois um dos

principais objetivos do trabalho com a língua nos primeiros anos do ensino fundamental é lhes

assegurar o conhecimento sobre a natureza e o funcionamento do sistema de escrita,

compreendendo e se apropriando dos usos e convenções da linguagem escrita nas suas mais

diversas funções, principalmente o seu uso na sociedade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O professor de alunos com seis anos de idade assume papel importante na formação

destes cidadãos. Para tanto, alguns aspectos devem ser observados e respeitados nas crianças

para que o trabalho venha a favorecer a ambas as partes.

É preciso que o professor pense nas crianças como sujeitos ativos que participam e

intervém no que acontece ao seu redor, além de apresentarem características próprias e

limitações.

A partir dessa visão, o trabalho na sala de aula deve ser enriquecido, não sendo mera

repetição de conteúdos e utilização de métodos tradicionais de ensino. Por isso, um bom

planejamento das atividades se torna fundamental.

A articulação das áreas do conhecimento com as crianças de seis anos deve priorizar

planos de aula que contemplem a própria movimentação da criança e manipulação de objetos e

materiais, aulas-passeio, estudos do meio, visitas etc, trabalhando-se juntamente com o lúdico e o

concreto. Como ação e simbolização estão juntas, cabem também a leitura de histórias e poemas,

a recepção de sons e imagens (músicas, filmes, documentários, etc). A partir da ação o professor

pode pensar em planos de representação e consequente tomada de consciência dessa ação,

ou seja, propor que as crianças representem o que viram, sentiram, fizeram e depois falem

sobre as suas representações, expliquem como chegaram a uma determinada solução, etc.

Além disso, algumas habilidades devem ser favorecidas, tais como:

Expressão corporal - são as brincadeiras, imitações e dramatizações por meio das

quais as crianças reapresentam o que viveram, e sentiram com o próprio corpo ou

manipulação objetos como fantoches, bonecos, brinquedos, etc;

Expressão gráfica e plástica - são os desenhos, pinturas, colagens, modelagens que as

crianças fazem para representar o que foi vivido e experimentado. Gradativamente, essas

representações vão sendo planejadas pelas crianças e vão ganhando formas mais definidas e

elaboradas;

Expressão oral - fala/verbalização - são as situações em que as crianças são

chamadas a conversar sobre o que fizeram, viram, sentiram, como chegaram a determinados

resultados, que caminhos seguiram, ou seja, são incentivadas a falar sobre suas experiências,

seus sentimentos e também sobre o seu próprio pensamento, além de terem a oportunidade de

fazer uso de diferentes gêneros discursivos;

Expressão/registros escritos - a língua escrita, assim como a oral, exerce várias

funções e possui inúmeros usos sociais e formas de se articular. Cada esfera da atividade

humana produz seus gêneros discursivos. É importante que. na escola, as crianças sejam

desafiadas a fazer uso de diferentes gêneros e de diferentes formas de registrar as ações que

viveram, num processo de apropriação gradativa dos usos e convenções dos sistemas

notacionais que incluem a linguagem escrita, com sues diversos gêneros e tipos de textos e outras

notações como a linguagem matemática, gráficos, mapas, tabelas, etc. As notações e escritas

espontâneas das crianças, pelas sucessivas tomadas de consciência, a partir da mediação do

professor e/ou de pessoas mais experientes, gradativamente vão dando lugar às convencionais.

O trabalho através de projetos, também é uma forma de vincular o aprendizado

escolar aos interesses e preocupações das crianças, aos problemas emergentes na sociedade

em que vivemos, à realidade fora da escola e às questões culturais do grupo. Os projetos vão

além dos limites do currículo, pois os temas eleitos podem ser explorados de forma ampla e

interdisciplinar, o que implica pesquisas, busca de informações, experiências de primeira mão tais

como visitas e entrevistas, além de possibilitarem a realização de inúmeras atividades de

organização e de registro, feitas individualmente, em pequenos grupos ou com a participação de

toda a turma.

