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MATRIMôNIO CELEBRADO EM TERRITÓRIO ES,TRANGEIRO, EM FRAUDE À LEI BRASILEIRA. SUA EFICÁCIA PERANTE O DIREITO NACIONAL ATHOS GUSMÃO CARNEIRO JlIiz dC' Dil'C'i, to em Uruguaia'l :l (R.G.S . ) SUMARIO: - :-'Iatrilllunio de brasileiro COlll IJrasi\.eira, dom:- ciliados no BrasiJ', e celebrado na Hepública Argentina para evi- tar a aplicação de impedimento dirimente, previsto na legisla- ção civil nacional e inexi s tente na "Lex loci ccle· brationi s ". AI)\ica'biliiladC' dt) I'stutulo p e ssoal dos c:Ô'D. jllges. )Códi.go Rusta- mante. TratuIlo d e :-''lont evido. Princípios r le Direi' lo Inler- nacional PrivaL!c! , estatuido s na Lei dc Introdução' a o Código Cidl vigente ao kmpo da c elebrução 1 10 matrimônio . O mento celC"hn1do "ill fnlUS le"is" não e inexistcnte, mas so- fre 11 san ç ão it i 'll t fração lIa IlO'r'llla ]J re tendida fraudar. Nulidade do casamento, fac e ao imp e diment o re s ultante de pa- ren te sco em gráu proibido; impossibilidade úe decret a ção tal nulidade "incidenter", sem a Pl'opos-itllra de ão ol-dinúri : .l e nomeação de curr.c1or ao vínculo; validade, a que tal ven'tta a ocorrer, do matrimônio c do l'cgime d'e bens rlêle IlecolTentc. - Separação obri' gatória de i bens , face ú idade de llm rios ':Ijl!- ges, art. § único, fI rio Código Civil; tal rC'gime abrange igualmente os aquesi tos. , CAPÍTULO 1 - ba s' tado pe cuarista , tronc o' de ilustre família, aos Sl'- tel1ta e <Iuatr!] (; 74) (Ie ill.lIie \'ciu a matrimoniar- s c, em tC'l'ceir:,s nÚ)l- ('ias, com lima sua c,lI'nal , casamento êste contraia 0, em d' ata de 21 de ju nho de 119313, t j)('rantc o "En-cHl'gado dcl RI?gistro Civil" , lia cidade de Paso lie los Libres, sib na He!lÚbnca Arg C'l1.tilla e frontcira, pelo rio Uruguai , a csta cidan e de Uruguuia- na. Do as s ento nupcial, lavrar10 a fls. ' " 110 Li vro n. o ' " r!-o Hcgistro de CasaJllento s de Paso (Ie lo ;: Libres, c onsta são 0 " nübent.cs · bra s ileiros, domiciliados em Urnguaiana, t' se e nc o ntravam os dois "acidentalmente" na vizinha cidndc, onde tambem "acicte':1.Ialmcn tc " comp ,l- rcceram as tes t emunhas do alo, ambas igualmente domiciliada s em Ul'u,guaian:l . -lníludível, pOI'Lanto, que o malrimônio CÍ'vi! !foi realizado em pais oCstran- geiro a fim ser evitllido o inlJledimento dirimente pr.",isto no artigo 183, IV, do Código Civil; lIote-se que , ú é poca <'Ie realização do c.a s ameuto, não se eRcontrava em vi. gêneia o Decrcto-Iei n . o .3.2.00, de I I!J de a; bril ti,· 1!J4Jl , o qual veiu a pennitil', o'bservadas prescriçõ es, o casam!.'nlo en- tre eoláterais em terceiro gráu. talvez, por qlle aceitou o o' ficial do Regi s tro Civil ar-gcn- tino celebrar c citado matrimônio, se evidente visavam os côn, jnges Ú a, plicação da lei ct' omiciJiar? Occ/l'rC' ql\e a Lei al'gentina do Ci\'il, 'lei 2.'100, doe 12 cte- lI O- Revista Jurídica, Porto Alegre, v. 9, n. 53, set. / out., 1961.

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l

DOU

vernbro habiend 3- 5 o gar en I mieilio

Eacute a fevereir A capa exist~nc brado l doutriMATRIMocircNIO CELEBRADO EM TERRITOacuteRIO dos nu1J

ESTRANGEIRO EM FRAUDE Agrave LEI BRASILEIRA principi na som

SUA EFICAacuteCIA PERANTE O DIREITO NACIONAL sanguini O C1

ATHOS GUSMAtildeO CARNEIRO do pont JlIiz dC DilCito em Uruguaial l (RGS ) idade f

0 ri o outro

SUMARIO - -Iatrilllunio de brasileiro COlll IJrasieira domshy lo pe la ciliados no BrasiJ e celebrado na Hepuacuteblica Argentina para evishy Donde a tar a aplicaccedilatildeo de impedimento dirimente previsto na legislashy que o c1ccedilatildeo civil nacional e inexi s tente na Lex loci cclemiddotbrationis lJ aiacute s y cI AI)icabiliiladC dt) Istutulo p essoal dos cOcircDjllges )Coacutedigo Rustashy que aql~

mante TratuIlo de -lontevidleacute o Princiacutepios rle Direilo Inlershy o In esn nacional PrivaLc estatuidos na L e i dc Introduccedilatildeo a o Coacutedigo realizaccedil-d Cidl vigente ao kmpo da celebruccedilatildeo 110 matrimocircnio O (-a~ashy bem con mento celChn1do ill fnlUS leis natildeo e inexistcnte mas ~ irn soshy ccedilatildeo t fre 11 sanccedilatildeo (~ominada it illtfraccedilatildeo lIa IlOrllla ]J re tendida fraudar Tnh od Nulidade do casamento face ao impediment o resultante d e pashy PrllL ren tesco em graacuteu proibido impossibilidade uacutee decret a ccedilatildeo d ~ T p e tal nulidade incidenter sem a Plopos-itllra de accedilatildeo ol-dinuacuteri l 1887 e nomeaccedilatildeo de currc1or ao viacutenculo validade a teacute que tal ventta lid o q u a ocorrer do matrimocircnio c do lcgime de bens rlecircle IlecolTentc caz as I -Separaccedilatildeo obrigatoacuteria de ibens face uacute idade de llm rios COcircIjlshyges art 2~S sect uacutenico fI rio Coacutedigo Civil tal rCgime abrange igualmente os aquesitos

seus as CAPIacuteTULO 1 - Amiddotbastado p ecuarista tronco de ilustre famiacutelia aos Slshy Em

tel1ta e ltIuatr] (74) lIlO~ (Ie ill lIie ciu a matrimoniar-sc em tClceirs nUacute)lshy lei 11 o (ias com lima sua ~ohrinha c lInal casamento ecircste contraia0 em data de 21 8 0 shyde junho de 119313 tj)(rantc o En-cHlgado dcl RIgistro Civil lia cidade de familia Paso lie los Libres sib na HelUacutebnca ArgCl1tilla e frontcira pelo rio Uruguai sendo I a csta cidane de Uruguuia-na Do ass ento nupcial lavrar10 a fls 110 A c Livro n o r-o Hcgistro de CasaJllentos de Paso (Ie lo Libres consta satildeo 0 civil nuumlbentcs middotbras ileiros domiciliados em Urnguaiana t se encontravam os dois brHsiacutelei acidentalmente na vizinha cidndc onde tambem acicte1Ialmcn tc comp lshy do no rcceram as tes temunhas do alo ambas igualmente domiciliada s em Uluguaianl

-lniacuteludiacutevel pOILanto que o malrimocircnio CIacutevi foi realizado em pais oCstranshygeiro a fim d~ ser evitllido o inlJledimento dirimente pristo no artigo 183 IV do Coacutedigo Civil lIote-se que uacute eacutepoc a ltIe realizaccedilatildeo do ca sameuto ai~ld l natildeo se eRcontrava em vigecircneia o Decrcto-Iei n o 3200 de IIJ de abril timiddot 1J4Jl o qual veiu a pennitil observadas eert~s prescriccedilotildees o casamnlo enshytre eolaacuteterais em terceiro graacuteu

Pcrgllntar-se~aacute talvez por qlle aceitou o oficial do Regi s tro Civil ar-gcnshy ~ 4 tino celebrar c citado matrimocircnio se evidente visavam os cocircnjnges fllrtar- ~ em que Uacute aplicaccedilatildeo da lei ctomiciJiar uacuteomidli

OcclrC qle a Lei algentina do Matrimocirc~)io Ciil lei 2100 doe 12 cte- lI Oshy

Revista Juriacutedica Porto Alegre v 9 n 53 set out 1961

DOUTRINA - 41

UO EIRA ONAL

s )

ira dOIl1shypara e-ishy

fa egislIshyrahonls igo Bustashyito In ter shy10 Coacutedigo 1 O ((1laquoshy~s ~ im soshya fraudar te de pashyaccedilatildeo d~ ordinaacuteri

tal venha corren tigt lOS COcirc ljllshy abrnnge

I aos Slshyilt~ nuacutepshyla dl 21

idade el e Uruuai elo

~ a siiacuteo oshyI os dois

COlTIlllshy

1 1~lIaianl

cstraushy-ligo 183 lo ai~](I

aibril d ento eJ1shy

II argcnshyfurtar- slt

de noshy

vembro rle 18S0 estabelece l) artigo 2deg Ln validez el el matrimonio no habicndo nillguno d e lo impcdiUcnlos es tahlecielos en los inrisos 10 2deg 3 0 5 deg yG C) dd articulo 9deg stri juzgnrla cn Ia Repuacuteblica por la ley dei lushygar en que se hnya ce leb rado aunque los contryentes hubiesen dejado SlI doshymicilio pal1a no slIjetar-se a las Iformas y aeyes que en col rigen

Eacute a norml cslabelecirla no Dlligo 12 do Tratado rle MQutevideo de 112 e evereiro de 18S9 ainda e m vigor na Argentina Boliacutevia Pmaguai e UrugulIacute A capacidade d as pessoas para conlrair matrimocircniO a focircrma do ato e a exisrrncia e validade do mesmo regem-se pela lei dmiddoto lugar [~1lI que eacute ecircle celeshybrado Aplica-se na Argentina t Iex loci celchrationis em oposiccedilatildeo assim agrave dOlltlina dominante (]e que a capacidade matrimonial se r-cge pela lei pessoal dos nubentes quer atraveacutes H aDlicaccedilatilde0 do prinCIacutepio d o llJmicilio Qll er do prinCIacutepio da nacionalidade E a leur (lo artigo 9 deg lth preritarla lei algentshyna somente impedem o matrimocircnio a consanguinidmiddotadc em Ji~1ha r e ta a conshysanguinidade entre irmatildeos e a afillid de em linha reta

O casamcnto foi ce lebrado pois vagraveUdamcnle peranle a l e i argentinli e do pontO de vista formal (de momeato a1bordmn03 apenas o aspeeto da VHshylidarl e formal) tambeacutem vagravelidamente llel1ante a legislaccedilatildeo br~ileira juacute que o d omiciliado no Brasil qlle pretenda con sorciar-se no estrangeiro seja o outro cocircnjuge tambeacutem d omiciliadG no BrHsil ou natildeo eacute nlItol-izado a fazeshylo pela foacuterlla es tahelecida nas leis do paiacutes onde o casamento se r ealize Don lth a r egra do ar ti go 2r~ j (lo Coacuted igo Civil prescrevendo (Ie mod e- ge ra l que o casamento eel cb r1 do fora rIo Brasil se Jrova de aeurdo com a ]r i lo pai s Ga dc s( c de llroll Il ~ qUiIlto agrave ce lebraccedilatildeo do casamento qll e eacute deg qu aqui middotpa rticlll a rm en te no inte r essa obcrkce forIllH Ig al cio pai- 0 0 lt1 1

o mesmo se l el liz e all tn rilL t c eclcbrante as snl en uumlJarlcs necessuacuterias realizaccedilatildeo d n CPIi mocircni a aS fb rulas ill ~ trllmentuacuteriHS do -10 e o conteuacutedo decirc~t bem como o r cgi-llo se Ieglllaill d c aeocircnlo com aS leis do lugaI (Ia ClI (~)l ashyccedilatildeo t a al)li cl1 ~iiacute () dn reg la - lOCllS regit actum (ESPlXOLA L ci dl fntrod C oacute rl Civi l COIU(lJt v 11 no 17i6 )