Os projetos valorizam o trabalho e a função do professor que, em vez de ser alguém que

reproduz ou adapta o que está nos livros didáticos e nos seus manuais, passa a ser um

pesquisador do seu próprio trabalho. O professor torna-se alguém que também busca

informações sobre o tema eleito, incentiva a curiosidade e a criatividade do grupo e, sobretudo,

entende as crianças como sujeitos que têm uma história e que participam ativamente do mundo

construindo e reconstruindo a cultura na qual estão imersos. Ao se tornar mais atentos ao que

surge do grupo, o professor amplia o diálogo com as crianças e se torna importante na busca,

na organização e na mediação dos conhecimentos. A procura de todos por respostas às questões

que surgem no grupo mobiliza e torna a aprendizagem um desafio coletivo. E a escola pode ser

um espaço de busca, de reflexão, que se vale de fontes e áreas de conhecimentos diversas para

entender um fenômeno natural, cultural e social. Lugar onde as diferentes linguagens assumem

grande importância, pois são as ferramentas necessárias para ler, entender, interpretar e dizer o

mundo.

Os projetos exigem cooperação, interesse, curiosidade, pesquisa coletiva em diferentes

fontes, registros do que está sendo pesquisado como: fotografias, desenhos, pinturas,

colagens, maquetes, instalações, teatro, dramatizações, etc. Ao professor cabe a mediação de

cada momento do processo por meio de planejamento e organização.

Além disso, um trabalho de qualidade para as crianças nas diferentes áreas do currículo

exige ambientes aconchegantes, seguros, encorajadores, desafiadores, criativos, alegres e

divertidos; nos quais as atividades elevem sua autoestima, valorizem e ampliem as suas leituras

de mundo e seu universo cultural, agucem a curiosidade, a capacidade de pensar, de decidir, de

atuar, de criar, de imaginar, de expressar; nos quais jogos, brincadeiras, elementos da natureza,

artes, expressão corporal, histórias contadas, imaginadas, dramatizadas, etc, estejam presentes.

AVALIAÇÃO Alguns cuidados devem ser tomados no tocante a avaliação, visto que na pré-escola a

avaliação do desempenho do aluno, não é atribuída por notas e conceitos, diferente do sistema

adotado na organização do Ensino Fundamental.

Para tanto, a diferença se fará na forma como o professor conduzirá este processo,

mesmo sendo adotada a progressão continuada da 1a para a 2a série, sem incidir em retenção, o

processo de avaliação diagnostica e formativa de desempenho desse aluno deve ser conduzido de

forma a não assustar as crianças através de avaliações tradicionais, com fins excludentes de

classificar e selecionar estudantes aptos e não-aptos. Assim, como também deverá ser

diagnosticado o processo de ensino aprendizagem.

Deve-se ter muito cuidado, para não se continuar com uma prática excludente de

avaliar com diferentes finalidades. Para tanto, é importante que se conheça as crianças

considerando as características da infância e o contexto extra-escolar. Identificar os conhecimentos

prévios dos alunos em diferentes áreas do conhecimento. Isto é importante, porque a partir daí o

professor poderá elaborar diferentes estratégias e oportunidades de aprendizagem. Assim, tanto

o professor quanto os alunos estão sendo avaliados.

É necessário dominar o que se ensina e saber qual é a relevância social e cognitiva do

ensinado para definir o que vai se tomar material a ser avaliado.

É preciso garantir a coerência entre as metas que são planejadas, e o que está sendo

ensinado, e o que está sendo avaliado.

Todas as informações ligadas ao aluno, no que diz respeito ao processo de ensino-

aprendizagem, precisa ser registrada periodicamente, sendo verificada se a relação com os

objetivos traçados está sendo alcançada.

Os instrumentos para registro podem ser variados, o importante é que

diagnostiquem sistematicamente a construção de saberes específicos, capacidades, habilidades,

além de aspectos ligados ao desenvolvimento pessoal e social.

Não é suficiente para o professor saber se o aluno domina ou não determinado

conhecimento ou se desenvolvam ou não determinada capacidade. É preciso entender o que

sabem sobre o que ensinamos, como eles estão pensando, o que já aprenderam e o que falta

aprender.