P rc((i 1I11 [) Cuacuted igo Rl ~ laJ)Jallll vdid ll para n gul11 l~ rela cocircps de D l p l nlre o Brnsi l ( Ir eze Olltl ~lS Hep uacuteblicas la tino-amerj (i1iI lt1S (DecIe lo n o 18871 dc 1J-8-1 g( 91 l1Il sc u 1 rtigo 41 T er-sc-uacute lt1Il tOI parte como vuacute lidO q ua nto acirc fuacuter ma o m Ulril1lCIlio celebrado na quc ~staheccedilaIll corno emiddotfishy(az as leis d e Jais em (t ~ C se ddui

APiTCLO n - e jamos apora rIlIaI a lei pela Tu s ticcediln Bras il eira ap lishycaacute vel no contro ve r so p ac to n lltli uIOn ial na Argenlilla cel chru(lo quant o ao s eus aspectos natildeo f ormaifil ou se ja quanto II sua eficaacutecia iillIacuteclicn

Em jgcn- 10 temp o rIa te leJruccedil iiacuteo fi Lei dc Introdu ccedilatilde o ~(o COacutedigo ICi v il lei n 0 3Oiacute ll de 10 cJe janeiro rl e 1~1rG cu jo artigo 8 0 l)rlli-tuava Art 8deg - _ l e i l aciu]al ci 1 lJr~s tJa dlie rmina li capacida de ciVil os cHr~it os de fallliacutelia as r elaccedilotildees 1)ssoai i ltl oS roacutenjuges e [) regime de h~ns no casamellto sendo licito quanto a ecircstc a onccediluumlo pcIa lei brasile ira

A capaci 111 UC matri nlCnial eacute isso ecirc oacutebvio LIma das facetas da capacidade civil (lE~PHOL (Jl) c iL nC) 170) Tnnto n cocircnjuge eacute- ce nacionalidade blusil li ra (O 11U o roi o i de cujus e daiacute a a plicaccedilatildeo ao matrimocircnio (eIebrashydo ll o estran geiro Id os im ped imentos previstos Ina legislaccedilatildeo brJasileira bem como do regime ide bens nesta estatuiacutedo

A soluccediliiacuteo natildeo selia ltuumlvelsa mle fi atual lei de Introduccedilatildeo ao Coacutedigo Cishyvil pela qual Ar iacute deg - A lei ele- paiacutes em que foacuter middotdomiciliacla a pessocirca rJ e- shylermina as regras socircbre o CO TllI~ CcedilO e o fim da personalidade o nome a capashycidade e os direitos de fa miacutelia

~ 4deg - U liacuteegime de bens cgal ou convencional oLecleee uacute lei do pni~ em que tiv e rem os nubentes domiciacuteli o c se ecircsle -rOacuteI diverso 11 do primeiro domidlio cO~l j llgal

I

DOUTR 42 - REVISTA JURlDlGA

Os cuacutenjugps sempre tiveralll antes do matrimoacutenio c ((-pois decirclc domiciacuteshylio no Brasil a ida a Paso de los Libres segundo reZa o proacuteprio assentn matrimonial foi em caraacuteter apenas aciderutal

A capacida(le matrimonial egundo igualmente [) Coacutedigo Bustalllante (~ a definida pela lei pessoal dos coacutenjuges Art 3G Os nuh(~n tcS eslaratildeo slIjeishylos uacute sua lei pessoal em tudo qua~l to se refinl agrave callacidadc llara celehrar o atrimocircnio ao consentimento Ol conselho pntclno aos impedimentos e uacute sua dispensa

Art 127 - Os contratos matrillloniais lcgulal11-se pela lei pessoai ao~ (~ontlatanles oe na Slla falta pela dO primeiro domidlio cOD juga

O principio doutrinaacuterio da prevalecircncia do estatuto pessoal ecirc assim de c(nta forma tlaDlaquoIuilo exceccedilatildeo feit ao HI mencionado Tratado de Montevishydeacuteo o qual lGI1Sagloll nos paise que o Iatificaram o principio ria Iex loei celehrationis Mencionemos ainda li Conveacutenccedilatildeo cte Haia Ahre o casamelshylo mSPIX)LA oh ci nota c) ao nuacutemero 170) Arl1deg - Le droit de contraclcl m~riagc est reacutegleacute par la loi natiOllale d-e cltaclln dcs futnrs epoux uacute llloins qllIl~( disposition de cetl loi se reacutefere exprcsscment aacute une at~trc loi

AssiuI senltc do direito pooacuteilivo brasileiro ( dos prinCIacutepios doutrinaacuterios qlle O imformaram reslllta sempre a aplicaccedilatildeo du estatuto pessoal dos cocircnjushyges para rcglllar a jucstatildeo da capacidade matrimonial portant o do s imshypcdimentos mtrillloniais e cOllsequiecircncias da respectivll infraccedilatildeo isso qun pela aplicaccedillO do princIpio da nacionalidade vigente elll l C SO pai ao temshypo rIo ato como Pela aplicaccedilatildeo do princiacutepio domiciliar 01 1 yigente

Como coroluacuterio scnno amhos os cuacutenjuges de nncionalitladc brasileira ( anlhos domicIliad os IlC1 Brasil quer antesquer ([cpo is do ato matrimoni a l tendo ambos viajado at6 a vizinha cidadc do Paso de Los Libres em caruacutettr meramente acHjental com o cvidcae uacutenicc fil o ele evitlf [I ilHidlncia dl impedimento dirimente previsto no artigo 18i rv no C ivil Brasileiro seglle-~e lIue ) li capacidade das parte i pun contrair m a trimocircnio rege-se pela lei brasileira h) o rogime de bens re~L1Itantc do dito matrimocircnio igualshynente ecirc regi ~l(j pela lei hra5Il e ira

Como obsclvarciiacuteo a laterc notemos qne () leginw de b ens ohedeceria (lI qualql1er focircrma it legislaccedilatildeo hra ltileira cis que os imoacutep satildeo localizados llO Brasil e ti lei argentina do matrimocircnio civil artigo () 0 preeeitnll quc los hiC)es ralces son regidos por la ley dei lugar en que eshlll sitlados

CAPiacuteTULO III NULIDADE e [NEX[STE~CIA Slt10 dados jlrIacuterlicos imshyparagonuacuteveis Natildeo se conltfImdem muito menos em mateacuteria de direito matrishymonial POXTES DE lIl~ANDA eacute insistellte na ncc soacute iJa(le ([e evitandfl eonfusotildees bem se distinguirelll no studo rias eonscquecircnetns do defeitos do~ atos juridico- os tlLS plall os o ria existecircn ci l o Ia vlllidae e o da c rid(~ ia

Daiacute porque inobstanlc o muito respeitO devido 1 alta e reconhecida culshytura juriacutedica (lo ~minente suJ)scrilor do parecer a lls 1-98 20i(j ltlo ~ autos do in ven tuacuterio natildeo podelllos subscrever a cOl~cfusatildeo a que S E cia chegou de qUe o matrilllOcircIIacuteo em causa possa ser pOI convolado in iacuteraudem legis tido por inexistente ante fi orde naratildeomiddot juriacutedica brasil eir a pO$ ~a ser um fato puro e simples N~io o t~ O proacuteprio ensinamento de Rodri go Otavio eitashyelo no dito parecer ~liiacuteO eacute abonat6do it -conclusatildeo a que o opinante chegou realmente o que diJ Rodrigo Otavio eacute qlll ~ nos casos de - fraus legis a Yltlshy

lidarle do caiiamento e a elfieuacutecIacutea -de seus efeitos niio devem ser nO Brasil r eshyconhecidos ora jaacute afirmamos qle o plano da eficuacutecia e () plmo da validade satildeo inconfundiveis com o pianO da existeacutencia (PoN DES DE MIRANDgt Trashytado de Direito Privado v IV sectsect 3rjtG e ~(iO)

CasamentoceltgtlJrado em fraude acirc lei EXfSTE embora sujeito agrave sanccedilatildeo cominada na norma pretendida fraudar O matrimocircnio eOllvahdo ante aushytOIidade investida do poder rlc ceebraacute-Io divetrso s s sexos dos llutbentps ohseryar[os os requisuacutetos cssenciris de foacuterma ~egllndo a lei local natildeo pode

ser tido por ~ 1509 n) 3) laacute vel

CAPiTU positivI qm regidos ant tanto pela

Plevend glaacuteu (note-s nal estabelel art 207 do tido eomo validade e d

A do utri dade no eas condiccedilatildeo int

g prillcIacute proibiccediliies d rar a sorte ~mNTOS de BELECEU secos para a defieiencia LI inexistente

Aindn (I

dade satildeo os mitido p2Ja COMO FRAl EFEITOS Dl

Mas shyregem o d ir rada incide decretaccedilatildeo 11 culo - Coacutedi TES Tratad nosso ilustr qual mnnIacuteife um pllreeer mO algueacutem 1

Portanto gada procedi cio C P ( mas ainda 1 as relaccedilotildees gislaccedilatildeo ora

CAPiacuteTUJ riores e a) gitado b) se jlllgaco evcn ME DE BEl uacutenieo n 110 tempo do cw 189)

Lanccedilada tenham cuieI tribunais a

43 JURfOIGA

e domieiacutemiddotmiddot io assento

lan te I a lratilde ~ suieishycelebrar o mtos 1

ssoai ao~

assim de ~lontevishyIex lor i casanl llshydroit de

Irs eacute]1oux une antre

utrinaacuterio os cocircnjushy do~ imshyl [ SSO CItEr I ao temshy

asi Ir i 1gt1 (

rimanlal n cadr lencia d o IIrasii eiro ) rc(-se jo i~LJ a l shy

ocd C ccr iacutea al iz1(los

eitua lJ11C a-dos

ticos irnshyto malrishyevitand(

fitlYs dOj

efi cl cl a t ida culshylutos rI o cgem d is tid o Im fato ~I io eitashyehegou ~

s a vashyrusil Ieshyvulid[lr]l A Tr (~

I anccedilatildeo [lute 311shy

ubentis iiacuteo pode

DOUTRINA

er tido Jlor natildeo existente (PONTES Trataoo de Direito de F-arnila v 1 ~ 59 n Q 3) ~~mbora pOSSa SCI havido se focircr o caso por nulo Oll por lIlUshylaveI

CAPiTULO IV - f ( ( rto pOrtanto ante as regras de nossa ordenaccedilatildeo positiva que os direitos dp faTnilia resultantes do matrimocircnio elU causa satildeo regidos ante u Justiccedila bras ileira 1)elo estatuto pessoal dos cocircnjuges e porshytantu pe la le-gislaccedilatildeo brasileira

Prevendo nossa legislaccedilatildeo ao casamento elltre colaleral~ em terceiro graacuteu (note-se que as nuacutepcias fOltIITl contraidas antes do permissivo condicioshynaI estabcleci(lo no ar 1 r d Decreto-lei 3 200) a sanccedil2iacuteo da llulidalJc shyart 207 do C Civil - temos em qUe o ciltado mat-riacutemocircnio poderaacute vir a ser tido como ~1 1l10 c de nCl1JlllUl efeito aSsim dcsconstituiacuteclo nO$ plano da validade e da eficaacutecia

A doutrina ampara a norma 11rasikira de D J P Art 47 - A nnishydade rio casamento deve regular-se p ela lIlesma lei a que estaacute submetida 1 eOlHliccedilatildeo ingtriacutenseea ou extriIl3( cr (juea motive (CoacuteDIGO BUSDA~bNTE)

]~ prillciacutepio -geralmente accito que a lei compe1tente para determinar a~ proibiccedilotildees de casar deveruacute ser tambeacutem observmiddotada quando e cogite de apushyrar a sorte cio ato lealizado em detrimento dela A SANCcedilO DOS IMiPEDIshy~IENTOS doutrinalll os ilutQIeS ~EHA TMPOSTA PELA LJE[ QUE OS E STAshyBELGCEU A lei que determina os Ielfuisitos intrilshysecos para a valia1 c d o matril1lollio tambeacutem estaheleceraacute ~c na faltta ou )) 0 dofieieacuteneia (I algum d0lr s o ~asamcnto pode ou deve SCr declarado nulo ou inexistent e (E SPLlOLA oh e it v n no 1amp2 e obs e )

Ainrla rnSIll a ESPiacuteNOL ind1 mai s COllluns peb sua mai or Illcilishydade satildeo os ClOS de mudanccedila de domiciacutelio para se realizar um ato natildeo pershymitido pela lei domi cii ll competeate f NO ESTADO CUJA LEI SE l) COMO FRAUDADA QUE SE HAtildeO DE APRECIAR NATURALMENTE OS EFEITOS DA FRAUDE A ESSA LEI (o) cit v n TI O 185)

illas - c isso eacute illlportante - Ice aos princillios lspeciaHssiacutenws q1C regem o direito matrimonial a nulidade de casamento natildeo Jlode ser declashyrada -incidenter conform e oeClle eom as nulidades em geral Exige-se a decretaccedilatildeo mcdiant e a ccediluumlo orl inuacuteria com a intcrvenccedilatildeo do curador ao vinshyculo - Coacutedigo Civil arti go b23 - eacute uma norma eogCntc inarreduacuteve-I (PONshyTES TIatado de Direito de Fnmilia v 1 ~ 72) O despacho prolatado pelo nosso ilnstre anteeessor dI Ct ovi de Assis nOs autos do iavenb1rio e pelo qual manidestoll ecircle opiniatildeo CIll que o c[lsamellto era nulo Vale assim eomo um parecer de S Exci n mas (vidcntcmen te natildeo passou em julgado coshymO algueacutem pretende

Portanto cnquanto a accedilatildeo ordinaacuteria natildeo- focircr ajuizada proeessada e julshygada proced ell te em segunla in ~tagravencia (face ao obrigatoacuterio recurso de onshydo C PC art 8amp2 ]) o n13 trimocircnio em causa eacute n1iacuteo apenas existente mas ainda vaacutelido e plenamente eficaz para todos os efeitos sendo regid[ls as relaccedilotildees entre os rocircnjllges Iacuterlelu sive respeito ao rcgime de bens pela leshygislaccedilatildeo brasiltira

CAPiacuteTULO V - Face uacutes conc-Iusotildees a que ohegamos lOS Ca-pitlllos anteshyriores c a) sendo a lei brasileira a aplicaacutevel para reger ) ato juriacutediCo i-ndishygitado b) sendo vaacutelido e eficaz o casamento Se c enquant-o natildeo tlansitar em julgado eventual senten ccedila dil e dcsconstitll1tivu c) SEGUE-dE QUE O REGlshy-lE DE BENS Eacute O DA SEPAHACcedilAtildeO OBRIGAToacuteRIA ex-vi (lo artiogo 258 ~ imIacuteCo U lo Cuacutedigo Civil pois o ue cujus contava a idade de r7l1 anos ao tempo do casamento (ide a respeito ESPfNOLA oh cit Y lI ns 1ampS I

1-89) _ Lan ccedilada cs ta alfirlllativa cumpre enfrentar Cl1llbOra l eIa as partes n(in

tenham cuidado questatildeo ob~ cto nas maiores disceptaccedilotildees entre juristas e tribllllah a separaccedilatildeo obriga toacuteria de bens abruIlge ou natildeo os aquestos

44 REVISTA JURmICA DOU

Pocircsto nagraveo se trat~ lIe questatildeo indcstrinccedilaacutelI que m~reccediln COlllO 1)roacutelogo (uluros ~ o dito de VDAiCEL BI~ItARJDES Natildeo uacute pouco Cl~gO o noacute da presentc gimes questatildeo e de llluitmiddotas rl~ze s (]lW middotH tC1ho ouvido ]gtrOpor c discutir llnnCH deg Acre juiacutezo ficava satiSifeito dando por eXHusta a dificuldade O) caso )rcsta-sc II adquirirloamplos dCbates e explka c autoriza dirvcrogecircnc ins C Civil

O REGINPQNTES eacute pela separaccedilatildeo de hens de focircrma absoluta lnelusfvc pela scshySEPARAparaccedilatildeo dos Hluest cs quando os cocircnjuges estipularem 1 incolllunicabilidashy

de dos blns presentes e futuro ~ bem como a dos frutos ( rendimentos enshy E ne tende-se que adotam o r egim~ da separaccedilatildeo pura 011 completa Esse r egime ria de llt

eacute o que e lorua obrigatoacuterio para tocircdas as pessoas a lluem o Coacutedigo Civil Final impotildee o regime da separaccedilatildeo (art ~513 Isect uacutenico) (Po-i11ES Tratado de deral r~

Direito de famiacutel ia v H sect (J5 11 deg 4) No mesmo sentido CARVALHO Luis Gall SANTOS (C C Intelp v V middotpaacuteg 515 no 2) A~IEacutemco DE OLIVEIRA eaDl llOS

CASTRO (ltRegimes lIatimoniais paacutegs 2amp8 1289 lo 215i2) COELHb RThANCO iDireito Aplicarlo paacuteg 3017) GI~OVIS (Direito de Familh sect 12 png 224) Tlihunal de Justiccedila do R G do Sul Rev Dir v 138 paacute 2fiQ e Bev Jus-ticcedila v 6 l)ng S8i2 Contra EiDUARlDO ESPiacuteNOLA (Anotaccedilotildees do C CivjJ 2 no 1111) FILADiELFO ZEVEDO (Tdecircnio de Judi ca tura v 1 puacuteg B05) GAoRCEZ NETO (R~ p Ene Dil Bras v t el Aquestos DO 14) BULHotildeES OARVALHO (Iuapa(~ Ciil e Restt d e Dimiddot n no 1HO)

Aqueles que sustentalll a nplicnccedilatildeo do dis[losto no artigo 2~9 do Coacuterligo Civil (euumlll1unhatildeo apC1as do aqucstos) inclusive no ~ casos de separnccedil~ () obrimiddotgatoacuteria de b ens fazem-no geralmente ten rlo em vista casos concretos fazem-no 11llCando apoiamento a soluccedilatildeo de equidade orintadas 110 sentido ele evitai que o rig(rismo legal pn~jlldique exatamente ao nubente a quem a lei em te se procura tut Clar Daiacute o aresmiddotto proferido pelo Egr S T F no~ cmJJs ao ree exlr TI deg l721JJ3 li Mi1 Valden)llr FaJcatilde O onde foi a5sentadll que comunicam-se os ben adquiridos na con5taacutencia gt casamento cuir regime eacute o d a separaccedilatildeo obrigatoacuteria por focircrccedila do disposto no nuacutemer O) 13 d artigo 183 do Coacutedigo Civil se a aquisiccedilatildeo fOe operou l)e10 esfocircrccedilo comum dos cocircnjuges (o grHo eacute n050)

O recon1hecimento lti e tal esfocircrccedilo conlulll demanda naturalmente () ll O

dos meios probatoacuterios adequados A soluccedilatildeo legal eacute a apontala pelo doutis~ imo OHOSnIBO NONTO O

texto do artigcl 2159 latildeo rende cnsejo data yecircnin a outra in ttlpretaccedilatildeo Be visa apenas o declaradanwntp agrave separaccedilatildeo contnltual e natildeo it separaccedil~o obrigatoacuteria por focircrccedila de lei pnnitIacuteva No caso rios autos natildeo haacute contrato o que haacute eacute um Inlndame-nto de dircito puacuteblico que exige terminantemente () egimc da sCraquolraccedilatildeo De les to niiacuteo ser ia j)o5s jvd que a i(i que pune a inshyfraccedilatildeo ex igindo () r ogime ela separaccedilatildeo legal viesse p emitil que atraveacutes do aquesto~ se formasse a eOJIlunhatildeo qne lturno middotpc[]a se prl)ihe agraves declarashydas (IR rios Tribs v 1115amp5 plg 825)

De citar Iltlllbcm a opiniLio d e Ameacuterico de Olhcira Castro em Sua obra juacute claacutessica ] primeira consideraccedilatildeo (JueU0S sugere a lel11 do a rtigo 259 r que a lei alurle claramente 11 ideacuteia de con trato quanrlo (Iiz no Si lecircncio rle contrato etc ora o legislador natildeo pode ignoral ljue a doeacuteia fundamental rio contraio eacute o acocirc rdo livremente conseJtido pelos contra entes com pleno CClllhlCimel1to de causa para formare m um vinculo obrigconal Onde natildeo existe acocircrrlo livre rle vontadc~ expresso no consentimento das partes n~l) existe contrato Portanto o middotar 2159 referhl-lo-se ao silecircnio rIo contrato se rdoere virtualmente aos casamentos em qlle haacute con trato antel1urpcial exclus vo da comunhatildeo geral O r(lgimc da separaccedilatildeo de hens olrigatoacuterio aherranshydo de mOllo flagrante do conccito baacutesico de todo contrato exclui dc modD Ilbsoluto a sua inclusatildeo na fOacutelJnula do artigo 21519 tatildeo somente ap licaacutevel n0 sil ampncio do conllalo Em segundo lugar seria irri soacute rio e r idiacutec ulo o caraacuteter coercitivo que emana ovidentemente das medidas consigna ll1s no C Civil nrt 2s sect uacuten ico se a separaccedilatildeo obrigatoacuteria 110 focircsse extensiva aos bens

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DOUTRINA - 45

futuros aciquiridos pelos cocircnjIJgrs middot (UibRICO DlE OLIVEIRA CASTRO Rrshygimrs llalrimoniais paacuteg 2189)

Acrescentamos noacutes se o legislador quizesse admitil a comunhatildeo cios bens adquiridos na cO~Istacircncia do casam ento telia falado no art 2iacutei8 sect uacutenico do C Civil natildeo rm separaratildeo ma5 sim em comunhatildeo parcial rje bens PORQUE O REGIME EM QUE OS BENS uDQUlRIDOS SE COMUNICAM NAtildeO Eacute O DA SEPARACcedilAacuteO Eacute O DA COMUNHAacuteO iIARCIAL

E neste cao natildeo rxit li menor razatildeo a que se aplique a jurisprud1enshyria de efJuidade antes J tfclIacuteda

FinalnlLllt(middot em decisatildeo reccntIacutessima do Egreacutegio SUj)lemo Tribunal Fcshyderal rec rxtr n O 413 1295 pub no D O de 1~4 ~7~6il relator Ministro Luis Gallotti fi co u aS 5cnl ndo llll iJll imemenlc que os aqucstos natildeo se comunishycam IlO S ea o ele separa~uumlo o])rjgatoacuteria de ben s

DOUTRINA - 41

UO EIRA ONAL

s )

ira dOIl1shypara e-ishy

fa egislIshyrahonls igo Bustashyito In ter shy10 Coacutedigo 1 O ((1laquoshy~s ~ im soshya fraudar te de pashyaccedilatildeo d~ ordinaacuteri

tal venha corren tigt lOS COcirc ljllshy abrnnge

I aos Slshyilt~ nuacutepshyla dl 21

idade el e Uruuai elo

~ a siiacuteo oshyI os dois

COlTIlllshy

1 1~lIaianl

cstraushy-ligo 183 lo ai~](I

aibril d ento eJ1shy

II argcnshyfurtar- slt

de noshy

vembro rle 18S0 estabelece l) artigo 2deg Ln validez el el matrimonio no habicndo nillguno d e lo impcdiUcnlos es tahlecielos en los inrisos 10 2deg 3 0 5 deg yG C) dd articulo 9deg stri juzgnrla cn Ia Repuacuteblica por la ley dei lushygar en que se hnya ce leb rado aunque los contryentes hubiesen dejado SlI doshymicilio pal1a no slIjetar-se a las Iformas y aeyes que en col rigen