Analisar os processos de aprendizagem, utilizando-se de estratégias para enfrentar os

desafios é o que faz a diferença.

MATRIZ CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA

OBJETIVOS/CAPACIDADES/HABILIDADES

Escrita

1. Conhecer o alfabeto;

2. Saber usar os objetos de escrita presentes na cultura escolar;

3. Evoluir gradativamente da escrita espontânea ale a base alfabética da escrita e da fonética, na reescrita e na produção de pequenos textos, listas, correio da classe etc., apropriando-se do sistema alfabético de representação simbólica da língua escrita;

4. Explorar a função de segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase e o alinhamento da escrita da língua portuguesa;

5. Ter contato com diferentes tipos de letra (forma e cursiva);

6. Compreender diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas;

7. Reconhecer gradativamente unidades fonológicas como sílabas, rimas, terminações de palavras etc;

8. Produzir coletiva e individualmente textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação como: poemas, reportagens, anúncios, receitas bilhetes e cartas, mesmo que ainda não saiba escrever (tendo o professor como escriba),

9. Conhecer, utilizar, e valorizar os modos de produção e circulação da escrita na sociedade e no contexto escolar;

10. Respeito pela produção própria e alheia;

Leitura

11. Desenvolver gradativamente capacidades necessárias à leitura;

12. Escutar textos lidos pelo professor de diferentes gêneros, apreciando a sua leitura;

13. Valorizar a leitura como fonte de prazer e entretenimento;

14. Identificar as finalidades e funções da leitura em função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto (dicionário, lista telefônica, manuais, bulas, receitas, etc.);

15. Identificar os diversos portadores de textos: contos, poesias, fábulas, advinhas, trava-línguas, gibis;

16. Interpretar o que ouve, ex.: histórias, recados, notícias, recomendações etc;

Oralidade

17. Criar, recontar e dramatizar oralmente as histórias ouvidas, levando em conta a entonação das vozes dos personagens;

18. Relatar acontecimentos, evidenciando sequência lógica necessária para urna boa compreensão;

19. Participar das interações cotidianas em sala de aula;

20. Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestada por colegas, professores e funcionários da escola, bem como por pessoas da comunidade extra-escolar {sotaques, expressões regionais, etc):

21. Desenvolver a capacidade de escuta e compreensão;

22. Conhecer e reproduzir oralmente trava-línguas, parlendas, adivinhas, poemas, quadrinhas e canções;

23. Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade linguística adequada, planejando a fala em situações formais, ex.: cumprimento, agradecimentos, desculpas, ele;

MATRIZ CURRICULAR

MATEMÁTICA

OBJETIVOS/CAPACIDADES/HABILIDADES

Números e Operações

1. Conhecer a história dos números;

2. Realizar contagem em situações de sala de aula, nas brincadeiras e em situações reais a partir do conhecimento que a criança possui sobre o número;

3. Explorar, identificar, questionar a curiosidade e interpretar os diferentes usos dos números, reconhecendo sua utilidade na vida cotidiana (número de telefone, linhas e eixos vicinais, placas de carros, etc.);

4. Possibilitar a leitura e o registro (lazer uso de notação, leitura) de escritas numéricas, considerando situações do seu dia-a-dia, ex.: idade, ano de nascimento, placa de carro, moeda, etc.;

5. Organizar agrupamentos para facilitar a contagem e a comparação do cálculo mental;

6. Identificar os numerais associando as suas quantidades;

7. Observar os critérios que definem uma classificação de números (maior que, menor que, estar entre) e de regras usadas em seriação (mais 1, mais 2, dobro e metade);

8. Elaborar e propiciar situações problemas que possibilitem explorar noções de adição e subtração a partir de resoluções não convencionais (situações concretas);

9. Ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios;

10. Valorizar a troca de experiências com seus pares como forma de aprendizagem;

11. Apreciar a organização na elaboração e apresentação dos trabalhos de forma critica contribuindo para a troca de experiências;