Eacute a norml cslabelecirla no Dlligo 12 do Tratado rle MQutevideo de 112 e evereiro de 18S9 ainda e m vigor na Argentina Boliacutevia Pmaguai e UrugulIacute A capacidade d as pessoas para conlrair matrimocircniO a focircrma do ato e a exisrrncia e validade do mesmo regem-se pela lei dmiddoto lugar [~1lI que eacute ecircle celeshybrado Aplica-se na Argentina t Iex loci celchrationis em oposiccedilatildeo assim agrave dOlltlina dominante (]e que a capacidade matrimonial se r-cge pela lei pessoal dos nubentes quer atraveacutes H aDlicaccedilatilde0 do prinCIacutepio d o llJmicilio Qll er do prinCIacutepio da nacionalidade E a leur (lo artigo 9 deg lth preritarla lei algentshyna somente impedem o matrimocircnio a consanguinidmiddotadc em Ji~1ha r e ta a conshysanguinidade entre irmatildeos e a afillid de em linha reta

O casamcnto foi ce lebrado pois vagraveUdamcnle peranle a l e i argentinli e do pontO de vista formal (de momeato a1bordmn03 apenas o aspeeto da VHshylidarl e formal) tambeacutem vagravelidamente llel1ante a legislaccedilatildeo br~ileira juacute que o d omiciliado no Brasil qlle pretenda con sorciar-se no estrangeiro seja o outro cocircnjuge tambeacutem d omiciliadG no BrHsil ou natildeo eacute nlItol-izado a fazeshylo pela foacuterlla es tahelecida nas leis do paiacutes onde o casamento se r ealize Don lth a r egra do ar ti go 2r~ j (lo Coacuted igo Civil prescrevendo (Ie mod e- ge ra l que o casamento eel cb r1 do fora rIo Brasil se Jrova de aeurdo com a ]r i lo pai s Ga dc s( c de llroll Il ~ qUiIlto agrave ce lebraccedilatildeo do casamento qll e eacute deg qu aqui middotpa rticlll a rm en te no inte r essa obcrkce forIllH Ig al cio pai- 0 0 lt1 1

o mesmo se l el liz e all tn rilL t c eclcbrante as snl en uumlJarlcs necessuacuterias realizaccedilatildeo d n CPIi mocircni a aS fb rulas ill ~ trllmentuacuteriHS do -10 e o conteuacutedo decirc~t bem como o r cgi-llo se Ieglllaill d c aeocircnlo com aS leis do lugaI (Ia ClI (~)l ashyccedilatildeo t a al)li cl1 ~iiacute () dn reg la - lOCllS regit actum (ESPlXOLA L ci dl fntrod C oacute rl Civi l COIU(lJt v 11 no 17i6 )

P rc((i 1I11 [) Cuacuted igo Rl ~ laJ)Jallll vdid ll para n gul11 l~ rela cocircps de D l p l nlre o Brnsi l ( Ir eze Olltl ~lS Hep uacuteblicas la tino-amerj (i1iI lt1S (DecIe lo n o 18871 dc 1J-8-1 g( 91 l1Il sc u 1 rtigo 41 T er-sc-uacute lt1Il tOI parte como vuacute lidO q ua nto acirc fuacuter ma o m Ulril1lCIlio celebrado na quc ~staheccedilaIll corno emiddotfishy(az as leis d e Jais em (t ~ C se ddui

APiTCLO n - e jamos apora rIlIaI a lei pela Tu s ticcediln Bras il eira ap lishycaacute vel no contro ve r so p ac to n lltli uIOn ial na Argenlilla cel chru(lo quant o ao s eus aspectos natildeo f ormaifil ou se ja quanto II sua eficaacutecia iillIacuteclicn

Em jgcn- 10 temp o rIa te leJruccedil iiacuteo fi Lei dc Introdu ccedilatilde o ~(o COacutedigo ICi v il lei n 0 3Oiacute ll de 10 cJe janeiro rl e 1~1rG cu jo artigo 8 0 l)rlli-tuava Art 8deg - _ l e i l aciu]al ci 1 lJr~s tJa dlie rmina li capacida de ciVil os cHr~it os de fallliacutelia as r elaccedilotildees 1)ssoai i ltl oS roacutenjuges e [) regime de h~ns no casamellto sendo licito quanto a ecircstc a onccediluumlo pcIa lei brasile ira

A capaci 111 UC matri nlCnial eacute isso ecirc oacutebvio LIma das facetas da capacidade civil (lE~PHOL (Jl) c iL nC) 170) Tnnto n cocircnjuge eacute- ce nacionalidade blusil li ra (O 11U o roi o i de cujus e daiacute a a plicaccedilatildeo ao matrimocircnio (eIebrashydo ll o estran geiro Id os im ped imentos previstos Ina legislaccedilatildeo brJasileira bem como do regime ide bens nesta estatuiacutedo

A soluccediliiacuteo natildeo selia ltuumlvelsa mle fi atual lei de Introduccedilatildeo ao Coacutedigo Cishyvil pela qual Ar iacute deg - A lei ele- paiacutes em que foacuter middotdomiciliacla a pessocirca rJ e- shylermina as regras socircbre o CO TllI~ CcedilO e o fim da personalidade o nome a capashycidade e os direitos de fa miacutelia

~ 4deg - U liacuteegime de bens cgal ou convencional oLecleee uacute lei do pni~ em que tiv e rem os nubentes domiciacuteli o c se ecircsle -rOacuteI diverso 11 do primeiro domidlio cO~l j llgal

I

DOUTR 42 - REVISTA JURlDlGA

Os cuacutenjugps sempre tiveralll antes do matrimoacutenio c ((-pois decirclc domiciacuteshylio no Brasil a ida a Paso de los Libres segundo reZa o proacuteprio assentn matrimonial foi em caraacuteter apenas aciderutal

A capacida(le matrimonial egundo igualmente [) Coacutedigo Bustalllante (~ a definida pela lei pessoal dos coacutenjuges Art 3G Os nuh(~n tcS eslaratildeo slIjeishylos uacute sua lei pessoal em tudo qua~l to se refinl agrave callacidadc llara celehrar o atrimocircnio ao consentimento Ol conselho pntclno aos impedimentos e uacute sua dispensa

Art 127 - Os contratos matrillloniais lcgulal11-se pela lei pessoai ao~ (~ontlatanles oe na Slla falta pela dO primeiro domidlio cOD juga

O principio doutrinaacuterio da prevalecircncia do estatuto pessoal ecirc assim de c(nta forma tlaDlaquoIuilo exceccedilatildeo feit ao HI mencionado Tratado de Montevishydeacuteo o qual lGI1Sagloll nos paise que o Iatificaram o principio ria Iex loei celehrationis Mencionemos ainda li Conveacutenccedilatildeo cte Haia Ahre o casamelshylo mSPIX)LA oh ci nota c) ao nuacutemero 170) Arl1deg - Le droit de contraclcl m~riagc est reacutegleacute par la loi natiOllale d-e cltaclln dcs futnrs epoux uacute llloins qllIl~( disposition de cetl loi se reacutefere exprcsscment aacute une at~trc loi

AssiuI senltc do direito pooacuteilivo brasileiro ( dos prinCIacutepios doutrinaacuterios qlle O imformaram reslllta sempre a aplicaccedilatildeo du estatuto pessoal dos cocircnjushyges para rcglllar a jucstatildeo da capacidade matrimonial portant o do s imshypcdimentos mtrillloniais e cOllsequiecircncias da respectivll infraccedilatildeo isso qun pela aplicaccedillO do princIpio da nacionalidade vigente elll l C SO pai ao temshypo rIo ato como Pela aplicaccedilatildeo do princiacutepio domiciliar 01 1 yigente

Como coroluacuterio scnno amhos os cuacutenjuges de nncionalitladc brasileira ( anlhos domicIliad os IlC1 Brasil quer antesquer ([cpo is do ato matrimoni a l tendo ambos viajado at6 a vizinha cidadc do Paso de Los Libres em caruacutettr meramente acHjental com o cvidcae uacutenicc fil o ele evitlf [I ilHidlncia dl impedimento dirimente previsto no artigo 18i rv no C ivil Brasileiro seglle-~e lIue ) li capacidade das parte i pun contrair m a trimocircnio rege-se pela lei brasileira h) o rogime de bens re~L1Itantc do dito matrimocircnio igualshynente ecirc regi ~l(j pela lei hra5Il e ira

Como obsclvarciiacuteo a laterc notemos qne () leginw de b ens ohedeceria (lI qualql1er focircrma it legislaccedilatildeo hra ltileira cis que os imoacutep satildeo localizados llO Brasil e ti lei argentina do matrimocircnio civil artigo () 0 preeeitnll quc los hiC)es ralces son regidos por la ley dei lugar en que eshlll sitlados

CAPiacuteTULO III NULIDADE e [NEX[STE~CIA Slt10 dados jlrIacuterlicos imshyparagonuacuteveis Natildeo se conltfImdem muito menos em mateacuteria de direito matrishymonial POXTES DE lIl~ANDA eacute insistellte na ncc soacute iJa(le ([e evitandfl eonfusotildees bem se distinguirelll no studo rias eonscquecircnetns do defeitos do~ atos juridico- os tlLS plall os o ria existecircn ci l o Ia vlllidae e o da c rid(~ ia

Daiacute porque inobstanlc o muito respeitO devido 1 alta e reconhecida culshytura juriacutedica (lo ~minente suJ)scrilor do parecer a lls 1-98 20i(j ltlo ~ autos do in ven tuacuterio natildeo podelllos subscrever a cOl~cfusatildeo a que S E cia chegou de qUe o matrilllOcircIIacuteo em causa possa ser pOI convolado in iacuteraudem legis tido por inexistente ante fi orde naratildeomiddot juriacutedica brasil eir a pO$ ~a ser um fato puro e simples N~io o t~ O proacuteprio ensinamento de Rodri go Otavio eitashyelo no dito parecer ~liiacuteO eacute abonat6do it -conclusatildeo a que o opinante chegou realmente o que diJ Rodrigo Otavio eacute qlll ~ nos casos de - fraus legis a Yltlshy

lidarle do caiiamento e a elfieuacutecIacutea -de seus efeitos niio devem ser nO Brasil r eshyconhecidos ora jaacute afirmamos qle o plano da eficuacutecia e () plmo da validade satildeo inconfundiveis com o pianO da existeacutencia (PoN DES DE MIRANDgt Trashytado de Direito Privado v IV sectsect 3rjtG e ~(iO)

CasamentoceltgtlJrado em fraude acirc lei EXfSTE embora sujeito agrave sanccedilatildeo cominada na norma pretendida fraudar O matrimocircnio eOllvahdo ante aushytOIidade investida do poder rlc ceebraacute-Io divetrso s s sexos dos llutbentps ohseryar[os os requisuacutetos cssenciris de foacuterma ~egllndo a lei local natildeo pode

ser tido por ~ 1509 n) 3) laacute vel

CAPiTU positivI qm regidos ant tanto pela

Plevend glaacuteu (note-s nal estabelel art 207 do tido eomo validade e d

A do utri dade no eas condiccedilatildeo int

g prillcIacute proibiccediliies d rar a sorte ~mNTOS de BELECEU secos para a defieiencia LI inexistente

Aindn (I

dade satildeo os mitido p2Ja COMO FRAl EFEITOS Dl

Mas shyregem o d ir rada incide decretaccedilatildeo 11 culo - Coacutedi TES Tratad nosso ilustr qual mnnIacuteife um pllreeer mO algueacutem 1

Portanto gada procedi cio C P ( mas ainda 1 as relaccedilotildees gislaccedilatildeo ora

CAPiacuteTUJ riores e a) gitado b) se jlllgaco evcn ME DE BEl uacutenieo n 110 tempo do cw 189)

Lanccedilada tenham cuieI tribunais a

43 JURfOIGA

e domieiacutemiddotmiddot io assento

lan te I a lratilde ~ suieishycelebrar o mtos 1

ssoai ao~

assim de ~lontevishyIex lor i casanl llshydroit de

Irs eacute]1oux une antre

utrinaacuterio os cocircnjushy do~ imshyl [ SSO CItEr I ao temshy

asi Ir i 1gt1 (

rimanlal n cadr lencia d o IIrasii eiro ) rc(-se jo i~LJ a l shy

ocd C ccr iacutea al iz1(los

eitua lJ11C a-dos

ticos irnshyto malrishyevitand(

fitlYs dOj

efi cl cl a t ida culshylutos rI o cgem d is tid o Im fato ~I io eitashyehegou ~

s a vashyrusil Ieshyvulid[lr]l A Tr (~

I anccedilatildeo [lute 311shy

ubentis iiacuteo pode

DOUTRINA

er tido Jlor natildeo existente (PONTES Trataoo de Direito de F-arnila v 1 ~ 59 n Q 3) ~~mbora pOSSa SCI havido se focircr o caso por nulo Oll por lIlUshylaveI

CAPiTULO IV - f ( ( rto pOrtanto ante as regras de nossa ordenaccedilatildeo positiva que os direitos dp faTnilia resultantes do matrimocircnio elU causa satildeo regidos ante u Justiccedila bras ileira 1)elo estatuto pessoal dos cocircnjuges e porshytantu pe la le-gislaccedilatildeo brasileira

Prevendo nossa legislaccedilatildeo ao casamento elltre colaleral~ em terceiro graacuteu (note-se que as nuacutepcias fOltIITl contraidas antes do permissivo condicioshynaI estabcleci(lo no ar 1 r d Decreto-lei 3 200) a sanccedil2iacuteo da llulidalJc shyart 207 do C Civil - temos em qUe o ciltado mat-riacutemocircnio poderaacute vir a ser tido como ~1 1l10 c de nCl1JlllUl efeito aSsim dcsconstituiacuteclo nO$ plano da validade e da eficaacutecia

A doutrina ampara a norma 11rasikira de D J P Art 47 - A nnishydade rio casamento deve regular-se p ela lIlesma lei a que estaacute submetida 1 eOlHliccedilatildeo ingtriacutenseea ou extriIl3( cr (juea motive (CoacuteDIGO BUSDA~bNTE)

]~ prillciacutepio -geralmente accito que a lei compe1tente para determinar a~ proibiccedilotildees de casar deveruacute ser tambeacutem observmiddotada quando e cogite de apushyrar a sorte cio ato lealizado em detrimento dela A SANCcedilO DOS IMiPEDIshy~IENTOS doutrinalll os ilutQIeS ~EHA TMPOSTA PELA LJE[ QUE OS E STAshyBELGCEU A lei que determina os Ielfuisitos intrilshysecos para a valia1 c d o matril1lollio tambeacutem estaheleceraacute ~c na faltta ou )) 0 dofieieacuteneia (I algum d0lr s o ~asamcnto pode ou deve SCr declarado nulo ou inexistent e (E SPLlOLA oh e it v n no 1amp2 e obs e )

Ainrla rnSIll a ESPiacuteNOL ind1 mai s COllluns peb sua mai or Illcilishydade satildeo os ClOS de mudanccedila de domiciacutelio para se realizar um ato natildeo pershymitido pela lei domi cii ll competeate f NO ESTADO CUJA LEI SE l) COMO FRAUDADA QUE SE HAtildeO DE APRECIAR NATURALMENTE OS EFEITOS DA FRAUDE A ESSA LEI (o) cit v n TI O 185)

illas - c isso eacute illlportante - Ice aos princillios lspeciaHssiacutenws q1C regem o direito matrimonial a nulidade de casamento natildeo Jlode ser declashyrada -incidenter conform e oeClle eom as nulidades em geral Exige-se a decretaccedilatildeo mcdiant e a ccediluumlo orl inuacuteria com a intcrvenccedilatildeo do curador ao vinshyculo - Coacutedigo Civil arti go b23 - eacute uma norma eogCntc inarreduacuteve-I (PONshyTES TIatado de Direito de Fnmilia v 1 ~ 72) O despacho prolatado pelo nosso ilnstre anteeessor dI Ct ovi de Assis nOs autos do iavenb1rio e pelo qual manidestoll ecircle opiniatildeo CIll que o c[lsamellto era nulo Vale assim eomo um parecer de S Exci n mas (vidcntcmen te natildeo passou em julgado coshymO algueacutem pretende

Portanto cnquanto a accedilatildeo ordinaacuteria natildeo- focircr ajuizada proeessada e julshygada proced ell te em segunla in ~tagravencia (face ao obrigatoacuterio recurso de onshydo C PC art 8amp2 ]) o n13 trimocircnio em causa eacute n1iacuteo apenas existente mas ainda vaacutelido e plenamente eficaz para todos os efeitos sendo regid[ls as relaccedilotildees entre os rocircnjllges Iacuterlelu sive respeito ao rcgime de bens pela leshygislaccedilatildeo brasiltira

CAPiacuteTULO V - Face uacutes conc-Iusotildees a que ohegamos lOS Ca-pitlllos anteshyriores c a) sendo a lei brasileira a aplicaacutevel para reger ) ato juriacutediCo i-ndishygitado b) sendo vaacutelido e eficaz o casamento Se c enquant-o natildeo tlansitar em julgado eventual senten ccedila dil e dcsconstitll1tivu c) SEGUE-dE QUE O REGlshy-lE DE BENS Eacute O DA SEPAHACcedilAtildeO OBRIGAToacuteRIA ex-vi (lo artiogo 258 ~ imIacuteCo U lo Cuacutedigo Civil pois o ue cujus contava a idade de r7l1 anos ao tempo do casamento (ide a respeito ESPfNOLA oh cit Y lI ns 1ampS I

1-89) _ Lan ccedilada cs ta alfirlllativa cumpre enfrentar Cl1llbOra l eIa as partes n(in

tenham cuidado questatildeo ob~ cto nas maiores disceptaccedilotildees entre juristas e tribllllah a separaccedilatildeo obriga toacuteria de bens abruIlge ou natildeo os aquestos

44 REVISTA JURmICA DOU

Pocircsto nagraveo se trat~ lIe questatildeo indcstrinccedilaacutelI que m~reccediln COlllO 1)roacutelogo (uluros ~ o dito de VDAiCEL BI~ItARJDES Natildeo uacute pouco Cl~gO o noacute da presentc gimes questatildeo e de llluitmiddotas rl~ze s (]lW middotH tC1ho ouvido ]gtrOpor c discutir llnnCH deg Acre juiacutezo ficava satiSifeito dando por eXHusta a dificuldade O) caso )rcsta-sc II adquirirloamplos dCbates e explka c autoriza dirvcrogecircnc ins C Civil

O REGINPQNTES eacute pela separaccedilatildeo de hens de focircrma absoluta lnelusfvc pela scshySEPARAparaccedilatildeo dos Hluest cs quando os cocircnjuges estipularem 1 incolllunicabilidashy

de dos blns presentes e futuro ~ bem como a dos frutos ( rendimentos enshy E ne tende-se que adotam o r egim~ da separaccedilatildeo pura 011 completa Esse r egime ria de llt

eacute o que e lorua obrigatoacuterio para tocircdas as pessoas a lluem o Coacutedigo Civil Final impotildee o regime da separaccedilatildeo (art ~513 Isect uacutenico) (Po-i11ES Tratado de deral r~

Direito de famiacutel ia v H sect (J5 11 deg 4) No mesmo sentido CARVALHO Luis Gall SANTOS (C C Intelp v V middotpaacuteg 515 no 2) A~IEacutemco DE OLIVEIRA eaDl llOS

CASTRO (ltRegimes lIatimoniais paacutegs 2amp8 1289 lo 215i2) COELHb RThANCO iDireito Aplicarlo paacuteg 3017) GI~OVIS (Direito de Familh sect 12 png 224) Tlihunal de Justiccedila do R G do Sul Rev Dir v 138 paacute 2fiQ e Bev Jus-ticcedila v 6 l)ng S8i2 Contra EiDUARlDO ESPiacuteNOLA (Anotaccedilotildees do C CivjJ 2 no 1111) FILADiELFO ZEVEDO (Tdecircnio de Judi ca tura v 1 puacuteg B05) GAoRCEZ NETO (R~ p Ene Dil Bras v t el Aquestos DO 14) BULHotildeES OARVALHO (Iuapa(~ Ciil e Restt d e Dimiddot n no 1HO)

Aqueles que sustentalll a nplicnccedilatildeo do dis[losto no artigo 2~9 do Coacuterligo Civil (euumlll1unhatildeo apC1as do aqucstos) inclusive no ~ casos de separnccedil~ () obrimiddotgatoacuteria de b ens fazem-no geralmente ten rlo em vista casos concretos fazem-no 11llCando apoiamento a soluccedilatildeo de equidade orintadas 110 sentido ele evitai que o rig(rismo legal pn~jlldique exatamente ao nubente a quem a lei em te se procura tut Clar Daiacute o aresmiddotto proferido pelo Egr S T F no~ cmJJs ao ree exlr TI deg l721JJ3 li Mi1 Valden)llr FaJcatilde O onde foi a5sentadll que comunicam-se os ben adquiridos na con5taacutencia gt casamento cuir regime eacute o d a separaccedilatildeo obrigatoacuteria por focircrccedila do disposto no nuacutemer O) 13 d artigo 183 do Coacutedigo Civil se a aquisiccedilatildeo fOe operou l)e10 esfocircrccedilo comum dos cocircnjuges (o grHo eacute n050)

O recon1hecimento lti e tal esfocircrccedilo conlulll demanda naturalmente () ll O

dos meios probatoacuterios adequados A soluccedilatildeo legal eacute a apontala pelo doutis~ imo OHOSnIBO NONTO O

texto do artigcl 2159 latildeo rende cnsejo data yecircnin a outra in ttlpretaccedilatildeo Be visa apenas o declaradanwntp agrave separaccedilatildeo contnltual e natildeo it separaccedil~o obrigatoacuteria por focircrccedila de lei pnnitIacuteva No caso rios autos natildeo haacute contrato o que haacute eacute um Inlndame-nto de dircito puacuteblico que exige terminantemente () egimc da sCraquolraccedilatildeo De les to niiacuteo ser ia j)o5s jvd que a i(i que pune a inshyfraccedilatildeo ex igindo () r ogime ela separaccedilatildeo legal viesse p emitil que atraveacutes do aquesto~ se formasse a eOJIlunhatildeo qne lturno middotpc[]a se prl)ihe agraves declarashydas (IR rios Tribs v 1115amp5 plg 825)

De citar Iltlllbcm a opiniLio d e Ameacuterico de Olhcira Castro em Sua obra juacute claacutessica ] primeira consideraccedilatildeo (JueU0S sugere a lel11 do a rtigo 259 r que a lei alurle claramente 11 ideacuteia de con trato quanrlo (Iiz no Si lecircncio rle contrato etc ora o legislador natildeo pode ignoral ljue a doeacuteia fundamental rio contraio eacute o acocirc rdo livremente conseJtido pelos contra entes com pleno CClllhlCimel1to de causa para formare m um vinculo obrigconal Onde natildeo existe acocircrrlo livre rle vontadc~ expresso no consentimento das partes n~l) existe contrato Portanto o middotar 2159 referhl-lo-se ao silecircnio rIo contrato se rdoere virtualmente aos casamentos em qlle haacute con trato antel1urpcial exclus vo da comunhatildeo geral O r(lgimc da separaccedilatildeo de hens olrigatoacuterio aherranshydo de mOllo flagrante do conccito baacutesico de todo contrato exclui dc modD Ilbsoluto a sua inclusatildeo na fOacutelJnula do artigo 21519 tatildeo somente ap licaacutevel n0 sil ampncio do conllalo Em segundo lugar seria irri soacute rio e r idiacutec ulo o caraacuteter coercitivo que emana ovidentemente das medidas consigna ll1s no C Civil nrt 2s sect uacuten ico se a separaccedilatildeo obrigatoacuteria 110 focircsse extensiva aos bens

1II

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DOUTRINA - 45

futuros aciquiridos pelos cocircnjIJgrs middot (UibRICO DlE OLIVEIRA CASTRO Rrshygimrs llalrimoniais paacuteg 2189)

Acrescentamos noacutes se o legislador quizesse admitil a comunhatildeo cios bens adquiridos na cO~Istacircncia do casam ento telia falado no art 2iacutei8 sect uacutenico do C Civil natildeo rm separaratildeo ma5 sim em comunhatildeo parcial rje bens PORQUE O REGIME EM QUE OS BENS uDQUlRIDOS SE COMUNICAM NAtildeO Eacute O DA SEPARACcedilAacuteO Eacute O DA COMUNHAacuteO iIARCIAL