12. Construir formas pessoais de registro mesmo que não faça convencionalmente, para comunicar informações coletadas;

Grandezas e medidas

13. Conhecer e manipular vários tipos de moedas e cédulas existentes e a relação entre elas em situações problemas simples;

14. Estabelecer comparações entre histórias e fotografias das características de cada época -situando-as cronologicamente;

15. Observar e perceber que os objetos, as pessoas e os ambientes podem ser pesados e medidos;

16. Desenvolver noções de medida de comprimento, peso, volume, tempo e temperatura pela utilização de unidades convencionais e não convencionais;

Espaço e forma

17. Identificar a posição de um objeto ou número por meio de situações reais, explicitando a noção de sucessor e antecessor;

18. Localizar, movimentar e descrever a localização de pessoas ou objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e algumas indicações de direção e sentido;

19. Observar e sensibilizar formas geométricas presentes em elementos naturais e nos objetos criados pelo homem e de suas características: arredondadas ou não, simétricas ou não, tridimensionais ou planas;

20. Construir e representar formas geométricas;

21. Observar e compreender que as pessoas, as plantas, os animais e os objetos podem ser associados em grupo, formando conjunto;

22. Desenvolver de forma lúdica e concreta noções de posição: em cima de/ abaixo de, em cima de / em baixo de, à direita de, a esquerda de, em frente de / atrás de, no meio de, diante de, em torno de (ao redor de), dentro, fora, antes de / depois de, ao lado de, entre horizontal / vertical;

23. Desenvolver de forma lúdica e concreta noções de indicação e comparação: maior que / menor que, igual a, mãe fino que / mais grosso que, inferior a / superior a, mais curto / mais comprido, mais alto / mais baixo, mais longo, mais estreito, mais cheio / mais vazio, mais pesado / mais leve;

24. Desenvolver de forma lúdica e concreta noções de direção e sentido: para frente / para trás, para o lado, pela frente / por trás, através de, para a direita / para a esquerda, para baixo / para cima, por baixo / por cima, por dentro / por (ora, no mesmo sentido / no sentido contrário;

25. Desenvolver noções de profundidade: vazio e cheio

MATRIZ CURRICULAR CIÊNCIAS

OBJETIVOS / CAPACIDADES / HABILIDADES

1. Perceber-se como parte da natureza, como animal e ser vivo consciente de sua responsabilidade para com o planeta;

2. Identificar os elementos naturais importantes para a existência da vida (ar. solo, água, vegetais, animais, luz e calor do sol);

3. Desenvolver noções sobre as relações entre diferentes espécies de seres vivos, e suas características;

4. Conhecer espécies da fauna e flora da região, comparando-a com as de outras regiões;

5. Observar as modificações no ambiente, investigando causas e consequências, bem como, ter atitudes positivas em relação à sua preservação e conservação;

6. Obter noções sobre os seres vivos e não vivos e sua importância no ecossistema;

7. Adotar hábitos de autocuidado, valorizando as atitudes relacionadas com a higiene, alimentação, conforto, segurança, proteção do corpo e cuidados com a aparência;

8. Desenvolver e fortalecer hábitos de higiene e de cuidados com os materiais de uso individual e coletivo;

9. Observar a diversidade de seres vivos nos diferentes ambientes percebendo modos de alimentação, relação alimentar, locomoção e revestimento do corpo;

10. Observar e perceber a importância do ar e da energia para a sobrevivência dos seres vivos;

11. Desenvolver noções sobre a importância da reprodução dos seres vivos nos diferentes animais e plantas;

12. Desenvolver a capacidade de reconhecer objetos e ambientes utilizando os sentidos;

13. Identificar, nomear e desenvolver a percepção dos órgãos dos sentidos, observando as sensações corporais e exercitando a diferença entre os toques diversos;

14. Observar e identificar as partes do corpo, percebendo as diferenças e semelhanças (masculino e feminino), respeitando as diferenças individuais;

15. Observar e perceber como os objetos são construídos a partir de materiais retirados da natureza, reconhecendo os seus processo de transformação e reciclagem;

16. Desenvolver noções de captação, distribuição e armazenamento de água e os modos domésticos de tratamento, relacionando com as condições necessárias à saúde;