E neste cao natildeo rxit li menor razatildeo a que se aplique a jurisprud1enshyria de efJuidade antes J tfclIacuteda

FinalnlLllt(middot em decisatildeo reccntIacutessima do Egreacutegio SUj)lemo Tribunal Fcshyderal rec rxtr n O 413 1295 pub no D O de 1~4 ~7~6il relator Ministro Luis Gallotti fi co u aS 5cnl ndo llll iJll imemenlc que os aqucstos natildeo se comunishycam IlO S ea o ele separa~uumlo o])rjgatoacuteria de ben s

I

DOUTR 42 - REVISTA JURlDlGA

Os cuacutenjugps sempre tiveralll antes do matrimoacutenio c ((-pois decirclc domiciacuteshylio no Brasil a ida a Paso de los Libres segundo reZa o proacuteprio assentn matrimonial foi em caraacuteter apenas aciderutal

A capacida(le matrimonial egundo igualmente [) Coacutedigo Bustalllante (~ a definida pela lei pessoal dos coacutenjuges Art 3G Os nuh(~n tcS eslaratildeo slIjeishylos uacute sua lei pessoal em tudo qua~l to se refinl agrave callacidadc llara celehrar o atrimocircnio ao consentimento Ol conselho pntclno aos impedimentos e uacute sua dispensa

Art 127 - Os contratos matrillloniais lcgulal11-se pela lei pessoai ao~ (~ontlatanles oe na Slla falta pela dO primeiro domidlio cOD juga

O principio doutrinaacuterio da prevalecircncia do estatuto pessoal ecirc assim de c(nta forma tlaDlaquoIuilo exceccedilatildeo feit ao HI mencionado Tratado de Montevishydeacuteo o qual lGI1Sagloll nos paise que o Iatificaram o principio ria Iex loei celehrationis Mencionemos ainda li Conveacutenccedilatildeo cte Haia Ahre o casamelshylo mSPIX)LA oh ci nota c) ao nuacutemero 170) Arl1deg - Le droit de contraclcl m~riagc est reacutegleacute par la loi natiOllale d-e cltaclln dcs futnrs epoux uacute llloins qllIl~( disposition de cetl loi se reacutefere exprcsscment aacute une at~trc loi

AssiuI senltc do direito pooacuteilivo brasileiro ( dos prinCIacutepios doutrinaacuterios qlle O imformaram reslllta sempre a aplicaccedilatildeo du estatuto pessoal dos cocircnjushyges para rcglllar a jucstatildeo da capacidade matrimonial portant o do s imshypcdimentos mtrillloniais e cOllsequiecircncias da respectivll infraccedilatildeo isso qun pela aplicaccedillO do princIpio da nacionalidade vigente elll l C SO pai ao temshypo rIo ato como Pela aplicaccedilatildeo do princiacutepio domiciliar 01 1 yigente

Como coroluacuterio scnno amhos os cuacutenjuges de nncionalitladc brasileira ( anlhos domicIliad os IlC1 Brasil quer antesquer ([cpo is do ato matrimoni a l tendo ambos viajado at6 a vizinha cidadc do Paso de Los Libres em caruacutettr meramente acHjental com o cvidcae uacutenicc fil o ele evitlf [I ilHidlncia dl impedimento dirimente previsto no artigo 18i rv no C ivil Brasileiro seglle-~e lIue ) li capacidade das parte i pun contrair m a trimocircnio rege-se pela lei brasileira h) o rogime de bens re~L1Itantc do dito matrimocircnio igualshynente ecirc regi ~l(j pela lei hra5Il e ira

Como obsclvarciiacuteo a laterc notemos qne () leginw de b ens ohedeceria (lI qualql1er focircrma it legislaccedilatildeo hra ltileira cis que os imoacutep satildeo localizados llO Brasil e ti lei argentina do matrimocircnio civil artigo () 0 preeeitnll quc los hiC)es ralces son regidos por la ley dei lugar en que eshlll sitlados

CAPiacuteTULO III NULIDADE e [NEX[STE~CIA Slt10 dados jlrIacuterlicos imshyparagonuacuteveis Natildeo se conltfImdem muito menos em mateacuteria de direito matrishymonial POXTES DE lIl~ANDA eacute insistellte na ncc soacute iJa(le ([e evitandfl eonfusotildees bem se distinguirelll no studo rias eonscquecircnetns do defeitos do~ atos juridico- os tlLS plall os o ria existecircn ci l o Ia vlllidae e o da c rid(~ ia

Daiacute porque inobstanlc o muito respeitO devido 1 alta e reconhecida culshytura juriacutedica (lo ~minente suJ)scrilor do parecer a lls 1-98 20i(j ltlo ~ autos do in ven tuacuterio natildeo podelllos subscrever a cOl~cfusatildeo a que S E cia chegou de qUe o matrilllOcircIIacuteo em causa possa ser pOI convolado in iacuteraudem legis tido por inexistente ante fi orde naratildeomiddot juriacutedica brasil eir a pO$ ~a ser um fato puro e simples N~io o t~ O proacuteprio ensinamento de Rodri go Otavio eitashyelo no dito parecer ~liiacuteO eacute abonat6do it -conclusatildeo a que o opinante chegou realmente o que diJ Rodrigo Otavio eacute qlll ~ nos casos de - fraus legis a Yltlshy

lidarle do caiiamento e a elfieuacutecIacutea -de seus efeitos niio devem ser nO Brasil r eshyconhecidos ora jaacute afirmamos qle o plano da eficuacutecia e () plmo da validade satildeo inconfundiveis com o pianO da existeacutencia (PoN DES DE MIRANDgt Trashytado de Direito Privado v IV sectsect 3rjtG e ~(iO)

CasamentoceltgtlJrado em fraude acirc lei EXfSTE embora sujeito agrave sanccedilatildeo cominada na norma pretendida fraudar O matrimocircnio eOllvahdo ante aushytOIidade investida do poder rlc ceebraacute-Io divetrso s s sexos dos llutbentps ohseryar[os os requisuacutetos cssenciris de foacuterma ~egllndo a lei local natildeo pode

ser tido por ~ 1509 n) 3) laacute vel

CAPiTU positivI qm regidos ant tanto pela

Plevend glaacuteu (note-s nal estabelel art 207 do tido eomo validade e d

A do utri dade no eas condiccedilatildeo int

g prillcIacute proibiccediliies d rar a sorte ~mNTOS de BELECEU secos para a defieiencia LI inexistente

Aindn (I

dade satildeo os mitido p2Ja COMO FRAl EFEITOS Dl

Mas shyregem o d ir rada incide decretaccedilatildeo 11 culo - Coacutedi TES Tratad nosso ilustr qual mnnIacuteife um pllreeer mO algueacutem 1

Portanto gada procedi cio C P ( mas ainda 1 as relaccedilotildees gislaccedilatildeo ora

CAPiacuteTUJ riores e a) gitado b) se jlllgaco evcn ME DE BEl uacutenieo n 110 tempo do cw 189)

Lanccedilada tenham cuieI tribunais a

43 JURfOIGA

e domieiacutemiddotmiddot io assento

lan te I a lratilde ~ suieishycelebrar o mtos 1

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assim de ~lontevishyIex lor i casanl llshydroit de

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utrinaacuterio os cocircnjushy do~ imshyl [ SSO CItEr I ao temshy

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DOUTRINA

er tido Jlor natildeo existente (PONTES Trataoo de Direito de F-arnila v 1 ~ 59 n Q 3) ~~mbora pOSSa SCI havido se focircr o caso por nulo Oll por lIlUshylaveI

CAPiTULO IV - f ( ( rto pOrtanto ante as regras de nossa ordenaccedilatildeo positiva que os direitos dp faTnilia resultantes do matrimocircnio elU causa satildeo regidos ante u Justiccedila bras ileira 1)elo estatuto pessoal dos cocircnjuges e porshytantu pe la le-gislaccedilatildeo brasileira

Prevendo nossa legislaccedilatildeo ao casamento elltre colaleral~ em terceiro graacuteu (note-se que as nuacutepcias fOltIITl contraidas antes do permissivo condicioshynaI estabcleci(lo no ar 1 r d Decreto-lei 3 200) a sanccedil2iacuteo da llulidalJc shyart 207 do C Civil - temos em qUe o ciltado mat-riacutemocircnio poderaacute vir a ser tido como ~1 1l10 c de nCl1JlllUl efeito aSsim dcsconstituiacuteclo nO$ plano da validade e da eficaacutecia

A doutrina ampara a norma 11rasikira de D J P Art 47 - A nnishydade rio casamento deve regular-se p ela lIlesma lei a que estaacute submetida 1 eOlHliccedilatildeo ingtriacutenseea ou extriIl3( cr (juea motive (CoacuteDIGO BUSDA~bNTE)

]~ prillciacutepio -geralmente accito que a lei compe1tente para determinar a~ proibiccedilotildees de casar deveruacute ser tambeacutem observmiddotada quando e cogite de apushyrar a sorte cio ato lealizado em detrimento dela A SANCcedilO DOS IMiPEDIshy~IENTOS doutrinalll os ilutQIeS ~EHA TMPOSTA PELA LJE[ QUE OS E STAshyBELGCEU A lei que determina os Ielfuisitos intrilshysecos para a valia1 c d o matril1lollio tambeacutem estaheleceraacute ~c na faltta ou )) 0 dofieieacuteneia (I algum d0lr s o ~asamcnto pode ou deve SCr declarado nulo ou inexistent e (E SPLlOLA oh e it v n no 1amp2 e obs e )

Ainrla rnSIll a ESPiacuteNOL ind1 mai s COllluns peb sua mai or Illcilishydade satildeo os ClOS de mudanccedila de domiciacutelio para se realizar um ato natildeo pershymitido pela lei domi cii ll competeate f NO ESTADO CUJA LEI SE l) COMO FRAUDADA QUE SE HAtildeO DE APRECIAR NATURALMENTE OS EFEITOS DA FRAUDE A ESSA LEI (o) cit v n TI O 185)

illas - c isso eacute illlportante - Ice aos princillios lspeciaHssiacutenws q1C regem o direito matrimonial a nulidade de casamento natildeo Jlode ser declashyrada -incidenter conform e oeClle eom as nulidades em geral Exige-se a decretaccedilatildeo mcdiant e a ccediluumlo orl inuacuteria com a intcrvenccedilatildeo do curador ao vinshyculo - Coacutedigo Civil arti go b23 - eacute uma norma eogCntc inarreduacuteve-I (PONshyTES TIatado de Direito de Fnmilia v 1 ~ 72) O despacho prolatado pelo nosso ilnstre anteeessor dI Ct ovi de Assis nOs autos do iavenb1rio e pelo qual manidestoll ecircle opiniatildeo CIll que o c[lsamellto era nulo Vale assim eomo um parecer de S Exci n mas (vidcntcmen te natildeo passou em julgado coshymO algueacutem pretende

Portanto cnquanto a accedilatildeo ordinaacuteria natildeo- focircr ajuizada proeessada e julshygada proced ell te em segunla in ~tagravencia (face ao obrigatoacuterio recurso de onshydo C PC art 8amp2 ]) o n13 trimocircnio em causa eacute n1iacuteo apenas existente mas ainda vaacutelido e plenamente eficaz para todos os efeitos sendo regid[ls as relaccedilotildees entre os rocircnjllges Iacuterlelu sive respeito ao rcgime de bens pela leshygislaccedilatildeo brasiltira

CAPiacuteTULO V - Face uacutes conc-Iusotildees a que ohegamos lOS Ca-pitlllos anteshyriores c a) sendo a lei brasileira a aplicaacutevel para reger ) ato juriacutediCo i-ndishygitado b) sendo vaacutelido e eficaz o casamento Se c enquant-o natildeo tlansitar em julgado eventual senten ccedila dil e dcsconstitll1tivu c) SEGUE-dE QUE O REGlshy-lE DE BENS Eacute O DA SEPAHACcedilAtildeO OBRIGAToacuteRIA ex-vi (lo artiogo 258 ~ imIacuteCo U lo Cuacutedigo Civil pois o ue cujus contava a idade de r7l1 anos ao tempo do casamento (ide a respeito ESPfNOLA oh cit Y lI ns 1ampS I

1-89) _ Lan ccedilada cs ta alfirlllativa cumpre enfrentar Cl1llbOra l eIa as partes n(in

tenham cuidado questatildeo ob~ cto nas maiores disceptaccedilotildees entre juristas e tribllllah a separaccedilatildeo obriga toacuteria de bens abruIlge ou natildeo os aquestos

44 REVISTA JURmICA DOU

Pocircsto nagraveo se trat~ lIe questatildeo indcstrinccedilaacutelI que m~reccediln COlllO 1)roacutelogo (uluros ~ o dito de VDAiCEL BI~ItARJDES Natildeo uacute pouco Cl~gO o noacute da presentc gimes questatildeo e de llluitmiddotas rl~ze s (]lW middotH tC1ho ouvido ]gtrOpor c discutir llnnCH deg Acre juiacutezo ficava satiSifeito dando por eXHusta a dificuldade O) caso )rcsta-sc II adquirirloamplos dCbates e explka c autoriza dirvcrogecircnc ins C Civil

O REGINPQNTES eacute pela separaccedilatildeo de hens de focircrma absoluta lnelusfvc pela scshySEPARAparaccedilatildeo dos Hluest cs quando os cocircnjuges estipularem 1 incolllunicabilidashy

de dos blns presentes e futuro ~ bem como a dos frutos ( rendimentos enshy E ne tende-se que adotam o r egim~ da separaccedilatildeo pura 011 completa Esse r egime ria de llt

eacute o que e lorua obrigatoacuterio para tocircdas as pessoas a lluem o Coacutedigo Civil Final impotildee o regime da separaccedilatildeo (art ~513 Isect uacutenico) (Po-i11ES Tratado de deral r~

Direito de famiacutel ia v H sect (J5 11 deg 4) No mesmo sentido CARVALHO Luis Gall SANTOS (C C Intelp v V middotpaacuteg 515 no 2) A~IEacutemco DE OLIVEIRA eaDl llOS

CASTRO (ltRegimes lIatimoniais paacutegs 2amp8 1289 lo 215i2) COELHb RThANCO iDireito Aplicarlo paacuteg 3017) GI~OVIS (Direito de Familh sect 12 png 224) Tlihunal de Justiccedila do R G do Sul Rev Dir v 138 paacute 2fiQ e Bev Jus-ticcedila v 6 l)ng S8i2 Contra EiDUARlDO ESPiacuteNOLA (Anotaccedilotildees do C CivjJ 2 no 1111) FILADiELFO ZEVEDO (Tdecircnio de Judi ca tura v 1 puacuteg B05) GAoRCEZ NETO (R~ p Ene Dil Bras v t el Aquestos DO 14) BULHotildeES OARVALHO (Iuapa(~ Ciil e Restt d e Dimiddot n no 1HO)

Aqueles que sustentalll a nplicnccedilatildeo do dis[losto no artigo 2~9 do Coacuterligo Civil (euumlll1unhatildeo apC1as do aqucstos) inclusive no ~ casos de separnccedil~ () obrimiddotgatoacuteria de b ens fazem-no geralmente ten rlo em vista casos concretos fazem-no 11llCando apoiamento a soluccedilatildeo de equidade orintadas 110 sentido ele evitai que o rig(rismo legal pn~jlldique exatamente ao nubente a quem a lei em te se procura tut Clar Daiacute o aresmiddotto proferido pelo Egr S T F no~ cmJJs ao ree exlr TI deg l721JJ3 li Mi1 Valden)llr FaJcatilde O onde foi a5sentadll que comunicam-se os ben adquiridos na con5taacutencia gt casamento cuir regime eacute o d a separaccedilatildeo obrigatoacuteria por focircrccedila do disposto no nuacutemer O) 13 d artigo 183 do Coacutedigo Civil se a aquisiccedilatildeo fOe operou l)e10 esfocircrccedilo comum dos cocircnjuges (o grHo eacute n050)

O recon1hecimento lti e tal esfocircrccedilo conlulll demanda naturalmente () ll O

dos meios probatoacuterios adequados A soluccedilatildeo legal eacute a apontala pelo doutis~ imo OHOSnIBO NONTO O

texto do artigcl 2159 latildeo rende cnsejo data yecircnin a outra in ttlpretaccedilatildeo Be visa apenas o declaradanwntp agrave separaccedilatildeo contnltual e natildeo it separaccedil~o obrigatoacuteria por focircrccedila de lei pnnitIacuteva No caso rios autos natildeo haacute contrato o que haacute eacute um Inlndame-nto de dircito puacuteblico que exige terminantemente () egimc da sCraquolraccedilatildeo De les to niiacuteo ser ia j)o5s jvd que a i(i que pune a inshyfraccedilatildeo ex igindo () r ogime ela separaccedilatildeo legal viesse p emitil que atraveacutes do aquesto~ se formasse a eOJIlunhatildeo qne lturno middotpc[]a se prl)ihe agraves declarashydas (IR rios Tribs v 1115amp5 plg 825)

De citar Iltlllbcm a opiniLio d e Ameacuterico de Olhcira Castro em Sua obra juacute claacutessica ] primeira consideraccedilatildeo (JueU0S sugere a lel11 do a rtigo 259 r que a lei alurle claramente 11 ideacuteia de con trato quanrlo (Iiz no Si lecircncio rle contrato etc ora o legislador natildeo pode ignoral ljue a doeacuteia fundamental rio contraio eacute o acocirc rdo livremente conseJtido pelos contra entes com pleno CClllhlCimel1to de causa para formare m um vinculo obrigconal Onde natildeo existe acocircrrlo livre rle vontadc~ expresso no consentimento das partes n~l) existe contrato Portanto o middotar 2159 referhl-lo-se ao silecircnio rIo contrato se rdoere virtualmente aos casamentos em qlle haacute con trato antel1urpcial exclus vo da comunhatildeo geral O r(lgimc da separaccedilatildeo de hens olrigatoacuterio aherranshydo de mOllo flagrante do conccito baacutesico de todo contrato exclui dc modD Ilbsoluto a sua inclusatildeo na fOacutelJnula do artigo 21519 tatildeo somente ap licaacutevel n0 sil ampncio do conllalo Em segundo lugar seria irri soacute rio e r idiacutec ulo o caraacuteter coercitivo que emana ovidentemente das medidas consigna ll1s no C Civil nrt 2s sect uacuten ico se a separaccedilatildeo obrigatoacuteria 110 focircsse extensiva aos bens

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futuros aciquiridos pelos cocircnjIJgrs middot (UibRICO DlE OLIVEIRA CASTRO Rrshygimrs llalrimoniais paacuteg 2189)

Acrescentamos noacutes se o legislador quizesse admitil a comunhatildeo cios bens adquiridos na cO~Istacircncia do casam ento telia falado no art 2iacutei8 sect uacutenico do C Civil natildeo rm separaratildeo ma5 sim em comunhatildeo parcial rje bens PORQUE O REGIME EM QUE OS BENS uDQUlRIDOS SE COMUNICAM NAtildeO Eacute O DA SEPARACcedilAacuteO Eacute O DA COMUNHAacuteO iIARCIAL

E neste cao natildeo rxit li menor razatildeo a que se aplique a jurisprud1enshyria de efJuidade antes J tfclIacuteda

FinalnlLllt(middot em decisatildeo reccntIacutessima do Egreacutegio SUj)lemo Tribunal Fcshyderal rec rxtr n O 413 1295 pub no D O de 1~4 ~7~6il relator Ministro Luis Gallotti fi co u aS 5cnl ndo llll iJll imemenlc que os aqucstos natildeo se comunishycam IlO S ea o ele separa~uumlo o])rjgatoacuteria de ben s

43 JURfOIGA

e domieiacutemiddotmiddot io assento

lan te I a lratilde ~ suieishycelebrar o mtos 1

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DOUTRINA

er tido Jlor natildeo existente (PONTES Trataoo de Direito de F-arnila v 1 ~ 59 n Q 3) ~~mbora pOSSa SCI havido se focircr o caso por nulo Oll por lIlUshylaveI

CAPiTULO IV - f ( ( rto pOrtanto ante as regras de nossa ordenaccedilatildeo positiva que os direitos dp faTnilia resultantes do matrimocircnio elU causa satildeo regidos ante u Justiccedila bras ileira 1)elo estatuto pessoal dos cocircnjuges e porshytantu pe la le-gislaccedilatildeo brasileira

Prevendo nossa legislaccedilatildeo ao casamento elltre colaleral~ em terceiro graacuteu (note-se que as nuacutepcias fOltIITl contraidas antes do permissivo condicioshynaI estabcleci(lo no ar 1 r d Decreto-lei 3 200) a sanccedil2iacuteo da llulidalJc shyart 207 do C Civil - temos em qUe o ciltado mat-riacutemocircnio poderaacute vir a ser tido como ~1 1l10 c de nCl1JlllUl efeito aSsim dcsconstituiacuteclo nO$ plano da validade e da eficaacutecia

A doutrina ampara a norma 11rasikira de D J P Art 47 - A nnishydade rio casamento deve regular-se p ela lIlesma lei a que estaacute submetida 1 eOlHliccedilatildeo ingtriacutenseea ou extriIl3( cr (juea motive (CoacuteDIGO BUSDA~bNTE)

]~ prillciacutepio -geralmente accito que a lei compe1tente para determinar a~ proibiccedilotildees de casar deveruacute ser tambeacutem observmiddotada quando e cogite de apushyrar a sorte cio ato lealizado em detrimento dela A SANCcedilO DOS IMiPEDIshy~IENTOS doutrinalll os ilutQIeS ~EHA TMPOSTA PELA LJE[ QUE OS E STAshyBELGCEU A lei que determina os Ielfuisitos intrilshysecos para a valia1 c d o matril1lollio tambeacutem estaheleceraacute ~c na faltta ou )) 0 dofieieacuteneia (I algum d0lr s o ~asamcnto pode ou deve SCr declarado nulo ou inexistent e (E SPLlOLA oh e it v n no 1amp2 e obs e )

Ainrla rnSIll a ESPiacuteNOL ind1 mai s COllluns peb sua mai or Illcilishydade satildeo os ClOS de mudanccedila de domiciacutelio para se realizar um ato natildeo pershymitido pela lei domi cii ll competeate f NO ESTADO CUJA LEI SE l) COMO FRAUDADA QUE SE HAtildeO DE APRECIAR NATURALMENTE OS EFEITOS DA FRAUDE A ESSA LEI (o) cit v n TI O 185)

illas - c isso eacute illlportante - Ice aos princillios lspeciaHssiacutenws q1C regem o direito matrimonial a nulidade de casamento natildeo Jlode ser declashyrada -incidenter conform e oeClle eom as nulidades em geral Exige-se a decretaccedilatildeo mcdiant e a ccediluumlo orl inuacuteria com a intcrvenccedilatildeo do curador ao vinshyculo - Coacutedigo Civil arti go b23 - eacute uma norma eogCntc inarreduacuteve-I (PONshyTES TIatado de Direito de Fnmilia v 1 ~ 72) O despacho prolatado pelo nosso ilnstre anteeessor dI Ct ovi de Assis nOs autos do iavenb1rio e pelo qual manidestoll ecircle opiniatildeo CIll que o c[lsamellto era nulo Vale assim eomo um parecer de S Exci n mas (vidcntcmen te natildeo passou em julgado coshymO algueacutem pretende

Portanto cnquanto a accedilatildeo ordinaacuteria natildeo- focircr ajuizada proeessada e julshygada proced ell te em segunla in ~tagravencia (face ao obrigatoacuterio recurso de onshydo C PC art 8amp2 ]) o n13 trimocircnio em causa eacute n1iacuteo apenas existente mas ainda vaacutelido e plenamente eficaz para todos os efeitos sendo regid[ls as relaccedilotildees entre os rocircnjllges Iacuterlelu sive respeito ao rcgime de bens pela leshygislaccedilatildeo brasiltira