17. Compreender o alimento como fonte de matérias e energia para o crescimento e manutenção do corpo, reconhecendo as limitações e as necessidades para uma vida saudável;

18. Conhecer as limitações do próprio corpo e a necessidade de uma vida saudável (alimentação, exercícios tísicos, vacinas, exames etc.);

19. Conhecer as emoções básicas (raiva, alegria, afeto, medo e tristeza) e treinar o controle frente às situações do cotidiano infantil;

MATRIZ CURRICULAR

HISTÓRIA

OBJETIVOS / CAPACIDADES / HABILIDADES

1. Perceber-se enquanto parte integrante de um grupo e de uma sociedade (família) possuidor de direitos e deveres, respeitando suas regras de convívio social e a diversidade que os compõem;

2. Identificar os membros que compõem a sua família pela relação de parentesco e afetividade;

3. Perceber a importância da família na formação da criança para o exercício da cidadania;

4. Construir sua história através da árvore genealógica, tomando por base o grau de parentesco;

5. Reconhecer os aspectos que proporcionam um ambiente familiar saudável (moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho, higiene e lazer);

6. Conhecer várias estruturas familiares e como elas se diversificam {biológica, adotada, com ou sem pai, mãe, etc.);

7. Construir a história de cada um a partir de suas experiências de vida, de sua família e perspectivas de futuro, considerando o espaço temporal (presente, passado e futuro);

8. Estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos (o modo de ser, viver e trabalhar);

9. Conhecer, participar e valorizar atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais artísticas, literárias, políticas, religiosas, filosóficas e científicas, de sua comunidade e de outras;

10. Reconhecer a escola como um dos espaços de aprendizagem da cultura brasileira e da participação e exercício da cidadania;

11. Identificar alguns papéis sociais existentes em seu grupo de convívio, dentro e fora da instituição;

12. Desenvolver a compreensão critica das datas comemorativas e dos símbolos nacionais;

13. Valorizar o patrimônio cultural do seu grupo social e interesse por conhecer diferentes formas de expressão cultural;

14. Investigara historiado lugar onde vive e as transformações ocorridas ao longo do tempo

MATRIZ CURRICULAR

GEOGRAFIA

OBJETIVOS / CAPACIDADES / HABILIDADES

1. Reconhecer e preservar a paisagem do local onde vivem;

2. Conhecer e compreender as diferentes manifestações da natureza (vento, chuva, sol. etc);

3. Conhecer e comparar a presença da natureza expressa na paisagem local, com as manifestações da natureza presentes em outras paisagens;

4. Desenvolver atitudes de respeito ao meto em que se vive, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter na preservação e na manutenção da natureza;

5. Identificar as mudanças climáticas da região, enfatizando o tempo e suas variações;

6. Observar e identificar os pontos de referência no trajeto de casa para a escola com a produção de roteiros;

7. Perceber e compreender os diferentes meios de localização da escola, da casa, do bairro, etc, através de mapas;

8. Reconhecer os modos de vida de diferentes grupos sociais: como se relacionam com o espaço e a paisagem onde vivem;

9. Entender os aspectos que proporcionam um ambiente saudável, criando atitudes de cidadania;

10. Identificar os elementos do ambiente, suas relações, interações e transformações, percebendo-se como parte integrante deste processo;

11. Conhecer e identificar o funcionamento dos meios de transporte e locomoção, identificando os meios de sinalização e sua importância na estruturação da vida em sociedade;

12. Conhecer e utilizar os meios de comunicação e inovações tecnológicas;

13. Adotar posturas na escola, em casa, e em sua comunidade, que leve às interações construtivas justas e ambientalmente saudáveis;

14. Entender e fazer encadeamento de várias relações de dia e noite, manhã, tarde, noite, dias da semana, meses, ano, antes, agora e depois, etc;

15. Conhecer e valorizar as dependências físicas da escola, bem como as pessoas que lá trabalham.

MATRIZ CURRICULAR

ARTE

OBJETIVOS / CAPACIDADES / HABILIDADES

Música

1. Conhecer, confeccionar e manusear instrumentos sonoros;

2. Propiciar momentos para apreciação de alguns gêneros musicais;

3. Interpretar músicas e canções diversas;

4. Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições de forma oral e interações musicais;

5. Reconhecer e utilizar de modo expressivo, nos contextos musicais as diferentes características geradas pelo silêncio e petos sons;

Artes Visuais

6. Criar desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir do seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura, etc. respeitando o processo de produção e criação;

7. Organizar, valorizar e cuidar dos materiais produzidos individualmente e em grupo no espaço físico da sala;

8. Desmistificar o belo e o feio, evitando influências na estética (cor, forma, etc.);

9. Conhecer, apreciar as artes visuais, fazer leitura de imagens e interpretar ao seu modo a diversidade de produções artísticas, como desenhos, pinturas, esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema;

10. Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas característica, propriedades e possibilidades de manuseio entrando em contato com formas diversas de expressão artística;

11. Interessar-se pelas próprias produções, pela de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entre em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura;

12. Conhecer os meios de preparo de tintas e massas caseiras obtidas da natureza, e utilizá-la em suas produções;

13. Perceber e reconhecer marcas, cores, texturas dos objetos;

Dança

14. Reconhecer e desenvolver a mudança do movimento na expressão da dança;

16. Experimentar as movimentações da dança considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e movimento do corpo de acordo com o potencial motriz de cada um por meio das brincadeiras;

17. Observar e conhecer as qualidades individuais de movimento, observando os outros alunos, aceitando a natureza e o desempenho

motriz de cada um;

18. Improvisar a dança, inventando, registrando e repetindo sequência de movimentos criados;

19. Identificar as diversas manifestações de dança da cultura brasileira. Ex.: samba, forró, frevo, etc.;

Teatro

20. Experimentar momentos para a expressão teatral;

21. Pesquisar, elaborar e utilizar o cenário, figurino, maquiagem, adereços, objetos de cena, iluminação e som;

22. Pesquisar, elaborar e utilizar máscaras, bonecos e outros modos de

apresentação teatral;

23. Criar textos e encenações com a ajuda do professor;

24. Conhecer, respeitar e apreciar diferentes manifestações teatrais da

região;

25. Observar, apreciar, respeitar e analisar os trabalhos em teatro realizado pelos outros grupos;

26. Desenvolver a articulação entre expressão corporal, plástica e sonora;

27. Participar e desenvolver os jogos de atenção, observação, improvisação, etc;

MATRIZ CURRICULAR

ENSINO RELIGIOSO OBJETIVOS / CAPACIDADES / HABILIDADES

1. Refletir sobre os valores morais: amizade, amor, respeito, caridade, humildade, solidariedade, etc;

2. Acolher o outro como ser humano a merecer atenção, respeito, compreensão e presença solidária;

3. Perceber-se como pessoa e reconhecer as demais como gene, pelo que são, pelo que fazem, como fazem e porque fazem;

4. Sentir-se participante de um mundo pluralista em que a aceitação e respeito às diferenças é fundamental para a soma dos valores e de atitudes que construam uma sociedade mais justa e feliz;

5. Reconhecer o diálogo como a forma de superar os preconceitos e discriminações;

6. Respeitar e oportunizar relatos das diversas tradições religiosas existentes na sala de aula;

7. Experimentar a alegria de ter o próprio lugar no mundo e de conviver e colaborar, respeitar e ser importante para o Transcendente e para outras pessoas;

8. Conhecer a origem das datas comemorativas e festas religiosas;

BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais de 1-a 4-série.

Secretaria de Educação Fundamental - Brasília: MEC/SEF, 1997.

_ .__ . Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade.

Departamento de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.

___ .. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Fundamental -

Brasília: MEC/SEF, 1998.

RONDÔNIA. Secretaria de Estado da Educação. Matriz Curricular para Educação

Básica - 1Be2sCicloe 1êa 4l série. 2- Ed. Muttisoluções Editora e Gráfica - Rolím de

Moura /RO, 1998.