CAPiacuteTULO V - Face uacutes conc-Iusotildees a que ohegamos lOS Ca-pitlllos anteshyriores c a) sendo a lei brasileira a aplicaacutevel para reger ) ato juriacutediCo i-ndishygitado b) sendo vaacutelido e eficaz o casamento Se c enquant-o natildeo tlansitar em julgado eventual senten ccedila dil e dcsconstitll1tivu c) SEGUE-dE QUE O REGlshy-lE DE BENS Eacute O DA SEPAHACcedilAtildeO OBRIGAToacuteRIA ex-vi (lo artiogo 258 ~ imIacuteCo U lo Cuacutedigo Civil pois o ue cujus contava a idade de r7l1 anos ao tempo do casamento (ide a respeito ESPfNOLA oh cit Y lI ns 1ampS I

1-89) _ Lan ccedilada cs ta alfirlllativa cumpre enfrentar Cl1llbOra l eIa as partes n(in

tenham cuidado questatildeo ob~ cto nas maiores disceptaccedilotildees entre juristas e tribllllah a separaccedilatildeo obriga toacuteria de bens abruIlge ou natildeo os aquestos

44 REVISTA JURmICA DOU

Pocircsto nagraveo se trat~ lIe questatildeo indcstrinccedilaacutelI que m~reccediln COlllO 1)roacutelogo (uluros ~ o dito de VDAiCEL BI~ItARJDES Natildeo uacute pouco Cl~gO o noacute da presentc gimes questatildeo e de llluitmiddotas rl~ze s (]lW middotH tC1ho ouvido ]gtrOpor c discutir llnnCH deg Acre juiacutezo ficava satiSifeito dando por eXHusta a dificuldade O) caso )rcsta-sc II adquirirloamplos dCbates e explka c autoriza dirvcrogecircnc ins C Civil

O REGINPQNTES eacute pela separaccedilatildeo de hens de focircrma absoluta lnelusfvc pela scshySEPARAparaccedilatildeo dos Hluest cs quando os cocircnjuges estipularem 1 incolllunicabilidashy

de dos blns presentes e futuro ~ bem como a dos frutos ( rendimentos enshy E ne tende-se que adotam o r egim~ da separaccedilatildeo pura 011 completa Esse r egime ria de llt

eacute o que e lorua obrigatoacuterio para tocircdas as pessoas a lluem o Coacutedigo Civil Final impotildee o regime da separaccedilatildeo (art ~513 Isect uacutenico) (Po-i11ES Tratado de deral r~

Direito de famiacutel ia v H sect (J5 11 deg 4) No mesmo sentido CARVALHO Luis Gall SANTOS (C C Intelp v V middotpaacuteg 515 no 2) A~IEacutemco DE OLIVEIRA eaDl llOS

CASTRO (ltRegimes lIatimoniais paacutegs 2amp8 1289 lo 215i2) COELHb RThANCO iDireito Aplicarlo paacuteg 3017) GI~OVIS (Direito de Familh sect 12 png 224) Tlihunal de Justiccedila do R G do Sul Rev Dir v 138 paacute 2fiQ e Bev Jus-ticcedila v 6 l)ng S8i2 Contra EiDUARlDO ESPiacuteNOLA (Anotaccedilotildees do C CivjJ 2 no 1111) FILADiELFO ZEVEDO (Tdecircnio de Judi ca tura v 1 puacuteg B05) GAoRCEZ NETO (R~ p Ene Dil Bras v t el Aquestos DO 14) BULHotildeES OARVALHO (Iuapa(~ Ciil e Restt d e Dimiddot n no 1HO)

Aqueles que sustentalll a nplicnccedilatildeo do dis[losto no artigo 2~9 do Coacuterligo Civil (euumlll1unhatildeo apC1as do aqucstos) inclusive no ~ casos de separnccedil~ () obrimiddotgatoacuteria de b ens fazem-no geralmente ten rlo em vista casos concretos fazem-no 11llCando apoiamento a soluccedilatildeo de equidade orintadas 110 sentido ele evitai que o rig(rismo legal pn~jlldique exatamente ao nubente a quem a lei em te se procura tut Clar Daiacute o aresmiddotto proferido pelo Egr S T F no~ cmJJs ao ree exlr TI deg l721JJ3 li Mi1 Valden)llr FaJcatilde O onde foi a5sentadll que comunicam-se os ben adquiridos na con5taacutencia gt casamento cuir regime eacute o d a separaccedilatildeo obrigatoacuteria por focircrccedila do disposto no nuacutemer O) 13 d artigo 183 do Coacutedigo Civil se a aquisiccedilatildeo fOe operou l)e10 esfocircrccedilo comum dos cocircnjuges (o grHo eacute n050)

O recon1hecimento lti e tal esfocircrccedilo conlulll demanda naturalmente () ll O

dos meios probatoacuterios adequados A soluccedilatildeo legal eacute a apontala pelo doutis~ imo OHOSnIBO NONTO O

texto do artigcl 2159 latildeo rende cnsejo data yecircnin a outra in ttlpretaccedilatildeo Be visa apenas o declaradanwntp agrave separaccedilatildeo contnltual e natildeo it separaccedil~o obrigatoacuteria por focircrccedila de lei pnnitIacuteva No caso rios autos natildeo haacute contrato o que haacute eacute um Inlndame-nto de dircito puacuteblico que exige terminantemente () egimc da sCraquolraccedilatildeo De les to niiacuteo ser ia j)o5s jvd que a i(i que pune a inshyfraccedilatildeo ex igindo () r ogime ela separaccedilatildeo legal viesse p emitil que atraveacutes do aquesto~ se formasse a eOJIlunhatildeo qne lturno middotpc[]a se prl)ihe agraves declarashydas (IR rios Tribs v 1115amp5 plg 825)

De citar Iltlllbcm a opiniLio d e Ameacuterico de Olhcira Castro em Sua obra juacute claacutessica ] primeira consideraccedilatildeo (JueU0S sugere a lel11 do a rtigo 259 r que a lei alurle claramente 11 ideacuteia de con trato quanrlo (Iiz no Si lecircncio rle contrato etc ora o legislador natildeo pode ignoral ljue a doeacuteia fundamental rio contraio eacute o acocirc rdo livremente conseJtido pelos contra entes com pleno CClllhlCimel1to de causa para formare m um vinculo obrigconal Onde natildeo existe acocircrrlo livre rle vontadc~ expresso no consentimento das partes n~l) existe contrato Portanto o middotar 2159 referhl-lo-se ao silecircnio rIo contrato se rdoere virtualmente aos casamentos em qlle haacute con trato antel1urpcial exclus vo da comunhatildeo geral O r(lgimc da separaccedilatildeo de hens olrigatoacuterio aherranshydo de mOllo flagrante do conccito baacutesico de todo contrato exclui dc modD Ilbsoluto a sua inclusatildeo na fOacutelJnula do artigo 21519 tatildeo somente ap licaacutevel n0 sil ampncio do conllalo Em segundo lugar seria irri soacute rio e r idiacutec ulo o caraacuteter coercitivo que emana ovidentemente das medidas consigna ll1s no C Civil nrt 2s sect uacuten ico se a separaccedilatildeo obrigatoacuteria 110 focircsse extensiva aos bens

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DOUTRINA - 45

futuros aciquiridos pelos cocircnjIJgrs middot (UibRICO DlE OLIVEIRA CASTRO Rrshygimrs llalrimoniais paacuteg 2189)

Acrescentamos noacutes se o legislador quizesse admitil a comunhatildeo cios bens adquiridos na cO~Istacircncia do casam ento telia falado no art 2iacutei8 sect uacutenico do C Civil natildeo rm separaratildeo ma5 sim em comunhatildeo parcial rje bens PORQUE O REGIME EM QUE OS BENS uDQUlRIDOS SE COMUNICAM NAtildeO Eacute O DA SEPARACcedilAacuteO Eacute O DA COMUNHAacuteO iIARCIAL

E neste cao natildeo rxit li menor razatildeo a que se aplique a jurisprud1enshyria de efJuidade antes J tfclIacuteda

FinalnlLllt(middot em decisatildeo reccntIacutessima do Egreacutegio SUj)lemo Tribunal Fcshyderal rec rxtr n O 413 1295 pub no D O de 1~4 ~7~6il relator Ministro Luis Gallotti fi co u aS 5cnl ndo llll iJll imemenlc que os aqucstos natildeo se comunishycam IlO S ea o ele separa~uumlo o])rjgatoacuteria de ben s

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Pocircsto nagraveo se trat~ lIe questatildeo indcstrinccedilaacutelI que m~reccediln COlllO 1)roacutelogo (uluros ~ o dito de VDAiCEL BI~ItARJDES Natildeo uacute pouco Cl~gO o noacute da presentc gimes questatildeo e de llluitmiddotas rl~ze s (]lW middotH tC1ho ouvido ]gtrOpor c discutir llnnCH deg Acre juiacutezo ficava satiSifeito dando por eXHusta a dificuldade O) caso )rcsta-sc II adquirirloamplos dCbates e explka c autoriza dirvcrogecircnc ins C Civil

O REGINPQNTES eacute pela separaccedilatildeo de hens de focircrma absoluta lnelusfvc pela scshySEPARAparaccedilatildeo dos Hluest cs quando os cocircnjuges estipularem 1 incolllunicabilidashy

de dos blns presentes e futuro ~ bem como a dos frutos ( rendimentos enshy E ne tende-se que adotam o r egim~ da separaccedilatildeo pura 011 completa Esse r egime ria de llt

eacute o que e lorua obrigatoacuterio para tocircdas as pessoas a lluem o Coacutedigo Civil Final impotildee o regime da separaccedilatildeo (art ~513 Isect uacutenico) (Po-i11ES Tratado de deral r~

Direito de famiacutel ia v H sect (J5 11 deg 4) No mesmo sentido CARVALHO Luis Gall SANTOS (C C Intelp v V middotpaacuteg 515 no 2) A~IEacutemco DE OLIVEIRA eaDl llOS

CASTRO (ltRegimes lIatimoniais paacutegs 2amp8 1289 lo 215i2) COELHb RThANCO iDireito Aplicarlo paacuteg 3017) GI~OVIS (Direito de Familh sect 12 png 224) Tlihunal de Justiccedila do R G do Sul Rev Dir v 138 paacute 2fiQ e Bev Jus-ticcedila v 6 l)ng S8i2 Contra EiDUARlDO ESPiacuteNOLA (Anotaccedilotildees do C CivjJ 2 no 1111) FILADiELFO ZEVEDO (Tdecircnio de Judi ca tura v 1 puacuteg B05) GAoRCEZ NETO (R~ p Ene Dil Bras v t el Aquestos DO 14) BULHotildeES OARVALHO (Iuapa(~ Ciil e Restt d e Dimiddot n no 1HO)

Aqueles que sustentalll a nplicnccedilatildeo do dis[losto no artigo 2~9 do Coacuterligo Civil (euumlll1unhatildeo apC1as do aqucstos) inclusive no ~ casos de separnccedil~ () obrimiddotgatoacuteria de b ens fazem-no geralmente ten rlo em vista casos concretos fazem-no 11llCando apoiamento a soluccedilatildeo de equidade orintadas 110 sentido ele evitai que o rig(rismo legal pn~jlldique exatamente ao nubente a quem a lei em te se procura tut Clar Daiacute o aresmiddotto proferido pelo Egr S T F no~ cmJJs ao ree exlr TI deg l721JJ3 li Mi1 Valden)llr FaJcatilde O onde foi a5sentadll que comunicam-se os ben adquiridos na con5taacutencia gt casamento cuir regime eacute o d a separaccedilatildeo obrigatoacuteria por focircrccedila do disposto no nuacutemer O) 13 d artigo 183 do Coacutedigo Civil se a aquisiccedilatildeo fOe operou l)e10 esfocircrccedilo comum dos cocircnjuges (o grHo eacute n050)

O recon1hecimento lti e tal esfocircrccedilo conlulll demanda naturalmente () ll O

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E neste cao natildeo rxit li menor razatildeo a que se aplique a jurisprud1enshyria de efJuidade antes J tfclIacuteda

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